tempos modernos

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Tem p os Modern o s Edição Extraordinária - Junho/2013 Meio Ambiente Página 8 Com 187 hectares, Horto Florestal figura como ponto de lazer na cidade de São Paulo. Foto: Caio Pelegrine Conheça a história de superação da profes- sora Ana Luíza Areias, que contou com a fé e o apoio familiar para se recuperar de um câncer de ovário di- agnosticado no ínicio deste ano de 2013. “Renasci começando do zero”, avalia ela ao lem- brar do ocorrido. Especial Páginas 4 e 5 Descubra como surgiu o Futebol Americano, esporte que definitivamente caiu no gosto dos brasileiros. Esportes Página 7 Foto: Google Imagens Foto: Arquivo Pessoal Leia com exclusivi- dade a entrevista que o Chefe de Redação do portal R7.com, Luis Pimentel concedeu ao Tempos Modernos e conta sua trejetória profissional e os de- safios de sua carreira como jornalista Consoles portáteis ganham novos in- tegrantes. Confira a evolução dos vídeo games móveis. Tecnologia Página 6 Cultura Página 9 Maquinas de Livros são nova opção para formação cultural. Foto: Filipe Redondo/Folha Imagem Foto: Google Imagens Entrevista Página 3

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Edição de lançamento do Tempos Modernos, um novo jornal para uma nova geração.

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Page 1: Tempos Modernos

Tempos Modernos

Edição Extraordinária - Junho/2013

Meio Ambiente Página 8

Com 187 hectares, Horto Florestal figura como ponto de lazer na cidade de São Paulo.

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Conheça a história de superação da profes-sora Ana Luíza Areias, que contou com a fé e o apoio familiar para se recuperar de um câncer de ovário di-agnosticado no ínicio deste ano de 2013. “Renasci começando do zero”, avalia ela ao lem-brar do ocorrido.

EspecialPáginas 4 e 5

Descubra como surgiu o Futebol Americano, esporte que definitivamente caiu no gosto dos brasileiros.

Esportes Página 7

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Leia com exclusivi-dade a entrevista que o Chefe de Redação do portal R7.com, Luis Pimentel concedeu ao Tempos Modernos e conta sua trejetória profissional e os de-safios de sua carreira como jornalista

Consoles portáteis ganham novos in-tegrantes. Confira a evolução dos vídeo games móveis.

Tecnologia Página 6

Cultura Página 9

Maquinas de Livros são nova opção para formação cultural.

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Entrevista Página 3

Page 2: Tempos Modernos

EditorialUm novo jornal,

uma nova geraçãoAlexandre Garcia

Expediente:“TEMPOS MODERNOS”

Jornal laboratório produzido pelos alunos da disciplina Produção de Jornal, do curso de Jornalismo, da Escola de Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi

Professor Responsável: Fábia Dejavite (MTB: 0000)Editor-Chefe: Alexandre GarciaChefe de Reportagem: Bruna SchiavoSecretário de Redação: Caio PelegrineEditor de Opinião: Felipe Affonso BoschettiProjeto editorial e Diagramação: Alexandre GarciaEditores: Alexandre Garcia (Política)

Bruna Schiavo (Meio Ambiente)Caio Pelegrine (Tecnologia)Carolina Rodriguez (Cultura)Felipe Affonso Boschetti (Esporte)

Opinião2

Pa r a f r a s e a n d o o título de um dos mais ilus-

tres filmes do mestre Charles Chaplin e uma música que rendeu o nome de um álbum ao cantor e composi-tor Lulu Santos, inicia aqui a trajetória de um informativo para uma nova geração. O Tempos Modernos surge como um jornal destinado para um público jovem, ante-nado e que necessi-ta de informações a todo momento e com eficiência.Ainda que nosso foco seja as gerações XY e Alpha, as páginas deste informativo abordarão assuntos que estão presentes no cotidi-ano das pessoas quevivem conectadas. Nossas informações apresentam também

interesse para os baby boomers (1946 – 1964) e para a Geração X (1960 – 1970), que, aos pou-cos, se adequam ao mundo virtual e à velocidade das in-formações.Todas essas gerações, como já dizia Lulu em 1982, são compos-tas por pessoas finas, elegantes e sinceras, que vislumbram uma vida melhor no futu-ro, para seus filhos e netos, com consciên-cia social e ambiental.Um jornal que une diferentes faixas etárias e preza a qualidade das infor-mações e o compro-misso com a verdade. Uma linguagem ob-jetiva com apuração eficiente para uma nova geração.

TM

Tá na Web @Zanfa PS4 por 399 dólares, seguindo a conversão do Xbox One, ele ficaria 1799 no Brasil.

@Sckrey

#LeitoresFacts você termina de ler o livro e depois não sabe mais o que fazer da vida, dá a impressão de ter perdido um amigo.

Pedro NotaroQuerem apostar que segunda-feira a PM vai mais é deixar o circo pegar fogo?

Chico BicudoA escritora Tatiana Belinky decidiu ir contar histórias para crianças em outras dimensões. Obrigado por tudo. E descanse em paz.

Wellokinho

Foto alusiva ao manifesto contra o aumento das tarifas de ônibus e metrô em São Paulo.

#Manifestação

Foto: Reprodução/Instagram

Page 3: Tempos Modernos

Entrevista3

Luiz Cesar Ferraz Pimen-tel nasceu no dia 22 de janeiro de 1971 em São

Paulo. Trabalhou em diver-sos veículos como: Folha de S. Paulo, revistas da Editora Abril, revista Trip, e portais como Starmedia, Zip.net e UOL. É jornalista há 20 anos e atua no momento como chefe de redação do Portal R7. Pimentel foi também correspondente na Ásia e Europa durante um ano para diversos veículos aqui do Brasil.Em uma entrevista exclusiva para Tempos Modernos, Luiz contou detalhes de seu trajeto profissional ao longo desses 20 anos de profissão e algumas curiosidades do jornalismo cultural.

Tempos Modernos: Por que você escolheu o Jornalismo?Luiz Pimentel: Eu escolhi comunicação. Na época, no terceiro ano, a gente tinha de decidir entre jornalismo, publicidade ou relações públicas. Eu pensei que eu fosse fazer publicidade, mas no decorrer do curso eu fui me encaminhando para o jornalismo.

TM: Como você chegou ao jornalismo cultural?LP: Eu passei para o jorna- lismo justamente por cau-sa do jornalismo cultural. No meio da faculdade, eu decidi que eu queria fazer esportivo, e até trabalhei uns anos como repórter de esportes da Folha. Depois é que eu entrei de vez no jor-nalismo cultural.

TM: Como ocorreu a propos-ta para trabalhar no R7?LP: Eu trabalhava no “Virgu-la” e tive o convite antes do portal aparecer. Eu conheço um dos diretores. A gente trabalhou junto e ele me convidou. Eu não vim na pri-meira vez, mas na segunda. Achei que tinha sintonia en-tre o que ele pensava com o que eu queria publicar.

TM: Como é tratar assun-tos culturais na internet? LP: Na internet é muito fácil você conseguir audiência com cultura. Se você mis-turar a cultura com fofoca e entrar só na fofoca, você vai conseguir audiência. Então, muita gente fica um pouco deslumbrada com o alcance que consegue tratando de assuntos tão fúteis. Aí é que entra a tare-fa do jornalista mesmo. É fácil conseguir audiência. Se entrar nessa de publi-car só bolhas de factoides, você não tá criando nada palpável, nada que vai deixar uma coisa consis-tente para as pessoas.

TM : Qual é a rotina de um jornalista cultural? LP: A rotina, hoje, é de re-dação geral não é só cultu-ra. Como jornalista cultural, eu escrevo pra alguns veícu-los. Tenho algumas colunas fora e escrevo regularmente para algumas revistas, mas tem pouca revista de cultu-ra e, hoje em dia, não existe muito campo assim. É mais coisa criada pelas pessoas. O jornalismo cultural está meio restrito a pouco es-paço nos grandes veículos, com pouca especialidade.

TM: Você acha que o jor-nalismo cultural está meio perdido hoje?LP: Não sei se perdido é a palavra, mas é do ser huma-no isso ser acomodado. Se ele encontrar um caminho mais fácil ele vai seguir pelo caminho mais fácil. Se o próprio jornalista não valo-riza o espaço que tem, aca-ba sendo totalmente domi-nado. Tem que ter os caras chatos que façam com que a cultura tenha um estofo no meio jornalístico.

TM: Qual é a bagagem que se deve ter para ser um jornalista cultural?LP: O jornalista cultural tem que ser o mais generalista possível. O jornalismo é feito de todos os componentes orgânicos desde sempre, que é uma boa apuração, a concatenação de idéias e um texto bom. São elemen-tos que fazem um bom jor-nalismo junto com os meios digitais para a distribuição. Então, na formação do jor-nalista cultural, eu tenho que saber quem é a Joelma do Calypso e tenho que sa-ber quem é o reitor da USP ou o maestro da orquestra sinfônica, porque isso vai fazer parte do meu trabalho e alguma hora eu vou usar esses elementos. Para o jor-nalismo cultural, você tem que ser muito amplo no seu campo de pesquisa de absorção e não pode haver preconceitos. Se você tiver preconceito, vira aquele jor-nalista chato que só fala de um assunto e que tem uma visão tacanha do mundo.

TM: O que diferencia o jor-nalismo cultural das out-ras editorias?LP: Eu acho que o jornalis-mo cultural tem mais portas abertas do que os outros assuntos. Ele respira mais. Os outros assuntos acabam sen-do mais fechados neles mes-mos. Até o jornalismo espor- tivo é um mundinho a parte. A gente tem a tendência no jornalismo cultural de criar esses mundinhos, mas ele é muito mais amplo do que isso. O mundinho da música do cinema, do alternativo são bem mais amplos.

Arquivo Pessoal

Chefe de redação do R7 comenta sobre o cenário do jornalismo cultural

Alexandre Garcia, Caio Pelegrine, Felipe Affonso, Rodolfo de Mace-do, Vanessa Luckascheck e Wel-lington Monteiro

TM

Luis Cesar Pimentel

Page 4: Tempos Modernos

4

de chances de sucesso. A profes-sora lembra-se da preocupação que tinha com o filho de 6 anos. --- Na hora, pensei apenas no meu fil-ho. Como ele ficaria sem mãe? Demorei sete anos para en-

gravidar e teria só seis para criá-lo.A professora afir-ma que teve sorte em seu caso, não só pela sua força interior, mas pelas condições financei-ras que sua família possui para ajudar no tratamento.

--- Minha cirurgia foi bancada pelo meu pai. Então, tive a vantagem de es-colher meu cirur-gião, anestesista e afins. Desculpe os idealistas, mas quem não tem din-heiro pra pagar, não sobreviveria.Agora Areias vive uma vida normal, apesar de não poder ter mais filhos. Seu único tra- tamento contínuo é a reposição de hormô-nios, devido à retirada da tiroide e a fisiotera-pia para o braço que-brado. Hoje, ela vê a vida de outro jeito. ---- O que tem de ser na vida, será da ma-neira mais intensa que eu conseguir. Está sendo assim desde o dia que ouvi que es-tava com um tumor e que, provavelmente, era maligno.Ana Luísa teve pouco tempo para absorver o que acontecia e seu

O ano de 2013 começou de uma manei-

ra conturbada para a professora de ciências Ana Luísa Areias, de 34 anos. Em março, após quebrar o braço, o médico havia re-ceitado um remé-dio que, com base de morfina, causou diversos efeitos colaterais. Isso a fez voltar ao pron-to-socorro pen-sando se tratar de uma virose. Lá, foi diagnosticada com câncer no ovário e um sério problema na tireoide.Em três semanas, a vida de Ana Luí-sa mudou com-pletamente: após o diagnóstico, o sistema reprodutor e a tiroide deve-riam ser retirados em uma cirurgia de risco, em que havia apenas 15%

LUTA CONTRA O CÂNCER

Arquivo Pessoal

TM

Câncer de Ovário

• Quinto tipo de câncer mais comum entre mulheres;

•   Mulheres mais velhas apre-sentam maior vunerabilidade à doença;

• Medicamentos para fertilidade não alteram as probabilidades;

• Histórico familiar aumentam os riscos;

Fonte:www.minhavida.com.br

Page 5: Tempos Modernos

cirurgias que fiz foram a tireoidectomia total e histerectomia total”, lembra.Segundo Ana Areias, os casos de câncer no Bra-sil são tratados de acor-do com o paciente. --- Algumas pessoas aceitam e correm atrás da cura, ou- tras se deprimem e se revoltam... Não tem certo ou erra-do. Tem cada caso. É particular e volto a repetir: só entende quem passou por isso. Independente da pessoa, ele surge e não é seu. Portan-to, o lance é tirar da frente o que te atra-palha, o que não te faz evoluir enquanto “doente”. O momen-to do doente é único e ele tem o direito e dever de ser egoísta. Caso contrário, não sairá dessa situação. Apesar de ter passado por um momento de-

Especiallado psicológico tam-bém foi afetado. --- Foi um grupo ao meu quarto pra dia-logar sobre o assunto. Mas tudo o que eu não queria era conversar. Meu lance sempre foi correr atrás da melho-ra. Ouvi muita música e li... O resto não me in-teressou muito.Ela aprendeu uma grande lição com tudo o que passou. --- Realmente nada me abalou com relação à opinião das pessoas de fora. Meu foco era em sair logo e bem. Não me arrependo de nada porque, na verdade, o saldo está sendo positi-vo. Aprendi muito.Apesar de a doença se manifestar, na maioria dos casos, em mulheres com mais de 40 anos. A alta incidência de cân- cer na família fez com que Ana Luísa tivesse maior probabilidade

de adquirir o mal. À maioria dos casos não possui sintomas até a doença atingir um estágio avançado. Nesse caso, a mulher começa a sentir au-mento do volume ab-dominal, constipação e alterações no siste-ma digestivo.

DIAGNÓSTICOSegundo dados do INCA, Instituto Nacio-nal de Câncer, a esti-mativa de novos casos desse tipo de câncer é de 6.190, de acor-do com as pesquisas de 2012, e o número de mortes chega a ser próximo de três mil.Ana Luisa passou por 21 exames, entre di-agnósticos e pré-ope- ratórios e sua operação durou sete horas. “A cirurgia começou às 17h e terminou umas 23h. Eu vol-tei da anestesia as 0h40min, por aí. No caso, as

cisivo em que havia a possibilidade de algo pior, Ana Luísa revelou de onde veio toda a sua força.--- O Felipe, meu filho, sempre foi o centro de minhas an-siedades e preocu-pações, enquanto es-tive no hospital. Diferente das outras pessoas – familiares e amigos- que estavam nervosas e ansiosas, ela procurou man-ter-se tranquila. --- Saber as situ-ações cotidianas do Fê me tranquilizava e me fortalecia, in-clusive saber que ele estava começando a aprender a rezar, que chorava à noite antes de dormir, sorrir, sair. Coisas habi- tuais por mais engraçado que pareça agora, me da-vam muita força pra eu me mexer.

UM NOVO COMEÇOAlguns meses depois e livre da patologia, Ana Luísa relembra da história com o sor-riso no rosto. Ela que era conhecida como aquela pessoa que não se contentava em ficar no ócio, de-fine sua própria ex-periência como sur-preendente.--- Lavei a alma. Falei o que quis da forma e pra quem eu desejei. Renasci começando do zero. É muito bom.

“Lavei a alma. Falei o que quis da forma e pra quem eu desejei. Renasci começando do zero”.

Ana Luíza Areias

Page 6: Tempos Modernos

6 Tecnologia

O mais novo videogame do mercado conta com uma progressão que percorre quatro décadas de investimentos e ideias

Felipe Affonso Boschetti

Novos Consoles Portáteis elevam a outro patamar a história dos jogos

Tela touchscreen, roda blue Ray, melhores gráficos, tela mais

ampla, novos jogos e um sistema operacional distin-to. Estes são os grandes di- ferenciais do PSVita - o mais novo videogame no merca-do - lançado em dezembro do ano passado. Representante dessa evolução que começou em 1976, com a empresa Mattel, a primeira criadora de um projeto de videogame portátil. O con-sole da época só possuía um único jogo, o Racer, além de gráficos precários e baixíssi-ma resolução. Em 1980, a Nintendo aprove-itou a ideia da Mattel e lançou um dos primeiros videogames portáteis. O Game & Watch consistia em diversos aparelhos com um único jogo, os clássicos da Big N, que só existiam em fliperamas até então. Logo após o lançamento de 59 jogos juntos nesse console - de 1980 a 1989 - a Nintendo, com o engen-heiro eletrônico e designer de games Gumpei Yokoi, o mestre de Shigeru Miyamo-to (criador do Mario), passa a fazer e lançar os jogos em cartuchos, como os con-soles da época.

APRIMORAMENTOSCom a formação destes cartuchos no final da dé-cada de 80, a Nintendo fez uma de suas mais famosas criações e obras. O Game Boy, que mais tarde viria a ter aperfeiçoamentos. Até então, era um console

que podia ter muito games já que todos eles vinham separados em cartuchos portáteis. Sua tecnologia contava com gráficos que simulavam nuances de cinza e verde, além de jogos exclusivos e que iriam ser eternizados como Tétris e versões de Mario.Mas em 1996 a evolução continuou, com gráficos coloridos em vermelho e azul com a criação de um

dos jogos de maior ven-da e franquia já vistos nos portáteis, Pokémon Blue e Red que, até 1999, re- presentavam sozinhos 18% das vendas da indústria. Além da alta jogabilidade e dinâmica inovadora, que permitiram que outras aventuras fossem criadas ao mesmo estilo, como Sega, Playstation e Nin-tendo 64. A principal re- volução ocorreu através do Cabo Link.O Cabo link foi o que possi-bilitou que dois jogadores em aparelhos separados e distintos pudessem jogar juntos, um contra o outro

ou mesmo compartilhan-do coisas dentro de seus respectivos jogos. Além, claro, do fato de que essa ligação foi o inicio das ideias para implantar os jogos nos celulares jun-tamente com a internet móvel.Após a criação do Game-boy Color - uma versão melhorada do antigo – foi criada com os mesmos car-tuchos e gráficos só para

aproveitarem o sucesso de Pokémon. A empresa SNK desenvolveu um videog-ame muito mais barato, mas com amostragem de jogos muito inferior comparado ao sucesso da Nintendo.Já com a entrada nos anos 2000, a Nintendo lança seu mais novo sucesso que perduraria por anos, junto com incríveis e inovadores jogos novos, o Gameboy Advanced. O novo apare- lho contava com uma tela tão pequena quanto a do seu antecessor. Seus grá- ficos eram surpreenden-temente superiores e con-tavam com novas versões

dos clássicos e com uma jogabilidade melhor. Em 2003, foi lançado o Gameboy Advanced SP, que contava com um siste-ma de abertura de Tela e luz, o que melhorou incri- velmente o desempenho. Já que os jogadores não precisariam forçar os olhos a enxergar e poderiam uti-lizar o aparelho de noite. Além disso, o console pas-sou a ser movido a bateria recarregável e não a pilha contando com a compa- tibilidade dos cartuchos e fitas dos seus dois ante-cessores.No mesmo ano a Nokia re- volucionou o mercado dos games portáteis, com novas opções no seu celular mais clássico e ficaria marcado pra sempre pelo “jogo da cobrinha” ou Snake. Com o passar dos anos, os games portáteis foram pendendo para essa mo-dalidade de aparelhos com algumas diferenças. Telas mais amplas ou a utilização de canetas interativas com touch-screen, além de atingir o mercado dos celulares com jogos que, hoje, são destaques de vendas para os Smartphones. A prin-cipal tendência é a nova tecnologia 3D da Ninten-do, que permite ver os jogos em três dimensões sem ser necessária à uti-lização de óculos espe-ciais. Esses jogos já in-fluenciam televisores e celulares, que estão tra-balhando para ter essa nova tecnologia.

Foto: Google Im

agens

Novo PSVita traz dinâmica para consoles portáteis

TM

Page 7: Tempos Modernos

Esporte7

TRX ganha espaço nas academias de ginástica

Durante o século 19, jovens norte-amer-icanos de famílias

ricas realizavam inter-câmbio para a Inglaterra com o objetivo de trazer um diploma de formação. Ao voltarem para os Esta-dos Unidos trouxeram o hábito de jogar futebol e também o rugby, esporte criado em 1823 pelo es-tudante Willian Webb El-lis, que propôs o uso das mãos nas partidas.Sem regras definidas, representantes das Uni-versidades de Harvard, Princeton e Columbia se reuniram para padronizar o modo de jogar. Surgia o Futebol Americano, com grande ajuda do jornalista Walter Camp, conhecido até hoje como “pai” do es-porte, que ali iniciava sua trajetória. Foi Camp quem sugeriu a interrupção do jogo cada vez que o atleta fosse derrubado.O jogo, entretanto, era muito violento e o então Presidente dos EUA ,The-odore Roosevelt, disse que extinguiria a moda- lidade caso as regras não fossem alteradas. Uma das mudanças, no ano de 1906, foi o passe para frente, fator que revo-lucionou a posição de quarterback (principal jogador de uma equipe).Em 1930, nascia a pri-meira liga profissional do esporte, atual National Football League (NFL), que originou a profissio- nalização e abriu espaço para a modalidade no

mundo. O jogo evoluiu e novos times foram cria-dos, originando, em 1960 a Liga Americana (AFC). No ano de 1966, nascia o Super Bowl, jogo entre os campeões das duas di-visões, que qualificava o melhor time do país.

ASCENSÃO NO BRASILCom dois campeonatos nacionais - o touchdown, disputado por 18 equipes e o da Associação de Fu-tebol Americano do Bra-sil (AFAB), com 34 clubes participantes; o esporte da bola oval cresce cada vez mais no Brasil.De acordo com o Presiden-te da Associação Paulista Futebol Americano (APFA), Claudio Telesca, cuja a missão é difundir a moda- lidade por meio de cursos e palestras. O esporte já ganha incentivos no país. “Na atualidade a estrutu-ra das instituições, com os clubes e as ligas, já ga- nham impulso de empre-sas com patrocínio e orga-nização mais profissional”, afirma ele.

Para o administrador do Spartans, clube que dispu-ta o torneio da AFAB, Ro-berto Spinelli, a evolução do esporte é evidente e muito rápida, mas ainda faltam incentivos para o desenvolvimento da ati- vidade no pais. “O atleta, hoje, joga por paixão ao esporte”, lamentou.

Cheerleader do Lusa Rhynos, time participante do torneiro touchdown, Gabriela Benite viu com a atividade uma forma de unir duas modalidades que gostava - a dança e a ginástica. “Quando iniciei a prática do esporte, co- mecei a entender melhor as regras do cheerleading e também do futebol ameri-cano. Já praticava ginástica artística e isso me ajudou muito”, avalia.O Presidente da APFA de-fende também a prática do Flagbol (jogo sem conta-to físico) para popularizar ainda mais o esporte em território nacional. “Além do custo baixo do materi-al de jogo, pode-se jogar em qualquer quadra po-liesportiva”, salienta Clau-dio Telesca.

Conheça a história do Futebol AmericanoOriginado do rugby, esporte que mescla estratégia e contato físico

ganha cada vez mais espaço no BrasilAlexandre Garcia Foto: G

oogle Imagens

Esporte da bola oval cai no gosto dos brasileiros

Alexandre GarciaA busca por um corpo per-feito e a escassez de tem-po geram novos hábitos na população. Com a difi-culdade de conciliar seu emprego com os treinos, o militar e lutador de de jiu jitsu Randy Hetrick desen-volveu o TRX, sigla em in-glês para Exercício de total resistência corporal.A técnica possibilita a rea- lização de treinos em lo-cais fechados e de espaço restrito, com a utilização do peso do próprio corpo. As cordas são os únicos materiais utilizados para

proporcionar resistência.A psicóloga Carina Sen-na Massoni, que pratica a modalidade há 18 meses, aprova a atividade e diz que obteve resultados efetivos. “A minha ideia era perder peso e ganhar massa e com o TRX vi que isso seria possível de ma-neira rápida e eficaz”.

TM

Page 8: Tempos Modernos

Política8

Meio Ambiente

Projeto Família em Foco prioriza moradores de rua

Horto Florestal recebe 600 mil pessoas por ano

O Parque Estadual Alberto Lofgren - mais conhecido como Horto Florestal - foi

a primeira área de conservação ambiental do Estado de São Pau-lo, criado em 1896, na Zona Norte de São Paulo. Situado ao pé da Serra da Cantareira a 15 km do centro da cidade, conta com uma área de 187 hectares, sendo

35 para uso público. O local recebe por ano cerca de 600 mil pessoas e oferece opções de lazer como play-ground, áreas para lanchar, pista de corrida, campo de futebol, além do Museu Flo-resta, idealizado por Octa-vio Vecchi, inaugurado em 1931 com objetivo de expor as características das flo-

restas brasileiras. Segundo o auxiliar de assun-tos gerais do Instituto Flo- restal Artur Cezar Santinello, o Horto Florestal recebe verba governamental para manter sua infraestrutura. Santinello destaca que o local é o pul-mão da cidade, além de ser próximo do Sistema Cantarei-ra - responsável pelo abasteci-mento de água de metade da cidade de São Paulo e de dois municípios de Minas Gerais.

CONVÍVIO E NATUREZAO fotografo Laureni Focheto é frequentador assíduo des-de criança. “Eu acho impor-tante, pois o local proporcio-na o encontro entre famílias. E isso ai não tem preço. Faço Piquenique e antigamente fazia churrasco”.Já Selma Maria Fidelis

trouxe os filhos para pas-sear durante um evento religioso. “A gente fica mais perto da natureza. É gosto-so para o descanso. Trago as crianças para andar de bicicleta e patins”. A dona de casa Hermine Manfredini acha de grande importância uma área verde dentro da cidade de São Paulo. Porém diz que o Parque está dei- xando a desejar quanto à infraestrutura. “A gente gostaria que o Horto fosse mais completo. Por exem- plo, aqui tem a área infan-til, que, agora, reformaram. Era uma área nova e estava deteriorada. Mas eu acho que não tem um banheiro decente. Tiraram as barra-cas de alimentação de den-tro do parque”.

Caio Pelegrine

O Horto Florestal está localizado na Rua do Horto, 931

Prefeito Fernando Haddad discursa na abertura do projeto

TM

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal

de Assistência e Desen-volvimento Social (SMADS) criou o projeto “Família em Foco”, que é uma das priori-dades do prefeito Fernando Haddad. Inicialmente 17 famílias, em situação de rua, irão receber essa ajuda que inclui mora-dia, atendimento médico, capacitação profissional (SENAI/SP e o PRONATEC). A casa “Espaço Dom Lucia-no Mendes”, totalmente reformada com recursos da Secretaria de Assistên-cia Social, será responsável pela inclusão das famílias na rede de benefícios so-cioassistenciais, como por

exemplo, o Bolsa Família.Segundo a SMADS, as famílias que serão atendidas pelo programa possuem membros desempregados, com baixa escolaridade, sem qualificação profission-al, filhos sem acesso a rede de ensino e usuários de ál-cool e drogas. O objetivo principal do pro-jeto é recolocá-los na socie-dade. Essa iniciativa é um trabalho integrado entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvi-mento Social, a de Direitos Humanos e Cidadania, alem das Secretarias de Habitação, Saúde, Educação e Trabalho. A secretária Municipal de As-sistência e Desenvolvimento Social Luciana Temer explica que a idéia é promover o for-

Caio Pelegrine e Felipe Affonso

talecimento bio-psico-social e econômico das famílias acolhidas na perspectiva de reconstituição de vínculos e desenvolvimento de capaci-dades e habilidades. “ Quer-emos, além disso, de garan-tir a inclusão destas famílias no CadÚnico e em outros serviços, projetos e pro-gramas das políticas básicas de saúde, assistência, edu-cação, trabalho e educação.

Precisamos oferecer portas de saída para estas pessoas. Temos que ajudá-las a serem protagonistas de suas vidas.”O Centro de Referência Espe-cializado de Assistência Social (CREAS/Mooca) coordenará o projeto. Os serviços de abor- dagem social de ruas aco- lherão as famílias encami- nhadas ao local, dispondo de dormitórios, refeitório, co-zinha, lavanderia e sanitários.

Foto

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Foto: Wagner O

rigenes Nunes/SM

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Page 9: Tempos Modernos

0 Cultura9

Próximas Atrações

Máquinas para triturar cartões aparecem como novidade

Assim como os equipa-mentos para adiquirir livros, o metrô de São Paulo conta também com aparelhos que trituram todos cartões

em locais estratégicos.As máquinas disponíves, desde a sua instalação reciclam em média 12 mil cartões por mês

Máquinas de livros no transporte público incentivam a leitura

Você já viu ou ouviu falar nas máqui-nas de livros do

metrô? São aparelhos inspirados em máqui-nas automáticas de café e, ao inserir din-heiro, pode-se escolher a obra predileta.Presentes nas estações de metrô em São Paulo desde 2003, as máqui-nas, idealizadas no Brasil por Fabio Bueno Netto após dois anos de pro-jetos e planejamentos, oferecem diversidades de livros para atender todos os tipos de inter-esses com a proposta: “Pague o quanto acha que vale”. O preço mí- nimo é R$2, já que é possível inserir apenas cédulas, e o preço má- ximo é determinado por quem compra.As máquinas são um canal de distribuição de livros com alto valor de uso, já que grande parte das pessoas após ler, repassa para o pró- ximo leitor. A fun-cionária pública Maria Ednalva consome fre-quentemente. “Eu vou passando. A maioria é de R$2, mas quando eu tenho, dou R$5 tam-bém”.Um dos maiores in-centivos, além da loca- lização, é o baixo cus-to. Para o segurança Thiago Avelino, o preço é o grande a- trativo. “O que me leva a comprar livros aqui é o preço. Têm uns caros, que você paga mais barato”. Já a su-pervisora de bilheteria

Mônica Rocha diz que o que a faz preferir as máquinas às lojas de livro são o valor e a fa-cilidade de aquisição. “Não tenho tempo de ir à livraria”.Quando os entrevista-dos foram questiona-dos sobre a possibili-dade da implantação do aparelho em outros meios de transporte, como em pontos e ter-minais de ônibus, a resposta foi unânime. “Seria bacana. Princi-palmente, nos termi-nais tipo Parque D. Pe-dro II”, opina o professor de história Rafael Silva.Apesar de criticar sobre a variedade das obras e so-bre sua u- tilidade, Silva sugere que haja a implan-tação de livros mais famo-sos. Mas concorda que a máquina de livros é um bom incentivo à leitura.

Foto: João Varella

Em 10 anos, os aparelhos ganharam espaço por preço acessívelBruna Schiavo e Felipe Affonso

Diversidade dos livros aumenta a cada dia, atraindo novos leitores

TM

Festival Risadaria - De 14 a 23 de junho, no Palco do Conjunto Nacional

Festival Cine Privê - Entrada GratuitaAté 29 de junho, no SESC Vila Mariana

Rock In Rio - De 13 a 22 de setembro, na Cidade do Rock

Monsters of Rock 18 e 19 de outubro, em São PauloO Cavaleiro Solitário (Filme) Estreia nacional dia 12 de julho

17º Cultura Inglesa FestivalAté 30 de junho, com as mais diversas atraçoes culturais

Page 10: Tempos Modernos

Crítica10Procura-se igualdade musical

Que o Rock in Rio se tornou uma tradição brasileira, nós já

sabemos. Também sabe-mos que, a partir de agora, ele será de dois em dois anos. É o maior festival de música do mundo. Outro item da lista que já con-hecemos é que o Rock in /Rio é pop e já teve diver-sas edições fora do Brasil. Opa, o problema começa aí. Todo mundo sabe que não é apenas composto de rock, como sugere o nome – na verdade, passa muito além disso. Essas duas con-tradições do evento têm chamado bastante atenção hoje em dia. Afinal, não é

mais “Rock” e, por muito tempo, não foi “in Rio”.O festival foi criado no ano de 1985 e a primeira edição contou com a par-ticipação de bandas como Queen, Iron Maiden, AC/DC e outros. Porém, a segunda edição ocorreu somente em 1991, e a terceira 10 anos depois, no ano de 2001. A logística deve ter sido a boa vontade. Em 2013, a Cidade do Rock promete um evento ainda mais pomposo do que o anterior. Porém, o público ainda fica em dúvida em relação às atrações. Então, o que Ivete Sangalo tem a ver com Rock? A outra variação

do evento não era somente o pop, como dizem as pro-pagandas e a assessoria? Que a cantora é talentosa, isso é inegável. Mas onde entra o Rock? Fãs do gênero utilizam cada vez mais o hino de que “Me-tallica e similares não tocam

no Carnaval, por que Axé deve invadir o Rock In Rio?”. Não deixa de ser verdade. Se o carnaval é um tributo ao axé e uma desculpa para dançá-lo sem culpa, o rock também deveria ter a sua exaltação particular e sem preconceitos em seu maior evento.

Carolina Rodriguez

TM

Simbolo tradicional do festival, que não representa mais só o rock

Foto: Google Im

agens

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