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Jornal do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo Carta de compromisso traz estratégias de luta página 3 Denúncias de má gestão e assédio moral na UTG-Sul página 4 Sindicato realiza Assembleias Extraordinárias nas bases página 5 Agosto/1 - 2016 • Nº 1074 Páginas 4 e 5 Petroleiros defendem o pré-sal na Câmara página 2

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Jornal do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo

Carta de compromisso traz estratégias de luta página 3

Denúncias de má gestão e assédio moral na UTG-Sul página 4

Sindicato realiza Assembleias Extraordinárias nas basespágina 5

Agosto/1 - 2016 • Nº 1074

Páginas 4 e 5Petroleiros defendem o pré-sal na Câmara

página 2

Agosto|1 - 2016 • 2

Diretores do Sindipetro-ES vão à Brasília em defesa do pré-sal

Militantes de base, dirigentes da Federação Única dos Petrolei-ros (FUP) e os diretores do Sindipetro-ES Felipe Homero, Wallace Ouverney e Rodolfo Martins, estiveram na Câmara dos Deputa-dos, em Brasília, para o ato em defesa do pré-sal, que aconteceu nos dias 9 e 10 de agosto. A direção do Sindipetro-ES também levou os filiados Fernando Assunção (P-58) e Sérgio Dalvi (P-58) para combaterem o PL 4567/2016.

Uma força-tarefa foi montada pelo grupo para coletar assinatu-ras dos deputados federais para o Projeto de Decreto Legislativo. A proposta, elaborada pela FUP, convoca a realização de um plebiscito para que a população se posicione sobre o futuro do pré-sal e já conta com o apoio dos deputados federais Henrique Fontana (PT-RS), Wadih Damous (PT-RJ), Chico D`Ângelo (PT-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP).

A mobilização que levou em caravana petroleiros e militantes em defesa do pré-sal para Brasília escolheu o dia 9 de agosto justamente por ser a data da discussão na Comissão Geral da Câmara dos Deputados sobre o PL 4567/2016, projeto que retira da Petrobras a obrigatoriedade de ter participação mínima de 30% da exploração dos poços de pré-sal.

Durante a ação em Brasília, dois petroleiros e dirigentes sindicais foram presos arbitrariamente e de forma truculenta pela Polícia Legislativa, sob a ordem de impedir a entrada dos trabalhadores no plenário. Somente após os dirigentes e militantes da FUP e dos movimentos sociais ocuparem por mais de três horas o plenário da Câmara, eles foram liberados.

“A arbitrariedade e proibição de participação dos cidadãos na Casa do Povo têm sido as marcas deste governo interino. Nosso ato para colher assinaturas foi pacífico e em defesa do que é nosso, em defesa do pré-sal”, aponta o diretor Wallace Ouverney.

Truculência

Agosto1 - 2016 • 3

A palestra “Importância Estratégica da Transpetro”, ministrada pelo economista do DIEESE, Cloviomar Cararine, foi bastante elogiada. O diretor da FUP e do Sindipetro-ES, Davidson Lomba, que esteve no seminário, destacou a relevância do evento para ampliar a conscientização dos trabalhadores para a importância estratégica e essencial da Transpetro para a sobrevivência da Petrobras. “Ficou claro que a venda da empresa vai gerar aumento dos preços dos derivados de petróleo, com impacto direto na economia do país”, disse.

1 - Construir um Dia Nacional de Luta na Transpetro. 2 - Promover a conscientização dos petroleiros sobre a impor-tância da Transpetro. 3 - Defender a Petrobras integrada e suas subsidiárias.4 - Defender a manutenção da Transpetro 100% Petrobras. 5 - Manter a defesa do pré-sal, com a Companhia como operado-ra única para garantia de soberania nacional. 6 - Defender a política de conteúdo nacional para a conquista de desenvolvimento tecnológico e geração de empregos. 7 - Construir luta unificada com os sindicatos.8 - Iniciar a campanha “Orgulho de ser petroleiro: contando a história de Luta dos petroleiros e seu papel no desenvolvimento do Brasil”. 9 - Campanha de convocação de luta “Manter viva a organização e a chama da resistência”. 10 - Conscientizar os petroleiros da Transpetro sobre a importân-cia de aumentar a sua participação nos fóruns e direções dos sindicatos. 11 - Nenhum direito a menos.12 - Manutenção da mesa unificada do Sistema Petrobras nas negociações de ACT. 13 - Construir luta pela recomposição do efetivo na Transpetro.

Carta de Compromisso traz estratégias de luta

A segunda edição do Seminário Nacional dos Trabalhadores da Transpetro aconteceu de 5 a 7 de agosto, em Salvador, Bahia. Com o tema “Defender a Transpetro é Defender a Petrobras e o Brasil”, 50 trabalhadores oriundos de diversos estados do país participaram da atividade.

Como encaminhamento do seminário, foi elaborada uma Carta de Compromisso com 13 estratégias de luta aprovadas pelos representantes. A defesa da Petrobras Integrada e de todas as suas subsidiárias, a manutenção da Transpetro 100% Petrobras e a defesa do pré-sal estão entre os principais pontos da carta.

O seminário contou com mesas de debate e grupos de discussão em sua programação e também realizou um ato nas ruas, para chamar a atenção da população, alertando sobre a privatização do Sistema Petrobras. Na mesa de abertura, o coordenador da FUP, José Maria Rangel e o coordenador do Sindipetro-BA, Deyvid Bacelar, que fizeram uma análise de conjuntura política e econômica.

Deliberações

II Seminário dos Trabalhadores da Transpetro

Petroleiro ganha prorrogação de licença-paternidade

Agosto|1 - 2016 • 4

Má gestão de equipe e assédio moral na UTG-Sul

A Petrobras fornece transporte para Guarapari a todos os seus empregados, mas alguns se entendem como privilegiados. É o caso do supervisor da Manutenção Industrial (MI), que usa a caminhonete da manutenção para seu próprio deslocamento, um total de 88 km/dia, da unidade.

Vale lembrar que, no contrato com a VIX, a caminhonete recebe por quilômetro rodado e quem paga é a Petrobras. O contraditó-rio nisso, é que esse transporte, quando solicitado para atender os trabalhadores até Vila Velha, não é autorizado com a justifica-tiva de que gera aumento de gastos. Diga-se de passagem, pleito antigo do Sindicato e dos trabalhadores.

Esse não é o único problema com a mudança na supervisão da MI UTG-Sul: há relatos de assédio forte cometido pelo supervisor em questão. Há alguns dias, ele chamou a atenção de um técnico da mecânica, gritando com ele dentro da oficina, na frente de vários colegas de trabalho, demonstrando total despreparo na supervisão e falta de respeito para com os trabalhadores.

Também foi registrado assédio moral por parte do supervisor nos dias que antecederam a greve. Mesmo com as mudanças no sobreaviso, onde equipes foram desimplantadas, nos dias que antecederam a paralisação, o supervisor ligou para os trabalha-dores que fazem hoje, o sobreaviso do rotativo, fazendo a proposta indecorosa, se furassem a greve, seriam implantados no sobreaviso.

Desde que houve a mudança da manutenção industrial da UTG-Sul, observamos o corte no pagamento de todas as horas extras. O supervisor em questão fazia pressão para que as horas fossem lançadas a compensar.

No entanto, observamos que o mesmo supervisor fazia horas extras todos os dias, sem justificativa, na maioria das vezes. Extraoficialmente, há denúncias de que o mesmo, desde sua vinda, tem lançado e recebido 40 horas extras por mês.

Mais uma vitória para a luta sindical dos petroleiros e do Sindipetro-ES. No dia 5 de julho, o juiz do trabalho Itamar Pessi concedeu a um filiado a liminar de prorrogação do benefício da licençapaternidade por mais 15 dias, além do já previsto em acordo coletivo de trabalho, totalizando 20 dias de licença.

O magistrado invocou o artigo 1º, inciso II da Lei n.º 11.770/2008 que institui o Programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar em 15 dias a licença-paternidade.

A decisão teve como base o fato de a Petrobras ter aderido ao programa e do petroleiro ter cumprido todos os requisitos

determinados por lei. Na decisão liminar, o juiz desta-cou ainda que o trabalhador requerente não terá sua remuneração integral preju-dicada durante o período da licença, e em caso de descumprimento da lei, a Petrobras arcará com multa no valor de R$ 10 mil.

A diretoria do Sindipetro-ES realizou, do dia 16 a 19 de agosto, Assembleias Gerais Extraordinárias com os petroleiros, nas bases, para deliberar sobre três assuntos de importância para a categoria e o Sindicato, começando pelas eleições de vacância de cargos de dirigentes sindicais (perda de mandato ou abando-nos), conforme deliberação ocorrida na Reunião de Diretoria Colegiada, realizada em 23 de junho de 2016.

Também foi discutida a contribuição assistencial de 1% do salário líquido dos não filiados, nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro deste ano, sendo destinado metade para recompor o Fundo de Greve e metade para custeio das lutas em defesa do pré-sal, contra as vendas de ativo e a campanha ACT 2016. As formas de formas de oposição serão realizadas pelo trabalhador na sede do Sindicato.

Outro assunto abordado durante as assembleias foi a retificação da mensalidade dos filiados aposentados para 0,7% do salário bruto (INSS + PETROS). Essa porcentagem representa 1,0 % do Salário Liquido, visto que a petros não conseguem descontar dessa forma.

Todas as assembleias tiveram grande comparecimento dos companheiros, que fizeram suas observações e opinaram sobre os assuntos da pauta e aconteceram nas bases: P-58, UTG-Sul, TNC, UTGC, Fazenda São Rafael, P-57, EFAL, SM-8, EDIVIT, TABR e TAVIT. Em breve estaremos divulgando os resultados da votação.

Agosto|1 - 2016 • 5

Diretoria realiza Assembleia Geral Extraordinária nas bases

Vamos juntos somar na campanha “Defender a Petrobras é Defender o Brasil”, em mais uma ação do Sindipetro-ES. Desta vez, estamos disponibilizando adesivos para a traseira de carros com a arte “O Pré-Sal É Nosso”.

Vamos juntos dizer não à privatização da Petrobras, não à exploração de multina-cionais do nosso pré-sal, não ao lucro do capital estrangeiro exploratório. Se você deseja participar da campanha “O Pré-Sal É Nosso”, basta ligar para o 3315-4014 ou mandar um e-mail para [email protected] solicitando um adesivo. Vamos juntos defender a Petrobras!

Se você deseja participar da campanha “O pré-sal é nosso”, fale com a gente e solicite um adesivo:

(27) 3315 4014 [email protected]

Participe de campanha “Defender a Petrobras é Defender o Brasil”

Não vamos deixar entregarem a Petrobras

Maio - 2015 • 3

Agosto|1 - 2016 • 6

Lançamentos contábeis de gastos por fatores não recorrentes reduzem lucro do 2º trimestre em mais de R$ 3 bi

Só o lançamento de gastos por fatores não recorrentes no 2º trimestre diminuíram o lucro da Petrobras em mais de R$ 3 bilhões. Um novo impairment no projeto Comperj, no valor de R$ 1,124 bilhão, uma provisão para o PIDV no valor de R$ 1,212 bilhão e outra provisão para créditos duvidosos feita em função de vendas para elétricas da região norte no valor de R$ 946 bilhões, impactaram o lucro no trimestre.

Apesar disso, a empresa se mostra equilibrada financeiramente e a liquidez corrente, que no final de 2015 era de 1,52, subiu para 1,58 no final de junho/2016. Mostrando boa situação econômi-ca, o lucro bruto do segundo trimestre foi de R$ 22,810 bilhões e o lucro operacional de R$ 7,184 bilhões.

Pouco comentado pelos analistas, mas extremamente preocu-pante, é a queda no volume de vendas. Comparado com o 2º trimestre de 2015, a venda de diesel (mil barris/dia) caiu 34%: de 923 para 611. A venda de óleo combustível caiu 38%: de 103 para 64. A venda de gás natural caiu 29%: de 448 para 316. A principal justificativa é de que a crise econômica reduziu o consumo interno, bem como o desligamento de diversas termoelétricas.

Mas a Petrobras também já reconheceu que, com a queda nos preços internacionais dos combustíveis, a concorrência no mercado interno aumentou, e a empresa está perdendo merca-do. O quanto desta redução de vendas é por efeito da crise ou por perda de mercado não foi divulgado.

Por outro lado, as vendas no mercado externo também caíram 67 mil barris/dia (sem nenhuma explicação) e as vendas totais caíram 348 mil barris/dia na mesma comparação. A redução nos volumes de venda causou uma queda adicional no lucro bruto do 1º semestre de 2016 de mais de R$ 4 bilhões, com reflexo direto no lucro líquido e na geração de caixa.

Para a Petrobras retomar o mercado interno perdido seria neces-sário um forte aumento nos preços internacionais dos combustíveis,o que parece que não vai ocorrer. Outra possibilidade seria a própria Petrobras reduzir os preços no mercado interno, hipóte-se já analisada e descartada.

Portanto, apesar do crescimento na produção, os baixos volumes de venda devem permanecer. Pelo menos por algum tempo, afetando os resultados. Somam-se a isso a possibilidade de novos lançamentos contábeis por fatores não recorrentes, como o pagamento da RMNR aos funcionários e as ações nos EUA.

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Expediente Boca de Ferro - Informativo do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo - filiado à CUTwww.sindipetro-es.org.br - Responsabilidade Secretaria de Comunicação e Imprensa.

SEDE SÃO MATEUS - Rua João Evangelista Monteiro Lobato, 400, Sernamby, CEP 29930-840, (27) 3763 2640, [email protected] VITÓRIA - Rua Carlos Alves, 101, Bento Ferreira, CEP 29050-040, (27) 3315 4014, [email protected] LINHARES - Av. Governador Afonso Cláudio, 68, Q2, Bairro Juparanã, CEP 29900-632, (27) 33710195, [email protected]ÇÃO E IMPRENSA - (27) 99508 0399, [email protected] EDITORAÇÃO E TEXTOS - Pulso Conteúdo LTDA, (27) 3376 4577/4576, [email protected] RESPONSÁVEL - Mirela Adams | Registro Profissional: ES00651/JP

CLÁUDIO DA COSTA OLIVEIRA

Ex Diretor do Sindipetro-ESEconomista aposentado

da Petrobras

Avante, companheiros!

O atual presidente da Petrobras, Pedro Parente, encami-nhou, no último dia 15, carta aos petroleiros tentando justificar o plano de desinvestimento que está em andamento na empresa. No entanto, mesmo com o pagamento do PIDV e a antecipação dos juros a Compa-nhia deu um lucro líquido de R$ 370 milhões no segundo trimestre de 2016. A Petrobras está bastante consolida-da e não há motivos pelos quais vender a Companhia.

Para denunciar à população a entrega do pré-sal e o desmonte da Petrobras, a categoria realizou uma greve de cinco dias no mês de agosto, em diversos estados, contra a venda dos ativos que foi acelerada. Foi denun-ciada a entrega do patrimônio nacional, lembrando a importância econômica e social dos Campos Maduros, que estão sendo doados. Assim com estão fazendo os trabalhadores da BRD. Nós, trabalhadores não vamos permitir essa entrega para quitar a dívida do golpe institucional dada na Nação.