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Marcus Vinicius de Mello Filho TEmis para skateboarding Curitiba UTP 2006

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Marcus Vinicius de Mello Filho

TEmis para skateboarding

CuritibaUTP2006

Marcus Vinicius de Mello Filho

Tenis para skateboarding

TCC - Trabalho de Conelusiio de Curso apresentadoao Curso de Design, habilita9iio em

Design de Produto, comorequisito parcial para obtentyao dograu de Designer de Produto da

UTP Universidade Tuiuti do Paranaorientado pelos Profess ores

Aleeu Muniz, Christiane Ogg eFabio Fontoura.

CuritibaUTP2006

Il

IH

Dedico este trabalho aDS meus pais e meu irmao,pessoas maravilhosas e trabalhadoras,

que sempre me incentivarama desenhar e seguir em frente nesta

profissao que escolhi.

IV

Agradetyo a Deus, que sempre guia meu caminho,a minha familia, meus amigos, colegas e professores

que sempre apoiaram e acreditaram no projeto,todos os skatistas por fazerem do esporte

o que ele e hoje e todas as pessoas que diretaou indiretamente ajudaram na realizatyao do projeto.

v

SUMARIO

Lista de figuras ..Resumo ..Abstract...

. .vll. .x

.................. XI

INTRODUC;Ao

REVIS)i.O BIBLIOGRAFICA..

.....01

. 03

Hist6rico dos cal,ados ..Tenis para pratica de esportes ..Hist6rico do skate ..T€mis para skate ..Ope ..Eixos do pe ..Articula,oes do pe ..Classes de pes ..A chegada das maquinas e a fabrica,ao de cal,ados ..Materiais alternativQs, a origem e a incorporac;:ao na fabricac;ao do cah;ado ...

.................. 03....................... . .....05

. 06. 07

. 07. 09

. 09. 10. 11

....... 12

MATERIAlS E METODOS DE PESQUISA ... . 13

Entressolas ..Materia prima ..Couro ..Materiais texteis ..Laminados sinteticos ..Materiais injetados ..Materiais vulcanizados ..Analise sincr6nica ..Tabela de similares ..Parametros e requisitos do projeto ..Gera,ao de alternativas ...Desenvolvimento do modelo ....Imagens do modelo final..

. 13. 13

............................................. 13. 14

. 15.......16

. 17. 17

. 18. 19

. 19... 20

......20............................................... .20

.................................................... ...20. 21

....21. 22

. 22. 23

. 24.._ H

. .27

Analise diacronica ..Etapas de fabrica,ao de cal,ados .Fluxograma de produ,ao ..Modelagem ..Corte ..Chanfrac;ao ..Costura e prepara,ao ..Pre fabricado ..Montagem .Solados ..

VI

RESULTADO .. . 30

Desenvolvimento do prot6tipo.. . 30Desenvolvimento da palmilha.. . 37lmagens do prot6tipo.. . ._. . _. 39Gera~ao de cores.. . __ .41Gera9ao de alternativas para embalagem _. _..44Aplica9ao da logomarca__ _ .. .__ _ ..45Detalhamentotecnico.. .. ....47

Dimensoes basicas do produto . 49Softwares utilizados.. .. 63

ANEXO __ __.. 65

Questionario aplicado aD publico alva __ . . .... ... 65

DISCussAo __ _ 68

CONCULSAO E RECOMENDA<;OES __

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

_ 68

_. .. 69

LlSTA DE FIGURAS

Figura 01 - Produto FinaL. 02Figura 02 - Cal9ado Primitivo__ .. .... .. 03Figura 03 - Sandalia egipcia.... ... 04Figura 04 - Solado dos escravos__ _ .04Figura 05 -Tamancos com taco de madeira. China seculo III .. ..04Figura 06 - Crepida Romana. Seculo IV__ . .. ... . 05Figura 07 - Arco plantar__ _ ..... ..• ..... ..... 08Figura 08 - Eixos do pe__ _ .. . . 09Figura 09 - Posi90es do corpo__ _ .. __10Figura 10 - Principais pontcs de apoio do pe 1aFigura 11 - Pianos de pes diferentes__ __. 11Figura 12 - Balancin hidraulico ._ .. __.._16Figura 13 - Tipos de chanfros__ . 16Figura 14 - Maquina de chanfrar. __ .. 16Figura 15 - Maquina de costura.. ..... .. 17Figura 16 - Maquina de montar bico _ . . .18Figura 17 - Maquina de montar traseiro.. . 19Tabela 01 - Tabela de similares__ .. 22Figura 18 - Gera9ao 01.. __24Figura 19 - Gera9ao 02 _ .. . .. __.24Figura 20 - Gera9ao 03 ._.......... ..•.. .. 24Figura 21 - Gera9ao 04 ___.. 24Figura 22 - Gera9ao 05 _ _ .. .__ .. 25

VII

Figura 23 - Gera9ao 06 . ...25Figura 24 - Gera9ao 07 . .. .25Figura 25 - Gera9ao 08 . ..25Figura 26 - Gera9ao 09.. .. 25Figura 27 - Gera9ao 10.. .. 26Figura 28 - Gera9ao da palmilha.. .. 26Figura 29 - Desenvolvimento do modele 27Figura 30 - Modelo na eaixa 27Figura 31 - Modelo e eaixa 28Figura 32 - Vista frontal... .. 28Figura 33 - Vista posterior 28Figura 34 - Vista lateral.. . ..28Figura 35 - Vista superior.... .. 29Figura 36 - Perspeetiva 1.. .. 29Figura 37 - Perspeetiva 2 . .. 29Figura 38 - Forma, eabedal e estabilizador lateral 30Figura 39 - Forma, eabedal e estabilizador lateraL... . 31Figura 40 - Moldes prontos vista frontal 31Figura 41 - Moldes prontos vista lateral.. . 31Figura 42 - Moldes prontos vista posterior 31Figura 43 - Moldes prontos vista superior.. . 32Figura 44 - Moldes em papelao 32Figura 45 - Pe9as finais eouro... .. 32Figura 46 - Gaspea e lingueta 33Figura 47 - Pe9as finais do eabedal.. .. 33Figura 48 - Uniao do eabedal, eostura "Iuva" 33Figura 49 - Cabedal aberto sobre forma.. .. 34Figura 50 - Caleanheira em tubox 34Figura 51 - Forma base em neolite 34Figura 52 - Forma com base de borraeha 34Figura 53 - Cabedal aberto sobre sola.. ..35Figura 54 - Uniao cabedal e forma base 35Figura 55 - Corte da soia 35Figura 56 - Sola eortada.. . .. 36Figura 57 - Colagem da sola 36Figura 58 - Saque da fOrma... .. 36Figura 59 - Estabilizador de ealeanhar 36Figura 60 - Colagem estabilizador de ealeanhar.. .. 37Figura 61 - Pedro e BAT.. 37Figura 62 - Corte da chapa de borraeha 38Figura 63 - Palmilha eortada.. .. ..38Figura 64 - Corte do poliuretano 38Figura 65 - Arredondamento do poliuretano.. .. 38Figura 66 - Rebaixo para amorteeedor 39Figura 67 - Colagem do amorteeedor.. ...39Figura 68 - Lateral esquerda .. 39Figura 69 - Vista superior.. ..49Figura 70 - Vista frontal.. .. .40Figura 71 - Vista lateral.. .. .40

VllI

Figura 72 - Vista posterior. . .40Figura 73 - Vista superior.. . .40Figura 74 - Vista isometrica posterior... . . .41Figura 75 - Gera9ao de cores 1 e 2 . . .41Figura 76 - Gera9ao de cores 3 e 4.. . . .42Figura 77 - Gera,ao de cores 5 e 6 .42Figura 78 - Gera,ao de cores 7 e 8... . .43Figura 79 - Gera9ao de cores 9 e 10.. . .43Figura 80 - Gera9ao embalagem 1 e 2 .44Figura 81 - Gera9ao embalagem 3 e 4 .44Figura 82 - Aplica9ao lateral.. .45Figura 83 - Aplica9ao superior. . .45Figura 84 - Aplica9ao posterior. ...46Figura 85 - Vista explodida... . .47Tabela 02 - Detakhes da vista explodida .........................• . .48Figura 86 - Dimensces basicas.. . .49Figura 87 - Conjunto da sola.. . 63Figura 88 - Componentes da sola . 63Figura 89 - Palmilha.... . 63Figura 90 - Detalhe das ondula9ces da palmilha... . 64Figura 91 - Detalhe da capsula do amortecedor de PU.. . 64Figura 92 - Cabedal planificado em Auto Cad 64Figura 93 - Visualiza9ao do tenis em perspectiva e gera,ao de cores, Corel Draw ..64

IX

RESUMO

o skateboarding com seu 8stilo contemporaneo tern agregado muitos acteptos nomundo todo, 0 Brasil possui diversos atletas profissionais que levam a vida atravesdesse esporte e muitos praticantes an6nimos que necessitam de teen alogia einova~5esconstantes principalmente nos tenis utilizados, sendo objetivo do projetodesenvolver este produto. 0 desenvolvimento do projeto busca os estudos sobredimensionamentos dos pes, hist6rico dos call(ados, analise de produtos similaresnacionais e importactos, processos de fabricac;ao (modelagem, corte, costura,etc),materiais utilizados, pesquisa com usuarios, gerat;:6es de alternativas buscando urnproduto dilerenciado, essas pesquisas loram levantadas para dar embasamento aoprojeto e tornar possivel sua realizagao. 0 prot6tipo, BA T, que signilica morcego emingles, tern esse nome par ser semelhante ao animal com as ases abertas (ver figura47 pagina 33) foi desenvolvido no tamanho 42, cana media, apresentando asrequisitos necessarios de um t€mis para skateboard agregando valores com seudesign similar aos tenis para streetball (basquetebol de rua), possui tambem protetorde tendao e uma nova palmilha para esse tipo de tenis, utilizando os materiais maisresistentes quando em contato com a lixa (couro para 0 cabedal, courac;a econtraforte em PVC para reforc;o e resistencia da biqueira e calcanheira, solado emlatex natural garantindo mais abrasao e durabilidade). 0 desenho do produtoescolhido se mantem fiel desde 0 primeiro sketch ate ° prot6tipo, sofrendo apenasalterac;ao da sola aplicada ao mesmo devido aos processos e recursos necessariospara realizagao desta, 0 resultado atende aos requisitos propostos e sera dadacontinuidade no projeto.

Palavras chaves: ten is, Esporte, Skate.

x

ABSTRACT

The skateboarding with your contemporary style has attache many followers in thewhole world, Brazil possesses several professional athletes that live the life throughof that sporl and many anonymous apprentices that need technology and constantinnovations mainly in the used tennis, being objective of the project to develop thisproduct. The development of the project looks for the studies on dimensions of thefoot, historical of the footwears, analyze of national similar products and mattered,production processes (modelling, cut, seam,etc), used materials, researches withusers, generations of alternatives looking for a differentiated product, thoseresearches were lifted up to give knowledge to the project and to tum possible youraccomplishment. The prototype, BA T, has that name for being similar to the animalwith the open wings (see the picture 47, page 33) it was developed in the size 42,medium pipe, presenting the necessary requirements of a tennis for skateboardjoining values with your similar design to the tennis for streetball, it also possessesprotecting of tendon and a new inner sale for that tennis type, using the mostresistant materials when in contact with the sandpaper (leather for the slock, armorand buttress in PVC for reinforcement and resistance of the ferrule and heel, sale innatural latex guaranteeing more abrasion and durability). The design of the chosenproduct if it maintains faithful from the first sketch to the prototype, just sufferingalteration of the applied sale to the same due to the processes and necessaryresources for accomplishment of this, the result assists to the proposed requirementsand continuity will be given in the project.

Key words: Shoes, Sport, Skate.

XI

INTRODU<;:Ao

o objeto rna is importante para os atletas desta modalidade e 0 skate, seguido doten is, produto que melhora a desempenho de cada atleta ao executar as manobras.

Para melhorias de desempenho, conforta, estatica 0 tenis necessita do usa de novosmateriais e estudos de novos componentes para 0 cabedal que possibilitem maiorfirmeza aos pes do atleta diminuindo as lesoes ne5sa regiao, 0 desenvolvimento deuma nova palmilha com amortecimento e relevos ern forma ondulada para estimulara circulat;ao sanguinea tarnbam sera explorada, estes sao itens ainda inexistentespara esse tipo de tenis e serao os requisitos do projeto.Apes os Estados Unidos, 0 mercado do skate que mais cresce e 0 brasileiro, pois,passui muitos atletas reconhecidos mundialmente e as empresas locais fazemgrandes investimentos na area trazendo produtos de boa qualidade conseguindoassim manter 0 mercado em crescimento constante. Os produtos nacionais possuemuma 6tima qualidade, porem, as importados sao superiores em questao dedurabilidade e resist€mcia, seus prec;os sao pouco mais altos que as nacionais,fazendo com que 0 atleta quando vai comprar um tenis opte pelo importado par estepossuir mais durabilidade, resistencia e status.As cinco principais etapas para fabrical'ao de urn call"'do sao: modelagem,corte,costura, montagem e acabamento. Em cada uma dessas etapas, as operac;oesrealizadas tam bern sao bastante variadas, de acordo com 0 tipo de call'adoproduzido e serao abordadas no capitulo Materiais e Metodos de Pesquisa.o homem primitiv~ ja utilizava call'ados feitos de madeira, tiras vegetais ou dequalquer tipo de couro, este ultimo era confeccionado de uma maneira bem simples:cortava se uma tira de couro no fonmato da sola do pe sendo fixado atraves de umagraxa animal. Muitos milenios se passaram desde sua invenC;ao enos dias atuaispara cada esporte e para cada ocasiao na vida das pessoas 0 calyado esta presentee e capaz de identificar desde a classe social ate 0 esporte praticado por seuusuario, isso acontece por se tratar de um produto com caracteristicas especificaspara cada ambiente onde se encontra. Com as mais variadas formas e func;oes astenis sao a segunda paixao dos esportistas que dependem espeeificamente dos pespara desenvolver seu desempenho, na cultura de rua onde 0 skate esta inserido naoe diferente, alem de melhorar 0 desempenho dUrante as manobras que exigemprecisao, estar com urn tenis sempre novo e bern conservado e sinal de status, parser urn prod uta caro e necessitar de troea no maximo em 40 dias (se utilizado todosos dias para pratica do esporte). 0 tenis possui baixa durabilidade e resistencia porestar em cantata direto com uma Iixa fixada no shape utilizada para proporcionaraderencia com 0 solado e ser a principal responsavel na execul'ao das manobras.o projeto ira se aprofundar no mundo dos calyados dando enfase aos tenis paraskateboarding, a fim de descobrir novos materiais e farmas diferenciadas paraconstruyao do cabedal e para palmilha proporcionando 0 que 0 mercado nacionalnecessita em termos de resistencia, durabilidade, amortecimento, conforta, estatica,design, preC;o, entre os demais fatores redundantes para esse entorno.

Figura 01: Prod uta Final

REVISAO BIBLIOGRAFICA

o levantamento de dados para 0 desenvolvimento deste projeto loi adquirido atravesda leitura de livros, monografias, revistas, sites, catalogos e folders relevantes aotema e sera apresentacto atraves de resumos com as principais pontcs de cadaleitura.

Historico dos callfados

Desde as primordios dos tempos, 0 homem vern procurando adaptar se aD meio emque se encontra. Esta adapta~ao iniciou se pela labrica~ao de pequenos artelatospara conseguir alimento e tambem para proteger se contra as animais perigosos econtra as intemperies da natureza, como 0 frio ou rugosidade I aspereza do solo,resolvido, por exemplo, com 0 cal~ado. Em principio era apenas um peda~o decouro atado aos pes com tiras vegetais ou mesma de animais.oesta maneira, comec;ou a buscar urn modo cada vez melhor de fabricar seusartefatos, entre eles, as vestimentas e as cah;:ados, necessarios e importantes noseu processo evolutivo, hoje esses objetos sao essenciais ao traje de qualquercidadao, esteja ele trabalhando ou passeando.Muito antes das primeiras civilizalYoesdominarem 0 planeta, 0 hom em ja utilizavaalgum artefato para proteger seus pes, como 0 couro cru, a madeira e ate mesmo ostecidos. Neste artefato, qualquer couro era utilizado simplesmente seco a sol euntado com graxa Ie ita a partir de qualquer produto animal. A labrica~ao era muitosimples: cortava se 0 couro de um tamanho apropriado ao pe 0 qual era lixado pormeio de tiras vegetais ou animais.

Figura 02: Cal<;ado do homem primitivo.

Com 0 passar dos tempos estas pe~as loram sendo substituidas por solas demadeira, fibras vegetais ou couro que protegiam os pes contra as intemperies.Seguindo a historia, 0 progresso continuo em diversas regioes fez surgir diferentesmodelos. Na Grecia 0 que predominou foi a sandalia, primeiro utilizada por mulherese depois tambem pelos homens, no entanto, a necessidade de dar maior protelYc3oaos pes contra a sujeira das estradas, 0 frio e a lama aumentando, os artesaos daepoca conceberam novos modelos de callYados,fechados, juntando laterais fixasleitas de solas (couro animal).

A partir dai surgiram os primeiros modelos de sapatos. Nesta confecc;ao, ainda quearcaica, 0 artesao dispunha de dais tipos comuns de couro, um rnais grosse para aconfecc;ao do solado e outro mais fino para 0 cabedal, ou seja: a lateral do calc;ado.A diferenya entre estes dais tipos de couro estava apenas na idade do animal, parao solado usava se 0 couro rna is rustico, e para 0 cabedal, os couros mais macios(couro de cabra ou de cachorro). Se 0 ambiente era quente ou frio, 0 tipo de calc;adovariava. No Egito antigo de clima quente, a preferencia eram as sanda lias. Elesaperfeiyoaram seus metodos de fabricayao de um vegetal resistente proprio daregiao, chamado de Papiro e fizeram algumas sanda lias desse material com muitaperfeicao. Na regiao de Tebas, as fibras usadas eram de palmeiras, os escravosusavam uma especie de solado fixo aos pes atraves de pinos de madeira e uma tiraamarrada aos pes.

Figura 03: Sandalia egipcia. Figura 04: Salado dos escravos.

Na America do Norte, eram usadas sand<ilias leitas de fibras vegetais, no Oriente,mais precisamente na China, 0 calc;ado era feito praticamente s6 de madeira, sendoos precursores dos tamancos. Na Europa tambem fcram utilizados tacos de madeirafixados no calc;ado, para que as pessoas ficassem mais altas, conforme suahierarquia na sociedade.

Figura 05: Tamancos com taco de madeira, China secuio iiI.

o primeiro calc;ado desenvolvido para esportes que se tem registro, segundoCheskin (1987), e a Gallica romana, utilizada para corridas no seculo III, seguido dasCrepidas, Ligulas ou Krepis.

Para proteger os tornozelos apareceram as primeiras variayoes do sapato feito emf6rma 0 que conhecemos por botinas. No seculo IV surgiram as crepidas,denominadas assim pelo ruido que faziam, composta per uma sola e uma camadade corti9a.

Figura 06: Crepida Romana, Seculo IV.

o calyado bico de pato, que deu lugar aos moldes alongados de Henrique III e asbotas quadradas de Henrique IV. foi adotado tanto para homens quanto paramulheres nos ultimos anos do seculo XV. Botas para senhoras com abotoadurasaparecem no seculo XVII com a utilizayao de saitos, antes nao usados nesse tipo decalc;::ado, abolidos somente na Revoluyao Francesa, para depois reaparecerlentamente, sendo usados ate por homens no reinado de Luiz XV.Ate 0 final do seculo XVIII 0 cal9ado era ainda fabricado pelos artesiios, na medidado pe do cliente, usando uma f6rma para cada cliente. Como existia um grandenumero de f6rmas, puderam coincidir as medidas e fabricar f6rmas basicas de variostamanhos de pes.

Tenis para pratica de esportes

o temis nasceu no seculo XIX, precisamente em 1832, quando uma industria norteamericana patenteou um metodo para fixar solas de borracha a sapatos e botas.Durante muito tempo niio houve mudan9as significativas, ate que, em 1974, 0

tecnico norte americana Bill Bowerman, um dos fund adores da Nike, teve um insighte preencheu uma forma de waffle com borracha liquida surgindo assim umaborracha mais leve. Outra revoluc;::ao aconteceu em 1979 quando chegou aomercado 0 sistema de amortecimento Air, da Nlke, criado pelo engenheiro espacialFrank Rudy, essa inovac;::ao vem sedo perseguida pelas industrias do ramo desdeseu surgimento.A tendencia de produzir tenis especificos para cada esporte surgiu em 1925, quandoAdi Dassler, fundador da Adidas, construiu temis diferentes para cada distancia decorrida, 0 que faz essa diferenc;::a ser totalmente notada nos dias atuais e qualidadeque 0 tenis expressa por si s6 devido a sua peyas deli cad as desenvolvidas emmaquinarios especificos para produyao de novos materia is, um exemplo, e 0 tenispara saito em altura sem vara, possui um pe diferente do outro por exigir diferentesfunyoes de cad a pe em funyao do movimento que realiza.o tenis para esportes tomou 0 dia a dia das pessoas sendo um produto que andalade a lade com as tendencias da moda, ganharam mercado por serem usados par

grandes atletas que a publico admira e quer se parecer com ele, a tecnologia dosmateriais utilizados tambem e fundamental nesses temis e a cada dia as pessoasnao praticantes de esporte compram esses produtos par serem excelentes para ausa no cotidiano e suas vend as para esse publico dominam 90% do mercado.

Historico do Skate

No inicio da decada de 60 os surfistas em tempos ruins de onda tin ham vontade depraticar a surf e criaram uma prancha feita de madeira com eixos de patins e rod asde borracha au ate mesmo de ferro, esses atletas imitavam no asfalto as manobraspraticadas nas ondas e deram 0 nome a nova modalidade de surfinho, 0 esportechegou ao Brasil na mesma epoca devido aos campeonatos de surf onde as atletasamericanos trouxeram a novo esporte provando nao so aqui mas como no mundotodo a vontade de praticar a nova modalidade.Na decada de 70 esse esporte caiu no esquecimento, ate 0 engenheiro quimicoFrank Nashworthy, acidentalmente descobrir 0 uretano, material utilizado nafabricaC;ao das rodas de skate e que viria a revolucionar a esporte.As novas rod as eram silenciosas, mais aderentes e proporcionavam mais velocidadee seguranc;a provocando a primeiro apice do ate entao chamado surfinho, passandoa se chamar skateboard ou simplesmente skate.Os atletas da epoca repetiam as manobras do surf, descer as grandes ladeiras erafundamental aos atletas avidos pelas emoc;5es causadas pela velocidade.Passando 0 tempo essas manobras foram evoluindo para 0 estilo freestyle onde 0

atleta fazia malabarismos com a skate parada au em movimento em sincronia comoutros atletas ou sozinho, com isso surgindo as necessidades de usar tenisapropriado e criar uma fixaC;ao dos pes com a shape, sendo utilizada uma lixa, pais,as manobras do freestyle eram e sao feitas em contato direto dos pes com 0 shape enecessaria urn delislizamento do pe no shape, sem 0 tenis proprio a pe seriamachucado pela lixa e sem a lixa a performance apenas com a tenis nao seriasatisfatoria.Com 0 passar do tempo novas modalidades surgiram, "streef' e "vertical" tendocomo conseqUemcia a evoluc;ao das manobras e 0 reconhecimento mundial desseesporte per exigir extrema precisao dos atletas sendo apresentado atualmente emquase todas as redes de televisao, videos de esportes radicais, videos especifrcosde skate, revistas especificas de skate, atraves de programas especificos,entrevistas, reportagens, entre outros, adquirindo novas adeptos no mundo fazendocom que a cada dia esse esporte cresya rna is e mais.Em Curitiba, segundo praticantes do esporte, um dos primeiros skates apareceuentre 72 e 73 atraves de urn carioca que trouxe a objeto da California, na mesmaepoca foram aparecendo mais praticantes, surgindo a primeira pista publica deCuritiba, "Pista do Gaucho", hoje em dia Curitiba e reconhecida pela quantidade deatletas que possui sendo considerada a capital nacional do skate e tambem pela"Drop Dead' que e a marca mais conhecida do pais nesse esporte.

Tenis para Skate

Com a evolu~ao das modalidades e manobras na decada de 60 nos Eslados Unidossurgem as marcas Alva eVans na Calif6rnia, aqui no Brasil enquanto nao surgiamtenis proprios 0 mais utilizado era 0 Rainha para futebol de SalaD, as marcascalifornianas produziam temis de lona com sola de borracha similar aos t€mis All Stardos dias atuais, suprindo a necessidade daqueles atletas.o primeiro t€mis nacional foi 0 Mad Rats nada mais que uma c6pia dos tenisamericanos, assim como 0 temis Hosoi que surgiu na mesma epoca e apresentavadiferenc;:a de materia is e de design.Essas marcas ajudaram muito 0 skate nacional a evoluir, a Mad Rats durou atemead as da decada de 90, quando 0 skate caiu par falta de peyas e apoio da midia,sendo relanc;:ando no ano 2000 com as mesmas modelos da epoca utilizando umanova tecnologia em questao de material, Hosoi durou ate mead os da decada de 90 eale hoje e comenlada em meio aos skalislas.Hoje em dia os tenis para skate e outros esportes sao produzidos em grande escalae existem muitos fabricantes no mundo todo, com a descoberta da vulcanizaC;ao daborracha na decada de 40 por Charles Goodyear, uliliza~ao de polimeros a partir dadecada de 70, novos processos de fabricaC;ao foram implantados em toda industriacalc;adista passando a se preocupar com os calc;ados especificos para cadaatividade do ser humano.Hoje os principais fabricantes de tenis para skate sao empresas americanasespecializadas apenas em skate ou em outros esportes radicais (BMX, patins,motocross, snowboard) possuem seus centros de criaC;ao nos estados unidos emandam executar na China e Taiwan por possuirem mao de obra barata etecnologia. Os componentes desses tenis sao os mais diversos posslveis sendomais ulilizados 0 PVC, nylon, Iycra, EVA, borracha lermoplaslica, couro, PU e PS, asgrandes empresas sao Nike SB (selor da Nike especializado em skate), DVS ShoeCompany, Lakai Limited Footwear, Axion Footwear, Es International, Vans, DC ShoeCo, Circa Footwear,Etnies Shoes, etc, essas empresas sao conhecidas por qualquerskalisla em qualquer lugar do mundo por oferecerem bons produlos. As empresasfabricantes nacionais tambem sao reconhecidas em todo 0 Brasil e em algunsponlos do mundo por lambem oferecer produlos de boa qualidade sao elas a DropShoes (fabricada pel a marca curilibana Drop Dead), Freedom Fog, QIXInternational, Plasma Footwear e Mad Rats, assim como as americanas possuemcentros de criac;ao no Brasil e os produtos sao executados fora.

Ope

o pe primitivo se espelhava no movimento das maos caracterizando 0 como urnsegundo par de maos, 0 homem moderno se tornou um ser blpede e, emconseqOemcia, sofreu alterac;6es anatomicas ao assumir esta postura vertical.Ope e formado par 2605505, que esta.o divididos em tres grupos: anterior, media eposterior.- os dedos, cada um compreendendo Ires ossos (falanges, falanginhas efalangetas), a excec;ao do dedo grande, que nao possui falangeta;

- 0 metatarso, que se situa atn3s dos dedos, compreendendo 5 ossos alongados eparalelos, denominados respectivamente de primeiro, segundo, terceiro, quarto equinto metatarsianos;- 0 tarso, que compreende 7 ossos, send a 3 denominados cuneiformes ou em formade cunha (interno, medio,externo), ° cub6ide e 0 escaf6ide que formam 0 peito dope e, finalmente, 0 astragalo se situa sabre 0 calcaneo e se articula com os ossos daparte inferior da perna.

Segundo Lacerda (1984), "A face superior e as faces laterais do corpo sustentam ese articulam com a tibia e a fibula (ossos da perna). A face superior, convexa, selardo astragalo, desliza sob a tibia durante a movimentac;ao do tornozelo.As terminac;6es da tibia e da fibula que se articulam com as faces laterais do talussao chamadas de maleolos a face externa do maleolo (fibular) lateral e maisvolumosa; localiza-se mais abaixo e mais posterior do que 0 maleolo (tibial) medial,a face interior do talus se articula com 0 calcaneo, e a anterior com 0 navicular.o calcaneo e 0 osso que se ap6ia diretamente ao solo (calcanhar); sua face anteriorse articula com 0 cub6ide. Na sua face posterior encontra se inserido um robustotendao 0 tendao calcanhar.Os ossos, os musculos e os ligamentos de cad a pe sao versateis, ou seja,funcionam de forma diferente nos diversos tipos de movimentos especificos do corpohumano. Isto permite movimentos com diversos ritmos e coreografias. Alem do jogode balanc;o dos 05505 e musculos, as ligamentos amarram estes ossos, formandotres arcos de sustentac;ao: lateral, longitudinal e transversal. "Os ossos do pedispoem-se de jeito a poder fornecer um apoio elastico ao peso do corpo: formam defato uma especie de arco (arco plantar) onde se distinguem tres curvas principais:duas longitudinais, uma interna e outra externa, e uma transversal; destas e a curvaexterna que suporta, mais que as outras, a earga do corpo, transmitida da pernaatraves do astragalo, do calcanea, do cub6ide e do quinto metatarsico. Para mantera estrutura normal do pe, colaboram de forma destacada as ligamentos articulares,uma robusta aponeurose presente na planta, e a ten sao de numerosos tendoesmusculares que aleanc;am os ossos do area".(Akerman 1973:3919)

Figura 07: Areo plantar

Eixos do Pe

Os movimentos do pe e do tornozelo sao efetuados em torna de tres eixos y, Z e xortogonais. 0 complexo articular acomoda estes eixos numa re9iao proxima da parteposterior do mesmo.

Figura 08: EixQS do pe

Eixo transversal (Z) passa peres mah~olos medial e lateral e corresponde aD eixo daarticula~ao tibiotarsica (tornozelo). Encontra se compreendido no plano frontal,condiciona as movimentos de flexao dorsal e flexao plantar realizados em urn planosagital.

Eixo longitudinal da perna (Y) e vertical e condiciona as rnovimentos de abdUl;ao dope, efetuados no plano transversal. Estes movimentos sao relativos as articulac;6esdo tarso posterior.

Eixo longitudinal do pe (X) esta contido em urn plano sag ita I. E por meio dele ondese d<l a orienta~ao da planta do pe, ou seja, para fora ou para dento ou diretamente.

Articula!{oes do pe

As articulac;oes do pe sao complexas e numerosas.

A subdivisao e a seguinte:-Articula~ao tibiotarsica (do tornozelo);-Articula~ao astragalo calcaneana ou sub talar;-Articula~ao medio tarsica;-Articulac;ao tarso metatarsica;-ArticulaIYoes escafo cub6idea e escafo cuneais.

As articula~(jes tern as seguintes fun~6es:

-Orientar os eixos do pe, de modo a permitir que a planta do pe se mantenhacorretamente em relaIYao aD solo.

-Conduzir uma mudan~a na forma e curvatura da ab6bada plantar de modo a facilitara adapta~ao do pe as desigualdades do terreno. Eo de fundamental importancia namarcha.-Proporcionar urn sistema de amortecedor na planta do pe, como tambem dar levezae eJasticidade aD passo.

o corpo possui duas formas de se posicionar: normal e anatomica. A diferen~a entreas duas posi~6es e 0 a disposiyao das maos e 0 angula dos pes. A posiyao normalou funcional e aquela cnde 0 corpo encontra se ereto com a Cabey8 voltada parafrente, queixo paralelo ao chao, brayos estirados e as palm as das maDS paralelas aoplano sagital, os pes afastados deste plano com a parte anterior inclinada (para fora)formando urn angulo de 30° a 40° entre si. A posic;ao anatomica possui as mesmascaracteristicas, mas as pes e as maDS fiearn voltados para frente.

PO$~OllnaI6mica

Figura 09: Posi90es do corpo

Posi~onormal

Classes de pes

A maior dificuldade para adapta~ao do cal~ado nos diferentes tipos de pes est'; nopeito do pe, 0 que leva as industrias a fabricarem cal~ados com larguras variadaspara cobrir estas diferen9as. No entanto, 0 cal9ado precisa dar base aos quatropontos de apoio da planta do pe.

Figura 10: Principais pontos de apoio do pe.

A figura 11 mostra tipos de pes com seus pianos diferentes, que as industrias devemconsiderar quando projetam novos calyados.

10

Figura 11: pianos de pes diferentes

Do ponto de vista ortopedico, os pes tern irnportancia fundamental para 0 serhumano, pois sao eles que sustentam todo 0 peso do corpo, podendo ainda receberapenas a metade desse peso, quando se esta em posi9ao "em pet, usando se osdois pes, subdividindo esta metade em do is apoios: urn apoio no calcanhar e outroproximo da extremidade do pe, no osso metatarsiano. Esta distribui~ao de pesodepende do saito que 0 cal~ado apresenta, podendo se ter diferentes porcentagensde peso nos dois apoios citados.

A chegada das maquinas e a fabrica"ao de cal"ados

as instrumentos para a extra~ao do couro animal, material que tam bern serviu deabrigo ao homem, come9arn a ser utilizados para fabrica9ao de outros objetos. Como aparecimento das maquinas, 0 que s6 era fabricado para consum~ proprio, passaa ser fabricado em serie, profissionalizando 0 homem, tornando 0 comercianteatraves da troca e permuta de produtos. Essa pratica se consolida nos seculos XVI eXVII, epoca que, em muitos lugares, ainda existiamartesaos independentes, que contavam com seus aprendizes, de certa forma asresquicios das Confrarias, institui~6es tambem denominadas de Guildas, institui~6esintegradas a urn sistema governamental para defesa ou prote~ao de determinadacomunidade, cujos objetivos antes de serem de ordem profissional, eram de cunhoreligioso e de benemerencia; A institui~ao aos poucos cedeu seu lugar aos gremiosprofissionais, mantendo a diferen~a primordial de que antes a ideia principal era a dareligiao e da benemerelncia e que agora era voltada estritamente ao comercio. Nestafase a religiao serviu apenas para manter 0 vinculo entre as participantes destesgremios, inclusive elegendo padroeiros, como Sao Crispin para os sapateiros.Com asurgimento dessas institui~6es, pede se iniciar a estrutura9ao e a organiza~ao daatividade industrial, pois contava com a regulariza~ao e realiza~ao de trabalhos sobo ponto de vista do uso das materias prim as, 0 modo de se fabricar, caracteristicasda produ9ao, a qualidade dos produtos, a instrUfyao superior, os direitos e deveresde cada pessoa, ou seja, urn organismo com hierarquia regulamentada. Acomunidade considerava as Confrarias como uma continua98o da familia, pois 0

aprendiz recebia apenas lugar para ficar e comer ate que completasse dezoito anosou tornar se oficial, Mestre em Oficinas. No entanto, surgiram abusos devido asnormas severas e inviolaveis par parte daqueles que comandavam a institui~ao,provocando protestos cada vez mais intensos. Urn destes abusos era sobre anecessidade de se ter pureza de sangue para fazer parte da mesma religiao,chegando a anular a liberdade individual, sem iniciativas. Nesta epoca ocorreu amudan9a do arteSaD pelo operariD das fabricas que brotavam em todD lugar, faseconhecida como a Primeira Revolu9ao Industrial, periodo que se desenvolveu 0

II

empalmilhado feito a maquina, totalmente em couro, desde 0 cabedal ate 0 forro,palmilha, sola e saito.A partir da segunda metade do seculo XIX, aparecem novos sistemas de fabrica9ao,como por exemplo 0 sistema de montagem, que antes era manual e agora passa aser realizado mecanicamente. 0 corte do cal9ado, hoje comumente encontrado,passa a ter dois rnodelos corte usual simples e mais complexo na fabrica~ao decal9ados.Somente em 1900 houve necessidade de se produzirem f6rmas com varias escalase proporcionais a fabrica~o em serie do cal9ado. Ainda no inicio do seculo XX,poucas industrias detinham 0 monopolio das maquinas de fabrica9ao do cal9ado;este fato foi decaindo a medida que outras industrias entraram no mercado comnovas sistemas de produyao cah;adista.

Materiais alternativos, a origem e a incorpora!tao na fabrica!tao docal!tado.

Com 0 surgimento das novas tecnologias, automaticamente surgiram novosmateriais e processos de fabrica9ao. Urn grande avan90 na industria do cal9ado foi afabrica9ao de solas vulcanizadas na decada de 1930, 0 que propiciou a fabrica9aode cal9ados com melhor resistencia a umidade e uma maior durabilidade que astradicionais em couro. Outra tecnologia que teve grande aceitayao foi a borrachatermoplastica derivada do petroleo; as solas, ate entao mold ad as, passaram a serinjetadas. Este fato marcou a industria cal9adista na decada de 1940, que passa autilizar tambem os tecidos em sua fabrica~o. No final da decada de cinqOenta, noRio Grande do Sui, se inicia a fabrica~o de cal9ado injetado em duas pe9as: agaspea e a sola, engatando se as duas pe9CIs.Na decada de sessenta estatecnologia foi usada na fabrica~o de sanda lias do tipo havaianas. Ainda nestadecada, a PVC (Policloreto de Vinila) aumenta seu mercado concorrendo com aborracha.Os acrllicos e os acetatos aparecem como materias prim as transparentesutilizadas para as saltos e os modelos anabelas. Tambem a Nylon come~aa serutilizado devido a sua alta resistencia, e 0 A8S (acrilonitrila butadieno estireno)apresenta se como material que possui uma elevada elasticidade e boatermoestabilidade, alem de ser de boa estabilidade termica e inibi980 deenvelhecimento, resistencia ao impacto e dureza. E 0 plastico poliuretano conseguemercado por imitar a corti9a com muito efeito.Na decada de setenta, 0 8rasillan9a amod a do sapato plastico. Em 1980 e a vez dos sapatos com materials sinteticos etecidos apresentando imita90es de peles de anima is. E no final da decada deoitenta, aparece 0 PVC expandido microporoso, com uma densidade de ate 0,42 %,muito usado na fabricayao de chinelos.O EVA (etileno acetato de vinila) e urnmaterial com boa flexibilidade e reduzida dureza, tam bern caracterizado pela suaboa reduy30 de ocorrencia das rachaduras por fadiga e no ponto de fusao, duranteseu processo de fabricayao, muito utilizado como entressola por ser um materialamortecedor do impacto no caminhar, correr ou praticar algum esporte.

12

MATERIAlS E METODOS DE PESQUISA

Neste capitulo estao reunidas as informat;:6es necessarias para desenvolver urntEmis desde as seus fluxogramas de produyao, processos de fabrica.;:ao, materiaprima, simi lares, pesquisa com usuario, gera90es de alternativas e desenvolvimentodo modele, divido em duas fazes, analitiea e criativa.

Analise diacronica

Etapas de fabrical(ao de call(ados

As cinco principais eta pas sao: modelagem,corte, chanfraya.o, cestura, montagem eacabamento. Em cada urna dessas etapas, as operac;::6es realizadas tambem saobastanle variadas, de acordo com a tipo de cal,ado produzido e seramdemonstradas abaixo no fluxograma de prodw;:ao:

Fluxograma de produl(ao

Operaryoes basicas para 0 desenvolvimento do produto:

Setor de corte:

Cortar cabedal - balancin de corteCortar palmilha de forro - balancin de corteCortar palmilha de montagem - balancin de corteCarimbar palmilha de forro - maquina de carimbar palmilhaConferir, numerar cabedais e forro e colocar nos carrinhos - manual

Setor de prepara~ao e costura:

Colar as partes - manualColar adere,os - manualCosturar adere~os - maquina de colunaCosturar a gaspea - maquina de colunaCosturar 0 forro - maquina de colunaFechar 0 corte - maquina de colunaRecortar a forro - manualCortar tios - manualPregar ilhoses - maquina de pregar ilhosesPassar atacadores - manual

Setor de montagem:

Pregar palmilha na forma - maquina de gram pearPassar cola na palmilha - manualPassar cola no corte - manualColar entretela de refor~o - manual

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Montar bico * - maquina de montar bicoMontar lado • - maquina de montar lad aArranear a grampo da palmilha - manualLixar a montagem - maquina de lixarEscovar a montagem - maquina de lixarPassar cola na montagem - manualLixar a sola - maquina de lixarLimpar a sola com escova - maquina de JixarRemover 0 61eo da sola - manualPassar cola na sola - manualLimpar a vira com escova - manualRemover 0 61eo da vira - manualCortar a vira e a biqueira - manualPassar cola na vira e na biqueira - manual

Setor de solagem:

Apontar a sola * - manualPrensar a sola - prensa sorveteiraLixar para acertar a borda - lixadeiraLimpar com escova - lixadeiraPassar cola na borda - manualApontar a vira * - manualPrensar a vira - prensa sorveteiraLixar 0 bico - lixadeiraLimpar com escova - lixadeiraPassar cola no bico - manualApontar a biqueira* - manualPrensar a biqueira - prensa sorveteira

Setor de acabamento e expedic;ao

Desenformar ** - manualEscovar 0 temis - manualColoear a palmilha de forro - manualColocar na caixa - manualEmbalar para expedi9ao - manual

(*) T odo material no momenta de ser colado deve ser previa mente aquecido naestufa.(**) 0 tenis s6 deve ser desenformado no dia seguinte.

Modelagem

A etapa de modelagem constitui se no estagio mais importante do processoprodutivo, dado que e nela que se realiza toda a concepc;ao do produto em si. Aoestilista modelista cabe idealizar 0 produto final, considerando aspectos como astendencias da moda, os materiais a serem utilizados, a definic;ao dos modelos e dasformas que comp5em 0 calc;ado. Alem disso, 0 estilista modelista tem a func;ao de

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adequar a manufaturabilidade do produto, adaptando a sua concep,ao as condi,oese caracteristicas do processo produtivo, inclusive no que tange a custos.Em geral, na~ existe urn termo muito preciso para definir 0 profissional que atuanessa area. Entretanto, mais recentemente vern se fazendo uma distint;:8;o entre 0estilista (muitas vezes chamado de estilista designer ou estilista projetista) e 0

modelista te-cnieo (au modelista de fabrica). 0 estilista e 0 respons8vel pardesenvolver novos projetos, novas constrw;:6es e, se necessiuio, modificar aprogramag8o e construc;:ao do calc;;ado. Essa atividade envolve nao apenas 0 projetodo cal,ado mas tambem 0 desenvolvimento de form as, solados, moldes, defini,aode materia is, escala, cores, enfeites e detalhes. As pesquisas de mod a atraves devisita a feiras, vitrines dos principais centres de moda mundiais e consultas arevistas especializadas tam bern estao a cargo do estilista. Ja ao modelista tecnicocabe adaptar os novos modelos e projetos para a fabricac;ao, verificando aescalac;ao de modelos, palmilhas, solas e outros componentes, a comprovac;ao doscortes escalados e a programa9ao de naval has.Em grande parte, os atributos finais do produto (conforto, aparencia, durabilidade,estilo, amortecimento, etc.) depend em do conhecimento e criatividade do estilista eda compet€mcia do modelista, alem da forma como estes conseguem interagir comas outras eta pas do processo produtivo, inclusive com 0 departamento de vendas emarketing. Dessa forma, embora de modo geral nao receba essa denominac;aodentro das empresas de calc;ado, pode se dizer que a design ocorre principalmentena etapa de modelagem.o processo tradicional utiliza 0 pant6grafo, que faz a escala e corta a cartolina paraos modelos. Mais recentemente, os equipamentos CAD (Computer Aided Design) bie tridimensionais vern sendo utilizados para criar modelos a partir de informac;6esestruturais digitalizadas e visualizadas no monitor, possibilitando uma precisao eagilidade muito maior na tarefa de modificac;ao e cria9ao de novos modelos.

Corte

Na etapa de corte, a materia prima e cortada de acordo com as determinac;oesdefinidas na modelagem. No processo tradicional, 0 corte e realizado com facas ebalancins. 0 operador, principalmente quando a materia prima utilizada e 0 couro,deve observar 0 sentido das fibras, a elasticidade e a existencia de defeitos paradefinir as posic;6es do corte e minimizar 0 desperdlcio de material. Os processosmais avan«;ados utilizam 0 corte a laser ou jato de agua, em geral de forma integradacom a modelagem por CAD, resultando em urn aproveitamento da materia primabastante superior dado que 0 controle da area a ser cortada e feito pelo computador.Deve se ressaltar que as diferenc;as entre os processos tradicionais e os maisavant;:ados e, em grande parte, determinado pelo tipo de materia prima utilizado eseu grau de homogeneidadel heterogeneidade.

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Figura 12: 8alancin Hidraulico

Chanfra!(ao

Para que as pec;as do calc;ados possam ser sobrepostas ou para evitar acumulos dematerial, a material e desquinado em angulo nas maquinas de chantrar. Esseprocesso facilita 0 born caimento do calc;ado e possibilita urn ealee eonfortavel. Oschanfros mais comuns sao: 0 desquinado, 0 de sobreposiC;ao e 0 virado.

Figura 13: Tipos de Chanfros

Figura 14: Maquina de chanfrar

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Costura e preparaliao

Nesta fase, de acordo com 0 tipo de cal9ado, as varias pe9as que compoem 0

cabedal sao costurados, dobrados, picotados ou colados, e enfeites e fivelas podemser aplicados. Existem maquinas de costura de controle numerica, porem deutiliza9ao restrita para alguns POUCDS tipos de costura e de produto.Considerando se as varios tipos de operac;:ao e as varias formas de realizar a uniaodas peyas de acordo com 0 produto final que se deseja abter, pode-se entender arestriyao existente para que se avance na automa980 nessa etapa do processo e 0predominio da atividade manual (Costa, 1993).

Figura 15: Maquina de costura

Pre fabricado

Esse processo envolve a produyao dos componentes de sustentayao do calyado,palmilha, salado, contraforte e coura~. Na verdade, com a evoluyao dos processostecnol6gicos que envolvem a prodUf;ao dos t€mis esportivos, a maior parte dessescamponentes sao fabricados atraves da injec;ao, prensagem e termomoldagem deborrachas e polimeros.A palmilha de montagem reproduz a planta da forma e pode ser fabricado a base decelulose ou em um tecido chamada Baxflex.o solado pode ser fabricado em materiais naturais (couro) e sinteticos (PU, EVA,TR, ASS etc.).o contraforte tem a funC;ao de moldar a calcanhar, dando sustentac;ao e provendoestabilidade para 0 pe. Atualmente, os contrafortes injetados em PVC sao os rna isutilizados na industria de tenis esportivos.A courac;a tern a mesma func;ao do contraforte, mas aplicadas ao bico do calc;ado.A produ9ao de cal9ados esportivos pode ser agrupada em duas categorias:cirnentados ou autoclave.Cimentados: processo de fabricac;ao onde se trabalha com diversos tipos demateria is pre-fabricados, sendo cada uma das pec;as montada manualmente sabre aforma e coladas a frio. Isso permite que sejam utilizados, na construc;ao dosprodutos, materiais diferentes como P.U., E.V.A. e borrachas ja vulcanizadas,dependendo da modalidade esportiva que se destina 0 cal9ado.A grande evoluc;ao na fabricac;ao de cimentados tern ocorrido no desenvalvirnentode adesivos mais potentes, materiais mais leves, design mais arrojado, possibilitadopelo uso de materials sinteticos de alta qualidade, a custos rna is cornpetitivos do quemateriais naturais. Os equiparnentos sao de grande importancia na elahorac;ao dos

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componentes chamados pre-fabricados, que darao a cada urn dos produtos as suascaracteristicas.

Autoclave: processo de fabrica980 que se trabalha com borrachas cruas e coladasmanualmente sobre formas e posteriormente vulcanizados em fornos autoclave. Avulcaniza980 e uma rea980 quimica que ocorre com a borracha em decorrencia daalta temperatura e pressao do forno autoclave, proporcionando Ihe as caracteristicasde elasticidade e resistencia ao desgaste. Este processo de montagem e um dosprimeiros processos de fabrica980 de t€mis. A evolu980 tern ocorrido nasformulaciles das borrachas, adesivos e equipamentos necessarios a garantia dequalidade do produto final. Os produtos hoje fabricados por este processo destin amse aos segmentos de futebol de sa lao, volei, ten is e esportes nauticos, garantindouma maior flexibilidade e ader€mcia ao piso, proporcionando um melhordesempenho ao atleta.

Montagem

E onde se realiza a uniao do cabedal com 0 solado. Os processos de uniao saobastante variados, envolvendo costura, prensagem ou colagem. A coloca9aO desaltos, biqueiras e palmilhas tambem e realizada nesta etapa. Os caicadosesportivos sao montados via dois processos, ensacado e montado. 0 tipo deprocesso a ser utilizado depende do tipo de tenis e das caracteristicas dacomposicao do desenho. Com 0 cabedal jil colado (cola preparacilo) e costurado, 0proximo passo e a aplica980 do cabedal na forma. No caso do tenis montado 0

cabedal, que foi previamente modelado para essa montagem, e colado e blaqueadopara a aplica980 na forma. Ja 0 ensacado, e costurado com overlock.Para posicionar 0 cabedal na altura certa dentro da forma, e utilizado urn pregopequeno.o bico (couraca) e moldado na maquina de montar bico e a calcanheira (contraforte)e conform ado na estufa para reativa 10e em seguida e montado na maquina demontar traseiros.

Figura 16: Maquina de montar bico

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Figura 17: Maquina de montar traseiro

Par fim, na Se9aO de acabamento, 0 cal9ado e desenformado e passa pelosretoques finais: coloCa9ao de forro, pintura, enceramento, etc.

Solados

As principais fun90es do solado sao a tra9ao e durabilidade. 0 grau de tra9ao edurabilidade vai de pender do tipo de supertlcie aonde e praticado 0 esporte. No casodo skateboarding, 0 asfalto, concreto e madeira (compensado) sao as superficiesmais comuns, 0 asfalto nao requer tra9ao excessiva do salado mas, par outro lado, euma superficie altamente abrasiva. Ja 0 concreto e a madeira, requisitam urn saladocom rna is tra9aO. A borracha natural e a Poliuretano sao os materiais mais utilizadosnos sol ados nacionais. Na Asia, sao utilizadas borrachas com carbono e borrachaexpandida.

Entressolas

A entressola, como 0 proprio nome diz, fica entre 0 cabedal e a solado. As principaisfun90es sao:

aumentar a espessura do solado, sem aumentar 0 peso, com a aplica9c30 demateriais plasticos expandidos com densidades variaveis, EVA e PU.resolver os problemas de amortecimento e estabiliza9c3o, entre outros.possibilitar uma combina9c3o de cores mais dimlmica.Inicialmente, eram utilizadas chapas de EVA cortadas e coladas ao solado, pararesolver 0 problema da absor9ao de impacto e peso do tenis. Na decada de 80,come9aram a ser utilizada espuma expandida, com densidades diferentes,funcionando como amortecedor el ou estabilizador, dependendo do projeto dosolado. Depois de algum tempo, 0 EVA e 0 PU sofreram formula90es especiais pararesolver a questao da compressao do material e a diminui9ao do amortecimento nouso prolongado do tenis.

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Materia prima

Par muitos anas, as sapatos fcram tradicionalmente feitos de coura, comsola tambem de couro au de borracha natural. Com 0 desenvolvimento dapetroquimica e 0 5urgimento de materiais sinteticos, viuias opc;oes se abriram eas fabricantes de calc;ados comec;aram a utilizar materias prim as altemativas ..Apesar de trazerem novas possibilidades, tanto em termos de esteticaquanta em conforta, as novos materiais tambern trouxeram problemas comoqualquer Dutro material desconhecido no mercado. Pois, para a utilizac;3.o dosmesmos de forma que nao acarretassem problemas if saude do pe, novosequipamentos tiveram que ser adquiridos pelos fabricantes e os operadoresnecessitaram de novos conhecimentos.De maneira geral, quem ganhou foi 0 consumidor, pais a fabricayao decalyados diversificou se e ganhou novos designs.Atualmente uma variedade de materiais de diversas origens sao utilizadosna labrica9ao de cal9ados. A seguir alguns destes materiais serao apresentados.

Couro

o couro e considerado um material nobre, que pode ser utilizado praticamente emtodas as partes do calyado, mas normalmente a sua utilizayao e aconselhavel nocabedal, no lorro e em, alguns modelos, na sola. Um couro bovino pode produzir emmedia 20 pares de cal9ados e se apresenta nas lases cru, salgado, wei-blue (logoapas 0 abate, 0 coure e vendido pelo frigorifico aos curtumes, salgado ou emsangue. No curtume, 0 couro e despelado, rernovidas graxas e gorduras e entaDsofre 0 primeiro banho de cramo. E a primeira fase, onde ele passa a exibirum tom azulado. Oai, 0 wei-blue), erusl (semi-acabado) e acabado.o couro traz algumas vantagens sabre as outros materiais como: alta capacidade deamoldar se a uma forma, boa resistemcia ao atrito, maior vida util, permite atranspirayao e ainda ace ita quase todos as tipos de acabamento.

Materiais texteis

Tecidos naturais, como a algodao, lana e brim e as tecidos sinteticos como nylon, ea Iyera sao utilizados, sobretudo no eabedal e como lorro.Alem do preyo rna is atrativo, as calyados fabricados com tecidos sao mais leves.

Laminados sinteticos

Sao materiais construidos normalmente de urn suporte, (teeida, ma/ha ou nao teeido(conhecidos mundialmente como nonwovens e um material de estrutura plana,porusa, flex/vel, constituida de veu ou manta de fibras ou filamentos (Iongas oucurtas) orientados direcionalmente, consolidados por proeesso mecanicD (fric980),quimieo (adesao) e lennico (coesao), hidrodinamico ou por combinar;ao .sobre aqual e aplicada urna camada de material plastico (geralrnente PVC au poliuretana).Sao chamados erroneamente de couro sintetico. Urn dos mais utilizados pelaindustria calyadista brasileira e a chamado cover line.

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Materiais Injetados

o PVC (polieloreto de vinila) e um material de faeil processamento, com custorelativamente baixo e com boas propriedades de adesao e de resistencia a abrasao.Hoje e utilizado ate em solados de t'mis e chuteiras.

Suas desvantagens sao a baixa aderencia ao solo e a tendencia a quebrara baixas temperaturas.

o Poliuretano (PU) e um material versatil e disponfvel sob varias formassendo empregado em solas e entressolas. E duravel, flexfvel e leve.

A sua desvantagem esta no alto custo dos equipamentos necessarios a suaProdU98.0 e tambem necessita de cuidados especiais durante a estocagem eprocessamento.

o Poliestireno e utilizado na produ98o de saltos. Tern baixo custo e alta resistenciaao impacto. 0 ABS tambem e utilizado espeeificamente para fabrica980 de saltos.

Apesar de ter uma 6tima resistelncia aD impacto e a quebra, hoje, a sua utiliza980 ebasicamente voltada a saltos muito altos, devido aD seu elevado custo.

o TR (borraeha termoplastica) e utilizado na produ980 de solas e saltos baixos.Apresenta boa aderelncia ao solo, mas e poueD resistente as intemperies e aosprodutos qUimicos, como solventes.

Materiais Vulcanizados

A borracha natural possui excelente resistencia ao desgaste, adere bern ao solo, eleve e flexivel, 0 que a torna muito confortavel. Foi 0 primeiro material a ser usado nafabrica9ao de solas em substituiC(ao ao couro. Todavia seu elevado custo e poucaresistemcia a altas temperaturas inviabilizam a sua utilizaC(ao. Atualmente sao usadasprincipalmente em cal9ados infantis.De maneira geral, a borracha sintetica apresenta boa propriedade de flexao eelasticidade, resistemcia ao desgaste e ao rasgamento, adere bern ao solo e 0 seucusto e acessivel.o EVA (copolfmero de etileno e acetato de vinila) e um dos materiais mais utilizadosno Brasil em diversas partes do cal9ado, sobretudo no solado. ~ 0 material mais levee macio para fabrica9ao de solas. Possui boa resistencia ao desgaste, pode serproduzido em diversas cores.Alem dos materiais citados acima temos ainda os metais, os materia is celul6sicos ea madeira.

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Analise sincronica

Para analisar os produtos similares foi desenvolvida uma matriz morfol6gicacontend a as principais aspectos dos produtos, definindo porque do desenvolvimentode urn novo produto e as requisitos do projeto, uma pesquisa atraves dequestionario loi leita com 0 publico alvo para delini,iio do produto a ser lan,ado ever quais dos seus requisitos foram as mais relevantes.

Tabela de similares:

Oentre as grandes fabricantes foram selecionados as mais conhecidos e vendidosentre 0 publico, as marcas sao Ethie§....Footwear, es International, Axion Footwear,Nike SB, Drop Shoes, Freedom Fog, Plasma Footwear e Oix Intemational, seencontram na Tabela 01 na proxima pagina.

ProdutoNaclonal

AmOr18cado P"'I",,~s Pre~oImportado

~Bastien 'U<;amll~. "'~"" nocalcanha Calcanheira R$31Q,OOSalabanzi Impor13do elastico 400 nbs elateral,na em PVC

intemo palmilhoa•• COllfoeSormcha 'U

"Rodrigo camvr<,:a, nocalcanha CadaJVOC 1'1$310,00n< Importado cl:\s~co 400 nbs

CIa~;;::I~nabiqueira

intcmo

~ PaulCouro,nylon Si$te'M

Importado el~:CO Latex ZoomAiI" Biqu~~em 1'1$.415,00

'= - Rodriguez blaqueado eS\3bil~lal"",lintemc, Camun;<I, Gomade '"~ Camada

Axi"" ~;"" Importado nylon,couro ". calc3nhar duplade 1'1$240,00Footwilar Footwilar ~~~:;: ader~nciacoIado camu".ana

na~lmil"" biQueira

c:::::> ,- Gomade ,"00 "'~..~~ :~': -. calcanhar c!.~r~~1'1$179,90'_ ••••m aita ~-, adero\ncia napalmi!ha biQueira

~000 ••

"'", '"~ BiQUt!iraeChampion 2

s.istcmade calcanhar 1'1$210,00expansfooem blaQueado ~ calcanheiraPUaquoilO napalmilha em PVC

~Freedom Latex ,U~ cadaJVO,

camun;ae injer,:llobi- calcanhar calcanhelraRS220,00"" n)'lonrJ<>rm """'" ebiquttiracomponent ""palrniiha em pvC

~""'. '"~

~$.inlcticoe (::Ilean/lar

RS260,OOP~~=ico """'""" pa!m~ha

Tabela 01: Tabela de similares

Dos produtos analisados foi concluido que os diferenciais se encontram nos itenscabedal, prote~6es e pre~o, cada um dos modelos apresenta uma confec~aodiferente desses itens enos demais as confec~6es sao parecidas, no itementressola 0 material predominante em todos os produtos e 0 EVA por garantiramortecimento, leveza e baixo nivel de deforma~ao, no item amortecimento 0 maisdiferenciado e 0 da Nike que apresenta 0 sistema zoom air, (em uma capsulalocalizada na regiao do calcanhar do solado e injetado nitrogemio ao redor de umapel;a de PU rnoldado garantindo 0 amortecimento). 0 prel;o varia bastante

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dependendo da marca e madelo do tenis e pais de procedencia, tados as pradutossao feitos na China.

Parametros e requisitos do projeto

Atraves da amilise de similares, pesquisa com publico alva (questionario aplicado napagina 30) e carencia do mercado nacional com relac;aa a resist€mcia comparado aoproduto impartado, foi possivel definir a que e necessario para 0 novo temis, e osrequisitos sao seguintes:

Design;Amortecimento;Flexibilidade;Resistencia;Palmilha anatomica;Prote90es.

Design: conforme pesquisa com usuarios, desenvolver urn tenis de cano media comcaracteristicas do skate e do street ball (basquete de rua) segundo esporte damaioria dos skatistas, seria urn grande fator para a compra do novo produto.

Amortecimento: desenvolver a entressola em EVA sendo este 0 melhor material paraesse tipo de ten is.

Flexibilidade: cabedal confeccionado em couro com formas curvas, solado comranhuras em formas curvas verticais e horizontals funcionando como uma colunavertebral no tenis facilitando os movimentos do aUeta.

Resistemcia: 0 couro material de canfecc;ao do cabedal e 0 que mais resiste ao atritoe desgaste causado pela lixa, tambem possui grande fiexibilidade e respire, comrevestimentos na calcanheira e biqueira em PVC a vida uti[ do produto aumentaainda mais.

Palmilha anatomica: a palmilha apresentara uma capsula com PU flexivel dentroembutido na sua regiao do calcaneo, na regiao inferior do pe abaixo dos dedos umnovo sistema para esse esparte sera utilizado, com andulay5es nessa regiao epassivel estimular a circulac;ao sanguinea dos pes diminuindo lesoes e cansac;ocausadas.

Prote~oes: desenvolvendo urn tenis cano medio e possivel diminuir as les5escausadas no tornozelo por torc;5es e batidas do skate que sempre estao sujeitas aacontecer, a protec;ao de cadarc;os tambem e fundamental e sera feita com aspassadores fixos nas laterais internas do cabedal, urn protetor para 0 tendao aeirnada cancanheira tambem sera desenvolvida protegendo essa regiao que tarnbem ebastante afetada por lesoes.

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Gera~ao de alternativas

AS desenhos foram feitos atraves da analise de sirnilares para definil(ao da formadesse produto, os tres melhores eoneeitos loram selecionados e aplieados napesquisa com usuario para definir 0 modele a ser executado.

Figura 18: Gerar;ao 01

Figura 19: Gerac;:ao 02

Figura 20: GeracSio 03

Figura 21: Gerac;1o 04

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Figura 22: Gera~o 05

Figura 23: Geracao 06

Figura 24: Gera~ao 07

Figura 25: Gera~ao 08

Figura 26: Gera~ao 09

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Figura 27: Gera9ao 10

Figura 28: Gera9ao da palmilha

Os desenhos selecionados para pesquisa com usuario foram gera~ao 02, 03 e 10, 0modele mais vatado foi a gera~ao 10 par possuir caracteristicas tanto de skatequanto de street ball e tambem por possuir prote,ao de cadar,o, tendao e pel aOP9ao de ser desenvolvido em COUrD.

Desenvolvimento do modelo

o modele volumetrico do cabedal foi desenvolvido em EVA de 1 e 2,5 mm nas coresbranco, preto e vermelho, feltro fino para representar volumetria da espuma dacalcanheira revestida com malha escolar "Adidas" para farrar, espuma de20 mm para linglieta forrada tambem com a malha escolar, passadores e puxadoresem EVA, forma base para fixa,ao do cabedal em EVA, borracha vulcanizada comespessura de 12 mm para definir a forma da sola.Os componentes do cabedal (biqueira, gaspea, latera is, protetor de tendao, lingOeta,passadores, puxadores e forma base) foram costurados manualmente ap6s teremsido colados com fita dupla face para demarcar as regioes, a sola foi fixada com fitadupla face e Super Bonder, a cadar<;a utilizada e padrao de mercado, abaixo fotosdo desenvolvimento do modelo.

26

Figura 29 - Desenvolvimento do modelo

Da esquerda para direita as passos sao os seguintes:

Figura 01: Moldes do cabedal planificados em EVA.Figura 02: Pe9as do cabedal recortadas.Figura 03: Cabedal unido a forma base com fita dupla face.Figura 04: Cabedal aberto ja costurado sem forra9aO.Figura 05: Costura da biqueira.Figura 06: Costura da forra9ao.Figura 07: Cabedal aberto ja com a forrat;ao costurada, dessa imagem surgiu 0

nome do tenis BAT (palavra em ingles que significa morcego), por parecer 0 animalcom as asas abertas.Figura 08: Uniao do cabedal a forma base.Figura 09: Cabedal unido a forma base.Figura 10: Desenho base da sola fixe na borracha vulcanizada.Figura 11: Desbaste e corte da sola com resistencia para cortar isopor e Dremel.Figura 12: Salado conclufdo.

Imagens do modelo final

Figura 30: Modelo na caixa

27

Figura 31: Modelo e caixa

Figura 32: Vista frontal

Figura 33: Vista posterior

Figura 34: Vista lateral

28

Figura 35: Vista superior

Figura 36: Perspectiva 1

Figura 37: Perspectiva 2

29

RESULTADO

Desenvolvimento do prot6tipo

o prot6tipo foi desenvolvido nos meses de MarI'o e Abril na Call'ados Masiero pelomodelista Pedro.o processo de constrw;:ao utilizado foi artesanal com metodos antigos paraconstruc;aode sapatos em geral, par existir pouca demanda desse tipo de selVityo aslojas de call'ados e sapatarias dificilmente aceitam desenvolver projetos por falta deprofissionais que possuam todas as caracteristicas necessarias, com a crescimentodas grandes empresas esses profissionais S9 especializam em apenas urn dosprocessos (corte, costura, modelagem, acabamento, etc) e tambem utilizammaquimirios que agilizam 0 processo e calculam com muita precisao a quantidadede material a ser utilizado evitando assim desperdicios.o salado utilizado foi com prado em uma casa de couros e custou R$ 8,00 0 par, aoPl'ao de utilizar esse solado padrao surgiu pela dificuldade de encontrar materiaprima para usinagem, praza de entrega e custos, a sola utilizada representa bem aproposta no projeto.Para dar inicio a modelagem (desenho dos moldes), uma forma no tamanho 42 foiaplicada ao solado junta mente com uma chapa de metal que representa 0

estabilizador lateral (pel'a para produl'ao em serie desenvolvida em poliuretano demedia densidade) para verificar a volurnetria dos pes e em cima dela comeyar adesenho dos moldes finais, com a aplicayao dos mesmos moldes utilizados para amodelo a grande necessidade foi aumentar urn pouco esses desenhos para quepudessem ser costurados e unidos ao solado, todas os moldes do cabedal foramfeitos tres vezes, uma para ajustar tamanho, uma para representar 0 tenis montadosabre a forma (imagens abaixo) e a ultima uma c6pia desses que representam 0

tenis separados e cortados ja no tamanho final para dar inicio ao corte das peyas emcouro.

Figura 38: FOrma, cabedal e estabiljzador lateral

30

Figura 43: Moldes prontos vista superior

As pe~as foram cortadas em couro "vaqueta" (qualidade do couro) atraves dosmoldes em papel:3o, a costura da lateral do cabedal e do tipo "Iuva", que une aspe~as pelo lado interno fazendo que a desgaste da regi:3o em cantata com a lixaseja menor, fio de nylon preto, branco e vermelho foram utilizados para costura.

Figura 44: Mordes em paperao

Figura 45: Per;:as finais couro

32

Figura 39: FOrma, cabedal e estabilizador lateral

Figura 40: Moldes prontos vista frontal

Figura 41: Moldes prontos vista lateral

Figura 42: Moldes prontos vista posterior

31

Figura 46: Gaspea e lingueta

Figura 47: Pet;;as finais do cabedal

Figura 48: Unii30 do cabedal, costura "Iuva"

o cabedal foi unido com uma pre costura sobre a forma para manter as proponyoesnecessarias, na regiao da biqueira e calcanheira, entre a perya exposta e a forrac;;aointerna foi utilizado 0 tubox (material similar ao pvc, conformado com agua quente)para garantir a rigidez e resistemcia das regi5es, para forma base 0 material utilizadoe 0 neolite essa perya tern como funyao unir 0 cabedal e fixar 0 mesmo ao soladoatraves de cola de contato e costura, a forma recebeu uma camada de borrachapara ticar na mesma altura da parte interna do salado para garantir a altura dacalcanheira, todos os componentes do cabedal sao unidos nessa fase, lingueta,gaspea, passadores, puxadores e demais peryas que venham a campor 0 conjunto.

33

Figura 49: Cabedal aberta sabre forma

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Figura 50: Calcanheira em tubox

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.-Figura 51: Forma base em neolite

Figura 52: FOrma com base de borracha

34

Figura 53: Cabedal aberto sobre sola

o processo de uniao da forma base com 0 cabedal e feito com cola de contato, aforma de madeira e utilizada durante todo 0 processo e nessa etapa ela fica fixadando a primeira visao de como 0 produto final fican\.o solado recebeu um corte nas laterais para se encaixar ao estabilizador lateral,logo ap6s colado ao cabedal, seguindo 0 processo a forma e sacada e parafinaliza-;:aorestara somente a costura do solado e a colagem do estabilizador decalcanhar.

Figura 54: Uni:'o cabedal e fOrma base

Figura 55: Corte da sola

35

Figura 56: Sola cortada

Figura 57: Colagem da sola,.~ " .,

-.;- ';t

0•• ""i. ._

Figura 58: Saque da fOrma

Figura 59: Estabilizador de calcanhar

36

Figura 60: Colagem estabilizador de calcanhar

Figura 61: Pedro e BAT

Desenvolvimento da palmilha

A palmilha fai desenvalvida artesanalmente em chapa de barracha vulcanizada de35 Shore A proporcionando leveza e conforto, EVA para area das ondulac;6es epoliuretano com 45 Shore A para capsula do amortecedor do calcanhar, parafabricac;ao da palmilha em escala industrial a processo sera a de termoldagem paraque a palmilha e as ondulac;6es fatyam parte do mesmo corpo e apresentem amesma dureza, a amortecedor em poliuretano injetado respeitando as durezasespecificadas, as durezas necessarias faram sugeridas par urn dermatologista, aquestao das ondulaty6es foi abordada e real mente sua eficacia fa; comprovadadevendo ser testada para a esporte e verificar se ira se adaptar as necessidades dosatletas.

37

Figura 62: Corte da chapa de borracha

Figura 63: Palmilha cortada

Figura 64: Corte do Poliuretano

Figura 65: Arredondamento do poliuretano

38

Figura 66: Rebaixo para amortecedor

Figura 67: Colagem do amortecedor

Imagens do prototipo

Figura 68: Lateral esquerda

Figura 69: Vista superior

39

Figura 70: Vista frontal

Figura 71: Vista lateral

Figura 72: Vista posterior

Figura 73: Vista superior

40

Figura 74: Vista isometrica posterior

Geral(ao de cores

Figura 75: Geracao de cores 1 e 2

41

Figura 77: Gera yaO de cores 5 e 6

42

Figura 78: Geracao de cores 7 e 8

Figura 79: Geracao de cores 9 e 10

. -'f~

43

Gera!(ao de alternativas para embalagem

A embalagem proposta foi desenvolvida com as mesmas cores do prot6tipo paden doser definido urn layout de cores padrao para sua confec9ao final adaptando se aqualquer cor que 0 tenis possa apresentar.A alternativa escalhida fai a terceira apresentada abaixa.

Figura 80: Gerac;:8,o embalagem 1 e 2

Figura 81: Gerac;:c3o embalagem 3 e 4

44

Aplica!;ao da logomarca

Tres aplicar;6es foram definidas para 0 tenis sendo elas, uma lateral, uma superior euma posterior, variando apenas as cores a aplicac;;ao escolhida foi preto para aprimeira e segunda posic;;6es e branco para a terce ira posic;ao.

Figura 82: Aplicacao lateral

Figura 83: Aplicay.3o superior

45

Figura 84: Aplicat;ao posterior

46

Detalhamento tecnico

®07

08

10

12

Figura 85: Vista explodida

0504

/1,,----

13

,03

'01

'09

11

47

Pega Material I Nome Quantidade Processo(por pel

ICOOe sobre molde em papel;

01 CouroJPvc Biqueira/coura~ 01 Peya intema em PVCtermomoldado;Costura dupla (Iio de nylon)

02 Couro 01Corte sobre molda em paper;

Gaspea Fura<;liopararespiros;Coslura(fiodenylon)

03 Espuma de nylon Forro da gaspea 01Corte sobre molde em paper; ICostura (fio de nylon)

I

04 Trama de fio Cadarvo 01de nylon

-

05 Delalhe superiorCortesobremoldeempapel:

Couro 01 COSlura (rtode nylon):da linguela Corte para passarcadaro;o;

06 01Cortesobremoldeempapel;

Coura Puxadores Colagem;Coslura(fiodenylon)

Corte sobre molde em paper;07 Couro Calcanheiralcouraca 01 Peva intema em PVC Itermomoldado:Coslura {rIO de nylon)

Laterais doCorte sobre molde em paper;08 Couro 02 unldades Uniao das ~s por meio

cabedal para cada pees de costuraluva{oosturainternal

09 EVA 35 Shore A Palmilha 01 Termomoldagem

10 Poliuretano Amortecedor 01 tnjer,:iio45 Shore AI

11 EVA 35 Shore A Entressola 01 Termoldagem

:12 Latex natural Sola 01 Inj~oou ••.ulcanizar,:iio

13 Poliuretano Estabilizador lateral 01 Injer,:iio

ICorte soble molde em papet:,14 Espuma de nylon Protetor de tendao 01Reveslirnento em espuma;

e espuma intema Colagem:Costura

Tabela 02: Detalhes da vista explodida

48

Dimensoes basicas do produto

o modele volumetrico foi desenvolvido em escala real no tamanho 42, abaixo frgurailustrativa das dimensoes base.

312

Figura 86: Dimensoes basicas

49

51

------------- ~52

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54

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55

56

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57

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['1r~;=:kF-~------+i___ ~ j L__._J

Softwares utilizados

Para dimensionar 0 modelo ern escala real e visualizac;:~o digital tridimensionale bi dimensional as softwares Solid Works, Auto Cad, Delcam Powershape,Corel Draw e Photoshop foram importantissimos no processo, paradesenvolvimento do salado as softwares utilizados fcram a Solid Works e 0

Powershape, representando bern 0 que 0 produto vira a ser.

Figura 87: Conjunto da sola

Figura 88: Componentes da sola

Figura 69: Palmilha

63

Figura 90: Detalhe das ondulag6es da palmilha.

Figura 91: Detalhe da capsula do amortecedor de PU.

Figura 92: Cabedal planificado em Auto Cad.

Figura 93: Visualizag:I1O do t€mis em perspectiva e geragao de cores, Corel Draw.

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ANEXO

Questionario aplicado ao publico alvo

PESQUISA COM USUARIO

Nome:

1) Qual a sua idade?( ) de 8 a 12 ( ) de 12 a 16 ( ) de 16 a 20 ( ) mais de 20

2) Qual a sua categoria?( ) iniciante ( ) amador ( ) profissional

3) Que modalidade (s) pratica?( ) street () vertical ( ) downhill ( ) freestyle

4) A quanto tempo anda de skate?

5) Qual outro esporte

pratica?_--:;-_,- ---,7"Cc-- __ ---,-_,--,---.,---_---,--c--c-c6) Quando voce vai comprar urn temis para andar de skate, quais criterios

sao avaliados?( ) marca ( ) design ( ) prec;o ( ) amortecimento ( ) resistencia( ) materia is utilizados ( ) protec;6es ( ollie, cadarc;o, etc)( )outro: __

7) Para quais ocasi5es voce utiliza esse temis alem do skate?( ) dia a dia ( ) basquete ( ) futebol

( ) outros,-;;----;-;,...,- :-;;;,.-_-;-;-;-8) Qual 0 melhor tenis que voce utilizou ate hoje?

~~~~~~-:---------9) Porque?

( ) marca ( ) design ( ) prec;o ( ) amortecimento ( ) resistencia( ) materiais utilizados ( ) protec;6es ( ollie, cadarc;o, etc)

( )outro: __10)Para urn novo tenis 0 que seria necessaria para ser mais produtivo

duranteas "sessions"?( ) amortecimento ( ) firmeza nos pes ( ) protec;6es ( ) palmilhadiferenciada ( ) prec;o ( ) resistencia

() outro:-:-_----,:-_---,----,-_11)Qual destes sistemas de amortecimento voce ja utilizou?

( ) bolsa de ar ( ) zoom air () gel ( ) shox( )C-Cap ( )evaflow

( )outros:-::-:-===-::-:===:-=:-:-:::-:-=cc12) Qual destes sistemas apresentou melhores resultados?

65

13) Voce gostaria de uma nova palmilha mais anatomica e com sistemamagnetico que estimule a circula9ao sanguinea dos pes enquanto andade skate?( ) sim () nao

14) Qual 0 estilo de tenis que voce mais 905ta?( ) "old schools" ( ) modemos ( ) design "clean" ( ) assinado parprofissionais ()outros_---:---:----;-_-,--- __ ---:-_---::: _

15) Como voce prefere 0 cantata da sola com 0 shape?( ) com bastante aderencia e sensibilidade da sola do pe com 0 shape( ) com media aderencia e sensibilidade da sola do pe com 0 shape( ) com pouca aderencia e sensibilidade da sola do pe com a shape

16) Qual a sua preferencia com rela9ao ao tipo de solado( ) alto ( ) medio ( ) baixo

17) Com relac;ao ao amortecimento 0 que voce prefere?( ) muito ( ) medio ( ) baixo

18) Alem do calcanhar voce acha pertinente a coloca9ao de amortecedaresno centro e na regiao dos dedos?( ) sim ( ) nao

19) Dos tres modelos abaixo qual 0 chamou mais a aten9aO? (marque suaOP9ao no circulo).

20) Espac;o para criticas, sugestoes e opinioes:

o questionc=uio foi aplicado de 01 a 15 de novembro de 2005 com atletasprofissionais,amadores e iniciantes na pista publica do Jardim Ambiental, pistapublica da prac;a do Ath~tico, Cole~gioEstadual Professor Le6ncio Correia eatletas dos bairros Boa Vista, Tingui e Santa CandidaA resposta dos atletas a pesquisa foi positiva e demonstraram conhecimentosobre as produtos existentes, deixando claras as necessidades de urn produtocom cano medio, flexibilidade e amortecimento, 0 conceito da nova palmilha foi

66

aprovado por esses atletas mostrando que existe a necessidade de sepreocupar com a circulac;ao sanguinea, protec;6es para cadarc;o, biqueirarefor,ada e prote,ao para tendao sendo as itens rna is citados no espa,o paracriticas, sugestoes e opinioes.

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DIScussAo

o produto desenvolvido e a segunda maior ferramenta no dia a dia do skatista,seja ele profissional ou nao, representa status e prote~ao para os pes do atleta.o prot6tipo apresentado possui as caracteristicas necessarias para andar deskate au apenas usar no dia a dia por qualquer pessoa que se identifique como ele, em compara~aoaos seus similares, 0 modelo BAT nao perde emnenhum requisito, as materia is utilizados sao de primeira qualidade e atingiramos requisitos propostos, seus principais diferenciais sao a palmilha e 0 designsimilar aos temisde streetball, a (mica diferenya encontrada no prot6tipo comrelay80 ao projeto sao a sola e 0 estabilizador lateral, pais, devido a prazos deentrega, dificuldade de encontrar a materia prima necessaria e recursesfinanceiros foi utilizada uma sola padrao que representou bem a proposta, epara 0 estabilizador foi necessaria a utilizayEiode urna chapa de metal tambemcom boa representa~ao da pe~a final.

CONCLusAo E RECOMENDA<;OES

o resultado final do projeto alcan~ou um bom nivel, estara sujeito a testes paraverifica~1io da resistencia do cabedal e bom funcionamento da palmilha, essestestes ainda nao fcram executados devido ao desgaste proporcionado pela lixae pelos solos utilizados no esporte, teste que impossibilitaria 0 prot6tipo de serapresentado em boas condi~6es.o desenvolvimento de um novo desenho para 0 modele esta em processo enao faz parte dessas gera~6es, mas, para uma continuidade desse projetorecomenda se um bom conhecimento na area, pois, em Curitiba nao se achamateria prima necessaria e os custos para produ~aode um tenis sob medida erelativamente alto se fosse para uso pessoal ao inves de um projeto, enecessario conhecimento, dimensionamento e desenho de todas as pe~as,pois, a parte da modelagem fica sempre a cargo do designer.o custo final do prot6tipo foi de R$ 978,00, sendo:

Sola: R$ 8,00;Desenvolvimento do ten is: R$ 550,00;Embalagem: R$:75,00Palmilha: R$: 200,00Demais custos (transporte, materiais, etc .. ): R$ 145,00.

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69

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