tecnews - 04/12/13

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04 | 10 | 2013 ESTUDO ADVERTE SOBRE RISCO DE CASOS DE DENGUE DURANTE A COPA DE 2014 Fonte: G1 Um estudo publicado na revista “Nature” desta semana recomenda que o governo brasileiro tome medidas capazes de neutralizar o risco de dengue durante a Copa do Mundo de 2014. O Ministério da Saúde discorda da avaliação feita pelo autor e destaca que o Brasil é um dos únicos países do mundo com um programa permanente de combate à dengue. Como informa a agência AFP, a pesquisa foi feita por Simon Hay, especialista em doenças infec- ciosas da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Segundo a investigação, o risco vinculado ao vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti será maior em três cidades-sede da competição no nordeste: Fortaleza, Natal e Salvador. Em outras cidades, a temporada de dengue poderia culminar antes do Mundial, previsto entre os dias 12 de junho e 13 de julho. “Infelizmente, durante este período, o risco segue sendo alto no Nordeste”, disse Hay, em comentário publicado no periódico científico. “As autoridades brasileiras deveriam implementar medidas para controlar os focos em abril e maio, especialmente nos estados do norte do país, para reduzir a quantidade de mosquitos transmissores da dengue”, continuou o especialista. Induzida por um vírus transmitido na picada do mosquito, a dengue provoca inicialmente sinto- mas parecidos com os da gripe. Em alguns casos, podem acontecer complicações que resultam numa dengue hemorrágica, podendo ser mortal. Não existe vacina. Doenças de fora do Brasil Hay alertou também do risco teórico para os brasileiros da possibilidade de visitantes de fora do país trazerem tipos do vírus contra os quais a população local pode ter baixa imunidade. www.grupoastral.com.br

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Informativo semanal com notícias sobre o mundo das pragas.

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Page 1: TecNews - 04/12/13

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ESTUDO ADVERTE SOBRE RISCO DE CASOS DE DENGUE DURANTE A COPA DE 2014Fonte: G1

Um estudo publicado na revista “Nature” desta semana recomenda que o governo brasileiro tome medidas capazes de neutralizar o risco de dengue durante a Copa do Mundo de 2014.

O Ministério da Saúde discorda da avaliação feita pelo autor e destaca que o Brasil é um dos únicos países do mundo com um programa permanente de combate à dengue.

Como informa a agência AFP, a pesquisa foi feita por Simon Hay, especialista em doenças infec-ciosas da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Segundo a investigação, o risco vinculado ao vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti será maior em três cidades-sede da competição no nordeste: Fortaleza, Natal e Salvador.

Em outras cidades, a temporada de dengue poderia culminar antes do Mundial, previsto entre os dias 12 de junho e 13 de julho. “Infelizmente, durante este período, o risco segue sendo alto no Nordeste”, disse Hay, em comentário publicado no periódico científico.

“As autoridades brasileiras deveriam implementar medidas para controlar os focos em abril e maio, especialmente nos estados do norte do país, para reduzir a quantidade de mosquitos transmissores da dengue”, continuou o especialista.

Induzida por um vírus transmitido na picada do mosquito, a dengue provoca inicialmente sinto-mas parecidos com os da gripe. Em alguns casos, podem acontecer complicações que resultam numa dengue hemorrágica, podendo ser mortal. Não existe vacina.

Doenças de fora do Brasil

Hay alertou também do risco teórico para os brasileiros da possibilidade de visitantes de fora do país trazerem tipos do vírus contra os quais a população local pode ter baixa imunidade.

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Em 20 de novembro, o Brasil registrou 573 casos de morte por dengue no ano, contra 292 em 2012 e 472 em 2011.

A maior incidência de casos mortais se deu em Minas Gerais, seguido por São Paulo (72), Goias (58), Ceará (54) e Rio de Janeiro (48).

Governo discorda

O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, disse ao G1 que o governo já tem previstas ações para alertar os turistas para questões de saúde que podem ser mais preocu-pantes durante a Copa, como o vírus influenza, nos estados mais ao sul, onde será inverno, e a febre amarela em áreas florestadas.

Em relação à dengue, Barbosa destaca que o país tem um programa permanente de prevençaõ e combate. Além disso, mesmo nas cidades nordestinas citadas por Hay, o pico sazonal da doen-ça, que é em abril e maio, já terá passado.

Se analisados os últimos 5 anos, Fortaleza, Natal e Salvador, durante os meses de junho e julho tiveram incidência de casos que não chega sequer a 10% do que seria necessário para ser con-siderada epidemia (300 casos por 100 mil habitantes). “E o Brasil tem é o país com definição de casos mais sensível”, comparou o secretário.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para o fato de a dengue estar se expandido, impulsionada pelo aumento do turismo e da globalização do comércio, e 40% da população mundial está atualmente ameaçada.

Entre 50 e 100 milhões de infecções com dengue ocorrem no mundo a cada ano, de acordo com dados da OMS. Em 1970, a doença era endêmica em apenas nove países.

Bastante conhecida no Brasil, a dengue foi, durante boa parte da segunda metade do século XX, uma ameaça controlada nos Estados Unidos. No entanto, casos da doença registrados ao longo dos últimos anos estão novamente ameaçando os americanos.

Programas desenvolvidos depois da Segunda Guerra Mundial (1938 - 1945) ajudaram os Estados Unidos a se livrar da doença, causada por um vírus comumente hospedado no mosquito Aedes aegypti. Os programas foram bem sucedidos e fizeram com que a maioria dos casos das últimas décadas do século passado fossem importados por viajantes.

Mas desde 2009 casos autóctones (ou seja, surgidos localmente) começaram a ser novamente registrados nos Estados da Flórida e do Texas. As autoridades creditam o fenômeno ao aumento do fluxo de estrangeiros e das crescentes viagens de cidadãos americanos a países onde a popu-lação está mais exposta ao vírus da dengue.

O vírus da dengue é geralmente transmitida pelo Aedes aegypti. Este mosquito se reproduz em água parada, razão pela qual a principal forma de combate à doença é a eliminação de focos de

APÓS DÉCADAS DE CONTROLE, DENGUE VOLTA A AMEAÇAR EUAFonte: noticias.terra.com.br

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INFESTAÇÃO DE ESCORPIÕES PREOCUPA BAIRRO DE CAMPINASFonte: portaldepaulinia.com.br

Moradores do bairro Jardim Florence 2, em Campinas, sofrem com visitantes indesejáveis: os escorpiões.

Segundo os moradores, os bichos sempre estiveram presentes, mas o problema aumentou depois que a Prefeitura, há cerca de um ano, demoliu as moradias irregulares e não recolheu o entulho.

Além disso, há problemas com o mato alto e com os moradores que não colaboram na limpeza, transformando o espaço em um lixão a céu aberto.

Um escorpião amarelo foi achado em cima da cama de uma crianças de apenas 6 anos , que dormia.

A Prefeitura informou que mandará uma equipe retirar o entulho.

A Vigilância Sanitária de Campinas informou que não é possível combater os escorpiões por meio de produtos químicos.

O recomendado é manter sempre a casa limpa, verificar roupas e calçados antes de vestir e, durante a noite, evitar o contato das roupas de cama com o chão.

Além disso, deve-se manter portas e janelas fechadas.

água parada, sem corrente e exposta ao ar livre. Os principais sintomas da dengue são febre alta e fortes dores corporais, em especial dor de cabeça. Ela é classificada como uma doença grave que, se não tratada a tempo, pode levar à morte.

Para erradicar a dengue, é necessário quebrar o ciclo de transmissão entre humanos e mosqui-tos, ou seja: eliminar os mosiquitos infectados com o vírus e impedir que os humanos infectados seja picados por mosquitos.