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Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2535-2434 www.sapereira.com.br / [email protected] Turma da Onça / TDT Educação Infantil Relatório do Primeiro Semestre de 2007 1 N os primeiros dias de aula, nos deparamos o novo grupo ainda estava impregnado por lembranças de nossas turmas antigas. Chegamos ao primeiro encontro com um misto de curiosidade e resistência. Sentimos um estranhamento e ao mesmo tempo uma vontade de saber que "caldo iremos cozinhar". Acolhemos o movimento de encontro dos antigos parceiros e lançamos o olhar mais adiante, buscando estratégias para encorajá-los a experimentar novos pares. Reconhecemos e admiramos boas amizades, que nesse grupo são muitas, mas também damos valor à maleabilidade de poder trabalhar com muitos. A preparação para o carnaval, a cantoria do samba-enredo "Enorme Continente", da Manuela, e as brincadeiras "Bolinha no Bolão" e "Pato, pato, ganso" proporcionaram a formação de um espírito coletivo. Convidamos as famílias para colaborarem com materiais e informações sobre o Projeto Institucional deste ano "As Américas" e, depois de algumas conversas, decidimos estudar a Amazônia. Dentro desse tema, montamos uma lista de sugestões e, numa votação calorosa, nasceu a Turma da Onça, ao som de aplausos e muita alegria. José Paulo Paes, Daniel Munduruku e Monteiro Lobato nos ajudaram a construir um lugar fantástico para a onça habitar no imaginário da criançada. Assistimos ao documentário "Eco-aventura na Amazônia", produzido pelo Discovery Kids, onde um grupo de crianças de São Paulo segue para a Floresta com a orientação de guias locais. Além de imagens belíssimas da fauna e da flora, o vídeo apresenta uma noção integrada daquele ecossistema, trazendo, ainda, algumas questões sobre cuidado, preservação e extinção. Despertou na criançada (e também nas professoras) uma vontade enorme de estar lá. Em vários momentos, as crianças não cabiam em si de alegria e emoção: "Que tal nós irmos com a turma toda prá lá?", "A gente pode ir para a Amazônia nas férias?". Turma Antônio Branco Duprat Avellar Artur Lobão de Melo Bento Maya Monteiro Sant'anna Bruno Armony do Nascimento Clara Filgueiras Nery Atem Dora Rabello de Barros Azevedo Flora Paulo Tetü Henrique Corrêa Vidal Leite Ribeiro João Matta Machado Moura Júlia Rodrigues Dias de S Henningsen Leonardo Metzler Pereira Luana Saraiva Quintanilha Lucas Monteiro Sampaio Luiza Miler Sukman Marina Intrator Juppa Matheus Corrêa Barbosa Brun Fausto Paulo Raitzik Zonenschein Rafael da Nobrega Rondinelli Tatiana Grinberg Limoncic Professores e Auxiliares de Turma Erila Ziegelmeyer Barbosa Jean Philippe T Conilh de Beyssac Luciana Gonçalves Moreira Roberta Porto da Silva

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Page 1: tdt 1 2007 - escolasapereira.com.brA onça de barro, feita por um artista pantaneiro, emprestada pela Tetê, foi apreciada e depois registrada de duas maneiras: pelo desenho e com

Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2535-2434 www.sapereira.com.br / [email protected]

Turma da Onça / TDT Educação Infantil Relatório do Primeiro Semestre de 2007 1

N os primeiros dias de aula, nos deparamos o novo grupo ainda estava impregnado por lembranças de nossas turmas antigas. Chegamos ao primeiro encontro com um misto de curiosidade e resistência. Sentimos um estranhamento e ao mesmo

tempo uma vontade de saber que "caldo iremos cozinhar".

Acolhemos o movimento de encontro dos antigos parceiros e lançamos o olhar mais adiante, buscando estratégias para encorajá-los a experimentar novos pares. Reconhecemos e admiramos boas amizades, que nesse grupo são muitas, mas também damos valor à maleabilidade de poder trabalhar com muitos.

A preparação para o carnaval, a cantoria do samba-enredo "Enorme Continente", da Manuela, e as brincadeiras "Bolinha no Bolão" e "Pato, pato, ganso" proporcionaram a formação de um espírito coletivo.

Convidamos as famílias para colaborarem com materiais e informações sobre o Projeto Institucional deste ano "As Américas" e, depois de algumas conversas, decidimos estudar a Amazônia.

Dentro desse tema, montamos uma lista de sugestões e, numa votação calorosa, nasceu a Turma da Onça, ao som de aplausos e muita alegria.

José Paulo Paes, Daniel Munduruku e Monteiro Lobato nos ajudaram a construir um lugar fantástico para a onça habitar no imaginário da criançada.

Assistimos ao documentário "Eco-aventura na Amazônia", produzido pelo Discovery Kids, onde um grupo de crianças de São Paulo segue para a Floresta com a orientação de guias locais. Além de imagens belíssimas da fauna e da flora, o vídeo apresenta uma noção integrada daquele ecossistema, trazendo, ainda, algumas questões sobre cuidado, preservação e extinção. Despertou na criançada (e também nas professoras) uma vontade enorme de estar lá. Em vários momentos, as crianças não cabiam em si de alegria e emoção: "Que tal nós irmos com a turma toda prá lá?", "A gente pode ir para a Amazônia nas férias?".

Turma

Antônio Branco Duprat Avellar Artur Lobão de Melo

Bento Maya Monteiro Sant'anna Bruno Armony do Nascimento

Clara Filgueiras Nery Atem Dora Rabello de Barros Azevedo

Flora Paulo Tetü Henrique Corrêa Vidal Leite Ribeiro

João Matta Machado Moura Júlia Rodrigues Dias de S Henningsen

Leonardo Metzler Pereira Luana Saraiva Quintanilha

Lucas Monteiro Sampaio Luiza Miler Sukman

Marina Intrator Juppa Matheus Corrêa Barbosa Brun Fausto

Paulo Raitzik Zonenschein Rafael da Nobrega Rondinelli

Tatiana Grinberg Limoncic

Professores e Auxiliares de Turma

Erila Ziegelmeyer Barbosa

Jean Philippe T Conilh de Beyssac Luciana Gonçalves Moreira

Roberta Porto da Silva

Page 2: tdt 1 2007 - escolasapereira.com.brA onça de barro, feita por um artista pantaneiro, emprestada pela Tetê, foi apreciada e depois registrada de duas maneiras: pelo desenho e com

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No zoológico, apesar da condição dos animais enjaulados e do calor, tivemos uma ótima experiência. Biólogos e monitores nos receberam com muito carinho, prepararam um percurso pela sombra, selecionando o que interessava ao projeto. Contaram curiosidades sobre os animais observados e responderam às perguntas dos nossos pequenos curiosos.

Em sala, procuramos alimentar o desejo das crianças de saber como os animais vivem e o que eles fazem, lendo, diariamente, informações sobre os animais escolhidos por eles em enciclopédias e livros de biologia, além da literatura e poesia sobre o tema.

O livro "Mamíferos", da Editora Life, trouxe a noção de família (Felídeo), juntando gatos domésticos, onça-pintada, jaguatirica, tigre, leão, leopardo etc. No "Eco-Aventura na Amazônia" falou-se dos mamíferos como o peixe-boi e o boto cor de rosa, diferenciando-os dos peixes. Nessas e em outras informações, a turma pôde perceber algumas maneiras de se organizar e classificar o "Mundo Animal" para conhecimento e estudo.

F izemos um passeio ao Jardim Botânico, acompanhados pelo biólogo Fausto, para conhecer algumas plantas da Amazônia. Um tipo de palmeira chamou atenção do grupo, pois alimentava preguiças gigantes, com cerca de sete metros, em tempos

remotos. Na escola, através de uma proposta brincante, Fausto apresentou o conceito de cadeia alimentar e ampliou ainda mais a idéia de ecossistema e de preservação.

Elaboramos um álbum, registrando alguns animais pesquisados através de desenhos e fotos, anotando o nome, a medida com barbante e os hábitos alimentares.

Com as sucatas trazidas pelas crianças, pintamos caixas de leite e amarramos, com barbante, numa espécie de costura para montar o jacaretinga, que mede dois metros e meio, e também construímos uma grande cobra com tubos de papelão.

A onça de barro, feita por um artista pantaneiro, emprestada pela Tetê, foi apreciada e depois registrada de duas maneiras: pelo desenho e com o barro. Uma bromélia, trazida para sala, e um pingüim de cerâmica recebido de presente da Flávia, mãe do Artur, também serviram de modelo para desenhos de observação, onde as crianças têm a oportunidade de apurar o olhar e o traçado, experimentando formas, cores e relações espaciais, e podem, ainda, perceber que a partir de um único objeto são possíveis várias representações.

A pintura com gelo, a pintura a dedo e as misturas com guache e aquarela permitiram a

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experimentação de cores, texturas, sensações e muita farra.

Depois do fechamento do projeto, devidamente brindado na Festa pedagógica, a turma se envolveu com a idéia de conhecer a neve. Para nós, pareceu instigante a possibilidade de estudar um outro ecossistema, tão diferente da Amazônia. O DVD "A Marcha dos pingüins" foi assistido em partes, com paradas para esclarecimentos, desafios e conversas.

Localizamos a Antártida no mapa e, com a visita do Wagner, que esteve lá fotografando, as crianças puderam ter uma noção do que deve ser aquele ambiente gelado e tão difícil de ser habitado pelos homens.

A partir do filme e do encontro, duas questões apareceram para o grupo: a morte, como parte do ciclo da vida, e o conceito, que já havia sido trabalhado, de cadeia alimentar.

O filme é belíssimo e tem a qualidade de mostrar como é a vida lá: no verão, a alegria da bicharada nadando e se fartando com cardumes de peixes e, depois, numa marcha de quilômetros e quilômetros, em jejum, a peregrinação em massa

para um lugar mais seguro a fim de garantir a perpetuação da espécie, enfrentando a fome e o inverno com ventos glaciais.

As crianças ficaram encantadas com os pingüins e também surpresas com a quantidade de tarefas que realizam. A imprevisibilidade da chegada de predadores causou impacto e muitos questionamentos no grupo.

Da Antártida, partimos para a Patagônia, parque natural situado entre a Argentina e o Chile. Assistimos a um documentário do Animal Planet sobre a Cordilheira dos Andes, que mostrava a fauna, a flora, o deserto do Atacama, mares salinizados e vulcões, e recebemos o Flávio e a Keila, pais da Tatiana e a Simone, mãe da Marina, que mostraram slides, fotos e contaram sobre suas viagens àquele lugar. Depois, numa bela surpresa, montaram um acampamento com barracas, sacos de dormir, fogareiro, panelas e lanternas embaixo da mangueira do pátio e as crianças embarcaram rapidamente em mais uma aventura.

Aproveitamos a animação Happ Feet, em DVD, trazida por uma criança, para refletir sobre a tênue relação entre a realidade e a ficção. Atentos, observaram que se fosse de verdade o ovo do pingüim não poderia cair na neve porque congelaria e impediria o nascimento do filhote. Também perceberam, entre outras coisas, que os pingüins não falam a nossa língua, nem cantam daquele jeito, mas na verdade existe um canto próprio que eles cantam

na época do acasalamento e permite, depois, que a mãe, ao retornar com alimento para o recém nascido que ficou aos cuidados do pai, identifique seu parceiro dentre os milhares de animais.

Neste semestre, enfatizamos a contagem oral aproveitando

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inúmeras situações cotidianas: para verificar as crianças que estão em sala, quantas são meninas, quantos são meninos; comparar com o número de agendas colocadas no cesto; o número de copos necessários para o ajudante terminar de servir a turma toda etc. Lançamos desafios orais envolvendo somas e estimativas durante algumas partidas do jogo da caixa de ovo, da Trilha, do Dominó.

As informações sobre o tamanho de alguns animais nos levaram, ainda, a trabalhar com a medida comprimento. Utilizando o palmo, o pé, o corpo, um pedaço de barbante ou a fita métrica, mediram seu próprio corpo ou parte dele e também de seus colegas, comparando-os entre si e com os de alguns animais, investigando, por exemplo, quantas crianças enfileiradas deitadas equivaliam ao comprimento de uma sucuri. E, empolgados, saíram pela escola medindo objetos, brinquedos e outras superfícies como o tampo da mesa, o bebedouro e a parede do pátio.

Histórias, notícias de jornal, livros científicos, revistas, informe da escola, convites de aniversário, blocão da sala, as fichas de nome e também fotos, ilustrações e imagens foram portadores de texto utilizados como fonte de informação, documento, registro e, na maioria das vezes, motivo de prazer e descoberta.

E quantas descobertas o grupo viveu junto, tornando-o mais unido e mais amigo.

Agora, uma breve pausa para descansar e renovar as energias.

Música _________________________________________________________ Na Turma da Onça só tem fera! Os felinos prepararam o grito de carnaval abafando com O Bafo da Onça. A Turma está sempre disposta a movimentação, as crianças adoram as aventuras e a brincadeira de Caçada. Outro jogo sonoro foi o Senhor Caçador. "Preste bem atenção / Não vá se enganar quando a onça rugir...". Pudemos apreciar, num CD, o som de floresta com seus riachos, ventos e uma incrível variedades de animais, do grilo ao macaco. Foi um bom exercício de percepção auditiva e relaxamento para todos.

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A toada de boi, cantada e acompanhada por sons corporais pelo grupo Os Barbatuques, mostrou o encanto e a força do Bumba Meu Boi Maranhense. "Eu vi uma onça gemer / Na mata do arvoredo / Olerê São João / Me valha São Pedro / De onça eu tenho medo". Existe um instrumento típico do Boi de Matraca, chamado Tambor Onça. Levamos essa espécie de cuíca grave para as crianças tirarem um som. Molhando um paninho a fricção se encarregava do resto. Na ocasião, aprendemos a marcação típica do surdo no boi, acompanhado por chocalhos, maracás e baquetas como matracas. Conseguimos executar um pequeno arranjo para a música.

Apesar de estarmos no meio da selva, tivemos oportunidade de escutar alguns sucessos latinos como La Bamba e a tão temida barata. "La Cucaracha, ya no puede caminar". Para quem está no meio da selva, não dá prá ter medo de barata. Principalmente quando descobrem que a capa do violão pode virar a fantasia perfeita da cascuda. Quem não quer se metamorfosear de vez em quando? Nesse ponto, demos continuidade ao trabalho com os instrumentos, iniciado no carnaval, buscando conhecer alguns de origem latina, de timbres diferenciados mas parecidos com outros já conhecidos da gente, como foi o caso do Guiro, instrumento de cabaça parecido com o reco-reco de bambu e da campana, similar do cowbell, primo do agogô. Algumas maracas também sacudiram as nossas performances.

"Nós gatos já nascemos pobres / Porém já nascemos livres" foi a canção escolhida para ser coreografada nas aulas de Expressão Corporal para a festa pedagógica.

Terminamos o semestre nos preparando para a Festa Junina, com muita história musicada sobre as festas de São João, seu boizinho encantado, Pai Francisco e Catirina. E, é claro, muita quadrilha!

Expressão Corporal _________________________________________________________

C omeçamos em roda, nos apresentando, apresentando os amigos, conversando sobre a aula, sobre o corpo. Fomos acordando-o devagarzinho, com cuidado, aquecendo-o e preparando-o para os estímulos que estavam por vir.

Trabalhamos o esquema corporal (Corpo Vivido), nomeando suas partes, dissociando os membros e trabalhando-os separadamente. Andamos pela sala de diferentes maneiras, explorando o espaço e as diferentes possibilidades motoras, brincando com o nosso eixo e equilíbrio, descobrindo diferentes apoios na transferência de peso. Nesse primeiro encontro, pudemos perceber que estávamos diante de um grupo muito curioso. São crianças que gostam de conversar sobre suas vivências, que questionam e são extremamente coerentes em suas observações.

Com a proximidade do Carnaval, criamos as nossas fantasias utilizando roupas e acessórios do baú da escola. Fantasiados, dançamos ao som das marchinhas, do samba e do frevo, criando poses carnavalescas bem divertidas. Com duas imagens distintas, uma de um bloco de rua e outra de um grupo de frevo, dividimos a turma em dois grupos pedindo para que cada um reproduzisse uma das imagens, corporalmente. Queríamos que as crianças se organizassem espacialmente.

Brincamos com o ritmo dos nossos nomes, inventando movimentos para cada sílaba. E a percepção rítmica do grupo chamou a atenção. Improvisaram, ao som de trilhas de espetáculos do Grupo Corpo, com facilidade de movimentação no andamento moderado e maior dificuldade nos andamentos lentos e rápidos. Apesar de opostos, em ambos as

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crianças perdiam o controle dos movimentos, esquecendo o estímulo sonoro. Novamente dividimos a turma em dois grupos: um criava e o outro observava. Desse modo, puderam acompanhar a experimentação do outro. Estabeleceram-se com isso dois pontos de vista: o de realizador e o de espectador.

Ao nos aproximarmos do projeto da turma, exibimos o DVD "CATS". A aula foi muito produtiva. As crianças estavam lindas, maquiadas de gatos, onças, leões etc. Assistiram ao DVD com muita atenção e exclamavam: "Nossa, que legal!", "Uau! Como ela faz isso?". Depois dessa oportunidade de apreciação, incentivamos a improvisarem, inspiradas nos movimentos dos felinos. Aí foi uma festa só. Saltos, rolamentos, namoros, gatos manhosos, preguiçosos etc. As crianças se divertiram tanto que pediram para mostrar para uma outra turma o que haviam realizado, no que foram prontamente atendidas. Esperamos a Turma da Beijoca e, quando os pequenos chegaram, sentaram-se para assistir aos amigos felinos. Curtiram tanto que alguns se misturaram aos grandes, imitando seus movimentos.

Na agitação peculiar das crianças, tentamos estabelecer a observação e a escuta como prioridade. Brincamos de manipular o corpo do outro. Em roda, uma criança se colocava como estátua, enquanto as outras, uma a uma, manipulavam, cuidadosamente, o corpo do amigo, colocando-o em posições inusitadas. Buscando, ainda, o cuidado com o outro, criamos um "bloco estátua" encaixando nossos corpos uns aos outros. A turma explorou muito bem as diferentes possibilidades de encaixe, utilizando várias partes do corpo e explorando, com sabedoria, os planos baixo, médio e alto. Observar tais manipulações, ter cuidado ao tocar e ao encaixar, permitir o toque do outro, mesmo que muitas vezes com aquela risada nervosa, envergonhada, nos fortalece como grupo, cria intimidade aproximando os que estão distantes.

Trabalhamos em circuitos variados com ou sem a utilização de materiais como o bolão, o túnel, os colchonetes, as pranchas de equilíbrio, as pernas de balde etc, vivenciando diferentes possibilidades motoras e qualidades de movimento.

Ansiosos por novas descobertas terminamos o semestre felizes com as conquistas da Turma da Onça.