teoria do design inteligente

21
Teoria do Design Inteligente Por: Enézio de Almeida Filho Baseado nas obras dos teóricos do Design Inteligente: William A. Dembski e Michael J. Behe. Introdução: O debate sobre as origens e evolução do universo e da vida tem sido uma dialética muito controversa, principalmente depois que Darwin publicou o livro Origem das Espécies em 1859. Desde então, a fonte da controvérsia tem sido o design. Seria a aparência de design nos organismos (conforme exibido na sua complexidade funcional) o resultado de forças puramente naturais agindo sem previsão ou teleologia? Ou significaria previsão e teleologia genuínas? Aquele design seria empiricamente detectável e acessível à pesquisa científica? Quatro posições importantes emergiram devido a essas questões: o darwinismo, a auto-organização, a evolução teísta e o design inteligente. As perguntas que teimam não se calar: Por que o darwinismo, apesar de tão inadequadamente apoiado como teoria científica continua a acumular o apoio total do establishment acadêmico? O que continua a manter o darwinismo em circulação apesar de suas muitas falhas evidentes? Por que as alternativas que introduzem o design são excluídas do debate científico? Por que a ciência deve explicar somente recorrendo a processos naturais não guiados? Quem determina as regras da ciência? Há um código de “cientificamente correto” que, em vez de ajudar a nos levar à verdade, ativamente nos impede de perguntar certas questões e de chegar à verdade? O que é correto - a evolução naturalista ou design inteligente? Os objetos, mesmo que nada sobre como surgiram seja conhecido, podem exibir características - design intencional - que sinalizem seguramente a ação de uma causa inteligente? Atualmente, esta é uma das perguntas proibida de ser feita em ciência, especialmente em biologia. Os

Upload: dudu-livro

Post on 12-Jun-2015

3.447 views

Category:

Documents


20 download

TRANSCRIPT

Teoria do Design InteligentePor: Enzio de Almeida Filho Baseado nas obras dos tericos do Design Inteligente: William A. Dembski e Michael J. Behe. Introduo: O debate sobre as origens e evoluo do universo e da vida tem sido uma dialtica muito controversa, principalmente depois que Darwin publicou o livro Origem das Espcies em 1859. Desde ento, a fonte da controvrsia tem sido o design. Seria a aparncia de design nos organismos (conforme exibido na sua complexidade funcional) o resultado de foras puramente naturais agindo sem previso ou teleologia? Ou significaria previso e teleologia genunas? Aquele design seria empiricamente detectvel e acessvel pesquisa cientfica? Quatro posies importantes emergiram devido a essas questes: o darwinismo, a auto-organizao, a evoluo testa e o design inteligente. As perguntas que teimam no se calar: Por que o darwinismo, apesar de to inadequadamente apoiado como teoria cientfica continua a acumular o apoio total do establishment acadmico? O que continua a manter o darwinismo em circulao apesar de suas muitas falhas evidentes? Por que as alternativas que introduzem o design so excludas do debate cientfico? Por que a cincia deve explicar somente recorrendo a processos naturais no guiados? Quem determina as regras da cincia? H um cdigo de cientificamente correto que, em vez de ajudar a nos levar verdade, ativamente nos impede de perguntar certas questes e de chegar verdade? O que correto - a evoluo naturalista ou design inteligente? Os objetos, mesmo que nada sobre como surgiram seja conhecido, podem exibir caractersticas - design intencional - que sinalizem seguramente a ao de uma causa inteligente? Atualmente, esta uma das perguntas proibida de ser feita em cincia, especialmente em biologia. Os exemplos mais precisos dessa atitude so de dois importantes cientistas evolucionistas: Os bilogos devem constantemente ter em mente que o que eles vem no tem design intencional, mas evoluiu (nfase inexistente) -Francis Crick, What Mad Pursuit (1988). A biologia o estudo de coisas complexas que do a impresso de ter um design intencional (nfase inexistente)- Richard Dawkins, O relojoeiro cego (2001). Contudo, como a pergunta mais importante para qualquer sociedade fazer justamente aquela que proibida, muitos bilogos e outros cientistas dispuseram-se a responder: o design real ou aparente? O que a Teoria do Design Inteligente? O surgimento de uma moderna teoria cientfica do Design Inteligente (TDI) e de uma comunidade de pesquisadores academicamente qualificados promovendo essa teoria (Movimento do Design Inteligente - MDI) h mais de dez anos nos Estados Unidos, colocou novamente a questo das origens do universo e da vida em destaque na mdia e na academia.

O Design Inteligente (DI) uma cincia, uma filosofia e um movimento para a reforma educacional. Como cincia, um argumento contra a afirmao darwinista ortodoxa de que foras inconscientes como variao, herana gentica, seleo natural e o tempo sejam capazes de explicar as principais caractersticas (complexidade e diversidade) do mundo biolgico. Como filosofia, uma crtica da filosofia da cincia dominante que limita a explicao apenas a causas puramente fsicas ou materiais. Como programa de reforma educacional, um movimento pblico para fazer do darwinismo - suas evidncias, pressuposies filosficas e tticas retricas - objeto de uma discusso pblica bem informada, ampla, civilizada, e vvida. A TDI uma teoria cientfica moderna que tenta responder essa pergunta cientfica proibida: Os objetos, mesmo que nada seja conhecido sobre como que eles surgiram, exibem caractersticas que sinalizam com segurana a ao de uma causa inteligente? Para ver o que epistemicamente est em jogo, consideremos a esttua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro. A evidncia de design na esttua, criada sob encomenda da Arquidiocese do Rio de Janeiro pelo artista plstico francs Paul Landowski, direta testemunhas oculares viram os arquitetos, engenheiros e demais operrios levantarem essa estrutura em cimento armado. Mas, e se no houvesse evidncia direta de design para a esttua do Cristo Redentor? Se os humanos no existissem mais e se extraterrestres ao visitarem a Terra descobrissem a esttua do Cristo Redentor do jeito em que se encontra atualmente? Qual seria a concluso deles diante da esttua? Acaso e necessidade? Ou design inteligente? Nesse caso, o que sobre este objeto forneceria evidncia circunstancial convincente de que foi devido ao de uma inteligncia e no do vento e da eroso ou do acmulo lento e gradual de materiais de construo? Objetos com design intencional como o Cristo Redentor exibem aspectos caractersticos que apontam para uma inteligncia. Tais aspectos ou padres se constituem em sinais de inteligncia. Os proponentes do DI, conhecidos como tericos do design, tencionam estudar tais sinais formal, rigorosa e cientificamente. A afirmao fundamental do DI direta e muito inteligvel, isto : existem sistemas naturais que no podem ser adequadamente explicados em termos de foras naturais no-dirigidas e que exibem caractersticas que em quaisquer outras circunstncias ns atribuiramos inteligncia. Portanto, o DI pode ser definido como a cincia que estuda os sinais de inteligncia. Um mtodo de detectar design Porque um sinal no a coisa significada, o DI no presume identificar nem focalizar os propsitos de um designer (a coisa significada), mas nos artefatos que resultam dos propsitos de um designer (o sinal). O que um designer tenciona ou prope-se a fazer uma questo interessante, e algum pode at ser capaz de inferir algo sobre os propsitos de um designer a partir dos objetos com design intencional que um designer produz. No entanto, as intenes de um designer e at mesmo a sua natureza (se, por exemplo, o designer um agente pessoal consciente ou um processo tlico impessoal) est fora do objetivo do DI. Como programa de pesquisa cientfica, o DI investiga os efeitos da inteligncia e no a inteligncia em si. Na verdade, um dos aspectos mais vigorosos da TDI que ela distingue o design do propsito do design. O que torna o DI controverso, porque ele se prope a encontrar sinais de inteligncia na natureza e, especificamente, em sistemas biolgicos. De acordo com o bilogo evolucionista Francisco Ayala, o maior feito de Darwin foi demonstrar como que a complexidade organizada dos organismos podia ser obtida parte de uma inteligncia

que utilize design. Portanto, o DI desafia diretamente o darwinismo e outras abordagens naturalistas quanto origem e a evoluo da vida. Para que o design seja um conceito cientfico frtil, os cientistas tm de ter certeza de que eles podem determinar com confiana se algo tem design intencional. Johannes Kepler, por exemplo, pensou que as crateras na Lua tinham sido feitas inteligentemente pelos habitantes da Lua. Hoje ns sabemos que as crateras foram formadas por fatores puramente materiais (como coliso de meteoros). Este medo de atribuir design falsamente a alguma coisa, s para mais tarde v-lo ser desacreditado, tem impedido o design de entrar no circuito cientfico. Mas os tericos do DI argumentam que agora formularam mtodos precisos e rigorosos para diferenar objetos com design intencional dos sem design intencional. Esses mtodos, eles afirmam, os capacitam evitar o erro de Kepler e localizar o design com segurana em sistemas biolgicos. Como uma teoria de origem biolgica e de desenvolvimento, a afirmao central do DI que somente causas inteligentes explicam adequadamente as estruturas biolgicas de informao complexa e que essas causas so empiricamente detectveis. Afirmar que causas inteligentes so empiricamente detectveis afirmar a existncia de mtodos bem-definidos que, baseados nos aspectos observveis do mundo, podem distinguir com segurana causas inteligentes de causas naturais no dirigidas. Muitas cincias especiais j desenvolveram tais mtodos para fazer essa distino notadamente a cincia de investigao criminal, a criptografia, a arqueologia, a inteligncia artificial (cf. o teste de Turing) e a busca por inteligncia extraterrestre (SETI - Search for Extraterrestrial Intelligence). A capacidade de eliminar acaso e necessidade essencial para todos esses mtodos cientficos. Sempre que esses mtodos detectam a causao inteligente, a entidade subjacente que descobrem a informao. David Baltimore, bilogo molecular americano (prmio Nobel em 1975) afirmou: A biologia moderna uma cincia de informao. A TDI apropriadamente formulada uma teoria de informao. Dentro dessa teoria, a informao se torna um indicador confivel de causao inteligente bem como um objeto apropriado para investigao cientfica. O astrnomo Carl Sagan escreveu um livro sobre a busca por inteligncia extraterrestre chamado Contato, que mais tarde virou filme. A trama e os extraterrestres eram fictcios, mas Sagan baseou os mtodos de deteco de design dos astrnomos do SETI exatamente na prtica cientfica. Na vida real, at agora os pesquisadores do SETI no tiveram xito em detectar convincentemente sinais de design intencional do espao sideral, mas se encontrarem tal sinal, como os astrnomos no filme fizeram, eles tambm vo inferir design intencional. Por que os radioastrnomos no filme Contato chegaram a uma inferncia de design dos sinais de rdio que eles monitoraram do espao? Os pesquisadores do SETI escutam milhes de sinais de rdio coletados do espao sideral atravs de computadores programados para reconhecerem padres preestabelecidos. Esses padres servem como peneira. Os sinais que no se encaixam em nenhum dos padres passam pela peneira e so classificados como aleatrios. Ano aps anos recebendo sinais aleatrios aparentemente sem significado, os pesquisadores do filme Contato descobriram um padro de batimentos (1) e pausas (0) que correspondiam seqncia de todos os nmeros primos entre 2 e 101. (Os nmeros primos so divisveis somente por si mesmos e por um). Aquilo surpreendeu e chamou a ateno dos radioastrnomos, e eles imediatamente inferiram uma causa inteligente. Quando uma seqncia comea com duas batidas (11) e depois uma pausa (0), trs

batidas (111) e depois uma pausa (0), e continua por todos os nmeros primos at o nmero com cento e uma batidas, os pesquisadores precisam e devem inferir a presena de uma inteligncia extraterrestre. Eis aqui a razo dessa inferncia: no h nada nas leis da Fsica que exija que os sinais de rdio tomem uma forma ou outra. A seqncia de nmeros primos , portanto, contingente em vez de necessria. Alm disso, a seqncia de nmeros primos longa e portanto complexa. Se a seqncia fosse extremamente pequena e por isso no teria complexidade, facilmente poderia ter acontecido por acaso. Finalmente, a seqncia no era meramente complexa mas tambm exibia um padro ou especificao independentemente dada (no era apenas uma velha seqncia de nmeros qualquer, mas uma seqncia matematicamente significante - os nmeros primos). A inteligncia deixa atrs de si uma marca registrada ou assinatura - que dentro da comunidade do DI agora chamada de complexidade especificada. Um evento exibe complexidade especificada se for contingente e, portanto, no necessrio; se for complexo e por isso no prontamente repetido pelo acaso; e se for especificado no sentido de exibir um padro dado independentemente. Um evento meramente improvvel no suficiente para eliminar o acaso - ao jogar uma moeda muitas vezes para o ar, algum testemunhar um evento altamente complexo ou improvvel. Mesmo assim, no ter nenhuma razo em atribu-lo a qualquer coisa a no ser ao acaso. A coisa importante a respeito das especificaes que elas sejam dadas objetivamente e no sejam impostas arbitrariamente nos eventos aps o fato. Por exemplo, se um arqueiro lanar flechas em direo a uma parede e depois pintar o alvo na mosca ao redor delas, o arqueiro imps um padro aps o fato. Por outro lado, se os alvos foram colocados antes (especificados), e depois o arqueiro os acerta com exatido, legitimamente chega-se concluso de que assim ocorreu por design intencional. A combinao de complexidade e especificao apontou convincentemente aos radioastrnomos no filme Contato para uma inteligncia extraterrestre. A evidncia era puramente circunstancial - os radioastrnomos nada sabiam sobre os aliengenas responsveis pelo sinal ou como o transmitiram. Os tericos do DI afirmam que a complexidade especificada fornece evidncia circunstancial convincente de inteligncia. Conseqentemente, a complexidade especificada um marcador emprico de inteligncia confivel, do mesmo modo que as impresses digitais so marcadores empricos confiveis da presena de um indivduo. Alm disso, os tericos do DI argumentam que fatores puramente materiais no podem explicar adequadamente a complexidade especificada. A insuficincia epistmica de alguns aspectos do darwinismo considerada at por cientistas evolucionistas. Na literatura do DI, algumas referncias a design no so relativas a design como causa (detectvel ou no), mas ao design como efeito empiricamente detectvel. importante que estes dois sentidos de design sejam cuidadosamente distinguidos. O sentido epistmico de design (efeito detectvel) muito mais restringido do que o sentido ontolgico (causa). Algum design genuno pode no deixar rastro detectvel. Um assassino inteligente pode forjar uma morte acidental ou natural, e assim tornar indetectvel um design maligno. Como conceito emprico-epistmico o design deve ser restringido queles casos onde o acaso e a lei [natural] podem ser excludos com segurana. Todavia, o design pode estar operando incgnito mesmo quando o acaso e a lei [natural] no podem ser excludos como explicaes. Uma sugesto que o design, como efeito emprico, pode ser identificado com a manifestao de um certo tipo de

informao, a informao complexa especificada (ICE), que a idia por trs do filtro explanatrio proposto por William Dembski [in The Design Inference (Cambridge: Cambridge University Press, 1998)] . MENUGE, Angus. Agents Under Fire: Materialism and the Rationality of Science, Lanham, MD: Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2004, p. 17. [Minha nfase]. A TDI satisfaz os quatro critrios do modelo dedutivo-nomolgico de explicao cientfica dos fenmenos: A) A explicao que oferece pode ser feita em forma de um argumento dedutivo; B) Contm pelo menos uma lei geral (lei da pequena probabilidade), e esta lei exigida para a derivao da coisa a ser explicada (neste caso, a natureza da causa do evento em questo); C)Tem contedo emprico porque depende tanto da observao do evento e de fatos empricos relevantes para determinar a probabilidade objetiva de sua ocorrncia; D) As frases constituindo a explicao so verdadeiras (at onde sabemos), porque em princpio elas levam em considerao todos os fatores relevantes disponveis antes do evento que se est tentando explicar. GORDON, Bruce L., Is Intelligent Design Science? - The Scientific Status and Future of Design-Theoretic Explanations, in Signs of Intelligence, p. 209. Atualmente so mais de 450 acadmicos (com Ph. D.), alguns professores em universidades como Stanford, Princeton, Yale, Universidade de Idaho, Universidade do Texas, Universidade da Califrnia (Berkeley), Universidade de San Francisco, Universidade da Georgia (Henry F. Schaeffer, cinco vezes indicado para o prmio Nobel, o terceiro qumico mais citado no mundo), Universidade de Notre Dame, entre outras renomadas instituies de ensino. Este Autor considera o livro The Mystery of Lifes Origin (Nova York: Philosophical Library, Inc., 1984) de Charles Thaxton, Walter Bradley e Roger Olsen como a obra seminal do MDI. Ao receber em 1984 uma cpia autografada por um dos autores, Charles Thaxton, nem imaginava a revoluo cientfica que este livro provocaria anos mais tarde e que estaria envolvido na promoo da TDI no Brasil. Vide Doubts About Darwin, de Thomas Woodward, Grand Rapids, MI: Baker Books, 2003, sobre a histria do DI. Os leigos tambm podem participar do projeto SETI usando seus computadores na busca de sinais de inteligncia extraterrestre. Maiores informaes: http://www.seti.org. O padro contendo a seqncia de nmeros primos de 2 a 101 apresentado no filme Contato: 110111011111011111110111111111110111111111111101111111111111111101111111111 1111111110111111111111111111111110111111111111111111111111111110111111111111 1111111111111111111011111111111111111111111111111111111110111111111111111111 1111111111111111111111101111111111111111111111111111111111111111111011111111 1111111111111111111111111111111111111110111111111111111111111111111111111111 1111111111111111101111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1110111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111101111 1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111011111111 1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111101111111111 1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111110111111 1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1011111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1111111111111110111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1111111111111111111111111111111111111011111111111111111111111111111111111111 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

Detectando design em biologia: 1. O argumento da complexidade especificada (William Dembski):*Para determinar se os organismos biolgicos exibem complexidade especificada, os tericos do DI focalizam em sistemas identificveis (ex.: enzimas individuais, caminhos metablicos e mquinas moleculares). Esses sistemas no somente so especificados por seus requisitos funcionais independentes, mas tambm exibem um alto grau de complexidade. A complexidade especificada, como Dembski a desenvolve na sua obra, incorpora cinco elementos importantes: A) - Uma verso probabilstica de complexidade aplicvel aos eventos: a probabilidade pode ser vista como uma forma de complexidade. Elas variam inversamente: quanto maior a complexidade, muito menor ser a probabilidade. O termo complexidade em complexidade especificada refere-se improbabilidade. B) - Padres condicionalmente independentes: os padres que na presena de complexidade (ou improbabilidade) impliquem em ao de inteligncia devem ser independentes do evento cujo design est em questo. O modo de caracterizar essa independncia de padres atravs da noo probabilstica de independncia condicional. O termo especificada em complexidade especificada refere-se a tais padres condicionalmente independentes - so as especificaes. C) - Recursos probabilsticos: so o nmero de oportunidades para um evento acontecer ou ser especificado. Um evento aparentemente improvvel pode tornar-se bem provvel assim que suficientes recursos probabilsticos sejam fatorados. Por outro lado, tal evento pode permanecer improvvel mesmo aps todos os recursos probabilsticos disponveis tenham sido fatorados. Os recursos probabilsticos so replicadores (o nmero de oportunidades para um evento ocorrer) e especificadores (o nmero de oportunidades para especificar um evento). Para um evento de probabilidade ser razoavelmente atribudo ao acaso, o nmero no pode ser pequeno demais. D) - Uma verso especificadora de complexidade aplicada aos padres. Por serem padres, as especificaes exibem graus de complexidade variadas. Um grau de especificao de complexidade determina quantos recursos especificadores devem ser fatorados quando calculando o nvel de improbabilidade necessria para excluir o acaso. Quanto mais complexo o padro, mais recursos especificadores devem ser fatorados. Os matemticos chamam a generalizao disso de complexidade de Kolmogorov. A baixa complexidade especificadora importante na deteco de design porque ela garante que um evento cujo design est em questo no foi simplesmente descrito aps o fato e depois arrumado como se pudesse ser descrito como tendo ocorrido antes do fato. E) - Um nmero limite de probabilidade universal. Os recursos probabilsticos vm em quantidades limitadas no universo observvel. Os cientistas calculam que haja em torno de 1080 de partculas elementares. As propriedades da matria so tais que as transies de um estado para o outro no pode ocorrer muito mais rpido do que 1045 por segundo (o tempo de Planck, a menor de todas as unidades de tempo fisicamente significativa). O universo mesmo um bilho de vezes mais recente do que 1025 segundos (admitindo-se que o universo tenha entre 10 a 20 bilhes de anos). Se qualquer especificao de um evento ocorrendo no universo fsico requer pelo menos uma partcula elementar para especific-lo e que tal especificao no pode ser gerada mais rapidamente do que o tempo de Planck, ento essas limitaes cosmolgicas implicam que o nmero total de eventos especificados atravs da histria csmica no pode exceder 1080 x 1045 x 1025 = 10150. Assim, qualquer evento especificado de probabilidade menor do que 1 em 10150 permanecer improvvel mesmo aps todos os recursos probabilsticos concebveis do universo visvel tenham sido fatorados. Isto , qualquer evento especificado to improvvel quanto esse jamais poderia ser atribudo ao acaso. Para algo exibir complexidade especificada significa que corresponde a um

padro condicionalmente independente (especificao) de baixa complexidade especificadora, mas onde o evento correspondente quele padro ele tem uma probabilidade menor do que o nmero limite de probabilidade universal (10150) e portanto tem alta complexidade probabilstica. Emile Borel, matemtico francs, props 1 em 1050 como um limite de probabilidade universal, abaixo do qual (10-50) o acaso pode ser definidamente excludo, i.e., qualquer evento especfico to improvvel quanto esse nunca poderia ser atribudo ao acaso. Para explicarmos algo, ns empregamos trs amplos meios de explanao: acaso, necessidade e design. Como um critrio para detectar design, a complexidade especificada nos capacita decidir qual desses meios de explanao aplicvel. Ela faz isso respondendo a trs perguntas sobre a coisa que estamos tentando explicar: contingente? complexo(a)? especificado(a). Dispondo essas perguntas seqencialmente como ndulos de deciso num grfico, ns podemos representar a complexidade especificada como um critrio para detectar design: o chamado Filtro Explanatrio de Dembski. Assim, onde for possvel existir corroborao emprica direta, o design intencional estar realmente presente sempre que a complexidade especfica estiver presente. 2. O argumento da complexidade irredutvel (Michael Behe): No livro A Caixa Preta de Darwin, Michael Behe, professor de Bioqumica na Lehigh University, Pensilvnia, conecta a complexidade especificada ao design biolgico atravs do seu conceito de complexidade irredutvel. Behe define um sistema como irredutivelmente complexo se ele consistir de um subsistema de diversas partes interrelacionadas que removendo-se at mesmo uma parte torna a funo bsica do sistema irrecupervel. Para Behe, a complexidade irredutvel um indicador seguro de design. Um sistema bioqumico irredutivelmente complexo que Behe considera o flagelo bacteriano. O flagelo um motor rotor movido por um fluxo de cidos com uma cauda tipo chicote (ou filamento) que gira entre 20.000 a 100.000 vezes por minuto e cujo movimento rotatrio permite que a bactria navegue atravs de seu ambiente aquoso. Behe demonstra que essa maquinaria intrincada nesse motor molecular - incluindo um rotor (o elemento que imprime a rotao), um estator (o elemento estacionrio), juntas de vedao, buchas e um eixo-motor - exige a interao coordenada de pelo menos quarenta protenas complexas (que formam o ncleo irredutvel do flagelo bacteriano) e que a ausncia de qualquer uma delas resultaria na perda completa da funo do motor. Behe argumenta que o mecanismo darwinista enfrenta graves obstculos em tentar explicar esses sistemas irredutivelmente complexos. No livro No Free Lunch, William Dembski demonstra como que a noo de complexidade irredutvel de Behe se constitui numa instncia particular de complexidade especificada. Assim que um componente essencial de um organismo exibe complexidade especificada, qualquer design atribuvel quele elemento passa para o organismo como um todo. Para atribuir design a um organismo, ningum precisa demonstrar que cada aspecto do organismo tem design intencional. Organismos, como todos os objetos materiais, so produtos de uma histria e assim sujeitos ao desgastante de fatores puramente materiais. Automveis, por exemplo, ficam velhos e exibem os efeitos da corroso, de granizo, e de foras de frico. Mas isso no faz com que eles tenham menos design intencional. Do mesmo modo, os tericos do DI argumentam que os organismos, embora exibindo os efeitos da histria (e isso inclui os fatores darwinistas

como mutaes genticas e seleo natural), tambm incluem um ncleo no eliminvel que tem design intencional que no pode ser explicado unicamente por aqueles fatores. O design inteligente e as tradies religies A principal ligao do DI com as tradies religiosas atravs do argumento de design. Talvez o argumento de design mais conhecido seja o de William Paley. Ele publicou o seu argumento em 1802 no livro Natural Theology [Teologia Natural]. O subttulo surpreendente: Evidences of the Existence and Attributes of the Deity, Collected from the Appearances of Nature [Evidncias da existncia e atributos da divindade, coletadas das aparncias da natureza]. O projeto de Paley era examinar os aspectos do mundo natural (que ele chamou de aparncias da natureza) e delas tirar concluses sobre a existncia e atributos de uma inteligncia responsvel pelo design daqueles aspectos (Paley identificou como sendo o Deus do cristianismo). De acordo com Paley, se algum encontrar um relgio num campo (e assim no ter todo conhecimento de como surgiu o relgio), a adaptao das peas do relgio para dizer as horas garante que ele o produto de uma inteligncia. Assim tambm, de acordo com Paley, as maravilhosas adaptaes dos meios para os fins nos organismos (como a complexidade do olho humano com a sua capacidade de viso) garantem que os organismos so produtos de uma inteligncia. A TDI atualiza o argumento do relojoeiro de Paley luz da contempornea teoria matemtica da informao e da biologia molecular, pretendendo trazer este argumento de design para dentro da cincia. Ao argumentar a favor do design dos sistemas naturais, a TDI mais modesta do que os argumentos de design da teologia natural. Para telogos da natureza como Paley, a validade do argumento de design no dependia da fertilidade das idias tericas de design para a cincia, mas no uso metafsico e teolgico que algum pudesse obter do design. Um telogo da natureza pode apontar para a natureza e dizer, Claramente, o designer deste ecossistema valorizou a variedade em detrimento elegncia. Um terico do DI tentando fazer de verdade uma pesquisa terica de design naquele ecossistema pode responder, Embora isso seja uma intrigante possibilidade teolgica, como um terico do DI eu preciso manter a pesquisa focalizada nos caminhos informacionais capazes de produzir essa variedade. No seu livro Crtica da Razo Pura, Immanuel Kant afirmou que o mximo que o argumento do design pode estabelecer um arquiteto do mundo que est limitado pela adaptabilidade do material com que trabalha, no um criador de mundo cuja idia [mente] tudo est sujeito. Longe de rejeitar o argumento de design, Kant fez objeo quanto extrapolao de seu uso. Para Kant, o argumento do design estabelecia legitimamente um arquiteto (isto , uma causa inteligente cujas realizaes de objetivos so limitadas pelos materiais do qual o mundo feito), mas nunca pode estabelecer um criador que origina os prprios materiais que o arquiteto ento modela. O DI totalmente consoante com essa observao de Kant. A criao sempre sobre a fonte ontolgica do mundo. O DI, como a cincia que estuda os sinais de inteligncia, sobre os arranjos de materiais preexistentes que apontam para uma inteligncia. Portanto, a criao e o DI so bem diferentes. Pode haver criao sem DI e DI sem criao. Por exemplo, pode haver uma doutrina da criao na qual Deus cria o mundo de tal maneira que nada sobre o mundo aponta para design. O zologo evolucionista Richard Dawkins escreveu um livro intitulado O relojoeiro cego: porque a evidncia da evoluo revela um universo sem design. Mesmo que Dawkins possa estar certo sobre o universo no revelar nenhuma evidncia de design intencional, logicamente no se conclui que ele no foi criado. logicamente

possvel que Deus tenha criado um mundo que no fornea nenhuma evidncia de design. Por outro lado, logicamente possvel que o mundo esteja cheio de sinais de inteligncia mas no foi criado. Esta era a viso dos antigos esticos, no qual o mundo era eterno e no criado, mas mesmo assim um princpio racional impregnava o mundo todo e produzia marcas de inteligncia nele. As implicaes do DI para as crenas das tradies religiosas so profundas. A ascenso da cincia moderna resultou num ataque vigoroso em todas as religies que consideram o propsito, a inteligncia, e a sabedoria como aspectos fundamentais e irredutveis da realidade. O pice desse ataque veio com a teoria da evoluo de Darwin. A afirmao central da teoria de Darwin que um processo material no guiado (variao aleatria e seleo natural entre outros mecanismos) poderia explicar a emergncia de toda a complexidade e ordem biolgicas. Em outras palavras, Darwin parecia demonstrar que o design em biologia (e, por implicao, na natureza em geral) era dispensvel. Ao demonstrar que o design indispensvel para a compreenso cientfica do mundo natural, o DI est revigorando o argumento do design e ao mesmo tempo derrubando a concepo errnea de que a nica forma de crena religiosa defensvel a que considera o propsito, a inteligncia, e a sabedoria como subprodutos de processos materiais no inteligentes. Referncias e notas: O conceito de complexidade especificada foi usado pela primeira vez em 1973 por Leslie Orgel in The Origins of Life, e depois em 1999 por Paul Davies in The Fifth Miracle. Na pesquisa da TDI, a complexidade especificada um critrio estatstico usado para identificar os efeitos de causa inteligente. Vide DEMBSKI, William. The Design Inference: Eliminating Chance Through Small Probabilities. Cambridge: Cambridge University Press, 1998. Esta obra rigorosamente tcnica e fundamental para a compreenso da TDI como uma teoria cientfica de deteco de design na natureza. Para uma leitura menos tcnica, vide No Free Lunch: Why Specified Complexity Cannot Be Purchased without Intelligence. Lanham, MD: Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2002. BOREL, Emile. Probabilities and life. New York: Dover Publications, 1962, p. 28 O Filtro Explanatrio de Dembski aparece no livro The Design Inference, p. 37. BEHE, Michael. A caixa preta de Darwin. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998. O conceito de Behe de complexidade irredutvel estabelece na verdade trs pontos importantes: lgico, emprico e explanatrio. Do ponto de vista lgico - certas estruturas provavelmente so inacessveis a um caminho darwinista direto, mas certas estruturas biolgicas tambm tm complexidade irredutvel, logo, elas tambm devem ser inacessveis a um caminho darwinista direto. O ponto de vista emprico a falta de xito, ampla e sistmica da biologia evolutiva em descobrir caminhos darwinistas indiretos que resultem em estruturas biolgicas de complexidade irredutvel - o que existe so fantasiosas especulaes: razo para se duvidar e at rejeitar que os caminhos darwinistas indiretos sejam a resposta para a complexidade irredutvel. O ponto de vista explanatrio sobre a adequao causal - o efeito em questo a complexidade irredutvel de certas mquinas bioqumicas, como que ela surgiu? Em bases lgico-matemticas os caminhos darwinistas diretos so excludos. A ausncia de evidncia cientfica dos caminhos darwinistas indiretos to completa quanto para a

existncia do Saci Perer. Resta somente a inteligncia, pois caracterstica da inteligncia causar a produo de complexidade irredutvel: design inteligente. Dembski se refere a este subsistema como o ncleo irredutvel do sistema - partes que so indispensveis funo bsica do sistema. O desafio da complexidade irredutvel evoluo darwinista real e no procede a afirmao de que as idias de Behe tenham sido cientificamente refutadas: A resposta que eu tenho recebido por repetir a afirmativa de Behe sobre a literatura evolucionria - que simplesmente destaca o ponto sendo implicitamente feito por muitos outros, como Crick, Denton, [Robert] Shapiro, Stanley, Taylor, Wesson - que obviamente eu no tenho lido os livros certos. H, eu estou convencido, evolucionistas que tm descrito como as transies em questo poderiam ter ocorrido. Todavia, quando eu pergunto em quais livros eu posso achar essas discusses, ou eu no recebo nenhuma resposta ou alguns ttulos que ao examin-los no contm de fato os relatos prometidos. Que tais relatos existam parece ser algo que amplamente conhecido, mas eu ainda estou por encontrar quem saiba onde eles existem [David Griffin, in Religion and Scientific Naturalismo: Overcoming the Conflicts, Albany, NY: State University of New York Press, 2000, p. 287, nota #23]; No h relatos darwinistas detalhados para a evoluo de qualquer sistema bioqumico ou celular, somente uma variedade de especulaes para que assim fosse. notvel que o darwinismo aceito como uma explicao satisfatria para um assunto to vasto - a evoluo - com to pouco exame rigoroso de quo bem funcionam as suas teses bsicas em especficos exemplos esclarecedores de adaptao ou diversidade biolgicas. [James Shapiro, da Universidade de Chicago, in In the Details... What?, National Review, 16 de setembro de 1996:62-65]. Curioso que Shapiro fez o mesmo comentrio em sua obra acadmica Genome System Architecture and Natural Genetic Engineering in Evolution, Annals of the New York Academy of Sciences 870, 18 de maio de 1999:2325. DEMBSKI, William. No Free Lunch. Lanham, MD: Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2002, cap. 5, The emergence of Irreducibly Complex Systems, especialmente 5.10. A teoria de informao de Claude Shannon podia medir a capacidade de transporte de informao de uma dada seqncia de smbolos, mas no o contedo da informao. O criacionismo cientfico est comprometido com as seguintes proposies: CC1: Houve uma sbita criao do universo, da energia e da vida ex-nihilo. CC2: As mutaes e a seleo natural so insuficientes para realizar o desenvolvimento de todos os tipos de vida a partir de um nico organismo. CC3: Mudanas dos tipos de animais e plantas originalmente criados ocorrem somente dentro de limites fixados.*CC4: H uma linhagem ancestral separada para humanos e primatas. CC5: A geologia pode ser explicada pelo catastrofismo, principalmente pela ocorrncia de um dilvio mundial. CC6: A Terra e os tipos de vida so relativamente recentes (na ordem de milhares ou dezenas de milhares de anos).

O design inteligente, por outro lado, est comprometido com as seguintes proposies: DI1: A complexidade especificada e a complexidade irredutvel so indicadores ou marcas seguras de design. DI2: Os sistemas biolgicos exibem complexidade especificada e empregam subsistemas de complexidade irredutvel. DI3: Os mecanismos naturalistas ou causas no-dirigidas no so suficientes para explicar a origem da complexidade especificada ou da complexidade irredutvel. DI4: Por isso, o design inteligente a melhor explicao para a origem da complexidade especificada e da complexidade irredutvel em sistemas biolgicos. Traduzido para o portugus do Brasil por Laura Teixeira Motta como O relojoeiro cego: A teoria da evoluo contra o desgnio divino. So Paulo: Companhia das Letras, 2001. Acertadamente traduziu design intencional, p. 18, no sentido epistmico de design como efeito empiricamente detectvel. Freqentemente os oponentes e crticos do DI afirmam que a TDI no cincia porque no tem um plano para verificao experimental. Mas o DI tem esse plano de verificao. Atualmente so dez os temas de pesquisa, mas somente cinco so aqui brevemente considerados: Mtodos de deteco de design. Tcnicas, mtodos e critrios de deteco de design intencional so amplamente empregados em vrias cincias especiais (a cincia de investigao criminal, a criptografia, a arqueologia, a inteligncia artificial (cf. o teste de Turing) e a busca por inteligncia extraterrestre [SETI - Search for Extraterrestrial Intelligence]). Os critrios da complexidade irredutvel de Behe e da complexidade especificada de Dembski precisam estar no centro dessa discusso com mais seriedade pela academia brasileira.

Informao biolgica. Como que a matria foi formada em maneiras muito especiais a fim de constituir a vida? Dembski aborda esse problema no seu livro No Free Lunch, mas h necessidade de mais trabalho e pesquisa nesta rea. Complexidade mnima. Coisas vivas so sistemas complexos constitudos de sub-sistemas complexos que por sua vez consistem de outros sub-sistemas at que um nvel de organizao atingido que quimicamente simples. Essa complexidade mnima fornece confirmao decisiva de design inteligente? Capacidade de evoluo. As limitaes na capacidade de evoluo por meio de mecanismos materiais se constituem em evidncias de design intencional. O princpio de engenharia metodolgica. Os sistemas biolgicos precisam ser compreendidos como sistemas de engenharia: origem, construo, operao, falha de operao, desgaste, reparo, modificao (acidental ou por design intencional).

Concluso circunstancial: A viso darwinista da vida est rapidamente perdendo o contato com a realidade e com o design intencional que permeia o mundo no nvel bioqumico - um mundo sobre o qual Darwin nada sabia. So muitas as anomalias, que tm resistido todas as tentativas de serem resolvidas pelos procedimentos existentes do paradigma atual, mas a velha guarda do darwinismo, mesmo sabendo que as suas idias no correspondem aos fatos [Cazuza], no est e nem ficar quieta: existe atualmente nos Estados Unidos uma inquisio sem fogueiras para os que criticam cientificamente o darwinismo.

No seu livro The End of Christendom, Malcolm Muggeridge escreveu: Eu estou mesmo convencido de que a teoria da evoluo, especialmente na extenso na qual tem sido aplicada, ser uma das maiores de todas as piadas nos livros de histria do futuro. A posteridade ir se maravilhar como uma hiptese muito superficial e to dbia pde ser aceita com a incrvel credulidade que tem sido aceita. A viso darwinista, porm, como os epiciclos de Ptolomeu, recusa-se em procurar a porta de sada paradigmtica, para ser substituda por uma nova viso baseada na realidade: Design Inteligente. Bibliografia sobre a TDI: 1. BEHE, Michael J., A caixa preta de Darwin. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997. 2. BUELL, Jon e HEARN, Virginia, (eds.), Darwinism: Science or Philosophy? Dallas, TX:Foundation for Thought and Ethics, 1993. 3. DEMBSKI, William A., The Design Inference: Eliminating Chance Through SmallProbabilities. Cambridge: Cambridge University Press, 1998. 4. ________. No Free Lunch: Why Specified Complexity Cannot Be Purchasedwithout Intelligence. Lanham, MD: Rowman & Littlefield, 2002. 5. ________. The Design Revolution: Answering the Thoughest Questions About IntelligentDesign. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2004. 6. GONZALEZ, Guillermo e RICHARDS, Jay W., The Privileged Planet: How Our Place in the Cosmos is Designed for Discovery. Washington, D.C.: Regnery Publishing, Inc., 2004. Um tratado excepcional sobre a evidncia de design derivado da astronomia e cosmologia. 7. MENUGE, Angus. Agents Under Fire: Materialism and the Rationality of Science. Lanham, MD: Rowman & Littlefield, 2004. 8. THAXTON, Charles B.; BRADLEY, Walter L.; OLSEN, Roger L., The Mystery of Lifes Origin: Reassessing Current Theories. Nova York: Philosophical Library, 1984. Sem dvida, o livro que lanou a base cientfica para a moderna TDI. Bibliografia sobre as implicaes culturais da TDI: 1. CAMPBELL, John Angus e MEYER, Stephen, Darwin, Design, and Public Education. Michigan: Michigan University Press, 2003. 2. DEMBSKI, William A. (ed.), Mere Creation: Science, Faith and Intelligent Design. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1998. 3. _______. Intelligent Design: The Bridge Between Science and Theology. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1999. 4. DEMBSKI, William A., e KUSHINER, James M. (eds.). Signs of Intelligence: Understanding Intelligent Design. Grand Rapids, MI: Brazos Press, 2001. 5. DEMBSKI, William A. (ed.), Uncommon Dissent: Intellectuals Who Find Darwinism Unconvincing. Wilmington, DE: ISI Books, 2004.

6. DEMBSKI, William A. e RUSE, Michael. Debating Design: From Darwin to DNA. Cambridge: Cambridge University Press, 2004. 7. HUNTER, Cornelius G., Darwins God: Evolution and the Problem of Evil. Grand Rapids, MI: Brazos Press, 2001. 8. _______. Darwins Proof: The Triumph of Religion Over Science. Grand Rapids, MI: Brazos Press, 2003. A religio aqui o darwinismo. 9. JOHNSON, Phillip E., JOHNSON, Phillip E., Darwin on Trial. Downers Grove, IL:InterVarsity Press, 1991. 10. _______. Reason in the Balance: The Case Against Naturalism in Science, Law and Education. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1995. 11. _______. Defeating Darwinism by Opening Minds. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1997. Traduzido para o portugus no Brasil, mas encontra-se esgotado. 12. _______. Objections Sustained: Subversive Essays on Evolution, Law and Culture. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1998. 13. _______. The Wedge of Truth: Splitting the Foundations of Naturalism. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2000. Traduzido para o portugus como Cincia, Intolerncia e F - A Cunha da Verdade: rompendo os fundamentos do naturalismo. 14. _______. The Right Questions: Truth, Meaning and Public Debate. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2002. Bibliografia sobre a histria da TDI e o MDI: 1. OLEARY, Denyse. By Chance or by Design? Minneapolis, MN: Augsburg Fortress, 2004. Escrito por uma jornalista canadense visando os leigos. 2. WOODWARD, Thomas. Doubts About Darwin: A History of Intelligent Design. Grand Rapids, MI: Baker Books, 2003. 3. DEMBSKI, William A., The Design Revolution, p. 310-17 A ilao, errnea, da maioria dos acadmicos brasileiros de que a TDI criacionismo e o total desconhecimento da obra de Dembski so, para este Autor, as causas da alienao da TDI por parte da Academia. A TDI cai ou se estabelece pelos seus prprios mritos que precisam ser devidamente considerados: se o design encontrado na natureza for demonstrado cientificamente que aparente, no detectvel e produto de leis e processos naturais no guiados como o acaso, necessidade, mutaes e seleo [no atributo de inteligncia???] natural ns tiramos a TDI da mesa de debate como teoria que se prope substituir as teorias da origem e evoluo da vida atuais. Nos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, no crime criticar o governo, mas criticar Darwin considerado crime de lse majest. Vrios professores universitrios, que de alguma forma sofreram sanes acadmicas, so mencionados por Angus Menuge in Agents Under Fire, p. 200-01. A razo maior para ns do NBDI protegermos atualmente os professores e alunos de universidades pblicas e privadas que so simpticos TDI deve-se a esse tipo de patrulhamento ideolgico. A liberdade de ctedra e o debate de diversidade de idias foi jogada na lata do lixo. No Brasil no menos diferente. Razo disso? A toxina do materialismo filosfico travestido de metodologia cientfica.

Fonte: http://pos-darwinista.blogspot.comSobre o autor:

Enzio Eugnio de Almeida Filho Possui graduao em Cincias Humanas pela Universidade Federal do Amazonas (1980) e mestrado em Historia da Ciencia pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (2008). Doutorando em Histria da Cincia, Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (2009). Coordenador do NBDI (Ncleo Brasileiro de Design Inteligente), Campinas - SP, desde 1998.(Texto informado pelo autor)