teorias de crescimento económico (aulas do mestrado de marketing research da estgv)

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Vítor Domingues Martinho - Vítor Domingues Martinho - Professor Adjunto do Instituto Professor Adjunto do Instituto Politécnico de Viseu Politécnico de Viseu GLOBALIZAÇÃO E MERCADOS GLOBALIZAÇÃO E MERCADOS EMERGENTES EMERGENTES - TEORIAS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO - TEORIAS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO

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Teorias de Crescimento Económico

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Page 1: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Vítor Domingues Martinho - Professor Vítor Domingues Martinho - Professor Adjunto do Instituto Politécnico de ViseuAdjunto do Instituto Politécnico de Viseu

GLOBALIZAÇÃO E GLOBALIZAÇÃO E MERCADOS EMERGENTESMERCADOS EMERGENTES

- TEORIAS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO- TEORIAS DE CRESCIMENTO ECONÓMICO

Page 2: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Teoria NeoclássicaTeoria Neoclássica

A Teoria Neoclássica da convergência A Teoria Neoclássica da convergência absoluta (ou incondicionada) defende absoluta (ou incondicionada) defende que os países ou regiões pobres com que os países ou regiões pobres com baixos rácios capital/trabalho têm baixos rácios capital/trabalho têm uma maior produtividade marginal uma maior produtividade marginal do capital e então podem crescer do capital e então podem crescer mais que os países ou regiões mais mais que os países ou regiões mais ricas, dado o mesmo nível de ricas, dado o mesmo nível de poupança e investimento. poupança e investimento.

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Page 3: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Neste contexto, a tendência é para as Neste contexto, a tendência é para as disparidades diminuírem ao longo do disparidades diminuírem ao longo do tempo, uma vez que, há uma tendência tempo, uma vez que, há uma tendência para os custos dos factores serem mais para os custos dos factores serem mais baixos nas regiões mais pobres e, como baixos nas regiões mais pobres e, como tal, as oportunidades de rentabilidade do tal, as oportunidades de rentabilidade do capital serem mais altas nestas regiões capital serem mais altas nestas regiões em comparação com as mais ricas. em comparação com as mais ricas. Então, as regiões menos desenvolvidas Então, as regiões menos desenvolvidas atraem mais investimento e tenderão a atraem mais investimento e tenderão a crescer mais depressa, aproximando-se crescer mais depressa, aproximando-se das regiões líderes. das regiões líderes.

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Page 4: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

No longo prazo, as diferenças de No longo prazo, as diferenças de rendimento e as taxas de rendimento e as taxas de crescimento igualam-se entre crescimento igualam-se entre regiões, uma vez que, a existência regiões, uma vez que, a existência de comércio livre e perfeita de comércio livre e perfeita mobilidade dos factores impulsionam mobilidade dos factores impulsionam a convergência como resultado da a convergência como resultado da igualização dos preços dos factores. igualização dos preços dos factores.

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Page 5: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Como tal, para esta Teoria a Como tal, para esta Teoria a convergência para um mesmo “steady-convergência para um mesmo “steady-state” é a regra e a divergência é um state” é a regra e a divergência é um fenómeno transitório de curto prazo. O fenómeno transitório de curto prazo. O progresso técnico é exógeno e é tratado progresso técnico é exógeno e é tratado como um bem público, livremente como um bem público, livremente disponível para as regiões pobres, disponível para as regiões pobres, facilitando o processo de imitação e facilitando o processo de imitação e permitindo o crescimento rápido. A um permitindo o crescimento rápido. A um nível empírico a abordagem Neoclássica nível empírico a abordagem Neoclássica da convergência absoluta usa e testa a da convergência absoluta usa e testa a chamada hipótese da convergência chamada hipótese da convergência absoluta sigma e beta. absoluta sigma e beta.

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Page 6: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

A hipótese da convergência A hipótese da convergência Neoclássica é consistente com a Neoclássica é consistente com a Teoria de Crescimento Exógeno de Teoria de Crescimento Exógeno de Solow (1956), onde o crescimento é Solow (1956), onde o crescimento é determinado pela oferta exógena dos determinado pela oferta exógena dos inputs, exibindo rendimentos inputs, exibindo rendimentos constantes ou decrescentes à escala.constantes ou decrescentes à escala.

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Page 7: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

O conceito de convergência sigma O conceito de convergência sigma mede a dispersão do rendimento per mede a dispersão do rendimento per capita ou da produtividade entre capita ou da produtividade entre diferentes economias ao longo do diferentes economias ao longo do tempo e o conceito de convergência tempo e o conceito de convergência beta prevê uma relação inversa beta prevê uma relação inversa entre o crescimento do rendimento entre o crescimento do rendimento per capita ou da produtividade e o per capita ou da produtividade e o seu nível inicial. seu nível inicial.

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Page 8: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

A evidência da convergência sigma é A evidência da convergência sigma é útil, uma vez que permite observar útil, uma vez que permite observar períodos de convergência ou períodos de convergência ou divergência ao longo do tempo. A divergência ao longo do tempo. A existência de convergência beta é existência de convergência beta é diferente, uma vez que, mostra diferente, uma vez que, mostra directamente a taxa de convergência directamente a taxa de convergência entre países (regiões), implicando entre países (regiões), implicando que países (regiões) pobres crescem que países (regiões) pobres crescem a uma taxa maior que os países a uma taxa maior que os países (regiões) ricos. (regiões) ricos.

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Page 9: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

As duas medidas são As duas medidas são complementares, mas não complementares, mas não exclusivas. A convergência beta é exclusivas. A convergência beta é uma condição necessária, mas não uma condição necessária, mas não suficiente para que haja suficiente para que haja convergência sigma (Sala-i-Martin, convergência sigma (Sala-i-Martin, 1996). 1996).

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Page 10: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Em suma, o conceito de convergência Em suma, o conceito de convergência beta é mais usado para prever a beta é mais usado para prever a convergência absoluta e condicionada. convergência absoluta e condicionada. De referir, ainda, que o conceito de De referir, ainda, que o conceito de betaconvergência foi primeiro betaconvergência foi primeiro introduzido por Barro and Sala-i-Martin introduzido por Barro and Sala-i-Martin (1991) para o distinguir do conceito de (1991) para o distinguir do conceito de convergência sigma que mede, como convergência sigma que mede, como se referiu anteriormente, a dispersão se referiu anteriormente, a dispersão do crescimento per capita usando o do crescimento per capita usando o desvio padrão ou o coeficiente de desvio padrão ou o coeficiente de variação.variação.

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Teoria de Crescimento Teoria de Crescimento EndógenoEndógeno

Mais recentemente, foi introduzido o Mais recentemente, foi introduzido o conceito de convergência conceito de convergência condicionada associado à Teoria de condicionada associado à Teoria de Crescimento Endógeno que enfatiza Crescimento Endógeno que enfatiza a importância do capital humano, da a importância do capital humano, da tecnologia e da inovação como os tecnologia e da inovação como os factores condicionantes da factores condicionantes da convergência (Barro, 1991). convergência (Barro, 1991).

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Page 12: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

As economias convergem para diferentes As economias convergem para diferentes “steady states” que dependem do stock “steady states” que dependem do stock de capital humano e da acumulação de de capital humano e da acumulação de capital físico, entre outros. Esta Teoria capital físico, entre outros. Esta Teoria prevê, assim, um crescimento mais rápido prevê, assim, um crescimento mais rápido para economias que não tenham ainda para economias que não tenham ainda atingido o seu “steady state”. Estudos atingido o seu “steady state”. Estudos empíricos suportam que a hipótese da empíricos suportam que a hipótese da convergência absoluta só se verifica em convergência absoluta só se verifica em casos especiais onde a amostra envolve casos especiais onde a amostra envolve economias de países com um alto grau de economias de países com um alto grau de homogeneidade e entre regiões do mesmo homogeneidade e entre regiões do mesmo país. país.

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Page 13: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Isto é conhecido como a hipótese do Isto é conhecido como a hipótese do “convergence club” (Chatterji, 1992). “convergence club” (Chatterji, 1992). A maioria dos estudos apresenta A maioria dos estudos apresenta resultados que suportam a hipótese resultados que suportam a hipótese da convergência condicionada, onde da convergência condicionada, onde para além do nível de rendimento para além do nível de rendimento per capita ou da produtividade per capita ou da produtividade inicial, a acumulação de capital físico inicial, a acumulação de capital físico e humano e as actividades de e humano e as actividades de inovação foram os factores inovação foram os factores condicionantes mais significativos.condicionantes mais significativos.

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Page 14: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Evidências EmpíricasEvidências Empíricas

Seguidamente apresentar-se-á um Seguidamente apresentar-se-á um conjunto de evidências empíricas conjunto de evidências empíricas referentes à convergência absoluta e referentes à convergência absoluta e condicionada, nomeadamente ao condicionada, nomeadamente ao nível da produtividade, entre países, nível da produtividade, entre países, regiões e sectores, revendo as regiões e sectores, revendo as conclusões mais significativas.conclusões mais significativas.

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Page 15: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Soukiazis (2000a), mais recentemente, Soukiazis (2000a), mais recentemente, analisou com estimações “cross-section” analisou com estimações “cross-section” a convergência nos níveis de a convergência nos níveis de produtividade entre os 15 países da produtividade entre os 15 países da União Europeia, no período de 1960-União Europeia, no período de 1960-1997, e verificou que há alguns efeitos 1997, e verificou que há alguns efeitos de catching-up, uma vez que, alguns de catching-up, uma vez que, alguns países periféricos relativamente mais países periféricos relativamente mais pobres melhoraram a sua produtividade, pobres melhoraram a sua produtividade, enquanto outros relativamente mais enquanto outros relativamente mais ricos e centrais deterioraram a sua ricos e centrais deterioraram a sua posição inicial em relação à média da posição inicial em relação à média da União Europeia. União Europeia.

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Page 16: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Paci (1996) testou a convergência Paci (1996) testou a convergência incondicionada e encontrou incondicionada e encontrou evidências na convergência da evidências na convergência da produtividade entre 109 regiões produtividade entre 109 regiões europeias nos anos 80, a uma taxa europeias nos anos 80, a uma taxa de 1,2% ao ano. Testou, também, a de 1,2% ao ano. Testou, também, a convergência a nível sectorial e convergência a nível sectorial e encontrou fortes evidências de encontrou fortes evidências de convergência da produtividade na convergência da produtividade na indústria e nos serviços, mas não na indústria e nos serviços, mas não na agricultura. agricultura.

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Em termos sectoriais, Bernard and Em termos sectoriais, Bernard and Jones (1996) testaram a Jones (1996) testaram a convergência da produtividade entre convergência da produtividade entre sectores económicos de 14 países da sectores económicos de 14 países da OCDE, durante o período de 1970 a OCDE, durante o período de 1970 a 1987, e verificaram que os serviços 1987, e verificaram que os serviços mostram indícios de convergência, mostram indícios de convergência, ao contrário da indústria ao contrário da indústria transformadora. transformadora.

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Page 18: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Também, Carree Também, Carree et al.et al. (2000) testaram (2000) testaram a convergência da produtividade do a convergência da produtividade do trabalho entre as indústrias trabalho entre as indústrias transformadoras de 18 países da OCDE, transformadoras de 18 países da OCDE, de 1972 a 1992, e concluíram que a de 1972 a 1992, e concluíram que a convergência da produtividade no convergência da produtividade no sector da indústria transformadora é sector da indústria transformadora é lenta ou inexistente. Verificaram, ainda, lenta ou inexistente. Verificaram, ainda, que o processo de convergência é que o processo de convergência é diferente entre as diferentes indústrias, diferente entre as diferentes indústrias, como resultado, de diferenças nas como resultado, de diferenças nas estruturas produtivas destas indústrias.estruturas produtivas destas indústrias.

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Page 19: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Sedgley (1998) estimou a hipótese Sedgley (1998) estimou a hipótese da convergência no crescimento do da convergência no crescimento do produto bruto real por trabalhador produto bruto real por trabalhador entre os Estados dos Estados Unidos entre os Estados dos Estados Unidos da América. Sedgley verificou que o da América. Sedgley verificou que o “gap” tecnológico tem grande “gap” tecnológico tem grande influência no crescimento da influência no crescimento da produtividade e que a tecnologia é produtividade e que a tecnologia é um bem privado mesmo entre um bem privado mesmo entre Estados homogéneos dos Estados Estados homogéneos dos Estados Unidos da América. Unidos da América.

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Page 20: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Soukiazis (2000a) numa análise Soukiazis (2000a) numa análise “cross-section”, testou a significância “cross-section”, testou a significância de algumas variáveis estruturais, de algumas variáveis estruturais, para controlar diferenças nos “steady para controlar diferenças nos “steady states” entre países da União states” entre países da União Europeia e verificou que só variáveis Europeia e verificou que só variáveis estruturais relacionadas com a estruturais relacionadas com a estrutura de trabalho na agricultura, estrutura de trabalho na agricultura, indústria e serviços, indústria e serviços, respectivamente, explicam os respectivamente, explicam os resultados de convergência da resultados de convergência da produtividade. produtividade.

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Soukiazis Soukiazis et al.et al. (2005) testaram a hipótese (2005) testaram a hipótese de convergência condicionada, no período de convergência condicionada, no período de 1970 a 2001, ao nível dos 15 países da de 1970 a 2001, ao nível dos 15 países da União Europeia, com dados em painel, no União Europeia, com dados em painel, no rendimento per capita, na produtividade, rendimento per capita, na produtividade, no investimento e no desemprego. O no investimento e no desemprego. O objectivo foi o de analisarem a influência objectivo foi o de analisarem a influência dos critérios de Maastricht no processo de dos critérios de Maastricht no processo de convergência da União Europeia e convergência da União Europeia e concluíram que a convergência é mais concluíram que a convergência é mais condicionada do que absoluta, condicionada do que absoluta, especialmente no caso do rendimento per especialmente no caso do rendimento per capita e da produtividade. capita e da produtividade.

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Page 22: Teorias de Crescimento Económico (Aulas do Mestrado de Marketing Research da ESTGV)

Também, Frantzen (2003) efectuou uma Também, Frantzen (2003) efectuou uma análise, com dados em painel, da análise, com dados em painel, da convergência da produtividade entre convergência da produtividade entre indústrias transformadoras de países da indústrias transformadoras de países da OCDE, no período de 1970 a 1995 e OCDE, no período de 1970 a 1995 e verificou que houve não só verificou que houve não só convergência absoluta, mas também convergência absoluta, mas também condicionada para a grande maioria das condicionada para a grande maioria das indústrias transformadoras. Verificou, indústrias transformadoras. Verificou, ainda, que a abordagem “time-series”, ainda, que a abordagem “time-series”, com os mesmos dados, mostra-se com os mesmos dados, mostra-se desapropriada para analisar o processo desapropriada para analisar o processo de convergência.de convergência.

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Considerando metodologias “time-Considerando metodologias “time-series”, Pagano (1993) analisou a series”, Pagano (1993) analisou a convergência da produtividade na convergência da produtividade na Comunidade Económica Europeia, de Comunidade Económica Europeia, de 1950 a 1988, e concluiu que a 1950 a 1988, e concluiu que a convergência era fortemente convergência era fortemente rejeitada. rejeitada.

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Usando a mesma metodologia, Usando a mesma metodologia, Tsionas (2000) analisou, também, as Tsionas (2000) analisou, também, as tendências de convergência da tendências de convergência da produtividade de 15 países europeus, produtividade de 15 países europeus, no período de 1960-1997, no período de 1960-1997, considerando os critérios de considerando os critérios de Maastricht como variáveis Maastricht como variáveis condicionantes, e constatou que os condicionantes, e constatou que os resultados sugerem fortes evidências resultados sugerem fortes evidências contra a convergência condicionada contra a convergência condicionada e absoluta.e absoluta.

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Modelos de ConvergênciaModelos de Convergência

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Caixa 9.1: Modelo da convergência absoluta

itiiit uYYYT 00 log)/log()/1( , com 0 e 0 , (1)

ou iti

Tiit uYeTYYT 00 log)1)(/1()/log()/1( , com 0 e 0 (2)

Yit = rendimento real per capita (ou rendimento por trabalhador) na região i e no

período t; Yi0 = rendimento per capita inicial da região i; T = extensão do período no qual o crescimento do rendimento per capita é medido; = termo constante representando o “steady state” que é o mesmo para todas as

regiões; = coeficiente de convergência que é esperado que seja negativo no caso de haver

convergência entre as regiões da amostra; uit = erro estocástico da equação.

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Caixa 9.2: Modelo da convergência condicionada, baseado no de Barro and

Sala-i-Martin

itiT

iit uXYeTYYT 00 log)1)(/1()/log()/1( , com 0 e 0

Nesta equação todas as variáveis têm o mesmo significado referido para a equação (2),

apresentada na Caixa anterior, e X é um vector das variáveis estruturais (como proxies

para o steady state) que se acredita que influenciam o crescimento médio do rendimento

per capita ou da produtividade;

Nesta equação as economias convergem se 0 e a convergência é absoluta se 0

e condicionada se 0 .