O que foi o mercantilismo? O mercantilismo foi o conjunto de práticas econômicas

adotado pelas nações europeias absolutistas entre o século XV e o século XVIII.

Ele foi aplicado pelas nações europeias durante o período das Grandes Navegações e da montagem do sistema colonial no continente americano.

Muitas das práticas mercantilistas foram aplicadas pelos portugueses durante o período de colonização do Brasil.

O mercantilismo adotou características distintas de acordo com a realidade e a necessidade de cada país europeu.

Grandes navegações As Grandes Navegações ou Expansão Marítima

corresponde ao processo de exploração e navegação do Oceano Atlântico que se iniciou no século XV e estendeu-se até o século XVI.

Nesse período, os europeus descobriram novos caminhos marítimos para alcançar a Ásia.

Chegaram pela primeira vez a terras até então desconhecidas por eles, como o continente americano, inclusive o Brasil.

Como surgiu o mercantilismo? O surgimento do mercantilismo está ligado ao fim do

feudalismo e à formação dos Estados Nacionais Modernos.

Estado Nacional Moderno é o tipo de nação que surge com o processo de centralização do poder na figura do rei (absolutismo)

Exemplos de Estados Nacionais Modernos foram Inglaterra, França, Espanha e Portugal.

O surgimento dos Estados Modernos apoiou-se diretamente no poder da burguesia na luta para pôr fim aos privilégios de parte da nobreza feudal.

O apoio à burguesia permitiu que essa classe investisse no desenvolvimento comercial e manufatureiro. Esse processo de desenvolvimento do comércio e da manufatura apoiou-se também na intensa exploração colonial que aconteceu no continente americano.

O Estado Moderno que surgiu nesse período com o poder centralizado no rei assumiu o controle da economia como forma de garantir seus interesses e fortalecer o poder real.

Características do mercantilismo: Metalismo (ou bulionismo) -

defendia a acumulação de metais preciosos como principal forma de obtenção de riquezas. Esse conceito foi utilizado principalmente na Espanha, durante o reinado dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Essa prática coincidiu exatamente com o período em que os espanhóis traziam enorme quantidade de metais preciosos de suas colônias da América.

Balança comercial favorável - defendia que a soma das transições comerciais de um Estado deveria ser positiva, ou seja, o volume de mercadorias vendidas deveria ser superior ao volume de mercadorias compradas.

Protecionismo alfandegário - O governo de uma nação deve proteger sobre a sua economia favorecendo a exportação e desfavorecendo a importação através da cobrança de tarifas alfandegárias. Eram criados impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria e manufaturas nacionais e também evitar a saída de moedas para outros países.

Colonialismo - A riqueza de um país está diretamente ligada à quantidade de colônias de que dispunha para exploração.

Nas expansões marítimas e comerciais das nações, um país não poderia invadir o caminho percorrido constantemente por outro, como no caso da procura pelas Índias Ocidentais.

As nações europeias passaram a procurar colônias

Exclusivo colonial (ou pacto colonial) - As colônias europeias deveriam comercializar exclusivamente com suas respectivas metrópoles. Para as metrópoles tratava-se de vender caro e comprar barato.

Alguns casos diferentes: Os países que ficaram de fora do domínio das colônias na

América, fizeram seu próprio mercantilismo.

França – Com o direcionamento do ministro Colbert, surgiu o colbertismo, segundo o qual, incentivou a criação de Manufaturas Reais que fabricavam produtos estratégicos ou de luxo (manufatura) e vendia aos países que tinham colônias.

Inglaterra – criou uma marinha mercante e apoiou os corsários (piratas da rainha), criou manufaturas de lã (para aumentar a produção de lã, cercou as terras comuns (cercamentos) e através dos atos de navegação que protegiam os navios ingleses aumentando seu comércio.