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Tendências de Inovações Tecnológicas para o setor de Rede Elétrica Inteligente Outubro/2013 Relatório preparado pela Cysneiros Consultores Associados para a Secretaria

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Page 1: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

Tendências de Inovações Tecnológicas para o setor de Rede Elétrica Inteligente

Outubro/2013

Relatório preparado pela Cysneiros Consultores Associados para a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco.

Pesquisador ResponsávelEletroeletrônica: Eduardo Peixoto

Page 2: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

Sumário

1 Introdução........................................................................................................................5

2 Análise das Tendências de Inovação Tecnológica em Eletroeletrônica........................6

2.1 Análise da Tecnologia de Redes Inteligentes.......................................................................8

2.2 Macrotendências de Inovação Tecnológica em Redes Inteligentes..................................102.2.1 Controle e Monitoração de Área Ampla.........................................................................................112.2.2 Integração de Tecnologias da Informação e Comunicações...........................................................122.2.3 Integração de Geração Renovável e Distribuída.............................................................................142.2.4 Aperfeiçoamento da Transmissão...................................................................................................152.2.5 Gerenciamento de Rede de Distribuição.........................................................................................162.2.6 Infraestrutura Avançada de Medição...............................................................................................172.2.7 Infraestrutura de Carga de Veículos Elétricos.................................................................................182.2.8 Sistemas do Lado Consumidor........................................................................................................19

2.3 Recomendações às Empresas de Eletroeletrônica de Pernambuco.................................21

3 Conclusão.......................................................................................................................24

4 Referências.....................................................................................................................25

Page 3: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Sumário de Áreas Tecnológicas. Adaptado de (IEA, 2011).................................................................20

Page 4: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

Índice de Figuras

Figura 1 – Caráter Evolivuto da Rede Elétrica Inteligente. Adaptado de (IEA, 2011)...........................................9

Figura 2 - Áreas Tecnológicas da REI. Adaptado de (IEA, 2011)........................................................................10

Figura 3 - Sistema Interligado Nacional. Fonte: (Operador Nacional do Sistema, 2013)...................................11

Figura 4 - Arquitetura Básica da AMI. Fonte: (Electric Energy Publications, 2010)..........................................13

Page 5: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

1 Introdução

Este relatório foi produzido no âmbito no projeto CICTEC - Centro de Inteligência

Competitiva para Parques Tecnológicos, e apresenta o contexto da inovação e tecnologia para

o setor de Eletroeletrônica, abordando em especial as tecnologias de Rede Elétrica Inteligente

no Brasil e no Mundo, principalmente diante das transformações decorrentes do novo

paradigma digital, e as oportunidades de inovação decorrentes destes cenários para as

empresas pernambucanas destes setores. .

O documento trata das tendências para a Eletroeletrônica, nele as tecnologias de

Redes Inteligentes são analisadas de modo a identificar-se as oportunidades de inovação para

as empresas do ParqTel. A análise desta tecnologia parte do entendimento que uma rede

elétrica é um sistema extremamente complexo, em particular consideradas as proporções

continentais do Brasil. A automação desse sistema é o próximo passo tecnológico nesta área,

através do emprego de sensores, atuadores, sistemas computacionais e de telecomunicações,

seja para melhor observar o estado instantâneo e as tendências futuras do sistema, seja para

planejar, executar e verificar as mudanças necessárias para mantê-lo estável ou levá-lo para

um novo estado desejado.

Page 6: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

2 Análise das Tendências de Inovação Tecnológica em Eletroeletrônica

Nos dias atuais, especialmente nas grandes cidades das nações desenvolvidas, a

percepção das pessoas sobre a energia elétrica é próxima daquela que têm sobre o ar que

respiram: simplesmente está lá e só se dão conta da sua existência quando lhes falta. Apesar

disso, a vasta infraestrutura de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica

necessária para que este recurso esteja disponível nas dezenas ou centenas de milhões de

tomadas de um grande país se constitui em um gigantesco e complexo “sistema de sistemas”.

Cada um desses assim chamados Sistemas Elétricos de Potência (SEPs) é essencialmente

uma única máquina de proporções nacionais. No caso de países continentais como o Brasil e

os EUA, e por diversos critérios que se queira adotar, eles podem ser considerados, de fato, as

maiores e mais complexas máquinas já construídas pelo homem.

A Academia Nacional de Engenharia dos EUA elegeu a eletrificação em massa como

a maior conquista de engenharia do século 20 (NAE, 2003). Muito embora esse seja de fato o

caso, esses sistemas não passaram por inovações tecnológicas significativas nos últimos 50

anos. Sob uma perspectiva internacional, e adotando o grau de penetração no mercado e nas

redes como métrica de relevância, a última delas foi a introdução de usinas geradoras

nucleares nos anos 1950, as quais hoje respondem por pouco menos de 6% da produção total

de energia do planeta e por pouco mais de 10% se considerados apenas os países da OECD

(IEA, 2012). A infraestrutura existente está envelhecida e os sistemas de controle, em

especial, podem ser grandemente aperfeiçoados.

Ao mesmo tempo, as mudanças ambientais, tecnológicas, econômicas, políticas e

culturais que se acumularam nas últimas décadas vêm gradativamente impondo novos

desafios aos nossos SEPs. Para lidar com problemas como a mudança climática, ameaças à

segurança, aumento de perdas e interrupções no fornecimento, aumento de demanda,

desregulação dos mercados e níveis inéditos de dependência da sociedade, o sistema precisa

se tornar mais confiável, eficiente, adaptável e flexível.

Embora não exista uma definição-padrão para o conceito de Rede Elétrica Inteligente

(em inglês, Smart Grid), todas elas giram em torno da integração de tecnologias da

informação e comunicações avançadas à infraestrutura de geração, transmissão e distribuição

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de energia elétrica, como forma de atingir os níveis superiores de confiabilidade, eficiência,

flexibilidade e diversas outras qualidades do sistema necessárias para enfrentar os desafios

mencionados acima. Basicamente, estamos falando do emprego de sensores, atuadores,

sistemas computacionais e de telecomunicações para aumentar a capacidade de entender o

estado instantâneo e as tendências futuras do sistema e de planejar, executar e verificar as

mudanças necessárias para mantê-lo estável ou levá-lo para um novo estado desejado. É

importante notar que os passos acima podem ser feitos com diversos graus de autonomia do

sistema para diferentes níveis de abstração e/ou diferentes funções. Um dos objetivos do

desenvolvimento da Rede Elétrica Inteligente é chegar, em alguns níveis ou grupos

funcionais, à automatização completa desse ciclo, exigindo dos operadores humanos apenas o

papel de supervisão.

Page 8: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

2.1 Análise da Tecnologia de Redes Inteligentes

As características esperadas da Rede Elétrica Inteligente, segundo o Departamento de

Energia americano (DOE, 2009), podem ser agrupadas em 6 categorias básicas:

Habilita a participação consciente e informada dos consumidores na gestão do

sistema;

Acomoda todas as opções disponíveis de geração e armazenamento de energia;

Habilita a introdução de novos produtos, serviços e mercados;

Fornece a qualidade de energia necessária para toda a gama de usos;

Otimiza a utilização de ativos e aumenta a eficiência operacional; e

Opera de forma resiliente a distúrbios, ataques e desastres naturais.

Para o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA, os benefícios esperados

do desenvolvimento e implantação da Rede Elétrica Inteligente incluem (NIST, 2010):

Aumentar a confiabilidade e qualidade da energia fornecida;

Otimizar a utilização de instalações e evitar a construção de usinas de reserva para

operação na ponta;

Aumentar a capacidade e a eficiência das redes de fornecimento existentes;

Melhorar a tolerância a falhas;

Habilitar manutenção preditiva e respostas auto regenerativas a perturbações no

sistema;

Facilitar expansão da implantação de fontes renováveis;

Acomodar geração distribuída;

Automatizar operação e manutenção;

Reduzir emissões de gases de efeito estufa através do suporte a veículos elétricos e

fontes alternativas;

Reduzir o consumo de petróleo através da redução de geração ineficiente nos períodos

de pico;

Apresentar oportunidades de melhoria da segurança da rede;

Habilitar transição para veículos elétricos plug-in e novas opções de armazenamento

de energia;

Page 9: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

Aumentar escolhas dos consumidores.

A transição para a Rede Elétrica Inteligente é um processo gradativo e, de fato, já

está em andamento em todo o mundo, devendo acelerar fortemente nas próximas duas

décadas. Quando falamos de Rede Elétrica Inteligente (REI), estamos falando na verdade

de um conjunto de diversas tecnologias que serão desenvolvidas e implantadas em ritmos

diferentes. A Figura 1 ilustra esse caráter evolutivo da REI.

Figura 1 – Caráter Evolutivo da Rede Elétrica Inteligente. Adaptado de (IEA, 2011).

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2.2 Macrotendências de Inovação Tecnológica em Redes Inteligentes

A realização da visão expressa pelo conceito de Rede Elétrica Inteligente exigirá a

incorporação de diversas novas tecnologias ao sistema elétrico atual na forma de novas

instalações, equipamentos e sistemas computacionais. Algumas dessas tecnologias já estão

maduras, enquanto outras se encontram ainda em fase de desenvolvimento. A Figura 2 ilustra

as principais áreas de implantação e desenvolvimento de tecnologias para a futura Rede

Elétrica Inteligente, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, 2011).

Figura 2 - Áreas Tecnológicas da REI. Adaptado de (IEA, 2011).

Cada uma das áreas tecnológicas identificadas compreende diversas tecnologias

diferentes que precisam ser combinadas para construir as aplicações que capacitarão a futura

Rede Elétrica Inteligente. A introdução dessas tecnologias certamente acontecerá de forma

gradual, acompanhando a maturação de cada uma e a necessidade de compatibilizar objetivos

com viabilidade operacional e econômica.

Page 11: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

2.2.1 Controle e Monitoração de Área Ampla

A supervisão e controle dos ativos de geração centralizada e transmissão, com o

intuito de otimizar o gerenciamento dos componentes, o comportamento e o desempenho do

sistema de potência, além de prevenir e corrigir falhas antes que elas causem interrupções,

são a área tecnológica mais desenvolvida nos SEPs através do mundo, com especial destaque

para o Brasil e seu Sistema Interligado Nacional (Operador Nacional do Sistema, 2013).

Figura 3 - Sistema Interligado Nacional. Fonte: (Operador Nacional do Sistema, 2013)

As principais inovações nessa área devem vir da introdução em escala de novos

sensores conhecidos como sincrofasores ou Unidades de Medição Fasorial (em inglês,

PMUs) e de novos algoritmos para análise dos dados gerados pelos mesmos. Sincrofasores,

distribuídos em pontos estratégicos da rede de transmissão, produzem medidas sincronizadas

Page 12: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

de amplitude e ângulo de fase da tensão e corrente ao longo do tempo, permitindo a captura

precisa de diversas condições do sistema, como variações de frequência e níveis de potência

ativa e reativa instantâneos nos diferentes pontos. Esses dados podem então alimentar

especialistas humanos e/ou novos algoritmos de análise de dados e simulação para identificar

padrões de perturbação sistêmicos e sugerir (ou implementar de forma autônoma) estratégias

e manobras recomendadas para estabilização – quando executada em tempo real essa

abordagem é conhecida por Proteção, Controle e Automação Adaptativos em Área Ampla

(em inglês, WAAPCA).

É importante notar que os sincrofasores são uma tecnologia relativamente madura, já

com algumas implantações pelo mundo, mas os algoritmos de WAAPCA se encontram ainda

na fase de pesquisa. A utilização dessas tecnologias permitirá o aumento da capacidade e

confiabilidade do sistema de transmissão, especialmente em face da crescente diversificação

de fontes e cargas.

2.2.2 Integração de Tecnologias da Informação e Comunicações

A área de Tecnologia da Informação e Comunicações permeia todos os domínios da

Rede Elétrica Inteligente, na forma de equipamentos de comunicação, computadores e

softwares. Além de toda a TIC embarcada nos próprios equipamentos de potência, faz-se

necessária uma infraestrutura completa de telecomunicações para garantir os fluxos

bidirecionais de informação entre os diversos nós da rede elétrica, seja baseada em

instalações privadas das concessionárias de energia ou recorrendo a redes de operadoras de

telecomunicações (na maioria dos casos utilizando um misto dos dois). A arquitetura básica

dessa infraestrutura está ilustrada na Figura 4.

Diferentes tecnologias de comunicação de dados precisarão ser utilizadas para cobrir

todos os níveis de agregação de fluxos de dados e cenários de implantação. No nível de

acesso (também conhecido como última milha ou Neighborhood Area Network), as coisas

têm caminhado para uma combinação onde predominam tecnologias de rede sem fio do tipo

mesh (topologia flexível e autoconfigurável) baseadas no padrão IEEE 802.15.4 e soluções de

comunicação usando a própria rede elétrica, a chamada Power Line Communications (PLC).

Page 13: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

A escolha entre essas duas abordagens principais precisa ser feita caso a caso e é

grandemente influenciada pela geografia e densidade de pontos de uso da área ser coberta,

além de outros fatores. Outras tecnologias, como Wi-Fi, certamente também encontrarão

aplicação em condições específicas.

Figura 4 - Arquitetura Básica da AMI. Fonte: (Electric Energy Publications, 2010)

Para o nível de interconexão (que ligas as redes de borda com o centro, também

conhecido como Wide Area Network), existe uma pletora de tecnologias maduras e

implantadas largamente, que incluem PDH, SDH, ATM e Metro Ethernet (sobre diversos

suportes físicos, como fibra e micro-ondas), e novas entrantes como WiMAX e LTE. Todas

elas atendem perfeitamente os requisitos da Rede Elétrica Inteligente e não esperamos

surpresas ou grandes avanços nessa área.

E para integrar essa enorme diversidade de tecnologias de transporte nos diversos

níveis da rede existe outra tecnologia testada e aprovada pela indústria de telecomunicações

em escala global: A suíte de Protocolos da Internet. A camada de comunicações da Rede

Elétrica Inteligente deverá ter como sua espinha dorsal o suporte ao IP nativo.

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Além de toda essa demanda por capacidade de comunicação, a enorme massa de

dados que será produzida por sensores os mais diversos precisará ser transformada em

informação aplicável na tomada de decisões em todos os níveis, desde o automatizado em

tempo real ao humano estratégico. Isto significa software de alta complexidade e massivas

quantidades de processamento e armazenamento, configurando um cenário aparentemente

propício para a abordagem de computação em nuvem.

2.2.3 Integração de Geração Renovável e Distribuída

Acomodar um grande número de fontes de regime variável e dispersas

geograficamente exigirá o desenvolvimento e implantação de tecnologias que ataquem o

problema de duas direções: Diminuição do acoplamento entre produção e entrega de

eletricidade, através da criação de buffers energéticos escaláveis, baratos e eficientes, e

aumento da capacidade de coordenação e controle não apenas de fontes, mas também de

cargas.

Essa é uma área tecnológica que está se desenvolvendo rapidamente e deve trazer

grandes avanços na forma de equipamentos de condicionamento de energia em larga escala,

eletrônica e software embarcados de medição e controle para sistemas de geração e novas

tecnologias de armazenamento de energia.

Um salto também será necessário na sofisticação dos sistemas de informação que

suportam a operação do sistema elétrico de potência (EMS, DMS, OMS, SCADA, GIS) para

que eles possam modelar apropriadamente esses novos componentes do sistema (ver seção

2.2.2).

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2.2.4 Aperfeiçoamento da Transmissão

O grande objetivo desta área tecnológica é aumentar a estabilidade e eficiência das

linhas de transmissão de alta tensão e potência, problema tão mais importante quanto mais

interconectado é o sistema de transmissão. E o sistema de transmissão de uma Rede Elétrica

Inteligente é, por definição, altamente interligado, uma vez que precisa suportar a

desregulação na compra e venda de energia.

As inovações nessa área são muitas, entre elas:

Sistemas de Transmissão AC Flexíveis (em inglês, FACTS);

Avaliação Dinâmica de Linha (DLR) e

Supercondutores em Alta Temperatura (HTS).

A tecnologia FACTS é basicamente o uso de eletrônica de (alta) potência

(especialmente tiristores) para viabilizar o chaveamento ultra-rápido de bancos de capacitores

e indutores para dentro e para fora da linha de transmissão e dessa forma atingir um controle

fino da potência reativa circulando no sistema. Esse controle fino permite maximizar a

transferência de potência útil e regular a tensão na linha, aumentando eficiência e a

estabilidade do sistema e a qualidade da energia fornecida.

No caso da DLR, o objetivo é utilizar as linhas de transmissão em sua capacidade

máxima instantânea ao invés de nivelar por valores de pior caso. Acontece que a capacidade

de carga de uma linha de transmissão depende de condições ambientais que variam ao longo

do tempo, como, por exemplo, a temperatura e a umidade relativa do ar. A DLR prevê o

emprego de sensores ao longo da linha para determinar os valores atuais de parâmetros

ambientais e ajustar a utilização da linha em tempo real, obtendo níveis de utilização

superiores aos permitidos por uma estratégia estática ou simplesmente sazonal.

Por fim, o uso de HTS tem grande potencial de redução de perdas de transmissão e de

viabilização econômica de dispositivos limitadores de corrente de falha em linhas de

transmissão (em inglês, FCLs). O fato de esses supercondutores funcionarem em

temperaturas relativamente altas permite a substituição do hélio líquido, caro e de difícil

manuseio, por fluidos resfriadores mais baratos e seguros como nitrogênio. Os FCLs,

Page 16: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

especialmente, são avidamente esperados pela indústria como solução para o problema

clássico de controle da corrente de falha, à medida que a rede vai sendo expandida e os

valores máximos vão crescendo e tornando as proteções instaladas subdimensionadas. FCLs

baseados em tecnologia HTS seriam uma solução economicamente viável de limitação de

corrente de falha, sem o efeito colateral de inserção de impedâncias espúrias significativas,

característico de outras abordagens.

De uma forma geral, as tecnologias nesta área estão relativamente maduras, com

exceção dos dispositivos HTS, que ainda requerem maior desenvolvimento para serem

utilizados em escala comercial.

2.2.5 Gerenciamento de Rede de Distribuição

Entenda-se por gerenciamento da rede de distribuição essencialmente a transposição

de todas aquelas tecnologias e ferramentas já utilizadas em alguma medida nos segmentos de

geração e transmissão agora para os estágios de baixa tensão do sistema elétrico de potência.

A instrumentação da rede elétrica com sensores e atuadores para medição e controle, a

integração de uma infraestrutura de comunicação e análise de dados, a acomodação da

geração distribuída de pequeno porte de forma segura, através da utilização de buffers de

armazenamento de energia e coordenação automatizada de despachos, a garantia da

estabilidade e eficiência do sistema através do controle fino da potência reativa e métodos

automatizados de proteção e recuperação de falhas, tudo isso precisará ser adaptado e

estendido para o domínio da baixa potência e alta capilaridade e complexidade topológica.

De forma análoga ao aperfeiçoamento da transmissão (ver seção 2.2.4), mas em maior

volume e com maior diversidade, são várias as tecnologias que estão sendo incorporadas à

rede de distribuição, entre elas:

Capacitores, chaves seccionadoras e chaves religadoras automatizadas;

Geração e armazenamento distribuídos e controlados remotamente;

Sensores embarcados nos transformadores;

Sensores de fios e cabos;

Sistemas de informação sofisticados de suporte à operação: GIS, OMS, DMS

Page 17: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

Essa é uma área tecnológica ainda em desenvolvimento e que apresenta um ritmo

moderado de adoção. Uma aceleração é esperada à medida que as outras áreas correlatas do

domínio de distribuição ganhem tração (ver seções 2.2.6, 2.2.7 e 2.2.8).

2.2.6 Infraestrutura Avançada de Medição

A implantação de uma Infraestrutura Avançada de Medição (em inglês, AMI) similar

à ilustrada na Figura 4 pode ser considerada a ponta de lança da Rede Elétrica Inteligente.

Uma vez que estejam no lugar medidores eletrônicos inteligentes e a infraestrutura de

comunicação de dados associada, uma imensa capacidade de sensoriamento e atuação estará

disponível, o que habilitará a adoção de técnicas sofisticadas de gerenciamento da rede de

distribuição e também a implantação de processos de gerenciamento pelo lado da demanda.

As tecnologias-chave nesta área são todas maduras e largamente utilizadas em

diversas indústrias e domínios de aplicação:

Medidores inteligentes: Não são mais que um módulo metrológico de estado sólido

(sensor, conversor A/D e processador digital de sinais) conectado a um computador

embarcado equipado com capacidade de armazenamento e comunicação de dados,

todas elas tecnologias estabelecidas há décadas;

Infraestrutura de comunicação de dados: Já discutida na seção 2.2.2;

Sistemas de Retaguarda: Sistemas de informação que suportam o processo de

medição automatizada (Head-End Systems e Meter Data Management System).

Com as tecnologias de base todas consolidadas, as grandes inovações nessa área

deverão vir das aplicações construídas sobre essa infraestrutura e que cruzem as fronteiras

com as outras áreas vizinhas: Gerenciamento da Distribuição (seção 2.2.5), Infraestrutura de

Carga de Veículos Elétricos (seção 2.2.7) e Sistemas do Lado Consumidor (seção 2.2.8).

Possíveis aplicações incluirão, além da própria medição tradicional de consumo:

Diagnóstico e Localização de Falhas na Rede Elétrica;

Page 18: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

Detecção de Fraude;

Pré-pagamento de Energia Elétrica;

Resposta a Demanda e Controle de Carga (DRLC);

Serviços de Gerenciamento de Energia;

Automação Predial;

Cobrança individualizada de carga de veículos elétricos.

2.2.7 Infraestrutura de Carga de Veículos Elétricos

Embora a grande maioria dos veículos elétricos recarregáveis possa realizar a recarga

a partir de uma tomada convencional, a adoção em massa dos mesmos exigirá a

disponibilização de uma infraestrutura pública de recarga que dê aos motoristas maiores

autonomia, agilidade e independência de acesso a instalações privadas.

Uma infraestrutura de carga precisa, além de fornecer a função básica de carga,

resolver questões de cobrança, agendamento e cooperação com a rede elétrica para fins de

estabilidade e eficiência sistêmica. As tecnologias que estarão no centro dessa solução já

estão identificadas:

Carregadores Rápidos Inteligentes: Fornecem corrente contínua em alta tensão

diretamente para a bateria do veículo, contornando o circuito de carga interno do

mesmo e possibilitando tempos de carga abaixo de 30 minutos. Além de fornecer

energia, estabelecem também uma conexão de dados com o veículo que permite troca

de parâmetros de carga, ajuste dinâmico do fluxo de potência e mecanismos de

segurança como intertravamento (safety interlock);

Infraestrutura de Comunicação de Dados: Já discutida na seção 2.2.2;

Aplicações de Software e Protocolos: Sistemas de informação distribuídos que

implementam funções como Cobrança, Agendamento Rede-para-Veículo (Grid-to-

Vehicle), Regulação Veículo-para-Rede (Vehicle-to-Grid) e integração com outras

áreas tecnológicas (AMI, DMS, Sistemas do Lado Consumidor).

As tecnologias acima encontram-se ainda em fase de desenvolvimento, com

diferentes graus de maturação, mas avançando rápido. As funções mais básicas de

Page 19: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

carregamento rápido e cobrança já se encontram em teste no mercado, enquanto mecanismos

mais sofisticados de apoio à rede elétrica devem vir no longo prazo. É o caso do auxílio à

estabilização e regulação da rede através do fornecimento de reservas de capacidade,

substituição de geração na ponta (peak load shaving) e buffers de energia.

2.2.8 Sistemas do Lado Consumidor

Habilitar a participação consciente e informada dos consumidores na gestão do

sistema elétrico é um dos principais objetivos e benefícios esperados da Rede Elétrica

Inteligente. Acredita-se que significativos ganhos de eficiência e redução de consumo de pico

podem ser conseguidos com a inclusão de consumidores e seus eletrodomésticos na cadeia de

decisão e controle que regula o sistema como um todo, bem como com a disseminação de

tecnologias de geração e armazenamento local de energia.

Os Sistemas do Lado Consumidor compreendem todas as tecnologias que ajudam a

gerenciar o consumo de energia nos níveis industriais, comerciais e residenciais, incluindo:

Eletrodomésticos Inteligentes: Fornecem uma interface programática padronizada

para recebimento de sinais de preço e controle, de forma a possibilitar a integração

com sistemas de Resposta a Demanda e Controle de Carga (em inglês, DRLC);

Sistemas de Automação Predial: Sistemas distribuídos de sensores, atuadores e

controladores que monitoram e controlam o desempenho e saúde dos sistemas

mecânicos, elétricos e de iluminação de uma instalação predial; precisam também

fornecer uma interface para integração com DRLC;

Geração Local: Eletrônica e software embarcados de medição e controle para sistemas

de geração e armazenamento de pequeno porte; novas tecnologias de armazenamento

doméstico;

Armazenamento Local: O maior avanço nessa área tem sido o uso de acumuladores térmicos, que permitem o armazenamento de energia em forma de calor e têm se mostrado eficazes como forma de aumentar a viabilidade da geração solar; esses

Page 20: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

dispositivos são basicamente tanques de água com alta isolação térmica e um mecanismo de aquecimento como, por exemplo, uma bomba de calor;

Aplicações de Software e Protocolos: Sistemas de Gerenciamento de Energia, aplicações para smartphones e tablets, todos integrados com DRLC.

Muita inovação está acontecendo nessa área tecnológica, que se beneficia da enorme capacidade de processamento e comunicação de dados atualmente disponível em ambientes típicos residenciais, comerciais ou industriais. As maiores dúvidas se referem a questões comportamentais dos consumidores como, por exemplo, qual a melhor proporção entre mudança de comportamento estimulada e controle automatizado de carga. Vários projetos de pesquisam investigam essas questões ainda sem resultados conclusivos. A Tabela 1 traz um resumo de todas as áreas tecnológicas apresentadas acima.

Tabela 1 – Sumário de Áreas Tecnológicas. Adaptado de (IEA, 2011).

Área Tecnológica Hardware Sistemas e Software

Controle e Monitoração de Área Ampla

Sincrofasores e outros sensores Controle Supervisório e Aquisição de Dados (SCADA), Sistemas de Monitoração de Área Ampla (WAMS), Proteção, Controle e Automação Adaptativos em Área Ampla (WAAPCA), Consciência Situacional de Área Ampla (WASA)

Integração de Tecnologias da Infor-mação e Comunicações

Equipamentos de rede (rádios, switches, roteadores, gateways) e computadores

Sistemas Corporativos (ERP), Sistemas de Gestão de Clientes (CIS)

Integração de Geração Renovável e Distribuída

Equipamentos estabilizadores de alta potência, hardware de controle e comunicação para geração e tecnologias de armazenamento

Sistemas de Gerenciamento de Energia (EMS), Sistemas de Gerenciamento da Distribuição (DMS), SCADA, Sistemas de Informação Geográfica (GIS)

Aperfeiçoamento da Transmissão

HTS, FACTS, HVDC Análise de Estabilidade de Rede, Sistemas de Recuperação Automática

Gerenciamento de Rede de Distribuição

Capacitores, seccionadoras e religadoras automatizadas, geração e armazenamento distribuídos e controlados remotamente, sensores de fios, cabos e transformadores

GIS, DMS, Sistemas de Gerenciamento de Faltas (OMS), Sistemas de Gerenciamento de Ordens de Serviços (WMS)

Infraestrutura Avançada de Medição

Medidores inteligentes, concentradores, equipamentos de rede

Sistema Head-end, Sistema de Geren-ciamento de Dados de Medição (MDMS)

Infraestrutura de Carga de Veículos Elétricos

Estações de Carga Sistemas de cobrança, Sistemas de coordenação veículo-rede

Sistemas do Lado Consumidor

Eletrodomésticos inteligentes, sistemas de automação predial, acumuladores térmicos

Sistemas de gerenciamento de energia

Page 21: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

2.3 Recomendações às Empresas de Eletroeletrônica de Pernambuco

A evolução dos Sistemas Elétricos de Potência em direção à visão sintetizada pelo

conceito de Rede Elétrica Inteligente oferece, claramente, um enorme número de

oportunidades para fornecedores de componentes, equipamentos, sistemas e serviços. Ao

mesmo tempo, a estratégia recomendada para as empresas do ParTel, como forma de manter

o risco em níveis moderados, é explorar novas oportunidades que exijam a aplicação de

tecnologias que já estejam em uso pelas próprias empresas ou pelo mercado em geral

(Peixoto & Macedo, 2013). Na verdade, sob uma perspectiva unicamente de controle de

riscos tecnológicos, quanto mais próximas as oportunidades estiverem do domínio de

aplicação e das competências essenciais dominadas pelas empresas, melhor.

Com base nessa estratégia geral e analisando a paisagem tecnológica descrita

anteriormente, podemos tecer algumas considerações e levantar algumas hipóteses para

futuras análises e estudos específicos.

As áreas tecnológicas classificadas como Integração de Tecnologias da Informação e

Comunicações (seção 2.2.2) e Infraestrutura Avançada de Medição (seção 2.2.6) são

candidatas óbvias a serem exploradas pelas empresas do parque, especialmente Elcoma e

Serttel. São áreas tecnológicas maduras e intensivas em conhecimentos e capacidades

dominados por ambas as empresas (internamente ou através de parceiros), notadamente a

integração de sistemas de TIC, o desenvolvimento de software e o

desenvolvimento/integração de equipamentos eletrônicos de baixa potência e complexidade.

Além disso, são áreas onde se espera um crescimento acelerado nos próximos anos.

Exemplos de oportunidades nessas áreas são o fornecimento de:

Serviços de comunicação de dados para as aplicações da Rede Elétrica Inteligente;

Sistemas de AMI: Medidores inteligentes, módulos de comunicação, concentradores,

sistemas head-end;

Serviços de instalação, operação e manutenção da AMI.

Em um segundo nível de risco encontramos a área de Sistemas do Lado Consumidor

(seção 2.2.8). As tecnologias nessa área estão em fases diversas de maturidade, mas avançam

rápido e têm absorção relativamente fácil. Levando em consideração algumas das disciplinas

Page 22: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

e competências envolvidas, como integração de sistemas de automação e controle,

desenvolvimento/integração de eletrônica industrial e desenvolvimento de software, essa área

poderia ser uma boa avenida para as empresas Tron, Neiva’s e Serttel. Entre as possíveis

oportunidades a explorar teríamos:

Equipamentos Industriais com suporte a DRLC;

Sistemas ou serviços de Automação Predial com suporte a protocolos de DRLC;

Sistemas ou serviços de Gerenciamento de Energia para consumidores industriais,

comerciais e residenciais com suporte a DRLC.

Infraestrutura de Carga de Veículos Elétricos (seção 2.2.7) forma o nível três de risco

tecnológico, com tecnologias ainda em desenvolvimento e de absorção mais difícil quando

comparadas com o nível dois, mas com tendência de crescimento acelerado nos próximos

anos. As principais capacidades requeridas nessa área são integração de sistemas e

desenvolvimento/integração de equipamentos eletrônicos de alta potência. Embora a

tecnologia dos componentes básicos envolva conhecimentos e habilidades fora da experiência

central das empresas do parque, existe espaço para integração de sistemas no nível da estação

de carga e, principalmente, do serviço final. Considerando a experiência da Serttel em prover

serviços de operação e manutenção de equipamentos urbanos, o desenvolvimento de um

Serviço de Carga de Veículos Elétricos pode fazer sentido.

As áreas tecnológicas restantes – Controle e Monitoração de Área Ampla (2.2.1),

Integração de Geração Renovável e Distribuída (2.2.3), Aperfeiçoamento da Transmissão

(2.2.4) e Gerenciamento de Rede de Distribuição (2.2.5) – formam um último nível de risco

mais alto. Todas elas têm tecnologias ainda em desenvolvimento e, principalmente, bastante

deslocadas em relação aos domínios de aplicação e competências das empresas do Parqtel.

Ainda assim, algumas possibilidades podem ser vislumbradas, especialmente para as

empresas Neiva’s e Tron, caso queiram explorar um pouco mais longe:

Sensores de linhas e cabos conectados em rede para uso em aplicações de Avaliação

Dinâmica de Linha nas redes de transmissão e distribuição;

Capacitores e dispositivos de manobra automatizados.

Reiteramos que as considerações e hipóteses levantadas nesta seção são preliminares

e unicamente baseadas em aspectos tecnológicos. Quaisquer decisões de investimentos

Page 23: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

requereriam uma análise muito mais detalhada e que incorporasse diversas outras questões,

entre elas aspectos de mercado, aspectos financeiros e aspectos operacionais, além de um

aprofundamento da própria questão tecnológica.

Page 24: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

3 Conclusão

Neste relatório, apresentamos algumas das principais tendências e oportunidades de

inovação tecnológica que impactam no setor de Eletroeletrônica especificamente no que se

refere a área de Redes Eletricas Inteligentes.

Vimos que área de Tecnologia da Informação e Comunicações permeia todos os

domínios da Rede Elétrica Inteligente, na forma de equipamentos de comunicação,

computadores e softwares. E que todas giram em torno da integração de tecnologias da

informação e comunicações avançadas à infraestrutura de geração, transmissão e distribuição

de energia elétrica, como forma de atingir os níveis superiores de confiabilidade, eficiência e

flexibilidade.

Também vimos que uma rede elétrica é um sistema extremamente complexo, assim a

automação desse sistema deverá ser o próximo passo tecnológico para o setor, que deve

adotar o emprego de sensores e sistemas computacionais e de telecomunicações a fim de

melhor aproveitar as tendências futuras do sistema.

Por fim, no contexto local, demonstramos como o conceito de Rede Elétrica

Inteligente oferece um leque de oportunidades para as empresas pernambucana, como

fornecedores de componentes, equipamentos, sistemas e serviços. Assim, sugerimos reduzir

os risco nesta fase inicial de entrada no mercado através da aplicação de tecnologias que já

estejam em uso pelas próprias empresas do setor.

Page 25: Tendências de inovações tecnológicas para o setor de rede elétrica inteligente

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