TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO INICIAL DO DOCENTE EM MATEMÁTICA

BRUNO LEONARDO DE SOUZA AGUIAR

JORGE ALEXANDRINO BORGES

RIO DE JANEIRO - 2014

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCOESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORESCURSO DE MATEMÁTICA – LICENCIATURA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BRUNO LEONARDO DE SOUZA AGUIAR

JORGE ALEXANDRINO BORGES

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO INICIAL DO DOCENTE DE MATEMÁTICA

Artigo apresentado a Professora Luciana Ferreira Furtado de Mendonça da disciplina de Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em Matemática

UCB

Rio de Janeiro – Julho de 2014TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO

INICIAL DO DOCENTE DE MATEMÁTICA

Bruno Leonardo de Souza Aguiar – matrícula 2011111130 – aluno do 6º período

Jorge Alexandrino Borges – matrícula 2011200355 – aluno do 6º período

RESUMO

O objetivo geral deste estudo é analisar as constantes evoluções tecnológicas e de que

forma integrar ao projeto pedagógico uma maneira de se aproximar da geração que está nos

bancos escolares e captar informações sobre o uso das Tecnologias da Informação e da

Comunicação nas práticas educativas de docentes, visando a contribuir com a formação de

futuros professores de Matemática.

Tendo em vista que o estudo tem como objetivo de relacionar a tecnologia com o ensino da

matemática, pois o campo da educação vem sofrendo mudanças nas salas de aulas

disponibilizando as tecnologias para complementar as aulas com um aprendizado mais completo.

Utilizando ferramentas tais com data show que permite a projeção de slides e vídeos

transmitidos através do computador, retroprojetor um recurso visual de apoio à comunicação,

internet muitas vezes utilizados como ferramenta de pesquisa.

Atualmente, cada vez mais os métodos de ensino utilizados no processo de ensino

aprendizagem, estão sendo contestados, pois o modelo de ensino tradicional quando comparados

com os parâmetros atuais, não estão em concordância com as mudanças e transformações que

ocorrem no mundo, principalmente nas questões que se referem ao processo de ensino-

aprendizagem.

Palavras-Chave:

Ensino-aprendizagem, Evoluções Tecnológicas, Projeto pedagógico e Tecnologias da

Informação e Comunicação.

Abstract

The proposal of this research is to analyze the constant developments in technology and how

to integrate pedagogical project a way of getting closer to the generation that is on the school

benches and capture information on the use of Information and Communication Technologies in

educational practices of teachers, to assist with the training of future teachers of Mathematics.

Given that the study aims to relate technology with teaching mathematics, because the field

of education has undergone changes in classrooms providing technologies to complement lessons

with a more complete learning.

Using such tools to date show that allows the projection of slides and videos transmitted via

computer, projector retro visual resource to support communication, internet often used as a

research tool.

Currently, more and more teaching methods used in the teaching learning process, being

challenged, because the traditional model of education compared with the current parameters, are

not in agreement with the changes and transformations that occur in the world, especially in issues

that relate to the teaching- learning process.

Key words:

Teaching-learning, Technological developments, pedagogical project and Information

Technology and Communication.

1. INTRODUÇÃO

Com as constantes transformações que a sociedade vem tendo ao longo dos anos, os

métodos de se ensinar não vêm acompanhando as evoluções tecnológicas. A prática docente

ainda segue os métodos tradicionais.

O manuseio da informática tem ganhado cada vez mais importância no cotidiano de várias

camadas da sociedade, a tecnologia está presente em nossas vidas e consequentemente nas

Universidades e nas Escolas.

O emprego da Tecnologia da Informação e da Comunicação tem sido um tema presente em

diversos debates por grandes pensadores, mas as suas potencialidades não apresentadas na

formação inicial do professor.

Almeida (2013) opina que em um mundo cada vez mais globalizado, utilizar as novas

tecnologias de forma integrada ao projeto pedagógico é uma maneira de se aproximar da geração

que está nos bancos escolares.

De acordo com Almeida (2013) tem havido muitos programas públicos de formação

continuada, entretanto há uma rotatividade enorme dos professores e isso se perde. Precisamos

investir na ampliação do acesso às tecnologias.

Também segundo Almeida (2013), o importante é que o professor tenha oportunidade de

reconhecer as potencialidades pedagógicas das TICs e aí assim incorporá-las à sua prática. Nem

todas as tecnologias que surgirem terá potencial. Outras inicialmente podem não ter, mas depois o

quadro muda. Primeiro, é preciso utilizar para si próprio para depois pensar sobre a prática

pedagógica e as contribuições que as TICs podem trazer aos processos de aprendizagem. Daí a

importância dos programas de formação.

Atualmente os novos desafios educacionais perante a Tecnologia da Informação e da

Comunicação atuam como coadjuvante na formação dos futuros professores.

Desta forma este estudo objetiva analisar a inserção e a utilização das Tecnologias da

Informação e da Comunicação (TIC) no processo de formação inicial nos cursos de Licenciatura

em Matemática

2. BREVE HISTÓRICO NO BRASIL: O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.

Em 1971, foi realizado na Universidade Federal de São Carlos um seminário intensivo sobre o uso de computadores no ensino de Física, ministrado por E. Huggins, especialista da Universidade de Dartmouth, E.U.A. Nesse mesmo ano, o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras promoveu, no Rio de Janeiro, a Primeira Conferência Nacional de Tecnologia em Educação Aplicada ao Ensino Superior (I CONTECE). Durante essa Conferência, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), acoplou, via modem, um terminal no Rio de Janeiro a um computador localizado no campus da USP (Souza, 1983, p 257).(VALENTE, 2000, p.02)

No entanto, foi na década de 80, que foi instituído o Programa Nacional de Informática na

Educação (Proninfe) pelo MEC, com o objetivo de promover o desenvolvimento da informática

educativa e seu uso no 1º, 2º e 3ª graus e ensino especial. Estimulando o surgimento da

infraestrutura de suporte nas escolas, apoiando a criação de centros, subcentros e laboratórios e

capacitar contínua e permanentemente os professores.

O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) foi criado em 1997, seu objetivo

visava unificar o uso das Tecnologias de Informática e da Comunicações (TIC) no ensino público

como ferramenta pedagógica. O programa teve como objetivo levar os computadores e suas

tecnologias à rede pública. Estados e Municípios deveriam implantar a estrutura para os

laboratórios e capacitar os educadores a usar os equipamentos de informática.

A implantação do programa se deu de forma descentralizada com a coordenação Estadual

do ProInfo para introdução das TICs nas redes públicas, articuladas com as ações dos Núcleos de

Tecnologia Educacional (NETE). Os NETE ofereciam a infraestrutura de informática e

comunicação e reuniam educadores e especialistas em tecnologia na educação.

O ProInfo é desenvolvido pela Secretária de Educação à Distância - Seed -, por meio do

Departamento de Infraestrutura tecnológica - Ditec -, em parceria com as Secretarias Estaduais e

algumas Municipais de Educação.

Sobre a importância das tecnologias e as relações com a Matemática, D’Ambrosio (1996),

comenta:

Ao longo da evolução da humanidade, Matemática e Tecnologia se desenvolveram em íntima associação, numa relação que poderíamos dizer simbiótica. A tecnologia entendida como convergência do saber (ciência) e do fazer (técnica), e a matemática são intrínsecas à busca solidária do sobreviver e de transcender. A geração do conhecimento matemático não pode, portanto, ser dissociada da tecnologia disponível.

Sobre as condições de integração do computador na prática pedagógica e a adequação de

instalação sobre um propício ambiente no processo de ensino aprendizagem, Valente (1999),

relata:

O docente quando está em formação deve adquirir experiência, pois sua formação envolve muito mais do que provê-lo com conhecimento sobre computadores. O seu preparo não pode ser uma simples oportunidade para passar informações, mas deve propiciar a vivência de uma experiência que contextualiza o conhecimento que ele constrói. E o contexto da escola, a prática dos professores e a presença dos seus alunos que determinam o que deve ser abordado nos cursos de formação. Assim, o processo de formá-lo deve criar condições para o docente construir conhecimento sobre as técnicas computacionais, entender porque e como integrar o computador na sua prática pedagógica possibilitando a transição de um ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno. Dessa forma, o curso de formação deve criar condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e as experiências vividas durante a sua formação para a sua realidade de sala de aula, compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir.

O professor torna-se indispensável, tornando-se orientador do processo de aprendizagem,

podendo dispor dos meios dos computadores para atender aos alunos de forma diversificada, de

acordo com suas necessidades. Docentes e discentes estão sempre conectados e isso ajuda

muito no aprendizado, pois qualquer dúvida que se tenha pode ser buscada na tecnologia.

Segundo Perrenoud (1999), por parte do professor, supõe-se que tenha competência para

criar situações desafiadoras, utilizando recursos didáticos variados, até mesmo aqueles que

tenham sido desenvolvidos para outros fins – destacam. Neste contexto os softwares educacionais

e os aplicativos de uso geral, já incorporados no cotidiano de várias tarefas intelectuais. Para que

ambientes de aprendizagem baseado em computadores venham a possibilitar ganhos

pedagógicos é necessário que sejam realizadas atividades fundamentais no processo de

desenvolvimento do conhecimento.

A introdução da informática na educação, segundo a proposta de mudança pedagógica,

como consta no programa brasileiro, exige uma formação bastante ampla e profunda dos

educadores. Não se trata de criar condições para o professor simplesmente dominar o computador

ou o software, mas sim auxiliá-lo a desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre

como o computador pode ser integrado no desenvolvimento desse conteúdo. Mais uma vez, a

questão da formação do professor se mostra de fundamental importância no processo de

introdução da informática na educação, exigindo soluções inovadoras e novas abordagens que

fundamentam os cursos de formação. (VALENTE, 1999)

3. METODOLOGIA

Nesta pesquisa se formulou um questionário, através da Web, sobre o uso das tecnologias

da informação e da comunicação para investigar o uso das TICs e suas percepções de uso com

docentes que já atuam na formação de professores em Licenciatura de Matemática com ênfase

nas aulas práticas na sala de informática com conceito matemático para sistematização do

conhecimento, ampliando o desenvolvimento (raciocínio) do discente em relação às formulas

aplicadas.

Para obter os dados necessários à pesquisa foram utilizadas perguntas que tinham como

objetivo identificar o perfil de uso das TICs do profissional bem como a sua utilização no cotidiano

escolar.

Este instrumento teve como objetivo captar informações sobre o uso das Tecnologias da

Informação e da Comunicação nas práticas educativas de docentes de uma Instituição de Ensino

Superior Privada.

A opção pelo questionário como técnica de coleta de dados deveu-se à possibilidade de

rapidez no retorno das respostas e maior facilidade para contactar professores, visto que eles

dispõem de pouco tempo para atendimento.

A população alvo da pesquisa foram os professores das Instituições de Ensino Superior

Privada, com docentes que atuam no curso de Graduação em Licenciatura de Matemática, no

Município de Rio de Janeiro com a disciplina de Matemática, para que o estudo contemplasse a

Formação docente.

As respostas estão agrupadas nos gráficos e categorizadas para possibilitar a análise dos

dados e finalmente proceder-se-á à elaboração das considerações finais.

4. ANÁLISE E DISCUSSAO DOS DADOS.

A apresentação dos resultados do questionário foi organizada e dividida por tema, com o

objetivo de analisar as respostas sobre a inserção e utilização das Tecnologias da Informação e

da Comunicação (TIC) no processo de formação inicial de professores de Matemática.

Gráfico 01 – Gênero

Esse gráfico nos mostra que de um total de 24 pessoas que responderam 06 são mulheres

e 18 são homens, ou seja, 75% são do gênero masculino e 25% são do gênero feminino,

conforme ilustração abaixo:

Gráfico 02 - Faixa Etária

Esse gráfico nos mostra que em relação à idade das pessoas que responderam 02 pessoas

(08%) estão na faixa de 20 a 30 anos, 06 pessoas (25%) está entre os 30 a 40 anos, 09 pessoas

(38%) estão entre os 40 a 50 anos e 07 pessoas (29%) estão acima dos 50 anos. A maioria das

respostas se concentrou entre os 40 a 50 anos (38%) e acima dos 50 anos (29%), conforme a

ilustração abaixo:

Gráfico 03 - Tempo de Magistério no Ensino Superior (Graduação)

Em relação ao tempo de magistério no Ensino Superior, tendo como referência a

Graduação, de um total de 24 pessoas (100%) que responderam - 03 pessoas (13%) não

possuem nenhuma experiência com o Ensino Superior, 02 pessoas (08%) tem 05 anos de

experiência, 07 pessoas (29%) tem 10 anos e a grande maioria, isto é, 12 pessoas (50%) tem

experiência com a Graduação conforme nos mostra a ilustração a seguir:

Gráfico 04 - Formação Acadêmica

Em relação à Formação Acadêmica, esse gráfico nos apresenta que de um total de 24

pessoas (100%) que responderam que nenhum (0%) tem formação em Ciências Contábeis, 01

pessoa (4%) tem formação em Física, 04 pessoas (17%) tem formação em Engenharia, 10

pessoas (42%) tem formação em matemática e 09 pessoas (38%) possuem outra formação que

não foi apontada na pesquisa, conforme nos mostra a ilustração a seguir:

Gráfico 05 - Tempo de Magistério na Educação Básica

Em relação ao tempo lecionado na Educação Básica, esse gráfico nos apresenta que de um

total de 24 pessoas (100%), 04 pessoas (17%) nunca atuaram na Educação Básica, 12 pessoas

(50%) atuaram ou atuam na Educação Básica, 07 pessoas (29%) atuaram ou atuam e 01 pessoa

(04%) atuou ou atua, conforme nos mostra a ilustração a seguir:

Gráfico 06 - Especialização Acadêmica

Esse gráfico nos apresenta qual o tipo de Especialização Acadêmica o participante

possui. De um total de 24 pessoas (100%) que responderam - 01 pessoa (4%) não

possui Pós Graduação, 02 pessoas (8%) possui Doutorado, 14 pessoas (58%) possuem

Mestrado e 07 pessoas (29%) possuem alguma Especialização, conforme nos mostra a

ilustração a seguir:

Gráfico 07 - Você acha importante a inclusão da disciplina "Tecnologias na Educação Matemática" no currículo da Graduação em Licenciatura de Matemática?

Esse gráfico nos relata sobre a importância da inclusão da Tecnologia na formação

Docente de Licenciatura em Matemática. Ressaltamos que duas pessoas que começaram a

pesquisa não responderam este tópico, donde de um total de 22 pessoas (100%) que

responderam este tópico, apenas 02 pessoas (9%) acharam desnecessário a inclusão e 20

pessoas (91%) acharam importante à inclusão da disciplina, conforme está representado na

ilustração a seguir:

Gráfico 08 - Você acha fundamental o professor usar as potencialidades das Tecnologias da Informação e da Comunicação em sua sala de aula?

Esse gráfico nos relata sobre a importância do uso das potencialidades das Tecnologias

da Informação e da Comunicação na sala de aula, onde pela primeira vez na pesquisa, houve uma

unanimidade na resposta, isto é, de uma total de 24 pessoas (100%) que participaram todas as

pessoas acharam importante esse uso, conforme esta representada na ilustração a seguir:

Gráfico 09 - Tempo de Magistério no Ensino Superior (Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado)

Esse gráfico representa o tempo de Magistério no Ensino Superior tendo como referência

a Pós- Graduação, o Mestrado e o Doutorado. Ressaltamos que uma pessoa, das 24 pessoas que

começaram a pesquisa não respondeu este tópico. De um total de 23 pessoas (100%) que

responderam este tópico, 05 pessoas (22%) não tem experiência nesta área, 07 pessoas (30%)

tem experiência acima de 10 anos nesta área, 04 pessoas (17%) tem experiência até 10 anos

nesta área e 07 pessoas (30%) tem experiência até 05 anos nesta área, conforme nos mostra a

ilustração a seguir:

Gráfico 10 - Com o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação, o docente é capaz de desenvolver a autonomia, o conhecimento e construir a cidadania?

Esse gráfico nos relata se o docente é capaz de desenvolver a autonomia, o conhecimento e

construir a cidadania com o uso das TICs, onde a grande maioria de um total de 23 pessoas

(100%) que participaram deste tópico acha importante o uso da tecnologia neste processo. Temos

que ressaltar que 01 pessoa não participou deste tópico. 01 pessoa (04%) achou não ser

importante o uso da tecnologia neste processo, enquanto que 22 pessoas (96%) achou que era

importante o uso da tecnologia neste processo, conforme nos mostra a ilustração a seguir:

Gráfico 11 - A resolução de problemas, com o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação, facilita a compreensão e a identificação dos conceitos ministrados?

Esse gráfico nos relata sobre a facilidade da compreensão e a identificação dos conceitos

ministrados na resolução dos problemas com o uso das TICs, onde mais uma vez tivemos uma

resposta unânime. Das 24 pessoas (100%) que responderam este tópico, todas responderam que

sim.

Gráfico 12 - Você utiliza Tecnologias da Informação e da Comunicação em sua prática de ensino?

Esse gráfico nos mostra sobre o uso das TICs na própria prática de ensino, onde

ressaltamos mais uma vez, que das 24 pessoas que começaram a pesquisa, novamente uma

pessoa se absteve de responder este tópico. De um total de 23 pessoas (100%) que responderam

este tópico, 04 pessoas (17%) não utilizavam e a maioria de 19 pessoas (83%) utilizam esta

ferramenta, como mostra a ilustração a seguir:

Ao serem indagados se os professores estão aptos a usar as Tecnologias como ferramenta para as suas aulas? Justificaram suas respostas da seguinte forma:

Podemos observar que na opinião de uma forma geral que a maioria não está preparada a

usar tais tecnologias em suas aulas, boa parte dos professores ainda resiste ao seu uso.

Infelizmente, os Cursos de Formação Docente ainda são muito teóricos e não são preparados para

os desafios diários que acarreta a sua profissão, inclusive para o uso das tecnologias. É preciso

investimento em políticas públicas setorizadas à formação tecnológica dos professores, pois

grandes partes dos professores também não a possuem e não querem ter conhecimentos nesta

área. Eles acreditam que o uso do Power Point é o suficiente. Sabemos que alguns professores não

estão preparados para a utilização da TICs, principalmente professores de Cursos tecnólogos e

bacharelados. Dentro das licenciaturas, esse panorama deve ser diferenciado, visto que estudam

profundamente métodos e técnicas de ensino. Temos que ressaltar ainda que uma porcentagem

maior dos docentes também não tem tempo, interesse ou verba para estimular o desenvolvimento

desta habilidade.

Infelizmente uma parcela dos professores não está apta: ou por não saberem utilizar essas

tecnologias ou por utilizarem de maneira incorreta e nem todos docentes possuem a formação

necessária, seja graduação ou pós, para o uso das TICs em seu cotidiano profissional. Mas

acreditamos que é de suma importância o professor precisa aprender como usar estas ferramentas

até mesmo para compreender como o nosso aluno organiza seu pensamento.

Há pouco mais de 10 anos, a Sociedade Brasileira de Matemática e a Sociedade Brasileira

de Educação Matemática vem brigando pela inclusão de disciplinas que contemplem as tecnologias

em sala de aula para os futuros professores de matemática. Acredito que já existe pelo menos 3

(três) gerações de professores formados nesta nova visão de ensino. Aos mais antigos, faz-se

necessária uma "atualização metodológica" ou "inserção tecnológica". Creio ainda que metade dos

professores em atividade não usam tecnologias em suas aulas de matemática no ensino básico ou

no ensino superior. Podemos dizer também que as ferramentas são instrumentos que facilitam o

emprego da metodologia, otimizando os planos de aulas, possibilitando, assim mais interação e

discussão sobre o que está sendo apresentado, além de prender mais a atenção dos alunos,

facilitando também uma melhor assimilação do conhecimento.

Na nossa formação, não tivemos a oportunidade de aprender a utilizar certas tecnologias na

resolução de problemas, porém aprendemos que com o passar do tempo somente quadro e giz não

dariam certo, e fomos buscando por meios próprios a aprender a utilizar os meios tecnológicos.

A formação na graduação não é praticada de forma satisfatória, porém devemos salientar

que as novas tecnologias devem ser utilizadas como auxiliar no ensino e que não são por si só a

única forma de se desenvolver o raciocínio e a resolução de problemas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nesta pesquisa podemos concluir que os cursos de licenciatura em matemática

articulem as TIC à teoria e à prática docente.

A educação não pode ficar alheia às transformações tecnológicas em que a sociedade vem

passando.

No projeto pedagógico do Curso de formação terão que prevê um trabalho integrado da

disciplina de tecnologia, relacionando teoria e prática de forma harmoniosa, ficando articulada a

formação profissional, os saberes referentes à disciplina, os saberes curriculares e os saberes da

experiência, considerados essências.

Vimos no questionário, que os dados colhidos nos indicam da concordância em que os

futuros professores não recebem formação adequada para utilizar as TICs em sala de aula, todos

concordam que é que é fundamental o professor utilizar a TIC em sala de aula e que a resolução

de problemas, com o uso das TICs, facilita a compreensão e a identificação dos conceitos

ministrados. A unanimidade também acha fundamental o professor usar as potencialidades das

Tecnologias da Informação e da Comunicação em sua sala de aula. Algumas pessoas, mais

exatamente 96% concordam que o docente é capaz de desenvolver a autonomia, o conhecimento

e construir a cidadania do aluno e ainda 83% utilizam este recurso em sua própria pratica no

processo de ensino aprendizagem.

Os grandes pensadores e pesquisadores vêm lutando com debates há anos pela inclusão

desta disciplina no currículo, pois os professores ao se formarem são obrigados a custearem a sua

capacitação e muitos não possuem verba ou interesse em investir na sua formação continua.

Como o projeto pedagógico do curso prevê, ainda, um trabalho integrado de diversas

disciplinas, relacionando teoria e prática de forma harmoniosa, ficam articulados, a formação

profissional, os saberes referentes às disciplinas, os saberes curriculares e os saberes da

experiência, considerados essenciais, segundo Tardif (2002), levando o professor a superar parte

das dificuldades que encontra no início da carreira.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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