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1 TEORIA GERAL DO PROCESSO Evilazio Ribeiro OS AUXILIARES DO JUIZO E MINISTERIO PUBLICO Sumário 1. AUXILIARES DO JUÍZO E DA JUSTIÇA 2. SECRETÁRIO 3. OFICIAL DE JUSTIÇA 4. DISTRIBUIDOR 5. CONTADOR 6. DEPOSITÁRIO 7. AVALIADOR 8. PARTIDOR 9. OUTROS AUXILIARES 10. MINISTÉRIO PÚBLICO: DEFINIÇÃO 11. MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO E DOS ESTADOS 12. FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO PROCESSO 13. PRINCÍPIOS DE ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 14. MINISTÉRIO PÚBLICO NO SISTEMA DO ESTADO 15. ESTRUTURA INTERNA DO MINISTÉRIO PUBLICO 16. GARANTIAS DA INDEPENDÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

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TEORIA GERAL DO PROCESSO

Evilazio Ribeiro

OS AUXILIARES DO JUIZO E

MINISTERIO PUBLICO

Sumário 1. AUXILIARES DO JUÍZO E DA JUSTIÇA

2. SECRETÁRIO

3. OFICIAL DE JUSTIÇA

4. DISTRIBUIDOR

5. CONTADOR

6. DEPOSITÁRIO

7. AVALIADOR

8. PARTIDOR

9. OUTROS AUXILIARES

10. MINISTÉRIO PÚBLICO: DEFINIÇÃO

11. MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO E DOS ESTADOS

12. FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO PROCESSO

13. PRINCÍPIOS DE ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

14. MINISTÉRIO PÚBLICO NO SISTEMA DO ESTADO

15. ESTRUTURA INTERNA DO MINISTÉRIO PUBLICO

16. GARANTIAS DA INDEPENDÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

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1. AUXILIARES DO JUÍZO E DA JUSTIÇA

Auxiliares do juízo não é a mesma

coisa que auxiliar da justiça. Os auxiliares da justiça são todos aqueles que prestam serviço à justiça, ou seja, não só os auxiliares do juízo, mas todos aqueles servidores do chamado foro extrajudicial.

Posição funcional dos auxiliares do juízo varia de Estado para Estado e, até mesmo, de justiça para justiça.

2. SECRETÁRIO

� Os secretários são os titulares das secretarias. Éum auxiliar do juízo, a quem compete, de modo geral, reduzir a escrito os atos processuais, organizando os respectivos autos.

� As tarefas dos secretários acham-se previstas no CPC, arts. 141 e 142, e nas leis de organização judiciária.

� Os secretários são auxiliados pelos escreventes.

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3. OFICIAL DE JUSTIÇA

�O oficial de justiça tem função, prevalentemente, executiva, já

que é o auxiliar do juízo encarregado de realizar as ordens do

juiz e do secretário.

�As funções do oficial de justiça estão previstas no CPC, art.

143.

As funções do oficial de justiça

1. Comunicar os atos processuais;

2. Realizar atos executivos, como penhoras, arrestos, prisões

etc;

3. Documentar todas as atividades que lhe competem.

4. DISTRIBUIDOR

A tarefa do distribuidor é a de proceder a

distribuição de todos os processos e atos entre

juízos e secretarias e a de fazer o registro em livros

especiais de qualquer processo, mesmo não

estando sujeito à distribuição.

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5. CONTADOR

As funções do contador

2. Proceder às operações necessárias para contar o

principal e juros

3. Proceder á liquidação do valor dos gêneros

cotados em bolsa;

4. Proceder à liquidação dos títulos e

outros papéis cotados em bolsa.

1. Fazer as contas das custas

6. DEPOSITÁRIO

O depositário é o responsável

pela guarda e conservação dos bens

sob a responsabilidade da justiça.

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7. AVALIADOR

Compete ao avaliador fazer as avaliações,

através de laudo, de quaisquer bens, desde que a

avaliação não dependa de simples cálculos ou

operações aritméticas.

8. PARTIDOR

Ao partidor incumbe

proceder às planilhas

judiciais, ou seja, à

operação de dividir um

patrimônio entre seus

titulares.

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9. OUTROS AUXILIARES

Outros tipos de auxiliares da justiça são os

peritos, que informam ao juiz sobre fatos da causa

que exige conhecimento especializado; os

intérpretes, que fazem versões em português de

declarações das partes em língua estrangeira; e os

administradores, que gerenciam os bens confiados

à justiça.

10. MINISTÉRIO PÚBLICO: DEFINIÇÃO

É organização constitucional, dotada de

autonomia orgânica e funcional, que desempenha

as funções de promover a defesa da ordem jurídica,

do regime democrático e dos interesses sociais e

individuais indisponíveis.

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11. MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO E DOS ESTADOS

A existência dos Ministérios Públicos Estaduais

decorre do fato de o Brasil ser um Estado Federal,

formado de Estados-membros, aos quais a

Constituição Federal outorga competência para

organizarem os poderes locais e também o

Ministério Público.

11. MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO E DOS ESTADOS(Cont.)

No Brasil há um Ministério Público da União

e os Ministérios Públicos dos Estados. O Ministério

da União abrange:

O Ministério Público do Distrito Federal e

Territórios

O Ministério Público Militar

O Ministério Público do Trabalho

O Ministério Público Federal

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11. MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO E DOS ESTADOS(Cont.)

� o Ministério Público Federal → Justiça Federal

e a Justiça Eleitoral;

� o Ministério Público do Trabalho → junto a

Justiça do Trabalho;

� o Ministério Público Militar → Justiça Militar;

� o Ministério Público do Distrito Federal e

Territórios → Justiça do Distrito Federal e

Territórios.

12. FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO PROCESSO

O Ministério Público exerce funções processuais

e extraprocessuais. Tanto no processo penal, como

no civil, o Ministério Público funciona como parte e

como interveniente.

Portanto, Ministério Público é titular, apenas,

do poder de ação, mas não o é da situação afirmada

no processo.

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12. FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO PROCESSO(Cont.)

Enquanto parte, o Ministério Público pode

atuar como parte principal e substituto processual.

Como órgão interveniente, o Ministério

Público atua para fiscalizar a aplicação da lei. Daí

dizer-se que é o fiscal da lei.

13. PRINCÍPIOS DE ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

A atuação do Ministério Público no processo está sujeita a dois

princípios:

Princípio da Imparcialidade → quando a lei preceitua que o

Ministério Público deve atuar de forma imparcial, quer

significar que a pessoa física que, em concreto, intervém no

processo deve conduzir-se como um terceiro em relação as

outras partes.

Princípio da Legalidade → significa que o Ministério Público em

sua atuação está subordinado ao ordenamento estatal, sobretudo á

Constituição.

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14. MINISTÉRIO PÚBLICO NO SISTEMA DO ESTADO

A instituição do Ministério Público goza de

autonomia financeira, administrativa e funciona.

A independência administrativa frente aos

Poderes do Estado manifesta-se no poder de

criar, prover e extinguir seus cargos e serviços

auxiliares.

14. MINISTÉRIO PÚBLICO NO SISTEMA DO ESTADO(Cont.)

A nomeação dos Procuradores-Gerais pelo Poder Executivo é uma restrição a independência administrativa.

A independência financeira se percebe na prerrogativa de elaborar sua proposta orçamentária nos limites da lei de diretrizes orçamentárias.

Por fim, a independência funcional significa que os membros do Ministério Público só estão submetidos à lei.

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15. ESTRUTURA INTERNA DO MINISTÉRIO PUBLICO

�O Procurador-Geral é o Chefe do Ministério

Público.

� No plano federal é nomeado pelo Presidente da

República, aprovada pela maioria absoluta do

Senado Federal, dentre integrantes da carreira,

maiores de 335 anos, para mandato de 2 anos,

admitida a recondução.

15. ESTRUTURA INTERNA DO MINISTÉRIO PUBLICO(Cont.)

No plano dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, os Procuradores-Gerais são nomeados pelo Chefe dos Poderes Executivos dentre integrantes da carreira, à vista de listas tríplices elaboradas pelos próprios Ministérios Públicos, para mandato de 2 anos, admitida a recondução.

O ingresso no Ministério Público faz-se por concurso público de provas e títulos, e os respectivos cargos estão organizados em carreira.

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16. GARANTIAS DA INDEPENDÊNCIA DO MINISTÉRIO

PÚBLICOOs membros do Ministério Público gozam das

mesmas garantias asseguradas à magistratura. São, pois, garantias fundamentais dos membros do Ministério Público a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de vencimentos.

São igualmente, garantias da instituição os chamados princípios da unidade e da indivisibilidade.

16. GARANTIAS DA INDEPENDÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

(Cont.)

A unidade do Ministério Público significa que as funções atribuídas pela Constituição Federal à instituição são desempenhadas por um único corpo de agentes, constituindo, pois, uma unidade.

A indivisibilidade é uma característica de todas as organizações formais.

Seus membros são indissociáveis da organização. É o que ocorre com o Ministério Público relativamente a sua indivisibilidade, a significar que seus membros exprimem a vontade da instituição e não sua vontade individual.

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16. GARANTIAS DA INDEPENDÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

(Cont.)

Em suma, os princípios da independência

funcional e da inamovibilidade impedem que os

membros do Ministério Público sejam,

autoritariamente, privados do exercício das

próprias funções.

QUESTÃO1. Assinale a afirmativa correta.

a) O Ministério Público tem prazo em dobro para contestar.b) Em qualquer caso, o Ministério Público exercerá o direito

de ação.c) Quando intervém como fiscal da lei, ao Ministério Público

cabem os mesmos poderes e ônus que às partes.d) Cabe somente ao Ministério Público aferir sobre a

existência de interesse público que lhe obrigue a intervenção.

e) Sendo obrigatória a intervenção do Ministério Público, a parte deverá promover-lhe a intimação, sob pena de nulidade do processo.

RESPOSTA: E

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TEORIA GERAL DO PROCESSOTEORIA GERAL DO PROCESSOTEORIA GERAL DO PROCESSOTEORIA GERAL DO PROCESSO

ADVOCACIA. ADVOCACIAADVOCACIA. ADVOCACIAADVOCACIA. ADVOCACIAADVOCACIA. ADVOCACIA----GERAL DA GERAL DA GERAL DA GERAL DA UNIÃO. DEFENSORIA PUNIÃO. DEFENSORIA PUNIÃO. DEFENSORIA PUNIÃO. DEFENSORIA PÚÚÚÚBLICABLICABLICABLICA

Evilazio RibeiroEvilazio RibeiroEvilazio RibeiroEvilazio Ribeiro

Sumário1. ADVOGADO E CAPACIDADE

POSTULACIONAL

2. NATUREZA DA ADVOCACIA

3. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB)

4. EXAME DE ORDEM E ESTÁGIO

5. ADVOCACIA–GERAL DA UNIÃO

6. DEFENSORIA PÚBLICA

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1. ADVOGADO E CAPACIDADE POSTULACIONAL

As partes, normalmente, não possuem os conhecimentos de direito necessários para poderem fazer valer ou defender as próprias pretensões em juízo. Por isso, a tarefa de operar concretamente no processo éconfiada aos advogados, que são profissionais do direito indispensáveis à administração da justiça (art. 133, CF/88).

2. NATUREZA DA ADVOCACIAEnquanto prestador de serviços fora do processo, o

advogado está sujeito às normas de sua corporação e ás

leis, que têm por objeto os contratos de prestação de

serviços profissionais.

Como representante das partes no processo o advogado

exercita um serviço público indispensável à

administração da justiça (art. 133, CF/88).

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3. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB)

� Defender a Constituição, a ordem

jurídica do Estado Democrático de Direito,

os direitos humanos, a justiça social, e

pugnar pelo aperfeiçoamento da

cultura e das instituições jurídicas.

� Promover, com

exclusividade, a representação,

a seleção e a disciplina dos advogados.

Finalidade da OAB

4. EXAME DE ORDEM E ESTÁGIO

�O exame de ordem visa apurar a formação do profissional prévia do candidato a advogado.

�O estágio é um aprendizado destinado àpreparação prática do futuro advogado.

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5. ADVOCACIA–GERAL DA UNIÃO

Está prevista no art. 134 da CF e disciplinada pela Lei Complementar 80 de 12 de janeiro de 1994. No propósito de garantir a todos o acesso á justiça, em condições de igualdade, a Constituição prevê a criação da Defensoria Pública, e a qualifica como instituição essencial à administração da Justiça.

6. DEFENSORIA PÚBLICA

Incumbe-lhe a orientação jurídica e a defesa dos necessitados, em todos os juízos e tribunais. Haverá Defensorias Públicas da União, dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

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Questão1. O artigo 134 da Constituição Federal disciplina a que “a Defensoria Pública é

instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.” Sendo assim marque o item correto:

a) Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2o.

b) Aos Defensores públicos cabem os mesmos privilégios que são assegurados aos Magistrados e aos Procuradores-Gerais da União.

c) A finalidade da Defensoria Pública não é exatamente a de promover o acesso àjustiça a todos, mas de facilitar o acesso a mesma, sem que seja, necessariamente, um serviço gratuito, já que existe uma taxa a ser paga por qualquer um que dela se utilize.

d) A organização da Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios será disciplinada pela União e pelo Distrito Federal, sucessivamente. Sendo a lei complementar

que prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da

inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.

RESPOSTA: A

TEORIA GERAL DO PROCESSO

COMPETÊNCIA

Evilázio Ribeiro

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Sumário

1. DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA 2. IMPORTÂNCIA PRÁTICA DO TEMA3. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 4. CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DA COMPETÊNCIA5. PROCEDIMENTOS PARA DETERMINAR O ÓRGÃO

COMPETENTE6. COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA7. CAUSAS LEGAIS: CONEXÃO E CONTINÊNCIA8. CAUSAS VOLUNTÁRIAS: EXPRESSA E TÁCITA9. PRORROGAÇÃO10. CONFLITO DE COMPETÊNCIAS 11. CONFLITO DE COMPETÊNCIAS 12. PREVENÇÃO13. PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO

1. DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA

�A competência é justamente o resultado da

divisão do trabalho que se opera no interior da

organização judiciária.

�Competência é, justamente, o poder-dever de um

órgão para executar aquela parcela de atividades

jurisdicionais que lhe é atribuída em virtude da

divisão do trabalho

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2. IMPORTÂNCIA PRÁTICA DO TEMA

É através do estudo da competência que determinamos o órgão com poder de julgar uma dada ação e, eventualmente, executar o julgamento nela proferido ou o direito constante de um título executivo extrajudicial.

Assim, só conhecendo as regras sobre competência é que podemos encontrar o órgão competente.

3. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

�No Brasil, a atividade jurisdicional é exercida

precipuamente pelos órgãos do Judiciário,

como está dito no art. 5o, XXXV, da CF.

�Pela competência, opera-se uma divisão da

atividade jurisdicional entre os órgãos do

Judiciário.

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3. JURISDIÇÃO E

COMPETÊNCIA(Cont.)

�Diante disso, podemos afirmar que, enquanto a atividade jurisdicional é inseparável dos órgãos do Poder Judiciário, como preceitua o art.92 da CF, a competência limita o exercício dessa atividade aos casos indicados na lei.

�Portanto, a competência é o poder de exercer a atividade jurisdicional nos limites fixados na lei, o que implica, logicamente, uma delimitação do exercício da jurisdição.

4.CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DA COMPETÊNCIA

Analisando-se a Constituição Federal e as leis de organização das justiças, verificamos que os critérios utilizados para a sua criação são os seguintes:� O critério da matéria sobre que versa o conflito

serve de base para determinar a competência das Justiças do Trabalho, Militar e Eleitoral, como, aliás, seus próprios nomes indicam.

� O critério da pessoa envolvida no conflito e, bem assim, o da matéria sobre que versa o conflito, servem de base para determinar a competência da Justiça Federal.

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4.CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DA COMPETÊNCIA(Cont.)

� O critério da exclusão serve de base para determinar a competência das Justiças dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, ou seja, tudo o que é excluído da competência das demais justiças cai no âmbito das Justiças dos Estados ou do Distrito Federal e Territórios.

4.CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DA COMPETÊNCIA(Cont.)

� Por sua vez, o critério funcional serve de base para a divisão de cada justiça em órgãos de tipos diferentes, chamando-se critério funcional, justamente, porque cada tipo de órgão tem uma função primária específica.

� E finalmente, o critério territorial serve de base para a disseminação dos órgãos pelo território do país.

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5.PROCEDIMENTOS PARA DETERMINAR O ÓRGÃO COMPETENTE

Pelo critério da matéria sobre que versa o

litígio, determinamos a competência das Justiças do

Trabalho, Penal, Militar e Eleitoral; pelo critério da

qualidade das pessoas e, bem assim, da matéria,

determinamos a competência da Justiça Federal; e,

finalmente, pelo critério da exclusão, determinamos

a competência da Justiça dos Estados, Distrito

Federal e Territórios.

6. COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVAAs normas sobre a competência são, geralmente,

inderrogáveis, porque inspiradas no interesse público, que

deve presidir a repartição do trabalho entre os órgãos

judiciários.

Quando acontece de o legislador colocar o interesse das

partes acima do próprio interesse público, ou privilegiar um

interesse público em detrimento de outro igualmente público,

então as normas sobre a competência tornam-se derrogáveis,

isto é, podem ser modificadas, seja por causa legais, seja por

causas ligadas à vontade das partes.

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6. COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA(Cont.)

Tendo em vista essa circunstância de a competência

poder ser modificada ou não, a doutrina costuma

classificá-la em absoluta e relativa.

�Absoluta diz-se a competência que não pode ser modificada.

�Relativa, pelo contrário, diz-se a competência modificável.

7. CAUSAS LEGAIS: CONEXÃO E CONTINÊNCIA

As causas legais de modificação da

competência são aquelas previstas na lei. São causas

legais de modificação da competência:

Também, uma relação entre

duas ou mais ações que têm as

mesmas partes, a mesma causa

de pedir, mas o objeto de uma,

por ser mais amplo, abrange o

da outra.

Há conexão quando duas ou

mais ações têm em consumo o

pedido ou a causa de pedir

Continência Conexão

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7. CAUSAS LEGAIS: CONEXÃO E CONTINÊNCIA(Cont.)

Conexão e continência são causas de

modificação da competência ditadas pelo interesse

público em que as ações relacionadas entre si

sejam processadas e julgadas no mesmo juízo, a

fim de evitar possíveis discordâncias de

julgamento e dispersão da atividade processual.

8. CAUSAS VOLUNTÁRIAS: EXPRESSA E TÁCITA

As causas voluntárias são aquelas derivadas da

vontade das partes. A vontade das partes, como fator de

modificação da competência, pode manifestar-se sob duas

formas:

Dá-se a modificação tácita da

competência quando o réu,

demandado em foro incompetente,

não oferece a exceção de

incompetência do foro no prazo de

resposta. (art. 114, CPC).

A vontade das partes de modificar

a competência é expressa quando

resulta de acordo manifestado por

escrito do qual constem a eleição

do foro e a expressa referência a

determinado negócio jurídico. (art.

111, §§ 1o e 2o, CPC).

Tácita Expressa

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9. PRORROGAÇÃO

O que chamamos de prorrogação da competência é,

justamente, a conseqüência de sua modificação.

Assim, temos a prorrogação da competência quando

um juízo, inicialmente incompetente, por força das causas

de modificação da competência, torna-se competente.

Resumindo, o juízo era incompetente, mas tornou-se

competente em virtude das causas de modificação das

regras da competência.

10. CONFLITO DE COMPETÊNCIAS

No processo civil, a incompetência relativa

deve ser alegada com observância do

procedimento disciplinado nos arts. 112, 307 a

311 do CPC, sob pena de preclusão.

A incompetência absoluta deve ser declarada

de ofício pelo juiz e pode ser alegada pelas partes

em qualquer tempo e grau de jurisdição.

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11. CONFLITO DE COMPETÊNCIAS

O conflito de competência ocorre quando:

� Dois ou mais juízos se declaram competentes →conflito positivo

�Dois ou mais juízos se declaram incompetentes →conflito negativo

�Entre dois ou mais juízos surge controvérsia acerca de reunião ou separação de processos →conflito positivo ou negativo

12. PREVENÇÃO

Dá-se a prevenção quando, havendo dois ou

mais juízos igualmente competentes, um

deles firma sua competência por tomar

conhecimento do processo em primeiro

lugar (arts. 106 e 219, CPC e art. 83, CPP).

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13. PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO

A “perpetuatio jurisdictionis” ou perpetuação

da jurisdição significa a estabilização da

competência do juízo. Portanto, firmada

competência do juízo, ala perdura até a extinção

do processo.

QUESTÕES

1. Assinale a assertiva correta.a) Reconhecida a incompetência pelo próprio juiz, os

autos são encaminhados ao juiz competente.b) Julgando-se incompetente para a causa, o juiz

extingue o processo sem julgamento de mérito.c) A incompetência absoluta deve ser postulada em

autos próprios.d) A incompetência territorial pode ser declarada de

oficio.e) Suscitada a incompetência do juiz, deve ele, desde

logo, se dar por suspeito.

Resposta: A

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TEORIA GERAL DO PROCESSO

AÇÕES: TEORIAS SOBRE A AÇÃO

Evilazio Ribeiro

Sumário

1. AÇÃO – DEFINIÇÃO

2. TEORIA CIVILISTA OU IMANENTISTA

3. A POLÊMICA WINSCHEID X MÜTHER

4. TEORIAS CONCRETISTAS

4.1. TEORIA CONCRETISTA

4.2. TEORIA DO DIREITO POTESTATIVO DE AGIR

5. TEORIAS ABSTRATAS

5.1. TEORIA ECLÉTICA

5.2. TEORIA DA ASSERÇÃO

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1. AÇÃO – DEFINIÇÃO

Denomina-se ação o direito que têm as pessoas

(físicas ou jurídicas) de demandar ou pleitear em

juízo, perante os tribunais, o que lhes pertence ou o

que lhes é devido.

“A ação é, portanto, o direito subjetivo que

consiste no poder de produzir o evento a que está

condicionado o efetivo exercício da função

jurisdicional, na lição de Liebman”.

2. TEORIA CIVILISTA OU IMANENTISTA

A ação seria uma qualidade de todo direito ou o

próprio direito reagindo a uma violação.

É o princípio que se exara a lei civil: “A todo

direito corresponde uma ação que o assegura”.

Tal conceito gera três conseqüências inevitáveis :

A ação segue a

natureza do

direito.

Não há direito

sem ação;

Não há ação sem

direito;

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3. A POLÊMICA WINSCHEID X MÜTHER

Müther, combatendo algumas idéias de Windscheid, distinguiu nitidamente direito lesado e ação.

Desta, disse, nasceram dois direitos, ambos de natureza pública: o direito do ofendido à tutela jurídica do Estado (dirigido contra o Estado) e o direito do Estado à eliminação da lesão, contra aquele que a praticou.

3. A POLÊMICA WINSCHEID X MÜTHER(Cont.)

Apesar de replicar com veemência, Windscheid

acabou por aceitar algumas idéias do adversário,

admitindo um direito de agir, exercível contra o

estado e contra o devedor.

Assim, as doutrinas dos dois autores antes se

completam do que propriamente se repelem,

desvendando verdades até então ignoradas e dando

nova roupagem ao conceito de ação.

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4. TEORIAS CONCRETISTAS

A ação é um direito autônomo, não

pressupondo necessariamente o direito subjetivo

material violado ou ameaçado, como demonstram

as ações meramente declaratória (em que o autor

pode pretender uma simples declaração de

inexistência de uma relação jurídica).

A ação seria um direito público e concreto, ou

seja, um direito existente nos casos concretos em

que existisse direito subjetivo.

4.2. TEORIA DO DIREITO POTESTATIVO DE AGIR

A ação configura um direito autônomo, diverso

do direito material que se pretende fazer valer em

juízo; mas o direito de ação não é um direito

subjetivo – porque não lhe corresponde a obrigação

do Estado – e muito menos de natureza pública.

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4.2. TEORIA DO DIREITO POTESTATIVO DE AGIR(Cont.)

Precisamente, a ação configura o poder jurídico de dar vida à condição para a atuação da vontade da lei.

Exaure-se com o seu exercício, tendente a produção de um efeito jurídico em favor de um sujeito e com ônus para o outro, o qual nada deve fazer, mas também nada pode fazer a fim de evitar tal efeito

5. TEORIAS ABSTRATAS

Essa teoria afirma que o direito de ação é

autônomo e abstrato, considerando que ele só existirá,

verdadeiramente, quando no processo estiverem

presentes condições que o legitimem, isto é, que

surgisse uma situação de fato contrária ao direito, que

pudesse ser resolvida somente pelas vias

jurisdicionais.

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5. TEORIAS ABSTRATAS (Cont.)

As condições da ação para a teoria eclética são:

3.Legitima3.Legitimaçção para agirão para agir

2.Leg2.Legíítimo interessetimo interesse

1.Possibilidade jur1.Possibilidade juríídica do pedidodica do pedido

5. TEORIAS ABSTRATAS (Cont.)

O erro fundamental dessa teoria está na confusão que ela faz entre ação e direito subjetivo. A ação deve ser um agir conforme o direito; e, admitindo-se que todos tenham direito subjetivo de acesso aos tribunais, é natural que todos possam exercê-lo.

Se o direito de acesso aos tribunais é abstrato e outorgado a todos indistintamente, é lógico ser a ação que lhe compete igualmente abstrata e condicionada.

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5.2. TEORIA DA ASSERÇÃO

Segundo a Teoria da Asserção, também

denominada de prospettazione, as condições da

ação são aferidas consoante o alegado pelo autor

na petição inicial, não podendo o magistrado

adentrar com profundidade em sua análise, sob

pena de exercer juízo meritório.

5.2. TEORIA DA ASSERÇÃO(Cont.)

O renomado Kazuo Watanabe tratou da teoria

da asserção sob o enfoque da cognição processual:

”As condições da ação são aferidas no plano lógico e da

mera asserção do direito, e a cognição a que o juiz

procede consiste em simplesmente confrontar a

afirmativa do autor com o esquema abstrato da lei. Não

se procede, ainda, ao acertamento do direito afirmado".

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QUESTÃO 1. Assinale a alternativa correta.

a) Nosso direito positivo adotou a doutrina de Chiovenda sobre as condições da ação.

b) Embora não estejam presentes as condições da ação, pode o juiz apreciar o mérito do processo, se aplicar o princípio da instrumentalidade do processo.

c) Capacidade processual e capacidade postulatória são termos sinônimos.

d) Segundo o pensamento mais moderno de Liebman, são condições da ação o interesse de agir e a legitimação para agir.

e) Todas as alternativas anteriores são incorretas.

RESPOSTA: D

TEORIA GERAL DO PROCESSOTEORIA GERAL DO PROCESSO

AAÇÇÃO: ELEMENTOS E ÃO: ELEMENTOS E CONDICONDIÇÇÕES DA AÕES DA AÇÇÃOÃO

Evilazio Ribeiro

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Sumário

1. ELEMENTOS DA AÇÃO

1.1 PARTES

1.2 PEDIDO

1.3 CAUSA DE PEDIR

2. CONDIÇÕES DA AÇÃO

2.1. INTERESSE DE AGIR

2.2. LEGITIMIDADE DAS PARTES

2.3. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO

1. ELEMENTOS DA AÇÃO1.1. PARTES

São partes, em sentido formal, o autor e o réu, isto é, aquele que pede, em nome próprio, a prestação jurisdicional e aquele contra quem ou em face de quem o autor formula o seu pedido, ou a pluralidade de autores ou de réus, litisconsortes ativos ou passivos.

São partes em sentido material

os sujeitos da relação interpessoal que

a sentença irá regular diretamente.

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1. ELEMENTOS DA AÇÃO1.2. PEDIDO

São elementos objetivos da ação o pedido e a causa de pedir.

�Pedido imediato, que corresponde à natureza do provimento solicitado. É o bem material ou imaterial pretendido pelo autor.

�Pedido mediato, correspondente ao teor ou conteúdo do provimento. Pedido imediato, de natureza declaratória, exige sujeito e predicado.

1. ELEMENTOS DA AÇÃO1.3. CAUSA DE PEDIR

Trata-se das razões, ou causas, com base nas quais o autor considera ter direito a determinado bem da vida.

Para essa teoria a

causa de pedir é

constituída pela individualização

da relação jurídica substancial

A causa de pedir consiste na exposição dos fatos constitutivos da situação jurídica afirmada pelo autor.

Teoria da individualização Teoria da substanciação

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2. CONDIÇÕES DA AÇÃO

As três condições para admissibilidade pelo poder judicial são:

� Interesse Processual ou de Agir;

� Legitimidade das Partes;

� Possibilidade Juridica do Pedido

2. CONDIÇÕES DA AÇÃO2.1. INTERESSE DE AGIR

Segundo o professor Luiz Rodrigues WambierSegundo o professor Luiz Rodrigues Wambier

“o interesse processual está presente sempre que

a parte tenha a necessidade de exercer o direito

de ação (e, conseqüentemente, instaurar o

processo) para alcançar o

resultado que pretende, relativamente

à sua pretensão e, ainda mais, sempre

que aquilo que se pede no processo

(pedido) seja útil sob o aspecto prático.”

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2. CONDIÇÕES DA AÇÃO2.2. LEGITIMIDADE DAS PARTES

Conforme leciona Leonardo Greco “A garantia constitucional do amplo acesso à tutela

jurisdicional efetiva (art. 5º, inciso XXXV, da Constituição)

confere esse direito a todo aquele que alegue ser titular do

direito material em que a demanda se fundamenta

e apresente ao juiz o mínimo de provas necessárias

para demonstrar a possibilidade de efetivamente

deter essa titularidade. “

Esta é a legitimidade ou legitimação ativa chamada ordinária.

2. CONDIÇÕES DA AÇÃO2.3. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO

““““Pela Pela Pela Pela possibilidade jurpossibilidade jurpossibilidade jurpossibilidade juríííídicadicadicadica, indica, indica, indica, indica----se a exigência de que se a exigência de que se a exigência de que se a exigência de que

deve existir, abstratamente, dentro do ordenamento jurdeve existir, abstratamente, dentro do ordenamento jurdeve existir, abstratamente, dentro do ordenamento jurdeve existir, abstratamente, dentro do ordenamento juríííídico, dico, dico, dico,

um tipo de providência como a que se pede atravum tipo de providência como a que se pede atravum tipo de providência como a que se pede atravum tipo de providência como a que se pede atravéééés da as da as da as da açççção.ão.ão.ão.””””

Esse requisito, de tal sorte, consiste na prévia verificação que incumbe ao juiz fazer

sobre a viabilidade jurídica da pretensão

deduzida pela parte em face do direito

positivo em vigor.

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QUESTÃO

1. De acordo com a legislação processual civil, a ausência das condições da ação e dos pressupostos processuais:

a) Pode ser reconhecida pelo juiz de oficio ou a requerimento da parte, a qualquer tempo, antes proferida a sentença, não se verificando, na hipótese, a preclusão.

b) Somente pode ser reconhecida mediante iniciativa da parte.

c) Não pode ser examinada após o saneador.

d) Deve necessariamente ser decidida no despacho

que determinar a citação.

RESPOSTA: A

TEORIA GERAL DO PROCESSOTEORIA GERAL DO PROCESSO

AAÇÇÃO: DIREITO FUNDAMENTAL ÃO: DIREITO FUNDAMENTAL ÀÀTUTELA JURIDICIONALTUTELA JURIDICIONAL

EVILAZIO RIBEIRO

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1. Conceito de Ação

2. Sujeitos do Direito de Ação

3. Conteúdo do Direito de Ação | 3.1. Acesso aos órgãos jurisdicionais

|3.2. Acesso ao devido processo legal

|3.3. Decisão motivada e fundamentada

|3.4. Execução e medidas cautelares

|3.5.Recurso

4. Defesa

5. Classificação das Ações |5.1. Critério da espécie de provimento requerido

pelo autor

| 5.2. Critério da natureza do direito alegado

SUMÁRIO

1. CONCEITO DE A1. CONCEITO DE AÇÇÃOÃO

Ação "é o direito ao exercício da atividade jurisdicional (ou o poder de exigir esse exercício). Mediante o exercício da ação, provoca-se a jurisdição, que, por sua vez, exerce-se através daquele complexo de atos que é o processo" (CINTRA, 1997, p. 249).

Ou ainda, ação é um direito subjetivo autônomo das partes de pedir a atividade jurisdicional do Estado e de participar necessariamente de seu desenvolvimento processual, tendo em vista a proteção de situação jurídica subjetiva ou objetiva, violada ou ameaçada de violação, afirmada no processo.

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2. SUJEITOS DO DIREITO DE A2. SUJEITOS DO DIREITO DE AÇÇÃOÃO

O direito O direito àà tutela jurisdicional efetiva compete a todas as tutela jurisdicional efetiva compete a todas as pessoas e grupos que se encontrem no territpessoas e grupos que se encontrem no territóório nacional. rio nacional. ÉÉequivocado dizer que esse direito tem por sujeitos os equivocado dizer que esse direito tem por sujeitos os cidadãos. O direito cidadãos. O direito àà proteproteçção dos direitos violados ou ão dos direitos violados ou ameaameaççados ados éé fundado na dignidade humana e não na fundado na dignidade humana e não na cidadania. Por isso, cidadania. Por isso, éé extensivo a todas as pessoas extensivo a todas as pessoas incondicionalmente.incondicionalmente.

3. CONTE3. CONTEÚÚDO DO DIREITO DE ADO DO DIREITO DE AÇÇÃOÃO

3.1. Acesso aos órgãos jurisdicionais

Este é o passo prévio e necessário para alcançar a tutela jurisdicional efetiva. O direito de livre acesso aos órgãos da jurisdição significa que, no Brasil, para todo direito existe sempre a possibilidade de obter a proteção jurisdicional do Estado.

3.2. Acesso ao devido processo legal

De nada valeria ter acesso aos órgãos da jurisdição se não temos o direito àabertura de um processo com as garantias constitucionais. A existência de formalismos ou limitações irrazoáveis que dificultem o acesso ao processo vulnera o direito fundamental à tutela jurisdicional efetiva.

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3. CONTE3. CONTEÚÚDO DO DIREITO DE ADO DO DIREITO DE AÇÇÃOÃO

3.3. Decisão motivada e fundamentada racionalmente

Quer se dizer com isso que as pretensões deduzidas pelas partes no processo devem ser resolvidas com uma decisão motivada e fundada no direito, sobretudo na Constituição.

3.4. Execução e medidas cautelares

É imprescindível adotar todas as providencias necessárias para dar efetividade ás decisões jurisdicionais, inclusive determinando as medidas cautelares para garantir o êxito dos demais processos.

3. CONTE3. CONTEÚÚDO DO DIREITO DE ADO DO DIREITO DE AÇÇÃOÃO

3.5. Recurso

O direito ao recurso está garantido, implicitamente, na Constituição, seja como um dos elementos constitutivos do direito fundamental das partes à tutela jurisdicional efetiva (art. 5o, LV), seja em decorrência da própria estrutura do Judiciário, prevendo os tribunais com competência funcional basicamente recursal.

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4. DEFESA4. DEFESA

O réu é o sujeito contra quem ou em face de quem é pedida a prestação jurisdicional. O réu é também titular de uma série de poderes, faculdades e até deveres, que lhe são conferidos pelo ordenamento jurídico para que concretize sua participação no processo e que configuram também um direito à tutela jurisdicional efetiva, ou seja, um direito de ação, só que de caráter negativo.

Podemos dizer que o direito de defesa do réu é tão abstrato quanto a ação do autor. Se a ação do autor existe com independência da efetiva existência do direito alegado, o poder de defesa do réu é independente igualmente de que suas alegações de defesa sejam efetivamente fundadas.

5. CLASSIFICAÇÃO

5.1. Critério da espécie de provimento requerido pelo autor

5.1.1. Ações de Conhecimento

As ações de conhecimento são as que tendem a provocar um juízo, no sentido preciso do termo, ou seja, um julgamento sobre a situação jurídica afirmada pelo autor. Podem ser:

Ações Declaratórias

Ações Condenatórias

Ações Constitutivas

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5. CLASSIFICAÇÃO

AAçções declaratões declaratóóriasrias

São aquelas que tendem a obter uma sentença sobre a existência ou inexistência de uma relação jurídica incerta e controvertida, ou sobre um fato juridicamente relevante.

O elemento peculiar das ações meramente declaratórias estáem que estas tendem só a declarar a situação jurídica existente entre as partes, com o fim exclusivo de eliminar a incerteza sobre a existência ou inexistência dessa situação.

5. CLASSIFICA5. CLASSIFICAÇÇÃOÃO

AAçções condenatões condenatóóriasrias

São aquelas em que o autor pede uma declaraSão aquelas em que o autor pede uma declaraçção sobre a ão sobre a situasituaçção jurão juríídica deduzida no processo com a conseqdica deduzida no processo com a conseqüüente ente imposiimposiçção de um comando ao rão de um comando ao rééu para que cumpra a u para que cumpra a obrigaobrigaçção de que oi reconhecido devedor.ão de que oi reconhecido devedor.

Enquanto as aEnquanto as açções declaratões declaratóórias visam obter uma declararias visam obter uma declaraçção ão sobre a situasobre a situaçção jurão juríídica deduzida no processo, as dica deduzida no processo, as condenatcondenatóórias visam obter do juiz um comando dirigido ao rias visam obter do juiz um comando dirigido ao rrééu para que execute, em favor do autor, a prestau para que execute, em favor do autor, a prestaçção de que ão de que foi declarado devedor.foi declarado devedor.

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5. CLASSIFICA5. CLASSIFICAÇÇÃOÃO

AAçções constitutivasões constitutivas

São aquelas tendentes a uma sentenSão aquelas tendentes a uma sentençça que constitua , a que constitua , modifique ou extinga uma relamodifique ou extinga uma relaçção jurão juríídica. O especdica. O especíífico da fico da aaçção constitutiva ão constitutiva éé que, atravque, atravéés dela, o autor exercita o poder s dela, o autor exercita o poder jurjuríídico de criar, modificar ou extinguir reladico de criar, modificar ou extinguir relaçções jurões juríídicas. dicas. Por conseguinte, a aPor conseguinte, a açção constitutiva ão constitutiva éé aquela atravaquela atravéés da qual s da qual o autor exerce seu direito de poder criar, modificar ou alterar o autor exerce seu direito de poder criar, modificar ou alterar situasituaçções jurões juríídicas por via jurisdicional.dicas por via jurisdicional.

5.1.2. A5.1.2. Açções de Execuões de Execuççãoão

A ação executiva é, justamente, o poder do autor de pedir ao Estado a realização prática por meios coativos do comando contido na sentença, ou em outro título a que a lei reconheça executiva.

Por conseguinte, a função da ação executiva é adequar a situação existente ao mundo da realidade ao estabelecido no comando contido na sentença, mediante o emprego da força física, se necessário (meios coativos).

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5.1.3. A5.1.3. Açções Cautelaresões Cautelares

São as destinadas a assegurar e garantir o eficaz desenvolvimento e o profícuo resultado das ações de conhecimento e executivas. São, pois, dirigidas a evitar que o direito posto em juízo, e para o qual se pede a medida cautelar, seja, de qualquer modo, prejudicado.

5.1.3. A5.1.3. Açções Cautelaresões Cautelares

De modo geral, a doutrina aponta como elementos De modo geral, a doutrina aponta como elementos estruturais das aestruturais das açções cautelares:ões cautelares:

�� A provA prováável existência do direito para o qual se pede em vel existência do direito para o qual se pede em via principal (via principal (fumusfumus boniboni iurisiuris););

�� O fundado temor de que, enquanto se espera aquela O fundado temor de que, enquanto se espera aquela tutela, ocorra ao direito posto em jututela, ocorra ao direito posto em juíízo lesão de difzo lesão de difíícil cil reparareparaçção (ão (periculumpericulum in morain mora).).

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Antecipação de Tutela e Medida Cautelar

A antecipação de tutela tem natureza cautelar. Constituem uma espécie do gênero cautelar.

A diferença entre as cautelares comuns e as antecipatórias está, unicamente, no modo de obviar o perigo, isto é, na técnica utilizada para obviar o perigo:

Acelera-se a entrega da prestação jurisdicional.

Asseguram-se os efeitos finais.

AntecipatóriaCautelar

5.2.1. A5.2.1. Açções Civisões Civis

I.I. Quanto a natureza do direito alegado pelo autor:Quanto a natureza do direito alegado pelo autor:

ReaisReais –– éé dita real quando tende a obter a prestadita real quando tende a obter a prestaçção ão jurisdicional para um direito real.jurisdicional para um direito real.

ExemploExemplo:: A aA açção pela qual o autor reivindica a ão pela qual o autor reivindica a propriedade.propriedade.

PessoalPessoal –– éé dita pessoal quando tem por objetivo obter o dita pessoal quando tem por objetivo obter o reconhecimento de um direito pessoal.reconhecimento de um direito pessoal.

ExemploExemplo:: Uma aUma açção de cobranão de cobrançça de uma da de uma díívida, em vida, em decorrência de mdecorrência de múútuo, tuo, éé uma auma açção pessoalão pessoal

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5.2.1. A5.2.1. Açções Civisões Civis

II.II. Quanto ao objeto do direito civil alegado:Quanto ao objeto do direito civil alegado:

MobiliMobiliáárias rias –– se o direito alegado versa sobre um bem se o direito alegado versa sobre um bem mmóóvel, a avel, a açção serão seráá mobilimobiliáária. ria.

Exemplo:Exemplo: Uma aUma açção possessão possessóória que tem por objeto ria que tem por objeto coisa mcoisa móóvel.vel.

ImobiliImobiliáárias rias –– se, ao contrse, ao contráário, o direito alegado versa rio, o direito alegado versa sobre um imsobre um imóóvel, a avel, a açção serão seráá imobiliimobiliáária.ria.

5.2.2. A5.2.2. Açções Penaisões Penais

As aAs açções penais são sempre declaratões penais são sempre declaratóórias. São meios para rias. São meios para obter um provimento jurisdicional sobre a existência ou obter um provimento jurisdicional sobre a existência ou não dos fatos. Sua funnão dos fatos. Sua funçção ão éé identificar se o acusado identificar se o acusado éé ou ou não culpado. A anão culpado. A açção penal ão penal éé, de regra, p, de regra, púública, salvo blica, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido (art. 102, CP). A seu turno, o ofendido (art. 102, CP). A seu turno, o §§ 11°° do art. 102 do do art. 102 do CCóódigo penal dispõe que a adigo penal dispõe que a açção pão púública blica éé promovida pelo promovida pelo MinistMinistéério Prio Púúblico.blico.

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É aquela promovida pelo Ministério, mas dependente da manifestação de vontade das pessoas que, no caso, a lei indicar.

É aquela promovida pelo Ministério Público incondicionalmente.

Pública CondicionadaPública Incondicionada

5.2.2. Ações Penais

5.2.3. A5.2.3. Açções Trabalhistasões Trabalhistas

As aAs açções trabalhistas podem, tambões trabalhistas podem, tambéém, ser classificadas m, ser classificadas segundo critsegundo critéérios prrios próóprios do direito do trabalho.prios do direito do trabalho.

I.I. Quanto a titularidade:Quanto a titularidade:

Individuais Individuais –– são são titularizadastitularizadas por pessoas ou pessoas por pessoas ou pessoas certas e determinadas.certas e determinadas.

Coletivas Coletivas –– são são titularizadastitularizadas por categorias profissionais por categorias profissionais de empregados ou empregadores representados no de empregados ou empregadores representados no processo pelos respectivos sindicatos.processo pelos respectivos sindicatos.