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Tecnicrédito SGPS, S.A. Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Com a respectiva Certificação Legal das Contas) 27 de Fevereiro de 2009 Este Relatório contém 33 páginas

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Tecnicrédito SGPS, S.A.

Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Com a respectiva Certificação Legal das Contas)

27 de Fevereiro de 2009 Este Relatório contém 33 páginas

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(Valores expressos em Euros)

Notas 2008 2007

Juros e proveitos equiparados 3 34,258 98,973 Juros e custos equiparados 3 (86,405) (118,494)

Margem financeira (52,147) (19,521)

Rendimentos de instrumentos de capital 4 2,864,011 16,947,398 Encargos com serviços e comissões 5 (14,762) (66,209)Resultados de reavaliação cambial 6 - 35,295 Outros resultados de exploração 7 (2,497) (4,596)

Total de proveitos operacionais 2,794,605 16,892,367

Gastos gerais administrativos 8 46,183 153,061

Total de custos operacionais 46,183 153,061

Provisões 19 - (25,000)

Resultado operacional 2,748,422 16,714,306

Impostos correntes 9 - (1,040)Impostos diferidos 9 28,888 61,467

Resultado líquido do exercício 2,777,310 16,774,733

Resultados por acçãoBásico 10 0.16 0.96 Diluído 10 0.16 0.96

Tecnicrédito SGPS, S.A.

para os anos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007Demonstração de Resultados

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras

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(Valores expressos em Euros)

Activo Notas 2008 2007

Disponibilidades em outras instituições de crédito 11 30,864 23,258 Aplicações em instituições de crédito 12 - 320,000 Activos financeiros disponíveis para venda 13 100 100 Investimentos em subsidiárias e associadas 14 103,192,223 103,192,223 Activos por impostos correntes 15 - 11,193 Activos por impostos diferidos 16 153,149 124,261 Outros activos 17 690,441 1,065,667

104,066,777 104,736,702

Passivo

Recursos de instituições de crédito 18 1,568,436 31,943 Provisões 19 125,000 125,000 Outros passivos 20 701,699 85,427

Total do Passivo 2,395,135 242,370

Capital Próprio

Capital 21 17,500,000 17,500,000 Reservas e resultados transitados 22 e 23 81,394,332 70,219,599 Resultado líquido do exercício 2,777,310 16,774,733

Total do Capital Próprio 101,671,642 104,494,332

104,066,777 104,736,702

Contas extrapatrimoniais (Nota 24)

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Tecnicrédito SGPS, S.A.

Balanço em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras

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(Valores expressos em Euros)

Notas 2008 2007

Fluxos de caixa de actividades operacionais

Juros e comissões recebidas 34,258 98,973 Pagamentos de juros e comissões (129,901) (216,388)Pagamentos a fornecedores e empregados (47,960) (143,013)Outros pagamentos e recebimentos (2,497) 34,281

(146,100) (226,147)

Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos 11,193 1,098,342

11,193 1,098,342

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Aplicações em instituições de crédito 320,000 528,947 Aquisições de participações financeiras - (15,900,190)Dividendos recebidos 2,864,011 16,947,398 Aumento em outras contas do activo 375,226 2,496,475

3,559,237 4,072,630

Fluxos de caixa de actividades de financiamento

Aumento / Diminuição em:Dividendos distribuídos (5,600,000) (4,900,000)Outras contas de passivo 646,783 (81,893)

(4,953,217) (4,981,893)

Variação líquida em caixa e equivalentes (1,528,887) (37,068)Caixa e equivalentes no início do exercício (8,685) 28,383

Caixa e equivalentes no fim do exercício (1,537,572) (8,685)

Caixa e equivalentes engloba:Disponibilidades em outras instituições de crédito 11 30,864 23,258 Recursos de instituições de crédito 18 (1,568,436) (31,943)

(1,537,572) (8,685)

Tecnicrédito SGPS, S.A.

Demonstração de Fluxos de Caixapara os anos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras

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Tecnicrédito SGPS, S.A.

Mapa de Alterações no Capital Própriopara os anos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

(Valores expressos em Euros)

OutrasTotal do reservas ecapital Reserva resultadospróprio Capital legal acumulados

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 92,619,599 17,500,000 7,675,197 67,444,402

Constituição de reservas Reserva legal - - 1,186,353 (1,186,353)

Distribuição de dividendos (4,900,000) - - (4,900,000)

Resultado líquido do exercício 16,774,733 - - 16,774,733

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 104,494,332 17,500,000 8,861,550 78,132,782

Constituição de reservas Reserva legal - - 1,677,473 (1,677,473)

Distribuição de dividendos (5,600,000) - - (5,600,000)

Resultado líquido do exercício 2,777,310 - - 2,777,310

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 101,671,642 17,500,000 10,539,023 73,632,619

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras

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Tecnicrédito SGPS, S.A.

Notas às Demonstrações Financeiras 31 de Dezembro de 2008 e 2007

1 Políticas contabilísticas

1.1 Bases de apresentação

A Tecnicrédito SGPS, S.A. (Tecnicrédito SGPS ou Sociedade), foi constituída em 4 de Abril de 1997 por transformação da Alto do Vieiro - Serviço Automóvel, Lda., tendo iniciado a actividade nessa data.

A Sociedade tem por objecto social a gestão de participações sociais de outras sociedades como forma indirecta de exercício de actividades económicas.

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para a legislação Portuguesa através do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro e do Aviso n.º 1/2005, do Banco de Portugal, as demonstrações financeiras da Tecnicrédito SGPS são preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definidas pelo Banco de Portugal.

As NCA traduzem-se na aplicação às demonstrações financeiras individuais das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia, com excepção de algumas matérias reguladas pelo Banco de Portugal, como a imparidade do crédito a clientes e o tratamento contabilístico relativo ao reconhecimento em resultados transitados dos ajustamentos das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência apuradas na transição.

Os IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC), e pelos respectivos órgãos antecessores.

As demonstrações financeiras individuais da Tecnicrédito SGPS agora apresentadas reportam-se ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 e foram preparadas de acordo com as NCA, as quais incluem os IFRS em vigor tal como adoptados na União Europeia até 31 de Dezembro de 2008. As políticas contabilísticas utilizadas pela Sociedade na preparação das suas demonstrações financeiras referentes a 31 de Dezembro de 2008 são consistentes com as utilizadas na preparação das demonstrações financeiras anuais com referência a 31 de Dezembro de 2007.

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros derivados, activos e passivos financeiros ao justo valor através dos resultados, activos financeiros disponíveis para venda e activos e passivos cobertos, na sua componente que está a ser objecto de cobertura.

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31 de Dezembro de 2008 e 2007

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A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NCA requer que a Sociedade efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na nota 2.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 27 de Fevereiro de 2009.

1.2 Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal.

Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito, empréstimos, responsabilidades representadas por títulos, outros passivos subordinados e vendas a descoberto.

Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, com a excepção das vendas a descoberto e dos passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, os quais são registadas ao justo valor.

A Sociedade designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos financeiros como ao justo valor através de resultados quando:

• são contratadas operações de derivados com o objectivo de efectuar a cobertura económica desses passivos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos passivos e dos derivados (accounting mismatch); ou

• tais passivos financeiros contêm derivados embutidos.

1.3 Compensação de instrumentos financeiros

Os activos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido registado no balanço quando a Sociedade tem um direito legal de compensar os valores reconhecidos e as transacções podem ser liquidadas pelo seu valor líquido.

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1.4 Imposto sobre lucros

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda e de derivados de cobertura de fluxos de caixa são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de activos e passivos que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal, e de diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias na medida em que não seja provável que se revertam no futuro. Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis.

1.5 Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) a Sociedade tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

1.6 Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos e passivos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos similares ou juros e custos similares, respectivamente.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. A taxa de juro efectiva é estabelecida no reconhecimento inicial dos activos e passivos financeiros e não é revista subsequentemente.

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Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em juros e proveitos equiparados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles classificados como de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados (derivados para gestão de risco), a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados por forma a resolver um eventual mismatch contabilístico é reconhecida nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares.

1.7 Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma:

• Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído.

• Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem.

• Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

1.8 Reconhecimento de dividendos

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o seu pagamento é estabelecido.

1.9 Resultados por acção

Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o resultado líquido atribuível a accionistas da Sociedade pelo número médio ponderado de acções ordinárias emitidas, excluindo o número médio de acções ordinárias compradas pela Sociedade e detidas como acções próprias.

Para o cálculo dos resultados por acção diluídos, o número médio ponderado de acções ordinárias em circulação é ajustado de forma a reflectir o efeito de todas as potenciais acções ordinárias diluidoras. O efeito da diluição traduz-se numa redução nos resultados por acção, resultante do pressuposto de que os instrumentos convertíveis são convertidos ou de que as opções concedidas são exercidas.

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1.10 Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e disponibilidades em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais.

1.11 Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data da transacção. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio da data de balanço. As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em resultados.

Os activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira, registados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data da transacção. Activos e passivos não monetários registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio da data em que o justo valor foi determinado.

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2 Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras

As NCA estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o Conselho de Administração utilize o julgamento e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Sociedade são analisadas como segue, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados da Sociedade e a sua divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela Sociedade é apresentada na nota 1 às demonstrações financeiras.

Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um tratamento contabilístico alternativo em relação ao adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela Sociedade poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que os critérios adoptados são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira da Sociedade e das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para permitir um melhor entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.

Impostos sobre os lucros

Para determinar o montante global de impostos sobre os lucros foi necessário efectuar determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pela Sociedade, durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos reportáveis. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Sociedade, de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.

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31 de Dezembro de 2008 e 2007

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3 Margem financeira

O valor desta rubrica é composto por:

2008 2007 Euros Euros

Juros e proveitos equiparados:

Juros de obrigações 78 90 Juros de depósitos com pré-aviso 1.254 39.345 Outros juros e proveitos 32.926 59.538

34.258 98.973

Juros e custos equiparados:

Juros de recursos de instituições de crédito 56.566 77.832 Outros juros e custos 29.839 40.662

86.405 118.494

Margem financeira (52.147) (19.521)

A rubrica Outros juros e proveitos no montante de Euros 32.926 (2007: Euros 59.538) refere-se a juros de empréstimos de apoio à tesouraria concedidos a empresas do Grupo.

A rubrica Outros juros e custos no montante de Euros 29.839 (2007: Euros 40.662) refere-se a juros de empréstimos de apoio à tesouraria obtidos junto de empresas do Grupo.

Os valores da Margem financeira referem-se na totalidade a activos e passivos ao custo amortizado.

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31 de Dezembro de 2008 e 2007

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4 Rendimentos de instrumentos de capital

Esta rubrica refere-se aos dividendos recebidos pela Tecnicrédito SGPS, S.A., das empresas participadas e é composta por:

2008 2007 Euros Euros

Margem – Mediação de Seguros, Lda. 2.727.770 1.758.207 Tecnicrédito ALD - Aluguer de Automóveis, S.A. 136.241 189.191 Banco Mais, S.A. - 15.000.000

2.864.011 16.947.398

5 Encargos com serviços e comissões

Esta rubrica no montante de Euros 14.762 é referente a custos com comissões bancárias. A 31 de Dezembro de 2007, esta rubrica no montante de Euros 66.209 inclui o montante de Euros 62.679 referente ao custo com comissões por emissão de papel comercial.

6 Resultados de reavaliação cambial

O valor desta rubrica é composto por:

2008 2007 Euros Euros

Ganhos em operações financeiras:

Ganhos em reavaliação cambial - 40.394

Perdas em operações financeiras:

Perdas em reavaliação cambial - (5.099)

Resultados líquidos de operações financeiras - 35.295

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31 de Dezembro de 2008 e 2007

15

7 Outros resultados de exploração

O valor desta rubrica é composto por:

2008 2007 Euros Euros

Outros proveitos de exploração:

Outros proveitos de exploração 115 58

Outros custos de exploração:

Impostos (2.612) (3.582) Outros custos de exploração - (1.072)

(2.612) (4.654)

(2.497) (4.596)

8 Gastos gerais administrativos

O valor desta rubrica é composto por:

2008 2007 Euros Euros

Despesas com deslocações, estadas e representação

4.465

20.795

Publicidade 426 2.861 Serviços judiciais, de contencioso e notariado

317

770

Serviços especializados 39.477 128.480 Outros serviços de terceiros 1.498 155

46.183 153.061

A 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Serviços especializados, inclui o montante de Euros 81.996 relativos a serviços de assessoria financeira relacionados com a aquisição da participação social da empresa Galo, S.A..

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31 de Dezembro de 2008 e 2007

16

9 Impostos

O encargo com impostos sobre lucros no exercício é analisado como segue:

2008 2007 Euros Euros

Impostos correntes:

Do ano - (1.040)

Impostos diferidos:

Diferenças temporárias 28.888 61.467

28.888 60.427

A Sociedade está sujeita à tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama. O cálculo do imposto corrente e diferido do exercício de 2008 e 2007 foi apurado pela Sociedade com base numa taxa nominal de IRC e Derrama Municipal de 26,5%, de acordo com a Lei n.º 107-B/2003, de 31 de Dezembro e a Lei nº2/2007, de 15 de Janeiro (que aprovou a Lei das Finanças Locais).

As declarações de autoliquidação da Sociedade ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos. Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Administração da Sociedade que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras.

A reconciliação da taxa de imposto é analisada como segue:

2008 2007 % Euros % Euros

Lucro antes de impostos 2.748.422 16.714.306

Taxa de imposto corrente 26,50% 728.332 26,5% 4.429.291 Dividendos excluídos de tributação (27,61%) (758.963) -26,87% (4.491.060) Diferenças temporárias (1,05%) (28.888) -0,37% (61.467) Tributação autónoma e outros impactos 1,11% 30.631 0,38% 62.809

(1,05%) (28.888) -0,36% (60.427)

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31 de Dezembro de 2008 e 2007

17

O montante de impostos diferidos em resultados é atribuível às seguintes rubricas:

2008 2007 Euros Euros

Prejuízos fiscais reportáveis 28.888 52.023 Provisões não aceites - 9.444

28.888 61.467

10 Resultado por acção

O resultado por acção é calculado da seguinte forma:

2008 2007 Euros Euros

Resultado líquido 2.777.310 16.774.733

Número médio de acções 17.500.000 17.500.000

Resultados por acção básico 0,16 0,96

Resultados por acção diluído 0,16 0,96

O resultado por acção básico é calculado efectuando a divisão do resultado atribuível aos accionistas pelo número médio de acções ordinárias emitidas durante o ano, excluindo o número médio de acções compradas pela Tecnicrédito SGPS, S.A. e detidas na carteira como acções próprias.

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, a Sociedade não detinha acções potenciais ordinárias, pelo que o resultado por acção diluído é igual ao resultado por acção básico.

11 Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica no montante de Euros 30.864 (2007: Euros 23.258), refere-se a aplicações à vista sobre instituições de crédito no país.

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12 Aplicações em instituições de crédito

A 31 de Dezembro de 2007, esta rubrica no montante de Euros 320.000, refere-se a depósitos com pré-aviso efectuados junto do Banco Mais, S.A..

A 31 de Dezembro de 2007, a taxa de remuneração média destas aplicações ascende 2,75%.

13 Activos financeiros disponíveis para venda

Esta rubrica é analisada como segue:

2008 2007 Euros Euros

Obrigações de caixa:

Residentes 100 100

À data de 31 de Dezembro de 2008, a rubrica Obrigações de caixa é analisada como segue:

Data de Taxa Número de Montante Data de Descrição da emissão emissão de juro obrigações Euros reembolso

Obrigações de caixa: Banco Mais 2004/2011 juro suplementar Dez/04

Taxa fixa 2,5% + juro suplementar 2 100 Dez/11

Banco Mais 2004/2011

As obrigações Banco Mais 2004/2011 vencem juros a uma taxa constituída por uma componente fixa e outra variável (juro suplementar). Os juros relativos à componente fixa são pagos anualmente à taxa de 2,5%. Os juros suplementares são calculados em função dos resultados líquidos obtidos no exercício e pagos anualmente. O juro suplementar é calculado com base numa proporção calculada em função da relação entre os resultados líquidos e o capital social do Banco Mais, S.A. à data da subscrição da qual resultou para 2008 a taxa de 17,5% sobre os resultados líquidos.

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14 Investimentos em subsidiárias e associadas

Esta rubrica é analisada como segue:

2008 2007 Euros Euros

Participações financeiras em subsidiárias:

Instituições de crédito no País

Banco Mais, S.A. 85.064.773 85.064.773 Outras empresas

Tecnicrédito ALD – Aluguer de Automóveis, S.A. 1.998.196 1.998.196 Margem – Mediação de Seguros, Lda. 129.064 129.064 Tecnicrédito Cayman, Inc. 100.000 100.000 Tcc Investments Luxembourg, SARL. 12.500 12.500

2.239.760 2.239.760

87.304.533 87.304.533

Participações financeiras em associadas:

Instituições de crédito no estrangeiro

Banco Pecúnia, S.A. 15.887.690 15.887.690

15.887.690 15.887.690

103.192.223 103.192.223

O montante de Euros 85.064.773, representa a participação financeira de 100% no capital social do Banco Mais, S.A.. Esta participação é contabilizada pelo método de consolidação integral, nas Demonstrações Financeiras Consolidadas da Tecnicrédito SGPS, S.A..

O montante de Euros 1.998.196 representa a participação financeira de 100% no capital social da Tecnicrédito ALD - Aluguer de Automóveis, S.A.. Esta participação é contabilizada pelo método de consolidação integral, nas Demonstrações Financeiras Consolidadas da Tecnicrédito SGPS, S.A., de acordo com as instruções do Banco de Portugal.

O montante de Euros 129.064, representa a participação financeira de 100% no capital social da Margem – Mediação de Seguros, Lda.. Esta participação é contabilizada pelo método de consolidação integral, nas Demonstrações Financeiras Consolidadas da Tecnicrédito SGPS, S.A..

O montante de Euros 100.000, representa a participação financeira de 100% no capital social da Tecnicrédito Cayman, Inc. relativa a 100.000 acções valorizadas ao custo de aquisição. Esta participação é contabilizada pelo método de consolidação integral nas Demonstrações Financeiras Consolidadas da Tecnicrédito SGPS, S.A..

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O montante de Euros 12.500, representa a participação financeira de 100% no capital social da Tcc Investments Luxembourg, SARL. relativa a 100 acções valorizadas ao custo de aquisição. A Tcc Investments Luxembourg, SARL. foi constituída a 10 de Dezembro de 2007. Esta participação é contabilizada pelo método de consolidação integral nas Demonstrações Financeiras Consolidadas da Tecnicrédito SGPS, S.A..

O montante de Euros 15.887.690 representa a participação financeira de 30% do capital social do Banco Pecúnia, S.A. relativa a 577.254 acções valorizadas ao custo de aquisição.

15 Activos por impostos correntes

O encargo com impostos sobre lucros no exercício é analisado como segue:

2008 2007 Euros Euros

Carga fiscal imputada (dotações) - 1.040 Carga fiscal paga - 12.233

Diferença:

A receber - 11.193

A carga fiscal paga inclui pagamentos por conta, retenções na fonte e entregas adicionais.

A provisão para impostos sobre lucros para a Tecnicrédito SGPS, S.A. foi calculada de acordo com os critérios fiscais vigentes à data do balanço.

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16 Activos por impostos diferidos

Os activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço podem ser analisados como segue:

2008 2007

Activos Passivos Activos Passivos Euros Euros Euros Euros

Dividendos recebidos 15.428 - 15.428 - Provisões não aceites 33.125 - 33.125 - Prejuízos fiscais reportáveis 104.596 - 75.708 -

- 124.261 -

Impostos diferidos líquidos 153.149 124.261

Os activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto são reconhecidos quando exista uma expectativa razoável de haver lucros tributáveis futuros. A incerteza de recuperabilidade de prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto é considerada no apuramento de activos por impostos diferidos.

Os activos e passivos por impostos diferidos são apresentados pelo seu valor líquido sempre que nos termos da legislação aplicável, a Sociedade possa compensar activos por impostos correntes com passivos por impostos correntes e sempre que os impostos diferidos estejam relacionados com o mesmo imposto.

O movimento do imposto diferido é analisado como segue:

2008 2007 Euros Euros

Saldo em 1 de Janeiro 124.261 62.794 Reconhecido em resultados 28.888 61.467

Saldo em 31 de Dezembro 153.149 124.261

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17 Outros activos

Esta rubrica é analisada como segue:

2008 2007 Euros Euros

Banco Mais, S.A. 659.167 - Tecnicrédito ALD – Aluguer de Automóveis, S.A. - 1.000.000 Outros rendimentos a receber 17.332 59.538 Outras contas de regularização 13.942 6.129

690.441 1.065.667

A rubrica Banco Mais, S.A., no montante de Euros 659.167 refere-se a empréstimos concedidos de apoio à tesouraria.

A 31 Dezembro 2007, a rubrica Tecnicrédito ALD – Aluguer de Automóveis, S.A., no montante de Euros 1.000.000 refere-se a empréstimos concedidos de apoio à tesouraria.

18 Recursos de instituições de crédito

Esta rubrica no montante de Euros 1.568.436 (2007: Euros 31.943) refere-se a débitos para com instituições de crédito realizados junto de instituições de crédito no País.

De acordo com o prazo remanescente das operações, esta rubrica pode ser analisada como segue:

2008 2007 Euros Euros

Duração indeterminada (descobertos bancários) 1.568.436 31.943

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19 Provisões

Esta rubrica, no montante de Euros 125.000 (2007: Euros 125.000) refere-se a provisões para outros riscos e encargos constituídas para fazer face a riscos decorrentes da actividade da Sociedade.

Os movimentos desta rubrica são analisados como segue:

2008 2007 Euros Euros

Saldo em 1 de Janeiro 125.000 100.000 Dotações do período - 25.000

Saldo em 31 de Dezembro 125.000 125.000

20 Outros passivos

Esta rubrica é analisada como segue:

2008 2007 Euros Euros

Tecnicrédito ALD – Aluguer de Automóveis, S.A. 679.839 - Encargos a pagar de recursos alheios - 28.734 Banco Mais, S.A. - 25.456 Outros encargos a pagar 13.425 21.126 Fornecedores 8.271 10.048 Outros passivos 164 63

701.699 85.427

A rubrica Tecnicrédito ALD – Aluguer de Automóveis, S.A. no montante Euros 679.839 refere-se a um empréstimo de apoio à tesouraria.

A 31 Dezembro 2007, a rubrica Banco Mais, SA. no montante Euros 25.456 refere-se a um empréstimo de apoio à tesouraria.

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21 Capital

O capital social de Euros 17.500.000 representado por 17.500.000 acções de valor nominal de 1 Euro cada, encontra-se integralmente subscrito e realizado.

À data de 31 de Dezembro de 2008, a Tecnicrédito SGPS, S.A., é detida em 53,573% pela Auto – Industrial, S.A.

22 Reserva legal

A Tecnicrédito SGPS, S.A., reforça anualmente a reserva legal com pelo menos 10% dos lucros líquidos anuais, até à concorrência do capital social. Nos termos da legislação portuguesa, esta reserva não está, normalmente, disponível para distribuição e pode ser utilizada para absorver prejuízos futuros e para aumentar o capital social.

Em função dos resultados líquidos do exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, deverá ser afecto à reserva legal o montante aproximado de Euros 277.731.

23 Reservas e resultados transitados

Esta rubrica é analisada como segue:

2008 2007 Euros Euros

Reservas e resultados transitados:

Reserva legal 10.539.023 8.861.550 Outras reservas e resultados transitados 70.855.309 61.358.049

81.394.332 70.219.599

24 Contas extrapatrimoniais

Esta rubrica é analisada como segue:

2008 2007 Euros Euros

Compromissos assumidos por terceiros 695.500 118.058

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25 Factos relevantes ocorridos durante o ano de 2008 e eventos subsequentes

Durante o primeiro semestre de 2008, verificou-se uma reorganização na associada do Brasil, tendo as sociedades Galo, S.A. e Dial – Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros, S.A., sido incorporados no Banco Pecúnia, S.A..

26 Partes relacionadas

A posição accionista e obrigacionista dos membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização, é a seguinte:

Movimento no exercício de 2008 Accionistas / Obrigacionistas Título N.º de títulos Preço

à data de unitário 31-12-08 31-12-07 Aquisições Alienações Data Euros

Membros de Órgãos Sociais Acções:

Mário Raul Leite Santos Administrador 522.135 522.135 - - - - Manuel Cardoso Pinto Marta Administrador 227.155 227.155 - - - - Manuel Carlos de Carvalho Fernandes (1) Administrador 1.738.750 1.738.750 - - - - João Manuel Mora de Ibérico Nogueira Administrador 455.000 455.000 - - - - Vítor Manuel Farinha Nunes Administrador 455.000 455.000 - - - -

Obrigações:

Mário Raul Leite Santos Administrador 8.207 8.207 - - - - Manuel Cardoso Pinto Marta Administrador 3.683 3.683 - - - - Manuel Carlos de Carvalho Fernandes (1) Administrador 10.081 10.081 - - - - João Manuel Mora de Ibérico Nogueira Administrador 2.638 2.638 - - - - Vítor Manuel Farinha Nunes Administrador 2.638 2.638 - - - -

(1) Posição detida indirectamente em 82%

À data de 31 de Dezembro de 2008, os créditos detidos pela Sociedade sobre empresas coligadas, representados ou não por títulos estão discriminados nas notas correspondentes.

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27 Indicadores do Balanço e Demonstração de resultados por segmentos

Dada a natureza da actividade, a Sociedade, concentra-se num único segmento de negócio que é o da Gestão de participações financeiras.

No âmbito da sua estratégia de desenvolvimento, as subsidiárias da Tecnicrédito SGPS, S.A. actuam com especial enfoque nos mercados Português, Espanhol, Húngaro, Eslovaco e Brasileiro, considerados mercados prioritários, operando ainda num conjunto restrito de outros mercados. Os activos e proveitos registados na Sociedade provenientes dos diferentes mercados geográficos encontram-se discriminados nas notas 14 e 4.

28 Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas que ainda não entraram em vigor e que a Sociedade ainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações financeiras, podem ser analisadas como segue:

IFRS 1 (alterada) – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro e IAS 27 – Demonstrações Financeiras consolidadas e separadas

As alterações ao IFRS 1 - Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro e ao IAS 27 - Demonstrações financeiras consolidadas e separadas são efectivas a partir de 1 de Janeiro de 2009. Estas alterações vieram permitir que as entidades que estão a adoptar as IFRS pela primeira vez na preparação das suas contas individuais, adoptem como custo contabilístico (deemed cost) dos seus investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, o respectivo justo valor na data da transição para os IFRS ou o valor de balanço determinado com base no referencial contabilístico anterior. A Sociedade não espera que esta interpretação tenha qualquer impacto nas suas demonstrações financeiras. IFRS 2 (alterada) – Pagamentos com base em acções: condições de aquisição

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em Janeiro de 2008 uma alteração ao IFRS 2 a qual se torna efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. Esta alteração ao IFRS 2 (i) permitiu clarificar que as condições de aquisição dos direitos inerentes a um plano de pagamentos com base em acções limitam-se a condições de serviço ou de performance, (ii) introduz o conceito de non-vesting conditions e (ii) determina que qualquer cancelamento de programas, quer pela entidade quer por terceiras partes, têm o mesmo tratamento contabilístico. A Sociedade não espera que o IFRS 2 alterado tenha qualquer impacto nas suas demonstrações financeiras.

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IFRS 3 (revista) – Concentrações de actividades empresariais e IAS 27 (alterada) - Demonstrações financeiras consolidadas e separadas

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em Janeiro de 2008 o IFRS 3 (revisto) - - Concentrações de actividades empresarias e uma alteração ao IAS 27 - Demonstrações financeiras consolidadas e separadas. Os principais impactos das alterações a estas normas correspondem: (i) ao tratamento de aquisições parciais, em que os interesses sem controlo (antes denominados de interesses minoritários) poderão ser mensurados ao justo valor (o que implica também o reconhecimento do goodwill atribuível aos interesses sem controlo) ou como a parcela atribuível aos interesses sem controlo do justo valor dos activos líquidos adquiridos (tal como actualmente requerido); (ii) aos step acquisition em que as novas regras obrigam, aquando do calculo do goodwill, à reavaliação, por contrapartida de resultados, do justo valor de qualquer interesse sem controlo detido previamente à aquisição tendente à obtenção de controlo; (iii) ao registo dos custos directamente relacionados com uma aquisição de uma subsidiária que passam a ser directamente imputados a resultados; (iv) aos preços contingentes cuja alteração de estimativa ao longo do tempo passa a registada em resultados e não afecta o goodwill e (v) às alterações das percentagens de subsidiárias detidas que não resultam na perda de controlo as quais passam a ser registadas como movimentos de capitais próprios.

Adicionalmente, das alterações ao IAS 27 resulta ainda que as perdas acumuladas numa subsidiária passarão a ser atribuídas aos interesses sem controlo (reconhecimento de interesses sem controlo negativos) e que, aquando da alienação de uma subsidiária, tendente à perda de controlo qualquer interesse sem controlo retido é mensurado ao justo valor determinado na data da alienação.

Esta revisão do IFRS 3 e a alteração do IAS 27 são efectivas para exercícios com início a partir de 1 de Julho de 2009. A Sociedade encontra-se a avaliar o impacto da adopção destas normas. IFRS 8 – Segmentos operacionais

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em 30 de Novembro de 2006 o IFRS 8 - - Segmentos operacionais, o qual foi adoptada para uso na União Europeia em 21 de Novembro de 2007.

O IFRS 8 define a apresentação da informação sobre segmentos operacionais de uma entidade. Esta norma específica como uma entidade deverá reportar a sua informação nas demonstrações financeiras anuais, e como consequência alterará o IAS 34 - Reporte financeiro interino, no que respeita à informação a ser seleccionada para reporte financeiro interino. Uma entidade terá também que fazer uma descrição sobre a informação apresentada por segmento nomeadamente resultados e operações, assim como uma breve descrição de como os segmentos são construídos.

Esta norma é de aplicação mandatória a partir de 1 de Janeiro de 2009.

A Sociedade encontra-se a avaliar o impacto da adopção desta norma ao nível das suas demonstrações financeiras.

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IAS 1 (alterado) – Apresentação de demonstrações financeiras

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em Setembro de 2007 o IAS 1 (alterado)- - Apresentação de demonstrações financeiras, o qual é de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2009.

O IAS 1 (alterado) exige que a informação financeira seja agregada na preparação das demonstrações financeiras, em função das suas características de base e introduz a demonstração de comprehensive income.

Na sequência das alterações impostas por esta norma os utilizadores das demonstrações financeiras poderão mais facilmente distinguir as variações nos capitais próprios da Sociedade decorrentes de transacções com accionistas (ex. dividendos, transacções com acções próprias) e transacções com terceiras partes, ficando estas resumidas na demonstração de comprehensive income.

Adicionalmente, sempre que a informação comparativa seja reescrita ou reclassificada, nomeadamente na sequência da introdução de novas normas contabilísticas, torna-se necessária a apresentação de um balanço reportado à data de início do período comparativo incluído nas demonstrações financeiras.

A Sociedade encontra-se a avaliar o impacto das alterações impostas pelo IAS 1 ao nível das suas demonstrações financeiras. IAS 23 (alterado) – Custos de empréstimos obtidos

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em Março de 2007 o IAS 23 (alterado) - - Custos de empréstimos obtidos, o qual é de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2009.

Esta norma exige que as entidades capitalizem os custos de empréstimos obtidos directamente atribuíveis ao custo de aquisição, construção ou produção de um activo qualificável, como parte integrante do custo de aquisição, construção ou produção desse activo. Assim, a opção de registar tais custos directamente nos resultados é eliminada. Activos qualificáveis correspondem àqueles que necessitam de um período substancial de tempo para ficarem prontos para o seu uso pretendido ou para venda.

A Sociedade não espera que esta alteração ao IAS 23 tenha um impacto significativo nas suas demonstrações financeiras.

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Alteração ao IAS 32 - Instrumentos financeiros: apresentação – Instrumentos financeiros ‘puttable’ e obrigações decorrentes de liquidação O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em Fevereiro de 2008 uma alteração ao IAS 32 - Instrumentos financeiros: Apresentação – Instrumentos financeiros ‘puttable’ e Obrigações decorrentes de liquidação a qual é de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2009. Esta alteração afecta a classificação de instrumentos financeiros ‘puttable’ e de obrigações decorrentes de liquidação. De acordo com os actuais requisitos do IAS 32, os instrumentos financeiros (i) reembolsáveis em dinheiro ou através da entrega de outros activos financeiros ou (ii) que concedem ao detentor um direito de exigir que o emitente proceda a sua reaquisição (instrumentos ‘puttable’), são classificados como passivos financeiros. A alteração agora efectuada a esta norma implica que alguns instrumentos que actualmente qualificam como passivos financeiros, passem a ser reconhecidos como instrumentos de capital, caso os mesmos apresentem determinadas características, nomeadamente que: (i) representem um interesse residual último nos activos líquidos de uma entidade, (ii) façam parte de uma classe de instrumentos subordinada a qualquer outra classe de instrumentos emitidos pela entidade e que (iii) todos os instrumentos dessa classe tenham os mesmos termos e condições.

O IASB alterou ainda o IAS 1 - Apresentação de demonstrações financeiras tendo incluído requisitos adicionais de divulgação relativos a este tipo de instrumentos. Não se prevê que a presente alteração ao IAS 32 venha a ter qualquer impacto ao nível das demonstrações financeiras da Sociedade. Alteração ao IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração – activos e passivos elegíveis para cobertura O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu uma alteração ao IAS 39 - Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração – activos e passivos elegíveis para cobertura a qual é de aplicação obrigatória para exercícios que se iniciam a partir de 1 de Julho de 2009. Esta alteração clarifica a aplicação dos princípios existentes que determinam quais os riscos ou quais os cash flows elegíveis de serem incluídos numa operação de cobertura. Não se prevê que a presente alteração ao IAS 39 venha a ter qualquer impacto ao nível das demonstrações financeiras da Sociedade. IFRIC 13 – Programas de fidelização de clientes

O IFRIC 13 - Programas de fidelização de clientes foi emitido em Julho de 2007 e entra em vigor para exercícios iniciados a partir de 1 de Julho de 2008, sendo por isso apenas relevante para a Sociedade a partir de 1 de Janeiro de 2009. Esta interpretação aplica-se a programas de fidelização de clientes, onde são adjudicados créditos aos mesmos como parte integrante de uma venda ou prestação de serviços e estes poderão trocar esses créditos, no futuro, por serviços ou mercadorias gratuitamente ou com desconto. A Sociedade não espera que o IFRIC 13 tenha qualquer impacto nas suas demonstrações financeiras.

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IFRIC 15 – Acordos para construção de imóveis O IFRIC 15 - Acordos para construção de imóveis, entra em vigor para exercícios iniciados a partir de 1 de Janeiro de 2009. Esta interpretação contém orientações que permitem determinar se um contrato para a construção de imóveis se encontra no âmbito do IAS 18 - Reconhecimento de proveitos ou do IAS 11 - Contratos de construção, sendo expectável que a IAS 18 seja aplicável a um número mais abrangente de transacções. A Sociedade não espera que esta interpretação tenha qualquer impacto nas suas demonstrações financeiras. IFRIC 16 – Cobertura de um investimento numa operação em moeda estrangeira

O IFRIC 16 - Cobertura de um investimento numa operação em moeda estrangeira é aplicável aos exercícios iniciados a partir de 1 de Outubro de 2008. Esta interpretação visa clarificar que: • a cobertura de um investimento numa operação em moeda estrangeira pode ser aplicada apenas a

diferenças cambiais decorrentes da conversão das demonstrações financeiras das subsidiárias na sua moeda funcional para a moeda funcional da casa-mãe e apenas por um montante igual ou inferior ao activo líquido da subsidiária;

• o instrumento de cobertura pode ser contratado por qualquer entidade da Sociedade, excepto pela entidade que está a ser objecto de cobertura; e

• aquando da venda da subsidiária objecto de cobertura, o ganho ou perda acumulado referente à componente efectiva da cobertura é reclassificado para resultados.

Esta interpretação permite que uma entidade que utiliza o método de consolidação em escada, escolha uma política contabilística que permita a determinação do ajustamento de conversão cambial acumulado que é reclassificado para resultados na venda da subsidiária, tal como faria se o método de consolidação adoptado fosse o directo. Esta interpretação é de aplicação prospectiva. A Sociedade não espera que a adopção desta norma tenha um impacto significativo nas suas demonstrações financeiras. IFRIC 17 – Distribuições em espécie a accionistas

O IFRIC 17 - Distribuições em espécie a accionistas entra em vigor para exercícios iniciados a partir de 1 de Julho de 2009. Esta interpretação visa clarificar o tratamento contabilístico das distribuições em espécie a accionistas. Assim, estabelece que as distribuições em espécie devem ser registadas ao justo valor dos activos distribuídos sendo a diferença para o respectivo valor de balanço reconhecida em resultados aquando da distribuição. A Sociedade não espera que esta interpretação tenha qualquer impacto nas suas demonstrações financeiras.

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IFRIC 18 – Transferências de activos de clientes

O IFRIC 18 - Transferências de activos de clientes entra em vigor para exercícios iniciados a partir de 1 de Julho de 2009. Esta interpretação visa clarificar o tratamento contabilístico de acordos celebrados mediante os quais uma entidade recebe activos de clientes para sua própria utilização e com vista a estabelecer posteriormente uma ligação dos clientes a uma rede ou conceder aos clientes acesso contínuo ao fornecimento de bens ou serviços. A Interpretação clarifica: • as condições em que um activo se encontra no âmbito desta interpretação; • o reconhecimento do activo e a sua mensuração inicial; • a identificação dos serviços identificáveis (um ou mais serviços em troca do activo transferido); • o reconhecimento de proveitos; • a contabilização da transferência de dinheiro por parte de clientes. A Sociedade não espera que esta interpretação tenha qualquer impacto nas suas demonstrações financeiras. Annual Improvement Project Em Maio de 2008, o IASB publicou o Annual Improvement Project o qual alterou certas normas então em vigor. A data de efectividade das alterações varia consoante a norma em causa sendo a maioria de aplicação obrigatória para a Sociedade em 2009. As principais alterações decorrentes do Annual Improvement Project resumem-se como segue:

• Alteração ao IFRS 5 - Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais em descontinuação, efectiva para exercícios que se iniciam a partir de 1 de Julho de 2009. Esta alteração veio esclarecer que a totalidade dos activos e passivos de uma subsidiária devem ser classificados como activos não correntes detidos para venda de acordo com o IFRS 5 se existir um plano de venda parcial da subsidiária tendente à perda de controlo. A entrada em vigor desta alteração não terá efeito nas demonstrações financeiras da Sociedade;

• Alteração ao IAS 1 - Apresentação das demonstrações financeiras, efectiva a partir de 1 de

Janeiro de 2009. A alteração clarifica que apenas alguns instrumentos financeiros classificados na categoria de negociação, e não todos, são exemplos de activos e passivos correntes. A entrada em vigor desta alteração não terá efeito nas demonstrações financeiras da Sociedade;

• Alteração ao IAS 16 - Activos fixos tangíveis, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. A

alteração efectuada estabelece regras de classificação (i) das receitas provenientes da alienação de activos detidos para arrendamento subsequentemente vendidos e (ii) destes activos durante o tempo que medeia entre a data da cessão do arrendamento e a data da sua alienação. Esta alteração ao IAS 16 não terá impacto nas demonstrações financeiras da Sociedade;

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• Alteração ao IAS 19 - Benefícios dos empregados, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. As alterações efectuadas permitiram clarificar (i) o conceito de custos com serviços passados negativos decorrentes da alteração do plano de benefícios definidos, (ii) a interacção entre o retorno esperado dos activos e os custos de administração do plano, e (iii) a distinção entre benefícios de curto e de médio e longo prazo. As alterações ao IAS 19 não terão impacto nas demonstrações financeiras da Sociedade;

• Alteração ao IAS 20 - Contabilização dos subsídios do governo e divulgação de apoios do

governo, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. Esta alteração estabelece que o benefício decorrente da obtenção de um empréstimo do governo com taxas inferiores às praticadas no mercado, deve ser mensurado como a diferença entre o justo valor do passivo na data da sua contratação, determinado de acordo com o IAS 39 - Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração e o valor recebido. Tal benefício deverá ser subsequentemente registado de acordo com o IAS 20. Esta alteração não deverá ter efeitos significativos nas demonstrações financeiras da Sociedade;

• Alteração ao IAS 23 - Custos de empréstimos obtidos, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009.

O conceito de custos de empréstimos obtidos foi alterado de forma a clarificar que os mesmos devem ser determinados de acordo com o método da taxa efectiva preconizado no IAS 39 - Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração, eliminando assim a inconsistência existente entre o IAS 23 e o IAS 39. Não se espera que esta alteração tenha impactos significativos ao nível das demonstrações financeiras da Sociedade;

• Alteração ao IAS 27 - Demonstrações financeiras consolidadas e separadas, efectiva a partir de 1

de Janeiro de 2009. A alteração efectuada a esta norma determina que nos casos em que um investimento numa subsidiária esteja registado pelo seu justo valor nas contas individuais, de acordo com o IAS 39 - Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração, e tal investimento qualifique para classificação como activo não corrente detido para venda de acordo com o IFRS 5 - Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais em descontinuação, o mesmo deverá continuar a ser mensurado no âmbito do IAS 39. Esta alteração não deverá ter efeitos significativos nas demonstrações financeiras da Sociedade;

• Alteração ao IAS 28 - Investimentos em associadas, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. As

alterações introduzidas ao IAS 28 tiveram como objectivo esclarecer (i) que um investimento numa associada deve ser tratado como um activo único para efeitos dos testes de imparidade a efectuar à luz do IAS 36 - Imparidade de activos, (ii) que qualquer perda por imparidade a reconhecer não deverá ser alocada a activos específicos nomeadamente ao goodwill e (iii) que as reversões de imparidade são registadas como um ajustamento ao valor de balanço da associada desde que, e na medida em que, o valor recuperável do investimento aumente. Esta alteração não deverá ter efeitos significativos nas demonstrações financeiras da Sociedade;

• Alteração ao IAS 38 - Activos intangíveis, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. Esta

alteração veio determinar que uma despesa com custo diferido, incorrida no contexto de actividades promocionais ou publicitárias, só pode ser reconhecida em balanço quando tenha sido efectuado um pagamento adiantado em relação a bens ou serviços que serão recebidos numa data futura. O reconhecimento em resultados deverá ocorrer quando a entidade tenha o direito ao acesso aos bens e os serviços sejam recebidos. Não se espera que esta alteração tenha impactos nas contas da Sociedade;

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• Alteração ao IAS 39 - Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. Estas alterações consistiram fundamentalmente em (i) esclarecer que é possível efectuar transferências de e para a categoria de justo valor através de resultados relativamente a derivados sempre que os mesmos iniciam ou terminam uma relação de cobertura em modelos de cobertura de fluxos de caixa ou de um investimento líquido numa associada ou subsidiária, (ii) alterar a definição de instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados no que se refere à categoria de negociação, de forma a estabelecer que no caso de carteiras de instrumentos financeiros geridos em conjunto e relativamente às quais exista evidência de actividades recentes tendentes a realização de ganhos de curto prazo, as mesmas devem ser classificadas como de negociação no seu reconhecimento inicial, (iii) alterar os requisitos de documentação e testes de efectividade nas relações de cobertura estabelecidas ao nível dos segmentos operacionais determinados no âmbito da aplicação do IFRS 8 - Segmentos operacionais, e (iv) esclarecer que a mensuração de um passivo financeiro ao custo amortizado, após a interrupção da respectiva cobertura de justo valor, deve ser efectuada com base na nova taxa efectiva calculada na data da interrupção da relação de cobertura. A Sociedade não espera actualmente impactos decorrentes da sua adopção;

• Alteração ao IAS 40 - Propriedades de investimento, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009.

Na sequência desta alteração, as propriedades em construção ou desenvolvimento com vista ao seu uso subsequente como propriedades de investimento passam a estar incluídas no âmbito do IAS 40 (antes abrangidas pelo IAS 16 - Activos fixos tangíveis). Tais propriedades em construção poderão ser registadas ao justo valor excepto se o mesmo não puder ser medido com fiabilidade, caso em que deverão ser registadas ao custo de aquisição. Actualmente, esta alteração não deverá ter impacto nas demonstrações financeiras da Sociedade.

29 Transacções com empresas do Grupo

Os saldos e transacções mais significativos com empresas do Grupo estão discriminados nas notas correspondentes.

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