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Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

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Page 1: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Teoria da desconsideração da personalidade jurídica:

responsabilidade patrimonial

dos sócios e administradores

Page 2: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Questão

Qual a fundamentação para a vinculação do sócio ao crédito trabalhista?

Teoria da desconsideração da personalidade jurídica (Art. 50 do CCB)?

Previsão do §5º do Art. 28 do CDC? Esta previsão retrata a disregard doctrine?

Art. 135 do CTN ou 4º da Lei 6.830/80?

Risco da atividade empresarial (Art. 2º caput da CLT)?

Art. 2º, §2 º da CLT?

Page 3: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Questão

Há fundamento para que a desconsideração da personalidade jurídica seja aplicada ex officio na Justiça do Trabalho? O Art. 50 do CCB não diz que

deve ser requerida?

Art. 878 da CLT - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior.

Page 4: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

INTRODUÇÃO

Dívida e responsabilidade: responsabilidade secundária

Pessoa jurídica : efeitos personificação

Responsabilidade societária: limites e fonte

Page 5: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Responsabilidade patrimonial do sócio

Sócio tem:

Responsabilidade ordinária: prevista nas estruturas societárias

Sociedade anônima

Limitada

Comandita simples – sócio comanditário

Sociedade em conta de participação – sócio oculto

LIMITADA

ILIMITADA Comandita simples - sócio comanditadoSociedade em conta de participação – sócio ostensivo

Sociedade em nome coletivo – todos os sócios

Page 6: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Teoria da desconsideração da personalidade jurídica:

OrigemFundamento

ConceitoFinalidade

PressupostosLegislação

Execução trabalhista

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Desconsideração da personalidade jurídica

Jurisprudência:

1809 (EUA): Bank Unites States x Devaux , julgado por Juiz Marshall;

1897 (Inglaterra): Salomon x Salomon

Origem:

SistematizaçãoAlemanha: Rolf Serick analisou jurisprudência e a traduziu num sistema jurídico diverso (anglo-saxão x romano-germânico).

Dificuldade: casuísmo do próprio sistema originário.

No Brasil: 1.969 por Rubens Requião

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Desconsideração da personalidade jurídica

Jurisprudência:1809 (EUA): Bank Unites States x Devaux , julgado por Juiz Marshall; Art. 3º Constituição EUA limita jurisdição federal (Supremo Tribunal Federal) a controvérsias existentes entre cidadãos de diferentes Estados; para preservar jurisdição federal sobre corporations, o Juiz Marshall considerou que por detrás da corporations encontravam-se cidadãos, pessoas físicas.

Origem:

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Desconsideração da personalidade jurídica

Origem: jurisprudência

1897: Salomon x Salomon : comerciante inglês Aaron Salomon compôs corporation com outros 6 da família (sócios minoritários); cedeu seu fundo de comércio à sociedade. Recebeu em troca 10.000 libras esterlinas, por obrigações garantidas. Depois de 1 ano a empresa se mostrou insolvente. O liquidante dos credores quirografários alegou que a atividade da empresa se confundia com a do sócio majoritário. Ao se liquidar as dívidas, o liquidante constatou que o preço do fundo de comércio transferido à sociedade era superior ao valor das ações da companhia. E assim, Salomon era o maior credor (e privilegiado) da companhia. Por isso se estabeleceu inusitado litígio: Aeron Salomon vs Salomon & Co Ltd, com o objetivo de frustrar créditos de terceiros. Decisões de primeira e segunda instância condenaram Aeron a pagar determinado valor aos credores da companhia, desconsiderando o dogma da separação dos patrimônios da pessoa jurídica (PJ) e pessoa física.

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Desconsideração da personalidade jurídicaFundamento :

crise da função da pessoa jurídica

crise da limitação da responsabilidade societária

limitação da responsabilidade decorria da personalização das sociedades

utilização da pessoa jurídica para finalidade distinta da qual foi criada

sociedade limitada e critério de ineficiência da limitação econômica da responsabilidade

A desconsideração nasceu para reprimir o mau uso da pessoa jurídica

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Desconsideração da personalidade jurídica

Conceito:

subestimar os efeitos da personificação jurídica no caso contrato, quando há

utilização da pessoa jurídica para finalidade distinta da qual foi criada

Finalidade:preservação da pessoa jurídica no

desenvolvimento da atividade empresarial.

sustação da eficácia episódica da personificação.

Característica

Page 12: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Desconsideração da personalidade jurídica

Pressupostos

OBJETIVOS

SUBJETIVOS

confusão patrimonial (Artigo 50 CCB)

abuso da personalidade jurídica (fraude?)

fraude

abuso de direito

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Desconsideração da personalidade jurídica

LEGISLAÇÃO

CDC (Lei 8.078/90, Art. 28);

Lei Antritruste (Lei 8.884/94, Art. 18)

Lei Ambiental (Lei 9.605/98, Art. 4º)

Art. 2º, §2º da CLT (?)

Art. 135 do CTN

Art. 50 do CCB

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Desconsideração da personalidade jurídica

LEGISLAÇÃO : Art. 50 do CCBArt. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

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Desconsideração da personalidade jurídica

Fundamento limitação responsabilidadeA limitação da responsabilidade societária

vem estabelecida no tipo da sociedade empresarial: S/A e Limitada têm

responsabilidade limitada

O fundamento da limitação da responsabilidade societária evoluiu segundo um critério inicial: a limitação da responsabilidade se relaciona com a relação dominial que o sócio tenha na sua relação interna, na sociedade empresarial

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Desconsideração da personalidade jurídica

Nas S/A : há limitação da responsabilidade societária, que não é contestada!

O acionista não possui qualquer relação de domínio com a sociedade empresarial; aliena entradas de capial e permanece como credor da sociedade

Na Limitada a limitação da responsabilidade decorreu de condições de mercado. Partiu-se de um sistema econômico (concorrência perfeita) em que o risco na contratação com empresas limitadas seria negociado!!

Entretanto, há credores da sociedade que são incapazes de negociar com a sociedade: credores não negociais!!

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Desconsideração da personalidade jurídica

O trabalhador e o consumidor são credores não negociais

Em relação a esses credores a limitação da responsabilidade da limitada passou a ter ineficiência econômica!! Estabelece-se a crise da limitação da responsabilidade societária.

E daí, qdo a LIMITADA se torna insolvente, o equilíbrio econômico decorrente da negociação dos risco, se rompe

em relação a esses credores não negociais (trabalhador/consumidor)

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Desconsideração da personalidade jurídica

A desconsideração da personalidade jurídica em LIMITADAS insolventes funciona como um redistribuição forçada de riscos, que é feita pelo juiz.

É isto que explica o redirecionamento da execução trabalhista contra o sócio, sem cumprimento dos requisitos

do Art. 50 do CCB!!

E é feita apenas em relação a credores não negociais (trabalhadores/consumidores)

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Desconsideração da personalidade jurídica

Execução trabalhista

Art. 28 da Lei 8.078/90

O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.

(...)

§5º. Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados a consumidores.

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Desconsideração da personalidade jurídica

Art. 28 da Lei 8.078/90Abuso direito/excesso poder/ ato ilícito : gera responsabilidade extraordinária do administrador:

Não é causa de desconsideração!

Falência gera a perda da jurisdição trabalhista e todas as questões de responsabilidade são decididas no juízo universal:

Não é causa de deconsideração !

Insolvência de LIMITADA em relação a credor não negocial:

É causa de desconsideração!!

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Desconsideração da personalidade jurídica

Limitação da responsabilidade societáriaNão decorre da personificação da empresa,

mas do tipo societário: possui razões históricas e econômicas (mercado)

Na LTDA a limitação da responsabilidade do sócio parte do pressuposto de que há

negociação do risco/empreendimento (Direito Econômico) Ex: Bco negocia risco cobrando juros

O credor trabalhista e o consumidor são CREDORES NÃO NEGOCIAIS e por isto, na

INSOLVÊNCIA da SOCIEDADE EMPRESARIAL ocorre ILIMITAÇÃO DA RESPONSABILIDADE

SOCIETÁRIAA desconsideração da personalidade jurídica

opera uma redistribuição forçada de riscos nestes casos

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Artigo 135 do CTN

Desconsideração x Código Tributário Nacional

Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:        I - as pessoas referidas no artigo anterior;        II - os mandatários, prepostos e empregados;        III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

Page 23: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Artigo 135 do CTN

CTN:

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem

solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

        I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;        II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus

tutelados ou curatelados;        III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos

devidos por estes;        IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;        V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela

massa falida ou pelo concordatário;        VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício,

pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

        VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

Page 24: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Responsabilidade do sócio administrador

Sócio tem:

Responsabilidade ordinária: prevista nas estruturas societárias

Sociedade anônima

Limitada

Comandita simples – sócio comanditário

Sociedade em conta de participação – sócio oculto

LIMITADA

ILIMITADA Comandita simples - sócio comanditadoSociedade em conta de participação – sócio ostensivo

Sociedade em nome coletivo – todos os sócios

Page 25: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Responsabilidade do sócio administrador

Sócio tem:

Responsabilidade ordinária: prevista nas estruturas societáriasResponsabilidade extraordinária: a que decorre de ato ilícito ou excesso de poderes do administrador

vincula-se ao poder de gestão, hoje: poder de controle

é pessoal e direta: independe de desconsideração

Page 26: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Responsabilidade do sócio administrador

Previsão legal:

Decreto 3.708/1919, Art. 10

Lei 6.404/1976, Art. 158

Hoje: Artigos 47 e 1.016 do Código Civil Brasileiro

É matéria de direito societário: aplicação de responsabilidade decorrente da teoria ultra vires

societatis: além das forças da sociedade porque há exorbitância do ato do sócio administrador

Page 27: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Responsabilidade do sócio administrador

Previsão legal:

Decreto 3.708/1919, Art. 10:

Art. 10. Os socios gerentes ou que derem o nome á firma não respondem pessoalmente pelas obrigações

contrahidas em nome da sociedade, mas respondem para com esta e para com terceiros solidaria e illimitadamente pelo excesso de mandato e pelos actos praticados com

violação do contracto ou da lei.

Page 28: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Responsabilidade do sócio administrador

Previsão legal:

Lei 6.404/1976, Art. 158 :

Art. 158. O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da

sociedade e em virtude de ato regular de gestão; responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que causar,

quando proceder: I - dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa

ou dolo; II - com violação da lei ou do estatuto.

Page 29: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Responsabilidade do sócio administrador

Previsão legal:

CCB, Art. 47 :

Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo.

CCB, Art. 1046

Art. 1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções.

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Jurisprudência

O encerramento da empresa sem a quitação dos débitos contraídos, sobretudo os de natureza trabalhista, implica má administração, pelo que não podem responder os empregados, uma vez que o risco do empreendimento econômico pertence ao empregador (art. 2º da CLT), justificando a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica da empresa (TRT, 12ª R – AGPET 1191/00 – (02624/2001)-1ª T – Rel. Sandra Marcia Wambier – J. 13.3.2001)

Não é exigível a integração do sócio da empresa executada no pólo passivo da ação para que responda ele com seus próprios bens; sua integração posterior decorre da responsabilidade executória secundária (Art. 592, II do CPC). (TRT 15ª R – SE – Ac. N. 4342/2001 – Rel. M. Cecilia F. A. Leite – DJSP 30.01.2001)

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Jurisprudência

Fonte da jurisprudência transcrita: Artigo: A execução trabalhista e a ‘disregard doctrine’ – execução dos bens dos sócios em face da “disregard doctrine’ – José Affonso Dellegrave Neto – BUENO, Hamilton J. Curso de Direito do Trabalho:homenagem ao Ministro Pedro Paulo Teixeira Manus. São Paulo: LTr, 2008

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Jurisprudência

A limitação da responsabilidade dos sócios não é compatível com a proteção que o Direito do Trabalho dispensa aos empregados, portanto, diante da ausência de bens da empresa passíveis de penhora, entendo que se impõe a constrição de bens particulares dos sócios (TRT-12ª R. – 3ª T – Ac. N. 8353/2000

Em sede de direito do trabalho, em que os créditos trabalhistas não podem ficar a descoberto, vem-se abrindo uma exceção ao princípio da responsabilidade limitada do sócio, ao se aplicar a teoria da desconsideração da personalidade jurídica (disregard of legal entity) para que o empregado possa, verificando a insuficiência do patrimônio societário, sujeitar à execução os bens dos sócios individualmente considerados, porém solidária e ilimitadamente, até o pagamento integral dos créditos dos empregados (TST, ROAR, n. 531680/99, SBDI –II, Rel. Min. Ronaldo José Lopes Leal, DJU, 3.12.99, p. 64

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Jurisprudência

O encerramento da empresa sem a quitação dos débitos contraídos, sobretudo os de natureza trabalhista, implica má administração, pelo que não podem responder os empregados, uma vez que o risco do empreendimento econômico pertence ao empregador (art. 2º da CLT), justificando a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica da empresa (TRT, 12ª R – AGPET 1191/00 – (02624/2001)-1ª T – Rel. Sandra Marcia Wambier – J. 13.3.2001)

Não é exigível a integração do sócio da empresa executada no pólo passivo da ação para que responda ele com seus próprios bens; sua integração posterior decorre da responsabilidade executória secundária (Art. 592, II do CPC). (TRT 15ª R – SE – Ac. N. 4342/2001 – Rel. M. Cecilia F. A. Leite – DJSP 30.01.2001)

Page 34: Teoria da desconsideração da personalidade jurídica: responsabilidade patrimonial dos sócios e administradores

Jurisprudência

Fonte da jurisprudência transcrita: Artigo: A execução trabalhista e a ‘disregard doctrine’ – execução dos bens dos sócios em face da “disregard doctrine’ – José Affonso Dellegrave Neto – BUENO, Hamilton J. Curso de Direito do Trabalho:homenagem ao Ministro Pedro Paulo Teixeira Manus. São Paulo: LTr, 2008