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Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Odontologia de Piracicaba FRANCISCO MAURO DA SILVA GIRUNDI TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DA PRÓTESE, FUNÇÃO MASTIGATÓRIA E SATISFAÇÃO DO PACIENTE Piracicaba 2016

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Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Odontologia de Piracicaba

FRANCISCO MAURO DA SILVA GIRUNDI

TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL:

INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DA PRÓTESE, FUNÇÃO

MASTIGATÓRIA E SATISFAÇÃO DO PACIENTE

Piracicaba

2016

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FRANCISCO MAURO DA SILVA GIRUNDI

TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL:

INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DA PRÓTESE, FUNÇÃO

MASTIGATÓRIA E SATISFAÇÃO DO PACIENTE

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de

Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas

como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do

título de Doutor em Clínica Odontológica, na Área de

Prótese Dental.

Orientador: PROF. DR. WANDER JOSÉ DA SILVA

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO

FINAL DA TESE DEFENDIDA PELO ALUNO

FRANCISCO MAURO DA SILVA GIRUNDI E

ORIENTADO PELO PROF. WANDER JOSÉ DA

SILVA

Piracicaba

2016

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DEDICATÓRIA

À Deus

À minha amada companheira e esposa Rosilene Gonçalves Girundi que sempre me apoiou e

organizou tudo para que eu pudesse dedicar aos meus estudos e esteve ao meu lado em muitos

finais de semana, feriados e férias dentro do laboratório da PPR.

Aos meus filhos, Ana Goncalves Girundi e Pedro Henrique Gonçalves Girundi, por serem

meu constante incentivo. Espero que eu consiga compensar minha ausência com o imenso

amor que tenho por vocês.

Aos meus amados pais, José Siffert Girundi e Perpétua Alves da Silva Girundi exemplos

eternos de fé, caráter e bondade.

À minha sempre presente sogra Maria Helena Gonçalves Xavier exemplo de força, amor e

dedicação à família.

Aos meus irmãos Maria Auxiliadora Girundi Nascimento, Antônio José da Silva Girundi,

Ana Rita Girundi Iacomini, Geraldo Lúcio da Silva Girundi, Silvia Regina Girundi Pereira,

Glória Maria Girundi Teles, Claúdia Maria da Silva Girundi companheiros por toda a vida.

A existência de vocês já é motivo suficiente para tornar a caminhada mais fácil e a certeza de

não está sozinho.

Aos sobrinhos e cunhados por completarem nossa família, fazendo parte em todos os

melhores momentos de minha vida.

Aos pacientes mutilados orais que dependem do sistema público de saúde.

Dedico este trabalho

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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Ao meu orientador Prof. Dr. Wander José da Silva, que mesmo exigindo que eu empregasse

na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma tranquila, ressaltando minhas

capacidades e minimizado minhas limitações. Obrigado pelos ensinamentos e pela amizade.

A Profa Dra Altair Antoninha Del Bel Cury por ter permitido que eu realizasse um sonho e

por ter acreditado no projeto e torná-lo viável. Profissional que é exemplo de seriedade,

competência e idoneidade. Agradeço pela forma carinhosa com que sempre me recebeu.

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Estadual de Campinas, na pessoa do Magnífico Reitor Prof. Dr.

José Tadeu Jorge.

À Faculdade de Odontologia de Piracicaba, da Universidade Estadual de

Campinas, representada pelo Diretor Prof. Dr. Guilherme Elias Pessanha Henriques e

Diretor Associado, Prof. Dr. Francisco Haiter Neto.

À Coordenadora dos Cursos de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de

Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas, Profa Dra Cínthia Pereira Machado

Tabchoury.

À Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica da

Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Profa Dra Karina Gonzales Silvério Ruiz.

Aos professores Drs. Renata Cunha Matheus Rodrigues, Célia Marisa Rizatti

Barbosa; Jayme Cury; Lívia Tenuta, pelas disciplinas ministradas e contribuição para a

minha formação

Aos demais professores do Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica

da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas pelos

conhecimentos compartilhados.

Aos colegas de pós-graduação, Camila Heitor, Camila Fraga, Giselle Ribeiro,

Yuri, Dimorvan, Martina e Kelly pelo bom convívio e bons momentos compartilhados ao

longo desses anos.

A Profa. Dra. Thais Marques Simek Vega Gonçalves pela disponibilidade,

presteza e rapidez ao responder às minhas demandas. Sua ajuda foi muito valiosa. Obrigado.

Ao Professor Sérgio Feitosa Henriques que sempre me estimulou e confiou em

meu trabalho.

À Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, pela parceria e oportunidade da

realização do trabalho com voluntários do Centro de Saúde Bonsucesso.

À coordenação da GEAS pelo apoio no período de formação.

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Ao ex coordenador de odontologia da Carlos Alberto Tenório e equipe pelo

incentivo para desenvolvimento do trabalho.

À colega cirurgiã dentista Elisabeth Silva Queiroga que realizou com disposição e

boa vontade todos os testes.

Aos tutores da prótese da Prefeitura de Belo Horizonte e à todos os colegas da

APS.

À Corina que sempre mostrou disponibilidade e boa vontade em ajudar na

organização dos agendamentos, dos testes e nos momentos de visita domiciliar a alguns

voluntários.

À nossa técnica do Laboratório de Prótese Parcial Removível, Sra. Gislaine

Regiane Alves Piton, pela admirável competência e amizade.

Às Sras. Érica Alessandra Pinho Sinhoreti, Ana Paula Carone e Raquel Q.

Marcondes Cesar Sacchi secretárias da Coordenadoria dos Programas de Pós-Graduação da

Faculdade de Odontologia de Piracicaba e à Sra. Eliete Aparecida Ferreira Marim

secretária do Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de

Piracicaba, por toda ajuda durante meu período de pós-graduação.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

pelo auxílio à pesquisa, processo número 403348/2012-9.

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RESUMO

O aumento do número de edêntulos e a correlação entre condição social e edentulismo

sinalizam para a necessidade da confecção de próteses totais removíveis pelo Sistema Público

de Saúde. O objetivo deste ensaio clínico randomizado foi avaliar a qualidade das próteses

confeccionadas com a Técnica Simplificada (S), utilizada no serviço público da cidade de

Belo Horizonte, comparada com a Técnica Tradicional (T) ensinada na maioria das escolas de

Odontologia. As variáveis avaliadas foram: a satisfação mensurada por meio de questionário

específico e da EVA, o impacto da saúde bucal na qualidade de vida (QVSB), avaliado

utilizando-se a versão brasileira do OHIP-EDENT, a qualidade das próteses analisada pela

avaliação funcional, a performance mastigatória e o limiar de deglutição obtida pelo método

de fracionamento em peneiras com Optocal. Foram selecionados sessenta voluntários (46

mulheres) (idade média 65,31 ± 9,66 anos), com edentulismo total há pelo menos um ano. Os

voluntários foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos (n=30): Controle (Técnica

Tradicional T) e grupo experimental (Técnica Simplificada S). Todas as variáveis foram

avaliadas antes do tratamento (baseline), 2 meses após a reabilitação (fase intermediária) e 4

meses após a adaptação com as novas próteses (fase final). A qualidade das próteses na fase

inicial era de 5,3 para T e 4,9 para S, na fase final foi de 9,3 para T e 9,1 para S; a

performance em 40 ciclos (X50) na fase inicial era 5,7mm para ambas as técnicas (T e S), na

fase final foi de 3,8mm para a T e 3,7mm para a S; a QVSB na fase inicial era de 14,1 para T

e 12,5 para S, na fase final foi de 3,2 para T e 2,6 para S; a satisfação na fase inicial era de 9,5

para a T e 9,3 para a S, na fase final foi de 14,8 para T e S. Houve melhora significativa

(p<0.05) em todas as variáveis analisadas do estudo na comparação da fase inicial com a

intermediária e a final. Não houve diferença significativa em todas as variáveis analisadas

(p>0.005) entre as duas técnicas (T e S) para confecção das próteses. Quando for necessário a

diminuição do tempo clínico e dos custos para confecção das próteses totais, como ocorre nos

serviços públicos de atenção à saúde, a opção pela técnica S pode ser preconizada sem haja

prejuízos para os pacientes.

Palavras-chave: Arcada edêntula. Prótese total. Satisfação do paciente. Qualidade de vida.

Mastigação.

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ABSTRACT

The increasing the number of edentulous and the correlation between social condition and

tooth loss signaled the need for making removable dentures by the public health system. The

objective of this randomized clinical trial was to evaluate the quality of prostheses made with

the Simplified Technical (S) used in the public service of the city of Belo Horizonte,

compared with the traditional technique (T) taught at most dental schools. The variables

evaluated were: satisfaction measured through a questionnaire and EVA, the quality of life in

oral health (QVSB) evaluated using the brazilian version of OHIP-Edent, the quality of

prostheses analyzed by functional evaluation, masticatory performance and swallowing

threshold obtained by the fractionation method with optocal sieves. They were selected sixty

volunteers (46 women) (mean age 65,31 ± 9,66 years) with edentulism for at least one year.

The volunteers were randomly divided into two groups (n = 30): Control (Traditional

Technique-T) and experimental group (Simplified Technical-S). All variables were evaluated

before treatment (baseline), two months after rehabilitation (intermediate phase) and four

months after the adaptation to the new prosthesis (final phase). The quality of the prosthesis in

the initial phase was 5.3 to 4.9 for S and T at the final stage it was 9.3 to 9.1 for T and S;

performance in 40 cycles (X50) in the initial phase was 5.7mm for both groups (T and S) at the

final stage it was 3.8mm to T and 3.7mm for S; the QVSB at initial stage was 14.1 for T and

12.5 for S at the final stage was 3.2 for T and 2.6 for S; satisfaction at the initial stage was 9.5

for the T and 9.3 for S, the final stage was 14.8 for T and S. There was improvement in all

variables of the study compared the initial phase with the intermediate and final. There was no

significant difference between the two techniques (T and S) for the making of prostheses.

When the reduction of clinical time and costs for making the denture is necessary, as occurs in

public health care services, the choice of technique S can be recommended without there harm

to patients.

Keywords: Total Edentulous. Complete denture. Satisfaction. Quality of life.

Masticatory performance.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Moldeira modelo HDR individualizada para grupo controle (T) e grupo teste (S) . 79

Figura 2 - Moldeira individual Grupo (T) ................................................................................ 79

Figura 3 - Desgaste posterior no modelo. Grupo teste (S) ....................................................... 79

Figura 4 - Demarcação da área do selado palatino posterior. Grupo teste (S) ......................... 79

Figura 5 - Montagem em articulador não ajustável (ANA) grupo teste (S) ............................. 79

Figura 6 – Modelo demuflado com a prótese prensada Grupo (T) .......................................... 79

Figura 7 – Checagem dos contatos oclusais com carbono Grupo (T) ...................................... 80

Figura 8 - Ajuste por desgaste Grupo (T) ................................................................................. 80

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Variáveis obtidas na coleta dos dados ..................................................................... 86

Tabela 2 - Classificação dos voluntários segundo o American College of Prosthodontics

(1999) ....................................................................................................................................... 87

Tabela 3 - Resultado do número de consultas para cada grupo ................................................ 87

Tabela 4 - Resultado da satisfação geral (Regis et al. 2013) .................................................... 88

Tabela 5 - Resultado da satisfação (Awad et al., 2003 e Ellis et al., 2007) ............................. 88

Tabela 6 - Impacto da prótese na qualidade de vida, resultado do OHIP-EDENT .................. 89

Tabela 7 - Resultado da avaliação da qualidade das próteses (Anastassiadou et al., 2002)..... 90

Tabela 8 - Resultado do fluxo salivar não estimulado ............................................................. 90

Tabela 9 - Resultado do fluxo salivar estimulado .................................................................... 90

Tabela 10 – Resultado para a performance mastigatória .......................................................... 91

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACP American College of Prosthodontics

ADA American Dental Association

APS Atenção Primária à Saúde

ASA Articulador Semi-Ajustável

BB Balanceamento Bilateral

CCI Coeficientes de Correlação Interclasse

EFL Espaço Funcional Livre

EVA Escala Visual Analógica

HIV / AIDS Síndrome da Imunodeficiência Adquirida -SIDA

MAP Protocolo Mínimo Aceitável

OBB Oclusão Balanceada Bilateral

OHIP Oral Health Impact Profile

PBH Prefeitura de Belo Horizonte

PT Prótese Total

QVSB Qualidade de Vida Associada à Saúde Bucal

ReBEC

RCT

Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos

Ensaio clínico randomizado

RMM Relacionamento Maxilo Mandibular

SUS Sistema Único de Saúde

T Técnica Convencional /Tradicional

S Técnica Simplificada

ZOE Óxido de Zinco e Eugenol

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16

2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 18

2.1 Edentulismo total .............................................................................................................. 18

2.2 Satisfação do paciente x Qualidade de vida associada à saúde bucal .......................... 32

2.3 Satisfação do paciente x Qualidade das próteses ........................................................... 43

2.4 Função mastigatória ......................................................................................................... 50

2.5 Técnica tradicional x Técnica simplificada .................................................................... 59

3 PROPOSIÇÃO .................................................................................................................... 73

4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 74

4.1 Delineamento Experimental ............................................................................................ 74

4.2 Seleção de Voluntários ..................................................................................................... 74

4.2.1 Técnica Tradicional (T): ................................................................................................ 77

4.2.2 Técnica Simplificada (S): ............................................................................................... 78

4.3 Instalação das Próteses ..................................................................................................... 80

4.4 Orientações para higienização das próteses ................................................................... 81

4.5 Ajuste para eliminação de áreas traumáticas ................................................................ 81

4.6 Formulário de coleta dos dados ....................................................................................... 81

4.7 Qualidade de Vida associada à Saúde Bucal (OHIP EDENT) ..................................... 82

4.8 Satisfação com as próteses totais ..................................................................................... 82

4.9 Qualidade das próteses ..................................................................................................... 83

4.10 Função mastigatória ....................................................................................................... 83

4.11 Coleta de Saliva ............................................................................................................... 84

4.12 Análise dos dados ............................................................................................................ 85

5 RESULTADOS .................................................................................................................... 86

5.1 Dados coletados do formulário ........................................................................................ 86

5.2 Classificação do edêntulo total ........................................................................................ 87

5.3 Ajuste das próteses instaladas ......................................................................................... 87

5.4 Satisfação ........................................................................................................................... 88

5.5 Qualidade de Vida Associada à Saúde Bucal (QVSB) .................................................. 89

5.6 Qualidade das próteses ..................................................................................................... 90

5.7 Fluxo Salivar ..................................................................................................................... 90

5.8 Função Mastigatória ........................................................................................................ 91

6 DISCUSSÃO ........................................................................................................................ 92

7 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 96

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 97

ANEXOS ............................................................................................................................... 105

Anexo 1 - Classificação do “American College of Prosthodontists” (McGarry, 1999) .. 105

Anexo 2 - Formulário de coleta dos dados ......................................................................... 107

Anexo 3 - Qualidade de Vida associada à Saúde Bucal (OHIP EDENT) ........................ 109

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Anexo 4 – Satisfação com as próteses totais ....................................................................... 110

Anexo 5 - Qualidade das próteses ....................................................................................... 111

Anexo 6 – Folha de rosto para pesquisa envolvendo seres humanos ............................... 113

Anexo 7 – Carta ao Comitê de Ética em pesquisa da FOP-UNICAMP .......................... 114

Anexo 8 – Termo de consentimento livre e esclarecido ..................................................... 115

Anexo 9 – Declaração de infra-estrutura e autorização para uso da mesma .................. 117

Anexo 10 – Declarações da instituição ................................................................................ 118

Anexo 11 – Declarações dos pesquisadores ........................................................................ 119

Anexo 12 – Parecer consubstanciado do CEP.................................................................... 120

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1 INTRODUÇÃO

O edentulismo acomete milhões de pessoas mesmo nos países mais

economicamente desenvolvidos do mundo (Carlsson, 2006; Douglass et al., 2002). A perda

dos dentes impacta significativamente a qualidade de vida das pessoas, sendo a reabilitação

protética extremamente importante para o equilíbrio emocional e social dos mutilados orais. A

recuperação da capacidade mastigatória reduz a morbidade e mortalidade potencial por meio

da relação entre a eficiência mastigatória, envelhecimento e qualidade da alimentação

(Petersen et al., 2005). Um estudo de coorte populacional, que acompanhou mais de 1800

pacientes, inferiu que cada dente remanescente aos 70 anos de idade diminui em 4% o risco

de mortalidade em 7 anos (Osterberg, 2008).

Os desenvolvimentos tecnológicos recentes e a ampliação das possibilidades

terapêuticas provocaram uma mudança gradual nos planejamentos reabilitadores. Assim,

próteses convencionais removíveis mucossuportadas estão sendo substituídas pelas próteses

sobre implantes, as quais têm atraído grande interesse da comunidade odontológica (Carlsson

e Omar, 2010). Entretanto, o tratamento com implantes envolve maior complexidade e

procedimentos cirúrgicos que, podem limitar a sua indicação para pacientes com

determinados problemas sistêmicos ou para aqueles que preferem não realizar procedimentos

mais invasivos. Além disso, em muitos países economicamente desfavorecidos e mesmo para

determinadas populações dos países mais ricos do mundo, devido ao alto custo financeiro a

implementação da implantodontia e das novas tecnologias como rotina é distante da realidade

(Carlsson, 2006).

A prótese total convencional ainda é a opção de tratamento mais utilizada para a

reabilitação dos edêntulos totais (Cooper, 2009). Uma técnica tradicional (T) para confecção

das próteses totais convencionais é preconizada pela maioria das escolas de Odontologia do

mundo. A eliminação ou abreviação de alguma das fases clínicas e laboratoriais da técnica

tradicional é denominada de técnica simplificada (S). Essa apresenta como vantagens a maior

facilidade de execução clínica, a diminuição do tempo e dos custos relacionados (Paulino et

al., 2015; Cunha et al., 2013). As técnicas simplificadas têm sido descritas na literatura há

muitos anos (Hickey et.al.,1969), mas ainda são uma preocupação para a comunidade

científica. Para Hyde et al. 2014 apesar de alguns estudos recentes não terem encontrado

diferenças significativas entre as técnicas T e S, a técnica T fornece próteses com qualidade

superior e, por esse motivo, as técnicas S não deveriam ser utilizadas (Hyde et al. 2014).

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O reflexo das disparidades político-sociais e a diminuição dos recursos para os

cuidados em saúde desafiam educadores e profissionais que trabalham com as reabilitações

orais (Owen, 2006). Visando a ampliação do acesso, a política de saúde pública do Brasil

preconiza que as próteses totais sejam confeccionadas na Atenção Primária à Saúde (APS).

Na APS trabalham profissionais com formação generalista atendendo às várias demandas da

comunidade assistida. A cidade de Belo Horizonte (BH) iniciou o fornecimento de próteses

totais em 2010 e para maior adesão dos profissionais e adequação dos custos, a técnica

simplificada foi preconizada. A utilização da técnica simplificada possibilitou o fomento da

oferta de próteses totais convencionais na APS.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Edentulismo total

Para Carlsson et al. (1967) a satisfação do paciente e a sua experiência com as

próteses totais (PTs) são fatores determinantes para uma atitude favorável em direção a

adaptação e a utilização de novas PTs. O estado geral de saúde, a capacidade mastigatória, a

capacidade de pronúncia e de outras funções essenciais para o paciente influenciarão na

satisfação. Pouca correlação foi encontrada entre a satisfação e as condições bucais

favoráveis. Leves correlações foram percebidas entre a satisfação e a personalidade do

paciente, a adaptação social e a valorização do dentista. Nenhum fator foi determinante para a

satisfação dos pacientes com suas próteses totais.

Harrison et al. (1990) realizaram uma pesquisa sobre materiais e técnicas

utilizadas para a construção de prótese total na prática odontológica. Por meio de um

questionário postal enviado a uma amostra aleatória de 1000 profissionais. A taxa de resposta

ao questionário foi de 71,5%. Os resultados obtidos foram comparados com pesquisa similar

realizada em 1970. A maioria dos profissionais ainda fornecem próteses totais, principalmente

no âmbito do sistema público de saúde. Enquanto a demanda por próteses totais foi relatada

como tendo permanecido estável, houve redução considerável no número de técnicos de

prótese dentária. O hidrocolóide irreversível continua a ser o material de moldagem de

escolha. A maioria dos vazamentos de gesso dos moldes foram realizados nos laboratórios por

meio do envio do molde. Houve discordância entre a opinião dos profissionais em relação a

importância dos implantes na prática odontológica geral.

Gauthier et al. (1992) realizaram uma pesquisa com profissionais graduados de

uma escola de Odontologia no sudeste dos Estados Unidos. A pesquisa buscava obter

informações sobre os procedimentos técnicos que eram utilizados para a confecção das PTs.

Foram entregues 530 questionários para profissionais com 15 níveis diferentes de tempo de

formação. O total de 80% devolveu os questionários. Os resultados mostraram que a maioria

dos entrevistados (94,8%) faziam próteses totais convencionais, mas apenas 3,5% dedicavam

mais de 20% do seu tempo de consultório para o trabalho com as PTs. No consultório os

profissionais executavam cerca da metade dos procedimentos que julgavam essenciais para a

confecção das próteses quando da formação acadêmica. Essas referências técnicas que foram

utilizadas na graduação para a confecção das PTs diminuíram proporcionalmente com o

número de anos de prática clínica. Fatores que colaboraram para que os procedimentos

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aprendidos na graduação fossem abandonados foram a influência dos colegas de profissão e

os cursos de educação continuada. Para os autores o conteúdo do currículo acadêmico precisa

ser revisto para continuar sendo relevante em relação as práticas diárias dos consultórios.

Para Berg (1993) mesmo as próteses totais tecnicamente perfeitas estão associadas

a uma diminuição significativa das funções orais. O fato de que entre 65% a 75% dos usuários

de próteses antigas e de 85% a 90% dos pacientes que recebem PTs novas estarem satisfeitos

ocorre devido a capacidade de adaptação humana e não pela habilidade do profissional em

confeccionar as próteses. Pesquisas têm demonstrado que as variáveis consideradas

importantes para a satisfação e aceitação dos pacientes com as próteses totais como, a

qualidade das próteses, a condição oral, a relação dentista-paciente, a atitude dos pacientes em

relação as próteses, a personalidade dos pacientes, os fatores socioeconômicos, as variáveis

demográficas, a experiência anterior e a estereognosia oral, têm de fato, efeitos desprezíveis

ou mesmo não têm efeito. Também não há melhora da previsibilidade quando são

combinados os efeitos de tais variáveis. Algumas variáveis que apresentam importância

teórica como a habilidade motora e a qualidade e quantidade de saliva, ainda têm que ser

comprovadas. Não existe ainda um método prático que ajude o profissional a identificar os

pacientes que dificilmente se adaptarão com as próteses totais convencionais.

Carlsson (1998) avaliou por meio de uma revisão de literatura os efeitos adversos

relacionados ao uso das próteses totais convencionais. A reabsorção do rebordo residual foi

consequência inevitável da perda dos dentes e também do uso das próteses mucossuportadas.

As correlações entre as condições anatômicas existentes para suportar a prótese e a qualidade

da prótese com a satisfação dos pacientes são fracas. Os fatores psicológicos parecem ser

importantes para a aceitação e para a adaptação às próteses removíveis. Não há métodos que

possam prever um resultado favorável para as PTs, embora existam muitas variáveis

relacionadas ao tratamento, que se não controladas podem gerar resultado insatisfatório. As

próteses totais convencionais continuarão a ser uma parte importante do ensino e da prática

odontológica. Além das habilidades clínicas e técnicas para o atendimento global desses

pacientes o profissional deve ter uma boa comunicação com o paciente e conhecimentos de

psicologia. Para o autor o grande número de pessoas edêntulas no mundo justifica a

necessidade da busca pelas evidências científicas relacionadas com as próteses removíveis.

McGarry et al. (1999) do “American College of Prosthodontists” desenvolveram

um sistema de classificação para o edêntulo total baseado nos achados diagnósticos clínicos.

As classes foram diferenciadas por critérios diagnósticos específicos. Quatro categorias foram

definidas: Classe I, Classe II, Classe III e Classe IV. A Classe I agrupa as situações clínicas

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mais favoráveis: altura óssea medida na radiografia panorâmica superior a 21mm, anatomia

maxilar capaz de resistir aos movimentos verticais e horizontais, inserções musculares

mandibulares não interferindo na obtenção do selamento periférico das próteses e

relacionamento maxilomandibular classe I de Angle. As características da Classes II

englobam: altura óssea de 16 a 20 mm, anatomia maxilar capaz de resistir aos movimentos

verticais e horizontais, inserções musculares mandibulares que dificultam pouco o selamento

periférico e relacionamento maxilomandibular classe I de Angle. A classe III representa:

altura óssea de 11 a 15 mm, moderada resistência maxilar aos movimentos laterais e verticais,

dificuldade de selamento periférico da região anterior mandibular e moderada dificuldade de

obter o selamento mandibular posterior, relacionamento maxilomandibular classe I, II e III de

Angle. Agrupados na Classe IV estão as situações clínicas mais desfavoráveis: altura óssea

menor que 10 mm, anatomia maxilar sem resistência aos deslocamentos verticais e

horizontais, inserções musculares e ausência de tecido aderido com grande dificuldade de

obtenção do selamento periférico mandibular e relacionamento maxilomandibular classe I, II

e III de Angle. Os benefícios da utilização desta classificação incluem: melhorar o

atendimento ao paciente, melhorar a comunicação entre os profissionais, ser um instrumento

de triagem ajudando na seleção de novos pacientes para as clínicas das escolas de

Odontologia e propiciar a utilização de critérios padronizados na avaliação dos resultados das

reabilitações protéticas nos estudos clínicos.

Hyde e McCord (1999) pesquisaram os materiais e os métodos utilizados pelos

dentistas clínicos durante a obtenção dos moldes para próteses totais. Um total de 905

questionários foram enviados aos clínicos gerais da região de Greater Manchester para

identificar práticas clínicas atuais. Os resultados revelaram que 88% dos entrevistados usam

hidrocolóide irreversível nas moldagens primárias. Quando a pergunta permitiu mais de uma

resposta 99% dos entrevistados mencionaram os hidrocolóides irreversíveis como uma opção

para moldagens primárias. Nas respostas para a mesma pergunta sobre as moldagens

secundárias, 94% dos entrevistados mencionaram hidrocolóides irreversíveis como uma

opção. Outros materiais mencionados como opção para moldagens secundárias incluíram o

óxido de zinco e eugenol (29%) e o polivinilsiloxano (13%). No que diz respeito às moldeiras

individuais, 75% dos entrevistados usam moldeiras confeccionas em laboratório para as

moldagens finais. Perguntas sobre o alívio preconizado para a moldeira individual, a presença

de perfurações, o desenho das moldeiras e a desinfecção mostraram uma diversidade de

opiniões entre os profissionais. Apesar da maioria dos profissionais usarem as moldeiras

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individuais o hidrocolóide irreversível é o material mais utilizado para as moldagens de PTs

no Reino Unido.

Clark et al. (2001) distribuíram um questionário em 1995 solicitando informações

sobre a utilização de determinadas técnicas de reabilitação protética. O questionário foi

enviado a 3.544 graduados de uma escola de Odontologia. Foram recebidas respostas de

1.455 alunos, representando uma taxa de retorno de 41%. Em geral, os resultados foram

consistentes com as tendências internacionais e nacionais e mostraram discrepância

significativa entre as taxas de utilização de determinados procedimentos entre especialistas e

clínicos gerais, bem como uma desconexão entre o que é ensinado no programa da graduação

em Odontologia e o que é aplicado na prática. Por exemplo, enquanto especialistas

normalmente aplicam o que foi ensinado, as taxas de utilização do o arco facial para os

clínicos gerais foi 29,64%; da moldeira individual 68,48%; da moldagem periférica

personalizada 49,29% e dos articuladores semi-ajustáveis 50,64%. O estudo confirma a forte

evidência da desconexão entre o que é ensinado e o que é realizado na clínica diária do

cirurgião dentista.

Douglass et al. (2002) fizeram uma pesquisa sobre a especulação de alguns

profissionais em relação a diminuição acentuada da necessidade das próteses totais no futuro.

Portanto, que a formação acadêmica para as próteses totais deveria ser retirada do currículo

das escolas de Odontologia. Estimativas baseadas nos dados nacionais, dos Estados Unidos da

América, obtidas pelos inquéritos epidemiológicos indicaram que o edentulismo diminui em

10% a cada década e que apenas 90% dos adultos edêntulos obtêm e usam próteses totais. No

entanto, quando o número de adultos em cada grupo etário específico é multiplicado pela

porcentagem dos que precisam de uma prótese maxilar ou mandibular os resultados sugerem

que na população adulta a necessidade de 1 ou 2 próteses totais aumentará de 33,6 milhões

dos adultos em 1991 para 37,9 milhões em 2020. A queda de 10% do edentulismo em cada

década nos próximos 30 anos será mais do que compensada pelo aumento de 79% na

população adulta com idade superior a 55 anos. Assim, haverá um aumento da necessidade de

próteses totais de 53,8 milhões em 1991 para 61,0 milhões de próteses em 2020. Desta forma,

a eliminação da disciplina de PT do currículo das escolas, implicará em milhões de pacientes

desassistidos.

Petropoulos e Rashedi (2003) realizaram uma pesquisa nas escolas de

Odontologia dos Estados Unidos para determinar quais eram os conceitos, as técnicas e os

materiais predominantemente utilizados para as moldagens finais das próteses totais. As

avaliações foram realizadas por meio da análise das respostas a um questionário enviado aos

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chefes de departamentos de prótese dentária de 54 escolas de Odontologia dos EUA. O total

de 44 escolas retornaram com o questionário e a pesquisa finalizou com uma taxa de adesão

de 82%. Os resultados mostraram que a maioria das escolas (71%) ensinavam a técnica de

moldagem final pela pressão seletiva; a maioria das escolas (64%) utilizavam material

termoplástico para realização da moldagem periférica sobre as moldeiras individuais; 39% das

escolas não faziam perfurações na moldeira para facilitar o escoamento e a retenção do

material de moldagem; já 30% das escolas realizavam mais de uma perfuração e 27%

somente uma perfuração nas moldeiras; 98% usavam as moldeiras individuais para as

moldagens finais. Os programas das escolas de graduação, referentes a prótese total, foram

semelhantes em muitos aspectos na realização da moldagem. No entanto, existe uma

variabilidade no que é ensinado pelas escolas de Odontologia referente a filosofia adotada

para as moldagens e na seleção dos materiais que serão utilizados.

Drago (2003) comparou o número de consultas necessários para os ajustes das

próteses totais confeccionadas por meio de duas técnicas diferentes. Uma técnica realizou a

moldagem com moldeira individual associada a moldagem periférica utilizando material

termoplástico; a outra técnica foi realizada com moldeira individual e polivinilsiloxano denso

para a moldagem periférica. Foram selecionados 156 voluntários para o estudo. Eles foram

alocados em dois grupos: 78 voluntários foram reabilitados com técnica tradicional para PT

(moldeira individual com moldagem periférica realizada com material termoplástico) e 78 que

foram reabilitados por uma técnica modificada (moldeira individual com moldagem periférica

realizada com a massa pesada do polivinilsiloxano). Em ambas as técnicas a moldagem final

das áreas de suporte foi realizada com a massa leve do polivinilsiloxano. A média de ajustes

para as próteses dos pacientes tratados com a técnica tradicional foi de 2.68. O número médio

de ajustes para a técnica modificada também foi 2.68. Não houve diferença significativa no

número de consultas necessárias para a realização dos ajustes das próteses em ambos os

grupos.

Para Duncan e Taylor (2004) as próteses totais são tanto uma parte da

Odontologia clínica hoje como eram 50 ou 100 anos atrás. Embora a porcentagem relativa de

pacientes edêntulos tenha diminuído acentuadamente durante a última parte do século XX, o

número absoluto destes pacientes permaneceu o mesmo, ou provavelmente aumentou devido

a maior proporção da população com mais de 65 anos de idade. A odontologia geral, durante

os próximos 30 a 40 anos, devido ao aumento da expectativa de vida e do envelhecimento da

população terá que estar voltada às necessidades do atendimento de uma população

envelhecida. O profissional deve ser capaz de tratar o paciente totalmente edêntulo e oferecer

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um serviço de qualidade em prótese total. A chave para o sucesso das PTs é um diagnóstico

completo, a compreensão dos desejos e das expectativas do paciente e o seguimento de uma

sequência padronizada durante as fases clínicas e laboratoriais do tratamento.

Petersen et al. (2005) descreveram o impacto das doenças orais em todo o mundo

e a influência dos principais fatores de risco sociodemográficos para a saúde bucal. Apesar

das grandes melhorias na saúde oral das populações de vários países, os problemas globais

ainda persistem. A prevalência da doença oral é particularmente elevada para os grupos

populacionais mais desfavorecidos e pobres dos países desenvolvidos e dos países em

desenvolvimento. Doenças bucais como a cárie dentária, a doença periodontal, a perda dos

dentes, as lesões da mucosa bucal, o câncer de orofaringe o trauma oral e as doenças bucais

relacionadas a síndrome da imunodeficiência adquirida são os principais problemas de saúde

pública em todo o mundo. A falta da saúde bucal tem um efeito profundo sobre a saúde em

geral e sobre a qualidade de vida da população. A diversidade nos padrões das doenças orais e

as tendências de se desenvolverem mais em certos países e regiões sinalizam para a

necessidade do estabelecimento de programas preventivos de saúde bucal e de uma

abordagem diferenciada para os perfis de risco distintos. O importante papel dos fatores

sociodemográficos e ambientais na doença têm sido demonstrados em um grande número de

pesquisas socioepidemiológicas. Além das más condições de vida, os principais fatores de

risco estão relacionados com o estilo de vida insalubre (má alimentação, deficiência da

higiene bucal, tabaco e álcool) associados a limitada disponibilidade e acessibilidade aos

serviços de saúde oral. Várias doenças orais estão ligadas a doenças crônicas, principalmente

por causa de fatores de risco comuns. Além disso, doenças gerais, muitas vezes têm

manifestações orais. É urgentemente necessário o fortalecimento mundial dos programas de

saúde pública, por meio da implementação de medidas eficazes para a prevenção da doença e

da promoção da saúde oral. Os desafios de melhorar a saúde oral são particularmente grandes

nos países em desenvolvimento.

Narvai et al. (2006) analisaram a evolucao da experiencia de carie dentaria entre

escolares brasileiros no periodo de 1980 a 2003 e determinaram a distribuicao da carie e o

acesso dessa populacao ao tratamento da doenca. Foram utilizados dados secundarios

produzidos no periodo de 1980 a 2003, empregando o indice dentes permanentes cariados,

perdidos e restaurados (CPOD). Os valores de CPOD indicaram um nivel alto de carie

dentaria nos anos 1980, declinando para um nivel moderado nos anos 1990. Em 2003, o valor

do CPOD ainda era moderado (2,8). Entre 1980 e 2003, o declinio nos valores do CPOD foi

de 61,7%. A porcentagem de escolares com CPOD igual a zero aumentou de 3,7% em 1986

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para 31,1% em 2003. Por outro lado, enquanto no segmento menos atingido pela doenca

(CPOD de 1 a 3), o indice de cuidados aumentou de 26,3% em 1986 para 34,7% em 2003, no

segmento com CPOD de 4 a 5 o indice de cuidados caiu de 50,2% em 1986 para 39,3% em

2003. No segmento com CPOD de 6 ou mais, o indice de cuidados se manteve estavel

(28.0%). Aproximadamente 20% da populacao passou a concentrar cerca de 60% da carga de

doenca. Um declinio relevante do CPOD foi observado no periodo do estudo, sendo a

hipotese explicativa mais plausivel a elevacao no acesso a agua e creme dental fluorados e as

mudancas nos programas de saude bucal coletiva. Em setembro de 1988, o fabricante do

dentifricio lider em vendas em todo o pais introduziu fluor no produto e a partir de 1989,

estavam fluoretados mais de 90% dos produtos disponiveis para os consumidores. A despeito

da melhora, a distribuicao da carie ainda e desigual. A reducao das disparidades

socioeconomicas e medidas de saude publica dirigidas aos grupos mais vulneraveis

permanecem como um desafio para todos os que formulam e implementam as politicas

publicas no Brasil.

Para Carlsson (2006) apesar da taxa de edentulismo estar caindo muitas pessoas

ainda precisam das próteses totais. Existem evidências de que uma técnica mais complexa

para a fabricação das PTs como a que inclui o arco facial e a oclusão balanceada não é

necessária para que o resultado seja satisfatório. Variações dos materiais e das técnicas

parecem ter apenas uma influência menor no resultado final do tratamento. Um resultado final

favorável para as PTs está mais relacionado a fatores psicossociais e uma boa relação entre

dentista e paciente do que aos procedimentos técnicos utilizados para a confecção da prótese.

Para Carlsson (2006) os desenvolvimentos tecnológicos recentes e a ampliação

das possibilidades terapêuticas estão provocando uma mudança gradual na especialidade de

prótese dentária. O foco principal passou das próteses convencionais removíveis para as

próteses fixas sobre implantes. As reabilitações implantossuportadas têm atraído grande

interesse da comunidade odontológica. Outro fator que influencia cada vez mais a prática

clínica do cirurgião dentista é o desenvolvimento da odontologia estética. Por outro lado, os

tratamentos embasados nessas evoluções têm um custo financeiro alto acentuando as

desigualdades em níveis do serviço que os pacientes podem ter acesso. O reflexo das

disparidades político-sociais e a diminuição dos recursos para os cuidados em saúde desafiam

educadores e profissionais que trabalham com as reabilitações dos mutilados orais. Devido a

isso, em muitas partes do mundo, incluindo grupos populacionais dos países ricos, o

tratamento protético convencional como as PTs continuará a desempenhar um papel essencial

na odontologia.

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Owen (2006) estabeleceu um consenso entre especialistas sobre os princípios

protéticos que devem ser respeitados durante a construção das PTs. O consenso resultou em

um “Minimum Acceptable Protocol” (MAP) para confecção das próteses totais. A técnica de

pesquisa Delphi foi utilizada com respostas sim ou não para uma variedade de temas sobre as

diferentes fases da confecção das PTs. Os entrevistados também podiam acrescentar

comentários sobre qualquer aspecto do questionário. Foram realizadas três rodadas de

questionários e apenas as declarações que atingissem 90% ou mais de adesão eram incluídas

no questionário seguinte. Os entrevistados foram selecionados aleatoriamente nas diversas

regiões do país a partir da lista de e-mail de 2004 membros do “American College of

Prosthodontists”. Quarenta e um voluntários responderam ao primeiro questionário, 39 ao

segundo, restando 36 ao final do terceiro. Os 75 temas abordados no primeiro questionário,

foram reduzidos na segunda fase de perguntas devido a falta de adesão nas respostas. No final

da terceira fase de perguntas o MAP foi elaborado com as 18 declarações que obtiveram 90%

ou mais de concordância. Desde então, esse consenso orienta a pesquisa científica por novas

abordagens de modo que quaisquer alterações dos materiais e métodos estudados que não

sacrifiquem os princípios determinados por ele estarão filosoficamente dentro de uma

concepção apropriada. Mesmo que a opinião de especialistas seja considerada como o mais

baixo nível de evidência, não há outros métodos disponíveis para obter um protocolo deste

tipo e a técnica Delphi foi útil na obtenção do consenso. Este protocolo ajuda a avaliar

técnicas clínicas que tentam reduzir o tempo e custos ao fornecer um serviço de qualidade que

esteja em conformidade com o consenso descrito no MAP. O protocolo recomenda:

Para a etapa de moldagem:

- A moldagem final pode ser realizada de diferentes formas. A moldagem deve

permitir que o operador tenha condição de obter uma correta delimitação da área chapeável,

um assentamento da prótese com íntimo contato tecidual e o vedamento periférico.

Para a relação entre arcos:

- A linha média para os dentes anteriores superiores e o plano oclusal devem ser

determinados pelo operador, e esta informação transferida por meio de alguns dentes e / ou

pelas marcações e ajustes do plano oclusal;

- O registro da posição de relação cêntrica e da desejável dimensão vertical de

oclusão, deve ser realizado com um material de registro ou por meio do traçado intra-oral;

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- A dimensão vertical de oclusão deve respeitar a presença do espaço funcional

livre. Este espaço é apropriado para cada paciente e deverá ser suficiente para fisiologia da

deglutição, fala e estética.

Quanto a estética:

- O arranjo dos dentes anteriores mostrará que o clínico e o técnico conciliaram a

estética com a função observando uma variedade de fatores, tais como: perfil do tecido mole,

fonética, plano oclusal de orientação, naturalidade e aparência ideal para cada paciente

especificamente;

- A decisão sobre à estética da prótese deve ser conduzida pelo clínico, mas o

paciente deve fazer parte do processo.

Quanto a forma do arco:

- O alinhamento do arco dentário realizado pelo clínico deverá ocupar uma

posição neutra para as forças musculares.

Oclusão:

- O esquema oclusal deve contribuir para a estabilidade das próteses durante a

função. A intercuspidação deve permitir que o paciente possa retornar a esta posição durante a

função sem que haja instabilidade da prótese ou desarmonia com os músculos e articulações;

- Deverá haver contato em todos os dentes posteriores na posição de

intercuspidação (oclusão cêntrica).

Müller et al. (2007) estudaram a prevalência e a incidência do edentulismo e das

perdas dos dentes em países europeus. A pesquisa bibliográfica foi realizada por meio do

Medline / PubMed, utilizando várias combinações de palavras chave em relação a prevalência

e a incidência da perda dentária e do edentulismo. Os critérios de inclusão foram os estudos

transversais e os longitudinais clínicos e os estudos que utilizaram questionários com

amostras representativas e aleatorias de ≥ 100 individuos na avaliacao inicial. Inferiram que

existe uma falta de estudos epidemiológicos sobre edentulismo e sobre as perdas dos dentes

em muitos países da Europa e a qualidade dos dados disponíveis variava consideravelmente.

Os autores relatam que há um declínio do edentulismo com a diminuição da incidência da

perda dos dentes nas últimas décadas, mas que há grande diferença na prevalência do

edentulismo entre países, entre regiões geográficas do mesmo país e entre as diversas origens

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dos grupos. Grande número de variáveis estão associadas à perda do dente, a população idosa

apresenta maior número médio de dentes perdidos. A meta da organização mundial de saúde

para a manutenção de pelo menos 20 dentes na idade de 80 anos ainda não foi atingida,

embora esteja próxima em alguns países.

Harwood (2008) enfatizou que o envelhecimento da população gera,

consequentemente, o aumento do número de pacientes edêntulos total e parcial. Para o autor a

multiplicidade de possibilidades reabilitadoras torna a escolha pelo melhor tratamento um

desafio. A prótese dentária que será confeccionada deve apoiar em evidências fornecidas

pelos ensaios clínicos randomizados, nas revisões sistemáticas e nos estudos observacionais.

Barbato et al. (2008) estimaram a prevalencia de perdas dentarias em adultos de

35 a 44 anos de idade e testaram associacoes entre as perdas dentarias, as condicoes

demograficas e socioeconomicas com a utilizacao dos servicos odontologicos. Foram

analisados os dados de 13.431 participantes do estudo epidemiologico nacional de saude bucal

realizado em 2002-2003. O numero de perdas dentarias (≤ 12 e > 12) foi o desfecho

investigado. As variaveis independentes incluiram localizacao geografica, genero, cor da pele,

idade, renda per capita, escolaridade, tempo decorrido desde a ultima consulta odontologica e

tipo de servico utilizado. Foram estimadas as razoes de prevalencia bruta ajustada por meio de

regressao de Poisson. O edentulismo atingiu 9% da amostra; a mediana de dentes perdidos foi

igual a 11. As perdas dentarias foram fortemente associadas com individuos residentes em

zona rural, com as mulheres, com os mais pobres, com os de menor escolaridade e com

aqueles de idade mais avancada. Usuarios do servico publico e aqueles que consultaram

dentista ha mais tempo tambem apresentaram maior prevalencia do agravo mesmo apos o

ajuste por variaveis socioeconomicas e demograficas. Este estudo demonstra a necessidade de

uma reorientacao do servico publico odontologico, visando a prevencao de novas perdas

dentarias na populacao adulta por meio das politicas publicas de saude e da prevencao

voltadas especificamente para esta populacao. Existe a real necessidade de reabilitar os danos

ja instalados da maneira mais equanime possivel com a implementacao de servicos de

proteses. Tambem se tornam imperativas politicas de inclusao social, visto que os brasileiros

tem na boca um retrato claro das desigualdades existentes no conjunto da sociedade brasileira.

Österberg et al. (2008) investigaram se o número de dentes aos 70 anos é um

preditor independente de mortalidade. O delineamento foi um estudo populacional com quatro

coortes realizado em Goteborg, Suécia. Os quatro coortes foram a data de nascimento com os

nascidos em 1901/1902, 1906/1907, 1911/1912 e 1922 examinados de forma transversal aos

70 anos de idade 1971/1972 (l), 1976/1977 (ll),1981/1982 (lll) e 1992/1993 (V). O número

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total de participantes foi de 1803. Os dados de mortalidade foram coletados a partir dos

registos nacionais de saúde da Suécia. Os modelos de regressão de Cox foram usados para

medir a associação entre a mortalidade e o número de dentes com ajuste para covariáveis,

como fatores de saúde, fatores socioeconômicos e de estilo de vida. A prevalência do

edentulismo mostrou uma mudança significativa de 51% no primeiro coorte para 16% no

último grupo. A taxa de mortalidade de 7 anos foi de 14% em mulheres e 28% nos homens,

sendo maior em homens edêntulos nos dois últimos coortes (42% e 47%, respectivamente). O

número de dentes foi um preditor significativo estatisticamente independente de mortalidade

de 7 anos em ambos os sexos e de mortalidade de 18 anos nos homens. Os resultados

mostraram que cada dente remanescente na idade 70 diminuiu o risco de mortalidade de 7

anos em 4%. A diferença entre os indivíduos dentados com 20 ou mais dentes e os indivíduos

edêntulos em relação à mortalidade de 7 anos era significativamente maior no último em

relação ao primeiro grupo. O número de dentes foi um preditor significativo da mortalidade

independente de fatores de saúde, status socioeconômico e estilo de vida.

Felton (2009) realizou uma revisão de literatura para determinar as comorbidades

existentes entre os pacientes totalmente edêntulos. O edentulismo completo é o resultado final

de um processo multifatorial, envolvendo fatores biológicos e fatores relacionados com o

paciente, representando uma tremenda demanda mundial para as políticas de saúde. Para a sua

pesquisa o autor utilizou combinações do termo edentulismo em comorbidade com:

incidência, saúde, nutrição, cancro, saúde cardiovascular, diabetes, osteoporose, tabagismo,

asma, demência, e artrite reumatoide. Os autores relatam que o edentulismo é uma

preocupação global, existindo uma estimativa para uma crescente demanda por próteses totais

no futuro e que o paciente totalmente edêntulo parece estar em risco para várias doenças

sistêmicas. Na cavidade oral a reabsorção crônica do rebordo residual continua a ser a

principal complicação do edentulismo. Próteses confeccionadas corretamente juntamente com

o estabelecimento das consultas de manutenção minimizam a reabsorção dos rebordos

residuais.

Carlsson (2009) acredita que a prótese total convencional como muitos outros

procedimentos clínicos carecem de maiores evidências científicas, a falta de evidência torna o

efeito do tratamento desconhecido. Por meio de uma revisão de literatura o autor selecionou

artigos com as melhores evidências disponíveis. Para o autor existem muitas "velhas

verdades" sobre os tratamentos com as próteses totais que se tornaram verdadeiros dogmas,

sendo opiniões baseadas somente na crença e não na evidência científica. Como exemplo cita

a falta de evidência para apoiar a indicação do arco facial e as teorias relacionadas a oclusão

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em próteses totais removíveis. Conclui o trabalho afirmando que na era da odontologia

baseada em evidência, as intervenções ineficazes deveriam ser eliminadas e as decisões

tomadas baseadas nas melhores evidências disponíveis.

Cooper (2009) chama a atenção do clínico sobre as limitações potenciais na

abordagem do edentulismo. A qualidade das próteses, a morbidade relacionada e as

alternativas relacionadas como os implantes dentários permitem planejamentos diferentes para

o tratamento da população edêntula. Isto pode ser conseguido mediante a adoção de uma

estratégia terapêutica mais ampla e não unicamente concentrando nos aspectos técnicos de

uma prótese total. Uma ampla gama de características clínicas do paciente edêntulo devem ser

abordadas. Uma estratégia contemporânea deve incluir preocupações com a prevenção da

perda dos dentes, a avaliação da reabsorção do rebordo alveolar residual, análise das questões

relacionadas com a função da prótese, avaliação contínua da saúde da mucosa bucal,

acompanhamento periódico dos pacientes não-adaptados, justificativas reais para a

necessidade de substituição das próteses e a consideração da possibilidade reabilitadora por

meio dos implantes dentários. Para o autor a importância da qualidade técnica do tratamento

instituído deve ser ressaltada, mas não superar as preocupações mais amplas para assegurar a

saúde geral e o bem-estar da população edêntula.

Carlsson e Omar (2010) fizeram uma avaliação sobre as tendências atuais das

reabilitações protéticas descrevendo o possível futuro das próteses totais convencionais que

têm sido por muito tempo a única opção de tratamento para muitos pacientes edêntulos totais.

Embora haja uma tendência da queda do edentulismo em vários países, na maioria das

sociedades, devido ao envelhecimento da população, a necessidade de próteses totais não irá

reduzir em futuro próximo. Enquanto um grande número de edêntulos relatam satisfação com

o uso das próteses, um número menor é incapaz de se adaptar com as mesmas. Para esses

pacientes, a sofisticação das técnicas ou mesmo a presença de uma qualidade favorável dos

seus tecidos de suporte parecem ter pouca influência sobre a satisfação. Para os pacientes que

não se adaptam com as próteses convencionais, a partir dos anos 1980, os implantes dentários

osseointegrados melhoraram as possibilidades terapêuticas. Uma sobredentadura retida por

dois ou mesmo um implante é cada vez mais considerada como o tratamento mínimo que

deve ser ofertado para os pacientes em muitos países desenvolvidos. Os pacientes que têm

condições de submeter ao tratamento com os implantes podem esperar por melhorias

significativas das suas funções orais e consequentemente na sua qualidade de vida. Entretanto,

a indicação desse tratamento como rotina para a maioria não é realista, sendo que para muitos

até mesmo as próteses totais convencionais são uma realidade distante. Os autores ressaltam

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que é necessário melhorar a qualidade de vida dos pacientes edêntulos e para isso é

importante que os pesquisadores, os educadores e os clínicos do mundo desenvolvido estejam

atentos para as necessidades das populações com menos recursos.

Critchlow e Ellis (2010) revisaram a literatura sobre os indicadores de

prognósticos para o tratamento com PTs. Foram selecionados os artigos que estudaram

medidas de desfechos e a satisfação dos pacientes usuários de PTs. Os autores relataram haver

poucas evidências sobre a forma tecnicamente correta para a confecção das próteses totais.

Um rebordo bem preservado e o correto relacionamento maxilomandibular são indicadores

positivos para o sucesso. A limitação psicológica ao uso da prótese e a presença de uma crista

mandibular mal preservada são indicadores negativos para a PT. Nenhum outro indicador

parece apresentar um valor de prognóstico significativo. Existe uma minoria de pacientes que

nunca irão se adaptar a qualquer prótese total convencional, sendo este problema mais agudo

na mandíbula que na maxila.

Felton et al. (2011) estabeleceram um protocolo com 15 diretrizes baseadas em

evidências para o cuidado com a prótese total e para a sua manutenção. A necessidade de

estabelecer essas orientações se justifica no grande número de edêntulos na população

mundial. Nos Estados Unidos, enquanto a incidência do edentulismo continua a diminuir, o

crescimento rápido da população juntamente com as condições econômicas sugere que o

edentulismo e a necessidade do uso das PTs se manterão como os números atuais ou mesmo

crescerão. Infelizmente, as diretrizes baseadas em evidências para o cuidado e manutenção

das próteses totais removíveis não existem. Em 2009 o “American College of

Prosthodontists” (ACP) formaram uma força-tarefa para estabelecer diretrizes baseadas em

evidências para o cuidado e manutenção de próteses totais. A força-tarefa foi composta pelos

membros do ACP, da “Academy of General Dentistry”, da “American Dental Association”

(ADA) e do “American Dental Association Council on Scientific Affairs”, da “American

Dental Hygienists' Association”, da “National Association of Dental Laboratories” e da

“Glaxo Smith Kline (Consumer Healthcare)”. O processo de revisao incluiu a avaliacao de

mais de 300 resumos e seleção de mais de 100 artigos que preencheram os critérios de

inclusão. Foi formulado então o protocolo com 15 diretrizes baseadas em evidências para o

cuidado com a prótese total e para a sua manutenção. Essas diretrizes foram revisadas por

clínicos especialistas das organizações participantes e foram publicadas em fevereiro de 2011

na edicao do “The Journal of the American Dental Association” com ampla distribuicao para

a comunidade odontológica. As 15 recomendações foram: 1) remoção diária do biofilme

bacteriano presente na cavidade oral e na prótese; 2) fazer a imersão da prótese e escovar fora

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da boca com produto não-abrasivo; 3) fazer limpeza anual da prótese pelo profissional; 4)

Nunca colocar a prótese em água fervente; 5) Não embeber a prótese em água sanitária ou em

produtos que contenham hipoclorito de sódio por períodos superiores a 10 minutos; 6)

armazenar a prótese imersa em água para evitar que deforme; 7) Os adesivos podem ser

utilizados; 8) Os adesivos melhoram a percepção do usuário de prótese com relação a

retenção, a estabilidade e a qualidade de vida; 9) Não há evidência sobre os efeitos dos

adesivos por períodos superiores a 6 meses. Assim, o uso prolongado deve ser acompanhado

pelo profissional; 10) Não usar adesivo contendo zinco, pois provocam efeitos sistémicos

adversos; 11) O adesivo deve ser usado em quantidade mínima; 12) Os adesivos devem ser

completamente removidos da prótese e da cavidade oral; 13) Se for necessária a utilização de

quantidades crescentes de adesivo o paciente deve consultar um profissional para avaliar o

ajuste e a estabilidade das próteses; 14) Não é recomendado o uso ininterrupto das próteses;

15) Realizar avaliação profissional anual da cavidade oral.

Medeiros et al. (2012) juntaram os desfechos, edentulismo e uso da prótese, e

associaram a necessidade de PTs aos dados sociodemograficos e ao acesso para adultos e

idosos em um município no Nordeste do Brasil (Bayeux/PB). No Brasil, a população idosa

cresce com o aumento da expectativa de vida constituindo uma responsabilidade aos gestores

públicos para a construção de um planejamento efetivo de políticas públicas com uma oferta

de tratamento adequada baseada no conhecimento epidemiológico. Para a saúde bucal o mais

importante indicador dessa populacao e o edentulismo. O exame das condições bucais foi

realizado por um examinador previamente calibrado em uma amostra probabilística de adultos

(n=64) e idosos (n=22), de acordo com os critérios estabelecidos pela OMS. Os dados foram

analisados mediante estatística descritiva e regressão logística (p-valor<0,10). Os fatores de

risco identificados para necessidade de prótese foram: idade (OR = 1.07); necessidade de

tratamento dentário autorreferido (OR = 32,02); ter procurado o dentista para extracao

dentaria (OR = 5,58) e tratamento (OR = 14,69). Os autores concluíram que a prevalência do

edentulismo em adultos e idosos no município foi alta, existindo necessidade expressiva de

PT. A maior necessidade de prótese era dos idosos que solicitaram tratamento odontológico e

cujo motivo da consulta era realização de exodontia ou tratamento. O envelhecimento

populacional e suas implicações se configuram como um dos grandes desafios para a saúde

pública contemporânea. Foi possível verificar que houve atraso com relacao a priorizacao da

atencao a saude do idoso e a importancia do impacto do envelhecimento populacional no

sistema publico de saúde o que gera atualmente a necessidade de mudanças de caráter

urgencial dos modelos assistenciais.

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Cardoso et al. (2016) examinaram as taxas de edentulismo no Brasil e fizeram

projecoes para os proximos anos. Os dados foram coletados dos tres censos nacionais de

saude bucal e o percentual de arcadas edentulas foi calculado. Foram feitas projecoes para

2020, 2030 e 2040, assumindo que o edentulismo segue uma funcao logistica, tambem foram

realizadas projecoes populacionais. A variacao anual da proporcao de arcadas edentulas foi de

-0,04% para jovens, -0,96% para adultos e 0,76% para idosos. Ate 2040, o percentual de

arcadas edentulas sera virtualmente zero entre jovens, 1,77% entre adultos e 85,96% entre

idosos. O numero de jovens vai diminuir levemente, o de adultos vai aumentar e depois

diminuir e o de idosos vai continuar aumentando ate 2040. Para jovens e adultos, o numero de

arcadas edentulas vai diminuir, aproximando-se de 616.000 em 2040. Entretanto, para os

idosos, este numero vai aumentar alarmantemente, alcancando mais de 64 milhoes em 2040 o

que representa 85,96% de indivíduos com necessidade de próteses totais em uma ou ambas as

arcadas. O edentulismo esta diminuindo no Brasil entre jovens e adultos, mas esta

aumentando e continuara a aumentar nas proximas decadas entre os idosos. A necessidade de

próteses totais entre os idosos também continuará aumentado.

2.2 Satisfação do paciente x Qualidade de vida associada à saúde bucal

Slade e Spencer (1994) desenvolveram o questionário Oral Health Impact Profile

(OHIP) para mensurar o impacto das disfunções orais na qualidade de vida. O OHIP com

quarenta e nove perguntas foi derivado de 535 declarações obtidas das entrevistas de 64

pacientes sobre as consequências das condições patológicas bucais. As 49 questões abordadas

no questionário foram distribuídas em sete domínios: limitação funcional; dor física;

desconforto psicológico; incapacidade física; incapacidade psicológica; incapacidade social e

limitações. Foi avaliada em 328 voluntários usando o método de comparações pareadas. O

Oral Health Impact Profile foi um instrumento válido e confiável para a medição detalhada

do impacto da saúde bucal na qualidade de vida dos indivíduos e tem benefícios potenciais

para orientar a tomada de decisão clínica como também em pesquisa.

Allison et al. (1999) compararam os resultados obtidos pelo questionário OHIP

em uma amostra australiana com aqueles gerados por uma amostra de canadenses de língua

inglesa e outra de canadenses de língua francesa. O OHIP é a medida da qualidade de vida

relacionada com a saúde oral desenvolvido na Austrália, mas que está sendo usado cada vez

mais em outras populações. Tendo em vista a natureza culturalmente específica das

percepções da saúde das pessoas, se quisermos fazer comparações entre populações

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relacionando a saúde oral com a qualidade de vida, a equivalência transcultural dos

instrumentos precisa ser verificada. No estudo as comparações foram realizadas dentro dos

grupos por idade. Os itens e domínios utilizados para as 2 amostras de população canadense

eram idênticos aos desenvolvidos na Austrália, embora uma tradução formal francesa tenha

sido usada para a abordagem na língua francesa. As comparações foram feitas por meio de

“rankings” dos pesos intra dominios. As comparacoes das grandezas de pesos mostraram que

mesmo quando os itens foram classificados de forma semelhante, as magnitudes podem ser

bastante diferentes. Estes resultados sugerem um grau razoável de consistência transcultural

fornecendo validade ao OHIP canadense.

Yoshida et al. (2001) fizeram a correlação entre a qualidade de vida relacionada a

saúde bucal (QVSB) e a satisfação com as próteses totais em usuários idosos. Um novo

método para quantificar a QVSB foi desenvolvido e utilizado em 2.079 voluntários idosos

(idade ≥ 65 anos). Foram realizadas avaliações em 13 domínios para a satisfação geral em

relação a vida diária (comer, problemas de saúde, exercício diário, fadiga, qualidade do sono,

facilidade de comunicação, conforto físico, envelhecimento, solidão, trabalho, passatempos,

vida social e problemas econômicos). Em seguida, a correlação entre a QVSB e a satisfação

com a prótese foi realizada para 84 usuários de próteses totais selecionados aleatoriamente da

população do estudo. Os resultados demonstraram que idosos edêntulos satisfeitos com suas

vidas diárias também estavam satisfeitos com as suas próteses totais.

Wong et al. (2002) traduziram a versão original em Inglês do Oral Health Impact

Profile (OHIP) para a versão chinesa. Um total de 586 idosos com idade entre 60-80 anos

foram entrevistados e examinados clinicamente por dois dentistas calibrados. Informações

demográficas e das condições de saúde bucal dos voluntários foram recolhidas. O alfa de

Cronbach variou 0,69-,84 e o coeficiente de correlação teste-reteste variou 0,72-0,92. A

validade da obtenção da versão chinesa traduzida foi apoiada pela constatação de que os

OHIP-49 e seus domínios tiveram aumento da pontuação quando o estado de saúde bucal do

voluntário mudou de saudável para insalubre. Além disso, aqueles que tinham uma

necessidade de tratamento odontológico tiveram uma maior média nos domínios do OHIP-49

e do OHIP chinês em comparação com aqueles que não tinham. A versão chinesa traduzida

do OHIP demonstrou boa validade e confiabilidade. Ela está disponível para o uso por

pesquisadores em saúde relacionados com QVSB em populações idosas chinesas.

Allen e Locker (2002) desenvolveram uma versão abreviada do Oral Health

Impact Profile (OHIP) para ser usada em pacientes edêntulos. Os dados foram coletados a

partir do estudo em idosos no Canadá e em um ensaio clínico longitudinal sobre próteses

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retidas por implantes realizado no “dental hospital Newcastle” do Reino Unido. Todos os

indivíduos canadenses preencheram o OHIP no início do estudo, os voluntários do Reino

Unido também preencheram o OHIP após a conclusão do tratamento. Usando o método de

redução de impacto, uma versão encurtada do OHIP (chamada OHIP-EDENT 14) foi

derivada dos conjuntos de dados obtidos de ambos os grupos. Discriminantes de validade da

versão modificada OHIP-14 foram comparados com os da versão OHIP-49. Usando um

método de impacto para redução dos 49 itens do OHIP, foram formados subconjuntos muito

semelhantes para ambas as populações canadenses e britânicas. As propriedades

discriminantes de validade do OHIP-EDENT foram semelhantes no OHIP-14 e no OHIP-49.

Usando o efeito dos tamanhos para a avaliação da sensibilidade à mudança, o OHIP-14

pareceu mensurar as alterações na qualidade de vida de forma tão eficaz quanto o OHIP-49.

John et al. (2002) relataram o desenvolvimento da versão alemã do Oral Health

Impact Profile (OHIP). Os 49 itens originais foram traduzidos. A princípio associações

hipotéticas entre a soma dos pontos do OHIP e os auto relatos da saúde bucal de cinco

distúrbios orais foram confirmados em uma amostra aleatória da população geral (n=163,

idade 20-60 anos). Estas associações foram interpretadas como suporte para a validade da

construção. A capacidade de resposta do instrumento, como indicado por uma mudança do

resumo da pontuação média (45,0-28,3) do OHIP foi criada em 67 pacientes consecutivos

tratados para a DTM desordem temporomandibular (idade 19-85 anos; 72% mulheres). A

confiabilidade teste-reteste foi demonstrada por coeficientes de correlação que variaram de

0,63-0,92. A consistência interna foi alta (alfa de Cronbach>0,74). As propriedades

psicométricas do OHIP-G o tornam um instrumento adequado para a avaliação da QVSB em

estudos transversais bem como nos estudos longitudinais.

Allen e McMillan (2003) realizaram um ensaio clínico longitudinal envolvendo

103 voluntários para avaliação do impacto do tratamento com implante oral sobre o bem-estar

psicossocial de indivíduos com problemas com as próteses totais convencionais. Foram quatro

grupos: (1) queria implante / com implante: voluntários eram edêntulos mandibular,

solicitaram implantes e receberam implantes para reter a prótese; (2) queria implante / sem

implante: voluntários edêntulos mandibular solicitando implante, mas que receberam próteses

convencionais; (3) queria substituição: solicitando a substituição de suas próteses por meios

convencionais; (4) indivíduos dentados que solicitaram tratamentos de rotina e que foram

incluídos no estudo como controle. Os dados do estado de saúde foram coletados em cada

grupo antes e após o tratamento utilizando os instrumentos OHIP-EDENT e o SF36. O SF36 é

um instrumento de medida do estado de saúde desenvolvido nos Estados Unidos, a versão

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britânica dessa medida foi utilizada nesse estudo. O SF36 é composto por 35 declarações

divididas em oito domínios: capacidade física, capacidade social, importância da limitação

física, importância da limitação emocional, saúde mental, vitalidade, dor e percepção da saúde

em geral. Houve também uma solicitação para que os voluntários fizessem uma comparação

de seu estado de saúde atual com o de um ano atrás. Os voluntários do grupo 1, 2 e 3 também

preencheram uma escala de satisfação (EVA) para as próteses. Tanto os voluntários do grupo

1 quanto os do grupo 2 apresentaram após a perda dos dentes dificuldades em adaptar com as

próteses. Esses dois grupos (1 e 2) apresentaram um valor para o OHIP-EDENT muito maior

provocando um impacto na qualidade de vida maior que o dos voluntários que procuraram

pelo tratamento com as próteses totais convencionais (grupo 3). Os indivíduos dentados

(grupo 4) tiveram QVSB muito melhor em comparação com todos os indivíduos de PTs

(grupos: 1, 2 e 3). Após o tratamento, os indivíduos que receberam próteses

implantossuportadas (grupo 1) relataram uma melhora significativa na satisfação e na QVSB,

assim como indivíduos que solicitaram e receberam próteses convencionais (grupo 3). Os

indivíduos que solicitaram implantes, mas receberam próteses convencionais (grupo 2),

apresentaram pouca melhora da satisfação com a nova prótese e apenas uma modesta

melhoria em sua QVSB. Nenhum dos indivíduos que usava prótese (grupos 1, 2 e 3)

apresentou QVSB tão boa quanto a dos indivíduos dentados.

Awad et al. (2003) compararam a satisfação e a QVSB de pacientes tratados com

sobredentaduras com a satisfação dos pacientes tratados com PTs. Sessenta voluntários

edêntulos, com idade entre 65 e 75 anos foram divididos aleatoriamente em dois grupos: 1-

reabilitados com próteses convencionais superiores e com prótese convencional mandibular (n

= 30); 2- reabilitados com prótese convencional superior e uma sobredentadura suportada por

dois implantes com retentores de esferas na mandíbula (n = 30). Os indivíduos classificaram a

sua satisfação geral, bem como outras características de suas próteses (conforto, estabilidade,

capacidade de mastigar, fala, estética e capacidade de limpeza) na fase inicial do tratamento e

2 meses após a entrega da prótese. Mudanças nas avaliações sobre o Oral Health Impact

Profile original (OHIP) e sua forma curta (OHIP-EDENT) também foram utilizadas como

indicadores da QVSB. No desfecho primário deste estudo, as classificações de satisfação

geral realizada dois meses após a entrega foi significativamente melhor no grupo tratado com

sobredentadura com dois implantes mandibulares (P<0,001). O grupo de implante apresentou

classificações significativamente mais elevadas para o conforto, a estabilidade e a capacidade

de mastigar. Além disso, os indivíduos que receberam sobredentaduras sobre dois implantes

mandibulares tiveram um número significativamente menor para o OHIP-EDENT do que o

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grupo convencional. Os resultados de curto prazo sugerem que as sobredentaduras sobre dois

implantes mandibulares combinadas com próteses convencionais maxilares proporcionam

uma melhor função e uma maior QVSB do que as próteses convencionais.

Larsson et al. (2004) traduziram o Oral Health Impact Profile (OHIP) para o

sueco e avaliaram a confiabilidade e a validade da versão sueca (OHIP-S). O OHIP é um

questionário autoaplicável com 49 perguntas, divididas em 7 domínios diferentes. Um total de

145 indivíduos participaram e responderam ao questionário. Estes voluntários foram divididos

em cinco grupos separados clinicamente por: com disfunção temporomandibular (DTM) (n =

30), com Síndrome de Sjögren (SS) (n = 30), com sensação de ardor e dor na mucosa oral

(OMP) (n = 28), com má oclusão esquelética (má oclusão) (n = 27) e pacientes com padrão

dentário normal (controles) (n = 30). O grupo da DTM e o grupo controle participaram de um

procedimento de teste-reteste. A confiabilidade interna de cada sub escala foi considerada alta

com α de Cronbach variando de 0.83-0.91. A estabilidade teste-reteste do instrumento variou

0,87-0,98. A confiabilidade e a validade do OHIP-S foram excelentes. O resultado da

aplicação do teste mostrou que o instrumento conseguiu diferenciar grupos de pacientes com

tipos de limitações funcionais distintas, como também os indivíduos saudáveis. O OHIP-S

pode ser recomendado para avaliar o impacto da saúde bucal na capacidade mastigatória e na

função psicossocial.

Ikebe et al. (2004) usaram o OHIP-14 para avaliar o impacto da doença oral sobre

a qualidade de vida de um grupo de idosos em uma área urbana do Japão. O total de 1244

voluntários residentes na comunidade participaram do estudo. A confiabilidade interna para

os 14 itens gerais foi muito alta (alfa de Cronbach = 0,95). O relato da 'dor / doloroso' e do

“desconfortavel para comer” foram os dois itens mais altamente registados com a soma da

pontuação média do OHIP-14. A análise de regressão logística múltipla indicou que a soma

da pontuação OHIP-14 tinha associação significativa com a auto-avaliação da saúde geral e

uma percepção da necessidade de tratamento odontológico. No entanto, a idade, o sexo, a

insatisfação com a situação financeira ou o nível de escolaridade não foram

significativamente associados com a soma do OHIP-14. Em comparação com a de outros

países, os itens foram classificados de forma semelhante, ao passo que as magnitudes dos

problemas percebidos foram bastante diferentes aos de outra população. O OHIP-14 japonês

teve uma alta confiabilidade interna e foi significativamente associado com a condição

dentária tendo a classificação dos itens comparável com estudos de outros países.

Forgie et al. (2005) avaliaram o perfil do impacto na saúde oral (OHIP) sobre

edêntulos que precisavam substituir suas próteses da Escócia e da Inglaterra e determinaram

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se houve alguma mudança no impacto da QVSB quando da substituição das próteses antigas

pelas próteses novas. O OHIP é um instrumento usado para medir a percepção das pessoas do

impacto das disfunções orais em seu bem-estar. Um total de 58 indivíduos edêntulos foram

voluntários que completaram os questionários OHIP-14 antes e após receberem novas

próteses totais. Eles também avaliaram características específicas das próteses superiores e

inferiores. As respostas foram registadas numa escala de Likert. Os resultados mostraram que

para muitas perguntas as respostas do questionário anterior ao tratamento ficaram no extremo

inferior da escala de Likert, indicando que não houve grandes impactos em parâmetros da

vida relacionados com a qualidade de saúde oral. Após o tratamento houve melhorias

significativas em quatro dos 14 parâmetros avaliados no OHIP. Com as novas próteses os

pacientes expressaram maior satisfação, particularmente com a prótese inferior. Não houve

grandes diferenças entre as respostas da população da Escócia e da Inglaterra. Embora haja

necessidade de substituição de suas próteses após um período de desgaste, isto não significa

necessariamente impactos sociais significativos. O fornecimento de novas próteses não

resultou em grandes mudanças para o OHIP.

Scott et al. (2006) avaliaram se o OHIP e a satisfação dos pacientes edêntulos que

receberam próteses novas sinalizava mudanças da percepção do voluntário com as próteses

que possam ter impactado na QVSB. Duas técnicas de confecção das próteses foram

utilizadas no estudo: a técnica convencional e a técnica da cópia da prótese antiga. O OHIP é

um instrumento usado para medir a percepção do impacto das disfunções orais no bem-estar

das pessoas. Mudanças no OHIP podem ocorrer quando os indivíduos precisam ter suas

próteses totais substituídas. Além disso, é possível que o método pelo qual as próteses foram

construídas podem ter impacto sobre este. Um total de 65 indivíduos edêntulos participaram

do estudo. Trinta e três indivíduos tinham as próteses construídas por uma técnica de cópia e

32 por uma técnica convencional. Os voluntários preencheram o questionário OHIP-14 antes

e depois de ter recebido um conjunto próteses totais novas. Eles também avaliaram

características específicas das próteses superiores e inferiores. Não houve melhora

significativa do OHIP para ambas as novas próteses em relação às próteses antigas. Embora a

substituição das próteses após um período por motivo de desgaste seja necessária, isto não

significa impactos positivos sobre a QVSB. Não houve grandes diferenças entre os

voluntários que receberam as próteses pela técnica da cópia e os voluntários das próteses

convencionais em relação à pontuação do OHIP antes e após o tratamento. Geralmente os

voluntários expressaram maior satisfação com as novas próteses inferiores. No entanto, para o

grupo da prótese por cópias houve melhorias significativas para todas os sete domínios do

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OHIP em comparação com apenas cinco dos sete domínios para os voluntários do grupo

convencional.

Koshino et al. (2006) investigaram se a reabilitação protética satisfatória fornece

bem-estar psicológico bem como melhoria da saúde. Para discutir a validade e a

confiabilidade de um recente questionário, foram convidados 48 voluntários usuários de PT.

Em seguida, para discutir a diferença na qualidade de vida do paciente com os vários aspectos

e condições das próteses 108 voluntários foram convidados a preencher o questionário. O

questionário que contém quatro domínios com oito perguntas para os pacientes usuários de

prótese foi desenvolvido por meio de análise fatorial com rotação Varimax. A confiabilidade

foi confirmada (α de Cronbach = 0,784). Na primeira avaliacao do questionario com uma

escala visual analógica (EVA) contendo 16 itens de perguntas relativas a prótese e a

problemas alimentares, o estado de saúde atual, o bem-estar psicológico e físico, a satisfação

com a vida, e a qualidade de vida (QV) foram avaliados. A pontuação QV de pacientes

edêntulos com uma prótese total tendo alguns problemas mastigatórios foi significativamente

menor do que a de outros pacientes usuários de próteses que não apresentaram problemas.

Sugere-se que o uso da prótese tenha afetado significativamente a qualidade de vida de

pessoas idosas.

Souza et al. (2007) validaram uma versão brasileira para o Oral Health Impact

Profile (OHIP-EDENT) utilizado para a avaliação da QVSB em indivíduos edêntulos. A

amostra foi composta por 65 usuários de próteses totais. O OHIP-EDENT é constituído por

uma lista de perguntas que estão agrupadas de acordo com sete domínios: limitação funcional;

dor física; desconforto psicológico; incapacidade física; incapacidade psicológica;

incapacidade social e limitações. A versão em inglês do OHIP-EDENT possui cinco opções

de resposta para cada pergunta. A versão traduzida para o português permite apenas três: (0)

Nunca; (1) às vezes; ou (2) quase sempre. Foi proposto um menor número de opções para a

resposta para facilitar a compreensão do questionário. O questionário foi aplicado aos

voluntários duas vezes com um intervalo de tempo de 3 meses entre os testes. Um processo de

validação preliminar foi conduzido por uma abordagem qualitativa. Resultados de

consistência interna mostraram α de Cronbach 0.86 ou 0.90 para a primeira e para a segunda

avaliações respectivamente. Por meio da análise do teste-reteste, um coeficiente de correlação

intra-classe de 0·57 foi encontrado, e as respostas individuais refletiram uma ampla gama de

acordo. A versão brasileira do OHIP-EDENT foi adequada para avaliar a qualidade de vida

relacionada a saúde oral dos indivíduos edêntulos.

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Ellis et al. (2007) analisaram a satisfação dos pacientes reabilitados com próteses

convencionais e a QVSB. O total de 40 voluntários (com idade entre 55 a 85 anos)

dependendo da avaliação clínica (não randomizado), receberam um novo par de PTs

confeccionadas pela técnica convencional ou pela técnica da duplicação. Os voluntários

classificaram sua satisfação com as próteses pela EVA no início do tratamento e um mês após

a entrega das suas novas próteses. Sua QVSB foi determinada pelo questionário OHIP-20

também no início e com um mês. Os grupos de voluntários apresentaram a satisfação e OHIP

semelhantes no início do estudo e um mês após a entrega das novas próteses. Os dois grupos

eram semelhantes em termos de idade e sexo. Em ambos os grupos houve melhora

estatisticamente significativa nos domínios da limitação funcional, da incapacidade física e

psicológica do OHIP. O grupo da técnica convencional também apresentou melhora

significativa do domínio relacionado à limitações, enquanto que o grupo das próteses

duplicadas mostrou melhora significativa na classificação do domínio da dor e do desconforto

psicológico dos pacientes. A satisfação dos voluntários melhorou significativamente em

ambos os grupos em todas as variáveis, exceto na facilidade de limpeza e na capacidade de

falar. A técnica da duplicação resultou em pacientes menos satisfeitos com a estética das

novas próteses. A oferta de novas próteses, seja por uma técnica convencional ou pela técnica

da duplicação resultou na melhora da satisfação e da QVSB. Estas melhorias foram

estatisticamente significativas para alguns domínios, que variaram dependendo da técnica que

foi utilizada para a construção das novas próteses. Nenhuma técnica apresentou resultado

superior, o que pode ser um reflexo das expectativas dos pacientes no início do tratamento.

Para Locker e Allen (2007) há uma proliferação de medidas destinadas a

quantificar e descrever os resultados das condições de saúde bucal por meio das avaliações da

‘saude relacionada com a qualidade de vida'. Estas medidas, que foram inicialmente

designadas como indicadores sócio-dentais ou indicadores subjetivos da saúde bucal são

agora referidas como medidas da qualidade de vida relacionados com a saúde bucal (QVSB).

A principal conclusão do trabalho é que, apesar de todos os instrumentos utilizados

atualmente para avaliação da QVSB documentarem a frequência dos impactos funcionais e

psicossociais que emanam de distúrbios orais eles não estabelecem o significado e a

importância desses impactos. Consequentemente, a alegação de que os transtornos orais

afetam a qualidade de vida ainda não foi claramente demonstrada. São necessários mais

estudos qualitativos para a avaliação de como as disfunções orais são percebidas pelos

pacientes, bem como a utilização simultânea de medidas que respondam de forma mais

explícita a questão da qualidade de vida.

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Yamazaki et al. (2007) desenvolveram uma versão em japonês do Oral Health

Impact Profile (OHIP). Os originais 49 itens foram traduzidos usando um método para a

frente e para trás seguindo orientações de aceites para a adaptação cultural. Foram

investigadas para a validade do instrumento se houve associações entre a somatória dos

pontos do OHIP, a saúde bucal auto-referida (n=220) e a qualidade da prótese auto-referida

(n=155). A associação entre a pontuação OHIP e seis condições orais (n=227) foram também

testados. A capacidade de resposta do instrumento foi estabelecida comparando a pontuação

antes e após o uso de próteses parciais removíveis recém-fabricadas (n=30). A confiabilidade

teste-reteste (n=37) e consistência interna (n=251) também foram calculados. Após o

desenvolvimento cinco novos itens foram adicionados ao OHIP. As associações hipotéticas a

princípio entre a pontuação do OHIP e as condições de saúde bucal foram confirmadas

(P<0,001). A alteração das pontuações do OHIP 63,6-40,6 (P <0,001) suportam a capacidade

de resposta do instrumento que apresentou correlação de alfa de Cronbach 0,98 e a

confiabilidade teste-reteste 0,81. A versão japonesa atualmente desenvolvida do OHIP para

populações alvo é adequada para avaliar a QVSB nos estudos transversais bem como nos

estudos longitudinais.

Joseph e Nichols (2007) investigaram o nível de satisfação e a qualidade de vida

de uma amostra aleatória de 200 voluntários em três locais de atendimento em saúde pública

das doenças crônicas no Sul de Trinidad. A satisfação do paciente e a qualidade de vida são

cada vez mais reconhecidos como elementos centrais na monitorização e avaliação dos

cuidados em saúde. Neste levantamento os participantes tiveram uma média de quatro visitas

anuais e 75% deles tinham 50 anos ou mais. Cerca de dois terços dos participantes deram uma

classificação de boa a excelente para a equipe de saúde. Os resultados sugeriram que os níveis

de satisfação do cliente e do número de doenças estão associados com a qualidade de vida.

Souza et al. (2010) avaliaram as respostas dos pacientes para a versão traduzida

para o português do OHIP-EDENT em um grupo de indivíduos edêntulos pela análise dos

sete domínios preconizados pelo Oral Health Impact Profile. A divisão em sete domínios do

OHIP-EDENT não se mostrou consistente na versão brasileira, tornando difícil a

interpretação dos dados clínicos. Os dados de 103 voluntários foram avaliados utilizando a

versão brasileira do OHIP-EDENT. A análise fatorial identificou quatro fatores que

responderam por 63% dos 19 itens de variância total, nomeados como: desconforto e

deficiência mastigatória (dificuldade de mastigar, desconforto ao comer, evitar alimentos e

interromper refeições); desconforto e incapacidade psicológica (preocupação,

constrangimento, impossibilidade de comer, perturbação e embaraço); incapacidade social

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(evitar sair de casa, intolerância com o outro, irritação com o outro, incapacidade de convívio

e insatisfação com a vida em geral); e a dor e o desconforto oral (retenção de alimentos,

assentamento da prótese, boca dolorida, pontos doloridos e prótese desconfortável). Os quatro

domínios da versão brasileira do OHIP-EDENT representaram os aspectos mais importantes

para a qualidade de vida relacionada à saúde bucal dos brasileiros.

Sato et al. (2012) avaliaram a validade e a confiabilidade da versão japonesa do

Oral Health Impact Profile para pacientes edêntulos. O OHI-EDENT é um instrumento

psicométrico adequado para avaliar a qualidade de vida em pacientes edêntulos. No entanto, a

versão japonesa não tinha tido a sua confiabilidade avaliada e validada. O estudo foi realizado

com 116 voluntários edêntulos (Grupo A, com necessidade de novas próteses, n = 61; Grupo

B, usuarios de proteses, n = 55). O alfa de Cronbach (α) foi utilizado para medir a

consistência interna dos somatórios dos valores para OHIP-EDENT-J e vários sub-escalas dos

grupos A e B. O coeficiente de correlação de Spearman entre os valores do OHIP-EDENT-J e

a satisfação com as próteses pela EVA 100 mm foram calculados para os grupos A e B. O

OHIP-EDENT-J, um questionário sobre qualidade de vida relacionada com a saúde oral que

compreende 19 itens, apresentou boa confiabilidade e validade para os japoneses edêntulos.

Michaud et al. (2012) avaliaram o grau de associação entre a satisfação dos

pacientes usuários de próteses com a QVSB. No estudo procuraram identificar os

determinantes da satisfação que melhor predizem a QVSB. Foram utilizados dados de 255

idosos edêntulos que participaram de um ensaio clínico randomizado. As avaliações da QVSB

foram obtidas usando o questionário OHIP-20. O Instrumento de satisfação em relação as

próteses de McGill foi utilizado para avaliar a satisfação com o tratamento (prótese total

convencional mandibular ou sobredentadura sobre implante). Os resultados foram medidos

antes do tratamento, 6 e 12 meses após a entrega das novas próteses. Quando o efeito

combinado de todos os fatores foi analisado, apenas duas variáveis da prótese total

relacionadas com a satisfação foram significativamente associadas com a QVSB: a

capacidade mastigatória (P = 0,005) e a condição oral (P = 0,002). O tipo de tratamento, o

sexo, a idade e outras variáveis sociodemográficas não foram significativamente associadas

com a melhoria na QVSB. A conclusão foi que existe uma associação altamente positiva entre

a satisfação e a QVSB. A capacidade mastigatória e a condição bucal foram determinantes

para a satisfação com as próteses totais.

Stober et al. (2012) avaliaram a QVSB em pacientes com PTs e fizeram a

associação entre QVSB com a satisfação do paciente. Cinquenta e dois voluntários (idade

média, 66,3; 48,1% do sexo masculino) receberam próteses em pelo menos um maxilar. A

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análise estatística foi realizada para os voluntários usuários PTs em ambos os maxilares (n =

22) ou na arcada superior somente (n = 28). Os dados foram coletados 4 semanas, 6 meses, 1

e 2 anos após a entrega das próteses. A QVSB foi medida pelo OHIP-EDENT. A satisfação

foi analisada pelo auto avaliação do voluntário por meio de uma EVA que variou de 0-10. A

análise multinível e a análise de correlação cruzada foram feitas para comprovar a hipótese de

que a satisfação do paciente era um predisponente significativo da QVSB, e não o contrário.

A QVSB melhorou de 22,9 para 12,1 para o edêntulo reabilitado com prótese em ambos os

maxilares e de 20,3 para 14,7 para o edêntulo que recebeu somente a prótese superior. A

satisfação do paciente e a QVSB foram significativamente associadas (p0.016). A satisfação

do paciente e QVSB foram associadas para portadores de próteses totais, no entanto, a

causalidade da satisfação propiciando QVSB e não o contrário não pôde ser comprovado.

Montero et al. (2013) avaliaram os relatos da QVSB em indivíduos tratados com

próteses convencionais. Foram 153 voluntários que buscavam pela reabilitação protética. Os

fatores protéticos e sociodemográficos relacionados (Índice Eichner, número de contatos

oclusais, estética e dentes perdidos) foram registrados. Foram coletados os impactos da fase

inicial sobre a QVSB por meio do questionário OHIP-14. Um mês após o tratamento, os

participantes responderam se as próteses tinham gerado efeitos melhores, iguais ou piores

dentro dos 14 itens (Post-OHIP). Os pacientes do estudo foram comparados com uma

população de referência (população-P; n = 123) em termos de QVSB. A população foi

composta por espanhóis adultos que usavam próteses dentárias convencionais que não

estavam em busca de qualquer tipo de tratamento odontológico. A confiabilidade e a validade

dos testes aplicados e a estrutura fatorial do Post-OHIP foram investigados. Um modelo de

regressão de Poisson foi calculado para prever os itens que iriam mudar favoravelmente após

o tratamento. Foram estabelecidos quatro coortes protéticos de acordo com os tipos de

reabilitações realizadas: 1-FDPS: prótese fixa metalo-cerâmica; 2-M-RPDs: próteses parciais

removíveis com estrutura metálica; 3-ADs: próteses parciais acrílicas e 4-CDs: prótese total.

Os pacientes que necessitavam de ADs ou CDs relataram significativamente menor QVSB na

fase inicial do estudo do que aqueles que necessitavam de M-RPDs ou FDP. Dor e

desconforto eram os únicos fatores que prejudicaram a avaliação das reabilitações após à

reabilitação removível. M-RPDs forneceram significativas melhorias terapêuticas. Os

pacientes perceberam os benefícios dos tratamentos pela capacidade mastigatória, estética e

na satisfação com a saúde oral depois de receberem as próteses dentárias. O tratamento com

prótese removível aumentou o bem-estar geral dos pacientes embora possa causar desconforto

e dor durante a mastigação em mais de 20% dos indivíduos. Quanto maior for a percepção da

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limitação da saúde oral no início do tratamento maior será o aumento na QVSB percebida

pelo paciente após o tratamento.

2.3 Satisfação do paciente x Qualidade das próteses

Jacobson e Krol (1983) indicam que os profissionais devem basear nos aspectos

biológicos para a obtenção da relação ideal entre a base da prótese e os tecidos de suporte. A

fibromucosa e o rebordo ósseo devem ser capazes de tolerar as tensões funcionais. A

moldagem deve propiciar uma condição ideal de assentamento, fornecendo suporte para as

PTs sem gerar desconforto ao paciente. As regiões anatômicas que possuem condições

necessárias para realizarem o suporte primário devem possuir contatos efetivos com a base da

prótese sob as cargas funcionais. Aquelas áreas que são anatomicamente menos resistentes ou

estão impróprias para o suporte devem ser aliviadas. A seleção das regiões que devem servir

de suporte primário e secundário depende das variações anatômicas e individuais de cada

paciente.

Garrett et al. (1996) avaliaram o reembasamento ou a substituição de próteses

velhas visando melhorar a oclusão, a estabilidade, a retenção e o suporte muscular. Próteses

bem ajustadas mantém os tecidos de suporte saudáveis fornecendo satisfação para os

pacientes, melhorando a função oral e a autoestima. Neste estudo, a satisfação de 21 pacientes

com próteses ruins foi avaliada antes e após as próteses terem sido reembasadas ou

substituídas por novas próteses para melhorar a oclusão, a dimensão vertical de oclusão, a

retenção e a estabilidade. Mais de 55% dos pacientes eram moderadamente ou totalmente

satisfeitos com suas próteses totais mal adaptadas. Com as novas próteses, a maioria dos

pacientes, perceberam melhorias no conforto, na capacidade mastigatória, no prazer em

alimentar, nas escolhas dos alimentos, na retenção e na pronúncia. Os resultados apoiam a

convicção de muitos clínicos que os pacientes são beneficiados pelo reembasamento ou

mesmo pela substituição das próteses totais mal adaptadas. Melhoras da função mastigatória

subjetivas foram percebidas pela maioria dos pacientes, apesar da falta de melhora objetiva da

atividade do músculo masseter e do desempenho mastigatório com as novas próteses.

Provavelmente os usuários de prótese total mensuram a sua capacidade mastigatória pelo

conforto com a mastigação e não pela sua condição de triturar os alimentos.

Awad e Feine (1998) selecionaram cento e vinte voluntários para participar de um

ensaio clínico randomizado controlado comparando dois tipos de próteses mandibulares:

próteses convencionais e próteses sobre implante. Investigaram a satisfação dos usuários com

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as PTs. No início do estudo os voluntários avaliaram por meio da escala visual analógica

(EVA) fatores como o conforto, a capacidade mastigatória, a estabilidade, a estética e a

capacidade de pronúncia que são fortemente relacionados com a satisfação para usuários de

PTs. A satisfação geral com as próteses também foi avaliada e os voluntários apontaram o

conforto, a capacidade mastigatória e a estabilidade como os fatores que consideravam mais

importantes para uma prótese satisfatória. A satisfação do paciente com as próteses dentárias

convencionais foi altamente influenciada pelo gênero, a estética e a capacidade funcional da

prótese. A população do estudo desejava substituir suas próteses, por isso é provável que eles

eram mais propensos a serem insatisfeitos com a suas próteses velhas do que a população em

geral. Para os autores a menor força muscular das mulheres em comparação aos homens

provoca um deslocamento menor das próteses aumentando a satisfação delas em relação as

próteses mandibulares. Assim, as classificações de satisfação geral foram geralmente baixas.

O aumento da satisfação dos pacientes com as sobredentaduras mandibulares foi

significativamente associada com a melhora da retenção, da estética e do conforto. A

capacidade de mastigatória e a capacidade de pronúncia também afetaram significativamente

a satisfação. A satisfação com as próteses totais inferiores foi de 37,88 com desvio padrão de

31,66.

Sato et al. (1998) tentaram esclarecer o grau de contribuição de cada fator clínico

na avaliação geral das PTs. Experientes especialistas em prótese desenvolveram um método

de avaliação da qualidade da prótese total. Dezesseis fatores clínicos com uma escala de três-

graus foram utilizados para avaliação das próteses totais em 320 pacientes. A avaliação geral

das próteses foi realizada com uma escala de 10 pontos. A contribuição de cada um dos 16

fatores para o nível geral de satisfação foi determinada por uma análise de regressão múltipla.

Destes 16 fatores sete foram altamente correlacionados com a satisfação geral: alinhamento

dos dentes anteriores, espaço interoclusal, estabilidade da prótese mandibular, oclusão,

articulação, retenção da prótese mandibular e extensão periférica da prótese mandibular. Um

método de pontuação para avaliação da satisfação com as PTs foi estabelecido seguido do

cálculo das pontuações desses fatores e da conversão da soma total de cada fator para um

número inteiro entre 0 e 100. A pontuação quantificada resultante foi estreitamente

relacionada com a avaliação geral da prótese. Um protocolo de avaliação utilizado para a

avaliação das próteses totais foi desenvolvido então baseado nos conhecimentos científicos de

experientes especialistas.

Fenlon et al. (2002) avaliaram a relação entre a satisfação e a qualidade das

próteses totais. A qualidade das próteses foi avaliada por um especialista na consulta inicial e

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na primeira consulta após a instalação das novas próteses. Os voluntários classificaram as

suas próteses totais em escalas de quatro pontos. Completaram o estudo 459 voluntários.

Houve correlação positiva entre a avaliação clínica da qualidade pelo clínico especialista e a

satisfação dos pacientes com as próteses. Houve estreita correspondência quando as próteses

existentes foram classificadas como ruins pelo profissional com a baixa satisfação relatada

pelos voluntários. O mesmo nível de correlação ocorreu quando as próteses foram

positivamente avaliadas pelo profissional ao mesmo tempo que maiores índices de satisfação

foram obtidos pela avaliação dos pacientes. Os resultados do estudo enfatizam a importância

da qualidade da prótese total para propiciar satisfação para o paciente.

Celebić et al. (2003) pesquisaram os fatores que estão relacionados com a

satisfação dos pacientes com a prótese total. Participaram do estudo 222 usuários de prótese

total. A qualidade da prótese e a área chapeável foram avaliadas por profissional por meio de

um questionário. O paciente respondia sobre a sua satisfação com as PTs e classificava suas

próteses em uma escala de likert que variou de 1 a 5 (1extremamente insatisfeito a 5

excelente). Os pacientes estavam, em sua maioria, satisfeitos com a qualidade de suas

próteses. Pacientes com baixo nível de educação eram em geral mais satisfeitos com sua

aparência. Os pacientes que relatavam melhor qualidade de vida apresentavam maior índice

de satisfação geral. Pacientes com maior poder econômico apresentaram níveis mais baixos de

satisfação. Os pacientes jovens, edêntulos há pouco tempo e com bom rebordo estavam

satisfeitos com a retenção de suas próteses superiores. Entretanto, mesmo tendo bom suporte

mandibular estavam insatisfeitos com a retenção e o conforto destas próteses. Em resumo, o

nível de educação, a qualidade de vida e a situação econômica estão relacionadas com a

satisfação do paciente. A qualidade das próteses mostrou forte correlação com a satisfação

dos pacientes. Para as próteses totais mandibulares pareceu mais importante a experiência

anterior com o uso da prótese do que a própria qualidade do tecido fibromucoso para o

suporte da prótese.

Wolff et al. (2003) avaliaram a correlação existente entre a satisfação do paciente

com as próteses totais e os parâmetros de qualidade da prótese, a condição bucal e a taxa de

fluidos das glândulas salivares submandibular e sublingual. Os parâmetros foram avaliados

em 50 portadores de próteses totais. A maioria dos voluntários tinham uma taxa de redução do

fluxo salivar provocada pelo uso de medicação (média de 0,024 ml/min / glândula; SD 0,040).

A taxa de fluxo salivar foi correlacionada estatisticamente com seis parâmetros de satisfação

para próteses: a retenção da prótese superior e o conforto, a retenção da prótese mandibular e

o conforto, a capacidade mastigatória e a fala. A resiliência do rebordo alveolar, a forma do

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rebordo maxilar e a qualidade da prótese não se correlacionaram significativamente com a

satisfação às próteses. Características da musculatura estão significativamente correlacionadas

apenas com a retenção subjetiva da prótese superior e a forma do rebordo mandibular

correlacionada com o conforto. O fluxo salivar submandibular / sublingual é um fator

importante que influencia no resultado para a satisfação com a prótese. A satisfação da

prótese não foi afetada por outros parâmetros anatômicos ou relacionada com a qualidade da

mesma.

Fenlon e Sheriff (2004) investigaram por um período de dois anos, a relação entre

a qualidade e a satisfação dos pacientes que receberam novas próteses totais. Quatrocentos e

dezessete voluntários foram recrutados para o estudo e as avaliações da satisfação foram

realizadas por meio de questionários postais após três e dois anos da instalação das próteses.

A taxa de resposta ao questionário foi de 87%. Não foram encontradas associações

significativas entre os aspectos referentes a qualidade das próteses e a satisfação dos pacientes

após dois anos de uso. Os autores concluíram que a qualidade clínica inicial das próteses

totais não foi um fator significativo na determinação da satisfação final dos pacientes com

suas PTs dois anos após a instalação.

Hanji et al. (2006) investigaram a relação entre o grau de reabsorção do rebordo

alveolar mandibular e o número de ajustes necessários após a entrega das próteses totais aos

usuários. Foram 77 voluntários usuários de próteses totais que tiveram os rebordos medidos

bilateralmente. Foram medidas a largura, a altura e a inclinação do rebordo alveolar

mandibular correspondentes às áreas de caninos (C), áreas de primeiros pré-molares (P1),

áreas de segundos pré-molares (P2), e as áreas dos primeiros molares (M1). Os autores

fizeram a relação das medidas obtidas com o número de sessões de ajustes necessárias para a

prótese. Os resultados mostraram que a média do número de ajustes necessários para as

próteses foram de 4,4 +/- 1,8 vezes (3,8 vezes para os homens e 5,0 vezes para as mulheres),

mostrando uma diferença significativa entre homens e mulheres (p<0,01). A largura do

rebordo alveolar em média foi de C: 9,7 mm, P1: 10,4 milímetros, P2: 11,5 mm e M1: 13,0

mm. A altura do rebordo alveolar média foi de C: 4,3 mm, P1: 4,6 mm, P2: 4,9 mm, e M1: 5,2

mm. O rebordo alveolar apresentou a média de inclinação para C: 11.2 graus, P1: 13,5 graus,

P2: 15,4 graus, e M1: 18,8 graus. A largura e a altura do rebordo alveolar mandibular em C,

P1, P2 e M1 foram significativamente maiores nos homens do que nas mulheres (p<0,05). A

altura da crista alveolar da mandíbula era significativamente menor quando foram muitos os

ajustes necessários até a adaptação das próteses. (p<0,05).

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Fenlon et al. (2007) investigaram a influência da personalidade do paciente sobre

a satisfação com uso das próteses totais. Pacientes que procuraram uma escola de Odontologia

para a substituição de suas próteses totais preencheram um questionário sobre sua

personalidade e tiveram a qualidade de suas próteses antigas avaliadas. Após a primeira

consulta pós-instalação das novas próteses a qualidade das próteses foi avaliada. A satisfação

dos pacientes com as novas próteses também foi investigada. Três meses e 2 anos após a

entrega das novas PTs os questionários de satisfação foram enviados para todos os

participantes. Trezentos e oito pacientes participaram e 217 completaram todas as fases do

estudo. O uso das próteses dentárias velhas não foi associado com a personalidade, mas foram

significativamente associados com neuroticismo. No caso das próteses novas em primeira

análise, há aspectos de satisfação avaliados pelos pacientes que foram significativamente

associados com a personalidade. As associações do neuroticismo com todos os aspectos da

satisfação com as novas PTs foram encontrados em 3 meses. Após 2 anos, que as próteses

haviam sido instaladas, o neuroticismo ainda foi fortemente associado a falta de satisfação.

Pacientes neuróticos eram significativamente menos satisfeitos com as PTs.

Sutton et al. (2007) compararam a satisfação dos voluntários com três formas

oclusais diferentes dos dentes posteriores. Por meio de um estudo cruzado randomizado cada

participante (n = 45) recebeu três conjuntos de PTs com a forma oclusal posterior diferente (0

grau, anatômica e lingualizada). Cada conjunto foi usado em uma ordem aleatória durante 8

semanas. Os resultados mostraram que as formas oclusais posteriores anatômicas e

lingualizadas apresentaram níveis significativamente mais elevados de satisfação comparados

a forma de 0 grau. Não houve diferença significativa entre as formas oclusais posteriores

lingualizadas e anatômicas.

Fenlon e Sheriff (2008) investigaram as possíveis relações entre as condições

clínicas e a satisfação dos pacientes com novas próteses totais. Pacientes que procuraram o

Instituto de King College London Dental, Hospital de Guy, em Londres, para receberem

novas próteses totais foram selecionados. Dados relevantes iniciais foram registrados e foram

realizados exames intra orais da boca edêntula e quando presente, das próteses existentes. A

boca edêntula, as próteses velhas e as novas foram reexaminadas na primeira visita após a

instalação das novas PTs. Três meses após esta visita, os pacientes receberam um questionário

postal para avaliação da sua satisfação. Foram recrutados 723 pacientes o que era adequado

para o propósito do projeto, mas a perda de 167 (23%) entre a primeira visita e a primeira

avaliação foi decepcionante. A taxa de resposta ao inquérito postal de 94% (522 de 556) foi

muito satisfatório. Foram encontradas associações significativas entre a qualidade das

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próteses totais com a qualidade do rebordo alveolar residual, com os fatores de adaptabilidade

e com a satisfação dos pacientes com as próteses totais. A satisfação dos pacientes com as

novas próteses totais foi fortemente relacionada com a precisão da reprodução do

relacionamento mandibular (precisão do registro da posição retrusiva da mandíbula e a

presença ou ausência do espaço funcional livre) e em menor grau para os fatores de

adaptabilidade do paciente. A precisão do registro da posição retruída mandibular e a

qualidade do rebordo alveolar residual mandibular foram fortemente relacionados a retenção e

a estabilidade das próteses inferiores. A personalidade do paciente não foi incluída devido a

dificuldades na identificação de variáveis latentes relacionadas com a personalidade. Esta

investigação demonstrou fortes relações entre a qualidade dos rebordos alveolares residuais

mandibulares, a qualidade das novas próteses e a satisfação dos pacientes.

De Lucena et al. (2011) correlacionaram a satisfação dos pacientes com a

qualidade das próteses, avaliada pelo profissional, com variáveis objetivas da função

mastigatória. Uma amostra de 28 indivíduos edêntulos foi selecionada, todos eram usuários de

próteses totais em ambas as arcadas há pelo menos 6 meses, sem sinais ou sintomas de

distúrbios da articulação temporomandibular. Os voluntários classificaram o nível de

satisfação com suas próteses por meio de uma escala visual analógica que variou de 0 a 100

mm e as próteses foram avaliadas por um profissional que avaliou os aspectos funcionais de 0

a 9. O desgaste dos dentes posteriores da prótese foi avaliado pela perda da anatomia oclusal.

Os testes da performance mastigatória e do limiar de deglutição foram realizados com

alimento teste artificial (optocal). O tamanho médio da partícula (X50) foi obtido pelo método

do peneiramento. Os resultados mostraram que o valor da satisfação dos voluntários com suas

próteses foi 49,1 (0 a 100) e a pontuação média da avaliação do cirurgião dentista da

qualidade da prótese foi de 6 (0 a 9) significando que o coeficiente de correlação de Spearman

não revelou nenhuma correlação significativa entre a avaliação do paciente e a do profissional

em relação as próteses totais (P>0.05). Os dados de ambos os testes mastigatórios não

mostraram correlação significativa com a satisfação dos pacientes ou com a avaliação

profissional da qualidade das próteses. Não houve diferença da trituração dos alimentos entre

as PTs com e sem desgaste excessivo dos dentes posteriores. Pode-se concluir que a avaliação

do dentista e dos pacientes sobre as próteses não foram correlacionadas e não foi observada

correlação entre essas variáveis e a função mastigatória.

Yamaga et al. (2013) avaliaram a relação entre a forma do rebordo mandibular, a

estabilidade, a retenção e a precisão do registro da relação mandibular com a percepção da

capacidade mastigatória, a satisfação com as próteses e a qualidade de vida dos pacientes.

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Foram selecionados 183 voluntários dentre pacientes assistidos pelo Hospital Dental de

Tokyo Medical and Dental University, que receberam novas próteses totais. No exame oral a

forma do rebordo mandibular foi classificada pelo método de Cawood e Howell (1998).

Foram avaliadas: a estabilidade e a retenção da prótese total mandibular e a precisão do

registro da relação maxilomandibular. A percepção da capacidade mastigatória foi avaliada

por meio de um questionário sobre ingestão de alimentos. A satisfação dos pacientes com a

prótese total foi mensurada em uma escala visual analógica de 100 mm. A QVSB foi

analisada pelaa versão japonesa do Oral Health Impact Profile para edêntulos. Um modelo de

equações estruturais foi construído com base na hipótese de que a condição oral e a qualidade

da prótese estariam relacionadas à capacidade mastigatória, a satisfação e a QVSB. Foram

encontradas associações significativas entre a forma do rebordo mandibular, a estabilidade da

prótese total mandibular, a precisão do registro da relação mandibular, a capacidade

mastigatória percebida com a satisfação e a QVSB. Concluíram que as condições clínicas

favoráveis e a qualidade da prótese são importantes para o sucesso do tratamento com as

próteses totais.

Kagamine et al. (2014) avaliaram a confiabilidade e validaram o instrumento Patient's

Denture Assessment (PDA) utilizado para a auto avaliação do paciente em relação a prótese

total. Para os autores a demanda pelo tratamento por meio das PTs aumentará ao longo das

décadas futuras, no entanto, nenhum questionário sobre a auto avaliação dos usuários de

próteses totais demonstrou ser confiável e válido. Neste estudo os pacientes receberam novas

próteses totais fabricadas no Hospital Universitário de Odontologia, Tokyo Medical and

Dental University entre 2009 e 2010. A confiabilidade da auto avaliação em relação a prótese

total foi determinada pelo exame de consistência e confiabilidade teste-reteste interno. A

consistência interna para todos os itens do instrumento psicométrico foi medida utilizando α

de Cronbach e coeficientes médios entre itens de correlação para os 93 participantes. O

instrumento Patient's Denture Assessment (PDA) foi validado, analisando a diferença na

pontuação resumo dos seis domínios antes e após substituição pelas novas próteses pelo teste t

pareado. A possibilidade de detectar a alteração também foi testada em todos os voluntários.

O instrumento PDA demonstrou boa capacidade de avaliação discriminante, podendo ajudar

os profissionais a compreenderem a percepção dos pacientes em relação as suas PTs.

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2.4 Função mastigatória

Helkimo et al. (1977) mediram a força máxima de mordida dos dentes e a força

do dedo polegar de 125 voluntários entre 15 e 65 anos. A avaliação da capacidade

mastigatória foi realizada com um aparelho, especialmente desenvolvido para o teste, preso a

uma forquilha colocada entre os primeiros molares e entre os incisivos. A capacidade de força

de aperto do dedo polegar foi medida ao pressionar as pontas do garfo entre o polegar e o

dedo indicador de cada mão o mais forte possível. Os valores médios foram maiores para o

gênero masculino do que para o gênero feminino. Nos homens a força de mordida máxima

medida na região dos molares foi de 39 kg (382 N) e 18 kg (176 N) na região dos incisivos.

Os valores correspondentes para as mulheres foram 22 kg (216 N) e 11 kg (108 N). A força

do dedo polegar para os homens foi em média de 10 kg (98 N) e das mulheres 7 kg (69 N). A

diferença média de força de mordida entre os homens e as mulheres foi maior no grupo com

dentes naturais do que no grupo com próteses totais. Os valores encontrados para a força de

mordida diminuíram com o aumento da idade, especialmente para as mulheres. A maior parte

dessa redução com o aumento da idade foi, provavelmente, devido à deterioração da dentição.

Em ambos os sexos a força de mordida foi notavelmente menor entre os usuários de prótese

total do que entre as pessoas com dentes. O número de dentes naturais variou

proporcionalmente com a força de mordida, isto é, quanto maior o número de dentes naturais

maior a força de mordida.

Olthoff et al. (1984) relataram que a performance mastigatória de um indivíduo

pode ser quantificada ao descrever a distribuição do tamanho das partículas de um alimento

teste triturado em função do número de ciclos mastigatórios. Um método padronizado de

peneiramento do alimento teste artificial (Optosil®) foi usado para obtenção de resultados

reprodutíveis. Algumas medidas foram realizadas com o alimento teste amendoim. A

distribuição dos tamanhos das partículas dos alimentos triturados para os sete indivíduos que

participaram do estudo foi descrita em função da equação de Rosin-Rammler Qw= 100[1- 2 –

(x/x50)b] que forneceu o tamanho médio das partículas (x50) e a forma da distribuição das

partículas pela peneiras (b). Foram observadas diferenças consideráveis no tamanho médio da

partícula em determinados números de ciclos mastigatórios e entre os voluntários. O alimento

teste demonstrou diferenças da performance e eficiência mastigatória entre os voluntários e

em todos os testes realizados o tamanho médio das partículas diminuiu em função do aumento

do número de ciclos mastigatórios.

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Uchida (1991) investigou os fatores que influenciam a função mastigatória e os

alimentos testes adequados para a avaliação da performance e da eficiência mastigatória dos

usuários de PTs. Cento e quarenta e cinco pacientes edêntulos participaram deste estudo. A

área de assentamento basal e a força de mordida máxima das próteses antigas e das novas

foram avaliadas. A capacidade mastigatória dos pacientes foi avaliada pelo questionário sobre

os aspectos da mastigação de 100 alimentos. As conclusões foram: houve correlação positiva

entre a pontuação obtida pela área de assentamento da prótese, a qualidade da prótese e a

força máxima de mordida com a capacidade mastigatória. A capacidade mastigatória dos

voluntários apresentou correlação negativa com a idade. A melhora da capacidade

mastigatória devido a substituição das próteses não foi evidente. O resultado do estudo

mostrou que o tipo de alimento teste utilizado influencia na avaliação da função mastigatória

dos usuários de próteses.

Slagter et al. (1992) investigaram um alimento teste artificial resiliente.

Selecionaram 38 voluntários que tiveram a sua experiência mastigatória avaliada por meio de

um questionário e relacionadas com a sua capacidade de trituração do material. Além disso,

foram feitas avaliações clínicas da qualidade das próteses totais e das condições bucais dos

pacientes. Houve relação significativa, mas fraca, entre a capacidade de fragmentar o alimento

teste e o grau de reabsorção do rebordo mandibular. Houve relação significativa fraca também

entre a percepção do voluntário da sua capacidade mastigatória e a reabsorção do rebordo.

Esses resultados indicaram que os profissionais não podem confiar nas respostas dos

pacientes para avaliar a capacidade mastigatória. A performance mastigatória dos usuários de

próteses totais deve ser determinada individualmente e por meio de materiais para teste.

Slagter et al. (1993) compararam os alimentos teste artificiais optocal e optosil. A

baixa resistência à fragmentação do Optocal foi comparada a do Optosil durante a mastigação

dos portadores de próteses totais e em indivíduos com dentições naturais. A trituração de

ambos os alimentos teste revelou grandes diferenças entre os indivíduos portadores de prótese

e os indivíduos dentados. As diferenças de trituração entre o optocal e o optosil foram maiores

nos usuários de prótese total do que nos indivíduos dentados. As diferenças de fragmentação

das partículas entre os indivíduos portadores de prótese e os indivíduos dentados, bem como

as diferenças da fragmentação entre o optocal e o optosil foram amplamente estabelecidas em

menos de 20 ciclos mastigatórios. Os resultados indicam que a diferença na seleção do

material contribuiu substancialmente para as diferenças da fragmentação onde o optocal foi

muito mais fácil de mastigar do que optosil. Para medir o desempenho mastigatório em

usuários de próteses totais o optocal deve ser o material artificial teste de escolha.

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van der Bilt (1993) analisaram as misturas de partículas de tamanhos diferentes,

tal como obtida depois da trituração. Foram utilizadas misturas grossas, médias e finas de

partículas de um alimento teste artificial (optosil). Misturas de partículas do optosil de forma e

tamanho conhecidos foram utilizadas para validar os métodos analíticos. Os resultados de

ambos os métodos foram descritos por distribuições de tamanho de partícula (b) com base no

volume das partículas (X50). A completa concordância entre os métodos foi encontrada para

as misturas de meio cubos. O tamanho médio das partículas mastigadas foi mensurado pela

exploração óptica e comparado com o método das peneiras. Embora houvesse diferentes

aspectos medidos das partículas fragmentadas, o uso das peneiras e a exploração óptica foram

métodos adequados para a quantificação da distribuição das partículas dos alimentos

mastigados e produziram resultados semelhantes também para o grau de redução do tamanho

de partícula.

van der Bilt et al. (1993) compararam a performance mastigatória de um grupo de

indivíduos com a ausência média de 5,7 dentes posteriores (grupo teste) com um grupo com

dentição completa (grupo controle). Houve diferenças significativas de desempenho entre os

dois grupos. O número de unidades de oclusão dentária influenciou significativamente o

desempenho mastigatório. O número médio de ciclos necessários para preparo do alimento

para a deglutição foi significativamente maior para os pacientes do grupo teste do que para o

grupo controle. As correlações entre o desempenho mastigatório e o número de ciclos até a

deglutição dentro de cada um dos dois grupos não foi significante. Os indivíduos com

desempenho reduzido precisavam de mais ciclos mastigatórios antes de engolir o alimento.

Correlações significativas também foram encontradas entre o desempenho mastigatório e o

tamanho dos alimentos engolidos. Indivíduos com desempenho ruim ingeriram partículas

maiores. O número de ciclos mastigatórios realizados para engolir um alimento teste natural

(amendoim) e uma artificial (Optosil) foram altamente correlacionados, indicando que ambos

os alimentos são adequados para testar o desempenho mastigatório.

Hirai et al. (1994) investigaram mudanças relacionadas à idade na função

mastigatória em usuários de próteses totais. O método das peneiras utilizando amendoins

como alimento teste foi comparado com o resultado obtido por um questionário alimentar

para avaliação subjetiva da função mastigatória. Em relação ao envelhecimento tanto a

avaliação pela performance mastigatória como a mensuração pelo questionário mostraram que

há diminuição significativa da capacidade mastigatória. (performance mastigatória: r = 0,60, P

<0,01; a pontuação da mastigação: r = .46, P <.05). A função mastigatória de usuários de

próteses totais diminui em relação ao envelhecimento. O questionário sobre a ingestão de

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alimentos foi útil e pode ser utilizado para a avaliação da função mastigatória de usuários de

próteses totais.

Gunne e Wall (1995) mediram a eficiência mastigatória, a experiência subjetiva

da capacidade mastigatória, e a ingestão dietética de 43 indivíduos que foram reabilitados

com novas próteses totais. Os voluntários foram testados em três ocasiões: com as PTs velhas,

com as PTs novas, quando livres de sintomas e com as próteses novas 4 meses após a

inserção. A eficiência mastigatória e a experiência subjetiva da performance mastigatória

aumentaram significativamente quando os voluntários foram reabilitados e receberam as

próteses novas, não foram encontradas alterações na ingestão alimentar. Com as PTs novas a

eficiência mastigatória e a experiência subjetiva da capacidade mastigatória foram

correlacionadas.

Buschang et al. (1997) avaliaram o tamanho do bolo alimentar e a velocidade de

execução dos ciclos mastigatórios. Vinte jovens adultos do sexo masculino participaram de

dois experimentos que avaliaram a capacidade de fragmentar um alimento artificial

(CutterSil®). Com base nas distribuições de frequência para os pesos das partículas

mastigadas foram estimados o tamanho da partícula médio (X50) e a amplitude de distribuição

das partículas (b). Controlando o número de ciclos mastigatórios avaliaram: (1) o efeito do

tamanho do bolo alimentar fazendo com que cada voluntário mastigasse um pedaço inteiro,

depois quatro quartos, depois três quartos e dois quartos; (2) a capacidade mastigatória dos

voluntários que mastigaram inicialmente no tempo habitual, em seguida lentamente (40

ciclos/min) e depois rapidamente (100 ciclos/min). Os resultados mostraram que o tamanho

médio das partículas diminui e a distribuição das partículas melhora quando o tamanho do

bolo alimentar é menor. A mastigação lenta produziu as menores partículas com maior

distribuição, seguido pela velocidade habitual e depois pela mastigação rápida. O estudo

mostrou que o tamanho do bolo e a velocidade mastigatória são importantes fontes da

variação que devem ser considerados em estudos de performance mastigatória.

Ow et al. (1998) avaliaram o método das peneiras como teste para medir o

desempenho mastigatório e determinaram as associações entre performance mastigatória e o

limiar de deglutição com os movimentos mandibulares mastigatórios. Participaram do estudo

dez adultos dentados e três voluntários que utilizavam próteses totais convencionais. Os

índices do desempenho mastigatório para estes voluntários foram determinados após 10s de

sequência mastigatória e a quantidade de ciclos necessários que determinaram o limiar de

deglutição. A amêndoa foi usada como alimento teste e fragmentos de amêndoa foram

dimensionados utilizando uma peneira de fio de bronze de padrão quadrado e dimensão de

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0.65mm. Movimentos mandibulares mastigatórios foram registrados simultaneamente por um

dispositivo optoeletrônico. Os pacientes dentados apresentaram maior velocidade e amplitude

dos movimentos mandibulares. Os índices do desempenho mastigatório foram

significativamente diferentes entre os voluntários dentados e os usuários de prótese total que

apresentaram desempenho inferior. Apesar disso, na avaliação subjetiva os usuários de PTs

relatavam satisfação com a capacidade mastigatória. Os índices de desempenho mastigatório

e do limiar de deglutição dos indivíduos dentados a 10s mostraram moderada correlação

sendo bastante forte com todos os parâmetros de velocidade mandibular (r=0,6-0,7). O índice

de 10s também mostrou uma forte correlação negativa com a duração total do ciclo

mastigatório (r =-0,7 a-0,8) nos adultos dentados. Este estudo confirma que os níveis de

desempenho mastigatório são relativamente estáveis e associados com a eficácia dos

movimentos mandibulares.

Fontijn-Tekamp (2000) pesquisaram se a utilização dos implantes de titânio

realmente melhora a função oral dos indivíduos edêntulos mandibulares. Possivelmente, a

utilização dos implantes, recupera a função de pacientes insatisfeitos ou não adaptados as PTs

em nível comparável ao dos usuários que estão satisfeitos com as próteses totais

convencionais. No entanto, devido às diferentes metodologias empregadas nos estudos é

difícil uma comparação quantitativa dos resultados. Para fazer essa comparação os autores

mediram a força de mordida e a eficiência mastigatória utilizando métodos idênticos em

indivíduos com sobredentaduras, com próteses totais convencionais e com dentições naturais.

Foram formados 7 grupos (todos do gênero feminino): 2 grupos de sobredentadura

mandibular (n=40 sobre implantes e n=19 sobre raiz); 2 grupos de próteses totais

convencionais (n=13 rebordos reabsorvido e n=24 rebordos preservado) e 3 grupos de

dentições naturais (n=14 arcos curto, n=14 idosos com arco completo e n=19 jovens com arco

completo). As mensurações da força de mordida dentro de cada grupo foram realizadas em

três posições: incisivos centrais, caninos e pré-molares. Os resultados indicaram que a força

de mordida das sobredentaduras era maior que a dos pacientes com PTs convencionais e

menor que a dos pacientes dentados. A eficiência mastigatória apresentada pelos usuários das

sobredentaduras foi maior que a dos pacientes com PTs convencionais apoiadas sobre pouco

rebordo, mas foi menor que a eficiência apresentada pelos voluntários com PTs apoiadas

sobre boa altura de rebordo e sobre raízes. A diferença entre a altura dos rebordos

mandibulares produziu diferença significativa na eficiência mastigatória entre os usuários de

PTs convencionais. A força de mordida alcançada foi similar nos três grupos de voluntários

dentados, mas a eficiência mastigatória dos voluntários com arco reduzido foi menor devido a

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diminuição das superfícies de contato oclusal. Voluntários com arco reduzido conseguiram

quebrar menos as partículas que do arco completo. A capacidade máxima de força

correlacionou positivamente com a eficiência mastigatória em todos os grupos. A capacidade

máxima de força é fator importante para que haja boa eficiência mastigatória.

Yamashita et al. (2000) caracterizaram a relação entre a redução da função

mastigatória, em termos de performance mastigatória e força de mordida e a existência de

remanescentes para suporte oclusal natural como avaliado pelo índice Eichner. Selecionaram

118 usuários de prótese total e prótese total parcial removíveis para as análises. Estes

indivíduos foram divididos em quatro grupos, dependendo do número de contatos oclusais. O

grupo controle foi formado por 70 indivíduos dentados com suporte oclusal completo. A força

de mordida bilateral foi medida na região do primeiro molar em todos os voluntários. A

performance mastigatória foi avaliada usando o amendoim como alimento teste. Ambos: força

de mordida e performance mastigatória foram significativamente associados com o tipo de

prótese usada pelo voluntário. Tanto a força de mordida quanto a performance mastigatória

dos grupos de prótese foram significativamente reduzidos em comparação com o grupo

controle e esta tendência foi mais significativa para os grupos de prótese sem suporte dentário

oclusal. Estes resultados sugerem que a existência de unidades funcionais de dentes pode ser

um fator chave na preservação da função mastigatória.

Albert et al. (2003) estabeleceram a padronização da produção de um alimento

artificial teste (CutterSil) utilizado para determinar a confiabilidade nas avaliações da

performance e eficiência mastigatória. O alimento artificial para teste deve utilizado devido as

suas propriedades superiores em comparação aos alimentos naturais. Para a confecção do

alimento teste foi proposta a utilização do material de moldagem a base de silicone de

condensação. Os autores trabalharam com o CutterSil por ter sabor e cheiro mínimo, não ser

afetado pela água e poder ser armazenado por sete dias sem perder a estabilidade dimensional.

Este protocolo forneceu um método padronizado de confiança para futuros estudos de

performance e eficiência mastigatória.

Fontijn-Tekamp et al. (2004) compararam o limiar de deglutição de três alimentos

naturais (amendoim, queijo e cenoura) com o limiar de deglutição para um alimento teste

artificial padronizado (Optocal) e examinaram a relação entre a performance mastigatória e o

limiar de deglutição. Participaram 87 voluntários saudáveis (25 homens e 62 mulheres, com

idade entre 42,0 ± 12,1 anos). Foi registrado o número de ciclos mastigatórios realizados antes

da deglutição do alimento. Nas avaliações foram determinados o tamanho médio das

partículas do optocal (X50) após 15 ciclos mastigatórios e no momento da deglutição. Os

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resultados mostraram que o número de ciclos mastigatórios utilizados antes da deglutição de

cada alimento natural aumentou linearmente com o aumento do volume e que para a cenoura

são necessários mais ciclos do que para o amendoim e o queijo. O número de ciclos

mastigatórios realizados antes de engolir o optocal foi comparável ao número utilizado para

cenouras. A performance mastigatória foi significativamente influenciada pelo estado dos

dentes, mas não pela idade ou gênero. Foram observadas correlações significativas para: o

número de ciclos utilizados antes de engolir alimentos naturais e o optocal; os tamanhos

médios das partículas após 15 ciclos e antes da deglutição; o número de ciclos mastigatórios

antes da deglutição e o tamanho médio da partícula correspondente. O tamanho médio de

partículas obtido após 15 ciclos não correlacionou com o número de ciclos realizados antes da

deglutição. Assim, maus mastigadores não necessariamente realizarão mais ciclos antes da

deglutição do que os bons mastigadores. Como consequência os maus mastigadores, em

média engolem os alimentos com partículas maiores.

Escudeiro-Santos et al. (2006) apresentaram um novo método de avaliação da

eficiência mastigatória. Os métodos existentes estão restritos a eletromiografia, peneiramento

e a observação clínica. No entanto, a eficácia destes métodos tem sido questionada devido à

complexidade dos procedimentos, variações no material utilizado e à imprecisão das

metodologias. O método proposto pelos autores é pela utilização de uma cápsula com material

sintético (grânulos contendo fucsina). Tais cápsulas foram submetidas a vários testes

laboratoriais de modo a determinar a sua resistência e absorvência. Dez indivíduos foram

instruídos a mastigar as cápsulas. A eficiência mastigatória foi determinada através da análise

de concentração de fucsina numa solução obtida a partir de grânulos mastigados medindo

absorvância de 546 nm. O método foi considerado rápido, simples, reprodutível, de baixo

custo, eficiente, podendo ser utilizado como uma avaliação complementar da performance e

eficiência mastigatória em diferentes situações.

Ellis et al. (2008) realizaram um estudo controlado randomizado para comparar as

escolhas alimentares dos adultos edêntulos reabilitados com sobredentaduras mandibulares

implanto retidas e próteses totais convencionais. Os pacientes edêntulos foram alocados

aleatoriamente em grupo de implante (IG) ou em grupo de PT (DG). No grupo IG (n = 49) os

voluntários foram reabilitados com próteses totais superiores convencionais e sobredentaduras

mandibulares retidas por implantes. No grupo DG (n = 48) os voluntários receberam próteses

totais convencionais. Os participantes anotavam quando eles consumiam qualquer um dos

sete alimentos teste (pão fatiado, cenouras cruas, maçãs, alface, queijo, bacon frito ou nozes) e

o nível de dificuldade mastigatória experimentado. Os dados foram coletados na fase inicial

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do tratamento e 3 meses após o tratamento. Os voluntários IG após o tratamento mostraram

aumento do consumo de cenouras, maçãs e nozes (P<0,05) e diminuição da dificuldade em

comer maçãs e nozes. Os voluntários do grupo DG relataram diminuição da dificuldade no

pós-tratamento da mastigação de cenoura, bacon e nozes (P<0,05). Diferenças entre os grupos

para a dificuldade mastigatória foi detectada sendo que os voluntários DG encontraram mais

facilidade para mastigar nozes do que os indivíduos IG (p<0,002). A seleção dos alimentos e

a dificuldade percebida na mastigação melhoraram em ambos os grupos sem diferenças

significativas entre os grupos IG e DG.

Mendonça et al. (2009) avaliaram o efeito de um programa de reabilitação oral na

performance mastigatória e na eficiência em função do número de ciclos mastigatórios. Foram

avaliados voluntários com prótese mandibular fixa implantossuportada (ISP), com próteses

totais (CD), ou com dentição natural (ND). A performance mastigatória foi testada com um

alimento teste artificial (optocal). O optocal foi fornecido aos pacientes em duas porções de

17 cubos e recolhidos depois de 20 e 40 ciclos mastigatórios respectivamente. As partículas

foram recolhidas em um conjunto de oito peneiras. O diâmetro médio geométrico das

partículas mastigadas agitadas sobre as peneiras foi calculado usando a equação de Rosi-

Rammler Qw= 100[1- 2 –(x/x50)b]. Os questionários foram utilizados para avaliar a

capacidade mastigatória antes e depois da reabilitação fixa mandibular. O diâmetro médio

geométrico das partículas mastigadas foi comparado por análise de duas vias da variância,

seguida pelo teste de Tukey (P<0,05). O diâmetro geométrico médio, para todos os grupos foi

menor após 40 ciclos em comparação com as partículas dos 20 ciclos. Quando comparado

com o grupo ND, a performance mastigatória para os grupos CD e ISP foi de 12% e 28%

depois de 20 ciclos e 31% e 61%, após 40 ciclos, respectivamente. Os dados para a

capacidade mastigatória do grupo ISP antes e após a reabilitação mandibular fixa foram

comparadas pelo teste de McNemar (P<0,05), e mostrou que 100% dos indivíduos estavam

satisfeitos com a sua capacidade mastigatória após a reabilitação mandibular fixa. Estes

resultados quantificaram as diferenças da função mastigatória entre diferentes tipos de

reabilitações protéticas e dentição natural. Maior função mastigatória foi demonstrada para a

reabilitação mandibular fixa sobre implante em relação a prótese total convencional.

Gunji et al. (2009) investigaram as mudanças da dieta e a adequação dos

nutrientes para os usuários que receberam novas PTs. Um grupo formado de 30 voluntários

que consultavam na Faculdade de Odontologia da Universidade Nihon em Matsudo Affiliated

Hospital, de março de 2004 a novembro de 2005, foram convidados a participar do estudo e

registrar as refeições por 3 dias consecutivos e para tirar uma foto delas. Além disso, a

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capacidade mastigatória foi avaliada pelo questionário desenvolvido por Hirai et al. 1994. Um

nutricionista confirmava a correlação entre as imagens das refeições e as anotações. As

avaliações foram feitas no início e após a entrega das próteses novas. O resultado do estudo

demonstrou que a auto-avaliação da função mastigatória melhorou após a instalação de novas

próteses.

Oliveira et al. (2014) apresentaram uma avaliação sistemática dos diferentes

métodos utilizados para avaliar a eficiência mastigatória de portadores de próteses totais

convencionais. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Medline / PubMed, Scopus e

Cochrane, buscou por artigos científicos de acordo com os termos previamente selecionados:

"performance mastigatória", "eficiência mastigatória" e "capacidade mastigatória prótese

total". Além disso, estudos complementares foram realizados pela biblioteca de manuais de

pesquisa / bancos de dados, que incluiu estudos relacionados a diferentes maneiras de avaliar

a eficiência mastigatória em usuários de próteses totais convencionais. Foram selecionados 43

documentos que foram utilizados nessa revisão. Apesar da grande variedade de metodologias

na literatura, o método das peneiras é considerado atualmente o método padrão ouro para

avaliação da performance e eficiência mastigatória dos portadores de PTs, uma vez que é o

mais simples, não depende de dispositivos específicos (além do conjunto de peneiras) e

permite uma avaliação racional. Sendo a amêndoa o alimento natural para teste mais utilizado

e o Optocal (feito a partir do material de moldagem Optosil) o alimento de teste artificial mais

empregado para performance e eficiência mastigatória.

Barbosa et al. (2015) compararam a performance mastigatória de portadores de

próteses totais com dentes artificiais de duas alturas de cúspides. Para 16 usuários foram

entregues próteses totais com dentes Premium (Heraeus). Quinze dias após a instalação da

prótese, um primeiro teste de performance mastigatória foi realizado com o optocal.

Posteriormente, um novo par de próteses totais com dentes Biotone (Dentsply) foi entregue

para cada participante em substituição ao primeiro par de próteses. Este segundo conjunto foi

fabricado duplicando os mesmos modelos utilizados para fabricar o primeiro conjunto de

próteses totais. Quinze dias após a instalação das próteses com dentes Biotone, um segundo

teste de performance mastigatória foi realizado com o optocal. Em ambos os testes o material

triturado e peneirado foi acomodado em conjunto de peneiras sob vibração. O conteúdo de

cada peneira foi pesado, e os dados obtidos foram tabulados. A média e o desvio padrão da

performance mastigatória dos participantes medida pelo tamanho de partícula X50, foram 8,39

dp 5,59 para próteses com dentes premium, e 8,56 dp 5,84 para próteses com dentes Biotone.

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De acordo com os resultados não foram encontradas diferenças na performance mastigatória

entre os dois conjuntos de próteses totais.

2.5 Técnica tradicional x Técnica simplificada

Para Hickey et.al. (1969) a necessidade de oferecer serviço de qualidade, com

baixo custo e que beneficie muitas pessoas é o desafio mais importante para a classe

odontológica. Metade dos americanos com idade acima de 60 usam ou tem a necessidade de

utilizar PTs. Muitas dessas pessoas estão sem próteses, ou com próteses ruins devido a mão

de obra inadequada e principalmente devido ao custo relativamente elevado dos serviços.

Duas técnicas empregadas para a confecção das PTs surgiram ao longo das duas últimas

décadas. Os autores compararam uma técnica complexa: arco facial, registro das excêntricas e

oclusão balanceada bilateral; com uma simplificação que chamaram de técnica normal

(simplificada): sem o arco facial, sem registros excêntricos e sem a oclusão balanceada.

Foram selecionados 64 voluntários, sendo 32 para cada grupo. Os pacientes foram

acompanhados por 5 anos, as avaliações consideraram: o tecido residual; o tecido ósseo de

suporte; a musculatura envolvida; mudanças no contorno e suporte dos tecidos faciais, os

achados objetivos e subjetivos; padrão de comportamento e saúde geral. A diferença entre as

duas técnicas está relacionada com a diferença de complexidade. A técnica complexa

necessita cerca de seis horas a mais do que a técnica simplificada para a confecção da PTs.

Obviamente, o aumento da quantidade de tempo gasto no tratamento resulta em um aumento

significativo dos valores dos serviços prestados. Este estudo foi dedicado a responder à

pergunta: "Existem benefícios, no serviço prestado ao paciente, quando utilizamos técnicas

mais complexas?" A resposta a esta pergunta tem importância social para uma classe que se

esforça para oferecer serviços de qualidade para mais pessoas por meio de custos reduzidos.

Há a crença que o custo maior para o paciente seja necessário e justificado por fornecer um

serviço reabilitador de qualidade superior. No entanto, os seguidores da filosofia simplificada

se recusam a concordar que seus pacientes estão recebendo atendimento odontológico

inferior. Não há nenhuma evidência estatística para provar que estejam errados.

Ellinger et al. (1979) fizeram a avaliação das PTs dos 64 voluntários que foram

selecionados no estudo de Hickley et al. 1969. O delineamento original descrito acima

comparava duas técnicas diferentes para a confecção das próteses totais: Técnica Complexa e

Técnica Normal (simplificada), cada uma com 32 voluntários. As próteses foram avaliadas

em 6 diferentes tempos que variaram da fase inicial até 5 anos após, como uma avaliação

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anual por voluntário. As variáveis eram a satisfação mensurada subjetivamente por

questionário e a qualidade das próteses avaliada por 3 dentistas com experiência clínica. A

avaliação qualitativa abordava sete fatores importantes para a avaliação das próteses. Os sete

fatores permitiam quatro respostas diferentes. Cada uma com uma determinada pontuação que

variavam de 1 a 4. A somatória dos pontos definia a qualidade mensurada das próteses. Os

sete fatores foram: a relação cêntrica coincidente com a oclusão cêntrica; a retenção superior;

a retenção inferior; a estabilidade superior; a inferior; a condição dos tecidos de suporte

superior e a condição dos tecidos de suporte inferior. O total de 53 voluntários completaram o

estudo. Não houve diferença significativa entre as próteses totais dos dois grupos durante 1

ano e não ocorreu mudança na performance das próteses durante os 5 anos subsequentes. O

estudo rejeitou a hipótese de que de um ano para o outro a qualidade da prótese total alteraria.

A técnica que foi utilizada para a confecção das próteses totais (complexa ou simplificada)

não influenciou no resultado. Para as variáveis avaliadas nesse estudo a técnica mais

complexa não apresentou resultado superior significativo em relação à técnica simplificada.

Douglass et al. (1993) estudaram as alterações do complexo craniofacial em

usuários de prótese total e relataram os resultados de 20 anos de acompanhamento. No início

do estudo foram 64 voluntários que receberam PTs. Foram utilizadas duas técnicas para a

confecção das próteses: um método complexo e um método simplificado descrito por Hickey

et al. 1969. No início da pesquisa a idade dos voluntários variava de 30 a 60 anos (idade

média de 53 anos) e todos tinham sido edêntulos por pelo menos 1 ano (intervalo de 1 a 30

anos). As telerradiografias laterais foram feitas imediatamente após a instalação inicial das

próteses e durante os anos seguintes (1, 2, 3, 4, 5, 7, 10, 15 e 20). O mesmo cefalostato foi

usado em todos e os filmes foram expostos com os dentes em oclusão cêntrica. O total de 34

voluntários completaram os 20 anos de acompanhamento. Deste número, 24 voluntários

fizeram todas as radiografias (14 mulheres e 10 homens, com idade média de 65,5 anos). Os

demais 10 voluntários que completaram o acompanhamento não foram avaliados porque

tiveram alterações na prótese ao longo do período de 20 anos e foram excluídos. O total de 12

voluntários eram usuários de próteses que utilizaram da técnica mais complexa e 12 da

técnica simplificada. Os resultados mostraram que, em ambos os grupos, houve diminuição da

dimensão vertical da oclusão e que a mandíbula havia girado no sentido anti-horário,

resultando num aumento relativo da prognatismo. O rebordo maxilar estava estável, o rebordo

mandibular apresentava alterado mais reabsorvido, e as próteses giradas para a esquerda e

deslocadas ligeiramente para a frente. As alterações observadas não foram significativamente

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afetadas pelo gênero. Não houve diferença significativa entre as técnicas complexas e

simplificadas utilizadas no estudo.

Duncan e Taylor (2001) compararam a eficácia das técnicas de fabricação das

próteses totais tradicionais com um método mais abreviado em uma escola de Odontologia.

Os métodos tradicionais ensinados para a fabricação das próteses totais são demorados,

difíceis de dominar e não são usados por muitos clínicos gerais. Uma análise retrospectiva

com registro de 80 pacientes totalmente edêntulos tratados por estudantes de Odontologia foi

realizada. O total de 40 voluntários foram tratados com as técnicas tradicionais (T); outros 40

foram tratados por um método abreviado (S). Os dados obtidos incluíram o número de visitas

para os ajustes necessários nos primeiros 3 meses após a entrega das próteses. O teste de

Wilcoxon foi realizado para determinar a significância estatística entre os grupos em relação

ao número de visitas para os ajustes após a instalação. Um teste para a diferença de proporção

foi realizado para a análise estatística da incidência de reembasamentos. A confecção das

próteses pela técnica simplificadas resultou em uma diferença estatisticamente significativa

do número de visitas para a fabricação (P<0,01) e os ajustes necessários após a entrega das

próteses (P<0,05). Não houve diferença significativa (P=0,39) no número de reembasamentos

entre os 2 grupos. A técnica simplificada para PT forneceu uma diminuição do número de

consultas necessárias para os ajustes até a adaptação dos voluntários e menor quantidade de

horas para a confecção das próteses.

Clark et al. (2004) sugerem uma modificação da técnica convencional para a

fabricação das próteses totais. Acreditam que devido às mudanças na quantidade de tempo

disponível dos currículos da graduação para o ensino da prótese total, há a necessidade de

uma adequação e eventual modificação da técnica tradicional. A proposta é de uma técnica

para a confecção de PTs que utilizem a cópia da prótese antiga para obter vantagens que

facilitarão a confecção das próteses, como também a adaptação dos idosos aos novos

aparelhos. A conclusão do trabalho é que a técnica da cópia deveria ser considerada mais do

que um método alternativo para a confecção de PTs. Por ser necessário menos tempo clínico,

a técnica da cópia pode ser uma adequada forma de iniciação para os alunos na confecção da

prótese total. Para os autores as metodologias mais complexas deveriam ser utilizadas em

nível de estudo mais avançados como na pós-graduação.

Petrie et al. (2005) realizaram um levantamento junto aos membros do “American

College of Prosthodontists” (ACP) com o objetivo de avaliar quais eram os materiais e os

métodos utilizados nas moldagens finais para as PTs nos Estados Unidos. Esses resultados

foram confrontados com o que era preconizado nas escolas de Odontologia dos EUA por

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meio de um segundo questionário enviado aos chefes dos departamentos de prótese dentária.

Um questionário anônimo foi enviado a todos os 1762 membros do ACP ativos nos Estados

Unidos em 2003. O questionário ligeiramente modificado também foi distribuído para chefes

de departamento da área de prótese dentária de 54 escolas de Odontologia dos EUA. 945

questionários foram devolvidos pelos membros do ACP (54% de taxa de retorno) e 42

questionários foram devolvidos pelas escolas de odontologia dos EUA (78% de taxa de

retorno). A maioria dos profissionais do ACP (88%) e a grande maioria das escolas de

Odontologia (98%) usavam a moldeira individual e a moldagem periférica. O material mais

utilizado para moldagem periférica era o composto termoplástico (67% dos membros ACP, e

95% das escolas de Odontologia). Foi observada uma variabilidade de materiais utilizados

para as moldagens finais, o polivinilsiloxano foi o mais utilizado pelos membros do ACP

(36%) e o polisulfito pelas escolas de Odontologia (64%). Diferenças estatisticamente

significativas foram encontradas nos materiais utilizados para a moldagem periférica pelos

ACP. Não foram encontradas diferenças nos materiais utilizados para a moldagem de arcos

edêntulos com base em anos de experiência. A localização geográfica não influenciou na

escolha dos materiais e métodos utilizados pelos ACP para moldagem final da PT. Houve

variabilidade dos materiais e técnicas utilizadas para as moldagens finais pelos membros ACP

e pelas escolas de Odontologia; no entanto, houve semelhança sobre os materiais e as técnicas

utilizadas pelos dentistas e pelas escolas de Odontologia. Há tendência para aumentar o uso

do polivinilsiloxano e do poliéter.

Malachias et al. (2005) descrevem a utilização de um cabo removível para

moldeira individual de resina acrílica que é facilmente acoplado às moldeiras propiciando

uma condição melhor para a moldagem do selamento periférico. Este dispositivo é indicado

para a realização das moldagens funcionais nas técnicas que preconizam o movimento

muscular realizado pelo próprio paciente. Este cabo removível orienta a sucção do paciente

conseguindo movimentos livres da língua. No relato, a moldagem final foi realizada em duas

fases. Na segunda etapa da moldagem o vedamento periférico foi realizado com composto

termoplástico de baixa fusão e a moldagem da zona de suporte principal da prótese realizada

com a pasta de óxido de zinco e eugenol. Todos os registros na moldeira foram obtidos a

partir dos movimentos realizados pelo próprio paciente (sucção do cabo e movimentos da

língua). Para os autores o cabo removível é simples de usar, sendo reutilizável, podendo ser

adaptado a moldeiras individuais de resina acrílica e permitindo um bom registro da zona do

selado periférico.

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Kawai et al. (2005) compararam a qualidade das próteses totais convencionais

fabricadas por meio de duas técnicas diferentes. Um ensaio clínico controlado e randomizado

foi elaborado para realizar a comparação entre o método tradicional (T) e o simplificado (S)

para confecção das PTs. A técnica simplificada foi utilizada visando principalmente a

economia de tempo e de material. Os índices de satisfação, conforto e funcionalidade foram

avaliados. A qualidade das próteses foi avaliada por um clínico cego após 6 meses. Cento e

vinte e dois voluntários edêntulos de ambos os sexos, com idade entre 45 a 75 anos, foram

distribuídos aleatoriamente em dois grupos que receberam próteses confeccionadas pelos

métodos T ou S. As avaliações das variáveis relacionadas com a PT foram realizadas

utilizando a escala visual analógica (EVA) com 3 e 6 meses após a instalação da prótese. Os

resultados não mostraram diferenças significativas entre os dois grupos para as avaliações dos

voluntários quanto a satisfação geral (3 meses: média T = 83 mm; média de S = 83 mm, P =

0,97; 6 meses: média T = 79 mm; média de S = 79 mm, P = 0,96) ou quanto a qualidade das

próteses (T = 66; S = 63; P = 0,38). Estes resultados mostraram que a qualidade das próteses

totais convencionais não piorou com a utilização da técnica simplificada. Os autores sugerem

que os professores de prótese considerem estes resultados para a elaboração dos conteúdos

ensinados sobre as PTs.

Tarazi e Ticotsky-Zadok (2007) compararam três formas de dentes (anatômicos,

modificados e planos) utilizados para a obtenção de um padrão de oclusão balanceado

bilateral. A escolha do padrão oclusal determina a forma dos contatos oclusais entre os dentes

antagonistas durante o fechamento em relação cêntrica e durante os movimentos funcionais

excursivos da mandíbula. Nas PTs a quantidade e a intensidade destes contatos determinam a

quantidade e a direção das forças que serão transmitidas por meio das bases acrílicas aos

rebordos residuais. Por isso, o padrão oclusal é fator importante no planejamento das próteses

totais. O padrão de oclusão balanceado bilateral consiste na estabilidade alcançada no

fechamento cêntrico e contatos bilaterais nas próteses nas posições excêntricas. Quando os

dentes anatômicos são utilizados os anteriores superiores são ajustados para satisfazer a

estética e os dentes posteriores são dispostos em uma curva de compensação. Este esquema é

adequado para rebordos residuais bem preservados e com classe esquelética de relação classe

I. Com os rebordos residuais altamente reabsorvidos, os vetores de força que são transmitidos

através das cúspides anatômicas dos dentes irão desalojar a prótese inferior e, assim,

prejudicar o conforto e a eficiência mastigatória do paciente. Para acomodar as necessidades

especiais nos rebordos residuais altamente reabsorvidos e com relações esqueléticas que não

as de classe I, o padrão monoplano de oclusão foi concebido. Este padrão consiste em dentes

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não anatômicos (sem cúspides), que são definidos de modo que os dentes anteriores forneçam

a estética, os pré-molares e os primeiros molares são usados para mastigar, e os segundos

molares não ocluem (embora às vezes eles são usados especificamente para estabelecer os

contatos bilaterais nos movimentos laterais). O padrão oclusal linear relaciona dentes sem

cúspide (modificados) com dentes anatômicos de modo a obter contatos oclusais lineares.

Contatos lineares sao os contatos “pin-point” das pontas das cúspides dos dentes contra

planos, esse padrão oclusal é chamado de oclusão lingualizada. A oclusão lingualizada é

caracterizada pelo contato palatino das cúspides dos dentes superiores com os dentes planos

inferiores. O esquema oclusal lingualizado proporciona melhor estética do que o esquema de

oclusão monoplano, e melhor estabilidade (no caso das cristas residuais reabsorvidas) do

esquema de oclusão bilateral de dentes anatômicas. O resultado mostrou a preferência dos

pacientes pelos dentes anatômicas ou modificados (oclusão lingualizada) e que a eficiência

mastigatória com dentes anatômicos e dos modificados foi melhor do que com os dentes não

anatômicas.

Heydecke (2008) avaliaram métodos diferentes para a fabricação das próteses

totais convencionais. Vinte voluntários edêntulos participaram desse estudo cruzado

randomizado. Cada participante recebeu 2 pares de novas próteses totais. Um par de próteses

teve a posição maxilar transferida para o articulador semi-ajustável por meio do arco facial e o

registro da relação cêntrica realizado por traçado; foram utilizados dentes semi anatômicos

com um padrão oclusal lingualizado e equilibrado. O outro conjunto de próteses totais foi

confeccionado por meio de um processamento simplificado, sem a transferência do arco

facial, com as relações maxilomandibulares registradas por meio de canaletas de oclusão em

cera e os dentes anatômicos montados com guia canina. Os 2 pares de próteses foram

entregues em ordem aleatória e cada um foi usado por 3 meses. Três meses após a instalação

as avaliações para satisfação geral, conforto, capacidade de fala, estabilidade, estética,

facilidade de limpeza e capacidade de mastigar foram realizadas por meio da EVA. Os

pacientes classificaram a sua satisfação geral, a estabilidade e a estética significativamente

melhor para as próteses simplificadas (P <0.05). Não houve diferenças significativas entre os

dois métodos para a capacidade de fala, o conforto, a capacidade de mastigar e a facilidade de

limpeza das próteses. A fabricação das próteses totais utilizando oclusão lingualizada não

influenciou positivamente nas avaliações de satisfação dos voluntários quando comparado a

um procedimento simples de montagem que utilizou dentes anatômicos.

Kawai et al. (2010) compararam a eficiência dos dois métodos para a confecção

das próteses totais o acadêmico tradicional (T) e uma técnica simplificada (S) geralmente

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utilizada na prática clínica privada. O ensaio clínico controlado randomizado foi realizado

com 122 indivíduos do exame inicial até 6 meses de encaminhamento. Os custos diretos de

um par de próteses totais convencionais confeccionadas pelas técnicas T ou S foram

estimados. Todos os materiais utilizados eram registrados e o seu custo calculado em dólares

canadenses, os custos laboratoriais foram adicionados. O tempo de trabalho do clínico

também foi registrado para cada procedimento. As comparações entre os grupos para cada

procedimento clínico foram realizadas pelo teste t independente. Os resultados mostraram que

o custo total médio do método T foi significativamente maior do que o S (CAN $ 166,3;

p<0,001), e o tempo para a realização dos procedimentos clínicos passou de 90 minutos a

mais para a técnica T (p<0,001). Os resultados indicaram que o método S é o método que

apresenta melhor relação custo / benefício e que a economia de custos não gera consequências

negativas na confecção das próteses totais.

Regis et al. (2013) compararam duas técnicas de confecção para as PTs: a técnica

tradicional e uma técnica simplificada. As variáveis avaliadas no estudo foram a qualidade de

vida relacionada à saúde oral (QVSB), a satisfação do paciente e a qualidade das próteses.

Foram selecionados 42 voluntários edêntulos que necessitavam do tratamento com próteses

totais. Os voluntários foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: o grupo S que

recebeu as próteses fabricadas por um método simplificado e o grupo T que recebeu próteses

fabricadas pelo método convencional. A QVSB foi avaliada pelo OHIP-EDENT e a satisfação

pelo questionário de Celebic et al. 2003. Os testes foram realizados na fase inicial do estudo,

três e seis meses após a instalação das próteses. Um especialista em prótese, cego em relação

aos grupos, avaliou a qualidade das próteses 3 meses após a entrega. No resultado do estudo

os grupos não apresentaram diferença significativa para a QVSB, para a qualidade das

próteses e para a satisfação geral. Diferenças do resultado do questionário em relação a

satisfação do paciente em relação a alguns aspectos particularizados foram encontrados após 3

meses (S>C), mas foram insignificantes em 6 meses. O método simplificado foi capaz de

produzir próteses com qualidade comparáveis as produzidas pelo método convencional

promovendo QVSB e satisfação semelhantes para os pacientes.

Carlsson et al. (2013) realizaram uma avaliação por meio da revisão de literatura

sobre materiais e métodos de moldagem para PTs. Dados das fontes Medline / PubMed e da

Biblioteca Cochrane foram pesquisados buscando estudos sobre procedimentos de moldagem

utilizados na fabricação clínica das PTs. A pesquisa buscou os trabalhos com a maior

evidência disponível em relação ao resultado clínico. A PubMed listou 1201 títulos para os

termos de combinação de prótese total e moldagem. Foram identificados cinco ensaios

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clínicos randomizados relevantes. Nenhuma avaliação da moldagem das próteses totais foi

encontrada na Biblioteca Cochrane. Procedimentos com duas etapas para a moldagem das

próteses totais dominam todos os livros didáticos, como também o ensino e a prática do

especialista apesar da ausência de evidências convincentes da sua superioridade. Não há

estudos controlados que sustentem a necessidade do uso da moldagem periférica e da

obtenção do selado palatino posterior. Dois estudos mostraram que o método de moldagem

em uma única etapa usando hidrocolóide irreversível em uma moldeira de estoque ofereceu

resultado semelhante ao método de maior complexidade com duas fases de moldagem, que

apresentam custo maior e necessidade de maior tempo clínico. Não há evidência científica

que as duas etapas de moldagem são necessárias e fornecem próteses com qualidade superior

ao método simplificado com uma única etapa de moldagem. Enquanto algumas situações

clínicas especiais podem beneficiar de outras combinações de materiais e técnicas, os

resultados sugerem que os procedimentos simples e baratos da técnica de um único passo para

a moldagem podem atender às necessidades da maioria dos edêntulos que necessitam de

próteses.

Omar et al. (2013) compararam os resultados subjetivos e objetivos de próteses

totais fabricadas por protocolos clínicos padronizados com próteses totais confeccionadas

com a omissão de alguma etapa no processamento. Quarenta e três voluntários edêntulos

(idade média 58,1 anos, DP 9,9, intervalo 35-78), foram recrutados e designados

aleatoriamente para um dos quatro grupos formados a partir da mesma sequência clínica e

laboratorial para a confecção das próteses: Grupo 1 (n = 10) a omissão da moldagem

secundária; Grupo 2 (n = 10), omissão da moldagem secundária e da montagem em

articulador com arco facial; Grupo 3 (n = 10), omissão da montagem com o arco facial; Grupo

4 (n = 13) sem omissão, controle. Os procedimentos clínicos para todos os grupos eram

idênticos e realizados por estudantes de Odontologia seniores sob a supervisão de professores

de prótese todos os quais foram cegos para o Grupo. Após a entrega com 1, 4 e 12 os

voluntários avaliaram a sua satisfação global, bem como uma variedade de fatores funcionais

usando escalas analógicas visuais (EVA). Um profissional cego independente classificou a

qualidade das próteses na primeira semana de acompanhamento. Não foram observadas

diferenças significativas entre os grupos em todos os aspectos da avaliação dos pacientes e em

todos os pontos de tempo (P>0,1). Não houve diferenças significativas nas avaliações de

qualidade das próteses pelos dentistas especialistas em qualquer um dos domínios analisados

(P>0,1). Omissões de determinadas etapas para a confecção das próteses (montagem com arco

facial e / ou obtenção de moldes secundários) têm apenas um papel menor, se houver, nos

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resultados subjetivos e objetivos, contrastando com a crença comum de que tais omissões irão

afetar negativamente os resultados

Cunha et al. (2013) compararam a performance e a habilidade mastigatória de um

método simplificado (S) para a confecção das PTs com o método convencional (T). A amostra

foi composta por voluntários edêntulos que solicitaram tratamento com próteses totais. Os

participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo S (n=21), que receberam

próteses por um método simplificado e grupo T (n=21), que receberam próteses

confeccionadas pela técnica convencional. Após três meses da instalação das próteses a

performance mastigatória foi avaliada. Os testes foram feitos com cápsulas contendo grânulos

de violeta de fucsina. O grau de fragmentação destes materiais foi determinado em função da

liberação de fucsina e esta foi analisada posteriormente por meio de colorimetria durante vinte

e quarenta ciclos. A habilidade mastigatória foi avaliada através de um questionário com

respostas binárias e uma única pergunta respondida por meio de uma escala de 0-10. Um

terceiro grupo (DN) formado por dezessete voluntários dentados serviu como um controle

externo. Os grupos foram comparados por meio de testes estatísticos adequados para a

distribuicao de dados (α=0,05). O total de 3 voluntários não completaram o estudo sendo que

39 participantes foram avaliados nos três meses (20 do Grupo T e 19 do Grupo S). Os grupos

T e S apresentaram performance mastigatória semelhante correspondendo a aproximadamente

30% da performance do Grupo DN. Os resultados para a capacidade mastigatória mostraram

semelhança entre S e T, independentemente do método de avaliação. O método simplificado

para a fabricação de prótese total foi capaz de restabelecer a função mastigatória em um nível

comparável ao de um protocolo convencional, tanto fisiologicamente como pelas percepções

dos voluntários.

Hyde et al. (2014) realizaram um estudo clínico randomizado com rigoroso

controle metodológico de todas as variáveis possíveis de confundimento. O objetivo era

avaliar se a moldagem de hidrocolóide irreversível (técnica simplificada - S) realmente

fornece o mesmo nível de resultado para a satisfação e para a QVSB que a moldagem com

polivinilsiloxano (técnica tradicional - T). Para os autores vieses nos RCTs recentes fizeram

com que as evidentes diferenças existentes entre as duas técnicas não fossem encontradas. As

comparações entre as técnicas de confecção das PTs deveriam avaliar a influência de uma

variável somente. Os RCTs têm comparado as técnicas por meio da abreviação de mais de

uma etapa da técnica T (diferenças na fase da moldagem, do uso do articulador, do arco facial,

do registro maxilomandibular, do padrão oclusal, da remontagem). Para os autores o fato

desses estudos não terem encontrado diferenças significativas entre as técnicas não indica

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necessariamente a falta de evidência científica da superioridade da técnica T, pois a

metodologia empregada pode não ter tido capacidade de encontrar a evidência científica. A

variável analisada nesse estudo clínico foi somente o material de moldagem (G1-material

termoplástico + hidrocolóide irreversível x G2-polivinilsiloxano). Todas as demais sequências

clínicas foram exatamente iguais para eliminação de vieses, além disso foi realizado o

delineamento de um estudo cruzado, duplo cego, randomizado, controlado e clínico. Foram

recrutados 85 voluntários. Cada voluntário recebeu dois conjuntos de PTs. Um criterioso

sistema de alocação dos voluntários em quatro grupos diferentes foi elaborado. As próteses

foram identificadas por cores sendo que as cores diferentes entre os dois braços do estudo

representavam as mesmas próteses na tentativa de manter o cegamento dos pacientes. Os

pacientes foram orientados a usar uma determinada prótese por 2 semanas, depois passar a

usar a outra prótese pelo mesmo período de 2 semanas. Nesse período nenhum ajuste foi

realizado para evitar o viés provocado pelos ajustes (período de habituação). As próteses não

ajustadas foram avaliadas em relação ao conforto, a estabilidade e a eficiência mastigatória

pela escala Likert. Depois dessa fase os voluntários foram orientados a utilizar determinada

prótese (material termoplástico + hidrocolóide irreversível ou polivinilsiloxano) por um

período de 8 semanas cada (período de adaptação) período que os pacientes podiam retornar

para os ajustes que julgassem necessários. Após 8 semanas os voluntários começaram a usar a

outra prótese pelo mesmo período de 8 semanas. Finalmente no período de confirmação os

voluntários usaram cada prótese por duas semanas antes de retornarem para as avaliações. Os

desfechos secundários foram a preferência do paciente para as próteses ajustadas,

classificação de conforto, estabilidade e eficiência mastigatória, a preferência pela moldagem

da fase inicial e o questionário OHIP-EDENT. Setenta e oito (91,8%) pacientes completaram

a avaliação primária. O total de 53 (67,9%) pacientes preferiram próteses feitas de silicone

enquanto 14 (17,9%) preferiram as próteses moldadas com hidrocolóide irreversível, 4 (5,1%)

estavam satisfeitos com ambas e 7 (9,0%) igualmente insatisfeitos. Houve uma diferença de

50% na taxa de preferência (em favor de silicone) (IC 95% 32,7-67,3%, p<0,0001). Há

evidências significativas de que PTs confeccionadas a partir de moldagens de silicone foram

preferidas pelos voluntários. Dada a força dos achados clínicos, dentistas devem considerar a

escolha de silicone em vez de hidrocolóide irreversível como seu material de eleição nas

moldagens secundárias para as PTs.

Vecchia et al. (2014) quantificaram os custos de fabricação da prótese total por

um método simplificado (S) em comparação com um protocolo convencional (T). Uma

amostra de voluntários edêntulos que necessitavam de prótese total convencional em ambos

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os maxilares foi dividida aleatoriamente em dois grupos S (método simplificado) e T (método

convencional). 39 voluntários completaram todas as fases do estudo sendo do grupo S (n=19)

e do grupo T (n=20). Foram calculados os custos diretos e indiretos dos procedimentos

programados que foram executados em cada método. As comparações entre os grupos foram

realizadas pelo teste t de Mann-Whitney and Student (α=0,05). O resultado mostrou diferença

significativa (p<0,05) do tempo médio para a confecção da prótese total, exigindo do dentista

173,2 e 284,5 minutos para grupos S e T respectivamente e do técnico do laboratório em

prótese 46,6 e 61,7 minutos para S e T respectivamente. Não houve diferenças entre os grupos

quanto ao número de ajustes necessários após a instalação das próteses. O grupo S apresentou

os custos mais baixos na confecção das próteses totais devido a menor quantidade de material

de consumo necessário. O grupo S também apresentou o menor tempo gasto pelos

profissionais (dentista e protético) do que o grupo T durante a fase de fabricação, mas não

durante os ajustes. O custo direto médio do tratamento com prótese total foi cerca 34,9%

inferior quando utilizado o método simplificado. Pode-se concluir que o método simplificado

é menos oneroso quando comparado com um protocolo convencional. Este resultado é muito

relevante para a política de saúde pública que precisa responder a alta demanda para

reabilitação dos pacientes edêntulos.

Paulino et al. (2015) realizaram uma revisão sistemática para comparar o método

tradicional (T) com o método simplificado (S) para fabricação de próteses totais. Para os

autores métodos diferentes têm sido descritos na literatura para a fabricação das próteses

totais. Entretanto, todas essas possibilidades podem ser agrupadas em dois métodos: o método

tradicional e o método simplificado. Nesse trabalho 3 revisores independentes avaliaram os

artigos publicados até dezembro de 2013. Três bases de dados eletrônicas foram pesquisadas:

Medline / PubMed, a Biblioteca Cochrane e a ISI Web of Science. Uma busca manual também

foi realizada para identificar ensaios clínicos que comparavam a confecção das próteses por

métodos abreviados contra a confecção pelo método tradicional. Seis artigos foram

classificados como ensaios clínicos randomizados controlados e foram incluídos nesta

revisão. A maioria dos artigos selecionados compararam os dois métodos por meio da

avaliação da satisfação geral, da estabilidade da prótese, da performance, da eficiência

mastigatória, do conforto, da higiene, da estética, da fala, da qualidade de vida, do custo e do

tempo para confecção das próteses. Os estudos avaliados demostraram que a técnica S como a

técnica T forneceram boa eficiência mastigatória e um efeito positivo na qualidade de vida.

Além disso, a técnica S apresentou vantagens relacionadas ao menor custo e tempo para

execução dos procedimentos clínicos e laboratoriais das próteses. Os trabalhos selecionados

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com a utilização de diferentes métodos simplificados para a confecção das próteses totais,

avaliados por meio de ensaios clínicos randomizados cruzados e em paralelo apresentaram

resultado favorável para a técnica simplificada. Entretanto, para os autores, estudos adicionais

que utilizam técnicas simplificadas semelhantes para a fabricação de próteses totais devem ser

realizados com amostras maiores e períodos maiores de acompanhamento.

Nuñez et al. (2015) avaliaram a satisfação e a QVSB dos pacientes após

tratamento com protocolo tradicional (T) e simplificado (S) para construção de prótese total.

O objetivo do RCT foi comparar efetivamente o protocolo simplificado em relação ao

protocolo tradicional. A técnica T para a reabilitação do edêntulo resulta em potenciais

benefícios funcionais e estéticos para os pacientes. Recentes estudos têm sugerido que o

processamento simplificado (S) para confecção de PTs alcançaram resultados similares aos da

técnica T. Nesse estudo foram selecionados 50 voluntários randomicamente divididos em dois

grupos iguais: protocolo tradicional (T) e protocolo simplificado (S). As avaliações foram

realizadas antes da instalação das novas próteses, 30 e 60 dias após o último ajuste. As

avaliações incluíram a QVSB mensurada pela versão brasileira do OHIP-EDENT e a

satisfação com a prótese superior e inferior mensurada pela EVA. A satisfação geral foi uma

compilação de respostas obtidas pela EVA em relação ao conforto, a estabilidade, a

habilidade mastigatória, a habilidade de pronúncia e a estética. Os resultados mostraram que

houve significativa redução no impacto negativo das condições orais sobre a qualidade de

vida e houve melhora da satisfação com a prótese superior e a inferior (p<0.001) após 30 e 60

dias de acompanhamento. A melhora na qualidade de vida percebida foi evidente e ocorreu

em todos os quatro domínios do OHIP-EDENT (p<0.001) Apesar da redução significativa dos

impactos na qualidade de vida e melhora significativa da satisfação com as PTs, não houve

diferença entre os grupos T e S (p>0.05).

Jo et al. (2015) compararam a confecção das PTs por dois métodos diferentes de

moldagem. Para isso, um RCT cruzado foi delineado com pacientes edêntulos que buscavam

receber PTs em ambos os maxilares. As próteses mandibulares foram fabricadas usando dois

diferentes métodos. O método convencional (T): moldeira individual com a moldagem

periférica realizada com material termoplástico e a moldagem da área de suporte moldada

com silicone. A técnica simplificada (S): utilizando uma moldeira de estoque com

hidrocolóide irreversível. Os participantes foram randomicamente divididos em dois grupos.

O grupo Convencional – Simplificado (T-S) usou primeiramente a prótese convencional e

depois do periodo “wash out” de 1 mes, passaram a usar a prótese simplificada. O grupo

Simplificado-Convencional (S-T) utilizou as próteses na ordem inversa. Os ajustes foram

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realizados em quatro consultas para todos os voluntários. Vinte e quatro participantes

completaram todas as fases do estudo. Os resultados primários para a satisfação geral com as

próteses inferiores mensurados pela EVA mostraram 91% para a técnica T, que foi

significativamente melhor que os 84,5% obtidos para a técnica S. Já para os resultados da

QVSB mensurados pela versão japonesa do questionário OHIP-EDENT-J não houve

diferença significativa entre os dois grupos T e S.

Regis et al. (2016) revisaram a literatura atual com o objetivo de estabelecer se

duas etapas de moldagem clínica, para a obtenção dos modelos de trabalho, fornecem

modelos com qualidade superior aos modelos obtidos quando é realizada uma única etapa de

moldagem. Os autores relatam que a literatura tem questionado a real necessidade de alguns

procedimentos clínicos e laboratoriais considerados essenciais para a confecção das PTs. Com

uma estratégia de busca na base de dados Medline / PubMed identificaram os ensaios clínicos

randomizados controlados que compararam as técnicas de duas etapas com as técnicas de uma

única etapa de moldagem para a fabricação das próteses totais. A seleção dos trabalhos foi

realizada por três pesquisadores independentes. Entre os 540 títulos inicialmente

identificados, quatro estudos (sete artigos publicados) foram selecionados. O total de 257

pacientes foram avaliados pelos estudos. Os aspectos analisados envolveram a qualidade de

vida relacionada à saúde bucal, a satisfação com o uso das próteses, a performance

mastigatória, a capacidade de mastigação, a qualidade da prótese e os custos diretos e

indiretos. A qualidade dos estudos incluídos foi mensurada pelas diretrizes da Cochrane. A

revisão sistemática concluiu não ser obrigatório, para o sucesso na confecção das próteses

totais convencionais, que os procedimentos de moldagem em duas etapas sejam realizados.

Uma única etapa de moldagem foi capaz de fornecer PTs adequadas em relação a uma

variedade de aspectos clínicos, a qualidade da prótese e para prover satisfação aos pacientes.

Ye et al. (2016) realizaram uma revisão sistemática para avaliar as diferenças

entre o método tradicional (T) e o método simplificado (S) na confecção das próteses totais

convencionais. Foram pesquisados artigos sobre próteses totais utilizando métodos

simplificados no Medline / PubMed e publicados em Inglês antes de abril de 2014. Onze

artigos foram incluídos no estudo. Um deles era sobre a confecção das próteses totais em uma

única etapa, dois eram sobre o tratamento abreviado para os pacientes edêntulos e os outros

eram sobre o método simplificado (S), que inclui moldagem, registro oclusal e prova dos

dentes. Sete eram ensaios clínicos controlados randomizados. O tempo, o custo, a satisfação

do paciente, os procedimentos clínicos, a performance mastigatória, a capacidade mastigatória

e a avaliação profissional relatados nestes estudos foram comparados. Nenhum dos ensaios

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clínicos randomizados identificou diferenças significativas entre os grupos S e T em relação a

satisfação geral, o questionário OHIP-EDENT, a qualidade da prótese ou a capacidade

mastigatória. Ao mesmo tempo, o método T é significativamente mais dispendioso e requer

mais tempo para ser concluído que o método de S. A evidência científica atual sugere que o

método S possa substituir o método T.

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3 PROPOSIÇÃO

O objetivo deste ensaio clínico randomizado foi avaliar o desempenho das

próteses confeccionadas com a técnica simplificada, utilizada na APS da cidade de BH, por

meio da comparação com a técnica tradicional. Testes psicométricos e objetivos foram

aplicados para a avaliação da qualidade das próteses, o impacto da saúde na qualidade de

vida, a satisfação dos pacientes e a função mastigatória antes e após a reabilitação.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Delineamento Experimental

Este ensaio clínico randomizado, paralelo, prospectivo e cego foi realizado

comparando-se dois grupos independentes, grupo controle (técnica tradicional -T) e grupo

experimental (técnica simplificada - S). A variável independente foi o tipo de técnica utilizada

na confecção de próteses totais convencionais (T ou S). As variáveis dependentes objetivas

foram a performance mastigatória e o limiar de deglutição. As variáveis dependentes

subjetivas foram: a qualidade das próteses, a satisfação do paciente e o impacto da

reabilitação protética na qualidade de vida. A avaliação das variáveis dependentes foi

realizada em três momentos: antes (baseline), dois e quatro meses após a reabilitação protética

por meio da instalação de novas próteses removíveis totais (T ou S).

4.2 Seleção de Voluntários

Os critérios de inclusão foram: ambos os gêneros, idade entre 40 e 90 anos, com

boa saúde geral, edêntulo total a mais de um ano. Os critérios de exclusão foram: sinal ou

sintoma de disfunção temporomandibular, perda dos dentes há menos de um ano, não

apresentar capacidade cognitiva ou não estar disponível para participar de todas as etapas do

estudo. As variáveis demográficas como: gênero, idade, estado civil, escolaridade, renda e os

fatores relacionados com uso anterior de próteses ou o número de próteses que já havia

utilizado não foram fatores de exclusão de voluntários.

Foram avaliados 135 voluntários, sendo selecionados previamente 67 de ambos os

sexos, com idade entre 46 e 87 anos e com edentulismo completo há pelo menos um ano. Dos

67 voluntários pré-selecionados 7 foram excluídos: mudança de residência (n=1); não

quiseram participar do estudo (n=3) ou necessitavam de correções cirúrgicas, somente

percebidas após o exame radiográfico e não haveria tempo suficiente para o retorno (n=3). Os

60 voluntários que participaram do estudo eram usuários do sistema público de saúde da

cidade de Belo Horizonte. A randomização foi simples, por sorteio, não estratificada. Entre os

60 voluntários havia usuários que ainda não tinham usado PT (n=2), que no momento do

estudo não usavam a PT inferior (n=9) ou que pela avaliação profissional as PTs estavam

insatisfatórias (n=49). A alocação dos 60 voluntários foi feita entre o grupo T controle (30

voluntários) e o grupo S experimental (30 voluntários). Todas as próteses foram

confeccionadas por um único dentista, especialista em prótese. A fase laboratorial foi

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realizada pela mesma equipe de técnicos, sendo cada etapa (moldeira individual, base de

prova e plano de cera, montagem dos dentes, prensagem e a remontagem em articulador)

realizada pelo mesmo profissional para todas as próteses. Houve a perda de uma voluntária do

grupo controle, após a instalação da prótese e antes da fase intermediária dos testes, devido a

falecimento.

Os voluntários foram classificados em relação às condições clínicas e anatômicas

para a confecção das próteses totais. A classificação preconizada pelo “American College of

Prosthodontists” identifica variacoes clinicas como altura do rebordo remanescente, qualidade

da fibromucosa e a relação maxilomandibular. Pela classificação os voluntários foram

alocados dentro de quatro categorias: Classe l, Classe ll, Classe lll e Classe lV. A Classe l

representando as condições clínicas mais favoráveis e a Classe lV agrupando as condições

mais complexas para a confecção das próteses totais (McGarry et al., 1999). Não houve

exclusão dos voluntários em função da sua classificação. Anexo 1.

Todos os indivíduos pré-selecionados foram convidados e aqueles que aceitaram

participar do estudo assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 8), o

qual foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Belo

Horizonte. Após a aprovação pelo comitê da Secretaria Municipal de Saúde de Belo

Horizonte, que foi incluída como instituição co-participante da pesquisa na Plataforma Brasil

o comitê de ética da Faculdade de Odontologia de Piracicaba / UNICAMP aprovou o estudo

na reunião do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) de 03/07/2013. O número do parecer é

331.406 e a data da Relatoria ocorreu em 10/07/2013. O número do protocolo CEP-FOP-

UNICAMP é 048/2013. O estudo também está registrado no Registro Brasileiro de Ensaios

Clínicos (ReBEC) com o identificador RBR-6sckn6 sendo a data de registro 21 de agosto de

2013.

A avaliação da qualidade das próteses e a aplicação dos questionários de

satisfação foram realizados por um único profissional clínico com experiência em prótese

calibrado e cego quanto aos grupos dos voluntários. As avaliações e a aplicação dos

questionários ocorreram antes do início do tratamento (baseline) e após dois meses (fase

intermediária) e quatro meses (fase final) do término dos ajustes e da adaptação às novas

próteses totais pelos voluntários.

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3.3 Confecção das próteses

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4.2.1 Técnica Tradicional (T):

Para a técnica convencional foram utilizadas moldeiras de estoque do tipo HDR

em alumínio perfuradas (Giachetti Ltda., SP, Brasil) selecionadas de acordo com as

características dos arcos edêntulos de cada paciente. A moldeira foi individualizada com cera

utilidade (cera utilidade, Lysanda Produtos Odontológicos, SP, Brasil) (Fig. 1). A moldagem

inicial foi realizada com hidrocolóide irreversível (Hydroprint Premium, Vigodent S/A, RJ,

Brasil) e o modelo obtido após vazamento com gesso pedra tipo III (Asfer Amarelo, Asfer,

São Caetano do Sul, SP, Brasil). Sobre o modelo de estudo foi confeccionada a moldeira

individual em resina acrílica autopolimerizável (Clas-Mold, JET Clássico, Clássico ind.

Brasileira, Campo Limpo Paulista, SP, Brasil) (Fig. 2). A moldeira foi confeccionada 2 mm

aquém do fórnice vestibular e apresentava alívios na região dos freios e bridas. A extensão

palatina da moldeira superior foi coincidente com a linha vibratória do palato mole. Na

moldeira do arco inferior o limite posterior foi o contorno posterior da papila piriforme.

Durante a moldagem funcional o vedamento do fundo de sulco foi obtido com o acréscimo de

material termoplástico em bastão (godiva exata verde, DFL, RJ, Brasil). O material

termoplástico foi plastificado em chama e aplicado em segmentos ao redor da moldeira

individual. A moldagem periférica superior vestibular foi realizada pedindo ao paciente que

executasse movimentos de sucção e pelo tracionamento manual na região das bridas e do

freio. A região do selado palatino foi registrada pela compressão da godiva suportada pela

moldeira sobre o palato mole. A moldagem periférica vestibular inferior também foi realizada

com material termoplástico na forma de bastão, por meio da movimentação fisiológica

realizada pelo paciente durante a sucção e pelo tracionamento manual da região das bridas e

do freio labial. A região lingual foi moldada com a movimentação da língua para frente, para

cima, para um lado e para o outro da bochecha. Após a moldagem periférica a moldagem

funcional propriamente dita de ambos os arcos foi executada com a pasta zincoenólica

(Lysanda, Lysanda produtos odontológicos, SP, Brasil). O modelo de trabalho foi então

obtido por meio do vazamento de gesso pedra tipo III (Asfer Amarelo, Asfer, São Caetano do

Sul, SP, Brasil). As bases de prova com os planos de cera superior e inferior foram

confeccionadas sobre os respectivos modelos de trabalho aliviados com cera rosa no 7

(Lysanda Produtos Odontológicos, SP, Brasil) e foram posicionadas em boca para execução

dos ajustes necessários. Após o ajuste o plano de cera foi posicionado e fixado ao ramo

superior do articulador semi ajustável (ASA) com auxílio da mesa de montagem (Bio-art, São

Carlos, SP, Brasil) cuja referência é o plano de Camper. O registro maxilomandibular foi

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realizado na posição de relação cêntrica (RC). Um material termoplástico (Godiva Exata

Verde, DFL, RJ, Brasil) foi acrescentado ao plano de cera inferior interposta para registrar e

manter a posição de RC obtida pelos métodos fisiológicos e da manipulação. O registro

obtido foi encaixado ao modelo superior já montado no articulador (articulador 4000, Bio-art,

São Carlos, SP, Brasil). O modelo inferior foi encaixado a base acrílica e preso ao ramo

inferior do articulador. Ambos os modelos foram fixados ao ASA pela técnica dos modelos

divididos que permite o retorno do modelo ao articulador após a prensagem. Os dentes

montados foram Biotone (Biotone IPN, dentsply, Petrópolis, RJ, Brasil). A montagem dos

dentes forneceu estabilidade no fechamento cêntrico com balanceamento bilateral nos

movimentos excêntricos. Após a demuflagem (Fig. 6) os modelos voltaram para o ASA para a

realização dos refinamentos oclusais (Figs. 7 e 8).

4.2.2 Técnica Simplificada (S):

Para a técnica simplificada (S) a moldagem inicial para obtenção do modelo de

trabalho foi realizada com moldeiras de estoque do tipo HDR em alumínio e perfurada

(Giachetti Ltda., SP, Brasil) (Fig. 1). Após a seleção da moldeira de acordo com o tamanho do

arco dental ela foi individualizada com cera utilidade (cera utilidade, Lysanda Produtos

Odontológicos, SP, Brasil). A moldagem foi realizada com hidrocolóide irreversível

(Hydroprint Premium, Vigodent S/A, RJ, Brasil). No arco superior o paciente realizou

movimentos de sucção para a moldagem do fundo de vestíbulo. O freio e as bridas foram

moldados com o tracionamento manual do lábio. Para a moldagem do arco inferior foi

solicitado ao voluntário que fizesse movimentos de sucção para o registro do fundo de

vestíbulo. O freio labial e as bridas foram moldados pelo tracionamento manual. A moldagem

do assoalho lingual foi realizada com movimentos da língua para cima, para ambos lados e

para fora. O molde foi vazado com gesso pedra tipo III (Asfer Amarelo, Asfer, São Caetano

do Sul, SP, Brasil), para obtenção do modelo de trabalho. Os limites periféricos foram

delimitados no modelo pela anatomia superficial. O vedamento do selado palatino posterior

foi conseguido pelo desgaste desta região no modelo (Figs. 3 e 4). As bases e os planos de

cera foram confeccionados em laboratório como na técnica T. Após o acerto dos planos de

orientação em boca foi obtida a RC pelos métodos fisiológicos e da manipulação como na

técnica T. O registro da posição de RC foi realizado por meio de grampos e os modelos foram

montados em articulador não ajustável (Bethil ind. E com. Ltda., Marília, SP, Brasil) (Fig. 5).

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Os dentes montados foram Biotone. A montagem dos dentes visou estabelecer estabilidade no

fechamento cêntrico.

Figura 1 - Moldeira modelo

HDR individualizada para

grupo controle (T) e grupo

teste (S)

Figura 2 - Moldeira

individual Grupo (T)

Fonte: O Autor Fonte: O Autor

Figura 3 - Desgaste posterior no

modelo. Grupo teste (S)

Figura 4 - Demarcação da área do

selado palatino posterior. Grupo teste

(S)

Fonte: O Autor Fonte: O Autor

Figura 5 - Montagem em articulador

não ajustável (ANA) grupo teste (S)

Figura 6 – Modelo demuflado com a

prótese prensada Grupo (T)

Fonte: O Autor Fonte: O Autor

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Figura 7 – Checagem dos contatos

oclusais com carbono Grupo (T)

Figura 8 - Ajuste por desgaste Grupo (T)

Fonte: O Autor Fonte: O Autor

4.3 Instalação das Próteses

A consulta para a instalação das próteses seguiu a seguinte sequência para ambos os

grupos T e S:

a) A prótese foi imersa em água para remoção de excesso do monômero antes de

ser levada em boca;

b) Visualmente foi avaliada a presença de porosidades;

c) Pela sensação tátil foram identificadas espículas que foram removidas com

pedra ou borracha;

d) Adaptação da prótese em boca.

No Grupo Controle (T) foi feito o refinamento oclusal no laboratório e

posteriormente em boca para obtenção da Oclusão Balanceada Bilateral (OBB). Os ajustes

dos contatos oclusais foram realizados seguindo a sequência para ambos os grupos T e S:

a) Pelo menos um contato em cada cúspide cêntrica com sua fossa antagonista;

b) Ajustado primeiro o lado que o paciente relatava presença de contatos

prematuros;

c) Contato prematuro em cêntrica e lateralidade – foi desgastada a cúspide;

d) Contato prematuro em cêntrica, mas equilibrada em lateralidade – foi

desgastada a fossa antagonista.

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Após a instalação das próteses as duas primeiras sessões de ajustes foram

agendadas e os demais retornos aconteciam quando os voluntários solicitavam ou quando

questionados sobre a satisfação geral relatavam algum desconforto com a prótese.

4.4 Orientações para higienização das próteses

Foi entregue para cada voluntário de ambos os grupos T e S as orientações para o

cuidado com a higiene das próteses (Quadro 1).

1) Após se alimentar, lave as mãos e a retire suas próteses com cuidado.

2) Se possível coloque uma toalha em baixo como apoio para caso ela escape de sua

mão.

3) Pegue uma escova macia e sabonete neutro.

4) Limpe bem cada face da sua prótese, veja se após sua limpeza ela está lisa e sem áreas

esbranquiçadas ou com restos alimentares.

5) Enxágue bastante.

6) Uma ou duas vezes por semana, deixe a prótese em meio copo de água com 3 gotas de

água sanitária durante 10 minutos. Lave com bastante água antes de usar novamente

ou lave-a novamente com sabão neutro para tirar o gosto desagradável.

Obs.: Existem no mercado produtos efervescentes especiais para essa limpeza.

7) A boca também deve ser limpa antes se colocar a prótese no lugar novamente.

Bocheche com água e com uma escova macia massageie a gengiva, bochecha e língua.

4.5 Ajuste para eliminação de áreas traumáticas

Após a instalação das próteses o número de consultas necessárias para o ajuste das

próteses até a adaptação dos voluntários foi quantificado. Duas consultas iniciais após a

instalação das próteses eram agendadas, posteriormente os ajustes foram realizados sempre

que o voluntário solicitasse. Os ajustes eram realizados na base das próteses nas regiões

correspondentes as áreas com presença de úlceras e ou demais alterações da mucosa oral. A

oclusão das PTs também era conferida por meio do papel carbono e os desgastes oclusais

necessários realizados. Os ajustes foram realizados até que o voluntário não apresentasse mais

sinal ou sintoma de traumatismo, dor ou desconforto provocado pela base da prótese. A fase

das avaliações e testes iniciaram 2 meses após a eliminação da sintomatologia.

4.6 Formulário de coleta dos dados

Os dados demográficos nome, endereço, telefone, idade, data de nascimento,

sexo, centro de saúde, estado civil, grau de instrução e renda familiar foram coletados de

todos os voluntários na fase inicial da pesquisa. No formulário também foram questionados a

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frequência diária de higiene da prótese, o uso da prótese superior e da inferior, o número de

próteses superiores e inferiores que o voluntário já havia utilizado, há quanto tempo havia

perdido os dentes, hábito de fumar, beber e sensação de boca seca. Anexo 2.

4.7 Qualidade de Vida associada à Saúde Bucal (OHIP EDENT)

A autopercepção de saúde bucal e seu impacto têm sido um dos indicadores de

qualidade de vida associada à saúde bucal (QVSB) mais utilizados em Odontologia. Entre os

questionários para a medição da QVSB destaca-se o Oral Health Impact Profile (OHIP) com

49 questões. A versão OHIP-EDENT com 19 questões é utilizada para indivíduos edêntulos

totais, sendo capaz de detectar mudanças na QVSB de usuários de prótese, antes e depois de

receberem novas próteses (Allen e Locker, 2002 e Regis et al., 2013). A versão em inglês do

OHIP-EDENT 19 apresenta 7 domínios (limitação funcional, dor física, desconforto

psicológico, incapacidade física, incapacidade psicológica, incapacidade social e limitações)

sendo possível cinco possibilidades de resposta pela escala de Likert.

No presente estudo, o impacto da QVSB foi avaliado utilizando-se a versão

brasileira do OHIP-EDENT (Brazilian OHIP-EDENT). (Souza et al., 2007 e Souza et al.,

2010). Essa versão apresenta 19 questões distribuídas em 4 domínios (desconforto com a

mastigação, incapacidade e desconforto psicológico, incapacidade social e dor ou desconforto

oral), sendo possíveis apenas três respostas: nunca, as vezes e quase sempre. Cada resposta

recebe uma pontuação: 0, 1 e 2 respectivamente. A soma de todas as respostas pode variar de

0 a 38. As somas maiores representam maior impacto negativo para a QVSB.

4.8 Satisfação com as próteses totais

Dentre os instrumentos psicométricos propostos para a avaliação do grau de

satisfação dos usuários de próteses, foram utilizados nesse estudo os de Regis et al. 2013,

Awad et al., 2003 e de Ellis et al., 2007. Os questionários foram aplicados por um único

profissional com experiência em prótese total e cego quanto aos grupos dos voluntários. No

questionário de Regis et al. 2013 para cada uma das oito variáveis avaliadas são possíveis três

respostas: insatisfatório, regular e bom, correspondendo as pontuações 0, 1 e 2

respectivamente. A soma de todos valores pode variar de 0 a 16. Os somatórios maiores

representam nível de satisfação mais alto. Já as variáveis avaliadas pelo questionário de Awad

et al. 2003 e de Ellis et al., 2007 foram realizadas escala visual analógica (EVA) que variou

de 0 a 10 cm ancoradas pelas palavras “completamente insatisfeito” e “completamente

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satisfeito” respectivamente, os voluntarios identificavam a sua satisfacao que posteriormente

foram convertidas em números de 1 a 10. Anexo 4.

4.9 Qualidade das próteses

O instrumento utilizado para a avaliação da qualidade das próteses totais foi o

Functional Assessment of dentures, desenvolvido por Corrigan et al., 2002 e validado por

Anastassiadou et al 2002. Este instrumento utiliza 10 critérios para avaliar a qualidade das

próteses: o espaço funcional livre, a oclusão, estabilidade das próteses durante movimentos

excursivos suaves, a resistência da prótese maxilar a forcas verticais, o controle lingual

ajudando a estabilizar a prótese, o deslocamento lateral rotacional maxilar, o deslocamento

maxilar ântero-posterior, o assentamento da prótese mandibular, a estabilidade da prótese

mandibular durante movimento da língua, a estabilidade da prótese inferior no movimento

ântero-posterior. As respostas positivas receberam 1 ponto e as avaliações negativas 0. A

pontuação total variou de 0 a 10. A avaliação clínica foi realizada por um único profissional

com experiência em prótese total e cego quanto aos grupos dos voluntários. Anexo 5.

4.10 Função mastigatória

Para a avaliação da performance mastigatória foi utilizado o método de

fracionamento em peneiras (Van der Bilt e Fontijn-Tekamp, 2004), empregando material teste

Optocal. Para a realização do teste, cada voluntário recebeu uma porção (17 cubos) do

material teste (Optocal) que foi confeccionado manualmente pelo pesquisador a partir da

aglutinação dos materiais: Optosil Confort® (Heraeus Kulzer) (57%), creme dental (27%),

vaselina (3%), gesso odontológico (9%), hidrocolóide irreversível (4%) e 27g de Activador

Universal Optosil®-Xantopren® (Heraeus Kulzer). Após a aglutinação dos componentes, a

massa foi homogeneizada. Com auxílio de uma matriz metálica foram confeccionados cubos

de Optocal medindo 5,6 mm de aresta. Após a polimerização inicial, os cubos eram

removidos da matriz e pesados individualmente para padronização e colocados em estufa a

60°C por 16 horas para sua total polimerização. Depois de resfriados, os cubos foram

desinfetados com solução de glutaraldeído 2% por 30 minutos, lavados, secos com papel

absorvente, agrupados em porções de 17 cubos, as quais foram pesadas, devendo apresentar

aproximadamente 3,7 g.

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No teste de performance cada voluntário foi instruído a mastigar, com as próteses

em posição, de maneira habitual por 40 ciclos mastigatórios. Para o teste de limiar de

deglutição o voluntário foi orientado a mastigar até sentir vontade de deglutir. Os testes foram

monitorados pelo pesquisador. Posteriormente, toda a amostra triturada foi expectorada em

um filtro de papel. Duzentos mililitros de água foram fornecidos aos voluntários para que, por

meio de bochechos sucessivos, fosse promovida a total limpeza da cavidade oral e o conteúdo

também fosse expectorado no mesmo filtro de papel.

O filtro contendo o material triturado foi deixado em repouso para a decantação

por 1 semana e posteriormente foi submetido à secagem em estufa por 25 minutos a

temperatura de 80°C. Após a secagem, as partículas foram fracionadas por um sistema de 10

peneiras com malhas que variam de 5,6 mm a 0,5 mm de abertura, acopladas a uma mesa

vibratória (Bertel Ind. Met. Ltda) durante 20 minutos. O montante acumulado em cada

peneira foi pesado em balança analítica com 0,0001g de precisão (Mark, 2060, Bel

Engineering).

Para a cálculo da performance mastigatória, o tamanho mediano da particular

(X50) e o índice de distribuição do material teste em cada peneira (b) foram calculados por

meio da equação de Rosin-Rammler: Qw= 100[1- 2 – (x/x50)b] (Slagter et al., 1992). A

avaliação da performance e do limiar foram analisadas por meio do X50 e do b. O X50 mede o

tamanho médio das partículas e o b mede a distribuição das partículas pelas peneiras. A

avaliação isolada do X50 pode levar a uma conclusão equivocada da capacidade mastigatória.

Isso porque, caso o voluntário triture bem alguns cubos, mas não quebre a maioria dos outros

terá uma média baixa do X50. Esse bom resultado para o X50 pode não expressar efetivamente

uma boa mastigação resultando em um valor de b alto. Portanto, para uma avaliação mais

segura analisaremos as duas variáveis o X50 e o b.

4.11 Coleta de Saliva

O fluxo salivar dos voluntários foi mensurado na fase inicial do estudo.

Considerando que a saliva está envolvida diretamente com a performance mastigatória (Van

der bilt, 2011), considerou-se importante que fosse registrado o fluxo salivar dos indivíduos

da amostra. Desse modo, o fluxo salivar foi coletado por método de saliva não estimulada e

estimulada. As variáveis foram analisadas com os voluntários utilizando as próteses velhas da

fase inicial. O fluxo salivar não estimulado foi medido com os voluntários sendo instruídos a

deixar a saliva acumular na boca e expectorando em recipientes pré pesados e a não

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movimentar a língua ou os lábios durante o procedimento. A coleta salivar foi feita durante 5

minutos e a taxa do fluxo sendo expressa em mililitro por minuto. O peso em gramas da saliva

foi assumido como sendo igual à sua quantidade em mililitros porque a densidade da saliva

está próxima de 1.0. O fluxo salivar estimulado também foi mensurado com os voluntários

mascando parafina (Parafilm). O tempo de coleta e a fórmula de cálculo do fluxo salivar

foram os mesmos da saliva não estimulada. Os voluntários foram instruídos a eliminar o

excesso de saliva da boca realizando uma deglutição inicial de saliva. A seguir, uma película

de parafina (Parafilm), com formato quadrangular de 5 x 5 cm2, foi oferecida a cada

voluntário, que em seguida recebeu as instruções de mastigá-la durante 1 minuto para

estimulação mecânica da saliva. A seguir foi realizada a coleta de saliva estimulada, com

expectoração da mesma em recipiente pré-pesado durante 5 minutos (Van der Bilt, 2011).

4.12 Análise dos dados

A análise descritiva foi realizada usando medidas de frequência para variáveis

nominais e médias e desvio padrão para variáveis numéricas. A análise comparativa foi

realizada através do teste não-paramétrico Wilcoxon-Mann-Whitney. As comparações foram

realizadas entre grupos (técnica tradicional e técnica simplificada) e entre as diferentes etapas

de análise (inicial, 2 meses e 4 meses). A significância estatística foi definida para valores

com probabilidade acima 95% (alfa=0.05). O programa SAS 9.4 foi utilizado para todas as

análises estatísticas.

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5 RESULTADOS

5.1 Dados coletados do formulário

A tabela 1 apresenta o resultado para as principais variáveis obtidas por meio da

coleta dos dados do formulário.

Tabela 1 - Variáveis obtidas na coleta dos dados

Variável Grupo

Idade

Controle Média (anos) 65,10

DP (anos) 8,90

Experimental Média (anos) 65,20

DP (anos) 10,52

Gênero

Controle Feminino 21

Masculino 9

Experimental Feminino 25

Masculino 5

Uso da Prótese Superior

Controle

Não usa 2

Estética 0

Alimentação 0

Constantemente 28

Experimental

Não usa 0

Estética 0

Alimentação 0

Constantemente 30

Uso da Prótese Inferior

Controle

Não usa 5

Estética 1

Alimentação 0

Constantemente 24

Experimental

Não usa 6

Estética 1

Alimentação 0

Constantemente 23

Tempo de Perda dos dentes

superiores

Controle Média (anos) 28,63

DP (anos) 16,63

Experimental Média (anos) 36,33

DP (anos) 15,41

Tempo de Perda dos dentes

inferiores

Controle Média (anos) 25,97

DP (anos) 16,92

Experimental Média (anos) 34,37

DP (anos) 15,95

Fonte: O Autor

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5.2 Classificação do edêntulo total

A tabela 2 apresenta a divisão dos voluntários do estudo em relação a

classificação do “American College of prosthodontics” (ACP) (McGarry, 1999).

Tabela 2 - Classificação dos voluntários segundo o American College of Prosthodontics

(1999)

Grupo Classificação Frequência

Classificação ACP

Controle

Classe I 4

Classe II 8

Classe III 12

Classe IV 6

Experimental

Classe I 2

Classe II 10

Classe III 13

Classe IV 5

Fonte: O Autor

A maioria dos voluntários do estudo foram classificados como classe III. A classe

l, mais favorável, foi a menos prevalente. A classe IV, menos favorável para a confecção das

próteses, foi a segunda menos prevalente.

5.3 Ajuste das próteses instaladas

A tabela 3 apresenta o resultado do número de consultas necessários para os

ajustes das próteses para cada grupo.

Tabela 3 - Resultado do número de consultas para cada grupo

Consultas para ajuste

após instalação

Controle Média 4,53

DP 1,78

Experimental Média 3,90

DP 1,45

Fonte: O Autor

Não houve diferença significativa entre os grupos T e S (p>0,05).

Além dos ajustes por desgastes foram realizados 4 reembasamentos de próteses

inferiores para correção de falhas no assentamento, nos limites periféricos e ou posteriores

(T=3 e S=1).

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5.4 Satisfação

A tabela 4 apresenta o resultado para as variáveis avaliadas pelo questionário de

Regis et al. 2013.

Tabela 4 - Resultado da satisfação geral (Regis et al. 2013)

Variável Tradicional Simplificada

Inicial 2 meses 4 meses Inicial 2 meses 4 meses

Satisfação geral Régis et

al. 2013

(0 a 16)

9,46 ±

3,79

14,07 ±

2,12

14,76 ±

2,01

9,30 ±

4,20

14,07 ±

2,56

14,83 ±

1,97

Fonte: O Autor

A satisfação geral com dois meses e quatro meses para ambos os grupos T e S

apresentou diferença significativa para a fase inicial (p<0.05). Entre os grupos (T e S) não

houve diferença estatística (p>0,05). Os resultados da fase de avaliação com dois e quatro

meses foram semelhantes (p>0.05).

O resultado da compilação das variáveis avaliadas pelo questionário de Awad et

al. 2003 e de Ellis et al., 2007 pode ser verificado na tabela 5.

Tabela 5 - Resultado da satisfação (Awad et al., 2003 e Ellis et al., 2007)

Variável Tradicional Simplificada

Inicial 2 meses 4 meses Inicial 2 meses 4 meses

Satisfação

EVA

Você está satisfeito com

sua prótese superior?

7,32 ±

2,61

9,90 ±

0,31

9,93 ±

0,26

7,33 ±

2,67

9,70 ±

0,65

9,80 ±

0,55

Você está satisfeito com

sua prótese inferior?

4,64 ±

3,71

8,76 ±

2,06

9,07 ±

2,09

4,67 ±

3,46

8,67 ±

1,97

9,07 ±

1,51

Você está satisfeito com

a estabilidade /retenção

de suas próteses?

6,43 ±

3,26

9,07 ±

1,44

9,17 ±

1,49

6,77 ±

2,86

9,00 ±

1,58

9,30 ±

1,29

Você está satisfeito com

a estética das suas

próteses?

6,50 ±

3,21

9,86 ±

0,52

9,90 ±

0,41

7,10 ±

3,01

9,50 ±

1,01

9,77 ±

0,68

Habilidade

mastigatória?

5,93 ±

3,70

8,10 ±

2,57

8,45 ±

2,59

5,77 ±

3,50

8,93 ±

1,41

9,20 ±

1,24

Habilidade para falar? 7,79 ±

2,86

9,41 ±

1,09

9,62 ±

0,90

7,40 ±

2,94

9,47 ±

0,94

9,67 ±

0,76

Fonte: O Autor

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Analisando o resultado para cada pergunta do questionário com dois meses e quatro

meses, todas as variáveis da satisfação medidas pela EVA nos grupos T e S apresentaram

diferença significativa (p<0,05) quando comparadas a fase inicial. Entre os grupos T e S não

houve diferença estatística (p>0,05) sendo os resultados semelhantes na fase de avaliação de

dois meses e de quatro meses (p>0.05).

5.5 Qualidade de Vida Associada à Saúde Bucal (QVSB)

A tabela 6 mostra o resultado do formulário OHIP-EDENT.

Tabela 6 - Impacto da prótese na qualidade de vida, resultado do OHIP-EDENT

Variável Tradicional Simplificada

Inicial 2 meses 4 meses Inicial 2 meses 4 meses

OHIP-

EDENT

Desconforto com a

mastigação

3,75 ±

2,53

2,22 ±

2,34

1,37 ±

1,98

3,3 ±

2,52

1,47 ±

2,05

0,93 ±

1,84

Incapacidade e desconforto

psicológico

3,61 ±

3,1

1,11 ±

1,76

0,44 ±

1,25

2,97 ±

2,83

0,87 ±

1,85

0,47 ±

1,57

Incapacidade social 1,14 ±

1,84

0,15 ±

0,53

0,07 ±

0,38

1,37 ±

2,36

0,40 ±

1,85

0,03 ±

0,18

Dor e desconforto oral 5,54 ±

2,78

2,74 ±

1,65

1,56 ±

1,63

4,7 ±

3,22

2,74 ±

1,65

1,13 ±

2,05

Impacto geral na Qualidade

de vida

(Soma dos quatro domínios)

14,07 ±

8,49

5,97 ±

5,21

3,21 ±

4,30

12,47 ±

9,41

4,53 ±

5,53

2,60 ±

5,14

Fonte: O Autor

O resultado do impacto geral da prótese na qualidade de vida avaliada por meio

do OHI-EDENT 19 com dois meses e quatro meses para os grupos T e S mostrou diferença

significativa para com a fase inicial (p<0,05). Entre os grupos T e S não houve diferença

estatística (p>0,05), entretanto, houve diferença significativa (p<0,05) no impacto da

qualidade de vida da avaliação de quatro meses para a avaliação de dois meses em ambos os

grupos. Quando a análise do resultado é particularizada pelos quatro domínios do OHIP-

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EDENT o resultado entre os tempos (baseline, dois e quatro meses) e entre os grupos (T e S)

foi semelhante ao descrito para o impacto geral.

5.6 Qualidade das próteses

A tabela 7 apresenta o resultado da avaliação da qualidade das próteses.

Tabela 7 - Resultado da avaliação da qualidade das próteses (Anastassiadou et al., 2002)

Variável Tradicional Simplificada

Inicial 2 meses 4 meses Inicial 2 meses 4 meses

Qualidade geral das

próteses

(0 a 10)

5,32 ±

2,21

9,14 ±

0,95

9,28 ±

0,84

4,90 ±

2,40

9,03 ±

0,93

9,13 ±

0,86

Fonte: O Autor

A avaliação da qualidade da prótese apresentou diferença estatística significativa

do resultado da fase inicial em ambos os grupos T e S para o resultado com dois meses e com

quatro meses (p<0,05). Entre os grupos T e S não houve diferença estatística na avaliação de

dois meses e nem na avaliação de quatro meses (p>0,05).

5.7 Fluxo Salivar

As tabelas 8 e 9 apresentam o resultado do fluxo salivar não estimulado e

estimulado respectivamente.

Tabela 8 - Resultado do fluxo salivar não estimulado

Fluxo Salivar Não

estimulado

T Média 0,42

DP 0,23

S Média 0,46

DP 0,28

Fonte: O Autor

Tabela 9 - Resultado do fluxo salivar estimulado

Fluxo Salivar estimulado

T Média 0,89

DP 0,46

S Média 1,03

DP 0,53

Fonte: O Autor

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5.8 Função Mastigatória

A tabela 10 apresenta o resultado do X50 e do b para a performance mastigatória e

o resultado das variáveis X50 e b para o limiar de deglutição.

Tabela 10 – Resultado para a performance mastigatória

Variável Tradicional Simplificada

Inicial 2 meses 4 meses Inicial 2 meses 4 meses

PERFORMANCE

MASTIGATORIA

EX50 5,69 ±

1,41

4,68 ±

1,33

3,82 ±

1,18

5,68 ±

0,88

4,46 ±

0,99

3,75 ±

0,94

b 7,37 ±

4,17

5,57 ±

3,06

4,32 ±

2,81

10,40 ±

13,29

4,38 ±

2,00

3,43 ±

1,26

LIMIAR DE

DEGLUTIÇÃO

EX50

4,72 ±

1,63

3,37 ±

1,23

2,95 ±

1,05

4,62 ±

1,42

3,23 ±

0,99

2,90 ±

0,79

b

5,02 ±

3,13

3,47

1,68

2,87 ±

1,04

7,98

13,71

2,89 ±

0,80

2,73 ±

0,53

Fonte: O Autor

A avaliação da performance mastigatória apresentou diferença estatística

significativa para o X50 e o b entre a fase inicial para ambos os grupos T e S comparados com

dois e quatro meses (p<0,05). Entre os grupos T e S não houve diferença estatística na

avaliação de dois meses e nem na avaliação de quatro meses (p>0,05). Para a performance

mastigatória o X50 e o b não apresentaram diferença significativa da avaliação de quatro meses

para a avaliação de dois meses em ambos os grupos (p>0,05).

A avaliação do limiar de deglutição apresentou diferença estatística significativa

para o X50 e o b entre a fase inicial para ambos os grupos T e S comparados com dois e quatro

meses (p<0,05). Entre os grupos T e S não houve diferença estatística na avaliação de dois

meses e nem na avaliação de quatro meses (p>0,05). Para o limiar de deglutição o X50 e o b

não apresentaram diferença significativa da avaliação de quatro meses para a avaliação de

dois meses em ambos os grupos T e S (p>0,05).

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6 DISCUSSÃO

As técnicas que abreviam os procedimentos do método tradicional (T) para a

confecção das próteses totais são uma preocupação para a comunidade científica sendo

associadas à negligência e à eliminação de etapas importantes que prejudicam a qualidade

final e demandam adaptações dos pacientes a próteses inadequadas (Owen 2006). Contudo,

para Carlsson 2009 é necessário responder a alta demanda existente para as próteses totais,

havendo necessidade emergente da abordagem baseada em evidências para os métodos

simplificados (S). Existem diferenças entre as técnicas simplificadas (S) descritas na

literatura. Para orientar a busca pela evidência científica dos métodos S foi estabelecido um

consenso entre especialistas sobre os princípios protéticos que devem ser respeitados durante

a confecção das PTs denominado de “Minimum Acceptable Protocol” (MAP) (Owen 2006).

Para Owen 2006 próteses que são construídas respeitando os critérios estabelecidos no

protocolo são moralmente, eticamente e legalmente defensáveis.

Há uma tendência de diminuição do edentulismo em muitos países como nos

Estados Unidos, Reino Unido, Finlândia Suécia e Nova Zelândia. No Brasil também há

diminuição do edentulismo entre os jovens e os adultos. Este declínio ocorre, provavelmente,

devido às ações das políticas públicas que reduziram a cárie dentária, especialmente devido ao

aumento do acesso a agua e ao creme dental fluoretados, que atingiram uma parte

significativa da população na década de 1990 (Narvai et al. 2006). Para os idosos essa

tendencia de diminuicao nao se confirma no Brasil e em varios paises do mundo. O numero

de edentulos tem apresentado um aumento alarmante, alcancando em uma projecao para 2040

mais de 64 milhoes de arcadas totalmente edentulas no Brasil (Cardoso 2016). Nos Estados

Unidos a projeção para 2020 é de 61 milhões de arcadas totalmente edêntulas (Douglass

2002). Essa demanda da população idosa do Brasil ainda não foi enfrentada de forma efetiva

sendo que apenas em 2003 as reabilitações protéticas foram incluídas nos serviços de saúde

pública. Atualmente, à oferta das próteses atinge uma parcela pequena da população e a

grande prevalência do edentulismo deixa milhões de pessoas sem acesso ao tratamento.

(Cardoso 2016).

Ensaios clínicos randomizados (RCTs) têm demonstrado que a técnica S fornece

próteses totais semelhantes a técnica T em relação a satisfação geral (Kawai et al., 2005;

Regis et al., 2013), ao número de consultas para ajustes (Vecchia et al., 2014), a estabilidade

da prótese (Kawai et al., 2005; Heydecke et al., 2008; Nunez et al., 2015), a retenção (Regis

et al., 2013), ao conforto (Kawai et al., 2005; Heydecke et al., 2008; Regis et al., 2013;

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Nunez et al., 2015), a capacidade mastigatória (Kawai et al., 2005; Heydecke et al., 2008;

Regis et al., 2013; Cunha et al., 2013; Nunez et al., 2015), a facilidade de higienização da

prótese (Kawai et al., 2005), a estética (Kawai et al., 2005; Heydecke et al., 2008; Regis et

al., 2013; Nunez et al., 2015), a capacidade de pronúncia (Kawai et al., 2005; Heydecke et al.,

2008; Regis et al., 2013; Nunez et al., 2015), a QVSB (Regis et al., 2013; Jo et al., 2015;

Nunez et al., 2015) e vantagens em relação ao menor custo (Kawai et al., 2010; Vecchia et

al., 2014) e ao menor tempo para execução das fases clínicas e laboratoriais (Kawai et al.,

2010; Vecchia et al., 2014). No entanto, existem estudos recentes afirmando que a técnica T,

preconizada pela maioria das escolas de Odontologia para a confecção das próteses totais, seja

a única e correta forma de obtenção de próteses funcionais adequadas para os pacientes

edêntulos totais (Hyde et al. 2014; Jo et al. 2015).

A cidade de Belo Horizonte (BH), desde 2010, segue a diretriz do ministério da

saúde do Brasil e fornece próteses na Atenção Primária à Saúde (APS). Os resultados

favoráveis descritos na literatura para as técnicas S motivaram a sua indicação como

protocolo para a confecção das PTs. O protocolo simplificado para a confecção das PTs na

cidade de BH respeitou o consenso descrito pelo MAP (Owen, 2006). A escolha da técnica S,

ao facilitar a execução clínica e diminuir o tempo de trabalho, aumentou a adesão dos

profissionais clínicos generalistas da APS para o trabalho com as PTs. A adoção da técnica S

possibilitou o fomento do fornecimento de mais de 25.0000 próteses para população desde a

implementação do serviço. Este estudo clínico foi realizado para avaliar o desempenho das

próteses totais confeccionadas pela técnica simplificada preconizada na cidade de BH e

buscou respostas para a seguinte pergunta: existem prejuízos, no serviço prestado ao paciente,

quando utilizamos a técnica S para a confecção das próteses totais?

A recuperação funcional por meio de boas próteses aliada a satisfação dos

pacientes deve ser o objetivo final do tratamento reabilitador protético. Neste estudo, quando

a avaliação da qualidade da prótese foi boa, houve aumento da satisfação pelos pacientes. Na

fase inicial a satisfação geral dos voluntários era baixa em relação as próteses velhas e a

qualidade das próteses avaliada pelo profissional foi considerada ruim. Na fase final houve

melhora da satisfação geral dos voluntários e também houve melhora da qualidade das

próteses pela avaliação profissional. Na fase final de testes, os resultados para a satisfação

geral aumentaram em ambos os grupos T e S. Quando o resultado para a satisfação geral e

para a qualidade das próteses foram comparados entre os grupos T e S não houve diferença

(p>0,05).

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Particularmente, entre as variáveis analisadas pela escala visual analógica (EVA),

a satisfação com a prótese inferior foi a que apresentou o pior resultado em ambos os grupos

T e S. Além disso, dentre os 59 voluntários do estudo, 4 (T=2 e S=2) não conseguiram adaptar

e não usaram as novas próteses inferiores. A insatisfação com a PT inferior é relacionada com

as condições orais desfavoráveis da região mandibular para o suporte fibromucoso e na

experiência anterior ruim com o uso das próteses (Berg 1993; Celebić et al., 2003). Apesar

dessa dificuldade de adaptação com as próteses inferiores, quando as próteses insatisfatórias

da fase inicial foram substituídas por próteses com melhor qualidade, pela avaliação

profissional, houve melhora da satisfação. Na fase final de testes, a satisfação com a prótese

inferior aumentou e foi igual para os grupos T e S. Ao contrário, no trabalho de Jo et al., 2015

a satisfação com a prótese inferior foi maior para a técnica T, sendo os valores obtidos para os

grupos T e S 91% e 84,5%, respectivamente. Contudo, a satisfação da prótese inferior para a

técnica S de 84,5% é um resultado superior aos obtidos em outros estudos (Kawai et al. 2005

e Awad e Feine, 1998). Carlsson et al., 2006 relataram que a satisfação dos usuários com as

próteses totais está em torno de 80% a 90%, prevendo que cerca de 20% dos edêntulos não

conseguirão adaptar com suas próteses.

A função mastigatória após a substituição das próteses velhas pelas novas

apresentou melhora significativa (p<0,05) em ambas as técnicas, T e S. As próteses velhas

que os voluntários utilizavam na fase inicial dos testes e que apresentavam insatisfatórias na

avaliação profissional, provavelmente limitavam a capacidade funcional mastigatória

promovendo um resultado ruim para a diminuição do tamanho das partículas (X50) e para a

distribuição das partículas (b). Quando os voluntários apresentaram adaptados as novas

próteses em ambos os grupos T e S os testes foram refeitos e houve melhora das variáveis

relacionadas com a função mastigatória para a performance em 40 ciclos (X50 e b) e para o

limiar de deglutição (X50 e b). Entre a fase intermediária e a final houve melhora em ambos

X50 e b, mas não ocorreu diferença significativa (p>0,05). Quando os resultados foram

analisados para a comparação das técnicas T e S não existiu diferença estatística (p>0,05). No

trabalho de Cunha et al., 2013 que compararam a performance e eficiência mastigatória entre

as técnicas T e S, também não houve diferença significativa (p>0,05).

A autopercepção da saúde bucal e o seu impacto têm sido um dos indicadores de

qualidade de vida mais utilizados em Odontologia (Regis et al., 2013). O resultado da soma

total para o OHIP-EDENT nas avaliações de 2 e 4 meses foram muito inferiores a soma da

fase inicial do estudo (p<0,05). Essa melhora da QVSB pôde ser percebida também em todos

os 4 domínios do questionário: desconforto com a mastigação, incapacidade e desconforto

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psicológico, incapacidade social e dor ou desconforto oral. A reabilitação com novas próteses

ou a substituição de próteses insatisfatórias promoveram um impacto positivo na qualidade de

vida dos pacientes edêntulos totais, provavelmente devido a recuperação funcional e estética

fornecida pelas novas próteses. Já na comparação entre os grupos para as técnicas T e S, não

houve diferença significativa nos resultados obtidos na fase intermediária e na fase final dos

testes (p>0,05). Este resultado é corroborado pelos RCTs que compararam a técnica T com a

S em relação a QVSB (Jo et al., 2015; Nuñez et al., 2015; Regis et al., 2013).

O reflexo das disparidades político-sociais e a diminuição dos recursos para os

cuidados em saúde desafiam educadores e profissionais que trabalham com as reabilitações

dos mutilados orais (Petersen et al. 2005). Estes resultados favoráveis da técnicas S não

devem ser desprezados pela comunidade científica, principalmente se levarmos em

consideração a alta demanda por essas próteses e a sua correlação positiva com a situação

econômica dos países onde o edentulismo é mais prevalente. Os resultados deste estudo

demonstraram que a substituição das próteses insatisfatórias deve ser preconizado devido a

melhora que promovem, com um impacto positivo funcional e na qualidade de vida. As

técnicas simplificadas não geraram resultados negativos ou inferiores podendo ser adotadas

como um protocolo opcional para as técnicas tradicionais, principalmente, nos serviços

públicos de atenção à saúde.

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7 CONCLUSÃO

A reabilitação dos edêntulos totais com novas próteses mucossuportadas forneceu

melhora da satisfação, da qualidade de vida e da função mastigatória. A sequência clínica

utilizada para a confecção das próteses não influenciou no resultado, não havendo diferença

significativa entre as técnicas T e S. A partir dos resultados obtidos no presente estudo

conclui-se que a técnica S pode ser uma alternativa para a confecção de próteses totais

convencionais aumentando o acesso dos pacientes edêntulos, principalmente, nos serviços

públicos de saúde, uma vez que o tempo e o custo do tratamento são reduzidos.

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80.

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ANEXOS

Anexo 1 - Classificação do “American College of Prosthodontists” (McGarry, 1999)

Faculdade de Odontologia de Piracicaba FOP UNICAMP

Protocolo de Pesquisa: Técnica Simplificada em prótese total

Formulário de Coleta: Participante

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A ACADEMIA AMERICANA DE PRóTESE

Class

I

Class

II

Class

III

Class

IV

Altura do rebordo mandibular

21 mm ou mais

16-20 mm

11-15 mm

10 mm ou menos

Morfologia do rebordo residual maxilar

Tipo A- resistência ao deslocamento vertical e

horizontal, processo hamular definido, sem tôrus

Tipo B- perda de fundo de vestíb. Post., morfol. do

palato resist. aos desloc., proc. hamular pouco definido,

Tipo C- perda de f. de v. ant., pal. com mín. suporte,

tec. Hip. ant., tôr. aus. ou/sem comp. ext. pal. post.

Tipo D- perda de fundo de vest. ant. e post.,

hiperplasia fibromucosa ant., presença de tôrus

Aderência tecidual mandibular

Tipo A- fibromucosa aderida resistente ao desloc.

Tipo B- sem fibom. aderida somente na região ant.

vestib., inser. do músc. mentalis próx a crista do rebordo.

Tipo C- sem fibrom. aderida na reg. ling. e vest. ant.,

inserção dos mus. Geniogl. e ment. próx. a crist. do reb.

Tipo D- fibromucosa aderida somente na região

posterior lingual.

Tipo E- deslocamento da fibromucosa durante o

movimento da bochecha, do lábio e da língua.

Relação maxilomandibular

Class I

Class II

Class III

Necessidade de cirurgia pré protética

Procedimentos para diminuição de tecido mole

Procedimentos para diminuição de tecido duro

Implantes / simples

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Implantes com enxerto ósseo / complexo

Correções de deformidades dentofaciais

Enxertos ósseos

Enxertos resude tecido mole

Espaço entre arcos limitados

18-20 mm

Necessidade de correção cirúrgica

Anatomia da lingua

Grande (espaços de interdentação oclusal)

Hiperatividade –com posição retraída

Alterações

Manifestação oral de doenças sistêmicas

Baixa

Moderada

Alta

Psicossocial

Moderada

Alta

Sintomas de DTM

Histórico de parestesia ou disestesia

Defeitos maxilofaciais

Ataxia

Paciente não colaborador

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Anexo 2 - Formulário de coleta dos dados

Faculdade de Odontologia de Piracicaba FOP UNICAMP

Protocolo de Pesquisa: Técnica Simplificada em prótese total

Formulário de Coleta: Participante

1) Nome:

DATA:

2) Endereço:

3) Telefone:

4) Idade: Data de nascimento:

5) Sexo: ( ) Masculino

( ) Feminino

6) Centro de Saúde:

7) Estado Civil:

( ) Casado

( ) Separado

( ) Solteiro

( ) Viúvo

( ) Outro (especificar):

8) Grau de instrução:

( ) analfabeto

( ) ensino fundamental

( ) ensino médio

( ) ensino superior

9) Renda familiar:

( ) Sem renda

( ) Menos de 1 salário mínimo

( ) 1 a 3 salários mínimos

( ) Mais de 3 salários mínimos

10) Frequência diária de higiene da prótese:

( ) Nenhuma

( ) Uma vez

( ) Duas vezes

( ) Três vezes ou mais

11) Uso da dentadura superior

( ) Não usa

( ) Usa só para estética

( ) Usa só para alimentar

( ) Uso constante

12) Uso da dentadura inferior

( ) Não usa

( ) Usa só para estética

( ) Usa só para alimentar

( ) 3. Uso constante

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108

13) Número de dentaduras superiores que já usou?

( ) 1- uma

( ) 2- duas

( ) 3- mais de duas

14) Número de dentaduras inferiores que já usou?

( ) 1- uma

( ) 2- duas

( ) 3- mais de duas

15) Há quanto tempo (anos) perdeu os dentes superiores?

16) Há quanto tempo (anos) perdeu os dentes inferiores?

17) Tem hábito de fumar?

( ) 0- nunca fumante

( ) 1- ex-fumante

( ) 2- fumante atual

18) Se respondeu “1”, há quanto tempo parou de fumar?

19) Você bebe?

( ) 0- Não bebo

( ) 1- Bebo uma vez por semana

( ) 2- Bebo mais de uma vez por semana

20) Sente a boca seca?

( ) 0. Não

( ) 1. Sim

21) Se sim, o incomoda?

( ) 0. Não

( ) 1. Sim

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Anexo 3 - Qualidade de Vida associada à Saúde Bucal (OHIP EDENT)

Faculdade de Odontologia de Piracicaba FOP UNICAMP

Protocolo de Pesquisa: Técnica Simplificada em prótese total

Formulário de Coleta: Participante

1) Nome:

DATA: Fase: início ( ); 2meses( ); 4meses( )

DESCONFORTO COM A MASTIGAÇAO

01. Você sentiu dificuldade para mastigar algum alimento devido a problemas com as

dentaduras?

02. Você sentiu desconforto ao comer, devido a problema com as dentaduras?

03. Você teve que evitar comer alguma coisa devido a problemas com as dentaduras?

04. Você teve que interromper suas refeições devido a problemas com as dentaduras?

INCAPACIDADE E DESCONFORTO PSICOLOGICO

05. Você se sentiu preocupado(a) devido a problemas dentários?

06. Você se sentiu constrangido por causa das dentaduras?

07. Você se sentiu impossibilitado(a) de comer com suas dentaduras devido a problemas

com elas?

08. Você se sentiu perturbado(a) com as dentaduras?

09. Você esteve em alguma situação embaraçosa devido a problemas com as dentaduras?

INCAPACIDADE SOCIAL

10. Você evitou sair de casa devido a problemas com as dentaduras?

11. Você foi menos tolerante com seu cônjuge ou família devido a problemas com as

dentaduras?

12. Você esteve um pouco irritado(a) com outras pessoas devido a problemas com as

dentaduras?

13. Você foi incapaz de aproveitar totalmente a companhia de outras pessoas devido a

problemas com as dentaduras?

14. Você sentiu que a vida em geral foi menos satisfatória devido a problemas com as

dentaduras?

DOR E DESCONFORTO ORAL

15. Você percebeu que as dentaduras retinham alimento?

16. Você sentiu que sua dentadura não estava corretamente assentada?

17. Você sentiu sua boca dolorida?

18. Você teve pontos doloridos na boca?

19. Suas dentaduras estavam desconfortáveis?

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Anexo 4 – Satisfação com as próteses totais

Faculdade de Odontologia de Piracicaba FOP UNICAMP

Protocolo de Pesquisa: Técnica Simplificada em prótese total

Formulário de Coleta: Participante

Régis et al., 2013

Quadro 1 - Questionário de satisfação com as próteses totais.

1. Como você classifica a qualidade geral de suas dentaduras?

2. Como você classifica a retenção de sua dentadura de cima?

3. Como você classifica a retenção de sua dentadura de baixo?

4. Como você classifica a estética de suas dentaduras?

5. Como você classifica a sua capacidade de falar quando está usando suas dentaduras?

6. Como você classifica a sua capacidade de mastigar com suas dentaduras?

7. Como você classifica o conforto com sua dentadura de cima?

8. Como você classifica o conforto com sua dentadura de baixo?

As opções para serem marcadas são insatisfatório, regular, bom.

Avaliação satisfação com as próteses totais pela Escala Visual Analógica (EVA)

1) Satisfação com as próteses (Escala visual analógica – EVA) (Ellis et al., 2007)

Questão 1: estética

Questão 2: conforto

Questão 3: estabilidade

Questão 4: Habilidade mastigatória

Questão 5: Habilidade para falar

2) Satisfação com as próteses (Escala visual analógica – EVA) (Awad et al., 2003).

Questão 1 - Você está satisfeito com sua prótese superior?

Questão 2 - Você está satisfeito com sua prótese inferior?

Questão 3 - Você está satisfeito com a estabilidade/retenção de suas próteses?

Questão 4 - Você está satisfeito com a estética das suas próteses?

├──┼──┼──┼──┼──┼──┼──┼──┼──┼──┤

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Completamente

Insatisfeito Satisfeito

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Anexo 5 - Qualidade das próteses

Faculdade de Odontologia de Piracicaba FOP UNICAMP

Protocolo de Pesquisa: Técnica Simplificada em prótese total

Formulário de Coleta: Participante

FAD – Functional Assessment of Dentures (Anastassiadou et al., 2002)

1. GRUPO

Critérios Escores

1 Espaço Funcional Livre (EFL)

Aferir a DVR com a prótese total

mandibular em posição.

Adequado Errado

O O

2 a Oclusão

Pede-se que o voluntário relaxe e

morda suavemente com os dentes

posteriores repetidas vezes a partir de

uma abertura bucal mínima (20 mm)

Equilibrada Interferência/Deslize

O O

2 b Articulação

Mover a mandíbula de um lado ao

outro com os dentes tocando-se

suavemente. Observar a relação das

bases protéticas com os tecidos

subjacentes.

Deslocamento Deslocamento

Mínimo Excessivo

O O

3 a Retenção Maxilar (resistência a

forças verticais)

Abrir a boca em 20 mm. Notar se a

prótese maxilar cai. Com a boca ainda

aberta, puxar a prótese com os

polegares e os indicadores nos pré-

molares e realizar força em sentido

inferior. (Secar os dentes se preciso).

* Repetir se a língua estiver em

posição retruída.

Resistência Nenhuma

Adequada Resistência

O O

3 b Retenção Maxilar / Controle

Lingual, Teste de Incisão

Inserir um rolo de algodão entre os

dentes anteriores e instruir o

voluntário a fechar suavemente sobre

o rolo como se fosse um pedaço de

alimento. Notar a posição da língua, e

julgar na terceira tentativa

A língua estabiliza A língua permanece

prótese maxilar no soalho bucal

O O

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4 a Estabilidade Maxilar (Deslocamento

Lateral)

A prótese é apreendida pelo polegar na

área dos pré-molares e aplicada força

de forma rotacional

Movimento Pronunciado:

Não Sim

O O

4 b Estabilidade Maxilar (Movimento

Pronunciado)

Aplicar força leve sobre os 1os

molares, nos lados direito e esquerdo

simultaneamente. Tentar mover a

prótese no sentido ântero-posterior

com polegar e indicador colocados

anterior e posteriormente e

simultaneamente.

Movimento Pronunciado:

Não Sim

O O

5 a Estabilidade Mandibular

(Deslocamento)

Abrir a boca 20 mm com a língua em

posição relaxada. Checar o

assentamento da prótese com os dedos

A prótese A prótese

mandibular mandibular

permanece é nitidamente

assentada deslocada

O O

5 b Estabilidade Mandibular

(Movimento Pronunciado)

Instruir o paciente a mover a língua de

forma que a ponta repouse suavemente

nos ângulos da boca com uma abertura

de 20 mm. Checar o assentamento das

prótese com os dedos, e julgar na

terceira tentativa.

Movimento Pronunciado:

Não Sim

O O

5 c Estabilidade Mandibular

(Movimento Antero-Posterior)

Remover a prótese maxilar. Pressionar

a prótese mandibular contra o rebordo

com o polegar e indicador sobre os

incisivos, e tentar movê-la com a

língua relaxada.

Movimento Ântero-Posterior

Não Sim

O O

Observações:

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Anexo 6 – Folha de rosto para pesquisa envolvendo seres humanos

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Anexo 7 – Carta ao Comitê de Ética em pesquisa da FOP-UNICAMP

Piracicaba, 25/04/ 2013.

Ilmo Sr.

Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da FOP-UNICAMP

Caro Sr,

Solicito a apreciacao do protocolo de pesquisa intitulado “Técnica simplificada em

prótese total: influência na qualidade da prótese, função mastigatória e satisfação do paciente”

por este comitê e confirmo que:

1- estou ciente de que todo o diálogo formal entre o CEP e os pesquisadores se dará

por via eletrônica (e-mail e webpage) e que, caso deseje, solicitarei e retirarei por

minha própria conta os pareceres e o certificado junto à secretaria do CEP-FOP,

2- o conteúdo dos arquivos digitais entregues ao CEP é idêntico ao do protocolo

impresso, pois sei que ambos podem ser utilizados no processo de avaliação. Por

saber desta possibilidade, estou ciente de que avaliações desfavoráveis causadas

pelas eventuais diferenças entre o protocolo digital e impresso são de minha inteira

responsabilidade.

3- estou ciente de que os relatores, a coordenação do CEP-FOP e eventualmente a

CONEP terão acesso a este protocolo em suas versões impressa ou digital e de que

este acesso será utilizado exclusivamente para a avaliação ética.

Atenciosamente,

__________________________________________

Francisco Mauro da Silva Girundi

CPF-785596776-15

Departamento de Prótese e Periodontia

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Anexo 8 – Termo de consentimento livre e esclarecido

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA

Av. Limeira, 901 Caixa Postal 52 - Piracicaba - SP CEP

13414-903

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título: Técnica simplificada em prótese total: influência na qualidade da prótese, função

mastigatória e satisfação do paciente.

Pesquisadores Responsáveis: Prof. Dr. Wander José da Silva; Profª Dra Altair A. Del Bel

Cury; CD Francisco Mauro da Silva Girundi

A reabilitação oral através de próteses dentais deve devolver ao seu usuário função,

conforto e estética. Quando em condições satisfatórias, as próteses dentais permitem ao

paciente realizar corretamente a mastigação e preservam a saúde geral. Próteses dentais

inadequadas dificultam a ingestão de alimentos e provocam lesões orais.

Meu nome é Francisco Mauro da Silva Girundi e exerço o cargo de cirurgião-dentista

na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH). Estou cursando o Doutorado em Clínica

Odontológica na FOP-UNICAMP. Desenvolvo um estudo sobre as próteses totais removíveis

ofertadas na Atenção Primária em Saúde para os usuários do SUS Belo Horizonte. Para poder

avaliar essas proteses preciso da sua participacao na pesquisa intitulada “Tecnica simplificada

em prótese total: influência na qualidade da prótese, função mastigatória e satisfação do

paciente”, no intuito de evidenciar se a técnica de confecção das próteses utilizada pela PBH é

capaz de atingir os mesmos parâmetros funcionais e estéticos obtidos pela técnica

convencional. Com isso certificar da qualidade do serviço oferecido aos usuários da rede

SUS-BH.

Objetivo: O principal objetivo desse estudo será avaliar se a prótese fornecida pela prefeitura

de BH tem boa qualidade e se tem gerado melhorias na qualidade de vida de usuários do SUS

como você.

Procedimentos: Selecionarei 60 voluntários. Os voluntários serão aleatoriamente distribuídos

em dois grupos de 30. Um grupo terá suas próteses totais confeccionadas pela técnica padrão

e o outro pela técnica atualmente utilizada na prefeitura. Após dois meses de uso das próteses

você responderá um questionário com perguntas sobre o grau de satisfação com as dentaduras

que está usando. A retenção e a estabilidade das suas próteses serão avaliadas por um dentista

e a sua capacidade mastigatória também será avaliada. Para isto, será solicitado que você

mastigue pequenos blocos de um material macio que simulam alimento. Depois de finalizado

o teste, você deverá expelir todo esse material sobre um papel filtro (papel igual ao de coar

café) que será então seco e analisado. Após dois meses todas as avaliações serão realizadas

novamente.

Métodos Alternativos Para obtenção das informações: Nesta pesquisa as técnicas a serem

utilizadas são seguras, sem efeitos colaterais e consagradas na literatura por serem de simples

execução. Não existe grupo placebo neste estudo.

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Benefícios Esperados e Ressarcimento: Ao participar da pesquisa, você receberá um par de

próteses totais gratuitamente. Não haverá nenhum custo adicional para você durante a etapa

de coleta dos dados e confecção das próteses e caso seja necessária a locomoção de outro

local para o Centro de Saúde Bonsucesso, você será ressarcido(a) das despesas com o

transporte. Desconforto e Riscos Previsíveis: Não haverá nenhum tipo de riscos previsíveis

para você durante a realização dos procedimentos da pesquisa.

Indenização e/ou reparação de danos: Como não há previsão de riscos ou danos, não existe

previsão de indenização.

Garantia de Recusa e Sigilo: A decisão de participar dessa pesquisa é voluntária e você

poderá, a qualquer momento, retirar o consentimento e deixar de participar da mesma sem

quaisquer prejuízos. Os dados obtidos durante os exames serão utilizados para fins científicos

e é garantido a você que, durante a divulgação dos resultados, sua identidade será mantida no

mais rigoroso sigilo sendo omitidas todas as informações que possam identificá-lo.

Acompanhamento e assistência: Você será acompanhado(a) pelos pesquisadores durante

toda a pesquisa e estes estarão disponíveis para quaisquer esclarecimentos; o contato poderá

ser feito com o Prof. Wander ou Profª. Altair ou com o CD Francisco através dos telefones

(19) 2106-5294 (19) 2106-5295 (31) 96176780.

“Declaro concordar em participar da pesquisa “Técnica simplificada em prótese total:

influência na qualidade da prótese, função mastigatória e satisfação do paciente”.

Declaro que fui informado dos objetivos da pesquisa, estando ciente que os resultados

poderão ser divulgados através de artigos científicos. Declaro que me foi assegurado o

direito de não identificação e de confidencialidade de minhas respostas e que tive a

oportunidade de fazer perguntas relativas ao objetivo e a todos os procedimentos

relacionados ao estudo, assim como, me foi garantido o direito de desistir em qualquer

etapa. Declaro, também, ter recebido uma cópia deste documento”

Belo Horizonte, ____ de _____________________ de 20__

Nome do voluntário Assinatura do Voluntário

Nome do Pesquisador Assinatura do Pesquisador

Nome da Testemunha Assinatura da Testemunha

ATENÇÃO: Persistindo alguma dúvida a respeito dos seus direitos como participante desta

pesquisa você poderá contactar o Comitê de Ética em Pesquisa da FOP-Unicamp, avenida

Limeira 901 - Piracicaba - tel.: (19) 2106-5349; e/ou Comitê de Ética da PBH, avenida

Afonso Pena 2336 - 9º andar, Funcionários tel.: (31) 3277-5309, ou o pesquisador Francisco

Mauro da Silva Girundi (96176780).

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Anexo 9 – Declaração de infra-estrutura e autorização para uso da mesma

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Anexo 10 – Declarações da instituição

Ao Comitê de Ética em Pesquisa - CEP

Faculdade de Odontologia de Piracicaba / UNICAMP

Declaramos, a fim de viabilizar a execução do projeto de pesquisa "Técnica simplificada em

prótese total: influência na qualidade da prótese, função mastigatória e satisfação do

paciente", sob a responsabilidade dos pesquisadores Altair Antoninha Del Bel Cury, Wander

José da Silva e Francisco Mauro da Silva Girundi, que a Faculdade de Odontologia de

Piracicaba - UNICAMP assume a responsabilidade de fazer cumprir os termos da Resolução

nº 196/96, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde e resoluções

complementares (240/97, 251/97, 292/99, 303/2000, 304/2000, 340/2004, 346/2005 e

347/2005). Declaramos ainda que a instituição zelará para que o pesquisador cumpra os

objetivos do protocolo por meio de acompanhamento do departamento de origem dos

pesquisadores e apresente relatório anual enviado ao CEP/FOP. O responsável pela área

abaixo citada declara ainda que a mesma dispõe da infra-estrutura necessária para a realização

da pesquisa e que os pesquisadores acima citados estão autorizados a utilizá-la.

De acordo e ciente,

Piracicaba, __ de ___________ de 20__

Prof.ª Dra. Altair Antoninha Del Bel Cury

CPF: 466.219.388-53

Coordenadora da Área de Prótese Parcial removível

Prof. Dr. Márcio Zaffalon Casati

CPF:

Chefe do Departamento de Prótese e Periodontia

Prof. Dr. Jacks Jorge Junior

CPF:

Diretor da FOP - Unicamp

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Anexo 11 – Declarações dos pesquisadores

Ao Comitê de Ética em Pesquisa da FOP-Unicamp

Nós, Francisco Mauro da Silva Girundi, Altair Antoninha Del Bel Cury e Wander José da

Silva, que realizaremos a pesquisa intitulada "Técnica simplificada em prótese total:

influência na qualidade da prótese, função mastigatória e satisfação do paciente", declaramos

que:

1. estamos cientes do conteúdo e assumimos o compromisso de cumprir os termos da

resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e das demais resoluções

complementares à mesma (240/97, 251/97, 292/99, 303/2000, 304/2000, 340/2004,

346/2005 e 347/2005), assim como realizamos a leitura do arquivo “sugestoes aos

pesquisadores”, todos disponiveis na pagina eletronica do CEP-FOP.

2. assumimos o compromisso de zelar pela privacidade e pelo sigilo das informações, que

serão obtidas e utilizadas para o desenvolvimento da pesquisa;

3. os materiais e as informações obtidas no desenvolvimento deste trabalho serão utilizados

apenas para se atingir os objetivos previstos nesta pesquisa e não serão utilizados para

outras pesquisas sem o devido consentimento dos voluntários (caso a pesquisa envolva

voluntários) e/ou de um CEP;

4. não haverá a formação de banco de material biológico e os dados obtidos durante a

pesquisa serão arquivados sob a responsabilidade do Prof. Dr. Wander José da Silva da

área de Prótese Parcial Removível da FOP/UNICAMP; que realizará a destruição dos

materiais biológicos restantes ao final da pesquisa, caso a pesquisa colete materiais

biológicos;

5. todos os materiais de consumo, materiais permanentes, insumos, medicamentos,

equipamentos e quaisquer outros itens que serão utilizados direta ou indiretamente em

seres humanos nesta pesquisa estão devidamente registrados junto ao Ministério da Saúde /

ANVISA ou demais instâncias competentes;

6. não há participação estrangeira nesta pesquisa;

7. não há qualquer acordo restritivo à divulgação pública dos resultados e os resultados da

pesquisa serão tornados públicos através de apresentação em encontros científicos ou

publicação em periódicos científicos, quer sejam favoráveis ou não, respeitando-se sempre

a privacidade e os direitos individuais dos sujeitos da pesquisa;

8. comunicaremos o CEP-FOP se houver suspensão dos experimentos, com a devida

justificativa, assim como apresentaremos relatório anual e final da pesquisa;

9. comunicaremos o CEP-FOP imediatamente se o voluntário sofrer efeitos adversos

resultantes da participação na pesquisa (caso esta pesquisa envolva voluntários);

10. esta pesquisa ainda não foi total ou parcialmente realizada.

Piracicaba, __ de ___________ de 20__

Francisco Mauro da Silva Girundi

CPF: 785596776-15

Prof.ª Dra. Altair Antoninha Del Bel Cury

CPF: 466.219.388-53

Prof. Dr. Wander José da Silva

CPF: 024.531.039-89

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120

Anexo 12 – Parecer consubstanciado do CEP

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121

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122

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123

Anexo 13 – Registro brasileiro de ensaios clínicos

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124

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125

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126

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127

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128

Anexo 14 – Imagens

Figura 01. Voluntário Classe I. (A) Radiografia panorâmica. (B) Vista facial da dimensão vertical de oclusão

aproximada. (C) Vista oclusal: arco maxilar. (D) Vista oclusal: arco mandibular. (E) Vista facial: língua em

posição repouso. (F) Vista facial: língua elevada. (G) Vista lateral da mandíbula: lado direito. (H) Vista lateral

da mandíbula: lado esquerdo.

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129

Figura 02: Voluntário Classe II. (A) Radiografia panorâmica. (B) Vista facial da dimensão vertical de oclusão

aproximada. (C) Vista oclusal: arco maxilar. (D) Vista oclusal: arco mandibular. (E) Vista facial: língua em

posição repouso. (F) Vista facial: língua elevada. (G) Vista lateral da mandíbula: lado direito. (H) Vista lateral

da mandíbula: lado esquerdo.

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130

Figura 03: Voluntário Classe III. (A) Radiografia panorâmica. (B) Vista facial da dimensão vertical de oclusão

aproximada. (C) Vista oclusal: arco maxilar. (D) Vista oclusal: arco mandibular. (E) Vista facial: língua em

posição repouso. (F) Vista facial: língua elevada. (G) Vista lateral da mandíbula: lado direito. (H) Vista lateral

da mandíbula: lado esquerdo.

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131

Figura 04: Voluntário Classe IV. (A) Radiografia panorâmica. (B) Vista facial da dimensão vertical de oclusão

aproximada. (C) Vista oclusal: arco maxilar. (D) Vista oclusal: arco mandibular. (E) Vista facial: língua em

posição repouso. (F) Vista facial: língua elevada. (G) Vista lateral da mandíbula: lado direito. (H) Vista lateral

da mandíbula: lado esquerdo.

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132

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 1

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variable Idade

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

_________________________________________________________________

1 30 928.50 915.0 67.549417 30.950

2 30 901.50 915.0 67.549417 30.050

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 928.5000

Normal Approximation

Z 0.1925

One-Sided Pr > Z 0.4237

Two-Sided Pr > |Z| 0.8474

t Approximation

One-Sided Pr > Z 0.4240

Two-Sided Pr > |Z| 0.8480

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 0.0399

DF 1

Pr > Chi-Square 0.8416

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 2

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variable Genero

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

________________________________________________________________________

1 30 975.0 915.0 49.557363 32.50

2 30 855.0 915.0 49.557363 28.50

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 975.0000

Normal Approximation

Z 1.2006

One-Sided Pr > Z 0.1149

Two-Sided Pr > |Z| 0.2299

t Approximation

One-Sided Pr > Z 0.1173

Two-Sided Pr > |Z| 0.2347

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 1.4658

DF 1

Pr > Chi-Square 0.2260

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133

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 3

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variable protese_superior

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

_______________________________________________________________

1 30 885.0 915.0 21.032662 29.50

2 30 945.0 915.0 21.032662 31.50

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 885.0000

Normal Approximation

Z -1.4026

One-Sided Pr < Z 0.0804

Two-Sided Pr > |Z| 0.1607

t Approximation

One-Sided Pr < Z 0.0830

Two-Sided Pr > |Z| 0.1660

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 2.0345

DF 1

Pr > Chi-Square 0.1538

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 4

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variable protese_inferior

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

________________________________________________________________________

1 30 930.50 915.0 48.458877 31.016667

2 30 899.50 915.0 48.458877 29.983333

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 930.5000

Normal Approximation

Z 0.3095

One-Sided Pr > Z 0.3785

Two-Sided Pr > |Z| 0.7569

t Approximation

One-Sided Pr > Z 0.3790

Two-Sided Pr > |Z| 0.7580

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 0.1023

DF 1

Pr > Chi-Square 0.7491

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134

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 5

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variable numero_protese_superior

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

____________________________________________________________

1 29 909.50 870.0 62.301209 31.362069

2 30 860.50 900.0 62.301209 28.683333

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 909.5000

Normal Approximation

Z 0.6260

One-Sided Pr > Z 0.2657

Two-Sided Pr > |Z| 0.5313

t Approximation

One-Sided Pr > Z 0.2669

Two-Sided Pr > |Z| 0.5338

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 0.4020

DF 1

Pr > Chi-Square 0.5261

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 6

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variable numero_protese_inferior

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

_____________________________________________________________________

1 29 899.50 855.50 60.397804 31.017241

2 29 811.50 855.50 60.397804 27.982759

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 899.5000

Normal Approximation

Z 0.7202

One-Sided Pr > Z 0.2357

Two-Sided Pr > |Z| 0.4714

t Approximation

One-Sided Pr > Z 0.2372

Two-Sided Pr > |Z| 0.4743

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 0.5307

DF 1

Pr > Chi-Square 0.4663

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135

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 7

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variabletempo_perda_dentes_superiores

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

_____________________________________________________________

1 30 797.50 915.0 67.302442 26.583333

2 30 1032.50 915.0 67.302442 34.416667

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 797.5000

Normal Approximation

Z -1.7384

One-Sided Pr < Z 0.0411

Two-Sided Pr > |Z| 0.0821

t Approximation

One-Sided Pr < Z 0.0437

Two-Sided Pr > |Z| 0.0874

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 3.0480

DF 1

Pr > Chi-Square 0.0808

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 8

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variable tempo_de_perda_inferiores

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

____________________________________________________________________

1 30 789.50 915.0 67.369459 26.316667

2 30 1040.50 915.0 67.369459 34.683333

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 789.5000

Normal Approximation

Z -1.8554

One-Sided Pr < Z 0.0318

Two-Sided Pr > |Z| 0.0635

t Approximation

One-Sided Pr < Z 0.0343

Two-Sided Pr > |Z| 0.0685

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 3.4703

DF 1

Pr > Chi-Square 0.0625

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136

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 9

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variable tabagismo

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

______________________________________________________________

1 30 999.0 915.0 59.301013 33.30

2 30 831.0 915.0 59.301013 27.70

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 999.0000

Normal Approximation

Z 1.4081

One-Sided Pr > Z 0.0796

Two-Sided Pr > |Z| 0.1591

t Approximation

One-Sided Pr > Z 0.0822

Two-Sided Pr > |Z| 0.1644

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 2.0065

DF 1

Pr > Chi-Square 0.1566

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 10

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variable etilismo

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

_____________________________________________________________________

1 30 932.0 915.0 45.522392 31.066667

2 30 898.0 915.0 45.522392 29.933333

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 932.0000

Normal Approximation

Z 0.3625

One-Sided Pr > Z 0.3585

Two-Sided Pr > |Z| 0.7170

t Approximation

One-Sided Pr > Z 0.3592

Two-Sided Pr > |Z| 0.7183

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 0.1395

DF 1

Pr > Chi-Square 0.7088

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137

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 11

Análise Dados Sócio-Econômicos

The NPAR1WAY Procedure

Wilcoxon Scores (Rank Sums) for Variable boca_seca

Classified by Variable Grupo

Sum of Expected Std Dev Mean

Grupo N Scores Under H0 Under H0 Score

________________________________________________________________________

1 30 945.0 915.0 58.454676 31.50

2 30 885.0 915.0 58.454676 29.50

Average scores were used for ties.

Wilcoxon Two-Sample Test

Statistic 945.0000

Normal Approximation

Z 0.5047

One-Sided Pr > Z 0.3069

Two-Sided Pr > |Z| 0.6138

t Approximation

One-Sided Pr > Z 0.3078

Two-Sided Pr > |Z| 0.6157

Z includes a continuity correction of 0.5.

Kruskal-Wallis Test

Chi-Square 0.2634

DF 1

Pr > Chi-Square 0.6078

Técnica Tradicional vs. Simplificada – Francisco Girundi 12

Comparação entre grupos

Variável=aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TI

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 30 100.00 100.00

Page 138: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

138

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 13

Comparação entre grupos

Variável=aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TII

Moments

N 29 Sum Weights 29

Mean -0.7931034 Sum Observations -23

Std Deviation 6.55405714 Variance 42.955665

Skewness -0.2963222 Kurtosis 1.45134359

Uncorrected SS 1221 Corrected SS 1202.75862

Coeff Variation -826.38112 Std Error Mean 1.21705786

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean -0.79310 Std Deviation 6.55406

Median 0.00000 Variance 42.95567

Mode 0.00000 Range 32.00000

Interquartile Range 5.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t -0.65166 Pr > |t| 0.5199

Sign M -2.5 Pr >= |M| 0.4049

Signed Rank S -19 Pr >= |S| 0.5742

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 14

Comparação entre grupos

Variável=aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TII

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-17 7 5 11

-14 30 5 20

-12 1 7 25

-7 29 10 26

-6 27 15 4

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 3.33 100.00

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139

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 15

99% 15

95% 10

90% 7

75% Q3 2

50% Median 0

25% Q1 -3

10% -12

5% -14

1% -17

0% Min -17

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140

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 15

Comparação entre grupos

Variável=aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TIII

Moments

N 29 Sum Weights 29

Mean -0.1724138 Sum Observations -5

Std Deviation 5.60018473 Variance 31.362069

Skewness 0.25277658 Kurtosis 2.6893468

Uncorrected SS 879 Corrected SS 878.137931

Coeff Variation -3248.1071 Std Error Mean 1.0399282

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean -0.17241 Std Deviation 5.60018

Median 0.00000 Variance 31.36207

Mode 0.00000 Range 29.00000

Interquartile Range 2.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t -0.16579 Pr > |t| 0.8695

Sign M -2.5 Pr >= |M| 0.3593

Signed Rank S -5.5 Pr >= |S| 0.8346

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 16

Comparação entre grupos

Variável=aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TIII

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-14 7 4 25

-12 30 5 11

-5 15 5 20

-4 8 12 26

-4 6 15 4

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 3.33 100.00

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141

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 15

99% 15

95% 12

90% 5

75% Q3 0

50% Median 0

25% Q1 -2

10% -5

5% -12

1% -14

0% Min -14

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142

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 17

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_1

Moments

N 57 Sum Weights 57

Mean 12.6315789 Sum Observations 720

Std Deviation 10.5248542 Variance 110.772556

Skewness 0.21093002 Kurtosis -0.0912245

Uncorrected SS 15298 Corrected SS 6203.26316

Coeff Variation 83.3217626 Std Error Mean 1.394051

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 12.63158 Std Deviation 10.52485

Median 12.00000 Variance 110.77256

Mode 12.00000 Range 50.00000

Interquartile Range 15.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 9.061059 Pr > |t| <.0001

Sign M 23.5 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S 672.5 Pr >= |S| <.0001

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 18

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_1

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-15 4 29 12

-4 37 30 8

-1 11 33 9

0 53 34 3

0 52 35 39

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 3 5.00 100.00

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143

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 35

99% 35

95% 33

90% 28

75% Q3 20

50% Median 12

25% Q1 5

10% 0

5% -1

1% -15

0% Min -15

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144

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 19

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_2

Moments

N 59 Sum Weights 59

Mean 0.79661017 Sum Observations 47

Std Deviation 1.87340425 Variance 3.50964348

Skewness 2.71618577 Kurtosis 10.2653043

Uncorrected SS 241 Corrected SS 203.559322

Coeff Variation 235.172023 Std Error Mean 0.24389646

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 0.796610 Std Deviation 1.87340

Median 0.000000 Variance 3.50964

Mode 0.000000 Range 13.00000

Interquartile Range 1.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 3.266182 Pr > |t| 0.0018

Sign M 8.5 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S 82 Pr >= |S| 0.0004

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 20

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_2

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-3 12 3 37

0 58 4 9

0 55 5 59

0 54 6 57

0 53 10 31

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 1.67 100.00

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145

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 10

99% 10

95% 5

90% 3

75% Q3 1

50% Median 0

25% Q1 0

10% 0

5% 0

1% -3

0% Min -3

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146

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 21

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_2_1

Moments

N 57 Sum Weights 57

Mean 11.8070175 Sum Observations 673

Std Deviation 10.6861703 Variance 114.194236

Skewness 0.27819221 Kurtosis -0.1962825

Uncorrected SS 14341 Corrected SS 6394.87719

Coeff Variation 90.5069401 Std Error Mean 1.41541783

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 11.80702 Std Deviation 10.68617

Median 10.00000 Variance 114.19424

Mode 12.00000 Range 50.00000

Interquartile Range 17.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 8.341719 Pr > |t| <.0001

Sign M 23 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S 686.5 Pr >= |S| <.0001

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 22

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= aw_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_2_1

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-15 4 29 9

-7 37 30 8

-1 47 32 12

-1 11 33 3

0 53 35 39

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 3 5.00 100.00

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147

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 35

99% 35

95% 32

90% 27

75% Q3 20

50% Median 10

25% Q1 3

10% 0

5% -1

1% -15

0% Min -15

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148

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 23

Comparação entre grupos

Variável=el_total_satisfacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TI

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 30 100.00 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 24

Comparação entre grupos

Variável=el_total_satisfacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TII

Moments

N 29 Sum Weights 29

Mean 0.62068966 Sum Observations 18

Std Deviation 7.21315164 Variance 52.0295567

Skewness 0.87558221 Kurtosis 3.21942204

Uncorrected SS 1468 Corrected SS 1456.82759

Coeff Variation 1162.11888 Std Error Mean 1.33944863

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 0.620690 Std Deviation 7.21315

Median 1.000000 Variance 52.02956

Mode 1.000000 Range 39.00000

Interquartile Range 8.00000

NOTE: The mode displayed is the smallest of 3 modes with a count of 3.

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 0.463392 Pr > |t| 0.6467

Sign M 2 Pr >= |M| 0.5716

Signed Rank S 11.5 Pr >= |S| 0.7984

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149

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 24

99% 24

95% 12

90% 7

75% Q3 4

50% Median 1

25% Q1 -4

10% -7

5% -10

1% -15

0% Min -15

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150

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 25

Comparação entre grupos

Variável=el_total_satisfacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TII

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-15 27 6 11

-10 30 6 23

-7 8 7 26

-6 29 12 25

-6 7 24 4

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 3.33 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 26

Comparação entre grupos

Variável=el_total_satisfacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TIII

Moments

N 29 Sum Weights 29

Mean 0.48275862 Sum Observations 14

Std Deviation 6.02151316 Variance 36.2586207

Skewness 2.01634337 Kurtosis 7.6497033

Uncorrected SS 1022 Corrected SS 1015.24138

Coeff Variation 1247.31344 Std Error Mean 1.11816692

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 0.482759 Std Deviation 6.02151

Median 0.000000 Variance 36.25862

Mode 0.000000 Range 33.00000

Interquartile Range 5.00000

NOTE: The mode displayed is the smallest of 2 modes with a count of 4.

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 0.431741 Pr > |t| 0.6692

Sign M 0.5 Pr >= |M| 1.0000

Signed Rank S -1 Pr >= |S| 0.9791

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151

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 24

99% 24

95% 7

90% 6

75% Q3 2

50% Median 0

25% Q1 -3

10% -7

5% -7

1% -9

0% Min -9

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152

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 27

Comparação entre grupos

Variável=el_total_satisfacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TIII

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-9 30 4 17

-7 10 6 11

-7 8 6 25

-5 27 7 26

-5 7 24 4

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 3.33 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 28

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= el_total_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_1

Moments

N 57 Sum Weights 57

Mean 13.2807018 Sum Observations 757

Std Deviation 12.3574072 Variance 152.705514

Skewness 0.439982 Kurtosis 1.45824729

Uncorrected SS 18605 Corrected SS 8551.50877

Coeff Variation 93.0478485 Std Error Mean 1.63677857

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 13.28070 Std Deviation 12.35741

Median 10.00000 Variance 152.70551

Mode 6.00000 Range 70.00000

Interquartile Range 14.00000

NOTE: The mode displayed is the smallest of 3 modes with a count of 4.

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 8.113927 Pr > |t| <.0001

Sign M 25.5 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S 716.5 Pr >= |S| <.0001

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153

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 46

99% 46

95% 40

90% 30

75% Q3 20

50% Median 10

25% Q1 6

10% 2

5% 0

1% -24

0% Min -24

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154

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 29

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= el_total_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_1

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-24 4 32 48

-5 11 33 41

0 52 40 3

0 49 45 39

2 53 46 7

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 3 5.00 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 30

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= el_total_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_2

Moments

N 59 Sum Weights 59

Mean 1.18644068 Sum Observations 70

Std Deviation 2.02973224 Variance 4.11981297

Skewness 2.18320746 Kurtosis 5.61679054

Uncorrected SS 322 Corrected SS 238.949153

Coeff Variation 171.077432 Std Error Mean 0.26424863

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 1.186441 Std Deviation 2.02973

Median 0.000000 Variance 4.11981

Mode 0.000000 Range 11.00000

Interquartile Range 2.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 4.489865 Pr > |t| <.0001

Sign M 11.5 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S 158 Pr >= |S| <.0001

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155

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 10

99% 10

95% 6

90% 4

75% Q3 2

50% Median 0

25% Q1 0

10% 0

5% 0

1% -1

0% Min -1

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156

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 31

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= el_total_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_2

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-1 50 5 36

0 58 5 59

0 56 6 9

0 55 6 25

0 54 10 57

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 1.67 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 32

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= el_total_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_2_1

Moments

N 57 Sum Weights 57

Mean 12.0701754 Sum Observations 688

Std Deviation 12.396514 Variance 153.673559

Skewness 0.55406555 Kurtosis 1.46537413

Uncorrected SS 16910 Corrected SS 8605.7193

Coeff Variation 102.703677 Std Error Mean 1.64195839

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 12.07018 Std Deviation 12.39651

Median 9.00000 Variance 153.67356

Mode 8.00000 Range 70.00000

Interquartile Range 15.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 7.351085 Pr > |t| <.0001

Sign M 24.5 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S 702.5 Pr >= |S| <.0001

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157

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 46

99% 46

95% 38

90% 29

75% Q3 19

50% Median 9

25% Q1 4

10% 1

5% -3

1% -24

0% Min -24

Page 158: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

158

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 33

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= el_total_satisfacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_2_1

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-24 4 32 48

-5 11 33 41

-3 25 38 3

0 52 45 39

0 49 46 7

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 3 5.00 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 34

Comparação entre grupos

Variável=sz_satisfacao_geral_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TI

Moments

N 28 Sum Weights 28

Mean -0.0714286 Sum Observations -2

Std Deviation 5.63670886 Variance 31.7724868

Skewness -0.2628368 Kurtosis -0.6189299

Uncorrected SS 858 Corrected SS 857.857143

Coeff Variation -7891.3924 Std Error Mean 1.06523785

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean -0.07143 Std Deviation 5.63671

Median 0.50000 Variance 31.77249

Mode 6.00000 Range 20.00000

Interquartile Range 8.50000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t -0.06705 Pr > |t| 0.9470

Sign M 1 Pr >= |M| 0.8450

Signed Rank S -1.5 Pr >= |S| 0.9704

Page 159: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

159

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 9.0

99% 9.0

95% 9.0

90% 7.0

75% Q3 5.0

50% Median 0.5

25% Q1 -3.5

10% -8.0

5% -11.0

1% -11.0

0% Min -11.0

Page 160: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

160

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 35

Comparação entre grupos

Variável=sz_satisfacao_geral_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TI

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-11 18 6 19

-11 11 6 22

-8 9 7 12

-7 28 9 3

-7 25 9 23

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 2 6.67 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 36

Comparação entre grupos

Variável=sz_satisfacao_geral_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TII

Moments

N 29 Sum Weights 29

Mean -0.0689655 Sum Observations -2

Std Deviation 3.58499885 Variance 12.8522167

Skewness -0.7539022 Kurtosis 1.50925383

Uncorrected SS 360 Corrected SS 359.862069

Coeff Variation -5198.2483 Std Error Mean 0.66571757

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean -0.06897 Std Deviation 3.58500

Median 0.00000 Variance 12.85222

Mode 0.00000 Range 17.00000

Interquartile Range 3.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t -0.1036 Pr > |t| 0.9182

Sign M 1 Pr >= |M| 0.8318

Signed Rank S 11 Pr >= |S| 0.7281

Page 161: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

161

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 7

99% 7

95% 6

90% 4

75% Q3 2

50% Median 0

25% Q1 -1

10% -6

5% -7

1% -10

0% Min -10

Page 162: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

162

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 37

Comparação entre grupos

Variável=sz_satisfacao_geral_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TII

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-10 30 3 23

-7 8 3 25

-6 27 4 26

-4 29 6 12

-4 7 7 4

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 3.33 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 38

Comparação entre grupos

Variável=sz_satisfacao_geral_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TIII

Moments

N 29 Sum Weights 29

Mean 0.03448276 Sum Observations 1

Std Deviation 3.0411788 Variance 9.24876847

Skewness -0.4115819 Kurtosis 2.28070963

Uncorrected SS 259 Corrected SS 258.965517

Coeff Variation 8819.41851 Std Error Mean 0.56473273

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 0.034483 Std Deviation 3.04118

Median 0.000000 Variance 9.24877

Mode 0.000000 Range 15.00000

Interquartile Range 2.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 0.06106 Pr > |t| 0.9517

Sign M 1 Pr >= |M| 0.8145

Signed Rank S 4 Pr >= |S| 0.8727

Page 163: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

163

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 7

99% 7

95% 6

90% 4

75% Q3 1

50% Median 0

25% Q1 -1

10% -4

5% -7

1% -8

0% Min -8

Page 164: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

164

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 39

Comparação entre grupos

Variável=sz_satisfacao_geral_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TIII

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-8 30 2 17

-7 8 3 11

-4 7 4 12

-2 13 6 26

-2 10 7 4

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 3.33 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 40

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= sz_satisfacao_geral

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_1

Moments

N 57 Sum Weights 57

Mean 5.36842105 Sum Observations 306

Std Deviation 4.58113983 Variance 20.9868421

Skewness -0.0502058 Kurtosis 0.01926833

Uncorrected SS 2818 Corrected SS 1175.26316

Coeff Variation 85.3349575 Std Error Mean 0.60678679

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 5.368421 Std Deviation 4.58114

Median 5.000000 Variance 20.98684

Mode 5.000000 Range 22.00000

Interquartile Range 5.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 8.847294 Pr > |t| <.0001

Sign M 22.5 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S 657.5 Pr >= |S| <.0001

Page 165: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

165

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 15

99% 15

95% 14

90% 11

75% Q3 8

50% Median 5

25% Q1 3

10% 0

5% -1

1% -7

0% Min -7

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166

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 41

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= sz_satisfacao_geral

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_1

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-7 4 12 27

-4 60 13 48

-1 49 14 7

-1 25 14 41

0 52 15 39

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 3 5.00 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 42

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= sz_satisfacao_geral

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_2

Moments

N 59 Sum Weights 59

Mean 0.72881356 Sum Observations 43

Std Deviation 1.34971911 Variance 1.82174167

Skewness 1.77922113 Kurtosis 4.19566511

Uncorrected SS 137 Corrected SS 105.661017

Coeff Variation 185.194017 Std Error Mean 0.17571846

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 0.728814 Std Deviation 1.34972

Median 0.000000 Variance 1.82174

Mode 0.000000 Range 8.00000

Interquartile Range 2.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 4.147621 Pr > |t| 0.0001

Sign M 9.5 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S 104.5 Pr >= |S| <.0001

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167

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 6

99% 6

95% 3

90% 2

75% Q3 2

50% Median 0

25% Q1 0

10% 0

5% 0

1% -2

0% Min -2

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168

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 43

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= sz_satisfacao_geral

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_2

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-2 11 3 6

0 58 3 23

0 55 3 47

0 54 5 59

0 53 6 57

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 1.67 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 44

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= sz_satisfacao_geral

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_2_1

Moments

N 57 Sum Weights 57

Mean 4.64912281 Sum Observations 265

Std Deviation 4.63099506 Variance 21.4461153

Skewness 0.05117851 Kurtosis 0.33751038

Uncorrected SS 2433 Corrected SS 1200.98246

Coeff Variation 99.6100825 Std Error Mean 0.61339028

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean 4.649123 Std Deviation 4.63100

Median 5.000000 Variance 21.44612

Mode 3.000000 Range 22.00000

Interquartile Range 5.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t 7.579388 Pr > |t| <.0001

Sign M 21 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S 639 Pr >= |S| <.0001

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169

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 15

99% 15

95% 14

90% 11

75% Q3 7

50% Median 5

25% Q1 2

10% -1

5% -3

1% -7

0% Min -7

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170

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 45

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= sz_satisfacao_geral

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_2_1

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-7 4 12 27

-6 60 13 48

-3 25 14 7

-2 36 14 41

-1 49 15 39

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 3 5.00 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 46

Comparação entre grupos

Variável=oh_desconforto_mastigacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TI

Moments

N 28 Sum Weights 28

Mean -0.5357143 Sum Observations -15

Std Deviation 3.9391872 Variance 15.5171958

Skewness 0.03695955 Kurtosis -1.2700003

Uncorrected SS 427 Corrected SS 418.964286

Coeff Variation -735.31494 Std Error Mean 0.74443641

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean -0.53571 Std Deviation 3.93919

Median -1.00000 Variance 15.51720

Mode -3.00000 Range 13.00000

Interquartile Range 6.50000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t -0.71962 Pr > |t| 0.4779

Sign M -0.5 Pr >= |M| 1.0000

Signed Rank S -32 Pr >= |S| 0.4507

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171

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 6.0

99% 6.0

95% 5.0

90% 5.0

75% Q3 3.0

50% Median -1.0

25% Q1 -3.5

10% -6.0

5% -6.0

1% -7.0

0% Min -7.0

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172

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 47

Comparação entre grupos

Variável=oh_desconforto_mastigacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TI

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-7 23 4 13

-6 26 5 2

-6 14 5 9

-6 7 5 18

-5 19 6 28

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 2 6.67 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 48

Comparação entre grupos

Variável=oh_desconforto_mastigacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TII

Moments

N 29 Sum Weights 29

Mean -0.6551724 Sum Observations -19

Std Deviation 3.52821143 Variance 12.4482759

Skewness 0.5417168 Kurtosis 0.49285999

Uncorrected SS 361 Corrected SS 348.551724

Coeff Variation -538.51648 Std Error Mean 0.65517241

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean -0.65517 Std Deviation 3.52821

Median -1.00000 Variance 12.44828

Mode 0.00000 Range 14.00000

Interquartile Range 4.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t -1 Pr > |t| 0.3259

Sign M -3.5 Pr >= |M| 0.2100

Signed Rank S -36.5 Pr >= |S| 0.2740

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173

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 8

99% 8

95% 7

90% 4

75% Q3 1

50% Median -1

25% Q1 -3

10% -6

5% -6

1% -6

0% Min -6

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174

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 49

Comparação entre grupos

Variável=oh_desconforto_mastigacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TII

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-6 17 3 2

-6 15 3 21

-6 11 4 7

-6 4 7 8

-4 18 8 30

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 3.33 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 50

Comparação entre grupos

Variável=oh_desconforto_mastigacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TIII

Moments

N 29 Sum Weights 29

Mean -0.3103448 Sum Observations -9

Std Deviation 3.03672107 Variance 9.22167488

Skewness 0.28528609 Kurtosis 1.67640234

Uncorrected SS 261 Corrected SS 258.206897

Coeff Variation -978.49901 Std Error Mean 0.56390495

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean -0.31034 Std Deviation 3.03672

Median 0.00000 Variance 9.22167

Mode 0.00000 Range 15.00000

Interquartile Range 2.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t -0.55035 Pr > |t| 0.5864

Sign M -2.5 Pr >= |M| 0.3833

Signed Rank S -19 Pr >= |S| 0.5189

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175

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 8

99% 8

95% 5

90% 4

75% Q3 1

50% Median 0

25% Q1 -1

10% -5

5% -6

1% -7

0% Min -7

Page 176: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

176

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 51

Comparação entre grupos

Variável=oh_desconforto_mastigacao_1

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_GI_GII_TIII

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-7 17 2 10

-6 4 2 20

-5 11 4 7

-3 26 5 8

-3 12 8 30

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 3.33 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 52

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= oh_desconforto_mastigacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_1

Moments

N 57 Sum Weights 57

Mean -2.3333333 Sum Observations -133

Std Deviation 2.84939425 Variance 8.11904762

Skewness -0.2593638 Kurtosis -0.7647199

Uncorrected SS 765 Corrected SS 454.666667

Coeff Variation -122.1169 Std Error Mean 0.37741149

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean -2.33333 Std Deviation 2.84939

Median -2.00000 Variance 8.11905

Mode -1.00000 Range 11.00000

Interquartile Range 5.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t -6.18247 Pr > |t| <.0001

Sign M -16.5 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S -487.5 Pr >= |S| <.0001

Page 177: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

177

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 3

99% 3

95% 2

90% 1

75% Q3 0

50% Median -2

25% Q1 -5

10% -7

5% -7

1% -8

0% Min -8

Page 178: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

178

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 53

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= oh_desconforto_mastigacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_1

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-8 39 1 29

-8 7 2 37

-7 58 2 60

-7 47 3 16

-7 43 3 38

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 3 5.00 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 54

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= oh_desconforto_mastigacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_2

Moments

N 59 Sum Weights 59

Mean -0.7118644 Sum Observations -42

Std Deviation 1.26014295 Variance 1.58796026

Skewness -1.2666412 Kurtosis 2.0129206

Uncorrected SS 122 Corrected SS 92.1016949

Coeff Variation -177.02008 Std Error Mean 0.16405664

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean -0.71186 Std Deviation 1.26014

Median 0.00000 Variance 1.58796

Mode 0.00000 Range 7.00000

Interquartile Range 1.00000

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t -4.33914 Pr > |t| <.0001

Sign M -11 Pr >= |M| <.0001

Signed Rank S -167 Pr >= |S| <.0001

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179

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 2

99% 2

95% 1

90% 0

75% Q3 0

50% Median 0

25% Q1 -1

10% -3

5% -3

1% -5

0% Min -5

Page 180: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

180

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 55

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= oh_desconforto_mastigacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_3_2

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-5 15 0 58

-4 27 0 60

-3 51 1 29

-3 18 1 40

-3 16 2 12

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 1 1.67 100.00

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 56

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= oh_desconforto_mastigacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_2_1

Moments

N 57 Sum Weights 57

Mean -1.6491228 Sum Observations -94

Std Deviation 3.08505168 Variance 9.51754386

Skewness 0.06208528 Kurtosis -0.1563126

Uncorrected SS 688 Corrected SS 532.982456

Coeff Variation -187.07228 Std Error Mean 0.40862508

Basic Statistical Measures

Location Variability

Mean -1.64912 Std Deviation 3.08505

Median -1.00000 Variance 9.51754

Mode -1.00000 Range 14.00000

Interquartile Range 3.00000

NOTE: The mode displayed is the smallest of 2 modes with a count of 8.

Tests for Location: Mu0=0

Test -Statistic- -----p Value------

Student's t t -4.03578 Pr > |t| 0.0002

Sign M -11.5 Pr >= |M| 0.0014

Signed Rank S -365.5 Pr >= |S| 0.0001

Page 181: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

181

Quantiles (Definition 5)

Quantile Estimate

100% Max 6

99% 6

95% 4

90% 2

75% Q3 0

50% Median -1

25% Q1 -3

10% -6

5% -7

1% -8

0% Min -8

Page 182: TÉCNICA SIMPLIFICADA EM PRÓTESE TOTAL: INFLUÊNCIA …repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/330396/1/Girundi... · na tese o meu máximo esforço, conduziu o trabalho de forma

182

Técnica Tradicional vs. Simplificada - Francisco Girundi 57

Comparação entre Tempos de Análise

Variável= oh_desconforto_mastigacao

The UNIVARIATE Procedure

Variable: diff_2_1

Extreme Observations

----Lowest---- ----Highest---

Value Obs Value Obs

-8 7 2 60

-7 58 3 15

-7 43 4 18

-7 39 5 38

-6 47 6 16

Missing Values

-----Percent Of-----

Missing Missing

Value Count All Obs Obs

. 3 5.00 100.00