tecnews - 03/09/14

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Informativo semanal com notícias sobre o mundo das pragas.

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Segundo a Secretaria Munici-pal de Saúde, Maceió tem 14 bairros com alto risco de epi-demia de dengue. Para conter a infestação, a Coordenação de Vigilância Epidemiológica, dividiu a capital em três áreas de acordo com a incidência de casos. O Plano de Contingência, definido em conjunto com representantes do Ministério da Saúde (MS).

Manoel Araújo, gerente do Programa da Dengue em Maceió, explica que para o Controle Vetorial, o plano prioriza as ações de campo. Ele explica que, atualmente, 14 bairros de Maceió apresentam alto risco de epidemia de dengue e, por isso, serão priorizados com três ciclos de visitas. São eles: Jardim Petrópolis, Pitanguinha, São Jorge, Canaã, Ipioca, Centro, Petrópolis, Chã de Bebedouro, Chã de Jaqueira, Levada, Gruta, Fernão Velho, Rio Novo e Pinheiro.

Bairros classificados como de risco médio: Cruz das Almas, Mangabeiras, Jatiúca, Ponta Verde, Poço e Pajuçara. Os demais são classificados como de baixo risco.As ações de combate à dengue têm como prazo para serem executadas, 102 dias úteis, iniciado no último dia 4 de agosto e terminando no dia 19 de dezembro de 2014.

De acordo com Carmem Samico, coordenadora de endemias, as rotinas de trabalho das equipes foram reorganizadas e uma força tarefa integrada está sendo executada para ajudar na redução do risco de epidemias, formas graves da doença e óbitos. Para isso, a cidade está classificada em áreas de baixo, médio e alto risco e até 19 de dezembro serão realizados um, dois e três ciclos de visitas domiciliares, em cada região, respectivamente.

Carmem esclarece ainda que para classificar cada localidade foi avaliado o número de casos registrados nos últimos sete anos e feito um comparativo em relação aos casos confirmados em 2014.

14 BAIRROS DE MACEIÓ APRESENTAM ALTO RISCO DE EPIDEMIA DE DENGUEFonte: primeiraedicao.com.br/

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PRÓXIMO VERÃO BRASILEIRO VIRÁ COM O TEMOR DO CHIKUNGUNYAFonte: diariodepernambuco.com.br

Ele ainda não está circulando por meio dos mos-quitos locais, mas é questão de tempo até que o vírus chikungunya comece a fazer vítimas em terras brasileiras. Este ano, o Ministério da Saúde já con-firmou 30 casos de pessoas contaminadas, entre elas 27 brasileiros, todos importados de regiões endêmicas, como República Dominicana e Haiti. Há três casos em investigação: um no Ceará e dois no Amapá. As chances de transmissões autóctones (quando os vetores regionais são infectados e con-taminam o homem) serem registradas no país nos próximos meses são reais. O fato de estarmos no in-verno e a população de Aedes aegypti – o mesmo transmissor da dengue – estar reduzida contribui para protelar a disseminação do vírus, originário da África. O Aedes albopictus também é transmissor e circula em território nacional.

Os Estados Unidos não tiveram a mesma sorte. Em pleno verão, os dois primeiros casos de contágio em solo norte-americano foram registrados em

meados de julho, no estado da Flórida. Nas ilhas caribenhas e em países da América Central, os relatos começaram a surgir em dezembro do ano passado e até agora já foram confirmados mais de 5 mil contágios. Para o médico infectologista do Grupo Hermes Pardini João Paulo Cam-pos, a época do ano é a grande aliada dos brasileiros. “Mas já temos casos endêmicos aqui do lado, como no Caribe e na Costa Rica. Para mim, é só uma questão de tempo até vir para o Brasil.”

A chegada do verão e principalmente do carnaval se torna a grande preocupação para os órgãos de saúde. “Muitas pessoas vêm pra cá a turismo e cria-se um cenário propício para disseminar a doença”, observa João Paulo. Pedro Vasconcelos, chefe da seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas (IEC) lembra que a dengue dos tipos 1, 2 e 3 entrarou no Brasil pelo Rio de Janeiro logo depois do carnaval. “Somente a do tipo 4 entrou por Roraima”, conta. A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais garantiu em nota que o “maior risco de aparecimento de casos e transmissão sustentada da doença ocorre no verão, com o período de chuvas e calor”.

O grande fluxo de pessoas esperados para a próxima temporada de verão no Brasil, associada a uma provável infestação do mosquito no período, são a matemática perfeita para a circulação do chikungunya. “A dispersão do vírus muitas vezes depende mais da quantidade de transmissores do que necessariamente de infectados”, explica Socorro Azevedo, médica e pesquisadora do IEC, ao ser questionada se apenas uma pessoa contaminada seria capaz de tornar a doença endêmi-ca no país. “Se esse indivíduo estiver em um local com uma população expressiva de mosquitos em condição de disseminar o vírus para outras pessoas, a possibilidade de transmissão autócto-ne existe”, detalha.

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A FÁBRICA DE MOSQUITOFonte: Carta Capital

PREPARADOS

O Ministério da Saúde tem consciência do risco e vem se preparando desde o final do ano passa-do para a ameaça iminente. Além da capacitação de profissionais de saúde em várias regiões do país, lançou recentemente a cartilha Preparação e resposta à introdução do vírus chikungunya no Brasil. A Fundação Ezequiel Dias (Funed) em Minas Gerais faz parte do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Ministério da Saúde e já está preparada para realizar o diagnóstico do vírus.

“Fomos capacitados para fazer a pesquisa de anticorpos tanto na fase aguda da doença como na fase crônica”, explica Lorena Maciel, farmacêutica analista do laboratório de dengue e febre amarela da Funed. O Hermes Pardini também tem know-how para identificar os anticorpos produzidos pelo organismo humano para combater o vírus. “Também somos capazes de medir a quantidade de vírus no sangue, mas ainda não surgiu demanda para isso”, afirma João Paulo Campos.

Articulações são as partes mais atingidas

A semelhança do chikungunya com a dengue não se limita ao vetor de transmissão. Os sintomas e tratamento também são muito parecidos, o que, a princípio, pode dificultar o diagnóstico pre-ciso. “Inicialmente, podem ser confundidos os quadros, mas o que chama a atenção, no caso do chikungunya, é o comprometimento intenso das articulações”, alerta Socorro Azevedo, médica e pesquisadora do Instituto Evandro Chagas (IEC).

Ao contrário da dengue, em que a dor muscular fica mais evidente, no chikungunya, as dores nas articulações dos dedos, cotovelo e tornozelo, por exemplo, podem se tornar incapacitantes. “Em alguns pacientes, principalmente idosos e crianças, considerados de idade extrema, os sintomas podem ser mais severos”, observa Socorro. Em pessoas com doenças de base como diabetes e hipertensão também há maior risco de piora na evolução do quadro.

Já foram relatados casos em que essa dor pode evoluir para uma artrite e acompanhar o pa-ciente por anos. Estudos na Índia revelaram que 49% dos pacientes apresentaram sintomas persistentes 10 meses depois do início da doença. Em casos extremos, pode ocorrer até mesmo deformidades nas articulações.

Apesar das sequelas preocupantes, o chikungunya tem poucos casos de letalidade, ao contrá-rio da dengue. O tratamento também se baseia em medicamentos sintomáticos, ou seja, que vão combater os sintomas, que além de febre alta e súbita incluem mialgia, cefaleia e artralgia. “Hidratação e repouso são fundamentais. Para a artrite, podem ser associados anti-inflamatórios”, observa João Paulo Campos, médico infectologista do Grupo Hermes Pardini.

O ácido acetilsalicílico, grande vilão nos casos de dengue, também deve ser evitado mesmo que as consequências para a evolução da doença não sejam tão preocupantes. “Não chega a evoluir para hemorragia, mas pode reduzir as plaquetas e piorar o quadro de lesão cutânea por exem-plo”, alerta João Paulo.

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Cientistas argentinos encontraram um fungo, adaptável a múltiplos hábitats, que destrói as larvas dos mosquitos transmissores da dengue e chikungunya, duas epi-demias virais sem vacinas comerciais e cujo controle de baseia na prevenção.

Este fungo, denominado Leptolegnia chapmanii, pode sobreviver em águas

turvas ou cristalizadas, com diferentes PHs, em temperaturas variáveis e é cultivável a baixo cus-to, razão pela qual aparece como uma promissora arma biológica.

Seu poder letal demonstrou eficácia em larvas de 15 espécies de mosquitos, entre elas a do “Aedes Aegypti” e do “Aedes Albopistus”, vetores da dengue, uma doença viral tropical que pode ser mortal em sua variação hemorrágica e que é endêmica em muitos países.

Estes mosquitos também são responsáveis pela propagação da febre chikungunya, declarada em julho como epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que denominou de “grave” a situação nas Américas, onde foram reportados 5.000 casos.

“Procuramos um inseticida biológico capaz de ser formulado para o controle da propagação”, explicou à AFP Juan García, doutor em Ciências Naturais encarregado da pesquisa na Universida-de Nacional de La Plata, da qual participam oito cientistas argentinos e um colombiano.

A descoberta ocorreu quando se realizavam trabalhos de campo sobre micro-organismos que se reproduzem em águas paradas na periferia da cidade de La Plata, 60 quilômetros ao sul da ca-pital federal, sede do estadual Centro de Estudos Parasitológicos e de Vetores (CEPaVe), chefiado por García.

“Nós o cultivamos em meios artificiais, começamos os testes de campo para determinar seu poder mortal e comprovamos que não afeta em nada nenhuma espécie de peixes, rãs ou outros seres vivos aquáticos, afeta apenas as larvas destes mosquitos”, disse.

O fungo é capaz de matar o inseto apenas em sua fase aquática e na fase de larva, na qual permanece por 10 dias, enquanto sua eficácia se debilita quando passa à fase posterior de pupa, anterior à etapa aérea.

“A pupa é muito dura para ser afetada pelo fungo, mas na fase de larva, seu poder pode ser mortal”, explicou.

FUNGO ARGENTINO PODE AJUDAR A CONTER DENGUE E CHIKUNGUNYAFonte: diariodepernambuco.com.br