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Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2535-2434 www.sapereira.com.br / [email protected] Turma da Neve / TCM Educação Infantil Relatório do Primeiro Semestre de 2007 1 E ste ano tivemos apenas uma semana para nos prepararmos para o Bloco da Sá Pereira. Embalados pelo belo samba, de Manuela Marinho, "Enorme Continente", iniciamos o ano. Muita cantoria, trabalhos de Artes e atividades gostosas facilitaram o entrosamento. No pátio, a brincadeira "pato, pato, ganso" foi a grande curtição, fazendo o maior sucesso. Depois de uma conversa sobre o Projeto Institucional "Américas", surgiram as primeiras idéias para o nome da TCM. Visualizando o mapa mundi e um globo terrestre, foi despertada, nas crianças, a curiosidade sobre as terras geladas, o frio, a neve. Algumas, muito instigadas com o assunto, vieram para a escola com luvas, gorros e cachecol. Então, numa animada votação, o nome campeão foi TURMA DA NEVE! Decidimos começar a nossa pesquisa pelo Canadá. Recebemos uma linda cartinha do menino Levi, um esquimó que vive no Canadá e que convidou a turma para mostrar como é a vida em seu país. Esse menino está no livro "Crianças como você", do Unicef. Através da história "Terras Geladas", de Jan Reynolds, aprenderam como os inuits sobreviviam. Pegadas de ursos polares e lobos, peixes, caribus e cães da raça huskie chamaram muita atenção, além da construção dos iglus, que também os impressionou bastante. Propusemos, primeiramente, a elaboração de iglus com pedacinhos de papel recortados em pequenos quadrados, com os quais a turma fez uma colagem. Num segundo momento, um desafio maior! Com pedacinhos de massa de modelar branca a construção foi erguida numa placa de eucatex. Foi com grande esforço que a turma realizou esta tarefa, mas o resultado foi encantador! Várias questões foram formuladas sobre a vida dos animais e dos inuits. Para envolvê-los mais ainda, pedimos aos pais que os ajudassem em uma pesquisa. Foi tamanha a alegria e empolgação com o sucesso da pesquisa, que organizamos um banco de imagens e informações numa pasta que nos acompanhou durante todo o projeto. A seguir assistimos a um documentário de Thierry Piantanida, chamado "Planeta Branco". Transcrevemos, abaixo, a resenha que apresentou o filme na 30ª Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo, em 2006: Turma Alice de Oliveira Saad Ana Beatriz Merquior Tardin Pinheiro Ana Clara Bolshaw N dos Santos Cecilia Carneiro Bandeira de Mello Eduardo Faria Flexa Ribeiro Fernanda Conde Ferreira de A Pinto Flora Teixeira Salem Francisco Atherton Weltman Francisco Junqueira Borja Guido Tercius Labouret Helena Leite Guimarães Rego Leila Mendes Caldas Lily Exene M Lagerblad Graham Luana Del Rio Kodato Melo Luca Novello Moreira Rafael Gorgulho Azzi Theo Dalmaso Kussama Theodoro Bretas Cordenonsi Vinicius Simões Velozo P Bittencourt Professores e Auxiliares de Turma Cléa Maria Guedes Albrecht Jean Philippe T Conilh de Beyssac Raoni de Oliveira Canedo da Silva Roberta Porto da Silva

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Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2535-2434 www.sapereira.com.br / [email protected]

Turma da Neve / TCM Educação Infantil Relatório do Primeiro Semestre de 2007 1

E ste ano tivemos apenas uma semana para nos prepararmos para o Bloco da Sá Pereira. Embalados pelo belo samba, de Manuela Marinho, "Enorme Continente", iniciamos o ano. Muita cantoria, trabalhos de Artes e atividades gostosas

facilitaram o entrosamento. No pátio, a brincadeira "pato, pato, ganso" foi a grande curtição, fazendo o maior sucesso.

Depois de uma conversa sobre o Projeto Institucional "Américas", surgiram as primeiras idéias para o nome da TCM. Visualizando o mapa mundi e um globo terrestre, foi despertada, nas crianças, a curiosidade sobre as terras geladas, o frio, a neve. Algumas, muito instigadas com o assunto, vieram para a escola com luvas, gorros e cachecol. Então, numa animada votação, o nome campeão foi TURMA DA NEVE!

Decidimos começar a nossa pesquisa pelo Canadá. Recebemos uma linda cartinha do menino Levi, um esquimó que vive no Canadá e que convidou a turma para mostrar como é a vida em seu país. Esse menino está no livro "Crianças como você", do Unicef.

Através da história "Terras Geladas", de Jan Reynolds, aprenderam como os inuits sobreviviam. Pegadas de ursos polares e lobos, peixes, caribus e cães da raça huskie chamaram muita atenção, além da construção dos iglus, que também os impressionou bastante.

Propusemos, primeiramente, a elaboração de iglus com pedacinhos de papel recortados em pequenos quadrados, com os quais a turma fez uma colagem. Num segundo momento, um desafio maior! Com pedacinhos de massa de modelar branca a construção foi erguida numa placa de eucatex. Foi com grande esforço que a turma realizou esta tarefa, mas o resultado foi encantador!

Várias questões foram formuladas sobre a vida dos animais e dos inuits. Para envolvê-los mais ainda, pedimos aos pais que os ajudassem em uma pesquisa. Foi tamanha a alegria e empolgação com o sucesso da pesquisa, que organizamos um banco de imagens e informações numa pasta que nos acompanhou durante todo o projeto.

A seguir assistimos a um documentário de Thierry Piantanida, chamado "Planeta Branco". Transcrevemos, abaixo, a resenha que apresentou o filme na 30ª Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo, em 2006:

Turma

Alice de Oliveira Saad Ana Beatriz Merquior Tardin

Pinheiro Ana Clara Bolshaw N dos Santos

Cecilia Carneiro Bandeira de Mello Eduardo Faria Flexa Ribeiro

Fernanda Conde Ferreira de A Pinto Flora Teixeira Salem

Francisco Atherton Weltman Francisco Junqueira Borja

Guido Tercius Labouret Helena Leite Guimarães Rego

Leila Mendes Caldas Lily Exene M Lagerblad Graham

Luana Del Rio Kodato Melo Luca Novello Moreira Rafael Gorgulho Azzi

Theo Dalmaso Kussama Theodoro Bretas Cordenonsi

Vinicius Simões Velozo P Bittencourt

Professores e Auxiliares de Turma

Cléa Maria Guedes Albrecht

Jean Philippe T Conilh de Beyssac Raoni de Oliveira Canedo da Silva

Roberta Porto da Silva

Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2535-2434 www.sapereira.com.br / [email protected]

Turma da Neve / TCM Educação Infantil Relatório do Primeiro Semestre de 2007 2 "Documentário que apresenta um vasto panorama da região do Ártico, rico em ação e emoções. Ao flagrar o esplendor da passagem das estações nesse cenário de incrível plasticidade, o filme registra tanto a força e a habilidade dos animais do Pólo Norte em sua luta pela sobrevivência quanto sua vulnerabilidade ante as mudanças agressivas provocadas no meio-ambiente pelo fenômeno do aquecimento global. O filme permite que a beleza simples e natural do Ártico fale por si mesma e, silenciosamente, faz um apelo em favor dessa forte, porém frágil região do planeta".

S ua exibição possibilitou uma discussão sobre o derretimento das calotas polares e sobre o aquecimento global de forma forte e impactante. Queimadas, gases de efeito estufa, queima de combustíveis fósseis, a incidência dos raios solares sobre

as diferentes superfícies do planeta e, principalmente, o que podemos fazer para diminuir o efeito desse cobertor que aquece o nosso planeta, fizeram parte de um intenso debate na turma.

Os assuntos e temas mais significativos para a turma são trabalhados de maneira que lhes possibilitem diferentes formas de expressão através de uma abordagem integradora e sensível. As crianças são convidadas a ilustrar, com diferentes técnicas, esses temas, assim como são instigadas a refletir sobre a construção da escrita e de conceitos matemáticos.

Elaboramos, juntos, a "Trilha do Canadá". O tabuleiro desse jogo foi pintado com cubos de gelo, com diferentes tons de tinta azul. Cada criança escolheu um elemento representativo daquele país e, dessa vez, as regras foram preparadas pelos professores, fato que gerou certo protesto por parte de alguns membros do grupo. Desculpas aceitas, o jogo ficou lindo e possibilitou a vivência de situações matemáticas ricas e contextualizadas.

Recebemos uma cartinha muito carinhosa da Tetê, trazendo informações importantes sobre a cultura e os costumes canadenses. Fomos saboreando, dia-a-dia, cada uma das suas páginas e, no final, nos deliciamos com maravilhosas panquecas quentinhas, regadas com maple, seiva extraída da árvore Bordo, originária do Canadá, trazidas pela Gabi, mãe do Francisco.

Aí foi o castor, símbolo do Canadá, que ficou em evidência no grupo. Conseguimos uma cópia do Animal Planet chamado "Castores, os construtores", que mostra a sua

organização para a construção dos diques que permitem a posterior construçao de suas tocas, fundamentais para a sua sobrevivência durante o inverno gelado daquele país.

Para ilustrar

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ainda mais o nosso projeto fomos visitar uma fábrica de sorvete e assistir a uma apresentação de patinação no gelo. As crianças foram convidadas a elaborar textos coletivos para o Informe, onde nós, os professores, nos tornamos seus escribas, dando-lhes a oportunidade de vivenciar diversos

requisitos necessários para a comunicação escrita de suas idéias.

Ainda teríamos muitos assuntos para aprofundar sobre a cultura canadense quando uma criança propôs: "Porque não estudamos outros países onde também tem neve, aqui perto do Brasil"? Sua sugestão ficou no imaginário do grupo e combinamos que faríamos uma viagem ao extremo sul do continente americano, ao sul da Cordilheira dos Andes, onde existe um grande parque natural chamado Patagônia, que se divide entre dois países, a Argentina e o Chile.

A participação ativa do grupo, através da observação das crianças, nos indicou caminhos para selecionarmos os conteúdos e para a busca de resolução de problemas formulados no início e no decorrer do projeto.

Para a viagem preparamos passaportes, depois de termos apreciado os documentos originais de algumas crianças. Também fizemos uma animada votação sobre quais eram os meios de transporte preferidos para a viagem.

A alegria e a empolgação tomaram conta da Turma da Neve momentos antes do seu embarque. Em fila, com suas maletas e roupas de frio, em coro, as crianças gritavam: Patagônia! Patagônia! Com os passaportes preparados na sala de artes, formaram dois grupos na aula de Expressão Corporal: um que viajou de avião, com direito a muitas aventuras e turbulências e outro que viajou de submarino, enfrentando diversos desafios no percurso. Quando os dois grupos se encontraram, já no sul do continente americano, pausa para fotos e flashes. No final da brincadeira, uma gostosa guerra de bola de neve deixou a turma muito animada.

Através de um vídeo do Animal Planet, chamado "Os Andes", exploramos a fauna, a flora, sua maravilhosa e diversificada geografia, bem como a comunidade mapuche que sobrevive, até hoje, na Cordilheira dos Andes.

A baleia franca foi conhecida através da bela canção "Las Gorditas de la Patagonia", interpretada pelo grupo folclórico argentino "Cielo Arriba".

A língua espanhola tornou-se familiar através de canções e textos.

Para a Festa Pedagógica preparamos pingüins de argila, inspirados nos pingüins de geladeira, muito utilizados nos anos 60, e também no documentário "A marcha dos

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Pingüins", de Luc Jacquet.

A Turma da Neve saboreou um delicioso chá de Rosa Mosqueta que o Peter, pai do Theodoro, trouxe da Patagônia e deu de presente ao grupo.

As crianças ainda tiveram

oportunidade de estabelecer algumas relações simples de comparação de dados, assim como representaram, através de diferentes linguagens, as experiências diretas na confecção de textos coletivos, desenhos, esculturas, releituras, pesquisas sonoras e gestuais, jogos etc.

A Turma da Neve vivenciou, com muita alegria, cada passo de sua trajetória. Transformou-se num grupo unido, autônomo e organizado. Agradecemos com carinho as diversas contribuições enviadas pelas famílias, sem as quais não teríamos compartilhado tantos olhinhos brilhando de emoção e curiosidade.

Música _________________________________________________________

A Turma da Neve, depois de todo o calor do carnaval, foi parar num lugar quase inóspito e remoto, um grande desafio para todos. Já tinham ouvido falar nos povos inuits mas, sem dúvida, só podemos conhecer aos poucos seus costumes, sua

cultura e principalmente seu ambiente sonoro. Para se andar na neve do norte do Canadá é preciso equipamentos especiais. Precisávamos preparar nossos ouvidos para essa aventura sonora. Descobrimos na sala um instrumento de madeira, que parecia reproduzir o som de gelo estalando. Inventamos, então, um jogo de Cabra-cega no qual um amigo, de olhos vendados, depois de ser rodado no meio do salão para perder a orientação, tinha que encontrar a criança que produzia o som. Seu único auxílio, além do som, eram as frases "Tá quente" e "Tá frio". Logo apelidado de quebra-gelo, esse instrumento mais tarde nos foi precioso para a apresentação da caçada Inuit. Já com a nossa audição tão aguçada quanto a de uma coruja, pudemos contar que a neve absorve muito o som. Associamos o frio do ambiente à necessidade de uma longa sonequinha. "Frère Jacques / Dormez- vous / sonnez lês matines / Ding,ding,dong". Um recurso usado para a comunicação entre as aldeias é o tambor. Imaginando serem os bambolês iglus, iniciamos uma conversa de tambores entre vizinhos que rendeu momentos vigorosos. Brincamos de reproduzir algumas frases rítmicas que foram ficando cada vez mais complexas. Fomos, assim, recolhendo uma série de timbres e sons que acreditávamos estarem presentes no quotidiano desses povos e partimos para a sonorização de uma caçada, uma aventura no gelo. Com palmas abafadas, caminhávamos na neve fofa. Com a boca, pipocávamos bolas de neve e o frio fazia o som de nossa voz tremer. Mesmo esquentando as mãos, produzíamos som. Trenós eram representados por guizos e não faltaram cachorros uivando

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fino para puxá-los. Depois de uma briga entre caribus, o gelo rachou e uma enorme avalanche nos fez voltar correndo, antes passando por uma caverna cheia de eco e com um enorme urso faminto. O resultado pôde ser conferido na Festa Pedagógica da turma.

Fizemos, também, um giro pelos clássicos da música latina. Menos assustadora estava a baratinha, La Cucaracha. Esse bicho, que resiste a altas temperaturas, ajudou a esquentar um pouco as coisas. Principalmente quando a capa do violão virou a fantasia perfeita da cascuda. Quem não quer se metamorfosear de vez em quando? "La Cucaracha, ya no puede caminar". La Bamba chegou logo em seguida para bailar com a turma. Nesse ponto, demos continuidade ao trabalho com os instrumentos, iniciado no carnaval, buscando conhecer alguns de origem latina, de timbres diferenciados mas parecidos com outros já conhecidos da gente. Foi o caso do Guiro, instrumento de cabaça parecido com o reco-reco de bambu ou a campana, similar do cowbell, primo do nosso agogô. Algumas maracas também sacudiram a nossa performace. Nesse momento aproveitamos para contar algumas histórias musicadas sobre as festas de São João, seu boizinho encantado, Pai Francisco e Catirina. E, é claro, muita quadrilha! Tudo isso curtindo um pouco o calor da fogueira, porque ninguém quer virar picolé.

Expressão Corporal _________________________________________________________ "Sem os analisar, a criança imita com desembaraço os movimentos observados nos outros, e isso lhe facilita numerosas aquisições; seu gesto delicado e diferenciado lhe acompanha e sublinha a palavra, seus sentimentos se exprimem sem inibição alguma, em seus pulos alegres como em seus trejeitos, ou em suas investidas metediças. Está inteira em seu gesto e belisca, bate ou põe a língua com o mesmo desembaraço com que salta atrás da bola".

Paul Ostherrieth

C omeçamos em roda, nos apresentando, apresentando os amigos, conversando sobre a aula, sobre o corpo. Fomos acordando-o devagarzinho, com cuidado, aquecendo-o e preparando-o para os estímulos que estavam por vir.

Trabalhamos o esquema corporal (Corpo Vivido), nomeando suas partes, dissociando os membros e trabalhando-os separadamente. Andamos pela sala de diferentes maneiras, explorando o espaço e as possibilidades motoras, brincando com o nosso eixo e equilíbrio, descobrindo diferentes apoios na transferência de nosso peso.

Com a proximidade do Carnaval, criamos as nossas fantasias utilizando roupas e acessórios do baú da escola. Fantasiados, dançamos ao som das marchinhas, do samba e do frevo, criando poses carnavalescas bem divertidas. Com duas imagens distintas, uma de um bloco de rua e outra de um grupo de frevo, dividimos a turma em dois grupos pedindo que cada um reproduzisse a sua imagem corporalmente. Queríamos fazer com que as crianças se organizassem espacialmente.

Trabalhando o ritmo, as crianças improvisaram ao som de trilhas de espetáculos do Grupo Corpo. Criaram movimentos lindos e estiveram extremamente atentas às mudanças rítmicas. Resolvemos brincar, também, com o ritmo dos nossos nomes, inventando movimentos para cada sílaba. Novamente dividimos a turma em dois grupos: um criava, outro observava. Desse modo, puderam acompanhar a experimentação do outro. Estabeleceram-se dois pontos de vista: o de produtor e o de espectador.

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Ao nos aproximarmos do projeto da turma, assistimos ao vídeo "Making Ballet with Karen Kain end The National Ballet of Canadá". Depois de vermos a rotina da companhia no teatro Humming Bird Center, admirar a neve e a cidade de Toronto, tentamos representar, corporalmente, atividades relacionadas à neve. Ainda no campo sensorial, brincamos com os opostos quente e frio. Brincamos, também, improvisando com os materiais disponíveis no Salão, com o jogo "Lacrosse" (jogo canadense similar ao hóquei).

Na agitação peculiar das crianças, tentamos estabelecer a observação e a escuta como prioridade. Brincamos de manipular o corpo do outro. Em roda, uma criança se colocava como estátua, enquanto as outras, uma a uma, manipulavam, cuidadosamente, seu corpo, colocando-a em posições inusitadas. Buscando, ainda, o cuidado com o outro, criamos um "bloco estátua", nos encaixando no corpo dos amigos, construindo um iglu humano. Observar tal manipulação, ter cuidado ao tocar, permitir o toque do outro, mesmo que muitas vezes com aquela risada nervosa, envergonhada, nos fortalece como grupo, cria intimidade aproximando os que estão distantes.

Trabalhamos em circuitos variados, com ou sem a utilização de materiais como o bolão, o túnel, os colchonetes, as pranchas de equilíbrio, as pernas de baldes etc, vivenciando diferentes possibilidades motoras e qualidades de movimento.

Isso sem falar da nossa viagem para a Patagônia! Alguns foram de avião, onde sofreram muita turbulência, e outros, de submarino, onde o balanço do mar causou enjôos durante o trajeto. Na chegada, a experiência de andar na neve, afundando o sapato, a construção do boneco de neve e a guerra de neve fizeram dessa viagem, um passeio inesquecível!

Chegamos ao final desse semestre satisfeitos e orgulhosos das conquistas dessa turma tão querida, ansiosos por novas aventuras.