tecnologia parte i traçagem
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CALDEIRARIAMódulo
Tecnologia dos Processose Execu ão
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Presidente da FIEMGRobson Braga de Andrade
Gestor do SENAIPetrônio Machado Zica
Diretor Regional do SENAI eSuperintendente de Conhecimento e TecnologiaAlexandre Magno Leão dos Santos
Gerente de Educação e TecnologiaEdmar Fernando de Alcântara
ElaboraçãoEquipe Técnica do CFP/ACR
Unidade Operacional
Centro de Formação Profissional “Alvimar Carneiro de Rezende”
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Sumário
APRESENTAÇÃO ..............................................................................................7 11.. IINNSSTTRRUUMMEENNTTOOSS DDEE TTRRAAÇÇAAGGEEMM EE FFEERRRRAAMMEENNTTAASS MMAANNUUAAIISS ............8
1.1. RISCADOR - RÉGUA DE TRAÇAGEM - ESQUADRO ..............................................8 1.2. COMPASSOS DE PONTA E DE CENTRAR ............................................................ 10 1.3. PUNÇÃO DE BICO.................................................................................................... 11 1.4. GRAMINHO ............................................................................................................... 11
1.4.1. GRAMINHO SIMPLES ........................................................................................ 12 1.4.2. GRAMINHO COM ARTICULAÇÃO .................................................................... 12 1.4.3. GRAMINHO DE PRECISÃO ............................................................................... 12
1.5. CANTONEIRAS DE TRAÇAGEM ............................................................................. 13 1.6. BLOCO PRISMÁTICO............................................................................................... 13 1.7. SUBSTÂNCIAS PARA RECOBRIMENTO DE SUPERFÍCIE .................................. 15 1.8. SUTA.......................................................................................................................... 15
1.8.1. OUTROS TIPOS DE SUTA ................................................................................ 16 1.9. NÍVEL......................................................................................................................... 17
1.9.1. TIPOS DE NÍVEIS ............................................................................................... 18 1.9.2. EXECUÇÃO DE MEDIÇÃO ................................................................................ 20 1.9.3. AFERIÇÃO DO NÍVEL........................................................................................ 21 1.9.4. CORREÇÃO DOS DESVIOS DO NÍVEL ........................................................... 21
1.10. MESA DE TRAÇAGEM E CONTROLE .................................................................. 21 1.10.1. CONSTRUÇÃO ................................................................................................. 22 1.10.2. CONDIÇÕES DE USO ...................................................................................... 22 1.10.3. CONSERVAÇÃO .............................................................................................. 22
1.11. MARTELOS (TIPOS) .............................................................................................. 22 1.11.1. PRECAUÇÕES A TOMAR QUANTO AOS MARTELOS ................................. 24
1.12. MACETE.................................................................................................................. 25 1.13. BIGORNA ................................................................................................................ 26 1.14. TALHADEIRA E BEDAME ..................................................................................... 27
1.14.1. CONDIÇÕES DE USO ...................................................................................... 28 1.15. VAZADOR ............................................................................................................... 29 1.16. ESCOVA DE AÇO E PICADEIRA .......................................................................... 29
1.16.1. ESCOVA DE AÇO ............................................................................................. 29 1.16.2. PICADEIRA ....................................................................................................... 29
1.17. LIMA ........................................................................................................................ 30 1.17.1. CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................. 30 1.17.2. CONDIÇÕES DE USO ...................................................................................... 32
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1.17.3. LIMPEZA.................................................................................................................. 32 1.18. LIXA ............................................................................................................................ 32 1.18.1. CONSTITUIÇÃO DA LIXA ......................................................................................32 1.18.2. GRANULAÇÃO ABRASIVA DE LIXA ....................................................................33
1.18.3. ESCALAS DE GRANULAÇÃO ...............................................................................33 1.19. GRAMPOS.................................................................................................................. 34 1.20. MORSA ....................................................................................................................... 35
1.20.1. CONSERVAÇÃO .............................................................................................. 37 1.21. ALICATES ............................................................................................................... 37
1.21.1. TIPOS ................................................................................................................ 38 1.22. TESOURA DE MÃO E DE BANCADA ................................................................... 39
1.22.1. CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................. 40 1.22.2. CONDIÇÕES DE USO ...................................................................................... 41 1.22.3. CONSERVAÇÃO .............................................................................................. 41
1.23. CHAVES DE APERTO ............................................................................................ 41 1.23.1. CHAVES ............................................................................................................ 41 1.23.2. CHAVE DE FENDA........................................................................................... 45
1.24. TENAZES ................................................................................................................ 46 1.24.1. TIPOS DE TENAZES ........................................................................................ 47 1.24.2. CUIDADOS NO USO DA TENAZ ..................................................................... 48
1.25. AÇO E LÂMINA DE SERRA................................................................................... 48
1.25.1. INDICAÇÕES PRÁTICAS PARA A ESCOLHA DA LÂMINA.......................... 50 22.. CCOORRTTEE AA OOXXIIGGÁÁSS .....................................................................................51
2.1. CORTE OXIACETILENO........................................................................................... 51 2.1.1. GASES UTILIZADOS ......................................................................................... 51 2.1.2. EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS .................................................................... 53 2.1.3. POSTO DE SOLDAGEM .................................................................................... 55 2.1.4. COMO ACENDER E APAGAR O MAÇARICO .................................................. 55 2.1.5. DESVANTAGENS DO PROCESSO ................................................................... 56 2.1.6. APLICAÇÕES INDUSTRIAIS ............................................................................. 56 2.1.7. TIPOS DE CHAMA ............................................................................................. 56 2.1.8. ENGOLIMENTO E RETROCESSO DE CHAMA ......... ERRO! INDICADOR NÃO
DEFINIDO. 2.1.9. DESCONTINUIDADES ..............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 2.1.10. DEFEITOS E SOLUÇÕES NO OXICORTE MECANIZADO ERRO! INDICADOR
NÃO DEFINIDO. 33.. FFUURRAADDEEIIRRAASS.....................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
3.1. FURADEIRA SENSITIVA .................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
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3.2. FURADEIRA DE COLUNA ...............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.3. FURADEIRA RADIAL .......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.4. FURADEIRA DE ÁRVORES MÚLTIPLAS.......ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.
ACESSÓRIOS...................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
3.5.1. MANDRIL ...................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.2. BUCHAS CÔNICAS ...................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.3. CUNHA .......................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
3.5.4. BROCAS ....................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.5. ESCAREADORES .....................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.6. ALARGADORES .......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.7. MACHOS DE ROSCAR .............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.8. DESANDADORES .....................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 3.5.9. COSSINETES ............................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
44.. CCOORRTTEE................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 4.1. VELOCIDADE DE CORTE ...............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
55.. EESSMMEERRIILLHHAADDOORRAASS ..........................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.1. CONSTITUIÇÃO...............................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.2. TIPOS USUAIS .................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.2.1. ESMERILHADORA DE PEDESTAL .........ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.2.2. ESMERILHADORA DE BANCADA ..........ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.3. CONDIÇÕES DE USO......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.4. PROCEDIMENTO DE UTILIZAÇÃO DE ESMERILHADORAS .. ERRO! INDICADOR
NÃO DEFINIDO. 5.5. REBOLOS.........................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.5.1. RETIFICAÇÃO DOS RELOBOS ...............ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 5.5.2. CARACTERÍSTICAS DOS REBOLOS .....ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
66.. PPOONNTTAASS MMOONNTTAADDAASS........................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.1. ABRASIVAS .....................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 6.2. PONTAS MONTADAS DE DIAMANTE ...........ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
77.. LLIIXXAADDEEIIRRAASS.......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 88.. SSEERRRRAA DDEE FFIITTAA.................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
8.1. SERRA VERTICAL DE FITA............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8.2. SERRA HORIZONTAL DE FITA ......................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
99.. TTEESSOOUURRAA GGUUIILLHHOOTTIINNAA....................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
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1100.. TTEESSOOUURRAA VVIIBBRRAATTÓÓRRIIAA UUNNIIVVEERRSSAALLERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 1111.. PPRREENNSSAASS DDOOBBRRAADDEEIIRRAASS ...............ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
11.1. PRENSA MECÂNICA ........................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.2. PRENSA HIDRÁULICA .....................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 11.3. ACESSÓRIOS DAS PRENSAS DOBRADEIRASERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
1122.. DDOOBBRRAADDEEIIRRAA ((MMAANNUUAALL EE DDEE MMEESSAA OOSSCCIILLAANNTTEE))ERRO! INDICADOR
NÃO DEFINIDO. 12.1. DOBRADEIRAS MANUAIS ...........................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.2. DOBRADEIRAS DE MESA OSCILANTE......ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.3. DOBRAMENTO LIVRE ..................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.4. DOBRAMENTO COM MATRIZ......................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.5. DOBRAMENTO COM CUNHA ......................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 12.6. MECANISMO DO DOBRAMENTO................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
1133.. CCAALLAANNDDRRAASS......................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.1. CALANDRAS MANUAIS ...............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.2. CALANDRA A MOTOR .................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.3. CURVAMENTO ..............................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 13.4. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA DAS CALANDRAS .. ERRO! INDICADOR NÃO
DEFINIDO. 1144.. SSEERRRRAA DDEE PPEERRFFIILLAADDOO ....................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
14.1. PARTES PRINCIPAIS DA SERRA DE PERFILADOS .... ERRO! INDICADOR NÃO
DEFINIDO. 14.2. CARACTERÍSTICAS DAS SERRAS DE PERFILADO E POSICIONAMENTO
ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. BIBLIOGRAFIA ....................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
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Apresentação
“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedadedo conhecimento”.
Peter Drucker
O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todosos perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na pro-dução, coleta, disseminação e uso da informação.
O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e,consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do concei-to da competência: “formar o profissional com responsabilidade no pro- cesso produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhe- cimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreende- dorismo e consciência da necessidade de educação continuada”.
Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento , na sua área tecno-lógica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faznecessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia,
da conexão de suas escolas à rede mundial de informações - internet - é tãoimportante quanto zelar pela produção de material didático.
Isto porque, nos embates diários,instrutores e alunos , nas diversas oficinase laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materi-ais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a suacuriosidade, responder às suas demandas de informações e construir links en-tre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continua-da !
Gerência de Educação e Tecnologia
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11.. IINNSSTTRRUUMMEENNTTOOSS DDEE TTRRAAÇÇAAGGEEMM EE FFEERRRRAAMMEENNTTAASS MMAANNUUAAIISS
1.1. RISCADOR - RÉGUA DE TRAÇAGEM - ESQUADRO
O riscador tem o corpo geralmente recartilhado. Existem de várias formas,como, por exemplo, os indicados nas figuras abaixo. Usa-se para fazer traços
sobre os materiais. (Figura 1)
Os riscadores também podem ser usados para traçar contornos previamentedefinidos por gabaritos (moldes ou modelos).
O corpo de muitos tipos de riscadores é recartilhado, o que permite uma boaempunhadura.
Cada ponta existente no riscador deve ser sempre afilada na forma cônica,num ângulo de 15º.
Quando se utiliza um riscador com duas pontas, a ponta que não será utilizadadeverá ser protegida com um pedaço de cortiça ou borracha, assim evitam-seacidentes pessoais e danos na ponta.
Após o uso, os riscadores devem ser limpos cuidadosamente com uma estopa,lubrificados e guardados em locais apropriados, protegidos contra choques eoxidações.
O esquadro metálico é um instrumento, com lâmina de aço, em forma de “L”,usado para traçar retas perpendiculares ou verificar ângulos de 90°.
A base do esquadro pode estar montada na lâmina ou constituir um prolonga-mento dela.
Se a base do esquadro estiver montada na lâmina, tal esquadro recebe o nomede esquadro de base; caso contrário, o esquadro recebe o nome de esquadrode precisão.
Figura 1 - Riscador
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O esquadro de base é usado para traçar retas perpendiculares e para verificar ângulos retos de peças que exigem pouca precisão.
O esquadro de precisão tem fios retificados e é usado para verificar ângulos depeças que exigem grande precisão.
O ângulo de 90° dos esquadros deve, de tempos em tempos, ser comparadocom o ângulo de 90° de um esquadro padrão para ser verificada sua exatidão.
Após o uso, os esquadros devem ser limpos e lubrificados e guardados em lo-cais apropriados.
Salientamos que todos os instrumentos de traçagem, de verificação e de medi-
das devem, durante o uso, ser colocados sobre um pano macio assentado so-bre a bancada. Essa medida evitará que ocorra danos com os instrumentos.
Figura 2 - Esquadros
Figura 3 – Esquadro de Base
Figura 4 – Esquadro de Precisão
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A régua de aço é uma lâmina de aço, sem escalas, de faces planas e parale-las, usada como guia ou apoio para o riscador na traçagem de semi-retas.
Após o uso, a régua de aço deve ser limpa e lubrificada e guardada em localadequado.
1.2. COMPASSOS DE PONTA E DE CENTRAR
São instrumentos de aço ao carbono, constituídos de duas pernas, que se a-brem ou se fecham através de uma articulação. As pernas podem ser retasterminadas em pontas afiadas e endurecidas (Figura 6) ou com uma reta e ou-tra curva (Figura 7).
O compasso de pernas retas, denominado compasso de pontas, é utilizadopara traçar circunferências, arcos e transportar medidas de comprimento. O deperna curva, denominado compasso de centrar, é utilizado para determinar centros ou traçar paralelas.
Os tamanhos mais comuns são: 100, 150, 200 e 250mm (4”, 6”, 8” e 10”, apro-ximadamente).
Figura 5 – Esquadro de Traçagem
Figura 6 – Compasso de Ponta Figura 7 – Compasso de Face
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1.3. PUNÇÃO DE BICO
É uma ferramenta de aço ao carbono, com ponta cônica temperada e corpogeralmente octogonal (Figura 8) ou cilíndrico recartilhado (Figura 9).
Serve para marcar pontos de referência no traçado e centros para furação depeças.
Classificam-se pelo ângulo da ponta.
Pelo ângulo
Existem de 30°, 60°, 90° e 120°. Os de 30° são utilizados para marcar os cen-tros onde se apóiam os compassos de traçar e os de 60° para pontear traçosde referência (Figura 9).
Os de 90° e 120° (Figura 10) são utilizados para marcar os centros que servemde guia para as brocas na operação de furar.O comprimento varia de 100 a 125 mm.
Conservação - mantê-lo bem afilado e não deixá-lo cair.
1.4. GRAMINHO
É um instrumento formado por uma base geralmente de ferro fundido ou aço aocarbono e uma haste cilíndrica ou retangular, sobre a qual desliza um suporte-corrediça com um riscador. A haste e o suporte-corrediça são de aço ao carbo-no.Existem graminhos de precisão que possuem escala graduada e nônio.O graminho serve para traçar e controlar peças, assim como para centragemde peças nas máquinas-ferramentas (Figuras 11, 12 e 13).
Figura 8 – Punção
Figura 9 – Punção de 60°
Figura 10 – Punção de 90°
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1.4.1. Graminho simples
Sua base é construída em ferro fundido, rebaixa-da na face de contato, para diminuir o atrito so-
bre a mesa de traçagem, mesa de máquina oumesa de controle. Possui uma haste cilíndrica deaço ao carbono, um cursor com parafuso de fixa-ção e uma agulha de aço temperado.
1.4.2. Graminho com articulação
Sua base pode ser de aço ao carbono ouferro fundido, possuindo uma ranhura em Vna face de contato para melhor adaptação
sobre barramentos de tornos e para reduzir o atrito sobre a mesa de traçagem.
Possui, também, um cursor de uma base ci-líndrica sustentada por um parafuso de fixa-ção, alojado em uma peça que move-se emredor de um eixo, quando acionada pelo pa-rafuso de regulagem. Esse movimento per-mite variar de forma precisa a ponta da agu-lha.
1.4.3. Graminho de precisão
Sua base de aço carbono é temperada, retificada, de precisão e fino acaba-mento. Possui, também, uma escala em milímetros, uma haste retangular, comperpendicularidade de precisão, um cursor com aproximadamente 0,2 mm, ummecanismo de ajuste mecânico e um riscador com ponta de metal duro.
Figura 11 – Graminho Simples
Figura 11 – Graminho com Articulação
Figura 12 – Graminho de Precisão
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1.5. CANTONEIRAS DE TRAÇAGEM
São utensílios, geralmente construídos de ferrofundido, cujas faces planas e usinadas formam
um ângulo de 90°.
Há cantoneiras de diversos tamanhos. Elastêm ranhuras por onde se introduzem os para-
fusos que fixam as peças para usinar ou traçar.
Condições de uso Esses elementos devem ter suas faces lisas esem deformação.
Conservação Devem ser conservados limpos e protegidoscom uma camada de óleo após o seu uso.
1.6. BLOCO PRISMÁTICO
É um utensílio fabricado comumente de aço ou ferro fundido, usinado em formade prisma, com rasgos paralelos e em V, donde se originou seu nome. O blocoprismático, devido aos seus rasgos em forma de V, também é chamado blocoparalelo em V.
Figura 13 – Graminho de Precisão
Figura 14 – Exemplos de Blocos Prismáticos
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Os rasgos laterais serve para encaixe de umgrampo especial com o arco forjado na largura
dos blocos; esse grampo somente é usado emcasos de fixação de peças sobre os mesmos.
Os blocos prismáticos são utilizados para darem um apoio estável às peças,geralmente cilíndricas, facilitando, assim, a execução de várias operações,principalmente a de traçados de peças.
Características
Os de aço são temperados e retifica-dos, enquanto os de ferro fundido sãoapenas retificados. Seus tamanhos sãovariáveis, porém os mais comuns têm2” (50,8mm) e 1½” (38mm).
Para serem usados, os blocos prismáticos devem ter suas faces completamen-te planas e paralelas e devem ser mantidas em lugares livres de choques e decontatos com outras ferramentas que possam causar deformações.
Figura 16 – Utilização dos Bolcos Prismáticos
Figura 17 – Traçgem da Linha de Centro
Figura 15 – Grampo Especial
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1.7. SUBSTÂNCIAS PARA RECOBRIMENTO DE SUPERFÍCIE
As substâncias para recobrir superfícies a traçar são representadas por pro-dutos químicos como: verniz, solução de alvaiade, giz escolar e tinta negra
especial.
Esses produtos são utilizados para pintar as superfícies das peças que devemser traçadas, com a finalidade de obter um traçado mais nítido para facilitar a
execução de outras operações.
O tipo de produto a ser utilizado depende da superfície do material a ser traça-do e da precisão do traçado desejado.
Vejamos, agora, as características dos produtos químicos utilizados para reco-brir superfícies a traçar.
Verniz
O verniz é uma solução de goma-laca (resina vegetal) e álcool na qual adicio-na-se um corante artificial a base de anilina (composto orgânico de fórmulaC6H7N).
Solução De Alvaiade
É uma solução obtida diluindo-se o alvaiade (óxido de zinco de fórmula ZnO)em água. A solução apresenta a cor branca.
Giz Escolar
O giz escolar é uma mistura de carbonato de cálcio (CaCO3) e gesso (sulfatode cálcio hidratado de fórmula CaSO4.1/2 H2O).
Tinta Negra Especial
Os componentes dessa tinta constituem-se em um segredo de fabricação; con-
tudo, um de seus componentes é a anilina. Essa tinta é encontrada no comér-cio, pronta para o uso.
1.8. SUTA
A suta é um instrumento utilizado para traçar, transferir, comparar e verificar ângulos.
É constituída de uma base, uma lâmina e uma porca-borboleta para fixação.
A base é de aço ou de madeira, com um rasgo onde se encaixa a lâmina.
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A lâmina é de aço e também tem um rasco que possibilita seu deslocamentopara frente ou para trás, conforme a dimensão da superfície da peça.
A porca-borboleta é acompanhada de uma arruela e serve para prender a
lâmina à base e para fixar a lâmina na abertura desejada do ângulo.
1.8.1. Outros Tipos de Suta
As Figuras de 18 a 21 mostram outros tipos de suta. A da Figura 18 é uma sutade articulação simples: não há rasgo na base para deslizamento da lâmina. Ada Figura 20, semelhante à da Figura 18, apresenta, como particularidade, lâ-mina bem mais longa que a base.
A Figura 21 é uma suta de lâmina angular, muito usada para a verificação de
dentes inclinados nas engrenagens cônicas. A da Figura 22 é uma suta dedupla lâmina (com um rasgo longitudinal) e a base são articuladas por meio deuma outra lâmina com rasgo de duas borboletas.
Figura 18 – Suta
Figura 19 – Suta Simples Figura 20 – Suta com Articulação
Figura 21 – Suta de Lâmina Angular
Figura 22 – Suta Dupla
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Exemplos de uso da suta
Figura 23 – A suta comum na verificação de um perfil oitavado.Figura 24 – A suta comum aplicada a uma ponta cônica.
Figura 25 – A suta dupla verificando o ângulo de um perfil sextavadoFigura 26 – A suta comum usada no traçado de retas paralelas.
Para verificar o ângulo com a suta, é preciso primeiro afrouxar ligeiramente aborboleta, fazer deslizar a lâmina e abri-la em relação à base. Em seguida, de-ve-se adaptar o instrumento ao ângulo; este ângulo pode ser de uma peça ouum ângulo predeterminado por um goniômetro e que deve ser transferido parauma peça.
Aperta-se então a borboleta, tendo o cuidado de não permitir deslocamento dalâmina ou da base para que a medida tomada se mantenha a mesma. Dessemodo, a suta está pronta para ser utilizada no valor fixado.
1.9. NÍVEL
É um instrumento que serve para verificar a horizontalidade de um plano. Con-siste em uma régua de madeira, às vezes revestida de metal, com cerca de 13/8” x 12”, na qual está fixado um tubo de vidro ligeiramente curvado, própriopara nível, com uma quantidade de álcool que permite formação de uma bolhade ar em seu interior. O vidro fica horizontalmente fixo na régua de madeira detal modo que, quando a régua está perfeitamente horizontal, a bolha de ar párano centro do vidro, tendo para servirem de referência duas linhas marcada ne-le.
A Figura 27, abaixo mostra um nível em régua de madeira muito usada naconstrução civil pelos pedreiros, carpinteiros e instaladores eletricistas.
Muitos níveis têm também um ou dois vidros fixos perpendicularmente ao com-primento da régua. Esses são chamados “vidros de prumo” e servem para veri-
ficar se uma parede ou uma viga está no prumo ou perpendicular à linha hori-zontal.
Figura 23
Figura 24Figura 25 Figura 26
Figura 27
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Os níveis são também feitos com corpos de aço. Variam muito de forma e decomprimento, e são muito usados na mecânica, quando das montagens oufixações de máquinas em suas bases e outros trabalhos, por serem de maior precisão que os de madeira.
Observe, a seguir, os tipos de níveis de aço utilizados:
1.9.1. Tipos de Níveis
Com relação ao uso específico, encontram-se níveis de bolha aplicáveis em 3campos distintos:
Níveis simples – São utilizados em serviços gerais e têm como característicaapenas 2 traços no tubo onde a bolha deve ficar centrada. É um nível tipo pas-sa-não-passa. Incluem-se nesse tipo os níveis utilizados em caldeiraria.
Níveis de precisão – São utilizados para nivelar as máquinas de precisão, ouna medição de planeza. Dada a sua aplicação, devem ter a inscrição da sensi-bilidade em seu corpo.
Níveis de precisão quadrangular – São utilizados para o nivelamento de má-quinas de precisão com referência ao plano horizontal ou vertical. Tambémnesses níveis devem haver a inscrição de sua sensibilidade.
Figura 28
Figura 29
Figura 30
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Níveis de Bolha
Nível de Linha
Nível de Bolso
Nível de Bancada
Figura 31
Figura 32
Figura 33
Figura 34
Figura 35
Figura 36
Figura 37
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1.9.2. Execução de Medição
Utilizando um nível de bolha com sensibilidade de 0,05 mm/m, vamos procurar entender como ficaria a leitura de um desnível de ampola graduada.
A sensibilidade de 0,05 mm/m quer dizer que, quando a bolha de ar se deslocauma divisão, existe uma inclinação de 0,05 mm em 1 metro.
Considerando-se a figura anterior e um nível de sensibilidade de 0,05 mm/m, odeclive com a seguinte marcação no nível seria:
Cada divisão vale 0,05 mm/m
0,05 x 2 = 0,10 mm/m
Comprimento da peça = 3,5 m
Portanto: 0,10 mm x 3,5 m = 0,35M
Figura 38 – Nível de Bolha
Figura 39 – Exemplo de Medição
Figura 40 – Escala do Nível de Bolha
Figura 41
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1.9.3. Aferição do Nível
A aferição do nível deve ser feita em uma base plana, marcando-se os extre-mos do nível nessa base. Mudando-se a posição do nível em 180°, a bolha
deverá manter a mesma posição.
1.9.4. Correção dos Desvios do Nível
Quando os níveis são dotados de parafusos ou outros dispositivos de ajuste,deve-se proceder ao ajuste da bolha seguindo-se o mesmo processo de verifi-cação descrito anteriormente. Caso o nível por corrigir não possua dispositivosde ajuste, deve ser rejeitado.
1.10. Mesa de Traçagem e Controle
É um bloco robusto, retangular ou quadrado, construído em ferro fundido ougranito, com a face superior rigorosamente plana (Figura 43). Constitui estaface o plano de referência para traçado com graminho ou para o controle desuperfícies planas.
Figura 42 - Aferição do Nível
Figura 43 – Mesa de Traçagem
Figura 44 – Vista Inferior da Mesa.
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1.10.1. Construção
As mesas de traçagem e controle são tecnicamente projetadas e cuidadosa-mente construídas; o ferro fundido é de qualidade especial e envelhecido para
ficar isento de tensões. As ranhuras (Figura 44) são estudadas e dispostas demodo a não permitir deformações, mantendo bem plana a face de controle.As dimensões mais comuns da mesas aparecem na tabela abaixo.
Dimensões (mm)150 x 150 500 x 500200 x 200 600 x 500
300 x 200 800 x 500300 x 300 1000 x 750400 x 300 1000 x 1000
500 x 140 1500 x 1000500 x 400 2000 x 1000
1.10.2. Condições de uso
São instrumentos de precisão que devem ser manejados com o máximo cuida-do. Para obter-se bom resultado no controle e na traçagem, é necessário man-tê-los bem nivelados, utilizando-se, para isso, os pés niveladores (Figura 45).
1.10.3. Conservação
Ao final do trabalho, a mesa deve ser limpa, engraxada e protegida com umtampo de madeira, a fim de não receber pancadas.
1.11. Martelos (tipos)
Martelos são ferramentas manuais de impacto, caracterizando-se fundamen-talmente por uma peça de aço, cementada e temperada, de forma alongada,cujas extremidades são chamadas cabeça e pena (Figura 46), montada em umcapo de madeira dura, servindo de alavanca para dinamizar o impacto.
Estes são os tipos mais usados na oficina mecânica:
Quanto ao formato das cabeças, os martelos classificam-se de acordo com as
Figuras 47 a 52.
Figura 45 – Vista Superior da Mesa.
Figura 46 – Martelo de Bola.
Tabela 1
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Observações:
1) Materiais em que poderão ser construídos os materiais segundo sua aplica-ção:a) aço ao carbono,b) ligas não-ferrosas,c) madeira,d) plástico.
2) Nunca dar pancadas em peças temperadas com dureza acima de 50 H R C,caso contrário podem saltar estilha;os atingindo o usuário.
3) O cabo do martelo deve ser feito com madeira de fibras retas e sem rachas.4) O peso de um martelo varia entre 0,3 e 2,3kg. Quando o peso supera 1kg o
martelo recebe o nome de marreta.5) Tratamento térmico: os martelos devem ser temperados e revenidos de for-
ma a se evitar a liberação de estilhaços, quando não batidos em peças comdureza acima de 0 H R C.
A dureza da pena, unha ou bola e na face devem se de 52 H R C (mínimo) a58 H R C (máximo).
Utiliza-se na caldeiraria tipos diversos de martelo de acordo com o trabalho aser realizado. Caracteriza-se conforme a operação a executar e denomina-sepor:
Figura 47 – Unha.
Figura 48 – Martelo de Pena Reta
Figura 49 - Pena
Figura 50 – Bola
Figura 51 – Martelo de PenaCruzada
Figura 52 – Martelo de PenaCruzada
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a) Martelos de face plana, próprios para alisar as superfícies.
b) Martelos de face convexa, próprios para curvar as superfícies planas, paracavar, nas chapas, zonas côncavas ou convexas.
c) Martelos com ângulo agudo, entre o cabo e a face, adequados a trabalhar superfícies internas.
1.11.1. Precauções a tomar quanto aos martelos
1) Nunca usar pregos para prender o cabo ao corpo do martelo; no caso de seusar uma cunha, banhá-la em cola antes de introduzi-la na fenda do cabo.
Figura 53 – Martelos de Face Plana.
Figura 54 – Martelos de Face Convexa.
Figura 55 – Martelos com Ângulo Agudo.
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2) Verificar sempre, antes do uso, se o cabo ficou bem firme e vertical à linhada face. Um bom método para impedir que o corpo escape durante o traba-lho é inserir duas cunhas laterais, perfurá-las juntamente com o cabo e a-travessá-las com um pino.
3) Conservar o martelo limpo, principalmente de graxa e óleo, que poderiampermitir que o cabo deslizasse da mão ou que a face escorregasse sobre o
material em que se bate.
4) Verificar, antes do uso, se a face se acha em bom estado, para evitar peri-gosos estilhaços; rejeitar, decididamente, martelos com faces rachadas, comfarpas e acentuado desgaste.
5) Nunca deixar um martelo suspenso em lugar algo, pois ele pode, numa que-da, atingir alguém.
1.12. Macete
O macete é uma ferramenta de impacto, constituído de uma cabeça de madei-ra, alumínio, plástico, cobre, chumbo ou couro e um cabo de madeira.
É utilizado para bater em peças ou materiais cujas superfícies não podem so-frer deformações por efeito de pancadas. O encabeçado de plástico ou cobrepode ser substituído quando gasto.
Os macetes se caracterizam pelo seu peso e pelo material que constitui a ca-beça. (Figura 57, 58 e 59)
Condições de uso:
• A cabeça do macete deve estar bem presa ao cabo e livre de rebarbas.
• Devem ser utilizados unicamente em superfícies lisas.
Figura 56
Figura 57 - Macete de Madeira
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1.13. Bigorna
A bigorna é um importante utensílio nas operações de forja, porque é neles queo ferreiro apóia ou prende a peça aquecida para dar-lhe o formato desejado.
Ela é a “mesa de trabalho” do ferreiro.
Além da forma da Figura 60 (com chifre e cauda retangular), a bigorna pode-seapresentar com o tipo de dois chifres opostos, sendo um arredondado (como
na Figura 60) e o outro de arestas.
Figura 58 - Macete Ferrado.
Figura 59 - Macete de Couro Enrolado
Figura 60 - Bigorna
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Em geral, monta-se a bigorna num cepo, ao qual se prende por meio de cra-vos ou braçadeiras. Costuma-se também montá-la em base de concreto.
Os pesos usuais de bigornas variam de 20 a 90 quilos.
A bigorna é construída de ferro forjado ou de aço forjado especial. Sobre aface, o ferreiro malha com muita freqüência. Por esse motivo, essa parte é, àsvezes, constituída de uma placa de aço de têmpera, ½ polegada ou mais, sol-dada ao corpo da bigorna. Sendo a face temperada e revenida, tem ela dure-
za capaz de resistir aos continuados choques do martelo e do malho, sobre aspeças aquecidas. A face se apresenta lisa e quase plana, com ligeira convexi-dade no sentido transversal.
1.14. Talhadeira e bedame
São ferramentas de corte, feitas de uma haste de aço, de seção circular, retan-gular, hexagonal ou octogonal. Têm um extremo forjado, provido de cunhatemperada e afiada convenientemente, e outro chanfrado e arredondado de-nominado cabeça.
O bisel da cunha pode ser simétrico (Fi-gura 64) ou assimétrico (Figura 65).
As talhadeiras e os bedames servem pa-ra cortar chapas (Figura 66), retirar ex-cesso de material (Figura 67) e abrir ras-gos (Figura 68).
Figura 61 - Talhadeira.
Figura 62 - Bedame (Vista Frontal).
Figura 63 - Bedame (Vista Lateral).
Figura 64.
Figura 65.
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Os tamanhos mais comuns são os compreendidos entre 150 e 180 mm. Aaresta de corte deve ser ligeiramente convexa (Figura 69) e o ângulo de cu-nha (b), apresentado na Figura70, varia com o material a ser talhado.
A cabeça do bedame e da talhadeira é chanfrada e temperada para evitar aformação de rebarbas. Essa têmpera deve ser mais branda que a da cunha,para que a parte que recebe os golpes não se fragmente.
As Figuras 71 e 72 apresentam outras formas de bedames para rasgos.
1.14.1. Condições de uso
Para que cortem bem, as ferramentas de talhar devem ter ângulos de cunhaconvenientes, estar bem temperadas e afiadas.
Figura 66.
Figura 67.Figura 68.
Figura 69.
Figura 70.
Figura 71Figura 72.
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1.15. Vazador
O vazador é uma ferramenta de corte deaço temperado. É furada e apresenta um
extremo cônico que termina por um gume.O diâmetro do furo do vazador é igual aodo furo que se deseja executar . A chapade furar é assentada sobre uma placa de
chumbo ou sobre o topo de um pedaço demadeira.
1.16. Escova de aço e picadeira
São ferramentas adequadas para a limpeza das peças antes e depois de sol-
dar. Se estudam em conjunto, embora tenham características diferentes.
1.16.1. Escova de aço
É formada por um conjunto de arames de aço e um cabo de madeira por ondese segura.
1.16.2. Picadeira
É constituída por um cabo que pode ser de madeira, como se observa na Figu-ra 75 ou de aço, como indicam as Figuras 76, 77 e 78.
Figura 73.
Figura 74.
Figura 75.Figura 76.
Figura 77.Figura 78.
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Seu corpo é alargado; um de seus extremos termina em ponta e o outro emforma de talhadeira. A picadeira tem suas pontas endurecidas e agudas.
1.17. Lima
É uma ferramenta de aço ao carbono, manual, denticulada e temperada, quese usa na operação de limar.
1.17.1. Classificação
As limas se classificam pela sua forma, riscado e tamanho. As Figuras 79 a 86indicam as formas mais usuais de lima.
Figura 79 – Lima Paralela Figura 83 – Lima Meia-Cana
Figura 80 – Lima de BordosRedondos
Figura 81 – Lima Quadrada
Figura 82 – Lima Chata
Figura 84 – Lima Faca
Figura 85 – Lima Redodnda
Figura 86 – Lima Triangular
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As limas podem ser de picado simples ou cruzado. Classificam-se, ainda embastarda, bastardinhas e murças.
Os tamanhos mais usuais de lima são: 100, 150, 200, 250 e 300 mm de com-primento (corpo).O quadro seguinte apresenta os tipos de limas e suas aplicações.
LIMASCLASSIFICAÇÃO TIPO APLICAÇÕES
CHATAS Superfícies planas
PLANAS PARALELAS
Superfícies planas internas, emângulo reto, rasgos internos e exter-nos.
QUADRADAS Superfícies planas em ângulo reto,rasgos internos e externos
REDONDAS Superfícies côncavas
MAIAS-CANAS Superfícies côncavas
TRIANGULARES Superfícies em ângulo agudo maior que 60 graus
QUANTO À FORMA
FACAS Superfícies em ângulo menor que60 graus
SIMPLES Materiais metálicos não-ferrosos(alumínio, chumbo)QUANTO À
INCLINAÇÃO DUPLO (CRUZADO)
Materiais metálicos ferrosos
BASTARDAS Desbastes grossos
QUANTO AO PICADO
QUANTO AO NÚ-MERO DE DENTESBASTARDINHAS Desbastes médios
Figura 87 – Lima Murça
Figura 88 – Lima Bastardinha
Figura 90 – Lima Murça
Figura 89 – Lima Bastarda
Figura 91 – Lima Bastardinha
Figura 92 – Lima Bastarda
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POR CENTÍMETRO MURÇAS Acabamentos
100
150
200
250
TAMANHO EM mm
300
Variável com a dimensão da super-fície a ser limada
1.17.2. Condições de uso
As limas, para serem usadas com segurança e bom rendimento, devem estar bem acabadas, limpas e com o picado em bom estado de corte.
1.17.3. Limpeza
Para a limpeza das limas usa-se uma escova de finos de aço e, certos casos,uma vareta de metal macio (cobre, latão) de ponta achatada.
Observação
Para a boa conservação das limas, deve-se:1) evitar choques;2) protegê-las contra a umidade a fim de evitar oxidação;3) evitar o contato entre si para que seu denticulado não se estrague.1.18. Lixa
A lixa serve para o polimento das superfícies das peças, por meio de um mate-rial abrasivo. Apresenta-se, para o uso sob as formas de fitas, folhas retangula-
res ou discos de pano ou de papel, nos quais está colocada a substância abra-siva.
1.18.1. Constituição da lixa
Em uma lixa pode-se encontram-se três partes distintas:
1°) A granulação abrasiva, constituída de inúmeros grãos duríssimos e dearestas vivas. São estes grãos que, por atrito, arrancam minúsculas partículasda superfície da peça.
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2°) O aglomeramento ou aglutinante, ao qual é aplicada a granulação abra-siva, para que os grãos fiquem ligados uns aos outros e também ao fundo. Éuma cola animal ou vegetal, ou uma resina sintética.
3°) O fundo, de papel ou de pano, que constitui o suporte de toda a granula-ção abrasiva:a) de papel tipo manilha ou de fibra de juta (lixas para madeira, couro e mate-
riais macios);b) de pano (lixas para metais e lixas de fita ou esteira).
1.18.2. Granulação abrasiva de lixa
Conforme as aplicações, encontram-se, no comércio, lixas de abrasivos naturais(esmeril, “flint” e “garnet”) e de abrasivos artificiais (siliciosos e aluminosos).
1) O esmeril é um mineral constituído da mistura de óxidos de ferro e de alu-mínio. Dureza de 7 a 9 na escala de dureza de Mohs.
2) O “flint” ou pederneira é o abrasivo natural de menor eficiência. Dureza de6, 8 a 7 na escala de Mohs.
3) O “garnet” ou granada tem a dureza de 7,5 a 8 na escala de Mohs.
4) O carborundum e o crystolon são as marcas comerciais dos abrasivos
artificiais de carboneto de silício mais usados. Dureza 9,6 na escala deMohs.
5) O durexite e o alundum são as marcas mais comuns dos abrasivos artifici-ais de óxido de alumínio. Dureza 9,4 na escala de Mohs.
1.18.3. Escalas de Granulação
Na fabricação, o abrasivo é moído em vários tamanhos e separado por penei-ramento (grãos) ou por meio de deposição lenta das partículas na água (pós).
A escala antiga de granulação adotava uma numeração arbitrária. Na escalamoderna, há correspondência com os números das peneiras. Assim, a granu-lação 20 indica que os grãos passam nos orifícios de uma peneira de 20 orifí-cios por polegada linear, ou seja, 100 orifícios (20 x 20) por polegada quadra-da.As peneiras de malhas mais finas (peneiras de seda) são as de n° 240, isto é,com 57.600 orifícios por polegada quadrada (240 x 240). Para pós mais finos,os números correspondem aos tempos em que as partículas levam para sedepositarem no fundo, sendo a profundidade determinada e a água de densi-dade também determinada.
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O quadro abaixo compara as escalas antigas e modernas.
1.19. Grampos
Os grampos em “C” e “U” caracterizam-se por ter um parafuso de aperto ma-nual e servem de elemento auxiliar para prender as peças (Figura 93).
Escalas antigas Escalas modernasTipos degranulação
Símbolosdas escalas
antigas
ESMERIL “FLINT” “GARNET” CARBORUNDUM DUREXITE
12/0 60011/0 500 500PÓ10/0 400 400
3609/0 320 320
8/0 280 280 2807/0 240 240 240
MUITOFINA
6/0 4/0 220 220 2203/0 180
5/0 3/0 150 180 180
4/0 2/0 2/0 120 150 1503/0 1/0 120 120
1/0 100
FINA
2/0 100 100
1/2 1/2 801/0 1 80 80
1 601/2 1 ½ 50 60 60
MÉDIA
1 2 1 ½ 50 502 ½ 2 40
1 ½ 40 402 ½
2 3 36 36 36
GROSSA
2 ½ 3 30 30 30
3 24 24 243 ½ 20 20 204 16 16
MUITOGROSSA
4 ½ 12 12
Figura 93 – Grampo
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Esses tipos de grampo são fabricados de aço fundido. Os grampos em “C”,além de servirem para prender peças sobre a mesa das máquinas, servemtambém, para unir peças em que se deseja fazer a mesma operação.
Existem grampos acionados por dois parafusos; estes são denominadosgrampos paralelos (Figura 94). O acionamento conveniente dos dois parafu-sos mantém o paralelismo das faces das duas mandíbulas produzindo ummelhor aperto.
1.20. Morsa
Morsa é um dispositivo de fixação, constituído por duas mandíbulas, uma fixa eoutra móvel, que se desloca por meio de parafuso e porca (Figura 95).
Fig.1 Morsa de bancada de base fixa.
Figura 94 – Sargento
Figura 95 – Morsa de Bancada de Base Fixa
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As mandíbulas são providas de mordentes estriados e temperados para maior segurança na fixação das peças. Em certos casos, estes mordentes devemser cobertos com mordentes de proteção, para evitar marcas nas faces já a-cabadas das peças.
As morças podem ser construídas de aço ou ferro fundido, em diversos tipose tamanho.
Existem morsas de base fixa (Figura 96) e de base giratória (Figura 97).
Figura 96 – Corte mostrando o dispositivo de mandíbula
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Os tamanhos encontrados no comércio sãoindicados por um número, e sua equivalên-cia em milímetros corresponde ao compri-
mento do mordente.
Tabela 2:
N.º Largura das mandíbulas(mm)
1 802 903 1054 1155 1306 155
Condições de uso
A morsa deve estar bem presa na bancada e na altura conveniente.
1.20.1. Conservação
Deve-se mantê-la bem lubrificada para melhor movimento da mandíbula e doparafuso, e sempre limpa ao final do trabalho.
Os mordentes de proteção (Figura 98)são feitos de material mais macio que oda peça a fixar. Este material pode ser chumbo, alumínio, cobre, latão ou ma-deira.
1.21. Alicates
São ferramentas manuais de aço carbono feitas por fundição ou forjamento.
São compostas de dois braços e um pino de articulação. Em uma das extremi-dades dos braços, encontram-se garras, cortes e pontas, que são temperadase revenidas.
Servem para segurar por apertos, cortar, dobrar, colocar e retirar determinadaspeças nas montagens.
As características, tamanhos, tipos e formas são variáveis, de acordo com otipo de trabalho a executar.
Figura 98
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1.21.1. Tipos
Os principais tipo de alicates são:• alicate universal
• alicate de corte• alicate de bico
• alicate de compressão
• alicate de eixo móvel
Alicate Universal
Serve para efetuar várias operações como segurar, cortar e dobrar (Figura 99).
Alicate de Corte
Serve para cortar chapas, arames e fios de aço. Estes primeiros (Figuras 100 e101) pode, ter lâminas removíveis.
Alicate De Bico
As Figuras de 104 a 107 indicam vários tipos de alicates de bico.
Figura 99
Figura 100 Figura 101
Figura 102 Figura 103
Figura 104 Figura 105
Figura 106 Figura 107
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Alicate de Compressão
Trabalha por pressão e dá um aperto firme às pe-ças. Por intermédio de um parafuso existente na
extremidade, consegue regular a pressão (Figura108).
Alicate de Eixo Móvel
Sua articulação é móvel, para possibilitar maior abertura. É utilizado para traba-lhar com perfis redondos (Figuras 109 e 110).
1.22. Tesoura de Mão e de Bancada
São ferramentas de corte manual, formadas por duas lâminas, geralmente deaço carbono, temperadas e afiladas em ângulo determinado.
As lâminas são furadas. Unidas e articuladas por meio de um eixo (parafuso eporca). Usa-se para cortar metais de espessura determinada.
Os ângulos do gume de corte das lâminas variam de 76o a 84o (Figuras 111 e112).
Figura 108
Figura 109 Figura 110
Figura 111 Figura 112
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1.22.1. Classificação
As tesouras são classificadas conforme suas lâminas.
Tesoura manual reta de lâminas estreitas (para cortes em curva, de pe-queno raio) (Figura 113).
Tesoura manual reta de lâminas largas (para cortes retos e curtos) (Figura114).
Tesoura manual curva (para cortes em curvas) (Figura 115).
As tesoura manuais são encontradas nos tamanhos de 6”, 8”, 10” e 12” (com-primento total dos braços mais as lâminas). As tesouras de bancada e guilhoti-nas são identificadas de acordo com o comprimento das lâminas (Figura 116 e117),
Figura 113
Figura 114
Figura 115
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1.22.2. Condições de Uso
As lâminas devem estar corretamente afiadas.
A articulação deve estar bem ajustada com o mínimo de folga.
1.22.3. Conservação
Evite choques e quedas.
Mantenha o gume de corte das lâminas sempre protegido.
Após o uso, lime-as e unte-as com fina película de óleo ou graxa, para evitar oxidação.
1.23. Chaves de Aperto
1.23.1. Chaves
O manejo de parafusos e porcas realiza-se com o auxílio da “chaves”, ferra-mentas destinadas a imprimir ao parafuso ou à porca o esforço de torção que énecessário para produzir o respectivo aperto ou afrouxamento. De acordo coma forma e o tipo do parafuso ou da porca, emprega-se a chave adequada.
As mais comuns são as chaves de boca e as chaves de estrias (Figura 118 e119).
Figura 116Figura 117
Figura 118 – Chave de Boca
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As chaves de boca podem ter as bo-cas paralelas ao eixo do punho ou fa-zer com ele um ângulo qualquer.
São mais comuns os ângulos de 15° e 22° 30' (Figura 120).
Esta angulosidade da boca em relação ao punho permite aumentar a utilizaçãoda chave em locais apertados. Uma chave com o ângulo de 15°, por exemplo,permite trabalhar em uma porca colocada em posição tal que só permite umpasseio da chave de 30°, desde que seja em cada passeio, traçado por uma
rotação do punho, a face que estava para cima pela que estava para baixo (Fi-gura 121).
As chaves de estrias são encontradas nos mesmos padrões das chaves deboca. Este tipo de chave é mais recomendado sob vários pontos de vista.
As chaves de estrias se ajustam ao redor da porca, dando maior firmeza e pro-porcionando um aperto mais regular e maior segurança ao operador.
Enquanto as chaves de boca permitem, por meio de artifícios, trabalhar dentrode ângulos até 30°, as chaves de estrias podem ser empregadas descrevendoum arco de apenas 15°.
A chave de estrias apresenta uma desvantagem em relação à chave de boca,pois, depois de quebrado o aperto, para retirar inteiramente o parafuso ou aporca, usando uma chave de estrias, ela terá de ser retirada inteiramente paraser colocada em nova posição, depois de cada curso. Depois de quebrado oaperto, pode-se trabalhar muito mais rapidamente com uma chave de boca.
Figura 119 – Chave de Estrias
Figura 120
Figura 121
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É por essa razão que existe chave combinada, a qual é mostrada na ilustra-ção abaixo (Figura 122).
Pode-se incluir entre as chaves de estrias as chaves de caixa (Figura 123).
Essas chaves, além de poderem ser empregadas em substituição às já descri-tas, permitem ainda operar em montagem com o parafuso embutido.
Para as porcas ou para os parafusos hexagonais ou quadrados. Existe aindauma chave de boca ajustável, também conhecida como chave inglesa, ou ain-da chave americana (Figura 124).
Esta chave, embora de uso muito generalizado, deve ser evitada, tanto pelorisco a que expõe o operador, quanto pelos danos que sempre causa nas por-cas e nos parafusos.
Além destas chaves, existem ainda outras, menos comuns, que são as seguin-tes:
Figura 122 – Chave Combinada
Figura 123 – Chave de Caixa
Figura 124 – Chave Americana
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Chave de gancho que pode ser simples (tipo de mangueira) ou dupla (tipoU), próprias para porcas cilíndricas com rebaixos laterais ou no topo (Figura125).
Os parafusos de cabeça de encaixe hexagonal(Allen) ou quadrados (mais raros) exigem cha-ves especiais que, no caso de parafusos sex-tavados, são conhecidas como chaves Allen,as quais existem em jogos de 4 e 6 chavespadronizadas para os parafusos (Figura 126).
Para apertar ou desapertar um parafuso, deve-se sempre puxar o punho, aoinvés de empurrá-lo. Empurrando haverá sério risco de acidente, se a chaveescapar (Figura 127).
Figura 125 – Chave de Gancho
Figura 125 – Chave Allen
Figura 127 – Utilização das Chaves
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O punho da chave de boca é calculado para dar um aperto vigoroso com oesforço normal da mão.1.23.2. Chave de Fenda
A chave de fenda ou chave de parafuso é uma ferramenta manual utilizada namontagem e desmontagem de peças unidas por parafusos cujas cabeças a-presentam fenda ou ranhura
Na fenda ou ranhura da cabeça do parafuso, a cunha da chave de fenda éencaixada e, por meio de giros dados à ferramenta, o parafuso pode sair ouentrar em um furo.
A chave de fenda comum é constituída por uma haste de aço-carbono ou açoespecial. Essa haste geralmente é cilíndrica e apresenta uma das extremida-des forjada em forma de cunha. A outra extremidade apresenta-se na forma deespiga prismática ou cilíndrica estriada, na qual é acoplado um cabo.
O cabo normalmente é feito de plástico rígido e apresenta ranhuras longitudi-nais que permitem uma boa empunhadura do operador; assim, a ferramentanão escorrega da mão.
Para permitir o correto ajustamento na fenda do parafuso, as chaves de fendacomuns de boa qualidade apresentam faces esmerilhadas em planos paralelos,próximas ao topo (Figura 130).
Figura 128 – Utilização da Chaves de Fendas
Figura 129 – Chave de Fenda
Figura 130
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A vantagem das faces esmerilhadas em planos paralelos é dificultar o escor-regamento da cunha na fenda do parafuso quando ele está sendo apertadoou desapertado.
O escorregamento da cunha da chave de fenda, além de poder causar aci-dentes, pode danificar a fenda do parafuso que fica inutilizado.
A região da cunha de uma chave de fenda de boa qualidade é temperada pararesistir à ação cortante das ranhuras existentes nas fendas dos parafusos. Orestante da haste, incluindo a espiga, deve apresentar uma boa tenacidadepara resistir ao esforço de torção quando a chave de fenda estiver sendo utili-zada.
1.24. Tenazes
Durante as operações de forja, sempre a quente, necessita o ferreiro de umaferramenta que lhe permita segurar a peça com firmeza, seja para colocá-la ouretirá-la do fogo, seja para mantê-las nas posições convenientes à execução dotrabalho.
A ferramenta de pega utilizada chama-se Tenaz .
Tenaz é uma ferramenta fabricada em aço de baixo teor de carbono, cujas gar-ras podem Ter variadas formas, de acordo com os perfis das peças a seremseguradas e os tipos de trabalhos a serem executados nas mesmas.
Apresenta-se, em geral, no comprimento de 500 mm. Há, entretanto, tenazesmenores e maiores, segundo as dimensões e os trabalhos a serem executadosnas peças.
Dada a simplicidade da ferramenta, é muito comum a sua confecção pelo pró-prio ferreiro, conforme a exigência da tarefa que executa.
Figura 131
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1.24.1. Tipos de Tenazes
Os mais comuns são vistos nas figuras 1 a 6. Na primeira, se encontra a no-menclatura das partes da ferramenta.
Tenaz chata, tenaz direita ou tenaz reta (Figura 132).
Tenaz torta ou tenaz em ângulo (Figura 133).
Tenaz de canal (Figura 134).
Tenaz de garganta (Figura 135).
Tenaz de caixa (Figura 136).
Tenaz de caixa (outro tipo) (Figura 137).
Tenaz Universal e Tenaz Boca de Lobo
Figura 132
Figura 133
Figura 134
Figura 135
Figura 136
Figura 137
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Devido à forma especial de suas garras (de secção meia-cana na Figura 138e de seção angular na Figura 139), esta tenaz substitui quase todas as tena-zes comuns.
1.24.2. Cuidados no uso da tenaz
1) Aperte com firmeza nos braços da tenaz, ao empurrá-la com a peça presanas garras.
2) Quando necessário ou conveniente, deve-se manter o aperto das garras napeça, por meio de um anel metálico envolvendo os cabos. Isto diminui a fa-diga do operador, enquanto forja a peça.
3) As garras das tenazes não devem permanecer expostas ao calor direto dofogo da forja. Isto porque, se forem aquecidas ao vermelho, resulta um a-frouxamento de pressão. Além disso, poderiam se tornar duras e quebradi-ças, em virtude de sucessivos aquecimentos.
4) Durante o uso, a tenaz deve ser esfriada em água constantemente, a fim deevitar que ela se aqueça demais e, em conseqüência, sofra deformação.
1.25. Aço e lâmina de serra
Para serrar, o mecânico usa o arco de serra ao qual adapta uma lâmina de ser-ra adequada.
Arco de serra é uma armação de aço, provida de um cabo de madeira ou plás-tico. Apresenta-se, geralmente, num dos tipos indicados nas Figura 140, 141 e142.
Figura 138
Figura 139
Figura 140 – Arco de Serra Ajustável de Cabo de Madeira
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Nos arcos de serra ajustáveis ou reguláveis, podem-se notar lâminas de 8”, e12” (comprimentos comerciais).
Em todos os modelos de arco de serra há um dis-positivo, nos extremos, que nos permite girar a lâ-mina num ângulo de 90°, tornando-se, assim, possí-vel serrar grande comprimento, como mostra a Figu-ra 143.
Lâmina de serra é uma peça estreita e fina com dentes em uma das bordas(Figura 144) de aço carbono temperável ou de aço rápido. Estas últimas, emgeral, são empregadas nas máquinas de serrar. Quando a têmpera abrangetoda a lâmina, ela é chamada de rígida, devendo ser usada com mais cuidado,porque é muito frágil. Quando apenas o dentado é temperado, ele é denomina-
do flexível ou semi-flexível.
A lâmina de serra funciona como se fosse uma lima, de uma só série de den-tes. Ela corta atritando e destacando pequenas partículas do material.
As Figuras 145 a 150 mostram algumas das disposições laterais dos dentes,
inclinadas para um e outro lado, com alternações variadas. A essas inclinaçõesdos dentes dá-se o nome de trava. Assim, se evita, como mostra a Figura 149,que a lâmina se agarre na fenda do corte que produz.
Figura 141 – Arco de Serra Ajustável de Cabo de Plástico
Figura 142 – Arco de Serra Fixo com Cabo de Alumínio
Figura 143
Figura 144
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A Figura 150 indica os ângulos dos dois flancos do dente e também mostra aorientação dos dentes com relação à direção do golpe. O flanco a 90° é o queataca o material.
As lâminas de serra são especificadas pelocomprimento (8”, 10” ou 12”), pela largura(1/2” ou 1”) e pelo número de dentes por polegada.
A lâmina de serra deve ser escolhida levan-do-se em conta a natureza do trabalho, aqualidade e a espessura do material a serrar.Quanto mais duro for o material a serrar,mais estreito deverá ser o dentado da lâmi-
na. Também, quanto mais fino o material aserrar, mais estreito será o dentado da lâmi-na. comercialmente, o dentado mais largo éde 18 dentes por polegada, o médio 24 e omais fino é de 32 dentes por polegada.
1.25.1. Indicações práticas para a escolha da lâmina
Materiais muito duros ou muito finos, usar lâmina de serra de 32 dentes por polegada; materiais de dureza ou de espessura médias, usar lâmina de serrade 24 dentes por polegada; materiais macios e espessos, usar lâmina de serrade 18 dentes por polegada.
Materiais macios como chumbo, estanho e zinco não deverão ser serradoscom lâminas como para os materiais acima especificados, porque dá-se o en-crustamento do material entre os dentes, dificultando o corte. Recomenda-seneste caso o uso de lâminas de 10 a 14 dentes por polegadas.
Figura 145 Figura 146
Figura 147 Figura 148
Figura 149 Figura 150
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22.. CCoor r ttee aa ooxxiiggááss
O processo de corte a oxigás consiste em utilizar um gás combustível (aceti-leno, GLP-metano, butano...) e um gás comburente (oxigênio) para, atravésde um maçarico, se obter a chama.
O GLP é empregado para o corte e soldagem de metais de baixo ponto defusão. Sua temperatura de queima com o oxigênio varia entre 2400° a
2800°C.
Nos processos de corte a oxigás, o acetileno é o gás mais usado por atingir 3200°C, de calor quando em contato com o oxigênio.
2.1. Corte oxiacetileno
2.1.1. Gases utilizados
Neste tipo de corte, são utilizados os gases oxigênio e acetileno.
Oxigênio
É o principal alimentador da combustão, sendo, portanto, o comburente. A velo-cidade da combustão e a temperatura da chama variam de acordo com a pure-za e a dosagem do oxigênio.
O oxigênio é encontrado no ar (21%); está sempre combinado com o nitrogênio(78%) e outros.
O oxigênio apresenta-se na temperatura ambiente como um gás incolor (semcor), insípido (sem sabor) e inodoro (sem cheiro).
Esse gás tem a propriedade de combinar comvários elementos químicos, formando óxidos.O sucesso do corte, portanto, depende daquantidade de oxigênio contido na chama.
O oxigênio é acondicionado em cilindros e oscilindros sem costura são especiais para altapressão, pois garante um manuseio com maior segurança. Sua capacidade varia de 6m3 a10m3 de gás e sua pressão entre 150 a200kgf/cm2.
Figura 151 – Cilindro de Oxigênio
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Os seguintes cuidados devem ser observados com relação ao cilindro de oxi-gênio:
• Não usar óleo ou graxa nas conexões, pois essa prática poderá ocasionar explosão;
• Não usar oxigênio para soprar roupa suja ou máquinas;• Não transportá-lo sem a tampa de proteção;
• Não usá-lo em locais quentes;• Não usar o cilindro deitado.
Acetileno
O acetileno é um gás com cheiro forte e desagradável, formado por dois áto-mos de carbono e dois átomos de hidrogênio (C
2H
2). É obtido da reação da
água (H2O) sobre o carbureto de cálcio (C2Ca). O carbureto de cálcio, em con-tato com a água, decompõe-se, liberando o acetileno.
O acetileno torna-se explosivo quando comprimido acima de 1,5kgf/cm, pois,nesse caso, pode haver a separação entre o C2 e o H2.
A acetona possui um alto poder dissolvente. Em condições ordinárias de pres-são, um volume de acetona dissolve 24 volumes de acetileno, sendo, portanto,o processo mais usado atualmente para armazenar esse gás.
Os cilindros para armazenar e transportar o acetileno são fabricados seguindotodas as exigências impostas pelas normas adotadas no país; são cheios demassa porosa para o acetileno dissolvido e equipado com válvula de seguran-ça e válvula para abrir/fechar a vazão do gás. São munidos de um capuz comas mesmas características do cilindro de oxigênio.
Figura 152 – Cilindro de Acetileno
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Os seguintes cuidados devem ser observados com relação ao cilindro de ace-tileno:
• Não usar pressões acima de 1,5kgf/cm2;• Não usar cobre nas emendas das mangueiras;• Não usar o cilindro deitado;• Não golpear o cilindro;• Usar as válvulas corta-chama para oxigênio e acetileno.
2.1.2. Equipamentos necessários
Os equipamentos utilizados para o corte oxiacetilênico são os seguintes.
Maçarico de corte
É um aparelho utilizado para misturar os dois gases nos volumes desejados,obtendo uma chama na ponta do bico de corte.
Os bicos de corte têm vazão variável e sua escolha é feita de acordo com aespessura do material a ser cortado.
Mangueiras
As mangueiras são de alta pressão, especialmente fabricadas para uso emgases e devem ser identificadas. Para isso, recomenda-se utilizar uma cor es-pecífica para cada um dos gases; verde para oxigênio e vermelha para o aceti-leno.
As mangueiras são acopladas aos maçaricos e manômetros, através de porcas
com rosca para a direta (oxigênio) e rosca para a esquerda (acetileno). Isso épara evitar a troca das mangueiras.
Figura 153 – Maçarico de Corte
Figura 154 – Mangueiras Especiais para conjunto Oxigás
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Regulador de pressão
Esta válvula serve para medir a pressão existente no cilindro e reduzir a pres-são para o sistema de trabalho.
Compõe-se de:• Um manômetro de maior pressão e um de menor pressão;• Um parafuso de ajuste;• Um diafragma de válvula reguladora.
Válvula de segurança
É uma válvula interceptadora de explosão, destinada a parar qualquer tipo deretrocesso de gás combustível ou comburente. Pode ser adaptada no maçari-co, mangueiras e reguladores de pressão.
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA PUNHO DO MAÇARICO
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA MANGUEIRAS
Figura 155 – Regulador de Pressão
Figura 156 – Válvula Contra Retrocesso de Chama
Figura 157 – Válvula Contra Retrocesso de Chama
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DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA REGULADORES
2.1.3. Posto de soldagem
É o local onde o maçariqueiro trabalha; cabine de solda ou corte ou outros lo-
cais onde seja necessário executar a soldagem ou corte.Encontram-se a seguir algumas precauções a serem observadas:
• Não se devem soldar ou cortar peças pintadas ou encharcadas de óleo ougraxa;
• O local deve ter boa ventilação, para a exaustão de fumaça;• O local deve ter boa iluminação;• Deve haver no local um extintor;• O local deve ser adaptado para as normas de segurança;• Os equipamentos devem estar em bom estado de conservação.
2.1.4. Como acender e apagar o maçarico
Seqüência para acender a chama de aquecimento:
• Desapertar totalmente o parafuso de regulagem do regulador de pressão(oxigênio e combustível);
• Abrir a válvula do cilindro de oxigênio e combustível;• Abrir totalmente o volante do oxigênio de aquecimento do maçarico;• Com o volante aberto, regular a pressão desejada do oxigênio de aqueci-
mento, fechando-o em seguida;• Abrir totalmente o volante do combustível do maçarico;• Com o volante aberto, regular a pressão desejada do combustível, fechando-
o em seguida;• Abrir levemente o volante do combustível e acender a chama;• Ajustar a chama de aquecimento desejada através dos volantes do maçarico
(oxigênio e combustível).
Seqüência para apagar a chama de aquecimento:
• Regular a chama para oxidante;
• Fechar a válvula do acetileno do maçarico;• Fechar a válvula do oxigênio do maçarico;• Fechar as válvulas dos cilindros de oxigênio e do combustível;
Figura 158
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• Abrir os volantes de oxigênio e combustível do maçarico, para esvaziar asmangueiras;
• Quando os manômetros dos reguladores (oxigênio e combustível) estive-rem indicando pressão zero, desapertar os parafusos de regulagem dos
reguladores de pressão;• Deixar abertos os volantes do maçarico;• Arrumar as mangueiras e o maçarico sobre o suporte adequado.
2.1.5. Desvantagens do processo
• Limitado basicamente a aços de baixo carbono e de baixa liga;• Dependendo da composição química do metal de base, pode propiciar alte-
rações na estrutura metalúrgica do material, afetando, conseqüentemente,as propriedades mecânicas do mesmo;
•
Riscos decorrentes da projeção de materiais fundidos a distâncias conside-ráveis;• Apresenta baixa velocidade de corte em relação a outros processos de corte
mais modernos.
2.1.6. Aplicações industriais
• Desempenamento de estruturas em geral;• Desmontagem de equipamentos em geral;• Pré-aquecimento e/ou pós-aquecimento de juntas;• Preparação de chapas na indústria mecânica e naval;• Tratamento térmico de peças avulsas.
2.1.7. Tipos de chama
É um dos fatores principais da soldagem ou do corte a oxigás, pois todo o su-cesso da operação dependerá, principalmente, do tipo de chama empregado,variando conforme a espessura do material, tipo de metal e pressões de traba-lho, conforme a tabela operacional.
Existem três tipos de chama: carburante, neutra e oxidante.
Chama carburante
Maior quantidade de acetileno presente na chama. Esta chama é obtida acen-dendo o maçarico e abrindo lentamente a válvula do oxigênio até a chama to-mar o aspecto de um cone maior.
Figura 159 – Chama Carburante