tcc otimização de instalação elétrica

53
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Centro de Formação Profissional Gerson Dias André Carlos Souza Valadão Antônio Evódio Pinto Cintia Miranda de Oliveira Natália Aparecida Ribeiro OTIMIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA PREDIAL Pedro Leopoldo 2015

Upload: tiesto16

Post on 12-Jan-2016

35 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Otimização atraves de projeto elétrico e vantagens e desvantagens da aplicação de LED no sistema elétrico

TRANSCRIPT

Page 1: TCC Otimização de Instalação Elétrica

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Centro de Formação Profissional Gerson Dias

André Carlos Souza Valadão

Antônio Evódio Pinto

Cintia Miranda de Oliveira

Natália Aparecida Ribeiro

OTIMIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA PREDIAL

Pedro Leopoldo

2015

Page 2: TCC Otimização de Instalação Elétrica

André Carlos Souza Valadão

Antônio Evódio Pinto

Cintia Miranda de Oliveira

Natália Aparecida Ribeiro

OTIMIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA PREDIAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao – SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Centro de Formação Profissional Gerson Dias, como requisito parcial à obtenção do certificado de Técnico em Eletrotécnica.

Orientador: Agenor Eugênio Michelini

Pedro Leopoldo

2015

Page 3: TCC Otimização de Instalação Elétrica

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Centro de Formação Profissional Gerson Dias

Trabalho de conclusão de curso intitulado “Otimização da Instalação Elétrica Predial”, de

autoria de André Carlos Souza Valadão, Antônio Evódio Pinto, Cintia Miranda de Oliveira e

Natália Aparecida Ribeiro, aprovado pela banca examinadora constituída pelos seguintes

membros:

______________________________________________

Orientador

______________________________________________

Supervisor

______________________________________________

Supervisor

Nota de aprovação: __________

Pedro Leopoldo, ______/ _____________________/ _______

Av. Coronel Juventino Dias, 856 – Centro – Pedro Leopoldo, MG – 33600-000 – Brasil – Tel: (031) 3662-3615

Page 4: TCC Otimização de Instalação Elétrica

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradecemos a Deus, pelas oportunidades concedidas durante este

processo de aprendizado. Aos nossos familiares e companheiros, que compartilharam do

nosso ideal e o alimentaram, incentivando-nos a prosseguir a jornada, fossem quais fossem

os obstáculos. Ao Professor Agenor Eugênio Michelini, orientador deste trabalho de

conclusão de curso, pelo incentivo e empenho dedicados para nos auxiliar na realização

deste trabalho.

Page 5: TCC Otimização de Instalação Elétrica

“Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve

que renunciar para conseguir”. (Dalai Lama)

Page 6: TCC Otimização de Instalação Elétrica

RESUMO

Seguir as normas ABNT 5410 e realizar o projeto elétrico são práticas simples que

devem ser feitas em instalações prediais para que se tenha o máximo de qualidade

nas instalações elétricas, amenizar riscos e proporcionar aos moradores mais

confiabilidade e tranqüilidade.

Mas quando se trata de instalações elétricas antigas e fora de parâmetros

normativos de segurança, temos a situação onde as mesmas não foram projetadas

para o grande número de eletroeletrônicos e aparelhos de grande potencia

atualmente, e tiveram que se enquadrar no atual modo de vida. Grande parte dessas

edificações não fizeram alterações nas suas instalações para receber essas novas

cargas, fazendo com que as mesmas ficassem sobrecarregadas e com falta de

seletividade, proporcionando assim um ambiente pouco seguro, uma vez que

instalações nessas condições podem causar choques elétricos e incêndios,

colocando em risco a vida de funcionários e moradores das edificações. Como nem

sempre as instalações elétricas de edificações mais antigas estão projetadas para

suprir as atuais necessidades dos usuários, muitas estão investindo na

modernização de suas estruturas, a fim de estar em conformidade com as normas

técnicas vigentes, adaptá-las às novas tecnologias e reduzir o consumo de energia.

Essa prática de otimização (retrofit), que nada mais é do que atualizar as instalações

com foco na melhoria da segurança e da eficiência do sistema, com base na

substituição de equipamentos e estruturas antigas, por tecnologias de ponta. Mas

essa prática não se mostra tão simples como parece ser, pois a má escolha

equipamentos tem gerado efeito reverso à esse investimento. Para que a otimização

seja alcançada é preciso integração desde o projeto, instalação e equipamentos de

alta eficiência. Esse trabalho apresenta de forma simples e objetiva a importância da

aplicação de critérios para que a partir da otimização (retrofit), a qualidade de vida

dos moradores pode ser melhorada por diversos motivos e um dos principais é a

economia.

Palavras-chave:(Importância da Norma – Eficiência energética das Instalações –

Economia)

Page 7: TCC Otimização de Instalação Elétrica

ABSTRACT

Follow the ABNT 5410 standards and carry out electrical design are simple practices

that should be made in building facilities in order to have better quality of electrical

installations, mitigate risks and provide residents more reliability and peace of mind.

But when it comes to old electrical and out of normative safety parameters facilities,

we have the situation where they were not designed for the large number of

electronics and appliances currently of great power, and had to fit in the current way

of life. Most of these buildings have not made changes in its facilities to receive these

new charges, causing the same stay overburdened and lack of selectivity, thus

providing an unsafe environment, since facilities in these conditions can cause

electrical shock and fire, putting endangering the lives of employees and residents of

buildings. As not always the electrical installations of older buildings are designed to

meet the current needs of users, many are investing in the modernization of its

structures in order to comply with existing technical standards, adapt to new

technologies and reduce the energy consumption.

This optimization practice (retrofit), which is nothing more than updating the facilities

with a focus on improving the safety and efficiency of the system, based on

replacement equipment and old structures by cutting-edge technologies. But this

practice does not seem as simple as it seems, because the bad choice equipment

has generated reverse effect to that investment. For the optimization is achieved is

necessary integration from design, installation and high efficiency equipment. This

paper presents a simple and objective way the importance of applying criteria for that

from the optimization (retrofit), the quality of life of residents can be improved for

different reasons and one of the main ones is the economy.

Keywords: (Importance of the Standard - Energy efficiency of the facilities -

Economy)

Page 8: TCC Otimização de Instalação Elétrica

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Dimensionamento de condutores ............................................................ 18

Figura 2 - Potencial de economia de energia com sensor de presença e

luminosidade ............................................................................................................. 23

Figura 3 - Variação da temperatura de cor da luz no mesmo ambiente .................... 25

Figura 4 - Supermercado com iluminação fluorescente (esquerda) e Led (direita) ... 27

Figura 5 - Sombras múltiplas geradas por iluminação a Led. ................................... 28

Figura 6 - Curva de distribuição luminosa de uma lâmpada tubular de Led .............. 28

Figura 7 - Dados elétricos medidos em uma lâmpada tubular de Led ...................... 29

Figura 8 - Luminária com aletas planas brancas (esquerda); curva de distribuição

luminosa da luminária com duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32 W (centro)

e com duas lâmpadas tubulares de Led de 22 W (direita). ....................................... 31

Figura 9 - Luminária com aletas parabólicas (esquerda); curva de distribuição

luminosa da luminária com duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32 W (centro)

e com duas lâmpadas tubulares de Led de 22 W (direita). ....................................... 31

Figura 10 - Conceitos de iluminação ......................................................................... 35

Figura 11 - Quadro de distribuição ........................................................................... 45

Figura 12 - Extensão em tomadas ............................................................................ 46

Figura 13 - Extensão de tomada para microondas .................................................... 47

Figura 14 - Extensão de tomada para cafeteira e torradeira ..................................... 47

Figura 15 - Torneira elétrica ...................................................................................... 48

Figura 16 - Chuveiro elétrico ..................................................................................... 49

Figura 17 - Chuveiro elétrico .................................................................................... 49

Gráfico 1- Estatística da Abracopel .......................................................................... 41

Quadro 1 - Valores padrões de iluminância dos diversos ambientes ........................ 36

Quadro 2 - Exemplos de consumos em stand-by ..................................................... 39

Tabela 1 - Comparação dos fluxos luminosos totais de cada conjunto e da eficácia

luminosa .................................................................................................................... 32

Tabela 2 - Perdas elétricas em reatores eletromagnéticos ....................................... 37

Page 9: TCC Otimização de Instalação Elétrica

LISTA DE SIGLAS

A Ampere

KW Kilo - Watt

M Unidade de Metro

M² Unidade de Metro Quadrado

MM Unidade de Milímetro

NBR Norma Brasileira

TUE Tomada de Uso Específico

TUG Tomada de Uso Geral

W Watt

VA Volt - Ampere

Page 10: TCC Otimização de Instalação Elétrica

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10

1.1 Justificativa ...................................................................................................... 11

1.2 Objetivos gerais ............................................................................................... 11

1.3 Objetivos específicos ....................................................................................... 11

1.4 Metodologia ..................................................................................................... 12

2. OTIMIZAR: O PRIMEIRO PASSO ........................................................................ 13

2.1 Instalação elétrica predial ................................................................................ 14

2.2 Recomendações da NBR 5410:2004 para o levantamento de carga de

iluminação .............................................................................................................. 15

2.3 Recomendações da NBR 5410:2004 para o levantamento da carga de

tomadas ................................................................................................................. 16

2.4 Critérios estabelecidos pela NBR 5410:2004 para a divisão de circuitos ........ 17

2.5 Dimensionamento dos condutores e dos disjuntores dos circuitos .................. 18

2.6 Condutor de proteção – PE (condutor terra) .................................................... 19

3. NOVAS TECNOLOGIAS ....................................................................................... 21

3.1 Por que controlar? ........................................................................................... 22

3.2 Otimização das instalação com Led’: algumas precauções............................. 26

3.3 Otimização da instalação em circuitos de iluminação ...................................... 34

3.4 Luminárias ....................................................................................................... 41

3.5 Manutenção ..................................................................................................... 42

3.6 Reatores .......................................................................................................... 42

4. AVALIAÇÃO DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA ................................................. 44

5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 52

Page 11: TCC Otimização de Instalação Elétrica

10

1. INTRODUÇÃO

Toda edificação está fadada ao desgaste natural decorrente da ação do tempo sobre

suas estruturas. Não importa se são residenciais, corporativos ou industriais; com o

passar dos anos, os prédios começam a apresentar deformidades. Rachaduras,

vazamentos, infiltrações e falhas no funcionamento de equipamentos e instalações

são algumas delas. Esses efeitos somados propiciam a desvalorização comercial do

imóvel e prejuízos financeiros, como a paralisação das atividades produtivas e o

desperdício de energia elétrica. Quando se trata de instalações elétricas, os danos

podem ser ainda maiores, uma vez que instalações antigas e fora de parâmetros

normativos de segurança podem causar choques elétricos e incêndios, colocando

em risco a vida de funcionários e moradores do edifício. Como nem sempre as

instalações elétricas de edificações mais antigas estão projetadas para suprir as

atuais necessidades dos usuários, muitas empresas estão investindo na

modernização de suas estruturas, a fim de estar em conformidade com as normas

técnicas vigentes, adaptá-las às novas tecnologias e reduzir o consumo de energia.

Essa prática conhecida como otimização (retrofit), que nada mais é do que atualizar

as instalações com foco na melhoria da segurança e da eficiência do sistema, com

base na substituição de equipamentos e estruturas antigas por tecnologias de ponta.

A partir do retrofit, a qualidade de vida dos moradores pode ser melhorada por

diversos motivos e um dos principais é a economia. Um retrofit de instalações

elétricas pode reduzir em cerca de 50% a conta de energia elétrica, podendo chegar

a valores maiores dependendo da atual situação da edificação. Um projeto de retrofit

custa de R$5 mil a R$50 mil, dependendo do tamanho e das características

específicas dos edifícios ou das residências. O retorno do investimento pode ser

obtido de dois a três anos. Quando se pensa em retrofit, torna-se necessário

verificar se o nível de consumo de energia – comparado com o que hoje é

caracterizado como eficiente – está dentro de um parâmetro razoável.

Buscando a otimização da instalação elétrica predial apresentamos a importância de

se aplicar as normas e critérios que devem ser observados para escolha de

equipamentos, pois a correta instalação de equipamentos e de alto rendimento,

Page 12: TCC Otimização de Instalação Elétrica

11

influenciam diretamente na qualidade da instalação, para que as mesmas possam

oferecer confiabilidade e se tornarem mais seguras.

1.1 Justificativa

Para que esse investimento em otimização não se torne uma “dor de cabeça”, é

preciso que além de um projeto bem detalhado e dimensionado, e tenha técnicos

qualificados e comprometidos com a qualidade empregada na realização do

serviço, pois problemas como mal contato e quedas de tensão podem ser geradas

por falha no momento da instalação. Um fator que tem provocado bastante impacto

nas instalações elétricas atuais, são um volume maior de aparelhos. E o maior

problema não esta relacionado a potencia elétrica dos mesmos, e sim a eficiência,

pois se encontram no mercado uma grande variedade de produtos, e é preciso ter

certos conhecimentos para instalação desses equipamentos. Muitos aparelhos e

equipamentos se apresentam como a tecnologia do momento, mas trazem consigo

uma serie de perturbações nas instalações elétricas, o que ocasionam em muitos

casos, consumo excessivo, baixo rendimento, trazendo riscos a instalação.

1.2 Objetivos gerais

Fornecer conhecimento e aplicação das normas vigentes, apresentando medidas e

critérios que devem ser seguidos, que objetivam fornecer o máximo de qualidade,

quando se fizer a otimização (retrofit) de uma instalação.

1.3 Objetivos específicos

Mostrar o quanto uma instalação pode ser beneficiada e o retorno que a mesma

terá, caso seja feito o correto uso das normas e siga determinados conceitos de

eficiência quando realizar a otimização (retrofit) da mesma.

Page 13: TCC Otimização de Instalação Elétrica

12

1.4 Metodologia

Aplicar a norma NBR 5410 é apenas um dos meios de se conseguir a otimização de

uma instalação. Foram abordados conceitos sobre a aplicação das normas vigentes

e estudos sobre a eficiência de aparelhos e equipamentos instalados comumente

em instalações elétricas e seus impactos.

Foram realizadas comparações de diversos tipos de instalações em edificações que

passaram ou não por otimização, e apresentado soluções para os mais triviais e

excêntricos problemas encontrados nessas instalações

Page 14: TCC Otimização de Instalação Elétrica

13

2. OTIMIZAR: O PRIMEIRO PASSO

Todos os projetos de retrofit em instalações elétricas devem seguir as

recomendações de normas básicas, como a ABNT NBR5410 (para baixa tensão em

geral), a NR-10 (para segurança em instalações e serviços em eletricidade), a ABNT

NBR 5419 (proteção de estruturas contra descargas atmosféricas), a ABNT NBR

14039 (para média tensão), entre outras importantes.

As normas recomendam o uso obrigatório de dispositivos de segurança, como o

dispositivo DR, que protege contra choques elétricos (fuga de corrente) e o

dispositivo de proteção contra surtos (DPS), utilizado para limitar as sobretensões e

descarregar os surtos de corrente originários de descargas atmosféricas nas redes

de energia. Além do uso desses equipamentos, é necessário que o sistema elétrico

esteja aterrado. Deve-se ligar intencionalmente um condutor-fase ou, o que é mais

comum, o neutro à terra, para controlar a tensão em relação à terra dentro de limites

previsíveis. O primeiro objetivo do aterramento dos sistemas elétricos é proteger as

pessoas e o patrimônio contra uma falta (curto-circuito) na instalação. O segundo é

oferecer um caminho seguro, controlado e de baixa impedância em direção à terra

para as correntes induzidas por descargas atmosféricas. Para evitar que os

condutores se aqueçam acima do permitido, devem ser instalados disjuntores ou

fusíveis nos quadros de luz. Esses dispositivos funcionam como uma espécie de

“guarda-costas” dos cabos, desligando automaticamente a instalação sempre que a

temperatura nos condutores começar a atingir valores perigosos. Outro elemento

importante em uma instalação é o fio terra. O conceito básico da proteção contra

choques é o de que os elétrons devem ser “desviados” da pessoa. Sabendo-se que

um fio de cobre é melhor condutor do que o corpo humano, fica evidente que se os

elétrons tiverem dois caminhos para circular, sendo um o corpo e o outro um fio, a

maioria deles circulará pelo último, minimizando os efeitos do choque na pessoa.

A busca pela otimização das instalações elétricas tem tido maior busca nos

segmentos comercial e industrial. A maior demanda está concentrada nesses

setores porque existe uma necessidade de adequação às normas por conta de

fiscalização feita por órgãos como o Ministério do Trabalho, o Departamento de

Page 15: TCC Otimização de Instalação Elétrica

14

Controle do Uso de Imóveis (Contru) e o Corpo de Bombeiros. No segmento

residencial, a fiscalização é algo ainda embrionário e não é tão eficaz.

Existem situações de edifícios comerciais que, se não tiverem um mínimo de

infraestrutura tecnológica disponível, não conseguem ser alugados.

A otimização (retrofit) pode ser aplicado em todo tipo de edificação . No entanto, é

necessário levar em conta alguns aspectos no momento da elaboração do projeto,

como a separação do circuito de iluminação dos pontos de tomada. Desta forma

caso seja necessário realizar algum tipo de manutenção, é possível desligar as

tomadas sem afetar a iluminação.

A etapa inicial do projeto precisa ser baseada em um levantamento das condições

operacionais das instalações. Nesse processo, identificam-se os pontos fracos e a

necessidade de adequar as instalações às normas regulamentadoras. Assim,

geralmente é feito um estudo da situação elétrica do edifício como um todo:

instalações/infraestrutura, quadros de distribuição, sistema de iluminação, , ar-

condicionado etc. Após esse estudo, por meio de um levantamento da demanda

total da edificação, é calculado o custo-benefício da nova instalação conforme

solicitação do consumidor. Em seguida, é criado o projeto onde constarão todas as

modificações a serem feitas.

Durante o procedimento e elaboração do projeto, é preciso aplicar as normas em

vigor e fazer um acompanhamento da obra para verificar se as instalações estão

sendo feitas de acordo com o que foi especificado no projeto. Para o

acompanhamento, utiliza-se geralmente um técnico que faz a interface entre obra e

projeto.

2.1 Instalação elétrica predial

A instalação elétrica é uma das etapas extremamente importantes de uma

construção (casas, apartamentos, comércio, indústria, etc.), portanto ela deve ser

preocupação de todos, isto é, dos profissionais envolvidos (engenheiros, técnicos,

eletricistas) e usuários (proprietários e todos os que fazem uso da eletricidade). Elas

devem ser sempre executadas em função de um projeto elaborado antes mesmo da

Page 16: TCC Otimização de Instalação Elétrica

15

construção das fundações da obra. A vantagem na elaboração do projeto elétrico

está ligada ao aspecto de segurança (da instalação e dos usuários), precisão

(racionalidade) na execução da instalação, bem como a sua funcionalidade. Além

disso, você fica sabendo como será a instalação elétrica, que pode auxiliá-lo, no

futuro, em possíveis ampliações, modificações e até mesmo em caso de

manutenção, e ainda o custo, a quantidade e a especificação do material a ser

empregado (Cavalin e Cervelin, 2006).

A norma para instalações elétricas de baixa tensão é a NBR 5410. A

importância de proceder de acordo com as normas na elaboração de um projeto

elétrico residencial é explicada a seguir.

Abordando os conceitos básicos da norma passo a passo, baseados na

planta baixa de uma residência localizada no bairro Morada dos Hibiscos. Através

desses conceitos é possível identificar problemas na instalação e propor soluções

adequadas, visando à melhoria da segurança e da conformidade de seus

moradores.

O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das potências

(cargas) mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas, possibilitando,

assim, determinar a potência total prevista para a instalação elétrica residencial.

A previsão de carga deve obedecer às prescrições da NBR 5410:2004.

2.2 Recomendações da NBR 5410:2004 para o levantamento de carga de

iluminação

Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de

parede. Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 cm do limite do

boxe. Condições para se estabelecer a potência mínima de iluminação. A carga de

iluminação é feita em função da área do cômodo da residência.

Para Área igual ou inferior a 6m²: Atribuir um mínimo de 100VA;

Para área superior a 6m²: Atribuir um mínimo de 100VA para os primeiros

6m², acrescido de 60VA para cada aumento de 4m² inteiros.

Page 17: TCC Otimização de Instalação Elétrica

16

OBS: A NBR 5410:2004 não estabelece critérios para iluminação de áreas

externas em residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente.

2.3 Recomendações da NBR 5410:2004 para o levantamento da carga de

tomadas

A quantidade mínima de pontos de tomadas deve atender as condições

abaixo.

Cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m²: no mínimo um

ponto de tomada;

Salas e dormitórios independente da área e cômodos ou dependências com

mais de 6m²: no mínimo um ponto de tomada para cada 5m ou fração de

perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível;

Cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais

semelhantes: um ponto de tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro,

independente da área. Acima da bancada da pia devem ser prevista, no

mínimo, duas tomadas no mesmo ponto ou em pontos separados;

Varandas: pelo menos um ponto de tomada;

Banheiros: no mínimo um ponto de tomada junto ao lavatório com uma

distância mínima de 60 cm do limite do boxe.

OBS: Em diversas aplicações, é recomendado prever uma quantidade de

pontos de tomadas maior do que o mínimo calculado, evitando-se, assim, o emprego

de extensões e benjamins (tês) que, além de desperdiçarem energia, podem

comprometer a segurança da instalação.

Pontos de Tomadas de Uso Geral (TUG’s): Não se destinam a ligação de

equipamentos específicos e nelas são sempre ligados: aparelhos móveis ou

aparelhos portáteis.

Pontos de Tomadas de Uso Específico (TUE’s): É destinada a ligação de

equipamentos fixos e estacionários, como é o caso de: chuveiros, torneira elétrica,

secadora de roupa, geladeira, ar condicionado.

Page 18: TCC Otimização de Instalação Elétrica

17

Potência mínima de pontos de tomadas de uso geral.

Banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, área de serviço, lavanderias e

locais semelhantes: atribuir, no mínimo, 600VA por ponto de tomada, até 3

tomadas e atribuir 100VA para os excedentes;

Demais cômodos ou dependências: atribuir no mínimo, 100VA por ponto de

tomada.

Potência de pontos de tomadas de uso especifico.

Atribuir a potência nominal do equipamento a ser alimentado.

Quando não for conhecida a potência nominal do equipamento a ser

alimentado, deve-se atribuir a tomada de corrente uma potência igual a

potencia nominal do equipamento mais potente com possibilidade de ser

ligado, ou a potência determinada a partir da corrente nominal da tomada e da

tensão do respectivo circuito.

2.4 Critérios estabelecidos pela NBR 5410:2004 para a divisão de circuitos

De acordo com a NBR5410, qualquer instalação elétrica deve ser dividida em

circuitos elétricos parciais de forma a facilitar a inspeção e a manutenção, bem como

melhorar o dimensionamento de condutores, reduzirem as quedas de tensão e

aumentar a segurança.

Para uma correta divisão de circuitos deve ser levado em consideração:

Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de tomadas;

Prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento com

corrente nominal superior a 10A;

Prever circuitos independentes para cada tomada de uso especifico.

Além desses critérios, o projetista considera as dificuldades referentes à

execução da instalação. Se os circuitos ficarem muito carregados, os condutores

adequados para suas ligações irão resultar numa seção nominal (bitola), muito

grande, dificultando a instalação dos condutores nos eletrodutos e as ligações nos

terminais (interruptores e tomadas).

Page 19: TCC Otimização de Instalação Elétrica

18

2.5 Dimensionamento dos condutores e dos disjuntores dos circuitos

Dimensionar a fiação de um circuito é determinara seção padronizada (bitola)

dos condutores deste circuito, de forma a garantir que a corrente calculada para ele

possa circular pelos cabos por um tempo ilimitado, sem que ocorra

superaquecimento.

A identificação por cores dos condutores, em uma instalação elétrica tem

como facilitar a execução de conexões, emendas e intervenções em geral para

manutenção, além disso, a identificação correta dos condutores aumenta a

segurança de quem executa os trabalhos. A NBR5410 faz recomendações claras

sobre como identificar corretamente os componentes em geral, em particular os

condutores.

As cores dos condutores são:

Condutor Fase: Qualquer tonalidade de cor,exceto Verde-amarelo,Verde e

Azul Claro;

Condutor Neutro: Azul Claro;

Condutor de Proteção (Fio Terra): Verde-Amarelo ou Verde;

Condutores Terra e Neutro comum (PEN):Azul Claro com anilhas de

identificação nos locais visíveis;

Retorno: Branco.

OBS: O condutor retorno é o condutor que conecta o interruptor a lâmpada.

A NBR 5410:2004 estabelece as seguintes seções mínimas de condutores de

acordo com o tipo de circuito:

Figura 1 - Dimensionamento de condutores

Fonte: http://www.prysmian.com.br

Page 20: TCC Otimização de Instalação Elétrica

19

De acordo com o calculo da corrente nominal do circuito deve-se adotar o

condutor de maior seção.

O disjuntor é um dispositivo de seccionamento utilizado para dividir os

circuitos. Além disso, ele tem a finalidade de proteger os condutores e equipamentos

dos respectivos circuitos contra sobrecargas e correntes de curtos-circuitos.

Os disjuntores termomagnéticos fazem proteção de uma instalação contra

curto-circuito e contra sobrecargas.

Curto-Circuito: é um circuito elétrico com resistência elétrica próxima de zero

ohm, fazendo com que a corrente atinja valores muito elevados.

Sobrecarga: Quando se instala/aplica em um circuito uma carga superior a

que foi dimensionado. É também chamado de sobrecorrente.

Dimensionar o disjuntor (proteção) é determinar o valor da corrente nominal

do disjuntor de tal forma que se garanta que os condutores da instalação não sofram

danos por aquecimento excessivo provocado por sobrecorrente ou curto-circuito.

O disjuntor escolhido deve sempre ser maior que a corrente nominal do

circuito.

Cada circuito deve ser projetado de forma que possa ser seccionado sem

risco da realimentação inadvertida, através de outro circuito.

2.6 Condutor de proteção – PE (condutor terra)

Dentro de todos os aparelhos elétricos existem elétrons que querem ‘’fugir’’ do

interior dos condutores. Como o corpo humano é capaz de produzir eletricidade, se

uma pessoa encostar nesses equipamentos ela estará sujeita a levar um choque,

que nada mais é do que a sensação desagradável provocada pela passagem dos

elétrons pelo corpo. É preciso lembrar que correntes elétricas de apenas 0,05A já

podem provocar graves danos ao organismo.

Page 21: TCC Otimização de Instalação Elétrica

20

Sendo assim, como podemos fazer para evitar os choques elétricos?

O conceito básico da proteção contra choques é o de que os elétrons devem

ser ‘’desviados’’ da pessoa.

Sabendo-se que um condutor de cobre é um milhão de vezes melhor

condutor que o corpo humano, fica evidente que, se oferecermos ao elétron dois

caminhos para eles circularem, sendo um o corpo e o outro um condutor, a enorme

maioria deles irá circular pelo ultimo, minimizando os efeitos do choque na pessoa.

Esse condutor pelo qual irão circular os elétrons que escapam dos aparelhos é

chamado condutor terra.

Como a função do condutor terra é ‘’recolher’’ elétrons ‘’fugitivos’’, nada tendo

a ver com o funcionamento propriamente dito do aparelho, muitas vezes as pessoas

esquecem-se da sua importância para a segurança.

Como uma instalação deve estar preparada para receber qualquer tipo de

aparelho elétrico, conclui-se que, conforme prescreve a norma brasileira de

instalações elétricas NBR5410: 2004 todos os circuitos de iluminação, pontos de

tomadas de uso geral e também os que servem aparelhos específicos (como

chuveiros, ar condicionados, microondas, etc.) devem possuir o condutor terra.

Page 22: TCC Otimização de Instalação Elétrica

21

3. NOVAS TECNOLOGIAS

Em função das necessidades atuais, empresas fabricantes de materiais elétricos

estão desenvolvendo produtos cada vez mais eficientes e fazendo uso de novas

tecnologias. Com foco em proteção, existem disjuntores mais compactos (para

otimizar o espaço) e com melhor qualidade (mais sensíveis e seguros). Hoje, já é

possível também visualizar uma instalação elétrica a distância (pela internet), por

meio da aplicação de módulos, como controladores de demanda e monitores de

grandezas físicas das instalações.

O setor de iluminação é outro segmento que evoluiu muito. A construção física das

luminárias anteriormente utilizadas era bem fracas e as chapas eram ineficientes. Os

reatores atualmente utilizados são eletrônicos, que objetivam garantir melhor

qualidade da iluminação. Por possuírem um controle de fator de potência integrado,

proporcionam menor temperatura pontual. Os reatores eletrônicos consomem

menos energia e são mais seguros que os eletromecânicos (mais antigos), que

esquentavam, e que ultrapassando determinada temperatura estavam sujeitos a

pegar fogo. O uso de diodos emissores de luz (LEDs, na sigla em inglês) também

vem, pouco a pouco, ganhando espaço na maioria das aplicações. Essa fonte de luz

tem se mostrado uma forte tendência nos sistemas de iluminação.

Outras novidades desenvolvidas pelo mercado são infraestruturas flexíveis para pré-

automação. O conceito permite que o usuário decida como e quando realizar um

upgrade ou a melhoria em sua instalação elétrica, facilitando a adoção de qualquer

solução em automação, da mais simples à mais complexa

Outro item é o relé modular de estado sólido, indicado para o acionamento de

circuitos de iluminação e de motores monofásicos ou trifásicos, por meio de circuitos

de controle. Os cabos não propagadores de chama com isolação ou cobertura livre

de halogênio, com baixa emissão de fumaça e de gases tóxicos em caso de

incêndios também são muito utilizados em retrofit de instalações elétricas prediais,

uma vez que não comprometem a integridade física nem a visão do usuário no

momento da fuga.

Page 23: TCC Otimização de Instalação Elétrica

22

Cabos flexíveis são outra alternativa para estas instalações. É comum os

interruptores serem instalados em uma mesma caixa 4x2 ou 4x4. Nesse caso, a

utilização de fios rígidos dificulta ou até impede a instalação de forma segura, haja

vista falhas de conexão ou danos à isolação dos fios. Situação análoga ocorre nos

quadros de distribuição com a necessidade de diversos disjuntores para proteger

diferentes circuitos.

Um aspecto observado é a redução do tempo na passagem dos cabos flexíveis em

eletrodutos, já que representa menos esforço e mais produtividade em relação ao

uso de outro tipo de fio. Além disso, existe outro ponto fundamental em relação à

segurança: ao passar fios por eletrodutos, especialmente quando existem curvas no

percurso, o esforço adicional necessário ao puxamento pode provocar danos ao

isolamento do fio, riscos de curto-circuito, danos aos equipamentos conectados e,

em casos extremos, até mesmo incêndios.

Os prédios antigos não foram projetados para receber uma instalação elétrica no

conceito moderno que temos de segurança, separação, energia e sinal, telefonia,

informática, entre outros. Tem-se ainda um paradigma onde as pessoas

consideram que eletricidade é um custo, sendo que, na verdade, é um investimento.

3.1 Por que controlar?

A economia de energia e a sustentabilidade são dois grandes motivadores para o

uso eficiente da iluminação. O cenário atual é favorável a aplicações de tecnologias

mais modernas e eficientes em função do crescente aumento dos preços da energia

elétrica nos últimos anos e em função da busca por certificações de edificações

como o LEED, que objetivam disseminar práticas sustentáveis e ambientalmente

corretas nas construções.

Dessa forma, o uso de equipamentos mais eficientes e ecologicamente corretos,

como Leds, lâmpadas econômicas como fluorescentes T5 e luminárias de alto

desempenho, são fatores essenciais para que os projetos luminotécnicos obtenham

menores cargas instaladas.

Page 24: TCC Otimização de Instalação Elétrica

23

Outro recurso importante para otimizar o consumo de energia após ter o projeto bem

dimensionado com equipamentos eficientes é a utilização de sistemas de controle

de iluminação. O controle, seja manual ou automático, é fundamental para que o

usuário ou o administrador da edificação possa atuar sobre os horários de não

ocupação ou quando existirem condições satisfatórias de iluminação natural,

possibilitando economizar energia elétrica. Sensores de presença, de luminosidade

e sensores integrados (presença mais luminosidade) são recursos cada vez mais

comuns em instalações comerciais que visam economizar energia elétrica. A FIG. 2

ilustra o perfil de consumo de energia de uma instalação com sensor de presença e

luminosidade, considerando o uso da iluminação artificial apenas quando existe

detecção de presença e quando a iluminação natural não é suficiente.

Figura 2 – Potencial de economia de energia com sensor de presença e luminosidade

Fonte: www.osram.com.br

A inserção de controles individuais agrega, principalmente, a possibilidade de o

usuário adequar a iluminação às suas necessidades e exigências particulares. Isto

garante a ele maior conforto visual e ambiental e conseqüentemente um maior

potencial de produtividade.

Page 25: TCC Otimização de Instalação Elétrica

24

Os sistemas de controle da iluminação podem se integrar também a outros sistemas

de controle, sendo gerenciados pela automação predial. Esta é outra tendência do

segmento: possibilitar acesso remoto pela internet por computadores ou smart

phones, integrando-se a sistemas de segurança e horários de ocupação das

edificações. Para isso podem ser usados diversos protocolos de controle de

iluminação, tais como DALI, 0-10V, DMX, ZigBee, entre outros.

O controle da iluminação passa a ser então um recurso importante para

gerenciamento, controlando a operação e a manutenção dos sistemas. Avançados

sistemas de controle podem indicar os pontos de luz com problemas ou monitorar o

tempo em que os equipamentos ficaram ligados e, com isso ajudar, na manutenção,

seja corretiva como preventiva.

Além disso, o controle dos sistemas de iluminação pode possibilitar a criação de

cenários de iluminação para os ambientes, isto é, possibilitam a criação de

diferentes cenas para diferentes ocasiões. Este recurso vem sendo muito explorado

em ambientes dinâmicos como auditórios e salas de reunião.

Os controles possibilitam ainda a dimerização da iluminação e a alteração da

tonalidade da cor da luz conforme diferentes horários do dia. Luminárias com fontes

de luz com diferentes temperaturas de cor (FIG.3) e controles dimerizáveis em

conjunto com um software controlam o tempo e essa mudança de cor.

Dessa forma, os sistemas de controles permitem diversas vantagens ao sistema de

iluminação, desde controles simples (liga-desliga) que atendem a condições

específicas do usuário, controles automáticos através de sensores de presença e/ou

luminosidade até controles mais completos e complexos que gerenciam o sistema

de iluminação como um todo. As vantagens são diversas: economia de energia,

ganhos operacionais e de manutenção, conforto e aumento de produtividade podem

ser elencados como os principais.

Page 26: TCC Otimização de Instalação Elétrica

25

Figura 3 – Variação da temperatura de cor da luz no mesmo ambiente

Fonte : www.philips.com.br

É comum encontrarmos pessoas que creem que manter a iluminação fluorescente

ligada o tempo todo, ao invés de desligá-la quando ela não for necessária,

economiza energia. Isto é uma idéia falsa. Quando a iluminação artificial não é

necessária, desligue-a.

Entretanto, para apagar a luz é necessário um interruptor. Geralmente em muitas

instalações prediais e comercias a iluminação é ligada através de interruptores que

controlam andares inteiros. Esse tipo de controle é extremamente ineficiente porque

mantém ligada a iluminação em lugares desocupados, sem que os usuários possam

atuar sobre ela. Uma boa solução é instalar novos interruptores que permitam um

melhor controle de iluminação, em lugares de fácil acesso ao usuário. Assim, a

iluminação do ambiente poderá ser desligada nos locais desocupados. A economia

de energia com instalação de interruptores é bastante expressiva, contudo eles não

servem para nada se não forem usados. O aspecto mais importante da utilização

racional de energia com a instalação de interruptores é a atitude do usuário. Apagar

as luzes quando sair da sala, corredor ou quando verificar que um ambiente está

vazio deve ter o mesmo sentido ter o mesmo sentido para o usuário, como lavar as

mãos antes das refeições.

Além da instalação de interruptores, que são os dispositivos mais simples, outros

equipamentos como dimers, fotocélulas e sensores de presença podem ser

aplicados, resultando em significativas economias de energia elétrica. O uso de

reator eletrônico dimerizável permite a regulagem do fluxo luminoso por intermédio

de controle manual ou automático (através de sensores fotoelétricos). Assim é

possível regular (diminuir ou aumentar) o fluxo luminoso de acordo com a luz natural

Page 27: TCC Otimização de Instalação Elétrica

26

disponível no ambiente. Os sensores de presença também são uma boa opção para

economia de energia, pois permitem o acionamento dos sistemas de iluminação sem

a necessidade de ação do usuário. Contudo convém lembrar que o número de

acendimentos e desligamentos tem grande influência na vida útil das lâmpadas

fluorescentes. Por isso ao optar pela instalação de sensores de presença, devemos

verificar o regime de acendimentos e desligamentos ao qual as lâmpadas serão

submetidas.

3.2 Otimização das instalações com Led: algumas precauções

Uma solução atualmente buscada para economizar energia e reduzir as

manutenções em instalações comerciais é a substituição de lâmpadas fluorescentes

tubulares pelas lâmpadas tubulares de Led. A simples substituição de lâmpadas

visando a otimização (retrofits), entretanto, precisa ser elétrica e fotometricamente

analisada, pois as mudanças de equipamentos podem trazer alterações não

esperadas no ambiente.

Atualmente quando se pensa em inovação e eficiência energética em iluminação

pensa-se no Led. Observa-se o desejo de muitas pessoas em fazer uso dessa

tecnologia, porém ainda existe muito desconhecimento sobre suas vantagens e

desvantagens. Os “lampleds” e “tubeleds”, isto é, lâmpadas de Leds para retrofit de

lâmpadas incandescentes, halógenas e fluorescentes tubulares são opções cada

vez mais encontradas no mercado. Os preços, porém, ainda dispendiosos,

restringem aqueles que realmente fazem o uso destas lâmpadas.

Seduzidos pela ideia de uma longa vida útil, alta eficiência luminosa, ausência de

radiação ultravioleta, infravermelha e de metais nocivos, como o mercúrio, cada vez

mais pessoas querem usar os diodos emissores de luz como fonte luminosa.

Alguns cuidados, entretanto, precisam ser observados ao especificar ou comprar

Leds para retrofit de instalações elétricas. Atualmente, existe uma variedade de

produtos no mercado e não temos em vigor nenhuma norma ou recomendação para

o uso de equipamentos de qualidade. Misturam-se no mercado muitos produtos

Page 28: TCC Otimização de Instalação Elétrica

27

importados e nacionais, com diferentes tipos de Leds e com diferentes eficiências

luminosas, características luminotécnicas e elétricas.

Assim sendo, um retrofit de lâmpadas convencionais por lâmpadas de Led pode,

algumas vezes, tornar-se um problema se o produto não for de qualidade.

Geralmente são analisados em um estudo de retrofit a potência consumida, o fluxo

luminoso, o preço e as características de temperatura e reprodução de cor para que

a substituição seja compatível visualmente com a situação existente.

Os “lampleds” ou “tubeleds”, por possuírem Leds de diferentes tipos e marcas,

podem apresentar resultados qualitativos diversos. A FIG.4 ilustra um exemplo de

um supermercado que trocou parcialmente as lâmpadas fluorescentes tubulares por

lâmpadas tubulares de Leds. Verifica-se a significativa diferença visual de fluxo

luminoso, de temperatura e de reprodução de cor neste caso.

Figura 4 – Supermercado com iluminação fluorescente (esquerda) e Led (direita)

Fonte : www.osetoreletrico.com.br

Page 29: TCC Otimização de Instalação Elétrica

28

A substituição de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de Led podem gerar

grandes inconvenientes se o produto não for escolhido corretamente. É muito

importante analisar também a distribuição luminosa da lâmpada para que não sejam

observados efeitos de sombras múltiplas no ambiente e desconforto visual por

ofuscamento direto e refletido. A FIG. 5 ilustra uma aplicação com Led, em que se

verifica o efeito de sombras múltiplas, e a FIG. 6 mostra uma curva de distribuição

luminosa de uma lâmpada tubular de Led que causa este tipo de efeito.

Figura 5 – Sombras múltiplas geradas por iluminação a Led.

Fonte : www.osetoreletrico.com.br

Figura 6 – Curva de distribuição luminosa de uma lâmpada tubular de Led

Fonte : www.osetoreletrico.com.br

Page 30: TCC Otimização de Instalação Elétrica

29

Outros dados importantes a serem analisados são os dados elétricos da lâmpada de

Led. O fator de potência e a distorção harmônica podem se tornar críticos na

instalação elétrica, pois muitos produtos apresentam baixo fator de potência e altas

distorções. Em uma instalação de grande porte, por exemplo, se não forem tomados

os devidos cuidados, o retrofit de lâmpadas fluorescentes tubulares por lâmpadas

tubulares de Led pode até reduzir o consumo de energia, porém o baixo fator de

potência poderá gerar altas multas da concessionária por gerar reativos na rede

elétrica. A FIG.7 mostra uma medição elétrica de uma lâmpada tubular de Led à

venda no mercado. Observa-se nesta lâmpada fator de potência de 0,52 e distorção

harmônica de corrente de 157%.

Figura 7 – Dados elétricos medidos em uma lâmpada tubular de Led

Fonte: www.osetoreletrico.com.br

Page 31: TCC Otimização de Instalação Elétrica

30

Para verificar possíveis impactos na iluminação, apresentamos as fotometrias de

duas luminárias bastante utilizadas em ambientes comerciais: luminárias com aletas

planas brancas para duas lâmpadas fluorescentes de 32 W e luminárias com aletas

parabólicas em alumínio anodizado brilhante para as mesmas lâmpadas. Utilizando-

se as mesmas luminárias, foram substituídas as lâmpadas fluorescentes tubulares e

os reatores eletrônicos por lâmpadas tubulares de Leds de 22 W.

Atualmente, existem diversas lâmpadas de Led deste tipo, com características

elétricas e fotométricas bastante diferentes, como já relatados anteriormente. Nessa

análise foram escolhidas lâmpadas com distribuição homogênea, por considerá-las

mais adequadas a este tipo de luminária, uma vez que propiciam menor grau de

ofuscamento visual.

Aparentemente, com esta alteração, uma economia de energia superior a 30% é

atingida, porém, observa-se que o comportamento fotométrico da luminária é

bastante alterado. As FIG. 8 e 9 ilustram essa comparação para as luminárias de

aletas planas brancas e parabólicas em alumínio brilhante, respectivamente.

Observa-se claramente que ocorre alteração da curva de distribuição luminosa e

significativa redução das intensidades luminosas. Estas alterações, por sua vez,

impactam alteração da uniformidade do projeto e redução do nível de iluminância do

ambiente.

Analisando-se os fluxos luminosos totais e a eficácia luminosa dos conjuntos

(TAB.1), conclui-se que as luminárias com lâmpadas de Led possuem maior eficácia

luminosa que as luminárias com lâmpadas fluorescentes tubulares, porém, os fluxos

luminosos dos conjuntos com Leds são significativamente inferiores. Isto significa

que em uma situação de retrofit, sem alteração da quantidade de luminárias, os

níveis de iluminância seriam reduzidos em aproximadamente 23% a 25% com as

lâmpadas de Leds analisadas.

Essas mudanças em instalações antigas podem eventualmente não ser notadas

logo após a substituição, pois geralmente as lâmpadas fluorescentes já se

encontram depreciadas. No entanto, se comparadas em instalações com lâmpadas

novas a diferença será perceptível.

Page 32: TCC Otimização de Instalação Elétrica

31

Figura 8 – Luminária com aletas planas brancas (esquerda); curva de distribuição luminosa da luminária com duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32 W (centro)

e com duas lâmpadas tubulares de Led de 22 W (direita).

Fonte: www.lighting.philips.com.br

Figura 9 – Luminária com aletas parabólicas (esquerda); curva de distribuição luminosa da luminária com duas lâmpadas fluorescentes tubulares de 32 W (centro)

e com duas lâmpadas tubulares de Led de 22 W (direita).

Fonte : www.lighting.philips.com.br

Page 33: TCC Otimização de Instalação Elétrica

32

Tabela 1 – Comparação dos fluxos luminosos totais de cada conjunto e da eficácia luminosa

Fluorescente

2 x 32 w Led 2 x 22 w

Fluorescente

2 x 32 w

Led 2 x 22

w

Fluxo luminoso (lm) 3935 2944 3694 2837

Eficácia luminosa (lm/W) 61 67 58 65

Luminária aletas

parabólicas em alumínio

brilhante

Luminária aleta plana

branca

Fonte : www.lighting.philips.com.br

Outra questão a ser considerada posteriormente, durante a vida da instalação, é a

depreciação do fluxo luminoso. Em lâmpadas fluorescentes tubulares espera-se uma

depreciação do fluxo durante sua vida útil de 10%. Nos Leds convencionou-se uma

depreciação de 30% para definição da vida útil. Esta depreciação pode ocorrer mais

lenta ou rapidamente em função do tipo de Led utilizado e das condições de

alimentação e dissipação de calor do produto. Assim, a durabilidade do produto de

Led é outro fator de significativa importância para a qualidade e eficiência da

otimização.

Como exemplo de estudo do caso, temos o retrofit realizado em instalações

elétricas no edifício Citi Tower RJ, localizado no Rio de Janeiro. O prédio possui 29

andares e passou por um retrofit da instalação, começando pelo sistema de

iluminação, o hall de entrada e corredores eram muito escuros, e as fiações estavam

precárias com emendas expostas, tubulações e infraestruturas rígidas (de ferro) e

quadros de disjuntores no sistema Nema (ultrapassado), sistemas de

telecomunicação, detecção de incêndio, torres de arrefecimento, controle de acesso

câmeras em elevadores,etc. Após o retrofit, que durou cerca de seis meses, o hall

ganhou uma nova infraestrutura, em que foram feitas modernizações como a

instalação de sensores de movimento e sensores de controle de intensidade

luminosa, sistema de telecomunicação, detecção de incêndio, iluminação

diferenciada, torres de arrefecimento, controle de acesso e câmeras em elevadores

e, por fim, a troca de um de três chillers, o que proporcionou uma redução no

consumo de energia de 42%. Nesse edifício não foi avaliado o critério da

intensidade luminosa das lâmpadas Led e quanto essa intensidade foi modificada.

Temos que ter em mente que simples mudanças que podem trazer economia a

Page 34: TCC Otimização de Instalação Elétrica

33

princípio, poderão não proporcionar o mesmo conforto que o ambiente tivera antes

das modificações. Então é de extrema importância avaliar tais critérios sobre as

lâmpadas Leds, antes de propor otimizações na instalação elétricas.

Abaixo citamos alguns problemas comuns encontrados nas instalações elétricas:

1) Mau estado de fios e cabos utilizados

2) Execução inadequadas das instalações elétricas

3) Modificações das características iniciais dos projetos

4) Aumento de carga sem supervisão técnica

5) Falta de manutenção e estado precário de conservação

6) Desequilíbrio de cargas entre ramais

7) Proteções inadequadas

8)Superaquecimento de contatos, equipamentos e fiação

9)Queima frequente de aparelhos

10)Falta de conformidade com normas técnicas

Para resolver esses problemas, as medidas a seguir devem ser aplicadas:

1) Condutores elétricos em boas condições e de procedência conhecida

2) Somente técnicos devem executar trabalhos em instalações elétricas

3) As instalações devem ser feiras de acordo com o projeto inicial

4) Não sobrecarregar as instalações elétricas

5) Revisão preventiva do sistema elétrico a cada cinco anos

6) Usar circuitos separados para iluminação e tomadas

7) Instalar o fio terra e o dispositivo DR para evitar choques

8) Devem ser instalados disjuntores ou fusíveis nos quadros de destruição de

energia

Page 35: TCC Otimização de Instalação Elétrica

34

9) Usar o dispositivo de proteção contra surtos (DPS)

10) Seguir a norma ABNT NBR 5410

3.3 Otimização da instalação em circuitos de iluminação

Na maioria das instalações residências o vilão do consumo costuma ser o chuveiro

elétrico, seguido por aparelhos refrigeradores (geladeira e ar condicionado). Mas em

ambientes comercias a iluminação é responsável por boa parte do consumo de

energia elétrica. Nesses estabelecimentos, ela pode ser responsável por até 80% do

consumo. Caso possua condicionadores de ar, este percentual diminui, mantendo-

se, porém, na faixa de 40% a 60%.

Contudo, reduzir o consumo não significa necessariamente reduzir a iluminação

nesses ambientes comerciais. Há uma diferença muito grande entre uma coisa e

outra. Mas como é possível reduzir o consumo de energia com iluminação sem

diminuir seus benefícios? Muito simples: basta utilizar a iluminação mais adequada e

bem planejada, que você conseguirá o mesmo resultado, ou até melhor, com

economia no consumo de energia elétrica. Um bom projeto de iluminação deve

propiciar o conforto visual, despertar a atenção e estimular a eficiência.

Apresentamos alguns conceitos importantes de iluminação:

A luz é uma radiação capaz de estimular e excitar os olhos. Nem todas as radiações

são visíveis; assim, os raios x, ultravioleta e infravermelho são exemplos de

radiações que não são perceptíveis a olho nu. A luz que definimos como branca é na

realidade uma combinação de radiações de diversas cores.

Fluxo luminoso (FIG.10) é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa

durante um intervalo de tempo. O fluxo se mede em lumens. Por exemplo, o fluxo

luminoso de uma lâmpada incandescente de 100 W é de 1300 lumens.

A luminância define o fluxo luminoso recebido por uma superfície e é medida em lux.

Page 36: TCC Otimização de Instalação Elétrica

35

Figura 10 – Conceitos de iluminação

Fonte : www.ecobrasilenergia.com.br

Redução da iluminância: iluminar bem não significa iluminar demais.

São conceitos que estamos “cansados” de ouvir, e que na maioria das instalações

são mal empregados. Em todas as áreas iluminadas, normalmente verificam-se

locais onde a iluminação pode ser reduzida, ou eliminada, sem prejuízo das

atividades nelas desenvolvidas. Nestes locais pode-se reduzir o número de

lâmpadas e ou luminárias em operação com significativa economia de eletricidade.

Portanto, para diminuir o gasto com energia elétrica em sistema de iluminação de

edificações, escritórios e comércios, devemos procurar reduzir a iluminância

desnecessária encontrada nos diversos locais que compõem o ambiente. Este

procedimento deve ser adotado sempre tomando como base as normas da ABNT

(Associação Brasileira de Normas Técnicas) que preveem a iluminância mínima

necessária para as diversas tarefas realizadas no escritório. Alguns valores são

apresentados no QUA. 1.

Normalmente os escritórios apresentam um padrão de iluminação uniforme que

proporciona iluminâncias elevadas para atender algumas tarefas que requerem

muita luz, tornando a iluminação excessiva para aquelas que não exigem uma

iluminância alta. Pode-se optar por uma iluminação seletiva que proporcione a

iluminância realmente requerida por uma única tarefa ou por um grupo de tarefas

similares. Na prática devem-se agrupar tarefas que requerem iluminâncias

semelhantes, facilitando a implantação de um sistema de iluminação seletivo.

Page 37: TCC Otimização de Instalação Elétrica

36

Quadro 1 – Valores padrões de iluminância dos diversos ambientes

Fonte: NBR 5413. 1992

Outra solução muito utilizada é optar pela iluminação localizada que pode ser feita,

por exemplo, através da instalação de luminárias acopladas à mobília, permitindo

assim a redução da iluminação geral do ambiente. A iluminação acoplada à mobília,

além de proporcionar uma iluminância mais adequada a cada tarefa, deixa o

controle a cargo do usuário que, consciente da importância de se conservar energia,

pode otimizar a sua utilização proporcionando maior redução de consumo. Além

disso, esse sistema se adapta facilmente à mudança de layout do ambiente.

Para reduzir a iluminação excessiva, pode-se optar pela desativação de lâmpadas e

ou luminárias. Para tanto devemos tomar alguns cuidados. Alguns sistemas de

iluminação são compostos por luminárias com duas lâmpadas fluorescentes e, neste

caso, para reduzir a iluminância, será necessário desativar ambas lâmpadas. Em

sistemas compostos por luminárias com quatro lâmpadas, duas devem ser

removidas, e com luminárias de três lâmpadas, uma poderá ser removida. Ao

desativarmos lâmpadas fluorescentes devemos também desligar os reatores que,

Page 38: TCC Otimização de Instalação Elétrica

37

caso contrário, continuarão gastando energia para o seu funcionamento. Para

avaliar a economia obtida na redução da iluminância através da remoção de

lâmpadas, você deve somar as potências das lâmpadas a serem desativadas mais

as perdas nos reatores (quando existirem reatores) e multiplicar o resultado pelo

número médio de horas mensais que essas lâmpadas ficam acesas (TAB 2).

Tabela 2 – Perdas elétricas em reatores eletromagnéticos

Tipos de lâmpadas Potência (W) Perdas (W)

1 x 20 15

2 x 20 18

1 x 40 16

2 x 40 20

1 x 32 15

2 x 32 22

1 x 110 37

2 x 110 46

Fluorescente

Fonte: www.philips.com.br/reatores

Exemplo de avaliação da economia de energia com redução da iluminância através

da remoção de lâmpadas. Em um ambiente comercial com 150 luminárias com 2

lâmpadas de 110 Watts cada uma, foram desativadas 30 luminárias que ficavam

acesas 9 horas por dia e 22 dias por mês.

Ptl = Potência total das luminárias desativadas

Ptl = 30 luminárias x 2 lâmpadas x 110 W = 6.600 Watts

Perdas nos reatores; conforme a tabela anterior, a perda no reator duplo para 2

lâmpadas fluorescentes de 110 watts é de 46 watts. Portanto:

Pr= Perda no reator eletromagnético

Pr= 30 luminárias x 46 watts = 1.380 watts

Logo a economia total (E) será de :

E = (Ptl + Pr) x 9 horas x 22 dias =

Page 39: TCC Otimização de Instalação Elétrica

38

E = [(6.600 + 1380) x 9 x 22]/1000

E = 1.580 Kwh/ mês

Economia na conta de energia elétrica:

Consumo = 1580 kwh/mês x 0,5614 (tarifa da Cemig) = R$ 887,012.

Sem duvida é uma economia significativa tratando-se de estabelecimentos

comercias e de escritórios. Mas as economias não se dão somente nessas

situações. Um exemplo claro são os aparelhos eletroeletrônicos das residências.

Se considerarmos o percurso da eletricidade desde o local de produção até ao local

de consumo, verificamos que muitas transformações são efetuadas utilizando o

efeito eletromagnético, desde grandes transformadores de potência até pequenos

transformadores da fonte de alimentação dos pequenos equipamentos domésticos.

A este percurso e transformações estão associadas perdas por efeito de Joule e/ou

magnetização. As perdas nas fontes de alimentação dos pequenos

eletrodomésticos quando em stand-by (Quadro 2) são pequenas, em termos

individuais, e por todos desprezadas ao não desligar os equipamentos da

alimentação.

Se em termos individuais podemos, efetivamente, considerar que o peso na fatura

energética mensal é reduzido, analisando todos os gastos dos pequenos

eletrodomésticos usados numa habitação verifica-se que esse conjunto contribui

para que o resultado da fatura energética possa ser considerável.

O somatório de pequenos contributos terá um grande impacte na redução global do

consumo de energia. Consideremos, como exemplo, um simples televisor com um

consumo em stand-by de 5W. Considerando o funcionamento em stand-by 24 horas

por dia, e o preço do kWh de R$,0,5614, o consumo mensal seria de:

Page 40: TCC Otimização de Instalação Elétrica

39

Quadro 2 - Exemplos de consumos em stand-by

Equipamento Potência em standy- by

Televisão 5

Aparelho sonora 5

Videogravador 6

Despertador 2

Carregador de celular 2

Telefone sem fios 6

PC 5

Impressora 2,5

Scaner 6

Mini aspirador 2

Forno microondas 3

Fogão elétrico 2

Total 46,5

Fonte: Autoria própria

Consumo mensal= 5 x 24 x 30 x 0,5614 / 1000 = R$ 2,021

No entanto, se considerarmos o conjunto possível de equipamentos usados numa

habitação, o consumo mensal final será:

Consumo mensal = 46,5 x 24 x 30 x 0,5614 / 1000 = R$ 18,7956

Esse valor pode não parecer expressivo, mas imagine se essa mesma quantidade

de energia em standy-by fosse consumida pelos cabos de sua residência? Pode

parecer que não seja possível tal situação, mas ela é mais comum do que se pensa.

Quem nunca percebeu uma redução na iluminação de determinado ambiente

quando o chuveiro ou outro aparelho (geralmente de grande potencia) entram em

funcionamento? Esse fenômeno se trata da queda de tensão e é causada por mal

dimensionamento dos cabos, cabos de circuitos longos, etc. Esse é apenas um dos

vilões que estão presentes nas residências e comércios em geral. E o tal do mal

contato, que nem sempre é tido como um grande problema nas residências, pois

não é raro ouvir pessoas dizendo : “Não se preocupe, esse aparelho as vezes não

funciona direito, de vez em quando apresenta uns mal contatos, mas atende minhas

necessidades”. O pior é o que não vemos, pois um bom contato é imprescindível

para o bom funcionamento do equipamento, sem contar que esse mal contato gera

uma resistência de contato, que provoca desperdício de energia elétrica

geralmente em forma de calor (efeito joule), e em muitas ocasiões devido a esse

Page 41: TCC Otimização de Instalação Elétrica

40

aquecimento excessivo, pode provocar a queima ou até um princípio de incêndio.

Incêndios como os ocorridos nos edifícios Joelma, Andraus e Grande Avenida.

Cuidado nunca é demais.

Simples atitudes como um bom projeto e dimensionamento dos circuitos e cabos,

previnem que tais situações possam acontecer nas instalações elétricas. Mas no

Brasil, não há tradição das pessoas se preocuparem com a manutenção. Elas se

importam se a parede está suja ou rachada, mas não consertam a fiação que está

escondida na parede. Com a facilidade do crediário e melhoria de vida nas classes

mais sofridas, há também um aumento na compra de equipamentos eletrônicos.

Esse crescimento acaba provocando uma sobrecarga na instalação elétrica.

Um relatório da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da

Eletricidade (Abracopel) apresentou os números parciais dos acidentes ocorridos no

país envolvendo eletricidade e anunciou as novidades para 2012.

Chama a atenção o número de acidentes por choque elétrico seguidos de morte

registrados na internet no período de janeiro a agosto de 2011. Foram 209 casos, o

mesmo número contabilizado durante o ano inteiro de 2010. E a quantidade de

incêndios causados por curto-circuito também é preocupante: 143 ocorrências, com

a contabilização de 13 mortes. Em 2010, foram divulgados na internet 210 incêndios

provocados pelo mesmo motivo. No Rio de Janeiro, 90% dos incêndios são

causados por problemas elétricos, e maioria dos casos, o problema ocorre por falta

de manutenção na rede e pelo envelhecimento da fiação. Muitos desses prédios

sofrem uma grande sobrecarga com novos equipamentos eletrônicos, mas a rede

elétrica permanece antiga.

De acordo com o levantamento (GRAF. 1), 64% dos acidentes com choque elétrico

ocorrem na rede aérea e, destes, 81% acometem os usuários da rede e apenas 11%

atingem os eletricistas.

Page 42: TCC Otimização de Instalação Elétrica

41

Gráfico 1– Estatística da Abracopel

Fonte : www.abracopel.org.br.

Os números mostram apenas um retrato de uma realidade ainda mais trágica,

considerando que nem todos os acidentes são divulgados.

3.4 Luminárias

A luminária não é simplesmente uma peça decorativa. Ela deve, além de sustentar a

lâmpada e garantir a alimentação elétrica, dirigir o fluxo luminoso, assegurando

conforto visual com o máximo de eficiência. Apesar de parecerem óbvias, essas

funções são muito importantes. Uma luminária geralmente é projetada para uma

determinada aplicação e um determinado tipo de lâmpada.

A finalidade de dirigir o fluxo luminoso é imprescindível para evitar o fenômeno do

ofuscamento, sensação desagradável que se verifica quando o olho recebe um fluxo

luminoso excessivo ou sofre um contraste muito forte de luz em um mesmo

ambiente. A sensibilidade ao ofuscamento varia muito de indivíduo para indivíduo.

Antigamente, costumava-se afirmar que o único meio de eliminar o ofuscamento era

cobrir as fontes de iluminação. As lâmpadas fluorescentes ou incandescentes eram

embutidas, e os lustres eram feitos de modo a impedir a visão direta do filamento ou

tubo. De fato, essas soluções eliminam o ofuscamento; contudo, esses sistemas de

proteção absorvem uma parcela elevada de fluxo luminoso. Conforme o tipo de

luminária a proteção pode absorver de 20% a 70% da luz. Nos projetos modernos de

Page 43: TCC Otimização de Instalação Elétrica

42

iluminação, reconhece- se que a lâmpada descoberta nem sempre se apresenta

como um mal; grande parte da iluminação comercial é feita com lâmpadas

fluorescentes descobertas. Para evitar o ofuscamento, é suficiente que a lâmpada

seja instalada acima do campo visual ou, se estiver baixa, utilizar um anteparo que

cubra parcialmente, concentrando- se o fluxo de luz sobre a tarefa visual.

Evidentemente, para cada uso e para cada efeito que se deseja obter, há um tipo de

luminária mais adequado. Ao fazer a escolha, devemos considerar também o

consumo de energia elétrica que o modelo requer.

Afinal, a luminária se paga uma vez, mas a conta de energia elétrica deve ser paga

todos os meses. As luminárias modernas são fabricadas com materiais que

proporcionam alta reflexão, como é o caso do alumínio polido de alta pureza.

3.5 Manutenção

Parte do desperdício de energia elétrica em luminárias, normalmente, ocorre pela

manutenção inadequada desses equipamentos. Com o passar do tempo, a poeira

vai se acumulando na luminária e, consequentemente, reduzindo a intensidade de

fluxo luminoso fazendo com que a luz ambiente diminua.

Se isto ocorre na sua instalação, você está gastando energia elétrica para aquecer a

poeira, não para iluminar. Na prática, podemos afirmar que com a manutenção

inadequada das luminárias perdemos cerca de 20% de luz no ambiente. Adotando

um programa de manutenção eficiente, com uma limpeza periódica das luminárias,

podemos evitar o acúmulo de poeira, aproveitando melhor a iluminação.

3.6 Reatores

Os reatores são equipamentos que têm por função a partida e a limitação de

corrente das lâmpadas de descarga. Para cada tipo de lâmpada existe um tipo

adequado de reator. Os reatores utilizados para lâmpadas fluorescentes podem ser

duplos ou simples, ou seja, podem acionar um conjunto de duas lâmpadas ou

Page 44: TCC Otimização de Instalação Elétrica

43

apenas uma. Encontram-se disponíveis no mercado reatores eletromagnéticos e

eletrônicos. Os eletromagnéticos podem ser de partida rápida ou convencional. Os

reatores eletrônicos além de apresentar menores perdas, aumentam a eficiência da

lâmpada, possibilitam o controle de fluxo luminoso (dimerização), reduzem o

aquecimento do ambiente, evitam o efeito estroboscópico, etc. Sempre que um

reator eletromagnético queimar verifique a possibilidade de trocá-lo por um

eletrônico.

Page 45: TCC Otimização de Instalação Elétrica

44

4. AVALIAÇÃO DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Uma instalação elétrica mal dimensionada, mal projetada e malfeita, que utiliza

produtos de baixa qualidade, pode causar mais danos do que se pode imaginar. Mas

como a energia elétrica – indispensável à vida moderna – é conduzida sempre de

maneira invisível, poucos conhecem os perigos de uma sobrecarga, dos curtos-

circuitos, de choques elétricos mais violentos e do risco à integridade da vida e do

patrimônio. E somente se preocupam com o que acontece dentro das paredes

quando o que poderia ser evitado já aconteceu.

Há que se compreender a posição leiga da maioria dos usuários, principalmente os

residenciais, mas é imperativo mostrar aos profissionais do setor a sua

responsabilidade e fomentar a sua competência, disponibilizando cada vez mais

informações que o qualifiquem e o abasteçam para a execução de um trabalho

eficiente. A valorização da mão-de-obra qualificada é o primeiro passo para alertar e

para estabelecer um novo quadro no setor, prestes a conviver com a certificação

compulsória das instalações elétricas.

Uma pesquisa realizada em 2010 pelo Procobre em parceria com universidades e

entidades vinculadas ao setor elétrico, que revelou as péssimas condições das

instalações elétricas residenciais.

Um exemplo disso é a edificação relatada a seguir. O edifício tem 27 anos e o

apartamento 110m². Nessa pesquisa, foram as residências com mais de 20 anos

que acusaram os maiores problemas: 50% delas não passaram por nenhum tipo de

reforma nas instalações elétricas, 48,7% apresentam frequentes desarmes de

disjuntores ou queima de fusíveis, sendo 42% referentes a sobrecargas no circuito.

A seguir apresentamos os pontos fracos e os aceitáveis desta instalação, que

contempla algumas exigências da NBR 5410.

Page 46: TCC Otimização de Instalação Elétrica

45

Figura 11 - Quadro de distribuição

Fonte: www.procobre.com.br

Nessa edificação o quadro de distribuição (FIG.11) é de chapa de ferro. Antigo, mas

adequado por não propagar fogo e segundo a pesquisa do Procobre, 52,8% das

residências desrespeitam a NBR 5410 utilizando quadros de material combustível,

especialmente madeira. De forma geral, esse quadro apresenta certos requisitos

exigidos pela NBR 5410 como: possui proteção das partes vivas, identificação dos

circuitos e um barramento de neutro. Mas apresenta um aquecimento e oxidação

que indica a presença de harmônicas. Apesar da existência do barramento, não há

instalação do fio terra. Trata-se de uma falha comum e que indica a possibilidade de

o edifício não ter aterramento. Os fios são apenas vermelhos, mas de bitolas

satisfatórias (2,5mm). O número de disjuntores e suas capacidades de corrente são

satisfatórios (chave geral 60A, por exemplo), mas não há dispositivo diferencial

residual (DR). Os circuitos de tomadas de uso geral e de iluminação estão juntos.

Modo correto seria:

FIO TERRA: No caso de o edifício estar aterrado, é necessário subir o fio terra do

quadro geral até o apartamento.

CONDUTORES: As cores dos fios estão erradas. Deve-se seguir a norma (azul-

claro para o neutro, verde para o terra e demais cores para o condutor fase). Pela

idade do edifício, os fios não são certificados, o que não significa necessariamente

que não sejam bons. No caso de uma otimização, toda a fiação deve ser trocada

utilizando condutores certificados.

Page 47: TCC Otimização de Instalação Elétrica

46

DR: É obrigatório o uso do Dispositivo Diferencial Residual desde 1997, segundo a

NBR 5410. Para esta residência serão necessários dois DRs – um para a cozinha e

a área de serviço e outro para os banheiros. Como o espaço no quadro não

comportaria o número de disjuntores e DRs, uma possibilidade é a instalação do

Disjuntor Diferencial Residual, um dispositivo que conjuga as duas funções: a do

disjuntor termomagnético (protege os fios do circuito contra sobrecarga e curto-

circuito) e a do DR (protege as pessoas contra choques elétricos provocados por

contatos direto e indireto).

CIRCUITOS: É necessário separar os circuitos de tomadas de uso geral e de

iluminação, bem como criar circuitos para tomadas de uso específico (chuveiros,

torneiras elétricas, lava-louças, etc.)

Figura 12 – Extensão em tomadas

Fonte : www.procobre.com.br

Na sala, está instalado um filtro de linha com 6 tomadas (FIG.12), que possui

proteção com fusível. Nele estão ligados dois aparelhos de telefone e um abajur,

restando ainda quatro tomadas. A instalação está adequada, uma vez que as cargas

são pequenas, lembrando-se que a soma das cargas não deve ultrapassar 10A. O

uso de filtros de linha é sempre mais adequado do que o uso de “benjamins”, que

anulam o terra.

Page 48: TCC Otimização de Instalação Elétrica

47

Figura 13 – Extensão de tomada para microondas

Fonte : www.procobre.com.br

Aparentemente o micro-ondas (FIG.13) está ligado numa tomada exclusiva. Trata-se

de uma ilusão: é comum que uma solução estética mascare a carga excessiva, pois

o mesmo circuito está recebendo as potências elevadas do microondas e do freezer

ao lado (veja que da tomada sai um fio utilizado para a instalação de uma tomada

não visível para o freezer).

Figura 14 – Extensão de tomada para cafeteira e torradeira

Fonte : www.procobre.com.br

Na cozinha, outra tomada mostra claramente que os circuitos de iluminação e

tomadas estão juntos e, além disso, foi feita uma extensão a partir do interruptor.

Mais uma vez a solução estética não atende a segurança: a carga da torradeira e da

cafeteira (FIG.14), somadas, é de 1.300W, portanto, alta para uma TUG. Ligar os

Page 49: TCC Otimização de Instalação Elétrica

48

dois aparelhos juntos pode provocar danos ao circuito elétrico e aos próprios

eletrodomésticos.

Modo correto seria:

O correto é a instalação de uma tomada para cada equipamento a partir do quadro

de distribuição. Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço,

lavanderias e locais semelhantes deve-se atribuir, no mínimo, 600VA por tomada,

até 3 tomadas, e 100VA para os excedentes. Vale lembrar também que, no caso,

algumas tomadas estão embutidas nos móveis de madeira. De maneira geral, se há

bom dimensionamento de fios e tomadas, o fato não oferece risco. Mas, nas

condições em que se encontram, com possibilidade de sobrecarga e sendo a

madeira um material combustível, não é recomendável a utilização.

Utilização de TUE’s

Figura 15 – Torneira elétrica

Fonte : www.procobre.com.br

Na torneira elétrica (FIG.15) instalada na cozinha, o fio terra está ligado no parafuso

da caixa. Trata-se, infelizmente, de um erro comum, principalmente quando não

existe a presença do fio terra. Esta é uma medida perigosíssima e uma falha no

equipamento pode provocar choque elétrico.

Uma torneira elétrica deve estar ligada a uma tomada de uso específico (TUE), que

parte diretamente do quadro de distribuição. Há necessidade da ligação do fio terra

a partir do quadro geral do edifício. Isto soluciona grande parte dos problemas

Page 50: TCC Otimização de Instalação Elétrica

49

encontrados, protegendo e garantindo a integridade do patrimônio e da vida das

pessoas.

Figura 16 – Chuveiro elétrico

Fonte : www.procobre.com.br

Na instalação deste chuveiro ( FIG. 16), não há o fio terra. É possível observar o

afinamento de seção dos fios: a seção dos fios do chuveiro não é a mesma da

ligação do circuito, que é menor. Há um subdimensionamento do circuito.

Figura 17 - Chuveiro elétrico

Fonte : www.procobre.com.br

Num outro chuveiro da residência, de aproximadamente 8.000W de potência, há

uma conexão simples do fio terra. Porém, como não há o fio terra instalado no

apartamento, este suposto fio terra não protege o usuário do chuveiro contra

choque.

Instalar o terra e utilizar os condutores nas seções adequadas no caso do chuveiro

que apresentou subdimensionamento.

Page 51: TCC Otimização de Instalação Elétrica

50

Segundo a pesquisa do Procobre, 68% das residências não acusam a presença do

fio terra em suas instalações elétricas. É comum os moradores considerarem o

neutro como terra. Nesse edifício apenas um apartamento – de um total de 32 –

realizou a otimização (retrofit) nas instalações elétricas e levou o fio terra até o

apartamento.

Page 52: TCC Otimização de Instalação Elétrica

51

5. CONCLUSÃO

Projeto elétrico e o dimensionamentos corretos dos cabos, fazem parte de uma boa

otimização nas instalações elétricas, mas não garantem que as mesmas tenham o

máximo de eficiência. Vários aspectos precisam ser analisados para que as

soluções aplicadas pela otimização, não se tornem um mal investimento Cabe ao

técnico projetista, especificador e ao comprador estarem atentos às características

dos produtos. E não é simples. Na realidade é um pouco mais complexo. Uma

instalação pode estar dentro dos padrões das normas ABNT, normas internacionais

IEC, mas pouco resolvera se nessa instalação não houver avaliação quanto à

instalação de equipamentos eficientes e de alto fator de potencia. Em alguns casos,

uma simples limpeza das lâmpadas fluorescentes trará bons retornos no nível de

iluminamento, em conjunto com a escolha de luminárias e reatores eficientes, mas

nem sempre isso ocorre.. A iluminação a Led, com certeza, é a grande tendência

tecnológica para iluminação e existem produtos de elevada qualidade disponíveis no

mercado. Todavia, como também existem produtos não apropriados, muito se teme

que a tecnologia seja confundida com produtos de baixa qualidade e confiabilidade.

A existência de lâmpadas de Leds de diversos níveis de qualidade no mercado

brasileiro, a ausência de normas nacionais específicas e a escassez de informações

técnicas por parte dos fabricantes/importadores acabam trazendo insegurança para

os especificadores. Assim, os laboratórios de ensaio como os dos programas de

etiquetagem do Procel / Inmetro, exercerão importante papel para a verificação da

qualidade dos produtos para que os produtos de Led sejam regulamentados. Com

isso, conclui-se que, em função da grande diversidade de produtos no mercado,

estes devem ser analisados tecnicamente antes de serem implantados em projetos

de otimização (retrofit) nas instalações

A qualidade dos materiais, os equipamentos modernos repletos de tecnogia de

ponta e a evolução da tecnologia Led vêm ocorrendo de forma bastante rápida e,

sem dúvida, esta tecnologia não é mais do futuro e sim do presente. De qualquer

maneira, cautela é necessária para que a eficiência e a qualidade da instalação

sejam realmente obtidas, pois você paga esses produtos e investimentos uma só

vez, mas a conta de energia elétrica vem todo mês.

Page 53: TCC Otimização de Instalação Elétrica

52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRACOPEL. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA OS PERIGOS DA ELETRICIDADE. Eficiência no retrofit: Mito ou Verdade Disponível em : < http://abracopel.org/category/artigos-tecnicos/> Acesso em Jul 2015

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5410:

instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. VII 209 p.ISBN

8507002633 (broch).

ABNT/NBR 5413 ILUMINÂNCIA DE INTERIORES. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/125111131/NBR-5413-Iluminancia-de-interiores-PDF-docx. Acesso em jul. 2015

CAVALIN Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações elétricas prediais: conforme norma NBR 5410:2004. 14. Ed. São Paulo: Érica, 2006. 421p. ISBN 85-7194-541-1.

ECOBRASIL Projeto de iluminação e retrofit. Disponível em : < http://ecobrasilenergia.com.br/projeto-de-iluminacao-e-retrofit/> Acesso em Jul 2015. INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL – INMETRO. Conceitos de Avaliação da conformidade. 2013

LÂMPADAS GE. REATORES. Disponível em: www.gelampadas.com.br/solucoes/glossario.asp. Acesso em: jul. 2015.

JULIANA-IWASHITA PRECAUÇÕES NO RETROFIT COM LEDS: Disponível em:

<http://www.osetoreletrico.com.br/web/colunistas/juliana-iwashita/646-precaucoes-

no-retrofit-com-leds.html> .Acesso em jun 2015

PROCOBRE. DIMENSIONAMENTO ECONÔMICO E AMBIENTAL DE CONDUTORES ELÉTRICOS. 2014. Disponível em: http://www.leonardo-energy.org.br/wp-content/uploads/2011/03/breeze_deac/index.htm. Acesso em out. 2014.

PROCOBRE. INSTITUTO BRASILEIRO DO COBRE. RELATÓRIO DO

PROGRAMA CASA SEGURA. São Paulo. 2010

PRYSMIAN. Instalações Elétricas Prediais. São Paulo. Disponível em

<www.prysmian.com.br> Acesso em: 06/07/2014.

VERONEZI, Ana Beatriz Poli. Sistema de certificação da qualidade de edifícios

de escritórios na Brasil. Dissetação (Mestrado). Escola Politécnica de

Universidade de São Paulo. São Paulo.2004

OSRAM. SOLUÇÔES EM MODELOS DE LUMINÀRIAS: Disponível em : <http://www.osram.com.br/osram_br/noticias-e-conhecimento/pagina-de-luminarias/index.jsp> Acesso em jul 2015.