teorias da comunicação

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Universidade de Caxias do SulCentro de Cincias da Comunicao (CECC)Curso: Comunicao Social- Relaes PblicasDisciplina: Teoria da Comunicao IProfessora: Eullia Isabel Coelho

Resumo do livro Teorias da Comunicao de Mauro Wolf

Acadmico: Lucas Soboleswki Flores

Caxias do Sul, 23 de junho de 2010

TEORIAS DA COMUNICAO-MAURO WOLF

A EVOLUO DA PESQUISA SOBRE AS COMUNICAES DEMASSA

A Teoria HipodrmicaA teoria hipodrmica se coincide com o perodo das duas guerras mundiais e com a grandedifuso das comunidades em massa. baseada no estudo do comportamento atravs da psicologia behaviorista.Trata-se de um modelo simplista e mecanicista. Nela os efeitos so dados como certos.Seu modelo descrito como A teoria da propaganda sobre a propaganda.Modelo comunicativo da Teoria HipodrmicaO modelo comunicativo da teoria hipodrmica foi elaborado atravs da psicologiabehaviorista, e tem como objetivo estudar o comportamento humano com o mtodos deexperimentos e observaes das ciencias naturais e biolgicas.Modelo de LasswellFoi elaborado nos anos 30. Explica que uma forma adequada para descrever um ato decomunicaao responder as perguntas: Quem? , O que? , Atravs de que canal? , Para quem?, Com que efeito? .

A abordagem emprico-experimental ou da persuassoA abordagem experimental, em paralelo abordagem emprica de campo, leva a teoriahipodrmica ao abandono.A teoria dos meios de comunicao resultante destes estudos psicolgicos experimentais focada na reviso do processo comunicativo entendido como uma relao mecanicista eimediata entreestmulo e resposta.Persuadir os destinatrios se torna uma tarefa possvel. As mensagens dos meios decomunicao contm caractersticas do estmulo que interagem de maneira diferente com ostraos especficos da personalidade dos elementos que constituem o pblico.Os fatores relativos audincia

a) Interesse em obter informao: A existncia de determinado pblico que no possuiconhecimento sobre determinado assunto tratado em uma campanha se relaciona como interesse e a motivao em informar-se.b) Exposio seletiva: As campanhas de persuaso so bem acolhidas, principalmentepor indivduos que j concordam com as opinies apresentadas. por causa disto, quecertas campanhas falham.c) Percepo seletiva: A interpretao transforma e adapta o significado da mensagemrecebida, somando-se as atitudes e valores do destinatrio at mudar seu sentido.d) Memorizao seletiva: Memorizamos com mais facilidade aquilo com queconcordamos.

Os fatores ligados mensagema) A credibilidade do comunicador: Pode existir apreenso pelo contedo, mas acredibilidade da fonte interfere em sua aceitao.b) A ordem da argumentao: Pesquisas indicam que so mais eficazes argumentosutilizados na primeira ou segunda posio.c) A integralidade das argumentaes: Trata-se de estudar o impacto provocado pelaargumentao de um nico aspecto.d) A explicao das concluses: A eficcia da estrutura das mensagens varia.

A teoria funcionalista das comunicaes de massaA teoria funcionalista dos mass media constitui uma abordagem global aos meios decomunicao de massa no seu conjunto.A teoria sociolgica doestrutural-funcionalismo salienta a ao social na sua adeso aosmodelos de valores interiorizados e institucionalizados. Tem como objeto de estudo a situaocomunicativa dos mass media na sociedade.

A teoria crticaA teoria crtica representa a contracorrente do communication research. ligada diretamente Escola de Frankfurt, fundada por Max Horkheimer e Freidrich Pollock.Devido a perseguio de Hitler ao judeus, Horkheimer e demais membros da instituiotiveram que migrar para os EUA.A indstria culturalEm 1947, Horkheimer se junta a Adorno, com o qual cria o termo industria cultural, na obraDialctca do Iluminismo.A indstria cultural trata como mercadoria a produo de cultura. Segundo este conceito, osindivduos deixam de decidir autonomamente.

A teoria culturolgicaAssim como a teoria crtica, a teoria culturolgica oposta ao communication research.Ela estuda basicamente, a cultura de massa baseada na antropologia e na relao entre oconsumidor e o objeto de consumo.Ao contrrio da grande maioria das teorias da comunicao, no trata sobre os mass media.

A perspectiva dos cultural studiesO objetivo do cultural studies definir o estudo da prpria cultura da sociedadecontempornea como um campo de anlise relevante, teoricamente fundado.

As teorias comunicativasO modelo comunicativo da teoria da informaoTambm conhecida como teoria matemtica da informao, se baseia em um esquemadesenvolvido por Shannon & Weaver. uma teoria sobre a transmisso das mensagens e o esquema do sistema geral decomunicao.A transferncia de informao se efetua da fontepara o destinatrio, a medida que atransferncia de energia se efetua do transmissor para o receptor.O modelo comunicativo semitico-informacionalModelo desenvolvido por Eco e Fabbri. Segundo este conceito, o cdigo, veiculado a fatoressemnticos introduzidos, garante a possibilidade de transformao de um sistema por outro.O modelo semitico-textualO modelo semitico-textual representa, um instrumento mais adequado para a interpretaode problemas especficos da comunicao de massa.Segundo este modelo, os destinatrios no apenas recebem mensagens a partir de cdigosconhecidos, mas sim conjuntos de prticas textuais.A semitica cultural distingue os conceitos de cultura gramaticalizada e de culturatextualizada. A cultura gramaticalizada erudita e a cultura textualizada onde se impeprticas textuais que se tornam de uso corrente.

NOVAS

TENDNCIAS

DA

CONSTRUO DA REALIDADE

PESQUISA

MASS

MEDIA

E

A hiptese do agenda-settingOs primeiros estudos foram realizados em 1972 por McCombs e Shaw.A principal idia apresentada pelo agenda-setting o fato em que a compreenso que aspessoas tm da realidade aquela que lhes oferecida pelos mass media. Ou seja, a mdia quem influencia a formao da opinio pblica.Trata-se basicamente em agendar o que falar na mdia.Agenda pblica e Agenda pessoalA agenda pblica aquela em que a mdia impe o que falar.J a agenda pessoal trata apenas de temas pessoais de cada indivduo.

Os estudos sobre os emissores: do gatekeeper ao newsmakingDe acordo com os Filsofos Golding e Murdock, pode-se afirmar que a pesquisafoi umprocesso de concorrncias para dominar os estudos. (Golding - Mudock, 1978).Dentro destes estudos vrias dificuldades surgiram, como a influncia da comunicaoinformal. Tais obstculos foram superados com o avano da pesquisa. Tornando-se assimmais articulada e alguns pontos principais se destacaram, como a analise do comportamentodos profissionais da comunicao e a investigao dos critrios usados para divulgar umanotcia.A pesquisa sobre os gatekeepersNesta pesquisa foi analisado o processo de seleo dos canais. A grande descoberta foi que ostelespectadores podem selecionar o canal que desejam mas acabam no trocando. Pois a TVinfluncia o telespectador a continuar vendo a programao da emissora, com not cias quemobilizam o receptor e acaba assim, se identificando pelo que v.White (1950), realizou uma pesquisa, analisando os estudos de gatekeepers e identificou que60% dos telespectadores recusam a notcia por ela ser vaga, no ter todos detalhesnecessrios. O que acontece que as emissoras atribuem este contexto de resumir o fato,devido ao tempo e espao dado para esta notcia. Cerca de 23% trocam de canal quando anotcia j foi vista, pela falta de carisma ou credibilidade jornalstica, e tambm pelaqualidade na informao

O Newsmaking o estgio de produo da informao.A seleo das notcias um processo de escolha realizado rapidamente. Os critrios devemser breves e claros, fazendo com que as escolhas sejam feitas com demasiada reflexo. Asimplicidade do raciocnio ajuda os profissionais da comunicao evitarem dvidasexcessivas se o fato foi ou no aescolha apropriada. Por outro lado, os critrios devem serflexveis para que assim, possam adaptar-se variedade de acontecimentos em disposio.Alm disso, eles devem ser relacionveis e comparveis, dando a oportunidade da notcia emdepender e se relacionar com as outras notcias disponveis.Os critrios so orientados para a eficincia, de forma a garantirem o acrscimo de notciasadequadas, com menor tempo, esforo e dinheiro. O resultado desses processos muitoscritrios e cada notcia pode ser avaliada com base em muitos deles. Para evitar problemas naaplicao dos critrios, necessrio consenso entre os jornalistas e uma organizaohierrquica.Os valores/notcia acontecem de consideraes relativas:a. ao seu contedo;b. disponibilidade do material e aos critrios relativos ao produto;c. ao pblico;d. concorrncia.

Critrios substantivosOs critrios substantivos movimentam dois fatores: a importncia e o interesse da notcia.Afirmar que a notcia escolhida por ser importante ou interessante, no suficiente, necessrio destacar os dois valores/notcia explicando sua aplicao.

A recolha dos materiais informativosA fase da recolha dos materiais necessrios para dar forma a um noticirio ou a um jornal primeiramente descrita de acordo com algumas de suas caractersticas gerais, eposteriormente, mais aprofundada na componente fundamenta fontes. importante destacarque a maior parte das referncias diz respeito aos telejornais, pois o meio televisivo maispassivo que a imprensa escrita e tambm, mais dependente dos sistemas de recolhainstitucionalizados.Segundo Golding-Elliott (1979), a recolha das notcias nega a essncia da

ideologia jornalstica, que faz do profissional um caador de notcias. Jornalistas de rdio eteleviso esto limitados na recolha que podem fazer. A recolha proporcional aos recursosdisponveis, mas continua a ser a cereja em cima da torta. At mesmo em fortes e organizadosrgos de informaes, so verificados uma grande utilizao de notcias de agncias defontes institucionais.Estudos sobre o newsmaking mostram que uma das causas da fragmentao e superrepresentao da rea poltico-institucional na informao de massa, se d por meio dosprocedimentos de recolha dos materiais cujas notcias sero extradas. Na maioria das vezesse trata de material produzido em outros locais, sendo assim, cabe a redao apenas receber ereestruturar de acordo com o formato adequado ao produto ou meio de comunicao.A integrao de procedimentos de recolha e de valores/notcias se reflete tambm nainterdependncia existente entre suas fases e as fases de estruturao do material. Ambos osprocessos funcionam simultaneamente, sendo que a recolha verificada atravs de fontesestveis que Fornecem material informativo j facilmente inservel nos procedimentosprodutivos normais da redao.As FontesA qualidade de informao produzida pelos mass media est ligada fortemente as fontes.Asfontes so classificadas de diferentes formas, de acordo com o parmetro a que soreferenciadas: podem, por exemplo, serem classificadas como fontes oficiosas, estveis,institucionais, entre outras.A articulao das fontes no casual nem arbitrria,por isso, no so de igual relevncia, eseu acesso ou acesso ao jornalista responsvel no distribudo uniformemente. A rede defontes estabelecida pelos mass media como instrumento essencial para seu funcionamentoreflete paralelamente ao poder econmico e estrutura social existente e as exigncias doprocesso seletivo. Segundo Gans, citado por Wolf (2002), o relacionamento entre jornalistas efontes como uma dana, as fontes tentam se aproximar dos jornalistas, e estes por sua veztentam se aproximar delas. Os fatores relevantes que levam uma fonte a se aproximar de umjornalista so quatro:A) Os incentivos;B) O poder da fonte;C) Sua capacidade em fornecer informaes credveis;

D) A proximidade social e geogrfica em relao ao jornalista.Devido necessidade que possuem em concluir um informativo ou noticirio emdeterminado prazo, os jornalistas levam em considerao alguns fatores associados entre siao contratar fontes: Esses fatores, segundo Wolf (2002), so:A) Produtividade: associa-se ao tipo e a qualidade de matrias que uma fonte pode fornecera necessidade que o rgo precisa se limitar, e o nmero de fontes a serem consultadas,de modo que se evitem gastos desnecessrios. Credibilidade: No ponto de vistajornalstico as fontes devem ser to credveis que a informao fornecida exija anecessidade quase nula de investigao. Caso contrrio, necessrio que a notcia sejaverificada por pelo menos mais duas fontes. As fontes institucionais ganhamcredibilidade com o tempo.B) Garantia: A garantia um fator que substitui a credibilidade. Se a credibilidade dahistria nofor rapidamente confirmada, o jornalista baseia-se na credibilidade da fontee em sua honestidade.Respeitabilidade: Refere-se aos procedimentos dos jornalistas que preferem fazer referenciasa fontes oficiais ou que ocupam posies de autoridade ao que se refere aos valores/notcia daimportncia, da integralidade e do equilibro destas fontesAs AgnciasAs grandes agncias de imprensa, internacionais ou nacionais, so quem constituem a fontemais notvel de materiais noticiveis.. Golding e Elliot comparam em uma pesquisa sobre as instituies televisivas suecas,irlandesas e nigerianas, trs aspectos significativos ligados a utilizao de agncias:A) As agncias so fontes literalmente insubstituveis, de que no possvel prescindir pormotivos econmicos.B) Sua utilizao pelo mundo acaba homogeneizando as definies daquilo que constitui anotcia;C) A cobertura das agncias alerta as agncias as redaes para tudo o que acontece nomundo, e a partir deste conhecimento que cada redao constri sua prpria cobertura.

A agenda de servios

Agenda de servio ou dirio (diary ou diary-book) um instrumento, cuja funodesempenhada no ciclo produtivo no bem vista no mbito jornalstico. Isso se d pelofato desta atividade representar praticamente o oposto da imagem atribuda pelo prpriojornalista de si mesmo, ela torna-o um colecionador passivo de fatos previstos.A agenda de servios constituda pela lista diria dos acontecimentos que sobrevivero ecuja noticiabilidade dada como certa.

Referncias:WOLF, Mauro. Teorias da comunicao. 7.ed. Lisboa: Presena, 2002.