tempo padrão

3
Organização Industrial e Organização do Trabalho Aula: Tempo Padrão A cronometragem é um dos métodos mais empregados na indústria para medir o trabalho. A eficiência e os tempos padrões de produção são influenciados pelo tipo do fluxo de material dentro da empresa, processo escolhido, tecnologia utilizada e características do trabalho que está sendo analisado. Os tempos de produção de linhas automatizadas variam muito pouco, e quanto maior a intervenção humana na produção, maior é a dificuldade de se medir corretamente os tempos, uma vez que cada operador tem habilidades, força e vontades diferentes. Na prática, para determinar o tempo padrão de uma peça ou de uma operação, devem ser realizadas entre 10 e 20 cronometragens. Contudo, a maneira mais correta para determinar o número de cronometragens ou ciclos n a serem cronometrados é: n= ( Z.R E.d. x ) 2 Sendo: n = número de ciclos a serem cronometrados; Z = coeficiente da distribuição normal padrão para uma probabilidade determinada; R = amplitude da amostra; d = coeficiente em função do número de cronometragens realizadas preliminarmente; x = média da amostra Probabilidade (%) 90 91 92 93 94 95 Z 1,6 5 1,70 1,75 1,81 1,88 1,96 n 2 3 4 5 6 7 8 9 10 d 1,12 8 1,69 3 2,05 9 2,32 6 2,53 4 2,70 4 2,84 7 2,97 0 3,07 8 1) Uma operação foi inicialmente cronometrada sete vezes, obtendo-se um tempo médio de 1 minuto e 34 segundos e uma amplitude de 20 segundos. Determinar o número de cronometragens para uma confiança de 95% e um erro relativo máximo de 5%. 2) Para estabelecer o tempo padrão de uma operação, foi realizada uma cronometragem preliminar com oito tomadas

Upload: valmirloliveira

Post on 02-Dec-2015

311 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Tempo Padrão

Organização Industrial e Organização do Trabalho

Aula: Tempo Padrão

A cronometragem é um dos métodos mais empregados na indústria para medir o trabalho. A eficiência e os tempos padrões de produção são influenciados pelo tipo do fluxo de material

dentro da empresa, processo escolhido, tecnologia utilizada e características do trabalho que está sendo analisado. Os tempos de produção de linhas automatizadas variam muito pouco, e quanto maior a intervenção humana na produção, maior é a dificuldade de se medir corretamente os tempos, uma vez que cada operador tem habilidades, força e vontades diferentes.

Na prática, para determinar o tempo padrão de uma peça ou de uma operação, devem ser realizadas entre 10 e 20 cronometragens. Contudo, a maneira mais correta para determinar o número de cronometragens ou ciclos n a serem cronometrados é:

n=( Z . RE . d . x )

2

Sendo:n = número de ciclos a serem cronometrados;Z = coeficiente da distribuição normal padrão para uma probabilidade determinada;R = amplitude da amostra;d = coeficiente em função do número de cronometragens realizadas preliminarmente;x = média da amostra

Probabilidade (%) 90 91 92 93 94 95Z 1,65 1,70 1,75 1,81 1,88 1,96

n 2 3 4 5 6 7 8 9 10d 1,128 1,693 2,059 2,326 2,534 2,704 2,847 2,970 3,078

1) Uma operação foi inicialmente cronometrada sete vezes, obtendo-se um tempo médio de 1 minuto e 34 segundos e uma amplitude de 20 segundos. Determinar o número de cronometragens para uma confiança de 95% e um erro relativo máximo de 5%.

2) Para estabelecer o tempo padrão de uma operação, foi realizada uma cronometragem preliminar com oito tomadas de tempo de uma operação. O tempo padrão deve ter 90% de probabilidade e apresentar erro relativo de 10%. Calcular o número de cronometragens.Dados:

Cronometragem Tempo (min)1 1,52 1,43 1,74 1,85 1,86 1,77 1,98 1,8

3) Em um estudo de tempos cronometrados, foi realizada uma cronometragem preliminar com 4 tomadas de tempo, obtendo-se os resultados em minutos:

3,0 – 3,3 – 2,7 – 3,0A empresa deseja que o tempo padrão tenha 90% de probabilidade de estar correto e um erro máximo de 6% sobre o tempo determinado. Quantas cronometragens devem ser realizadas?

Tolerâncias

Page 2: Tempo Padrão

Não é possível esperar que uma pessoa trabalhe sem interrupções o dia inteiro. Assim, devem ser previstas interrupções no trabalho para que sejam atendidas as denominadas necessidades pessoais e para proporcionar um descanso, aliviando os efeitos da fadiga no trabalho.

Exemplos:Tolerância de 5% para necessidades pessoais;Tolerância de 10% para trabalhos leves;Tolerância de 50% para trabalhos em condições inadequadas.

As tolerâncias podem ser calculadas em função dos tempos de permissão que a empresa se dispõe a conceder. Nesse método, determina-se o tempo p concedido em relação ao tempo de trabalho diário e calcula-se o fator de tolerância como sendo:

FT= TD(TD−p )

Sendo:FT = fator de tolerânciaTD = trabalho diário (horas, minutos, ...)P = tempo de tolerância concedido

Uma vez obtidas as n cronometragens válidas, deve-se:

Calcular o TM (tempo médio) ou TC (tempo cronometrado) = médias das n cronometragens;

Calcular o TN (tempo normal):

TN = TM . VSendo V = velocidade média

Calcular o TP (tempo padrão):

TP = TN . FT

1) Uma operação de furar uma chapa foi cronometrada 10 vezes, obtendo-se o tempo médio pr ciclo de 4,5 segundos. O cronometrista avaliou a velociade média do operador em 95% e foi atribuído ao trabalho um fator de tolerância (pessoal e fadiga) de 18%. Calcular o tempo padrão da operação.

2) Um estudo de tempos de uma operação de preparação de uma máquina acusou um tempo médio de 27,50 minutos. A velocidade do operador avaliada pelo cronometrista foi de 103% e a empresa concede 30 minutos para lanches e 25 minutos para atrasos inevitáveis em um dia de 8 horas de trabalho. Determine o tempo normal e o tempo padrão da operação.

3) Uma operação foi cronometrada 5 vezes, obtendo-se os tempos em segundos dados abaixo. O cronometrista avaliou a velocidade da operação em 95%. A empresa considera que a operação cronometrada é uma operação que não exige um esforço especial e fixa um fator de tolerância de 15% sobre o tempo normal. Determine o tempo médio, o tempo normal e o tempo padrão.

Tempos cronometrados (segundos): 20,7 – 21,0 – 22,9 – 23,4 – 20,8