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  • SERVIO PBLICO FEDERAL

    MINISTRIO DA EDUCAO

    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO PAR

    CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAO

    PEDRO HENRIQUE DE ABREU VIEIRA

    DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE AQUISIO DE

    DADOS DE SINAIS ELTRICOS USADOS EM

    INSTRUMENTAO INDUSTRIAL

    BELM

    2014

  • SERVIO PBLICO FEDERAL

    MINISTRIO DA EDUCAO

    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO PAR

    CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAO

    PEDRO HENRIQUE DE ABREU VIEIRA

    DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE AQUISIO DE

    DADOS DE SINAIS ELTRICOS USADOS EM

    INSTRUMENTAO INDUSTRIAL

    BELM

    2014

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO PAR

    CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAO

    PEDRO HENRIQUE DE ABREU VIEIRA

    DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE AQUISIO DE

    DADOS DE SINAIS ELTRICOS USADOS EM

    INSTRUMENTAO INDUSTRIAL

    Trabalho Acadmico de Concluso de Curso

    apresentado ao Colegiado Especfico de

    Engenharia de Controle e Automao do

    Instituto Federal de Educao, Cincia e

    Tecnologia do Par IFPA, como requisito para a obteno do Grau de Engenheiro de

    Controle e Automao, sob a orientao do

    Prof. Msc. Agesandro Caetano Corra.

    BELM

    2014

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO PAR

    CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAO

    Pedro Henrique de Abreu Vieira

    DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE AQUISIO DE

    DADOS DE SINAIS ELTRICOS USADOS EM

    INSTRUMENTAO INDUSTRIAL

    Data de Defesa: ___/ ___/ ___

    Conceito: ________________

    Banca Examinadora

    ___________________________________

    Prof. Orientador Msc. Agesandro Caetano Corra - IFPA

    _____________________________________

    Prof Msc. Selma Cristina de Freitas Freire - IFPA

    _____________________________________

    Esp. Valdomiro Melo Pereira IFPA

  • Aos meus pais.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a DEUS pela oportunidade de cursar uma universidade e ter me dado

    fora para superar os dificuldades do dia a dia.

    Aos meus pais, em especial minha me que dedicou cada minuto de sua vida a criao dos

    filhos. Sem ela nada disso seria possvel.

    Aos meus colegas de sala e amigos Berilo Junior, Victor Lima, Rafael Melo, Rodrigo Pena e

    Renan Godinho. Tenham a certeza que a amizade de vocs tornou o fardo dessa longa

    caminhada bem mais leve.

    A todos os professores do curso de Engenharia de Controle e Automao, em especial ao meu

    orientador, professor Ms. Agesandro Caetano Corra, com quem aprendi muito dentro e fora

    de sala de aula.

    Aos amigos Vinicius Vicente e Valdomiro Melo, pela ajuda fundamental no desenvolvimento

    deste projeto.

    A todas as pessoas que torceram e torcem pelo meu sucesso.

  • "Seja quem voc for, seja qualquer posio que

    voc tenha na vida. Do nvel altssimo ao mais

    baixo. Tenha sempre como meta, muita fora,

    muita determinao, e sempre faa tudo com

    muito amor e com muita f em Deus, que um

    dia voc chega l. Em algum momento voc

    chega l."

    Ayrton Senna

  • RESUMO

    O presente trabalho apresenta o desenvolvimento de um prottipo de um sistema de aquisio

    de dados de sinais eltricos usados em instrumentao industrial. O sistema gerenciado pelo

    microcontrolador PIC 18F4520, e possui uma Interface homem mquina responsvel por

    configurar as horas, canais de leitura e amostragem dos dados. Os dados lidos so armazenados

    em uma memria interna, e a partir de um sistema de comunicao Serial/USB e de uma

    interface grfica desenvolvida na linguagem de programao Visual C#, podem ser

    descarregados para o computador.

    PALAVRAS-CHAVE: Instrumentao Industrial, Microcontrolador, Serial/USB, Visual C#.

  • ABSTRACT

    The present work provides the development of a prototype of the data acquisition system of

    electrical signals used in industrial instrumentation. The system is managed by the

    microcontroller PIC 18f4550, and it has a human-machine interface responsible for configuring

    the hour, collection time and sampling time. The read dates are stored in a internal memory,

    and from a Serial/USB communication system and a graphic interface built on Visual C#

    programming language, they can be downloaded for the computer.

    KEY-WORDS: Industrial instrumentation, Microcontroller, Serial/USB, Visual C#.

  • LISTA DE FIGURAS

    1.1 Mecanismo de ao dos sistemas de controle .................................................................. 2

    2.1 Processo de aquisio de dados ........................................................................................ 4

    2.2 Arquitetura dos sistemas de aquisio e controle ............................................................ 5

    2.3 Componentes dos sistemas de aquisio de dados ........................................................... 6

    2.4 Esquema de um transdutor eltrico .................................................................................. 7

    3.1 Datalogger - OM-DAQ-USB-2401 ................................................................................. 15

    3.2 Datalogger testo 176 P1 ............................................................................................... 16

    3.3 Datalogger Cello GS2 .................................................................................................. 16

    3.4 Caixa trmica inteligente NOVUS .................................................................................. 17

    5.1 Arquitetura do sistema de aquisio de dados ............................................................... 23

    5.2 Circuito condicionador de sinal ..................................................................................... 23

    5.3 Conector da fonte e conector a placa do microcontrolador ............................................ 25

    5.4 Circuito Impresso da placa de condicionamento de sinais com 4 canais. ...................... 25

    5.5 Montagem do circuito da placa de condicionamento de sinais . ..................................... 26

    5.6 Ligao do Microcontrolador ......................................................................................... 27

    5.7 Ligao do CI LM7805 ................................................................................................. 27

    5.8 Ligao do CI MAX232 e conector serial ..................................................................... 28

    5.9 Ligao do CI DS1307 .................................................................................................... 28

    5.10 Ligao do bando de memria ....................................................................................... 28

    5.11 Ligao do LCD alfanumrico ....................................................................................... 29

    5.12 Ligao do oscilador e boto reset ................................................................................. 29

    5.13 Ligao do teclado matricial .......................................................................................... 29

    5.14 Ligao do conector com a placa de condicionamento .................................................. 30

    5.15 Ligao da interface ICSP para gravao in-circuit ...................................................... 30

    5.16 Ligao do buzzer .......................................................................................................... 30

    5.17 Circuito Impresso da placa CPU ................................................................................... 31

    5.18 Montagem do circuito da placa CPU ............................................................................. 31

    5.19 CI regulador de tenso LM7810 .................................................................................... 32

    5.20 Conexo de um regulador de tenso da famlia 78. ....................................................... 32

  • 5.21 Estrutura de um barramento I2C. ................................................................................... 34

    5.22 Circuito integrado DS1307 ............................................................................................ 35

    5.23 Circuito integrado 24LC256 .......................................................................................... 36

    5.24 Esquema do sistema de controle .................................................................................... 38

    5.25 Microcontrolador PIC18F4520 ...................................................................................... 38

    5.26 Diagrama de bloco da converso A/D ........................................................................... 39

    5.27 Diagrama de blocos do firmware do microcontrolador ................................................. 41

    5.28 Teclado matricial ............................................................................................................ 42

    5.29 Mdulo LM020L ............................................................................................................ 43

    5.30 Sequncia de telas da IHM ............................................................................................. 44

    5.31 Interface grfica ............................................................................................................. 45

    5.32 Mensagem da comunicao realizada com sucesso. ...................................................... 46

    5.33 Visualizao dos dados medidos em .txt ....................................................................... 46

    6.1 Resultado do projeto ...................................................................................................... 48

  • LISTA DE TABELAS

    5.1 Caractersticas do sistema de aquisio de dados .......................................................... 22

    5.2 Formato dos sinais analgicos padronizados ................................................................. 24

    5.3 Pinagem do DS1307 ....................................................................................................... 35

    5.4 Pinagem do 24LC256 ...................................................................................................... 37

  • LISTA DE SIGLAS

    RAM .................................................................................................. Ramdom Access Memory

    ROM .......................................................................................................... Ready Only Memory

    BIOS ................................................................................................ Basic Input/Output System

    DOS ...................................................................................................... Disk Operating System

    USB ............................................................................................................ Universal Serial Bus

    DC ..................................................................................................................... Direct Current

    AC ............................................................................................................. Alternating Current

    RTD ....................................................................................... Resistance Temperature Detector

    PC ........................................................................................................... Computador Pessoal

    NTC ....................................................................................... Negativ Temperature Coefficient

    SD ...................................................................................................................... Secure Digital

    GSM .................................................................................................. Global System for Mobile

    GPRS ......................................................................................... General Packet Radio Services

    SMS ...................................................................................................... Short Message Service

    NFC .............................................................................................. Near Field Communicatioin

    LSB ..................................................................................................... Bit Menos Significativo

    MSB ........................................................................................................ Bit Mais Significativo

    CPU ....................................................................................... Central nica de Processamento

    SDCD ........................................................................ Sistema Digital de Controle Distribudo

    MTBF ......................................................................................... Mean Time Between Failures

    DSP .............................................................................................. Processador de Sinal Digital

    CI ............................................................................................................... Circuito Integrado

    IHM ................................................................................................. Interface Homem Mquina

    RTC ................................................................................................... Relgio em Tempo Real

    LCD ...................................................................................................... Liquid Crystal Display

    PIC ................................................................................. Controlador Integrado de Perifricos

    SCL ................................................................................................................ Serial Clock Line

    SDA .................................................................................................................. Serial Data Line

    BCD ...................................................................................................... Binary Coded Decimal

  • IDE .............................................................................. Integrated Development Environment

  • SUMRIO

    CAPTULO 1 - INTRODUO ........................................................................................... 01

    1.1 Justificativa e relevncia do trabalho .............................................................................. 01

    1.2 Objetivos ......................................................................................................................... 03

    1.3 Estrutura do trabalho ....................................................................................................... 03

    CAPTULO 2 DEFINIO DE SISTEMA DE AQUISIO DE DADOS ................ 04

    2.1 Arquitetura de um sistema de aquisio de dados .......................................................... 05

    2.2 Elementos funcionais dos sistemas de aquisio ........................................................... 05

    2.2.1 Sensores e transdutores .................................................................................................. 06

    2.2.2 Cabos de Ligao ........................................................................................................... 07

    2.2.3 Condicionamento de sinal .............................................................................................. 08

    2.2.4 Mdulos ou placas de aquisio de sinais ...................................................................... 19

    2.2.5 Processadores ................................................................................................................. 11

    2.2.6 Software ........................................................................................................................ 11

    CAPTULO 3 ESTADO DA ARTE .................................................................................. 13

    3.1 Introduo ...................................................................................................................... 13

    3.2 Alguns sistemas de aquisio de dados .......................................................................... 14

    3.2.1 OM-DAQ-USB-2401 ...................................................................................................... 15

    3.2.2 testo 176 P1 .................................................................................................................... 16

    3.2.3 Cello GS2 ....................................................................................................................... 16

    3.2.4 Caixa Trmica Novus ...................................................................................................... 17

    CAPTULO 4 CARACTERSTICAS DOS SISTEMAS DE AQUISIO

    DE DADOS ............................................................................................................................. 19

    4.1 Resoluo ....................................................................................................................... 19

    4.2 Preciso .......................................................................................................................... 19

    4.3 Sensibilidade .................................................................................................................. 20

    4.4 Rudo .............................................................................................................................. 21

    CAPTULO 5 MATERIAIS E MTODOS ..................................................................... 22

    5.1 Caractersticas do Projeto ............................................................................................... 22

    5.2 Arquitetura do sistema ................................................................................................... 22

    5.3 Placa de condicionamento de sinais ............................................................................... 23

  • 5.4 Placa CPU ...................................................................................................................... 26

    5.4.1 CIs reguladores de tenso ............................................................................................... 32

    5.4.2 Barramento I2C .............................................................................................................. 33

    5.4.3 Mdulo RTC .................................................................................................................. 35

    5.4.4 Memria ......................................................................................................................... 36

    5.4.5 Mdulo de controle ........................................................................................................ 37

    5.4.5.1 Algoritmo .................................................................................................................... 40

    5.4.6 Interface homem mquina .............................................................................................. 42

    5.5 Software do PC .............................................................................................................. 45

    CAPTULO 6 - CONCLUSES E PROPOSTAS FUTURAS ........................................... 47

    REFERNCIAS ..................................................................................................................... 50

  • 1

    Captulo 1

    Introduo

    1.1 Justificativa e relevncia do trabalho

    No contexto atual do mundo globalizado, a humanidade conduzida a valorizao da

    informao. Dessa forma, conhecer aquilo com que se lida torna-se um diferencial de qualidade.

    Possuir informaes confiveis e atualizadas essencial para se obter sucesso.

    A aquisio de dados est presente em quase todas as atividades humana. Estamos

    cercados por todos os lados, pelos mais diversos tipos de sistemas que recolhem informaes e

    auxiliam o processo de tomada de deciso.

    O corpo humano possu um sistema complexo de aquisio de dados. Estamos, sempre

    a amostrar dados como o cheiro, luz, sons, gostos, sensaes. Baseados nessas informaes,

    ns decidimos o que fazer para tornar nossa vida mais conveniente.

    Alm do prprio homem, tem-se outros exemplos de sistemas de aquisio de dados:

    exames e diagnsticos mdicos, medio do consumo de gua e luz em habitaes ou empresas,

    pesquisas de opinio pblica; todos esses e mais uma infinidade de exemplos caracterizam a

    importncia dos sistemas de aquisio de dados (Albertazzi, 2008).

    No campo da engenharia, os exemplos tambm so infindveis. Muitos profissionais

    tm projetado e utilizado Sistemas de Aquisio de Dados nas suas pesquisas de laboratrios,

    teste e medio e na automao industrial.

    O registro de dados de forma automtica possibilita, entre outras vantagens, a

    eliminao de erros humanos na leitura dos sensores, erros de digitao, perdas de dados,

    sincronismo da leitura entre vrios instrumentos e frequncia de leitura com intervalos precisos.

    O computador pode ser usado na coleta, armazenamento, processamento e transmisso dos

    dados. Outra vantagem do uso de computadores que os dados obtidos podem ser trabalhados

    em diversos aplicativos comerciais, tais como planilhas eletrnicas, programas grficos,

    estatsticos, editores de texto, dentre outros (Gomide, 1998).

    Aparelhos de medio e aquisio de dados so muito utilizados em sistemas de

    controle. Os sistemas de controle tm por objetivo manter uma ou mais grandezas ou um

    processo dentro dos limites predefinidos. A essncia do mecanismo de ao do controle est

    esquematizada na figura 1.1.

  • 2

    Figura 1.1: Mecanismo de ao dos sistemas de controle (ALBERTAZZI, 2008).

    Segundo Albertazzi (2008), o mecanismo inicia-se com a medio de uma ou mais

    grandezas ligadas ao processo que se pretende controlar. O valor medido comparado com o

    valor de referncia e, em funo do resultado da comparao, o sistema de controle atua sobre

    a(s) grandeza(s), ou sobre o processo, para mant-lo(s) dentro dos nveis desejados.

    Os dados de medio de um processo industrial so utilizados para aperfeioar

    determinados produtos ou servios; maximizar lucros; minimizar custos ou riscos; comparar

    receitas, entre outros. Da mesma forma, a coleta de dados em ambientes como rios, lagos,

    adjacncias de industrias, podem fornecer informaes importantes para o monitoramento dos

    parmetros ambientais (qualidade do ar, ndice pluviomtrico etc.). Isso torna esse tema de

    amplo interesse cientfico, comercial e educacional.

    O desenvolvimento dessa tecnologia foi e fundamental para o processo de

    industrializao que se apresenta como parmetro fundamental para o desenvolvimento

    econmico e social em qualquer parte do mundo. Nesse contexto, a insero de sistemas de

    Aquisio de Dados cada vez mais modernos vem tomando espao em todos os processos

    industriais e se consolida como instrumento de otimizao dos processos de produo (Frana,

    1997).

    Dado esse contexto, este projeto surgiu da necessidade do Instituto Federal do Par -

    IFPA de possuir um sistema que pudesse monitorar grandezas fsicas dos mais variados tipos e

    nas mais variadas reas. Como monitorar o ph de um rio, ou a temperatura de uma estufa. Sendo

    esse prottipo uma ferramenta prtica e singular no ensino e pesquisa em medies

    experimentais.

  • 3

    1.2 Objetivos

    Desenvolver um prottipo de um sistema de aquisio de dados, que tem como entrada

    sinais eltricos nos nveis padronizados de instrumentao industrial, utilizando-o como auxlio

    em medies experimentais ou de laboratrio no Instituto Federal do Par (IFPA) Campus

    Belm. O sistema conta com a utilizao de sistemas embarcados e computacionais:

    Estudar a estrutura eletrnica necessria para implantao do Sistema de Aquisio

    de Dados;

    Estudar a estrutura e linguagem de programao de microcontroladores;

    Desenvolver e programar a lgica referente a leitura dos dados eltricos, converso

    analgica digital e o gerenciamento dos perifricos do sistema, atravs do software;

    Desenvolver um sistema embarcado de forma compacta e robusta, facilitando a

    utilizao do mesmo no auxilio em medies de laboratrio ou de campo.

    1.3 Estrutura do trabalho

    Capitulo 2 Definio de Sistemas de Aquisio de Dados

    Descrio terica acerca do sistema a ser projetado, assim como a arquitetura e cada

    uma das etapas que constituem um sistema de aquisio de dados.

    Capitulo 3 Estado da Arte

    Breve apresentao de diferentes modelos de dispositivos de aquisio de dados, no que

    se tem de mais moderno nos dias atuais.

    Capitulo 4 Caractersticas dos Sistemas de Aquisio de dados

    Principais caractersticas de um sistema de aquisio de dados, que iro determinar as

    especificaes do dispositivo.

    Capitulo 5 Materiais e Mtodos

    So apresentados as especificaes do dispositivos, todos os componentes necessrios

    para o projeto, a construo da placa de condicionamento de sinais e placa CPU, assim como o

    software utilizado para descarregar os dados armazenados na memria, no computador.

    Capitulo 6 Concluso e Propostas Futuras

    Neste capitulo so apresentados os resultados finais do projeto, as concluses do

    trabalho e as propostas de projetos futuros.

    Referncias

    Material terico utilizado

  • 4

    Captulo 2

    Definio de sistema de aquisio de dados

    Adquirir dados pode, de maneira resumida, ser definida como medir informaes do

    mundo real. A maioria dos eventos do mundo real e as suas respectivas medies so de

    natureza analgica. Isto , a medio pode conduzir a uma gama de valores contnuos. As

    grandezas fsicas de interesse podem ser vrias:

    Temperatura

    Presso

    Vazo

    Luz

    Deslocamento

    De acordo com Baptista (2005), todas essas grandezas, entre outras, possuem energia.

    Dessa forma, torna-se necessrio para sua medio a utilizao de dispositivos capazes de

    receber esta energia, relativa a uma determinada quantidade fsica da grandeza desejada e

    converte-la numa forma de energia manipulvel pelos circuitos eletrnicos. Estes dispositivos

    so os sensores e/os transdutores. Os sensores e transdutores recebem as quantidades fsicas de

    grandezas analgicas e convertem-nas em quantidades elctricas, tais como tenso e corrente.

    O processo de aquisio de dados pode ser ilustrado conforme a Figura 2.1.

    Figura 2.1: Processo de aquisio de dados (BAPTISTA, 2005).

    Alm da prpria medio, um sistema de aquisio de dados deve garantir que os dados

    adquiridos possuam uma relao aceitvel com o mensurando. Para tal, alm dos sensores e/ou

    transdutores, um sistema de aquisio de dados deve possuir elementos que condicionem os

    dados adquiridos.

  • 5

    2.1 Arquitetura de um sistema de aquisio de dados

    Um sistema de aquisio de dados deve medir, analisar e validar as informaes

    adquiridas do mundo real. Para isso, esse sistema deve apresentar uma arquitetura onde os

    elementos se comunicam e se entendam mutuamente, interagindo entre si. Isso significa que

    um sinal gerado por um sensor e/ou transdutor pode ser analisado pelo condicionador de sinais,

    que tem como funo entregar um novo sinal, relacionando com o primeiro e que pode ser

    tratado pelo conversor analgico-digital e assim sucessivamente (Murasugi, 2003).

    Figura 2.2: Arquitetura dos sistemas de aquisio de dados (adaptado de MURASUGI, 2003).

    2.2 Elementos funcionais dos sistemas de aquisio

    Segundo Inamasu et al. (1996), os principais componentes de um sistema de aquisio

    de dados so:

    - sensor/transdutor: elemento em contato com o mundo real. Um transdutor transforma

    um sinal a ser medido em outro tipo (geralmente eltrico).

    - elemento conversor de sinal: este elemento converte uma varivel em outra. Por

    exemplo: rotao em sinal eltrico, sinal analgico em digital, voltagem em corrente, etc.

    - elemento armazenador de dados: este elemento armazena os dados digitais e possibilita

    arquivar os mesmos. Fisicamente, pode ser uma memria ou um disco magntico.

    - elemento de processamento de dados: os dados so processados por

    microprocessadores ou microcontroladores programveis, antes de serem apresentados. Em

    alguns casos, pode ser um microcomputador.

  • 6

    - elemento transmissor de dados: a transmisso o elemento mais verstil do sistema.

    Fisicamente, pode ser um simples par de fios ou at rdios.

    - elemento de apresentao de dados: a apresentao pode ser um indicador luminoso

    em uma tela de microcomputador.

    De acordo com TAYLOR (1997), os sistemas de aquisio de dados so constitudos

    por condicionadores de sinais, conversores analgicos-digitais (A/D), interface de comunicao

    para a transferncia das informaes digitais e programa computacional de gerenciamento e

    processamento de dados.

    Na Figura 2.3 apresentam-se os elementos funcionais de um sistema de aquisio de

    dados. Cada elemento funcional vai afetar a exatido do sistema total de medio e a correta

    recolha dos dados do processo fsico que se pretende monitorizar. De seguida vai abordar-se de

    uma forma resumida as principais funes de cada um destes elementos.

    Figura 2.3: Componentes dos sistemas de aquisio de dados (National Instruments).

    2.2.1 Sensores e transdutores

    Segundo Serrano et al. (2005), os sensores e transdutores fornecem a ligao direta entre

    o mundo real e o sistema de aquisio de dados convertendo sinais de grandezas fsicas em

    sinais elctricos (tenses ou correntes, entre outros) apropriados para os condicionadores de

    sinais e/ou os equipamento de aquisio de dados.

    O elemento sensor no um instrumento mas faz parte integrante da maioria absoluta

    dos instrumentos. O elemento transdutor o componente do instrumento que converte a

    varivel fsica de entrada para outra forma usvel. A grandeza fsica de entrada geralmente

    diferente da grandeza de sada (Guedes, 2004).

  • 7

    De um modo geral, transdutor o elemento, dispositivo ou instrumento que transforma

    um tipo de energia em outro, utilizando para isso um elemento sensor. Por exemplo, o sensor

    pode traduzir informao no eltrica (velocidade, posio, temperatura, pH) em informao

    eltrica (corrente, tenso, resistncia).

    Atualmente, existem transdutores disponveis para a medio de praticamente todas as

    grandezas fsicas existentes. Por exemplo: para a medio de temperaturas existem os

    termopares, as termoresistncias, termistores e a juno de semi-condutores, que convertem a

    temperatura do meio com o qual esto em contato num sinal analgico proporcional; para a

    medio de vazo, existem, entre outros, os medidores de vazo de turbina que geram um sinal

    quadrado cuja frequncia depende da velocidade do escoamento; para a medio de tenses

    mecnicas, existem as clulas de carga; para a medio de presso, existem diversos tipos de

    transdutores de presso como transdutor de presso de cilindro, transdutores de instabilidade

    de combusto em turbina de gs, etc. (Serrano, 2010).

    Em todos eles, o sinal elctrico produzido proporcional quantidade fsica que se

    pretende medir de acordo com uma relao prvia estabelecida, conforme a Figura 2.4. Existem

    uma gama de parmetros que definem o funcionamento dos sensores e/ou transdutores, entre

    eles: amplitude do sinal de sada, sensibilidade, estabilidade, linearidade, etc.

    Figura 2.4: Esquema de um transdutor eltrico. (SERRANO, 2010)

    2.2.2 Cabos de ligao

    Os cabos de ligao representam a ligao fsica entre transdutores at os

    condicionadores de sinais e/ou equipamentos de aquisio de dados. Os cabos de ligao,

    quando o condicionador de sinal e/ou o sistema de aquisio fisicamente afastado do

    computador, tambm fornecem a ligao fsica entre estes equipamentos e o computador.

  • 8

    Atualmente na instrumentao, o cabo mais utilizado o cabo loop de corrente 4-20mA,

    apesar de que a utilizao de padres de tenso ser uma maneira mais simples de transmisso

    de informao. No obstante, vrios padres de tenso j foram elaborados e utilizados na

    indstria, em especial o padro 0-5V que se tornou mais conhecido devido a sua aplicabilidade

    em sistemas microprocessados onde essa tenso mais utilizada na alimentao do

    microprocessador.

    Com o passar dos anos, a utilizao de cabos de loop de corrente tornou-se mais atraente

    do que os de tenso. Tal padro trouxe enumeras vantagens como imunidade ao rudo e

    transmisso em longas distncias.

    Em muitos dos sistemas de aquisio de dados, os cabos de ligao e comunicao

    representam o maior componente de todo o sistema, podendo tornar o sistema sensvel a rudo

    externo. Este componente passivo dos sistemas de aquisio muitas vezes negligenciado

    durante o desenvolvimento dos sistemas, tornando-se uma importante fonte de erro e incerteza

    (Serrano, 2005).

    2.2.3 Condicionadores de sinal

    De acordo com Murasugi et al. (2003), os sinais coletados pelos sensores e transdutores

    nem sempre atendem as imposies da placa de aquisio, ou seja, Os sinais elctricos gerados

    por esses dispositivos devem ser optimizados para a escala de entrada do conversor D/A. Os

    dispositivos condicionadores de sinal amplificam sinais de baixa intensidade, isolando-os e

    filtrando-os para uma medio mais precisa.

    Os circuitos de condicionamento de sinal utilizados apresentam uma grande variedade

    de caractersticas. Entre elas:

    - Amplificao: O tipo mais comum de condicionamento a amplificao. Os sinais de

    baixa intensidade como os dos termopares, por exemplo, devem-se amplificar para aumentar a

    resoluo e reduzir o rudo. Para uma maior preciso, o sinal deve ser amplificado de forma,

    que a tenso mxima do sinal a ser condicionado coincida com a tenso mxima de entrada do

    conversor A/D;

    - Isolamento: Outra caracterstica comum no condicionamento sinais o seu isolamento

    dos sensores/transdutores em relao entrada do conversor, de forma a garantir a segurana.

    O sistema a ser monitorado pode conter "transientes" de alta tenso que podem danificar o

  • 9

    conversor. Outra razo para o isolamento garantir que as leituras do equipamento de aquisio

    so imunes a diferenas de potencial entre a terra e as tenses em modo comum. Quando as

    entradas de sinal a ser adquirido pelo dispositivo esto referidas terra, podem ocorrer

    problemas se existir uma diferena de potencial em duas terras. Esta diferena pode levar ao

    designado curto de terra, o que causa impreciso na representao do sinal adquirido; e mesmo

    a diferena pode ser to alta que pode danificar o sistema de medio. Atravs da de mdulos

    de condicionamento de sinal isolados elimina-se o curto de terra e garante-se que os sinais sejam

    adquiridos com preciso.

    - Filtragem: Frequentemente, sinais com frequncias indesejveis esto presentes no que

    est sendo medido. Em muitas situaes necessrio a utilizao de filtros passas altas, passa

    baixas ou passa faixa para eliminar ou minimizar estes sinais. Estes filtros podem ser

    implementados apenas com elementos passivos, como resistores, capacitores, indutores, ou

    filtros ativos, como uso de amplificadores realimentados.

    - Excitao: Alguns transdutores, requerem uma tenso externa ou sinais de corrente de

    excitao. Os mdulos de condicionamento de sinal para esses transdutores geralmente geram

    esses sinais. Medies por extensmetros, termistores, ou RTDs, por exemplo, so feitas

    normalmente com uma fonte de corrente que converte a variao da resistncia em relao a

    uma tenso mensurvel.

    - Linearizao: Uma outra funo do condicionamento de sinal a linearizao. Muitos

    transdutores, como os termopares, tm uma resposta no-linear s variaes nos fenmenos que

    esto sob medio.

    Deve-se entender a natureza do sinal, a configurao que se est a usar para medi-lo e os

    efeitos do ambiente em redor do sistema. Com base nestas informaes, pode-se determinar se

    o condicionamento de sinais necessrio num sistema de aquisio de dados (Baptista, 2005).

    2.2.4 Mdulos ou placas de aquisio de sinais

    A placa de medio responsvel pelas entradas e sadas de sinais na cadeia de medida.

    Assim, ela pode executar funes como entrada, processamento e converso para o formato

    digital, usando conversores digitais (AD), de sinais analgicos provenientes do meio de

    medio. Os dados aps convertidos so transferidos para o computador para visualizao,

    armazenamento ou anlise.

  • 10

    As placas de aquisio so compostas, principalmente, com os seguintes componentes:

    a) Entradas Analgicas

    As especificaes das entradas analgicas fornecem as informaes referente a preciso

    do sistema. Nas especificaes so encontrados dados sobre nmero de canais, taxa de

    amostragem, resoluo e escala de amostragem.

    - Nmero de Canais: so especificadas pelas entradas single-ended e diferenciais.

    Entradas single-ended so referenciais a terras comuns, essas entradas so bastante utilizadas

    em sinais de entradas de alto nvel, aquelas acima de 1V e que tenham distncia pequena, menos

    de 3 metros, entre sensores e transdutores e a placa de aquisio. Outra caracterstica dessa

    entrada que todos os sinais de entrada utilizam o mesmo terra. As entradas diferenciais so

    utilizadas para sinais de baixo nvel, menores que 1V e quando se espera que os erros causados

    por rudos sejam reduzidos, pois nessas entradas cada uma possui prprio terra.

    - Taxa de Amostragem: neste parmetro determina-se a frequncia em que as converses

    analgico digital so realizadas. Quanto maior a taxa de amostragem, mais original ser a

    representao do sinal.

    - Escala: esse parmetro referente aos nveis de tenso mximos e mnimos que o

    conversor pode quantizar.

    b) Conversor Analgico / Digital

    Conversores A/D (analgico / digital) convertem os sinais analgicos adquiridos pelos

    sensores e transdutores para digitais. A preciso dessa converso dependente de variveis

    como resoluo e linearidade do conversor. A caracterstica mais importante nos conversores

    A/D sua taxa de amostragem, ou seja seu processamento. Os elementos que especificam o

    processamento de um conversor so: resoluo, tempo de converso, tempo de aquisio e

    tempo de transferncia.

    - Resoluo: nmero de bits que o processador utiliza para converso. Uma alta

    resoluo significa o que o contador pode incrementar.

    - Tempo de aquisio: o tempo em que o sinal leva para ser adquirido.

    - Tempo de converso: o tempo de converso do sinal analgico para o digital.

  • 11

    - Tempo de transferncia: o tempo em que o sinal leva para ir da interface para o centro

    de processamento.

    Segundo o Teorema de Nyquist, a quantidade de amostras por unidade de tempo de um

    sinal, chamada taxa ou frequncia de amostragem, deve ser maior que o dobro da maior

    frequncia contida no sinal a ser amostrado, para que possa ser reproduzido integralmente.

    c) Triggers

    Existem triggers digital e analgico ambos servem para parar ou comear a aquisio,

    baseados em um evento externo.

    d) Entradas e Sadas Digitais

    Essas interfaces geralmente so utilizadas em sistemas baseados em PC para controlar

    processos, gerar padres e comunicar com perifricos. A quantidade de dados utilizados nessas

    sadas e entradas digitais, dependem do que se quer controlar, caso o que se queira controlar

    seja equipamentos que no respondem rapidamente no existe a necessidade de uma alta taxa

    de dados. Tambm existe a possibilidade de se utilizar mdulos de acionamento quando que

    est sendo controlado necessita de uma voltagem e corrente alta, pois essas sadas trabalham

    em torno de 0 a 5 VDC e alguns miliamperes, esses mdulos optoacoplados geram o sinal de

    potncia necessrio para controlar o dispositivo.

    2.2.5 Processadores

    Os elementos responsveis pelo processamento dos sinais adquiridos so os

    processadores. Atualmente os mais utilizados em sistemas de aquisio de dados so os

    microcontroladores ou computadores pessoais (PC).

    2.2.6 Software

    Um sistema de aquisio de dados no funciona sem um software, pois o software que

    transforma o sistema de aquisio em um acervo completo de dados, funcionando como uma

    interface entra a coleta de dados e visualizao e manipulao dos mesmos.

    As aplicaes desenvolvidas so executadas no computador sobre um sistema

    operacional que pode permitir apenas que uma aplicao seja executada independentemente

    como o DOS, ou em sistemas operativos como o Windows, Unix, OS2, que permitem que

    mais do que uma aplicao seja executada simultaneamente.

  • 12

    Existem diversos tipos de softwares disponveis para efetuar aquisio de dados. Desde

    os mais simples, especficos para determinadas aplicaes, a plataformas de desenvolvimento

    de aplicaes de alto nvel como sistemas de superviso e aquisio de dados, tambm

    chamados de software supervisrio (Wikipdia, 2012).

  • 13

    Captulo 3

    Estado da Arte

    3.1 Introduo

    Os primeiros sistemas automticos de aquisio de dados foram desenvolvidos em

    meados do sculo XX. O trabalho que era manual passou a ser realizado por dispositivos

    dedicados e customizados a um determinado processo, no que se refere a armazenamento de

    variveis.

    Com o avano da tecnologia na rea de sensores e transdutores, em conjunto com a

    evoluo eletrnica, ouve um avano muito grande nos sistemas de aquisio de dados referente

    a variveis fsicas, como temperatura, humidade etc. A grande problemtica da poca era o

    armazenamento de dados, visto que eletrnica ainda no dispunha de uma vasta capacidade de

    armazenamento. Essa adversidade comeou a ser ultrapassada com o advento da computao.

    No incio dos anos 70, os primeiros computadores comerciais comearam a ser utilizados em

    sistemas de automao de grande porte, porm estes computadores eram grandes, ocupando

    muito espao, de alto custo, difceis de programar e muito sensveis ao ambiente industrial. Mas

    tinham a vantagem de manipular a aquisio e controle de vrias variveis. Ainda na dcada de

    70 tivemos um grande avano em termos de computao, e os sistemas de aquisio de dados

    se beneficiaram disso.

    Nas ltimas dcadas, entramos em uma fase onde a tecnologia e conectividade industrial

    so proprietrias e um casamento entre cliente e fornecedor acontecia. No mercado

    apareceram os SDCDs (Sistemas Digitais de Controle Distribudos).

    Na dcada de 90, o mundo comeou a presenciar enormes avanos na rea tecnolgica,

    em que os circuitos eletrnicos passaram a proporcionar maior eficincia, maiores velocidades,

    mais funcionalidades, maiores MTBFs (Mean Time Between Failures), maior confiabilidade,

    consumos menores, espaos fsicos menores e ainda, com redues de custos. Ao mesmo tempo

    em que impulsionou o desenvolvimento de computadores, interfaces e perifricos mais

    poderosos, com alta capacidade de processamento e memria e o mais interessante, dando

    vazo a alta escala de produo com custos reduzidos e o que foi uma vantagem de forma geral,

    pois aumentou a oferta de microcontroladores, Cis e ASCIs para toda a indstria.

    Um grande desenvolvimento verificou-se na interface grfica com o advento de

    ferramentas baseadas no Windows. A simplicidade da operao juntou-se crescente

  • 14

    capacidade de processamento estabelecendo a unio entre os computadores e a instrumentao.

    Tornou-se habitual os instrumentos serem embutidos em computadores de aplicao geral,

    permitindo medidas diversas e manipulaes complexas, e ainda grandes capacidades de

    armazenamento em memria ou disco, monitorizao inteligente, apresentao grfica de fcil

    compreenso e controle dos processos avanados.

    Sistemas de aquisio de dados e controle de dispositivos vm sendo desenvolvidos para

    diferentes reas de atuao, tanto industriais como cientficas. O seu objetivo apresentar ao

    observador os valores das variveis ou parmetros que esto sendo medidos.

    Nos ltimos anos tem-se visto um crescente desenvolvimento de sistemas de aquisio

    e tratamento digital de sinais, sendo que vrios fatores tm contribudo para a evoluo nesta

    rea:

    - O avano da microeletrnica que tem possibilitado o aumento das capacidades e

    velocidades dos DSPs, elemento central duma aplicao de tratamento digital de sinal;

    - A crescente performance dos computadores pessoais, tal como a sua relao

    qualidade/preo e a sua confiabilidade;

    - A existncia de cada vez mais e melhores ferramentas de desenvolvimento de software

    que permitem criar aplicaes de alto nvel com avanadas interfaces grficas;

    - O desenvolvimento de novas tecnologias de comunicao que permitem o controle

    remoto de instrumentos usando a internet e o wireless como veculos de transmisso de dados.

    No resta dvida que hoje no somente a condio de controle que importa. A gesto

    da informao, a inteligncia da instrumentao, a tecnologia verdadeiramente aberta e no

    proprietria, os benefcios da tecnologia digital so o que agregam valores ao usurio.

    3.2 Alguns sistemas de aquisio de dados

    Nesta seo pretende-se sumariar alguns tipos de sistemas de aquisio de dados j

    existentes, nomeadamente, que so utilizados no mbito industrial/ambiental. O objetivo no

    efetuar uma reviso completa destes sistemas, mas sim uma caracterizao dos que so

    considerados mais relevantes. Desde os tipos mais usados at modelos de alta tecnologia.

    Atendendo a esse objetivo, efetuou-se uma anlise de informao de alguns produtos

    disponveis no mercado, a fim de retirar as suas principais caractersticas.

  • 15

    3.2.1 OM-DAQ-USB-2401

    Figura 3.1: Datalogger - OM-DAQ-USB-2401 (http://www.omega.com/pptst).

    O sistema datalogger OM-DAQ-USB-2401 produzido pela Omega um mdulo de

    aquisio de dados USB 2.0 de alta velocidade com entrada para termopar/voltagem. Este

    mdulo autnomo alimentado diretamente pela porta USB. Uma fonte de alimentao externa

    pode ser usada. Todas as opes configurveis (incluindo o tipo e o intervalo de entrada de

    canal individual) so programveis pelo software. O sistema tem entradas de tenso

    programvel, que vo de 30 mV a 10 V, escala total. A embalagem compacta e modular

    assegura facilidade de uso em uma variedade de aplicaes. As unidades podem ser de trilho

    DIN ou montadas na parede com o hardware includo ou facilmente operadas em uma bancada.

    Todas as entradas analgicas podem ser medidas sequencialmente a aproximadamente 1 ms por

    canal. Um total de 1000 amostras por segundo podem ser tomadas, divididas em todos os canais

    ativos.

    As caractersticas mais importantes do OM-DAQ-USB-2401 incluem:

    - 8 ou 16 entradas analgicas com extremidade nica.

    - Resoluo de 24 bits com at 1000 amostras/seg.

    - Programvel pelo usurio para termopar do tipo J, K, T, E, R ou entrada de tenso.

    - 4 sensores de compensao de juno fria e deteco de termopares abertos.

    - Alimentados diretamente pela porta USB ou alimentao externa

    - Isolamento de 500 V entre a entrada e o PC para medies seguras e isentas de rudo.

    - Driver para Visual Basic, C# e Visual C++ para Windows XP, Vista e Windows 7.

    - Fornece sada de +12 Vcc para a excitao dos sensores.

    - Inclui hardware para montagem em bancada, trilho DIN ou parede.

  • 16

    3.2.2 testo 176 P1

    Figura 3.2: Datalogger testo 176 P1. (http://www.testo.com.br)

    O 176 P1 da fabricante testo, um coletor e dados de temperatura, humidade e presso

    de 5 canais com sensor interno (presso absoluta) e conexes para sensores externos

    (NTC/sensor de humidade capacitivo), incluindo suporte de parede, cadeado, pilhas e protocolo

    de calibrao.

    As caractersticas mais importantes do testo 176 P1 incluem:

    - Ampla memria para 2 milhes de valores de medio.

    - Amplo display facilmente legvel.

    - Alimentao externa.

    - No possibilita expanso para I/O.

    - Possibilita Comunicao Serial.

    - Possui carto SD para recolher os dados de medio do data Logger; 2GB

    3.2.3 Cello GS2

    Figura 3.3: Datalogger Cello GS2. (http://www.technolog.com/gas/products)

  • 17

    O Cello GS2, produzido pela techonolog um registrador de dados GSM para

    monitorar presses de gs, temperatura e entradas digitais (por exemplo, se fechar a operao,

    restrio do filtro e operao da porta). Comumente instalados em pontos crticos nas redes de

    gs de transmisso / distribuio, tais como estaes de regulao da presso e pontos de

    extremidade. Os dados so gravados e transmitidos de volta via GPRS ou SMS para um centro

    de coleta de dados central. Alm disso, os alarmes podem ser acionados e transmitida a qualquer

    momento se certos limiares so violados. Este mtodo de comunicao oferece uma soluo de

    monitoramento remoto de baixo custo e reduz a necessidade de visitas regulares do site.

    As caractersticas mais importantes do Cello GS2 incluem:

    - Comunicaes sem fio GSM, usando SMS ou GPRS

    - Bateria substituvel fornece energia suficiente para at 5 anos

    - Opes de presso, temperatura e fluxo de gravao

    - Compatvel com sute de software de Technolog

    - 128k de memria

    - Alarme sofisticado discar regime

    - Antena quad band interno ou externo

    - prova d'gua

    3.2.4 Caixa Trmica Novus

    Figura 3.4: Caixa trmica inteligente NOVUS. (http://www.novus.com.br/site)

    A Caixa Trmica Inteligente da empresa NOVUS apresenta a soluo ideal para

    controlar de forma eficiente, efetiva e sistemtica o transporte de frmacos, hemoderivados,

    vacinas e demais produtos da linha farmacutica. Ela realiza o registro contnuo da temperatura

  • 18

    ao longo do processo da cadeia do frio, mapeando pontos crticos onde estes produtos ficam

    mais vulnerveis, como na ltima milha.

    Acoplado em sua estrutura est o TagTemp, um Data Logger com a tecnologia NFC que

    permite a extrao dos dados aproximando um smartphone da caixa. Estes dados so exportados

    para a plataforma NOVUS M2M na Nuvem sem necessidade de configuraes adicionais.

  • 19

    Captulo 4

    Caractersticas dos sistemas de aquisio de dados

    4.1 Resoluo

    Em termos relativos, a resoluo descreve o grau pela qual uma mudana pode ser

    detectada. Esta expressa como uma fraco duma quantidade facilmente relacionvel

    (Baptista, 2005).

    No universo da aquisio de dados, a resoluo expressa geralmente como o nmero

    de bits tais como 12, 16, ou 20. No universo dos multmetros digitais, a resoluo descrita

    normalmente em relao ao nmero de dgitos; como 4, 5, ou 6.

    Para relacionar os bits de resoluo com os parmetros de medio tais como a tenso ou

    a varivel medida, devem-se realizar alguns clculos. Suponhamos um equipamento de aquisio

    de dados com uma escala total de 10 V, com 16 bits de resoluo. Para relacionar a resoluo em

    volts, deve-se calcular 216, que 65,536. Como resultado, o equipamento pode gerar uma parte

    dos 65,536; sendo a escala 10V (20V pico-a-pico), o equipamento pode gerar 20 V/65,536 = 305

    V. Geralmente isto significa que a menor variao que pode ser detectada pela medio de 305

    V.

    Na realidade, nem toda a resoluo necessariamente utilizada, devido a outros fatores,

    entre os quais o mais significativo, que o rudo. Um produto especificado com uma resoluo de

    16 bits deve ter 4 bits para o rudo. Desta forma, dos 16 bits, pode-se somente gerar 12.

    4.2 Preciso

    Segudo Fidlis (2012), no deve-se confundir preciso com resoluo. A resoluo o

    menor valor que voc pode medir com um instrumento de medio. Nos instrumentos digitais

    a variao que ocorre no ultimo digito. J a preciso est relacionada com a disperso

    estatstica dos resultados em torno de um valor mdio e pode ser quantificada atravs do desvio

    padro das medies.

    A preciso global de um sistema sempre menos precisa. Por exemplo, um conversor

    A/D de 16-bits tem uma resoluo de 1 em 65,536. Combinando a preciso do conversor A/D

    com os diversos componentes que interferem na aquisio, chega-se a uma preciso global do

    sistema de 3 a 100 em 65,536.

  • 20

    Existe uma variedade enorme de formas e configuraes de dispositivos de aquisio de

    dados, tornando complexa a comparao de produtos. Porm, durante a especificao, a

    preciso do dispositivo merece uma ateno especial (Baptista, 2005).

    Para determinar o desempenho real do sistema, devem-se considerar todas as fontes de

    erro possveis, tais como o dispositivo D/A, os sensores externos ou as fontes de sinal, e toda a

    instalao elctrica conectada.

    O erro pode ser tambm introduzido por sinais indesejados que afetam a preciso de

    sistema. Enquanto os sinais externos ideais teriam impedncia zero e um nvel de rudo

    desprezvel, os sinais reais contm rudo e uma impedncia diferente de zero. Nenhum sensor

    perfeito, e nenhuma instalao est livre de rudo; assim todas aplicaes que envolvam

    medida de dados tero alguma incerteza que no pode ser controlada ou prevista.

    Outra fonte de erro o aliasing. Se um conversor A/D converte alguns componentes de

    frequncia iguais ou prximas da frequncia de converso A/D, o aliasing surge. O aliasing

    causa a entrega de dados errados devido s baixas frequncias no conversor A/D. Geralmente

    pode-se prevenir o aliasing limitando a largura de banda do circuito de entrada de amplificao,

    para menos da metade da frequncia de converso A/D. Frequentemente alguns fabricantes

    incluem filtros passa-baixa, ou filtros anti-aliasing para eliminar esta fonte de erro. A segunda

    causa mais comum de aliasing, uma taxa de amostragem muito baixa em relao ao sinal de

    entrada. Pode-se evitar isto facilmente, atravs do aumento da taxa de amostragem.

    4.3 Sensibilidade

    A sensibilidade uma quantidade absoluta. A resoluo uma quantidade relativa. A

    sensibilidade descreve a menor quantidade absoluta da alterao que pode ser detectada pela

    medio, expressa geralmente em termos de mili-volts, ou dcimos de grau.

    A sensibilidade atual mais uma funo do equipamento de medio do que do meio

    ambiente em que a medio se efetua. Um equipamento deve ser perfeitamente capaz de fazer

    medies com uma sensibilidade de 1V. Mas se a cablagem no adequadamente ligada

    terra e no se evitar as tenses geradas termicamente, ento alcanar a sensibilidade de 1V

    ser impossvel.

    A forma mais fcil para determinar a sensibilidade de um equipamento ver o

    desempenho na sua escala mais baixa. A especificao de rudo nesta escala ser ditada

    largamente pela sensibilidade do dispositivo. Outros fatores como o dreno da tenso de offset

    e a qualidade dos conectores de entrada, influenciam a sensibilidade. (Baptista, 2005).

  • 21

    4.4 Rudo

    Segundo Freitas et al. (2003), qualquer sinal indesejado que aparea no sinal

    digitalizado de um sistema de aquisio de dados denominado rudo. Neste caso, devemos

    levar em conta tanto o rudo externo como o gerado pelos prprios circuitos. Num sistema de

    aquisio baseado em PC ou sistema embarcado, por se tratarem de ambientes digitais ruidosos,

    a aquisio de dados tem uma construo cuidadosa em diversas camadas. Pois, colocar

    simplesmente um conversor A/D, um amplificador de instrumentao e um barramento de

    interface sobre uma ou duas camadas de uma placa ir resultar certamente num equipamento

    ruidoso.

    Os projetistas podem usar blindagem metlica sobre o dispositivo de aquisio para

    ajudar a reduzir o rudo. Uma blindagem apropriada no s dever ser adicionada em torno das

    partes analgicas sensveis, como ainda deve ser construda dentro das camadas do circuito

    impresso terra.

    Em sistemas digitais, o valor mdio da forma de onda uma tcnica bastante comum

    em instrumentao para reduzir o rudo aditivo sobre o sinal, bem como para aumentar a

    resoluo. Assumindo que o rudo descorrelacionado e tem mdia zero, ento se a mdia das

    aquisies mltiplas realizada, a forma de onda resultante deve ter uma relao sinal-rudo

    bem melhor (Frana, 1997).

  • 22

    Captulo 5

    Materiais e Mtodos

    Neste captulo so apresentados todas as especificaes, assim como os componentes

    necessrios para o projeto do sistema de aquisio de dados de sinais eltricos usados em

    instrumentao industrial. O prottipo foi desenvolvido no Senai-PA, no centro de Educao

    Profissional Getlio Vargas, em Belm e implementado no Instituto Federal do Par.

    5.1 Caractersticas do Projeto

    O sistema de aquisio de dados, por se tratar de um prottipo, apresenta algumas

    limitaes, porm atende a inmeros tipos de processos a serem mensurados, principalmente

    aqueles onde a resposta do sistema se d de forma mais lenta, como processos trmicos,

    climticos, etc. Possui uma interface homem mquina para facilitar o uso por todos os tipos de

    usurios e um dispositivo embarcado, gerenciado por um microcontrolador. Todos os

    parmetros do coletor de dados desenvolvido esto descritos na Tabela 5.1.

    Tabela 5.1 Caractersticas do sistema de aquisio de dados

    CARACTERSTICAS DO SISTEMA DE AQUISIO DE DADOS

    Nmero de canais 1 a 4

    Resoluo 10 bits

    Tempo de

    Amostragem

    Mnimo: 1 segundo

    Mximo: 1 hora

    Memria Interna de Leitura 16335 leituras por canal

    IHM Display LCD 4x20 e Teclado Matricial

    5.2 Arquitetura do sistema

    O desenvolvimento do sistema de aquisio de dados tem uma abordagem experimental

    que compreende a montagem de uma estrutura embarcada, divididos por dois mdulos. O

    primeiro mdulo composto por uma placa de condicionamento de sinais. O segundo,

    composto por uma placa CPU. O sistema conectado via cabo Serial/USB um computador

    para que, com o auxlio de um software que funcionar como interface, possa ser feito o

    descarregamento dos dados armazenados na placa CPU, gerando um arquivo .txt para posterior

    anlise no PC por parte do usurio. A arquitetura do prottipo representada pela Figura 5.1.

  • 23

    Figura 5.1: Arquitetura do sistema de aquisio de dados.

    5.3 Placa de condicionamento de sinais

    A primeira etapa do sistema de aquisio de dados, se trata do condicionamento dos

    sinais eltricos para que o dispositivo de aquisio de dados efetue a medio de forma eficaz

    e exata, visto que os sensores/transdutores encontrados no mercado atuam em diferentes faixas

    de tenso ou corrente, e esses sinais eltricos, esto alm da faixa de atuao do

    microcontrolador utilizado no projeto, responsvel pela digitalizao dos sinais. O circuito de

    condicionamento de sinais representado pela Figura 5.2.

    Figura 5.2: Circuito de condicionamento de sinal.

  • 24

    O sinal de entrada deste circuito proveniente dos transdutores. Este circuito, representa

    a funo principal da placa: compatibilizar esses sinais com o microcontrolador, que pode

    receber sinais de tenso de 0 a 5 V. Cada transdutor conectado a um canal do circuito, sendo

    cada canal composto por dois amplificadores operacionais na configurao seguidores de

    tenso, conhecido como buffers. A funo desses amplificadores aumentar a impedncia de

    entrada e fornecer um isolamento ao circuito. Aps passar pelo estgio de isolamento nos

    amplificadores seguidores de tenso, o sinal passara por um amplificador diferencial. Os

    resistores nesse circuito devem ter uma alta preciso, pois os amplificadores nessa configurao

    tm a finalidade de limitar o ganho na sada para 0,5 conforme a Equao 5.1., portanto no

    desejvel que haja uma grande diferena entre esses dispositivos, para que haja uma grande

    rejeio de modo comum no amplificador diferencial.

    =5

    4+5 (1 +

    3

    2 ) (5.1)

    Cada canal possui a opo de fazer a ligao de um resistor shunt de 500 ohms, caso

    queira-se ler sinais de corrente eltrica. Na sada do circuito, o diodo tem finalidade de evitar

    que tenses reversas no amplificador, sejam aplicadas na entrada analgica do

    microprocessador.

    A placa de condicionamento de sinais tem quatro canais de entrada, compostos por

    circuitos amplificadores que serviro como entradas analgicas. Os sinais eltricos

    padronizados apresentam os seguintes valores, visto na Tabela 5.2. Cada canal pode

    receber quaisquer um dos 3 tipos de sinais analgicos em sua entrada, bastando fechar

    ou abrir o contato do resistor shunt de 500, que conectado na entrada dos

    amplificadores.

    Tabela 5.2 Formato dos sinais analgicos padronizados

    Tipo de Sinal Valor Mnimo Valor Mximo

    Tenso 0 10 V

    Corrente 0 20 mA

    Corrente 4 20 mA

    O esquema eltrico da placa de aquisio de sinais conta ainda com um borne para

    conectar a fonte simtrica de 12V, capacitores funcionando como filtros passivos e um borne

  • 25

    para conectar a placa de condicionamento com a placa do microcontrolador, conforme a Figura

    5.3.

    Figura 5.3: Conector da fonte e conector com a placa do microcontrolador.

    O primeiro passo para a confeco da placa desenh-lo em forma de circuito impresso

    como mostrado na Figura 5.4. O layout do circuito impresso foi feito utilizando o software

    Altium Designer. Dessa forma, tem-se o desenho da placa de condicionamento de sinais com 4

    canais de entrada.

    Figura 5.4: Circuito Impresso da placa de condicionamento de sinais com 4 canais.

    Com o circuito impresso na placa, necessrio afixar os componentes, soldando-os a

    placa, como apresentado na Figura 5.5.

  • 26

    Figura 5.5: Montagem do circuito da placa de condicionamento de sinais.

    Como dito anteriormente, o circuito composto por quatro canais de entradas

    analgicas, formadas por quatro circuitos amplificadores e alimentado por uma fonte

    simtrica de 12 V. Um potencimetro foi implementado junto a placa de condicionamento de

    sinais a fim de simular entradas analgicas de 0 a 10 V.

    5.4 Placa CPU

    O segundo mdulo que compe o sistema de aquisio de dados se trata da placa CPU.

    A placa recebe esse nome pois ela responsvel por gerenciar todas as rotinas do data logger.

    Isso inclui a digitalizao dos sinais analgicos, assim como o gerenciamento de todos os

    perifricos do sistema.

    A placa CPU possui um mdulo IHM (Interface Homem Mquina), composta por um

    teclado matricial e um display LCD 4x20, para parametrizao do sistema e visualizao das

    variveis fsicas, e hora em tempo real. A visualizao das horas possvel graas ao mdulo

    RTC (Real Time Clock). O armazenamento das variveis feito a partir de quatro memrias

    internas, uma para cada canal, embarcadas na placa. O descarregamento dessas variveis feita

    em um computador atravs de um cabo serial/USB.

    Neste projeto, o dispositivo responsvel por gerenciar todos os perifricos, assim como

    todas as rotinas do sistema de aquisio, um microcontrolador. A integrao do mdulo RTC

    e as memrias junto unidade de controle feita a partir do barramento I2C. A alimentao do

  • 27

    microcontrolador assim como dos perifricos feita a partir do regulador de tenso LM7805.

    A placa conta ainda, com um buzzer para emitir sons de aviso e uma interface ICSP para

    gravaes in-circuit do microcontrolador.

    O esquema eltrico dos componentes que compem a placa CPU podem ser vistos das

    Figura 5.6 a 5.16.

    Figura 5.6: Ligao do Microcontrolador.

    Figura 5.7: Ligao do CI LM7805.

  • 28

    Figura 5.8: Ligao do CI MAX232 e conector serial.

    Figura 5.9: Ligao do CI DS1307.

    Figura 5.10: Ligao do banco de memria.

  • 29

    Figura 5.11: Ligao do LCD alfanumrico.

    . Figura 5.12: Ligao do oscilador e boto reset.

    Figura 5.13: Ligao do teclado matricial.

  • 30

    Figura 5.14: Ligao do conector com a placa de condicionamento.

    Figura 5.15: Ligao da interface ICSP para gravao in-circuit.

    Figura 5.16: Ligao do buzzer

    A confeco da placa CPU em forma de circuito impresso tambm foi feita utilizando o

    software Altium Designer, assim tem-se o desenho da placa conforma a Figura 5.17.

  • 31

    Figura 5.17: Circuito Impresso da placa CPU.

    Assim como na placa de condicionamento, ser necessrio anexar os componentes da

    placa CPU, sondando-os junto a placa, conforme a Figura 5.18.

    Figura 5.18: Montagem do circuito da placa CPU.

  • 32

    5.4.1 CIs reguladores de tenso

    H uma classe de CIs disponveis que operam como reguladores de tenso. Os CIs

    reguladores contm os circuitos de fonte de referncia, amplificador comparador, dispositivo

    de controle, e proteo contra sobrecarga, tudo em um nico encapsulamento. Embora a

    estrutura interna dos CIs seja um pouco diferente da descrita para circuitos reguladores

    discretos, a operao exatamente a mesma. As unidades de CI proporcionam regulao para

    uma tenso positiva fixa, tenso negativa fixa ou uma tenso ajustvel.

    O CI LM7810, mostrado na Figura 5.19, foi implementado junto a placa de

    condicionamento de sinais, para que, em conjunto com um potencimetro em sua sada, poder-

    se simular um sinal de 0 at 10V nos canais de entrada analgica.

    Figura 5.19: CI regulador de tenso LM7810.

    A srie 78 de reguladores fornece tenses reguladas fixas de 5 at 24 V. A Figura 5.20

    mostra como um CI desta sries, conectado para regular a tenso em + 10 V. Uma tenso de

    entrada no-regulada Vi filtrada pelo capacitor C1 e alimenta o CI no terminal IN. O terminal

    OUT do CI fornece + 10V regulada, que filtrada pelo capacitor C2 (empregado para atenuar

    o rudo de alta frequncia). O terceiro terminal do CI conectado terra (GND). Mesmo

    variando a tenso de entrada e a carga dentro de uma faixa permitida, a tenso de sada

    permanece constante, ou com pequenas variaes, dentro dos limites especificados nas folhas

    de especificaes.

    Figura 5.20: Conexo de um regulador de tenso da famlia 78 (BOYLESTAD, 2004).

  • 33

    5.4.2 Barramento I2C

    Atualmente h no mercado uma gama de dispositivos que so gerenciados por um

    barramento serial desenvolvido pela empresa Philips que conhecido como barramento I2C.

    Entre estes dispositivos podemos encontrar desde simples circuitos integrados at sistemas

    completos, como pode ser um sintonizador (Palacios et al., 2011). A interao entre a unidade

    de controle do sistema de aquisio de dados e os demais perifricos feita utilizando este

    barramento.

    Um grande nmero de projetos que utilizam microcontroladores so regidos pelos

    seguintes critrios:

    - O sistema compreende, pelo menos, um microcontrolador e vrios dispositivos

    perifricos como memrias, display LCD, conversores, etc;

    - A conexo entre os diferentes dispositivos que compem o sistema deve ser fcil de

    realizar;

    - Estes sistemas, normalmente realizam funes que no requerem uma alta taxa de

    transferncia de dados, geralmente no superior a 400 kbits por segundo;

    - O sistema no deve depender dos dispositivos conectados a ele. De outro modo, no

    seria possvel realizar modificaes ou melhorias.

    Para implementar um sistema que satisfaa estes critrios, necessrio uma estrutura de

    barramento serial, porque, embora ela no tenha a capacidade nem a velocidade de barramentos

    paralelos, exige pouco do hardware e cabeamento mnimo. Este barramento serial no deve ser

    simplesmente uma linha de ligao, deve incorporar uma srie de procedimentos e protocolos

    para a comunicao adequada entre os componentes do sistema.

    Estes critrios so baseados nas especificaes do barramento I2C para interligar

    circuitos integrados ou IC (IIC, Inter Integrated Circuit Bus) desenvolvido pela Philips

    Semiconductors e que so amplamente utilizados na indstria eletrnica.

    O barramento I2C um barramento serial, formado por duas linhas, que podem conectar

    vrios dispositivos mediante um hardware muito simples, tal como ilustra a Figura 5.21. Por

    essas duas linhas feita a comunicao serial, bit a bit. So transmitidos dois sinais, uma por

    cada linha:

    - SCL, (Serial Clock). o sinal do relgio que se utiliza para a sincronizao dos dados.

    - SDA, (Serial Data). o filamento utilizado para a transferncia de dados.

  • 34

    Figura 5.21: Estrutura de um barramento I2C (adaptado de PALCIOS, 2011).

    Os dispositivos conectados ao barramento I2C mantm um protocolo de comunicao

    do tipo mestre/escravo. As funes do mestre e dos escravos se diferenciam em:

    - O circuito mestre inicia e termina a transferncia de informao, alm de controlar o

    sinal do relgio. Neste projeto, o mestre o microcontrolador PIC18f4520.

    - Escravos so circuitos gerenciados pelo mestre. No sistema de aquisio de dados

    projetado, os escravos so a memria e mdulo RTC (Real Time Clock).

    A linha SDA bidirecional, isto , tanto o mestre quanto os escravos podem atuar como

    transmissores ou receptores de dados, dependendo da funo do dispositivos. Assim por

    exemplo, no sistema de aquisio de dados, o display LCD s um receptor de dados enquanto

    que a memria EEPROM recebe e transmite dados.

    A gerao de sinais do mdulo RTC (Real Time Clock) pela linha SCL sempre de

    responsabilidade do microcontrolador.

    Cada dispositivo conectado ao barramento I2C reconhecido por um nico endereo

    que o diferencia dos demais dispositivos conectados.

    O barramento I2C pode ser multi-mestre, isto significa que pode suportar mais que um

    dispositivo capaz de controlar o barramento. Porm, como no projeto do sistema de aquisio

    de dados, mais comum encontrar casos de um s mestre, como um microcontrolador.

  • 35

    5.4.3 Mdulo RTC

    Como um dos objetivos principais deste trabalho formar uma base de dados sobre

    grandezas fsicas medias por sensores, um dos itens essenciais so a data e a hora no momento

    da aquisio dos dados. Para uma maior confiabilidade na construo da base de dados optou-

    se pelo circuito integrado DS1307, visto na Figura 5.22. Este circuito integrado um relgio

    em tempo real RTC (Real Time Clock) com conexes a um barramento I2C. Este dispositivo

    um poderoso relgio e calendrio de tempo real, que cumpre perfeitamente com as necessidades

    no que tange a aquisio e registro de tempo.

    Figura 5.22: Circuito integrado DS1307 (adaptado de PALCIOS, 2011).

    A respectiva pinagem do dispositivo pode ser analisada na tabela 5.3.

    Tabela 5.3 Pinagem do DS1307

    Pino Funo

    1 X1 Cristal de 32768 Hz

    2 X2 Cristal de 32768 Hz

    3 VBAT Bateria

    4 GND Terra

    5 SDA Linha de dados do barramento I2C

    6 SCL Linha do relgio do barramento I2C

    7 SQW/OUT Onda quadrada

    8 Vcc Fonte de alimentao

    O DS1307 um relgio e calendrio de tempo real que conta os segundos, minutos,

    horas, dias da semana, do ms e os meses do ano, vlido at 2100. Armazena os dados no

    formato BCD para que se possa trabalhar diretamente com eles e tem 56 bytes de RAM no

    voltil para armazenamento de dados.

  • 36

    Em seu pino SQW/OUT, fornece uma onda quadrada programvel. Sua alimentao

    de 5V e em caso de falta de alimentao principal, capaz de se manter funcionando por um

    tempo e armazena os dados ao ser desligado.

    O ltimo dia do ms automaticamente ajustado para 28, 29, 30 ou 31, conforme os

    anos bissextos e pode trabalhar no formato europeu de 24 horas ou no formato americano de 12

    horas com indicador AM/PM.

    5.4.4 Memria

    No se pode pensar em sistema de aquisio de dados, sem pensar em um mdulo de

    armazenamento de variveis. Por isso, este se torna um dos principais itens no desenvolvimento

    de um projeto como esse.

    A maioria dos microcontroladores da famlia PIC 18F apresenta memria EEPROM

    interna, com capacidade de armazenamento de 128 ou 256 bytes. Em algumas aplicaes, a

    EEPROM interna ideal para guardar parmetros de inicializao ou reter valores medidos

    durante uma determinada operao de sensoriamento. Para um sistema de aquisio de dados,

    necessria uma EEPROM externa em que a capacidade seja compatvel com o nmero de

    sensores, com o perodo de armazenamento dos dados e a taxa de amostragem. Neste prottipo,

    optou-se pelo modelo 24LC256, visto na Figura 5.23. Trata-se de memria que permite

    solucionar este problema com grande simplicidade j que se trata de um chip de oito pinos e

    que pode armazenar 32 kbytes de dados, uma quantidade de informaes de at 16335 leituras.

    Figura 5.23: Circuito integrado 24LC256 (adaptado de PALCIOS, 2011).

    A respectiva pinagem do dispositivo pode ser analisada na tabela 5.4.

  • 37

    Tabela 5.4 Pinagem do 24LC256

    Pino Funo

    1, 2 e 3 A0, A1 e A2 Linhas de endereo

    4 Vss Terra

    5 SDA Linha de dados do barramento I2C

    6 SCL Linha do relgio do barramento I2C

    7 WP Proteo contra escritura

    8 Vcc Fonte de alimentao

    Esta memria tem uma capacidade de 256 kbits ou 32 kbytes, ou seja, ela est

    estruturada em 32k posies de memria com um comprimento de 8 bits cada uma. Os 32

    kbytes esto organizados em 128 blocos de 256 bytes cada um.

    Trata-se de uma memria serial com interface I2C. Os dados so escritos e lidos em

    srie atravs dos pinos SCL e SDA.

    O dispositivo permite um milho de operaes de leitura e escrita e o armazenamento

    de dados garantido por 200 anos.

    As entradas A0, A1 e A2 permitem, se necessrio, conectar vrias memrias no mesmo

    circuito. Essa caractersticas importante nesse projeto, pois, para casos especficos, a

    capacidade de armazenamento desta memria pode ser insuficiente.

    O circuito integrado tem ainda, um sistema de proteo contra escrituras acidentais

    atravs do pino WP (Write Protection).

    5.4.5 Mdulo de controle

    O mdulo de controle corresponde parte lgica do dispositivo de aquisio de dados,

    e neste trabalho responsvel por digitalizar e processar os sinais analgicos dos sensores.

    Gerencia tambm, o funcionamento de todos os perifricos do sistema, conforme o esquema

    ilustrado na Figura 5.24. Os perifricos que so gerenciados pela unidade de controle so:

    mdulo IHM (Interface Homem Mquina), composto por um display LCD 4x20 e por um

    teclado matricial; uma memria EEPROM e o mdulo RTC (Real Time Clock).

  • 38

    Figura 5.24: Esquema do sistema de controle.

    No mdulo de controle deste trabalho, foi utilizado o microcontrolador PIC18F4520,

    visto na Figura 5.25. O microcontrolador PIC18F4520 um circuito integrado produzido pela

    Microchip Technology inc.. Ele foi escolhido para este projeto pois possui portas analgicas

    para ler os dados dos sensores, alm de possuir a comunicao serial USART, para se

    comunicar com o computador, permitindo assim, o descarregamento dos dados armazenados.

    Figura 5.25: Microcontrolador PIC18F4520

    Possui ainda, conversor analgico/digital com uma resoluo de 10 bits para converso

    em valores analgicos de tenso que variam de 0 a 5V. O micricontrolador possui somente um

    conversor A/D interno, o que, a princpio permitiria fazer a leitura e converso A/D somente de

    um canal por vez, o que no vivel para um coletor de dados comercial nos diais atuais, aonde

    se faz necessrio a leitura de mltiplos canais. Esse problema pode ser contornado usando a

  • 39

    tcnica de multiplexagem, uma tcnica comum para medir diversos sinais com um nico

    equipamento de medio. O equipamento de condicionamento de sinal para sinais analgicos

    geralmente utilizam essa tcnica para uso com sinais de alterao lenta como temperatura. O

    conversor A/D amostra um canal, troca para o prximo, amostra, troca para o prximo, amostra

    e assim sucessivamente. Por amostrar muitos canais ao mesmo tempo, a taxa de amostragem

    efetiva de cada canal inversamente proporcional ao nmero de canais amostrados. A

    converso A/D, assim como todo o controle da multiplexagem feita a partir de registradores

    e o diagrama que representa a converso representado na Figura 5.26.

    Figura 5.26: Diagrama de bloco da converso A/D (DataSheet PIC 18F4520).

    Este microcontrolador trabalha com uma frequncia que vai at 48 MHz, possui 35

    portas configurveis como entradas ou sadas digitais e 13 portas configurveis como entradas

    analgicas. Possui quatro temporizadores de 8 e 16 bits, muito importantes na interrupo de

    aes. Sua alimentao pode ser efetuada pela conexo USB ou por qualquer fonte externa,

    com limites de 4,5 a 5,5 V. No projeto, foi utilizado o CI LM7805, um regulador de tenso de

    5V, para alimentao do dispositivo.

    A interao do microcontrolador com outros dispositivos pode ser efetuada por meio de

    diversas formas e protocolos como I2C, Serial/USB ou SPI (Serial Peripheriral Interface). O

  • 40

    PIC18F4520 possui uma vasta opo de ambientes para desenvolvimento de programas. Neste

    projeto, as rotinas foram escritas utilizando o compilador MPLAB X IDE.

    5.4.5.1 Algoritmo

    O programa foi desenvolvido utilizando a plataforma MPLAB e responsvel pelas

    configuraes e comandos para o funcionamento do sistema de aquisio de dados. O MPLAB

    um programa que tem a funo de gerenciador, para o desenvolvimento de projetos com a

    famlia PIC de microcontroladores. distribudo gratuitamente pela Microchip, fabricante dos

    PICs.

    O programa fonte (anexo A), ou simplesmente fonte do programa uma sequncia em

    texto, escrita numa linguagem de programao que ser convertida em cdigos de mquinas

    para ser gravado no PIC. Todo o cdigo desenvolvido para o coletor de dados ser em

    linguagem de alto nvel, a linguagem C.

    Utilizou-se nesse projeto a verso MPLAB X IDE 2.0 e para compilar os comandos da

    linguagem C utilizaremos o compilador MPLAB IDE 8.91.

    A Figura 5.27 mostra um Diagrama de Blocos Simplificado do firmware para o

    microcontrolador PIC 18F4520.

  • 41

    Figura 5.27: Diagrama de blocos do firmware do microcontrolador.

  • 42

    5.4.6 Interface homem mquina

    Em muitos sistemas de aquisio de dados se faz necessrio a visualizao dos dados

    lidos, ou de outras informaes importantes. E a forma mais utilizada para isso mediante a

    um display LCD. Neste projeto foi utilizado um display LCD 4x20 para visualizao dos

    valores lidos. Em conjunto com o mdulo LCD foi utilizado um teclado matricial contendo

    algarismos para configurao de parmetros pertinentes ao processo, e teclas de avano e

    retorno de menus, conforme a Figura 5.28. Tanto o teclado matricial quanto o display LCD so

    ligados utilizando o barramento pino a pino do microcontrolador.

    Figura 5.28: Teclado matricial.

    O visor de cristal lquido ou LCD (Liquid Crystal Display) tm a capacidade de exibir

    qualquer caracteres alfanumrico, permitindo que informaes geradas sejam representadas

    pelo equipamento eletrnico de uma maneira fcil e acessvel. No prottipo foi utilizado o

    mdulo LM020L, um display LCD que conta com uma matriz de caracteres formada por quatro

    linhas e vinte colunas, como visto na Figura 5.29. O processo de visualizao gerenciado pelo

    microcontrolador PIC18F4520.

  • 43

    Figura 5.29: Mdulo LM020L.

    O fcil manejo do mdulo LM020L se mostra ideal para um dispositivo de aquisio de

    dados, que demanda uma capacidade de visualizao pequena ou mdia. O mdulo trabalha

    com caracteres ASCII, gregos, smbolos matemticos, entre outras tabelas de caracteres. O

    deslocamento dos caracteres ocorrem para esquerda ou direita e pode-se exibir at 20 caracteres

    por linha. O gerenciamento do mdulo foi feito conectando-o ao barramento de 8 bits. Este

    mdulo tambm tem a opo de ser conectado ao barramento de 4 bits.

    A Interface Homem Mquina (IHM) foi dividida em doze menus para facilitar a

    configurao de parmetros essenciais em um sistema de aquisio de dados. Procurou-se

    simplificar o mximo possvel os comandos de forma que o manuseio do dispositivo ocorra de

    forma amigvel pelo usurio final. Na Figura 5.30 possvel ver cada uma das doze telas

    possveis, ilustrando o funcionamento da interface.

  • 44

    Figura 5.30: Sequncia das telas da IHM.

    A tela inicial mostra a data e a hora. O usurio dever apertar a tecla ENT para

    prosseguir na configurao dos parmetros. O primeiro menu d ao usurio trs opes: ajuste

    de data, ajuste da hora e ajuste do tempo de amostragem. Tendo configurado os trs parmetros

    o usurio pode dar prosseguimento prxima etapa, apertando F1. O prximo menu permite

    ao usurio selecionar os canais a serem lidos. Feito isso, pode-se dar incio a coleta de dados.

    No momento em que a coleta est sendo feita, mostrada no display o tempo que falta para a

    coleta de dados ser concluda e os valores inteiros correspondentes a cada canal. Ao final do

    processo o usurio recebe o aviso que as medies se encerraram e o display volta a apresentar

    a tela inicial. Se desejado, pode-se encerrar a aquisio de dados antes do fim, bastando apertar

    a tecla ESC enquanto as medies ocorrem. Por fim, o usurio dever confirmar se quer salvar

    os dados coletados.

  • 45

    5.5 Software do PC

    O software que roda no computador foi desenvolvido com o objetivo de proporcionar

    um ambiente grfico de download e visualizao dos dados que se encontram armazenados na

    memria do Data Logger.

    O software foi desenvolvido na linguagem C# (pronuncia-se C sharp). C# uma

    linguagem simples, poderosa, com tipagem segura e orientada objetos. As vrias inovaes no

    C# permitem o desenvolvimento rpido de aplicaes, mantendo a expressividade e a elegncia

    do estilo de linguagem C (Microsoft Developer Network, 2013).

    A plataforma utilizada para a programao do software foi o Visual Studio C#. Essa

    IDE (Integrated Development Environment) oferece suporte com editor de cdigos completos,

    compilador, modelos de projeto, depurador avanado e fcil de usar, entre outras ferramentas.

    O software possui uma tela principal, ilustrada na Figura 5.31.

    Figura 5.31: Interface grfica.

    O software simples e de fcil entendimento. Primeiramente o usurio pode configurar

    os parmetros da comunicao serial entre placa e computador, indo na aba configuraes.

  • 46

    Em seguida, ao apertar Conectar, feita a conexo entre o coletor de dados e o computador.

    Feita a conexo, aparecer a seguinte mensagem ilustrada na Figura 5.32.

    Figura 5.32: Mensagem da comunicao realizada com sucesso.

    Aps efetuar a conexo, o usurio deve selecionar o canal que se deseja fazer o upload

    dos dados, o tipo de sinal que foi medido (mA ou Volts) e enfim, descarregar os dados contido

    no banco de memria. Para isso, deve apertar Inicializar. Para desfazer a conexo, ao final do

    processo, deve-se apertar em Finalizar.

    Aps o processo de descarregamento de dados, gerado um arquivo .txt, conforme a

    Figura 5.33. Nele, esto contido os dados armazenados pelo banco de memria referente ao

    canal analgicos escolhido, assim como a data e a hora em que foram feitas as medies.

    Figura 5.33: Visualizao dos dados medidos em .txt.

    Esses dados podem ser exportados para outras plataformas como Windows Excel,

    Matlab, entre outros, para futuras anlises.

  • 47

    Captulo 6

    Concluses e Propostas Futuras

    Ao fazer a anlise e projetar um equipamento como esse, tudo parece um tanto quanto

    simples, mas desenvolver um equipamento que procura trazer uma inovao e ser til no dia a

    dia das pessoas nem sempre tarefa fcil.

    Esse foi o caso do sistema de aquisio de dados desenvolvido, que concebido

    inicialmente com o propsito de ser um prottipo barato e eficiente, conseguiu atingir este

    objetivo.

    A programao do microcontrolador para leitura dos dados analgicos, para escrever no

    display LCD os menus e l os dados medidos por cada canal, assim como a comunicao com

    o mdulo RTC e o banco de memria atravs do barramento I2C, foram de certa forma, simples

    de ser implementado.

    O sistema de aquisio de dados possui uma capacidade de memria de 16335 leituras

    por canal de entrada, um bom valor para um prottipo de baixo custo. Porm cada modulo de

    memria responsvel por armazenar dados somente de um canal, o que inviabiliza a utilizao

    da capacidade mxima de memria do sistema quando no se utiliza os quatro canais

    simultaneamente.

    No foi possvel comparar o desempenho do prottipo com algum instrumento de

    medida para ver a diferena de desempenho e efetuar uma possvel calibrao.

    Mas no geral, todo o hardware se comportou como esperado e funcionou dentro das

    expectativas para o sistema. No final do projeto, foi implementado uma tela de acrlico e

    parafusos, conforme a Figura 6.1, para fixar a placa de condicionamento de sinal e CPU,

    servindo como suporte e proteo.

  • 48

    Figura 6.1: Resultado do projeto.

    O microcontrolador PIC 18F4520, se mostrou bastante eficiente tanto do ponto de vista