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Teoria da Atividade no Design “A minha própria existência é atividade social.” Karl Marx

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A Teoria da Atividade é uma proposta social para a Psicologia Cognitiva e pode contribuir muito para a inovação em organizações.

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Page 1: Teoria da Atividade no Design

Teoria da Atividade no Design

“A minha própria existência é atividade social.”Karl Marx

Page 2: Teoria da Atividade no Design

Contexto histórico

• Rússia pulou do feudalismo ao comunismo

• Necessidade de teoria educacional em consonância com os ideais marxistas

• Ascenção da psicologia mecanicista

Page 3: Teoria da Atividade no Design

Reflexo especular

Estímulo Resposta

Psicologia Mecanicista

Page 4: Teoria da Atividade no Design

Mediação

Estímulo Resposta

Psicologia Sócio-histórica

Signo

RefraçãoSignificação

Page 5: Teoria da Atividade no Design

Aprendizado social

1.Bebê balança braço para pegar objeto

2. Mãe traz um brinquedo próximo

3. Bebê aprende a apontar (sentido

social)

Page 6: Teoria da Atividade no Design

Do que é composta uma atividade?

Pessoas

Page 7: Teoria da Atividade no Design

Pho

to ©

200

0 V

ilma

Vain

ikai

nen

Análise da atividade

Baseado em Korpela (2004)

Cuidado intensivo de bebês prematuros

Page 8: Teoria da Atividade no Design

O que elas compartilham?

Pessoas Objeto

Page 9: Teoria da Atividade no Design

Porque elas fazem isso?

Pessoas Objeto Resultado

Page 10: Teoria da Atividade no Design

Pho

to ©

200

0 V

ilma

Vain

ikai

nen

Objeto: a saúde do bebêResultado: criança saudável, mãe feliz

Page 11: Teoria da Atividade no Design

Com que meios elas fazem?

Pessoas Objeto Resultado

Instrumentos

Page 12: Teoria da Atividade no Design

Quem são essas pessoas?

Pessoas Objeto Resultado

Instrumentos

Comunidade

Page 13: Teoria da Atividade no Design

Características culturais da equipe

Page 14: Teoria da Atividade no Design

Como se organizam essas pessoas?

Pessoas Objeto Resultado

Instrumentos

Comunidade

Regras Divisão do Trabalho

Page 15: Teoria da Atividade no Design

AtorAção

Instrumento

Meio de coordenação entre as ações

Objeto compartilha

do

Page 16: Teoria da Atividade no Design

Sistema da Atividade

Pessoas

Engeström (1999)

Objeto Resultado

Instrumentos

Comunidade

Regras Divisão do Trabalho

Page 17: Teoria da Atividade no Design

Que outras atividades estão conectadas?

Cuidado IntensivoReuniões de equipe

Preparação / Designde Ferramentas

Page 18: Teoria da Atividade no Design

O resultado de uma atividade se torna o objeto de outra

Meio de conexão entre as atividades

Pho

to ©

200

0 V

ilma

Vain

ikai

nen

Page 19: Teoria da Atividade no Design

Como a organização é imposta?

Pessoas Objeto Resultado

Instrumentos

Comunidade

Regras Divisão do Trabalho

Page 20: Teoria da Atividade no Design

Como as pessoas reagem à organização?

Pessoas Objeto Resultado

Instrumentos

Comunidade

Regras Divisão do Trabalho

Page 21: Teoria da Atividade no Design

Qual o impacto da introdução de cada novo artefato nesse ecossistema?

Page 22: Teoria da Atividade no Design

Relações sociais são complexas

Page 23: Teoria da Atividade no Design

Mudanças se propagam em rede

Page 24: Teoria da Atividade no Design

O que impulsiona a mudança?

Seria a necessidade a mãe da invenção?

Page 25: Teoria da Atividade no Design

Qual a necessidade de um garfo?

Page 26: Teoria da Atividade no Design

E de uma torradeira como esta? George Watson

Page 27: Teoria da Atividade no Design

E da água com intenção aprovada pelo Dr. Emoto?

Page 28: Teoria da Atividade no Design

A frustração com as coisas leva ao desejo de ter novas coisas.

Page 29: Teoria da Atividade no Design

Ao contrário da necessidade, desejos e frustrações não são

necessariamente lógicos. Podem ser contraditórios.

Page 30: Teoria da Atividade no Design

A dialética pode ajudar a trabalhar com contradições... ou

confundir ainda mais!

Page 31: Teoria da Atividade no Design

Tudo está em constante mudança...

Page 32: Teoria da Atividade no Design

E o que impulsiona a mudança é a contradição.

Page 33: Teoria da Atividade no Design

Steve Jobs na MacWorld 2007

Page 34: Teoria da Atividade no Design

Crise no sistemaClay Spinuzzi

pessoas

Blackberry

comunidade

regras divisão do trabalho

objeto resultado

Botões não se adaptam aos múltiplos objetos

Page 35: Teoria da Atividade no Design

Teclado on-screen do iPhone

Page 36: Teoria da Atividade no Design

ReconfiguraçãoClay Spinuzzi

pessoas

iPhone

comunidade

regras divisão do trabalho

objeto resultado

O teclado OnScreen é impreciso

Page 37: Teoria da Atividade no Design

Perguntas para Sistema da Atividade

• Qual é a atividade em questão?

• Quem são as pessoas?

• Qual o objeto compartilhado da atividade?

• Qual o resultado esperado da interferência no objeto?

• Quais são os instrumentos utilizados para transformá-lo?

• Como elas dividem o trabalho para fazer isso?

• Quais são as regras das interações?

• Quais são as características dessa comunidade?

• Que contradições estão mais tensas, prestes a disparar mudanças?

• Que outras atividades se conectam com essa atividade?

Page 38: Teoria da Atividade no Design

Checklist para avaliação de artefatos numa atividade

• Atende aos objetivos dos usuários?

• Suporta a solução de conflitos?

• A linguagem utilizada é adequada para a situação?

• É considerado importante para a atividade?

• Está integrado com outros recursos necessários ou desejáveis?

• Representa claramente a atividade que suporta?

• Suporta a representação/manipulação do objeto a ser transformado na atividade?

• O usuário pode obter vantagens significativas por se tornar um expert no uso?

Kaptelini e Nardi (2008)

Page 39: Teoria da Atividade no Design

Tipos de contradição

Física Técnica Administrativas(humana)

Page 40: Teoria da Atividade no Design

Método TRIZ

Genrich Altshuller (1946)

Page 41: Teoria da Atividade no Design

Ação Situada

Lucy Suchman (1988)

Page 42: Teoria da Atividade no Design

Generalizações não resolvem contradições humanas. Aliás, não vale à pena tentar resolvê-

las, pois...

Page 43: Teoria da Atividade no Design

Quanto mais tensa está uma contradição, mais perto está a

inovação.

Page 44: Teoria da Atividade no Design

Terceira Lei da dialética: mudanças quantitativas acumulam até o ponto em que há uma mudança qualitativa. A água

passa do estado líquido ao gasoso após 100 ˚C.

Page 45: Teoria da Atividade no Design

Quer inovação? Então esquente o caldo.

Page 46: Teoria da Atividade no Design

Investimento quantitativo

• Amplie as fontes de informação

• Desenvolva várias idéias ao mesmo tempo

• Permita o aprofundamento

• Incentive a especialização

Page 47: Teoria da Atividade no Design

Investimento qualitativo

• Promova encontros informais

• Estimule o fluxo emocional

• Rodízio de equipes e cargos

Page 48: Teoria da Atividade no Design

Inovação técnica Inovação formal Inovação social

Page 49: Teoria da Atividade no Design

Três fatores cruciais para a Inovação Social

Page 50: Teoria da Atividade no Design

Diversidade

Quanta gente estranha...

Page 51: Teoria da Atividade no Design

Serendipidade

Finalmente encontrei alguém parecido comigo nesta granja!

Page 52: Teoria da Atividade no Design

Criatividade

E aí, vamos bolar um jeito de fugir daqui?

Page 53: Teoria da Atividade no Design

Design Baseado na Atividade é uma atividade política.

Page 54: Teoria da Atividade no Design

Obrigado!Frederick van Amstel

designer de interação usabilidoido.com.brInstituto faberludens.com.br

Twitter @peidomental