FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A IMPORTÂNCIA DA TRANSPARÊNCIA CONTÁBIL NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO NA APAE DE TUBARÃO SC

EDNA DOS SANTOS PATRÍCIO

CAPIVARI DE BAIXO 2014

FACULDADE CAPIVARI CIÊNCIAS CONTÁBEIS

EDNA DOS SANTOS PATRÍCIO

A IMPORTÂNCIA DA TRANSPARÊNCIA CONTÁBIL NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO NA APAE DE TUBARÃO SC

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Capivari para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador (a): Maria Aparecida Cardozo, Msc.

CAPIVARI DE BAIXO 2014

Edna dos Santos Patrício

A IMPORTÂNCIA DA TRANSPARÊNCIA CONTÁBIL NO TERCEIRO SETOR: UM ESTUDO NA APAE DE TUBARÃO SC

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis, e aprovado em sua forma final pela Banca Examinadora.

Capivari de Baixo, 2014.

____________________________

Prof.ª. Msc. Maria Aparecida Cardozo Coordenadora do Curso

Banca Examinadora:

___________________________ Prof. Msc. Maria Aparecida Cardozo

Orientadora

____________________________ Prof.º Esp. Maurício Dobiez

___________________________ Profº Patrick Prates Alves

DEDICATÓRIA

Dedico aos meus filhos, que sempre me apoiaram e me

incentivaram nesta trajetória acadêmica. E a todos ausentes e presentes, que me ajudaram a cumprir mais esta etapa gloriosa da minha vida.

AGRADECIMENTOS Primeiramente, a Deus, pois ele é peça fundamental e responsável e sem ele nada seria possível em todas as conquistas da minha vida. Agradeço aos meus pais, Maria Isabel dos Santos Patrício e Orlandino Bernardo Patrício. Aos meus filhos, por estarem sempre ao meu lado desde o começo, ao meu ex. esposo Gilmar Sprícigo, que me incentivou moral e financeiramente para que este sonho se realizasse. Aos meus amigos, Dayane Costa Salvador, Tercília Sousa, Marcio Monteiro, Suzana Mendes, a estas pessoas que estiveram próximas, que torceram e acreditaram que eu iria chegar até o final. A minha amiga irmã camarada, Samara Perfeito, que me incentivou e aconselhou para que eu iniciasse na faculdade e que jamais desistisse. Aos colegas de classe, por tudo que vivemos e lutamos durante esses quatro anos que estivemos juntos. À minha orientadora, Prof.ª Msc. Maria Aparecida Cardozo que, com sua sabedoria e paciência me acompanhou nesta caminhada não medindo esforços nas buscas, nas discussões e dúvidas. Juntas, atingimos o patamar deste trabalho. A APAE, que proporcionou subsídios para minha formação. A contadora da instituição Tania Belmiro Severino, a parte administrativa Dego e a Noilda Domingos Fogaça que, durante a experiência e estágio complementar, contribuíram para o meu crescimento intelectual. Eu Edna, em particular, agradeço aos meus queridos filhos que muitas vezes permitiram a minha ausência de casa e do meu dever como mãe para que eu desse, continuidade a este trabalho, além do incentivo que serviram como esforço para a minha autoconfiança. Agradeço a todos que de certa forma se atravessaram neste tempo enviezadamente em meu caminho, com eles aprendi a redobrar forças na minha existência que havia esquecido e isso me impulsionou a caminhar ainda mais adiante, com muito mais amor e persistência.

“Os grandes artistas geralmente são assim: diferentes, sensíveis e especiais.”

(Anônimo)

RESUMO O Terceiro Setor engloba as organizações sem fins lucrativos que buscam preencher as lacunas deixadas pelo governo na prestação de serviços à sociedade. Essas organizações sobrevivem de doações, recursos públicos e também promoções, sendo que as mesmas precisam prestar contas de suas atividades financeiras. Assim, este trabalho tem como pergunta de pesquisa: quais os procedimentos adotados pela APAE para divulgação com transparência de suas informações contábeis considerando as peculiaridades de seu segmento, o terceiro setor? Portanto, o objetivo geral é demonstrar os procedimentos adotados pela APAE para divulgação com transparência de suas informações contábeis considerando as peculiaridades de seu segmento, o terceiro setor. Para tanto os objetivos específicos são: caracterizar a importância da divulgação das informações contábeis de uma empresa do terceiro setor para sociedade considerando a literatura existente sobre o tema; buscar definições ou critérios relacionados com a transparência na literatura; apresentar os aspectos de divulgação e os relatórios contábeis da APAE considerando o grau de divulgação em sites ou outros meios; identificar o grau de transparência, e de que forma a sociedade participa e tem acesso às suas instalações físicas. Quanto à metodologia, a pesquisa trata de um estudo de caso realizado na APAE de Tubarão - SC, sendo utilizados documentos da referida instituição como fonte de consulta. Com a realização do estudo, pode-se conhecer sobre o trabalho desenvolvido por essa instituição, bem como sobre suas atividades financeiras, destacando que a instituição busca ser transparentes com seus parceiros e comunidade, apresentando seus dados no site, embora os mesmos estejam desatualizados.

Palavras-chave: Transparência. Contabilidade. Terceiro Setor.

LISTA DE ILUSTRAÇÔES

Quadro 1 - Estrutura da APAE........................................................... 26 Figura 1 – Educandos da APAE......................................................... 30 Figura 2 – Aras Lima ......................................................................... 43

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Recursos Públicos: Convênios e Subvenções .................. 61 Tabela 2 – Finalidade dos Recursos Públicos .................................... 62 Tabela 3 – Valores recebidos com as doações e investimentos ......... 63 Tabela 4 – Valores recebidos com as promoções e investimentos..... 63 Tabela 5 - Balanço patrimonial em 31 de dezembro.......................... 64 Tabela 6 - Demonstração do superávit ou déficit dos exercícios findos em 31 de dezembro ................................................................. 65

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................. 21 1.1 OBJETIVOS ................................................................................ 21 1.1.1 Objetivo Geral ......................................................................... 21 1.1.2 Objetivos Específicos............................................................... 21 1.2 JUSTIFICATIVA......................................................................... 22 1.3 METODOLOGIA DA PESQUISA.............................................. 22 1.4 ORGANIZAÇÕES DA PESQUISA............................................ 23 2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO: CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO.................................................................... 25 2.1 APAE: UMA PARTE HISTÓRIA............................................... 25 2.1.1 Infraestrutura Geral da associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) ....................................................................... 26 2.1.2 Estrutura da Gestão da APAE............................................... 27 2.2 POLÍTICA DE QUALIDADE DA APAE................................... 29 2.3 PRINCIPAIS TIPOS DE DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS .... 32 2.3.1 A importância da inclusão...................................................... 33 2.4 Benefícios atribuídos aos portadores de deficiência..................... 34 2.5 APAE DE TUBARÃO – SANTA CATARINA.......................... 35 2.6 ATIVIDADES COMPLEMENTARES....................................... 37 2.7 CENTRO DE REABILITAÇÃO ................................................. 39 2.8 NOVAS AQUISIÇÕES ............................................................... 42 2.9 AÇÕES SOLIDÁRIAS................................................................ 43 2.10 CONTRIBUIÇÕES E TELEMARKETING.............................. 44 2.11 TRABALHO VOLUTÁRIO...................................................... 45 2.12 PRESTAÇÃO DE CONTAS ..................................................... 45 3 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................ 47 3.1 SURGIMENTO, EVOLUÇÃO E CONCEITO DA CONTABILIDADE ........................................................................... 47 3.1.1 Surgimento............................................................................... 47 3.1.2 A contabilidade antes da escrita............................................. 49 3.1.3 No Brasil................................................................................... 50 3.1.4 Finalidade da Contabilidade .................................................. 51 3.1.5 Campo de Aplicação da Contabilidade ................................. 52 3.1.6 Campos da Contabilidade....................................................... 52 3.2 CONTABILIDADE E O TERCEIRO SETOR............................ 52 3.3 A REFLEXÃO ÉTICA ................................................................ 57 3.4 CRIAÇÃO DA CULTURA ÉTICA............................................. 58 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS.................................................. 61 5 SUGESTÕES PERTINENTES AO ESTUDO DE CASO......... 67

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................... 69 REFERÊNCIAS ............................................................................... 71

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1 INTRODUÇÃO

É cada vez menos incomum falar sobre transparência no terceiro setor, as pessoas não se preocupam e nem querem saber para onde vai e para quem vão os recursos do governo federal. Muitas delas nem sabem o que é terceiro setor e para que serve, qual o seus objetivos

O Terceiro Setor é uma organização não governamental, que trabalha por objetivos sociais, filantrópicos, culturais, recreativos, religiosos, artísticos, e sem fins lucrativos e que geram serviços de caráter público. O desafio no terceiro setor em geral, hoje em dia, ainda é muito grande, principalmente, em ser transparente, inclusive mostra seus esforços e debilidades, discussões e ações, mas qualquer que seja o modelo, a transparência é à base de tudo.

No Terceiro Setor, há três itens fundamentais e importantes que sem eles, seria um desafio de compreender seus papéis e entender seu valor e esforço são eles: Transparência, sustentabilidade e a ética, e o que os torna seus esforços mais valorizados e transparentes para uma construção de uma sociedade melhor e mais justa.

A contabilidade é um instrumento que fornece dados que se transformados em informações e, em seguida, bem analisados servem de grande importância e apoio nas tomadas de decisão sobre o futuro e rumo a ser seguido pelas empresas e instituições sociais (GUIMARÃES, 2009).

Nesse contexto, tem-se como pergunta de pesquisa: quais os procedimentos adotados pela APAE para divulgação com transparência de suas informações contábeis considerando as peculiaridades de seu segmento, o terceiro setor? 1.1 OBJETIVOS

Essa seção apresenta o objetivo geral e os objetivos específicos

que norteiam a pesquisa. 1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo geral consiste em demonstrar os procedimentos adotados pela APAE para divulgação com transparência de suas informações contábeis considerando as peculiaridades de seu segmento, o terceiro setor.

1.1.2 Objetivos Específicos

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a) Caracterizar a importância da divulgação das informações

contábeis de uma empresa do terceiro setor para sociedade considerando a literatura existente sobre o tema;

b) Buscar definições ou critérios relacionados com a transparência na literatura;

c) Apresentar os aspectos de divulgação e os relatórios contábeis da APAE considerando o grau de divulgação em sites ou outros meios;

d) Identificar o grau de transparência, e de que forma a sociedade participa e tem acesso às suas instalações físicas.

1.2 JUSTIFICATIVA

A escolha do tema para estudo está relacionada com a importância da transparência contábil no terceiro setor e as divulgações de suas informações.

O que norteou a escolha deste estudo foi ampliar os conhecimentos, com relação às organizações não governamentais, para levar suas ações e esforços, expondo suas debilidades e mostrando à sociedade a sua maneira de prestar contas de suas ações de maneira profissional e abrangente; no sentindo ético, demonstrando credibilidade, como consequência, mantendo padrões claros e negociáveis, positivos aos seus beneficiários, respeitando e mantendo uma ligação de equilíbrio para com seus funcionários, associados e colaboradores.

Esta pesquisa pode, de certa forma, ser considerada uma missão filantrópica, e buscar uma maneira clara e objetiva de mostrar que existe humanização e transparência nos dias de hoje, e que podemos ser agentes de mudança humana.

1.3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Trata-se de uma pesquisa de exploratória, pois tem o objetivo descrever e aprimorar ideias sobre o tema. Pesquisa realizada sob a forma qualitativa, método de abordagem indutivo e a técnica de coletas de dados indiretos (pesquisa documental e bibliográfica).

Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. (VERGARA, 2005).

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A Pesquisa Documental é muito parecida com a bibliográfica. A diferença está na natureza das fontes, pois esta forma vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. Além de analisar os documentos de “primeira mão” (documentos de arquivos, igrejas, sindicatos, instituições etc.), existem também aqueles que já foram processados, mas podem receber outras interpretações, como relatórios de empresas, tabelas etc.

Neste estudo, foram pesquisados os documentos da APAE de Tubarão/SC, objeto do estudo de caso.

Segundo Yin (2001, apud Gil, 2008, p. 54) o estudo de caso:

Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados.

A revisão bibliográfica e os dados da pesquisa documental

realizado na empresa foram de suam importância para conclusão do estudo.

1.4 ORGANIZAÇÕES DA PESQUISA

O presente estudo foi dividido em cinco capítulos que

proporcionam maior entendimento, de forma clara, e objetiva. O primeiro capítulo apresenta a introdução, destacando uma breve contextualização sobre o tema, os objetivos do trabalho, a justificativa e a metodologia.

No segundo capítulo, é apresentado o relatório do estágio objeto do estudo de caso, que é caracterizada pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) da cidade de Tubarão - SC.

O terceiro capítulo apresenta a abordagem do referencial teórico do estudo pesquisado, tratam dos conceitos de contabilidade, suas finalidades, conceitos de terceiro setor no processo de melhoria da divulgação de suas informações contábeis, sobre ética na contabilidade, APAE e suas características de informações, princípios fundamentais da instituição apaeiano, entre outros.

O quarto capítulo apresenta a análise e discussão dos resultados obtidos com a pesquisa na instituição.

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E, finalmente, no quinto capítulo, são apresentadas as conclusões, e as sugestões de melhorias para importância do terceiro setor e sua transparência dentro da instituição APAE, seguida das referências utilizadas para o estudo de casos, e as consultas para fundamentação do estudo.

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2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO: CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

O presente estudo de caso caracteriza-se por uma pesquisa

realizada na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)1.

2.1 APAE: UMA PARTE HISTÓRIA

A APAE de Tubarão foi fundada em 1966, tem norteado suas ações desenvolvendo atendimento educacional e de reabilitação para em média 272 alunos com deficiência intelectual/múltipla e transtorno invasivo do desenvolvimento (Autismo).

Em sua caminhada, propõe-se a conscientizar a sociedade quanto à convivência com a diversidade e à garantia dos direitos reservados as pessoas com deficiência intelectual/múltipla e autismo, melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e a construção de uma sociedade justa e igualitária.

Tais propostas implicam, com certeza, na quebra de paradigmas, no aprendizado constante e na evolução necessária à formação.

De assumir responsabilidade de ajudar na construção de uma educação que atenda às especialidades e particularidades das pessoas com deficiência, constituindo um espaço propício para desenvolver seu potencial e construir um mundo em que cada um possa viver as suas diferenças.

A APAE é uma associação civil, beneficente, com atuação nas áreas de assistência social, educação, saúde, prevenção, trabalho, profissionalização, defesa e garantia de direitos, esporte, cultura, lazer, estudo, pesquisas e outros, sem fins lucrativos ou de fins não econômicos, com duração indeterminada, foro do município de Tubarão-SC, tem por missão promover e articular ações de defesa de direitos e prevenção, orientações, prestação de serviços, apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária.

Está instalada em uma área de 5.563,62 m², com dependências físicas em metragem e construção adequada e legal, obedecendo às normas vigentes do ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, com especificidades referentes às leis de acessibilidade, barreiras arquitetônicas e facilitações as pessoas com deficiências, adota como

1 As informações sobre caracterização a instituição descritas neste trabalho foram retiradas do site da instituição: http://www.apaetubarao.org.br/

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símbolo a figura da flor margarida, com pétalas amarelas, centro laranja, pedúnculo e duas folhas verdes, uma de cada lado, ladeada por duas mãos em perfil, na cor cinza, desniveladas, uma em posição de amparo e a outra, de orientação, tendo embaixo, partindo do centro, dois ramos de louro, contento tantas folhas quanto forem os números dos estados brasileiros mais o Distrito Federal.

Em anuência com o Estatuto da Instituição, e o Projeto Político Pedagógico, a Escola Especial Ciranda da Esperança expõem metas e ações que serão desenvolvidas junto aos profissionais de educação, técnicos e administrativo em prol da qualidade de vida das pessoas com deficiência intelectual e múltipla assistidas nesta instituição e seus familiares, como também, articular ações, junto aos órgãos públicos e particulares, entidades governamentais e não governamentais e a sociedade como um todo, no sentido de cumprir com a missão de proporcionar o desenvolvimento global da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, com vistas à progressiva melhoria da qualidade de vida desde a mais tenra idade, promovendo a inclusão social, sendo reconhecida pelo seu elevado padrão de qualidade e eficácia, com transparência, responsabilidade social e sustentabilidade na defesa dos direitos e deveres da pessoa com deficiência intelectual e múltipla.

A organização APAE no Brasil tem proposta de oferecer à pessoa com deficiência mais do que tratamento terapêutico e, também, ações voltados ao envolvimento da família buscando o seu fortalecimento e garantia de defesa dos direitos da pessoa com deficiência.

A associação sem fins lucrativos APAE, está localizada na Rua Lauro Muller, n° 3171, Bairro Passagem, e foro no município de Tubarão, Estado de Santa Catarina.

2.1.1 Infraestrutura Geral da associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)

Os departamentos estão totalmente divididos e estruturados

segundo o cronograma elaborado pela associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), conforme quadro 1:

Quadro 1 - Estrutura da APAE

Sala Diretoria Recepção Administrativa Sala de Aula Sala de Fisioterapia Sala de Fonoaudiologia

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Sala de Terapia Ocupacional Sala de Integração Sensorial Pedia Suit Sala de Psicologia Sala Serviço Social Sala Médico Sala Odontologia Sala Ed. Física Sala de Música Sala Coordenação Pedagógica Sala de Equoterapia Depósito de Alimentos Refeitório Cozinha Laboratório Informática Banheiros Adaptados Piscina Elevador para cadeirantes Lavanderia Sala Telemarketing Brinquedoteca Videoteca Secretária Escovódromo Cancha de Bocha Parque Infantil Sala de Avaliação Diagnóstica Sala de Espera Depósitos Financeiro e Contábil Garagem Almoxarifado

Fonte: Estatuto APAE, 2014. 2.1.2 Estrutura da Gestão da APAE

A diretoria é o órgão superior que toma as decisões importantes na vida da associação, precisa ter transparência e democracia na escolha e na duração do mandado, a APAE faz a troca de sua diretoria de três em três anos, e são requisitados para admissão do associado: idoneidade, maioridade, capacidade legal, envolvimento com a causa da pessoa com deficiência, compromisso com as ações desenvolvidas pela APAE, o seu

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quadro social deste ano que aconteceu no dia 01/01/2014 e vai até 31/12/2016 é constituído pelas seguintes categorias: Presidente Noilda Domingos Fogaça, Vice Presidente Riberto Lima, Diretor de Patrimônio José João da Rosa, 2° Diretor Secretário Eliane da Rosa Fernandes, 1° Diretor Financeiro, Honório Gotardo, 2° Diretora Financeira, Rute Michels Meneghel, Diretor Social Edmar Demetril Nandi.

É no corpo de membros eleitos ou designados pelos sócios o conselho administrativo que tem a função de conjuntamente supervisionar as atividades da organização são eles; Edla Zim Silveira, Antônio Carlos Silvério, Narciso de Souza Antunes, Leila Saleh Goulart, Sonia dos Santos, Elizabeti F.M. Nunes, Marcelo Luiz Cardoso, Claudia Levandoski, Carlos Alberto Cattaneo, Fabíola Mario Prado Cechinel.

Conselho fiscal tem a função de fiscalizar as ações e opinar sobre contas e demonstrações financeiras e suas modificações praticadas pela administração são eles os Membros Efetivos: Maria Apolinária Lardizabal, Marta Estelina da Silva Vargas, Patrick Seolin Fernandes. Membros Suplentes: Jucemar Correa da Rosa, Nadia Maria Fernandes Barbosa, Arlindo Maffiollet.

O conselho consultivo serve para serem consultados, eles aconselham auxiliam e ajudam também na fiscalização é a escuta da sociedade fazem parte do conselho: Mário Severino e Dilney Vech.

Os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal, e os da Diretoria Executiva segundo o estatuto da APAE deverão ser associados contribuintes da APAE preferencialmente com experiência diretiva no Movimento Apaeano, quites com suas obrigações junto à tesouraria, ou associados especiais que comprovem matrícula e frequência regulares há, no mínimo, 1(um) ano, nos programas de atendimento.

O exercício das funções de membros dos órgãos indicados neste artigo não pode ser remunerado por qualquer forma ou título, sendo vedada a distribuição de lucros, resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio sob nenhuma forma ou pretexto ou de quaisquer outras vantagens ou benefícios por qualquer forma a diretores, sócios, conselheiros, instituidores, benfeitores ou equivalentes.

Os cargos do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e o da Diretoria Executiva deverão ser ocupados, sempre que possível, por, no mínimo, 30% de pais ou responsáveis legalmente constituídos.

Dirigentes de empresas terceirizadas, seus cônjuges, descendentes ou ascendentes, conviventes e parentes até o terceiro grau, que mantenham qualquer vínculo contratual ou comercial com a APAE, não

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poderão integrar a sua Diretoria Executiva, o seu Conselho de Administração nem o seu Conselho Fiscal.

O Diretor Geral é um representante legal da instituição, perante os órgãos reguladores, os órgãos políticos e sociais.

2.2 POLÍTICA DE QUALIDADE DA APAE

A política de qualidade da APAE é proporcionar às pessoas com

deficiências o desenvolvimento global, assim como aos pais, a realidade do processo de habitação, reabilitação, educação e prevenção, com o objetivo de desenvolver potencialidades nas áreas terapêuticas e educacional.

Portanto, busca atender aos requisitos e à melhoria contínua da eficácia do sistema de gestão da qualidade e visa sua integração e inclusão para sociedade usando o seu processo educacional e terapêutico para acolher suas necessidades.

Essas atividades são desenvolvidas por profissionais qualificados e capacitados, com programas e procedimentos metodológicos diferenciados, apoiados em equipamentos e materiais didáticos para promover uma educação inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais da solidariedade humana.

O papel de uma boa política de qualidade na APAE resolve, entre outros itens, conflitos de conceitos e diagnósticos. Nesse sentido cabe destacar que a deficiência intelectual, segundo AAIDD Associação Americana de Deficiência e do Desenvolvimento Intelectual, caracteriza que Deficiência intelectual não é uma doença mental e sim um retardo metal, e que muitos confundem e não sabem a diferença entre deficiente intelectual e doença mental que vem a ser: Deficiência intelectual (mental).

O retardo mental refere-se ao funcionamento intelectual. Ao prejuízo na adaptação social. Está presente no nascimento ou pode ocorrer durante o período de desenvolvimento embrionário, em algum grau de deficiência intelectual pode vir a ser permanente. Uma pessoa com retardo mental pode se comportar racionalmente conforme o seu nível funcional.

Uma pessoa com deficiência intelectual é uma pessoa que enquanto for criança tem que ser tratada como criança especial e na sua idade de adolescente ou adulto, têm que ser tratada como uma pessoa com deficiência intelectual de maneira normal e respeitosa. As pessoas com deficiência intelectual são, em geral, bem dispostas, carinhosas e gostam de se comunicar, conforme mostra a figura 1.

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Figura 1 – Educandos da APAE Fonte: APAE, 2014.

Gostam de atenção, e dar e receber carinho, de serem elogiadas, de conversar bons assuntos do dia a dia, adoram mostrar suas tarefas gostam de fazer novas amizades.

A Deficiência Intelectual é resultado, quase sempre, de uma alteração no desempenho cerebral, provocada por fatores genéticos, distúrbios na gestação, problemas no parto ou na vida após o nascimento. Um dos maiores desafios enfrentados pelos pesquisadores da área é que em grande parte dos casos estudados essa alteração não tem uma causa conhecida ou identificada. Muitas vezes não se chega a estabelecer claramente a origem da deficiência. A família e os amigos têm que evitar a superproteção.

A pessoa com deficiência intelectual deve fazer sozinha tudo o que puder, ajude-a quando realmente for necessário. Jamais “usar a expressão “doente (a)” ou coitadinha (a)” quando for se dirigir ou se referir a uma pessoa com deficiência intelectual.

Já doença mental é uma condição clínica que perturba o pensamento de uma pessoa, sentimento, humor, capacidade de se relacionar com os outros, e o funcionamento diário. A doença mental não tem nada a ver com inteligência. Doenças mentais graves incluem depressão, esquizofrenia. Transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno do pânico, transtorno de estresse pós-traumático. Uma pessoa com uma doença mental pode ser muito competente

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socialmente, mas pode ter um distúrbio de caráter, e variações súbitas. Os transtornos mentais são comuns na população.

As doenças mentais podem afetar pessoas de qualquer idade, raça, religião, ou de renda. As doenças mentais não são o resultado de fraqueza pessoal, falta de caráter ou educação deficiente. As doenças mentais são tratáveis. A maioria das pessoas diagnosticadas com uma doença mental grave pode experimentar alívio dos sintomas e administrar os sintomas, participando ativamente de um plano de tratamento individual. Uma pessoa com doença mental pode oscilar entre um comportamento normal e irracional.

A doença mental abrange uma grande variedade de sintomas que podem indicar que alguém está com problemas emocionais, tais como: agressividade, mau humor excessivo, desconfiança e suspeita, ou o controle emocional. As causas e os fatores que levam a deficiência intelectual são fatores de risco e ocorrem em fases gestacionais: Pré-natal quer no momento da concepção ou início do trabalho de parto, por causas genéticas, uma delas é alteração cromossômicas (numéricas ou estruturais) que provocam a síndrome de Down, entre outras alterações genéticas erros inatos do metabolismo que provoca Fenilcetonúria que leva a hiperatividade, tremor e microcefalia; e é diagnosticado no teste do pezinho ou se a mãe não fizer o teste do pezinho só terá um diagnóstico depois de um ano de vida da criança onde começaram aparecer os sintomas descritos acima.

Outros fatores que também afetam o complexo materno fetal são as drogas ilícitas, tabagismo, alcoolismo, efeitos colaterais de medicação psicotrópica; mães com doenças raras e graves como diabetes de mellitus ou doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis e a gonorreia, ou somente as infecciosas como a rubéola, toxoplasmose, a desnutrição materna também pode comprometer o feto a outros fatores que acontecem na hora do parto que são muitos significativos como a hipóxia ou anoxia (falta de oxigenação no cérebro) até mesmo a prematuridade e o baixo peso do RN (PIG) para idade gestacional que tem; a icterícia grave sem cuidados e não diagnosticada a tempo causa uma lesão cerebral grave chamada encefalopatia que tem o nome cientifico usado kernicterus.

Os pós-natais se incidem do 30° dia de vida do bebê até o final da adolescência como a desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global, infecções como meningites, sarampo, quando não levam a morte deixam sequelas, as intoxicações exógenas na pele que é causada por microrganismos adventícios, envenenamentos com produtos

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químicos como chumbo e mercúrio, acidentes de transito, afogamentos e choques elétricos, asfixia, quedas, etc.

A chance de uma criança desenvolver deficiência intelectual depende de diversos fatores relacionados à genética, por isso o acompanhamento médico é muito importante, cuidados com a gestante durante a gravidez, um ambiente familiar saudável na infância e adolescência da criança, entre outros é muito importante procurar aconselhamentos genéticos antes de engravidar, principalmente quando houver casos de deficiências na família, casamentos entre primos ou algum grau de parentesco, ter cuidado com a idade maternal avançada quer dizer maior que 35 anos.

Investigar possíveis infecções ou problemas maternos que podem ser tratados antes que ocorram danos ao feto está é a melhor maneira de tratar e prevenir.

2.3 PRINCIPAIS TIPOS DE DEFICIÊNCIAS INTELECTUAIS

A Síndrome de Down ocorre na formação do bebê, no início da gestação e o grau de deficiência intelectual (QI) pode chegar a valores inferiores a 40 e aparecem vários distúrbios como a hiperatividade, depressão e linguagem ficam mais comprometidas.

A Síndrome do X- Frágil, são alterações genéticas que provocam atraso mental; a criança apresenta face alongada, orelhas grandes ou salientes além do comprometimento ocular e social atípico e tímido.

A Síndrome de Willians - deficiência intelectual leve moderada a pessoa apresenta comprometimento maior na capacidade visual.

A Síndrome Willi – o quadro varia de paciente para paciente, conforme a idade apresenta problemas de aprendizado e dificuldade para pensamento e conceitos abstratos.

Síndrome de Angelman - é um distúrbio neurológico que causa deficiência intelectual, ausência de fala, epilepsia, atraso psicomotor, andar desequilibrado, com as pernas afastadas e esticadas, tem sono entrecortado e alterações no comportamento.

A pessoa com Deficiência Intelectual tem o dever de receber acompanhamento médico e estímulos, através de trabalhos terapêuticos com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. De forma geral, a pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldades e potencialidades. Seu acompanhamento consiste em reforçar e favorecer o desenvolvimento destas potencialidades e proporcionar o apoio necessário às suas dificuldades garantindo seu bem-estar e inclusão na sociedade.

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2.3.1 A importância da inclusão

A inclusão é muito importante para o portador intelectual, físico ou mental, tanto quando para sociedade em aceitar estes cidadãos porque desta maneira mostra o quanto somos mais humanos nos sensibilizamos com a causa, já que na história medieval a rejeição era frequente e também muito grande, chegavam até mesmo sacrificar os próprios filhos e as crianças que iam adquiridos retardo mental conforme a idade ou até mesmo depois de adulta por motivos de doenças crônicas ou infecciosa, eram jogadas no mar, e por permissão jurídica, decidiram que tratar os desiguais de maneira igual era injustiça.

Com o passar dos anos poucas coisas mudaram, muitos pais têm vergonha e rejeitam seus filhos ao nascerem com medo do que a sociedade possa pensar ou fazer de mal ou até mesmo de bem mais que eles não estão preparados psicologicamente para isso, acasos não muito no passado mais ou menos nas décadas de 50, 60,70, ouvia-se muito pais que trancavam seus filhos em porões por anos a fio que nem animais por ser uma aberração da natureza e não ser coisa boa de ver ou conviver com outras pessoas. Hoje em dia, os índios ainda cometem os mesmos erros do passado de sacrificar os deficientes intelectuais, físicos ou mentais, é difícil imaginar que pleno século XX ainda há exemplos de discriminação e maus-tratos e muito pouco amadurecimento das pessoas com relação aos direitos humanos, e por isso que as instituições apaeanas lutam pelos direitos e avanços de temas e esperam encontrar um olhar, respeito, ajuda para com as pessoas com deficiências sejam elas quais forem.

Temos que agradecer a inspiração da Beatrice Berni uma cidadã americana que implantou o movimento apaeano no Brasil e com ajuda de 48 pais e amigos de crianças excepcionais fundou a primeira APAE, é onde nasceu o movimento apaeano com a vocação de escola e que hoje tem toda uma estrutura, programas e sistemas operacionais para o atendimento com qualidade e respeito, e com todos os profissionais disponíveis para atender as crianças, pais e gestantes de risco. Por isso, a importância da inclusão social, pois ela é um instrumento extremamente importante na determinação da qualidade de vida da pessoa com deficiência seja ela qual for, pois permite o acesso a todos os recursos da comunidade, que favorecem o seu desenvolvimento global, reforçando a sua autonomia e que ajudarão a construir a sua cidadania. Como qualquer um de nós, a pessoa com Deficiência Intelectual percebe tudo que se passa ao seu redor. Portanto, devemos criar as oportunidades para que ela possa realizar todas as atividades que achar interessantes e

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auxiliá-la no que for possível. A pessoa com Deficiência Intelectual tem os mesmos direitos que todos os outros cidadãos, a segurados pela Constituição Federal do nosso país: direito à vida, liberdade, igualdade, não discriminação, segurança, propriedade, educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, previdência e assistência social, entre outros.

Com a redução das fronteiras da desigualdade, a pessoa com deficiência poderá, por exemplo, ingressar no mercado de trabalho ou na rede regular de ensino, sem qualquer espécie de discriminação, e assim mostrar sua produtividade e valor. É dever de a família estimular e uma obrigação das instituições especializadas capacitar a pessoa com deficiência, objetivando sua inclusão nestes ambientes, onde terá direito a todos os benefícios assegurados aos demais trabalhadores e estudantes. Caso o deficiente intelectual ou com outra deficiência física ou metal não se adaptar ao ambiente de trabalho, o mesmo tem o direito de entrar novamente com as papeladas para conseguir novamente o seu beneficio. 2.4 Benefícios atribuídos aos portadores de deficiência2

Em obediência ao disposto no inciso V do artigo 203 da atual

Constituição Federal, que garantiu, na forma da lei, o pagamento mensal de um salário mínimo aos idosos e aos portadores de deficiência que não consigam se manter por si próprios ou com a ajuda da família, adveio a Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, que, em seu artigo 20, regulamentou o aludido dispositivo constitucional.

Esse auxílio assistencial, também conhecido como benefício de prestação continuada ou “LOAS”, substituiu a renda mensal vitalícia prevista no revogado artigo 135 da Lei nº 8.213/91. O necessitado terá direito de receber o benefício assistencial mensal de 01 (um) salário mínimo desde que preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos: Ser deficiente (físico ou mental) ou idoso – 65 (sessenta e cinco) anos.

O § 1º do artigo 20 da Lei n º 8.742/93 menciona que: A pessoa portadora de deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho. Renda familiar per capita inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.

Este auxílio foi uma das grandes batalhas da APAE, e uma vitória para os pais das crianças, adolescente e idosos com síndrome, problemas físicos ou mentais, pois os mesmo não têm com trabalhar o manter o gasto que uma criança com necessidades especiais precisam. 2 Dados retirados da Constituição Federal de 1988.

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2.5 APAE DE TUBARÃO – SANTA CATARINA Ao longo dos anos, a APAE DE TUBARÃO identificou as mais

diversas situações e procura sempre conscientizar as famílias e a sociedade em geral de que a pessoa com Deficiência Intelectual tem os mesmos direitos e deveres de qualquer outro cidadão. Esse trabalho é desenvolvido pela nossa área de Serviço de Defesa e de Garantia de Direitos Humanos.

São Objetivos Específicos das Turmas da APAE: Estimulação Essencial

Específico às crianças de 0 a 3 anos e 11 meses, que apresentem ou possam vir apresentar atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo, assim como distúrbio de comportamento.

Nestas turmas. os alunos são estimulados quanto às percepções sensoriais, as habilidades iniciais da comunicação, os movimentos, a socialização, aprendizado e a habilidades. SAEDE (Serviço de Atendimento Educacional Especializa)

O SAEDE tem como objetivo geral, propiciar atendimento educacional especializado aos educandos com idade escolar entre 04 e 17 anos, que apresentam diagnóstico de deficiência mental moderada e/ou transtorno do espectro autista, inseridos no Ensino Regular. Este atendimento procura possibilitar avanços significativos e qualitativos no processo de ensino aprendizagem destes educandos e contribuir para a sua inclusão escolar. O SAEDE oferece também atendimento de reabilitação, conforme a necessidade dos educandos.

O atendimento acontece duas vezes por semana para cada grupo de alunos, no período matutino e vespertino. Nas sextas-feiras, os professores destas turmas prestam assessorias e orientação aos profissionais da rede regular. Quer dizer é oferecida preferencialmente na rede de ensino regular, para pessoas com necessidades educacionais, está na lei n°9.394, de 20-12-96 do capítulo V, da educação especial. SPE (Serviço Pedagógico Específico)

Esta turma é para educandos que apresentam deficiência intelectual moderada, múltipla e severamente comprometido, na faixa etária dos 04 aos 17 anos. SPE busca com este atendimento, através de atividades pedagógicas, oportunizar aos educandos, as condições que favoreçam o seu desenvolvimento psicomotor, social e intelectual, bem como a exploração de diferentes linguagens, que ajudem a estimular a comunicação e o desenvolvimento do educando com um todo. Pedagógica I

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O educando que está na Pedagógica I é atendido 20 horas semanais, no período matutino. Nesta turma, são desenvolvidas atividades pedagógicas que possibilitem aos educandos a elaboração de diferentes conceitos. O trabalho pedagógico tem como princípio a utilização de diferentes linguagens: oral, visual, escrita, noções perceptivas e noções matemáticas. Bem como questões relacionadas à afetividade, interação e autonomia.

Após avaliação da equipe pedagógica e conforme o desempenho destes alunos, após um tempo de permanência nesta turma, os mesmo poderão ser encaminhados para Oficina Pedagógica II, a onde o intuito é a qualificação para o mercado de trabalho. Qualificação Profissional (Pedagógica II)

Nestas turmas, são oferecidas oportunidades de vivências em atividades práticas e acadêmicas que possam revelar potencialidades, aptidões e interesses do aluno para o exercício de alguma habilidade profissional específica.

Esta tem o objetivo de preparar e encaminhar o aluno para o trabalho competitivo, protegido, autônomo ou ocupacional, na perspectiva de que o trabalho é o princípio do convívio humano. Tendo como objetivo superar a dimensão unidirecional de preparação e ocupação de mão de obra, assumindo o caráter reflexivo, culto e crítico em relação ao trabalho, através da construção de novos conhecimentos e novas relações, que possibilitem a formação de um cidadão capaz de pensar na realidade e transformá-la.

Na pedagógica II, os alunos deverão cumprir uma carga horária de 40 horas semanais, 8 horas diárias, sendo 4 horas ocupadas com atividade acadêmicas e 4 horas com atividades de preparação para o mundo de trabalho. Oficinas Protegidas Terapêuticas I, II e III.

As oficinas tão oportunidades aos educandos que não apresentam perspectiva de inclusão no mercado de trabalho competitivo (devido ao recebimento de pensões), a participação em atividades acadêmicas, básicas e de lazer e um rodízio de atividades terapêuticas diversificadas (trabalhos manuais, artesanatos); Estamos implantando novas atividades nas oficinas, sendo estas de estoparia e horticultura. Estas turmas tem atendimento de 40 horas semanais. Ocupacionais

Para estas turmas, são oferecidos aos educandos acima de 17 anos, que apresentam diagnóstico de deficiência intelectual e múltipla, moderada a grave, situações de ensino aprendizagem que ajudem a favorecer aos mesmos, maior independência, habilidades de vida diária,

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psicomotricidade, desenvolvimento da comunicação e a construção do conhecimento, sendo estes aspectos básicos para melhor qualidade de vida. São trabalhadas 04 turmas de ocupacionais no período matutino e 09 turmas no período vespertino. TEA (Transtorno dos Espectros Autistas)

Possibilitar aos educandos, através de atividades de rotina e a mediação individual dos professores, o conhecimento de si mesmo e o sentido de confiança, desenvolvendo capacidades afetivas, físicas, cognitivas e habilidades de comunicação e inter-relações. Itinerante

O ato de se deslocar tem por objetivo principal proporcionar aos educandos com diagnóstico de deficiência intelectual e múltipla, que apresentam graves comprometimentos, atendimento pedagógico e reabilitação. Este trabalho visa oferecer meios que auxiliem os educandos em suas atividades diárias, psicomotoras e nas relações sociais e convívio familiar, valorizando o educando e contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

Este serviço pedagógico é realizado de forma domiciliar, o professor se desloca até a casa do educando, e sempre nos períodos matutinos, sendo um atendimento semanal para cada aluno.

2.6 ATIVIDADES COMPLEMENTARES Educação Física

A Educação Física é realizada com todos os alunos da APAE, evidenciando as habilidades psicomotoras e a iniciação desportiva, estimulando a interação e favorecendo o desenvolvimento dos mesmos. Além das aulas curriculares de educação física, a APAE oferece outras atividades físicas extraclasses, sendo elas: hidroginástica, caminhada, judô, atletismo e bocha adaptada. Os alunos são incluídos mediante avaliação dos profissionais da área e avaliação médica. Estas atividades contribuem para a socialização, bem estar e saúde dos nossos educandos. Judô Adaptado.

O judô tem como filosofia de integrar corpo e mente. Por meio deste, são trabalhados alguns conceitos de disciplina e respeito ao próximo. No adaptado não é diferente, o objetivo é melhorar o desenvolvimento motor, a expressão corporal e a autoafirmação dos alunos. O judô adaptado é descrito com um método terapêutico que se propõe a contribuir no desenvolvimento social, afetivo, físico e mental de seus praticantes. Alguns educandos da APAE estão realizando aulas

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de judô adaptado, com o professor voluntário Thiago Gomes Flores, através da parceria do Clube 29 de Junho.

O projeto ressalta a importância da inclusão social. O sucesso da aula adaptada proporciona igualdade de oportunidades quer seja no esporte ou no dia-a-dia do aluno. Informática

O aprendizado deste trabalho tem como objetivo, desenvolver o uso do computador como recurso pedagógico, propiciando aos educandos, conhecimentos básicos de informática e entre outros meios diferenciados para o melhor desenvolvimento das potencialidades cognitivas dos mesmos, buscando a participação destes nas aulas, o seu interesse e a iniciativa. Artes

Todos os educandos participam das aulas de artes. Estas aulas têm um papel importante na mediação do conhecimento, envolvendo o aluno como elemento sensível e atuante, que se relacionam uns com os outros, sendo este um ser cultural, perceptivo e criativo. Os professores trabalham com diferentes gêneros artísticos ao longo do ano: artes visuais, artes cênicas (teatros e dramatização), expressão corporal e musicalização. A disciplina também dá destaque às datas comemorativas que estão no calendário escolar e que são culturalmente e historicamente significativas. São construídas pelos profissionais da área, diferentes apresentações artísticas, valorizando sempre o potencial, interesse e a participação dos alunos. Oficina de Música

Tem por objetivo favorecer a reabilitação mental e física, e o desenvolvimento da personalidade, do equilíbrio emocional e social dos educandos.

O desenvolvimento da Oficina consiste primeiramente em identificar as habilidades musicais dos alunos. Depois de selecionados, os alunos participam de grupos vocais, de aulas instrumentais (teclado e violão), e grupos de artes cênicas ou danças. Os alunos que participam destas aulas vocais fazem parte do grupo musical Dom maior.

Estas aulas são para estimular a capacidade de concentração e atenção, memorização, raciocínio lógico, ritmo, coordenação motora, discriminação sonora, iniciação à educação musical. Essas atividades são realizadas através de exercícios de acuidade rítmica e melódica, o que desenvolve a capacidade auditiva, intelectual e o desenvolvimento da memória.

Trabalhando com música na Educação Especial é um fazer artístico, os ganhos que a prática musical proporciona, seja pela

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expressão das emoções, pela sociabilidade, pela disciplina, pelo desenvolvimento de raciocínio são valiosíssimos para os educandos com deficiência intelectual e múltipla.

As responsáveis pela Oficina de Música da APAE são: Flávia Borges – Graduada em Psicologia / Especialização em Neuropsicopedagogia, Professora de Educação Musical e Keila Galarz – Graduada em Fonoaudiologia. Brinquedoteca

A biblioteca de brinquedos é um espaço que faz parte do contexto educacional da APAE.

O ensinar a aprender e dar prazer à imaginação que brinca, articula e questiona. Através do brinquedo a criança demonstra suas emoções, sua criatividade, imaginação, interesse e iniciativa.

Este recurso é utilizado pelas turmas como uma atividade complementar que contribui significativamente com o processo ensino aprendizagem de nossos educandos. Videoteca

A APAE de Tubarão dispõe de uma videoteca que é um recurso audiovisual, que transmite conhecimentos científicos, informativos e recreativos. Este recurso contribui de forma significativa para o desenvolvimento dos educandos nas diferentes faixas etárias.

2.7 CENTRO DE REABILITAÇÃO

A equipe técnica da APAE de Tubarão objetiva habilitar e

reabilitar os alunos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, com deficiência intelectual múltipla e transtorno invasivo no desenvolvimento (autismo), através da estimulação das áreas psicomotora, cognitiva, sensório-perceptiva, sócio-afetiva e de linguagem.

Oportunizando cada indivíduo desenvolver ao máximo suas potencialidades e adaptar-se a sociedade da melhor forma possível, bem como adquirir uma melhor qualidade de vida. No centro de reabilitação, são realizados atendimentos nas áreas de assistência social, odontologia, fisioterapia, fonoaudiologia, psiquiatria, pedagogia, psicologia e terapia ocupacional.

Conforme a necessidade de cada usuário, após a sua avaliação com a equipe técnica, os mesmos começam receber os atendimentos necessários. Serviço Social

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A APAE como instituição social deve contribuir para a formação do cidadão na busca da efetivação de seus direitos e tem a preocupação de promover a inclusão social e a cidadania que pode ser caracterizada por meio de ações sócio-educativas, culturais e assistenciais, que visem promover alternativas para a melhoria das condições de vida das pessoas com deficiência. O serviço social na instituição favorece instrumentos, que proporcionam resgatar a cidadania das pessoas com deficiência juntamente com a escola, comunidade e família, encaminha e supervisiona o aluno para atendimentos fora do ambiente escolar, visita nas empresas tem como objetivo solicitar estágios para os alunos em condições de inserção no mercado de trabalho e junto às instituições de ensino apresenta palestras, trabalhos educativos e preventivos aos pais e alunos. Inserção no Mercado de Trabalho

Objetiva orientar, acompanhar, encaminhar e avaliar o educando em situações reais no mercado de trabalho, possibilitando-lhe o estabelecimento de novas relações, bem como a demonstração do seu potencial. Fisioterapia

Ciência aplicada ao estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento de disfunções cinéticas funcionais de órgãos e sistemas. Ela previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais decorrentes de alterações dos órgãos e sistemas humanos. Além disso, a fisioterapia estuda os efeitos e benefícios dos recursos físicos, como o movimento corporal, as irradiações e correntes eletromagnéticas, ultrassom, entre outros recursos sobre o corpo humano. A fisioterapia é o profissional capacitado para diagnosticar, avaliar, reavaliar, prescrever, emitir prognóstico, elaborar projetos de intervenção e decidir pela alta fisioterápica. Fonoaudiologia

A fonoaudióloga tem por objetivo a comunicação humana, no que se trata ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais (mastigação, respiração, sucção e fala) e na deglutição. Odontologia

Tem parceria com a Prefeitura e os profissionais realizam atendimentos na área, ensina a higienização da boca, gengiva, escovação , também ajudam com dicas específicas para dificuldades encontradas na escovação.

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Psiquiatria Tem um psiquiatra que faz o diagnóstico médico das deficiências.

Além disso, as pessoas com deficiência intelectual (DI) podem apresentar todas as formas de transtornos psiquiátricos descritos em pessoas sem deficiência mental. Cerca de 30 a 50% das pessoas com deficiência tem alguma doença psiquiátrica associada como hiperatividade, depressão. Assim, uma porcentagem significativa das pessoas com DI, necessita de tratamento psiquiátrico medicamentoso. Os sintomas psiquiátricos que são motivos de consulta psiquiátrica, em ordem decrescente de frequência: transtornos da conduta; agressividade; impulsividade, sintomas ansiosos, alterações do sono, condutas autolesivas, sintomas psicóticos e sintomas afetivos.

A inibição medicamentosa da conduta é um recurso útil, mas que deveriam ser usadas somente após se praticar as intervenções psicossociais, com apoio da família e da escola. Convém levar em conta a presença frequente de alterações cerebrais orgânicas e de convulsões nas pessoas com DI, a fim de evitar ou monitorar possíveis efeitos adversos dos medicamentos receitados. Psicologia

O psicólogo participa na entidade, juntamente com os outros profissionais, que fazem parte da equipe multidisciplinar. O principal o objetivo deste setor é de contribuir para que a pessoa com deficiência construa sua autonomia e autoconfiança. Os atendimentos são sistemáticos, diários individuais ou em grupo bem como, oferecendo ao aluno um maior entendimento de si mesmo, de seus pensamentos e sentimentos, bem como no auxílio e prática de suas faculdades mentais superiores de percepção, concentração, memorização e atenção. Amparo técnico aos professores em relação à educação e as dificuldades enfrentadas pelos mesmos no dia a dia. Orientação a pais, amenizando suas dificuldades e ansiedades relacionadas à educação e conduta com seus filhos. Terapia Ocupacional

Na terapia ocupacional, que também faz parte área saúde, trabalha com atividades de reabilitação para o dia a dia. Busca engajar a pessoa em atividades para que ela possa desempenhar seus papéis ocupacionais no meio em que vive, fazendo o que quer, gosta e precisa com a maior independência possível. Tratam de recém-nascidos, crianças, adolescentes, adultos e idosos que apresentam disfunções, desabilidades e distúrbios que dificultem a realização das atividades da vida diária, prática, lazer e de trabalho. Na instituição, a terapia ocupacional é responsável pela indicação e confecção de próteses de

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MMSS (membros superiores), prescrição de carrinhos e cadeira de rodas, orientação quanto a adaptações de espaços físicos, utensílios e mobiliários, tanto na instituição quanto em casa e no ensino regular quando solicitado também na avaliação diagnóstica e atendimentos reabilitatórios. Equoterapia

É o método terapêutico que utiliza o cavalo numa abordagem interdisciplinar nas áreas de equitação, saúde e educação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência intelectual e múltipla com o meio ambiente. Hidroterapia

Este método terapêutico realizado na piscina térmica, tendo como objetivo promover o relaxamento muscular, aliviando a dor como a analgesia, auxilia no equilíbrio, na coordenação e a marcha, atuando ainda no sistema respiratório, cardíaco e gastro intestinal, os atendimentos são realizados sempre na companhia do profissional de Fisioterapia. 2.8 NOVAS AQUISIÇÕES

A APAE de Tubarão finalizou a obra de um Picadeiro fechado

para melhorar nos atendimentos de Equoterapia, contribuindo no Aras do Lima Transporte, FIGURA 2. Com esta obra, o setor realizará atendimentos em dias chuva e sol muito forte. Finalizamos também a reforma da garagem da instituição, a construção de um novo campo de futebol, além da compra de mais um micro ônibus para os alunos, foi restaurado o telhado, pois o mesmo apresentava varias goteiras, etc.

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Figura 2 – Aras Lima Fonte: Autora, 2014-07-01

Com a preocupação e acessibilidade de nossos alunos e a saúde

de nossos professores, a APAE de Tubarão juntamente com empresas parceiras, construiu um elevador panorâmico para uso de alunos cadeirantes.

2.9 AÇÕES SOLIDÁRIAS

A agenda solidária é um projeto realizado pela empresa Notisul, onde disponibiliza agendas para a APAE sendo o total arrecadado das vendas destinado a Instituição.

O Pedágio da APAE, promovido todo ano pela Federação Estadual das APAEs e a RBS TV o Pedágio conta com a contribuição financeira de toda a comunidade que auxilia também na a Feijoada Solidária que é promovida no mês de Junho pela UNISUL onde disponibiliza camisetas (ingresso) para a APAE revender e o valor destinado a Instituição.

A Festa Junina Solidária é promovida no mês de Junho pelo Colégio Dehon, onde a APAE se responsabiliza pela barraca do Pinhão

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e Quentão revertendo todo o valor da venda destes produtos a Instituição.

Jantar “Lugar de Homem é na Cozinha”, promovido no mês de Agosto pelas empresas parceiras da comunidade onde realizam o jantar e repassam o valor da promoção a Instituição. Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, do dia 21 a 28 de agosto 2013. Várias atividades foram realizadas durante a semana, entre elas destacamos o 1º Show de Talentos. 2.10 CONTRIBUIÇÕES E TELEMARKETING

O Telemarketing da APAE tem como meta captar recursos

financeiros para a auto-sustentação dos trabalhos assistenciais da Instituição através de associados ou doadores.

Para o recebimento dessas doações existem 4 formas de arrecadações:

• Operador Telemarketing: Através da cabine telefônica nossas operadoras entram em contato com a comunidade, solicitando e recebendo ligações para a doação pelos fones (48)3626-8712 e 3632-8957. Temos um mensageiro que irá devidamente credenciado ao local e horário determinado.

• Débito em Conta: Depósito através da Conta 1064-2 Agencia 5229-9, Banco do Brasil S.A.

• Contribuição Fatura Energia: Celesc e Cergal, através de uma autorização assinada pelo associado à doação será debitada até a data desejada em sua fatura de energia.

• Boleto Bancário: através de nosso mensageiro enviaremos um boleto bancário ao associado com o valor e a quantidade de meses agendado para efetuar a doação.

Outra forma de contribuir é pelo repasse do imposto de Renda. Tanto os cidadãos (pessoa física) como as empresas (pessoa jurídica) podem destinar diretamente seu Imposto de Renda aos programas sociais através ao Fundo da Infância e Adolescente - FIA (Lei Federal 8069/90).

No caso de Pessoa Física o limite de dedução é de 6% e só é possível para quem utiliza o formulário completo da Declaração Anual de Ajuste, para as Pessoas Jurídicas é de 1% do Imposto de Renda pago sobre o lucro real.

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Esse fundo é administrado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do município, onde destina esses recursos para os programas executados por Entidades Sociais cadastradas.

Os recursos devem ser depositados na conta bancária específica controlada pelo Conselho Municipal:

Banco: Banco do Brasil AS. Agência: 0201-1 Conta Corrente: 336775-4 Para maiores informações de como fazer a destinação ligue para

Conselho Municipal pelo fone: (48) 3628-4636 Para ser um associado da apae de tubarão e ajudar a manter esta

instituição, os interessados podem fazer seu cadastro pelo e-mail apaetelemarketing@hotmail.com ou pelos Fones: (48) 36328957 e 36268712. 2.11 TRABALHO VOLUTÁRIO

O voluntário é todo aquele que doa seu tempo, trabalho e doando

o seu talento em prol de uma causa em que acredita. Seu trabalho é complementar, mas essencial, pois adiciona ao serviço que a organização social presta, amor e dedicação. Prestar um trabalho voluntário não é uma atitude casual, devem ser realizado com consciência, responsabilidade e comprometimento.

Todos podem contribuir com trabalho voluntário na APAE, temos disponibilidades das seguintes áreas: - Voluntários para eventos - Pedágio - Horta - Atendimentos médicos: Oftalmologia e Dermatologia. 2.12 PRESTAÇÃO DE CONTAS

De acordo com o Ministério da Fazenda (2014), a APAE não possui nenhuma dívida na receita federal. Foi verificada a certidão conjunta positiva de débitos relativos aos tributos federais e a dívida ativa da união e não contam pendências do sujeito acima identificado.

A certidão emitida em nome da matriz é válida para todas as suas filiais, refere-se exclusivamente à situação do sujeito passivo.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

Trata-se da apresentação bibliográfica contento fontes, e tem objetivo fornecer informações e registros sobre o tema teórico da pesquisa, como conceito, finalidade e as ramificações da contabilidade.

A seguir apresenta-se a origem da contabilidade para entidades sem fins lucrativos, a ética no terceiro setor e para profissionais da contabilidade, após os principais fundamentos do terceiro setor dentro da gestão social.

3.1 SURGIMENTO, EVOLUÇÃO E CONCEITO DA CONTABILIDADE

Constata-se que a história da contabilidade é tão antiga quanto à

própria civilização. (IUDICIBUS, 2009). Quanto mais o homem evoluía economicamente, mais dúvidas eles tinham em suas relações comerciais, do que ganhavam ou pretiram, nas suas negociações e com quem negociavam, tinham a necessidade e relevância de documentar seu patrimônio e precisavam de alguém que fizesse tal serviço.

A contabilidade teve seu início por volta de 6.000 (seis mil) anos A.C. dando origem a História antiga da contabilidade na Suméria, Elão, Egito etc., a qual era efetuada através de sinais feitos em paredes de cavernas e tabuletas de argila, como consequência de um levantamento físico feito nos bens, principalmente em rebanhos, sem avaliação monetária. (VENTURELLI, 2014).

Somente com o surgimento da escrita, moeda e aritmética os registros contábeis puderam ser efetuados com a concepção de valor, sem pictografias com indicação de serem anotadas e feitas em material menor e adequadas, o qual dava maiores condições de serem anotados e avaliados os componentes do patrimônio tanto das pessoas físicas como das jurídicas e naturalmente surgindo outros períodos na contabilidade.

Podemos resumir a evolução da ciência contábil globalizado onde a necessidade é de controle e informações úteis e em tempo real.

A contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio e suas variações. Moura (2002, p. 33) define “A contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa”. O autor destaca ainda que o objetivo da contabilidade é permitir um controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas.

3.1.1 Surgimento

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A antiguidae foi o periodo em que iniciou a contabilidade a descoberta de uma ciência realizada e visada pelo homem antigo protegendo o patrimônio, e o documentando, sendo o mesmo representado pelo rebanho e por bens quantitativos. Constata-se através da história, que os primeiros registros processaram-se de forma primitiva, na memória do homem.

O inventário, ou seja, a descrição detalhada do patrimônio de uma pessoa exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos, etc. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já considerava fundamental apurar os seus custos. Historicamente, tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em seus registros. Usava como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada "sát.". Era a adoção, de maneira prática, do Princípio do Denominador Comum. (COSTA, 2012).

A autora destaca que a contabilidade pode ser dividida em periodos da seguinte forma:

• Mundo antigo: Período que se inicia com a civilização do homem e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o livro Líber Abaci, da autoria de Leonardo Pisano.

• Medieval: período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu os Tratantes de Computes ET Script uris (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Pecíolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.

• Contabilidade do mundo moderno: período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilista Aplica-te ale Amministrazioni Private e Publique", da autoria de Francesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.

• Contabilidade do mundo científico: período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.

Segundo Iudícibus (1993, p. 31):

Em termos de entendimento da evolução histórica da disciplina, é importante reconhecer que raramente o “estado da arte” se adianta muito em relação ao grau de desenvolvimento econômico,

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institucional, e social das sociedades analisadas, em cada época. O grau de desenvolvimento das teorias contábeis e de suas práticas está diretamente associado, na maioria das vezes, ao grau de desenvolvimento comercial, social e institucional das sociedades, cidades ou nações.

3.1.2 A contabilidade antes da escrita

A contabilidade existe desde os primórdios da civilização, isto é,

antes mesmo da escrita propriamente dita verifica-se que se tornou uma necessidade, para os senhores Feudais na contagem de seu patrimônio, ou seja, com finalidade de registrar as transações comerciais, ou mesmo a troca de alimentos, animais, etc., esse controle, com o objetivo de documentar o acréscimo ou a diminuição patrimonial que é a função da ciência contábil.

A Contabilidade nasceu na fúria dos negócios e até finais do século XIX, foi sempre feudo dos práticos, pois nunca mereceu atenção de pessoas com bastante saber e engenho bastantes para a tirarem do pântano do empirismo e das “Sistematizações precipitadas. (SILVA apud SÁ, 2002, p. 2).

Nota-se que pesquisas arqueológicas têm revelado que a origem

da contabilidade ou registros comerciais vem dos tempos pré-históricos, antes mesmo da invenção da escrita.

A história do surgimento do número também é uma incógnita, haja vista, que há pesquisas que indicam que podem ser encontrados desde os primeiros tempos da raça humana e vislumbres de noções matemáticas se encontram em formas de vidas que podem datar de milhões de anos da humanidade.

É claro que a matemática originalmente surgiu da vida diária do homem, e se há validade no princípio biológico da sobrevivência dos mais aptos a persistência da raça humana provavelmente tem relação com o desenvolvimento de conceitos matemáticos. ” (BOYER, 1991 apud OLIVEIRA, 2011, p. 3).

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Segundo Marion (2002), verifica-se que através de descobertas arqueológicas foram fornecidas provas de que a ideia de números é bem mais antiga do que progressos tecnológicos como o uso de metais ou veículos com rodas. Precede a civilização e a escrita, no sentido usual da palavra, pois artefatos com significado numérico tais como um osso, vêm de um período cerca de trinta mil anos atrás. Diante disso, significa que dentro de um aspecto arqueológico, a contabilidade manifestou-se há quase dez séculos atrás, portanto, muito antes do próprio homem ter desenvolvido o espírito de civilidade.

3.1.3 No Brasil

No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a

atividade colonial, exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808).

As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal.

A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica, controla e interpretam os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômicas decorrente da gestão da riqueza econômica.

A expressão "Contabilidade Geral" é genérica, aplicando-se às diversas facetas da escrituração contábil. O reconhecimento das receitas e gastos é um dos aspectos básicos da contabilidade que devem ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as informações financeiras. Sob o método de competência, os efeitos financeiros das transações e eventos são reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de terem sido recebidos ou pagos.

A Contabilidade nasceu com a civilização e jamais deixará de existir em decorrência dela; talvez, por isso, seus progressos quase sempre tenham coincidido com aqueles que caracterizam os da própria evolução do ser humano. (SÁ, 1997, p.16).

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3.1.4 Finalidade da Contabilidade

Segundo Marion (2002), a contabilidade tem a finalidade de controlar o patrimônio com ou sem fins lucrativos e tem o objetivo de fornecer informações sobre a sua composição e variações

As informações produzidas pela contabilidade permite ao credor, ou qualquer outro usuário, saber qual é a capacidade que a empresa tem de honrar suas obrigações. Desse modo, o principal objetivo da contabilidade é permitir que diversos usuários das informações produzidas possam analisar a situação econômica financeira da entidade para tomar decisões futuras.

Segundo Velter e Missagia (2005), a finalidade da contabilidade é fornecer informações aos mais diversos usuários. Tais informações subsidiam o processo de avaliação da situação econômico financeira da empresa. Desse modo, as empresas devem ser transparentes, evidenciando todas as informações para o departamento contábil.

Gonçalves e Baptista (2007) definem técnica como um conjunto de métodos organizados de forma sistemática, desenvolvidos e postos em execução com o propósito de ser alcançar determinado fim. Os autores ainda destaca que para atingir suas finalidades, a contabilidade utiliza das seguintes técnicas contábeis:

• Escrituração: é composta pela técnica de registros de fatos administrativos, que oferece os meios e métodos utilizados nos registros contábeis relacionados com o patrimônio. A escrituração deve ser mantida em registros permanentes e ainda obedecer aos preceitos da legislação comercial e da lei 6404/76.

• Demonstrações Contábeis: é a técnica que se encarrega de expor os fatos contábeis, através de relatórios visando facilitar a interpretação da composição dos fatos que afetam o patrimônio. Ex: Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício, Fluxo de Caixa, etc.

• Análise de Balanço: a finalidade do método é de extrair dados das demonstrações financeiras e informações úteis do patrimônio para tomada de decisões contábeis. Define-se como sendo o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade.

• Auditoria Contábil : compreende o exame de documentos, livros e registros, com a finalidade de verificar se os registros e as demonstrações contábeis representam a posição real e se estão de acordo com os princípios de contabilidade geralmente

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aceitos. É a técnica que confirma a exatidão dos registros e das Demonstrações Contábeis.

• Consolidação de Balanço: é a união das demonstrações contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo, como se fosse uma única empresa é permite uma visão abrangente e melhor compreensão.

3.1.5 Campo de Aplicação da Contabilidade

Ribeiro (2010) ressalta que o campo de aplicação da

Contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas físicas e as pessoas jurídicas de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias etc.

As Entidades econômico-administrativas são organizações que reúnem os seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, ação administrativa e fim determinado. Quanto ao fim a que se destinam as entidades econômico-administrativas podem ser: Entidades com fins econômicos - são as empresas, visam lucro para preservar e/ou aumentar o patrimônio líquido. Ex.: empresas comerciais, industriais, agrícolas etc. Entidades com fim socioeconômico - intituladas instituições, visam lucro que reverterá em benefício de seus integrantes. (Ex: associações, clubes sociais etc.) Entidades com fins sociais - também chamadas instituições, têm por obrigação atender às necessidades da coletividade a que pertencem. Ex.: hospitais.

Embora o campo de aplicação da Contabilidade seja nas entidades, ela se faz presente na vida cotidiana da sociedade.

3.1.6 Campos da Contabilidade

Segundo Basso (2005), os principais campos de aplicação da contabilidade podem ser classificados nos seguintes ramos: comercial, industrial, pública, bancária, rural, cooperativas, seguradoras, fundações, construtoras, hospitalar, condomínios entre outras.

Assim, em todos esses campos de atuação, a contabilidade em geral é fundamental para o andamento e crescimento dessas instituições, ela fornece as informações necessárias para a tomada de decisões do dia a dia.

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3.2 CONTABILIDADE E O TERCEIRO SETOR

Conforme vários autores, a expressão terceiro setor vem da tradução do inglês third sector, por ser origem inglesa norte americana, da mesma forma que esta expressão seja muito conhecida em todo terreitário global, pois seu significado é organizações sem fins lucrativos (non profit organizations). Foi afirmado e questionado por vários autores, que no Brasil esta expressão “terceiro setor” serviu para distinguir o enquadramento de atividades não desenvolvidas pelo estado, quer dizer nem público e nem privado e que em termos financeiros (ONGS) utiliza o dinheiro privado em atividades públicas para entidades da sociedade cível.

O primeiro setor refere-se ao setor público, ou seja, Estado e Governo também conhecido como setor parasitório, quer dizer dinheiro público para fins públicos. Denomina segundo setor, porque é constituído de organizações sem fins lucrativos, atuando nas lacunas deixadas pelos setores públicos e privados, aplica o dinheiro privado nas suas próprias atividades.

Carneiro et al. (2004) explicam que por tratar das questões ligadas ao bem estar da sociedade, o terceiro setor é de grande importância na conjuntura atual, e vem assumido e desempenhando funções relevantes na sociedade que é de competência para os governos, e que no entanto, muitas vezes, deixam de ser atendidos pelo mesmo.

O mais importante é levar em consideração que estas instituições que são denominadas de terceiro setor sejam denominadas realmente como sem fins lucrativos e que fazem seus papéis perante a sociedade, mostrando e fazendo transparecer a importância de evidenciar os princípios e características dos conceitos das entidades.

Todas as instituições ‘sem fins lucrativos’ têm algo em comum: são agentes de mudança humana. Seu ‘produto’ é um paciente curado, uma criança que aprende um jovem que se transforma em um adulto com respeito próprio; isto é, toda uma vida transformada (DRUCKER, 1997, p. 14).

A prestação de contas é um fato de grande importância. É preciso

fazer a mensuração de todo o processo operacional da entidade para que seja feita a prestação de contas com transparência para que a sociedade esteja a par de todo o processo operacional da instituição.

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Conforme França (2007), a transparência no Terceiro Setor parte do pressuposto de que os recursos colocados à disposição dos gestores devem ser informados de forma sistemática, transparente e de livre acesso por parte de seus financiadores.

A transparência na prestação de contas tem por finalidade promover a aproximação das entidades do Terceiro Setor aos diferentes públicos aos quais se destinam suas atividades, já que “hoje em dia, não se trata mais de uma simples questão de capitanear pessoas para uma determinada causa”, mas de buscar aliar recursos humanos, materiais e financeiros em prol de causas sociais. (BAPTISTA, 2006, p. 50).

Esta transparência tem que ser o objetivo maior da organização, pois com este comprimento de prestar contas perante seus usuários, sejam elem internos ou externos é um dos seus comprometimentos e deveres.

Um dos destaques entre os estudiosos do terceiro setor é de ter e manter uma administração eficiente, para que suas ações muito mais que verdadeiras, possibilitem a transparência neste ramo, para que assim ela não perca a credibilidade perante o público, além de dificultar nas suas ações futuras de planejamento e elaboração de projetos e atividades ao fim proposto.

Muito se ouve e se é dito sobre a transparência onde a evidenciação contábil em entidades sem fins lucrativos tem que ser considerada muito importante e fundamental, prática comum no terceiro setor.

O Governo Brasileiro tem procurado junto com o CFC programar políticas e normas técnicas para normalizar as ações do terceiro setor. Sendo assim, foram criadas “figuras jurídicas” que representam este setor, são elas: “as Organizações Sociais (OS’S) criadas pela Medida Provisória 1.591/97 e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP’s), criadas pela lei 9.790/99”. (OLAK, 2014, p. 1).

De acordo com o autor, as Normas Brasileiras são: NBC T 10, que trata dos aspectos contábeis específicos em entidades diversas. No campo do terceiro setor destacam-se a NBCT 10.4 de 22 de fevereiro de 1999 (Entidades Sindicais e Associações de Classe); NBCT 10.19 de 18 de abril de 2000 (Entidades Sem Finalidade de Lucro), e a NBCT 10.16 de 13 de dezembro de 2001 (Entidades que recebem subvenções, contribuições, auxílios e doações).

As normas referenciadas acima trazem em seu conteúdo explicações, através de conceitos, sobre receitas e a correlação existente com os custos e despesas, e são conceitos de grande importância para o entendimento inclusive do Princípio da Competência.

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Segundo Iudícibus (2000) o objetivo da contabilidade é garantir informações diferenciadas para os usuários, critérios estes que devem ser seguidos para se alcançar um ótimo sistema de evidenciação contábil, que trará resultados e benefícios para as entidades do terceiro setor, evidenciando, controlando e preservando o patrimônio da entidade, os interesses são distintos, exigindo da contabilidade a identificação destes para que sejam produzidas informações condizentes ao interesse de cada um ou de cada grupo específico.

Portando, é importante informar, frisar nas evidenciações, a real situação da entidade, demonstrando de maneira digna a totalização dos fatos, sem omissões ou as mais evidenciações.

Segundo Watanabe (2012) desde que duas pessoas resolvam se comunicar, é absolutamente necessário que passem a dar aos objetos, conceitos e idéias o mesmo nome, sob pena de, no mínimo, reduzir-se o nível de entendimento.

Definindo a missão da entidade, torna-se mais claro o planejamento da sua atividade, para que depois possa ser medida o seu desempenho, mostrando realmente a eficácia da entidade sendo eficiente no que propôs a realizar para o seu público estabelecido.

Os recursos que beneficiam as entidades vêm de muitos colaboradores e de atividades bem sucedidas com parcerias de voluntários entre outros. Sendo muito importante a identificação das parcerias, o quanto foi arrecadado e o que foi esperado de cada um.

A divulgação dos integrantes que estão à frente das entidades também é muito importante para a transparência, e por considerar que os gestores atuantes no terceiro setor, antes mesmo de desenvolver um comportamento ético dentro de uma entidade, deverão ter uma séria preocupação com seus princípios morais.

A contabilidade evidencia nas entidades do terceiro setor, não somente as demonstrações e a origem dos recursos, mais sim como eles são aplicados, e como validar juridicamente os atos financeiros da entidade.

Segundo Iudícibus (2000) há várias formas de realizar a evidenciação, a apresentação das demonstrações contábeis, informações entre parênteses; notas de rodapé (explicativas); quadros e demonstrativos suplementares; comentários do auditor; e relatório da diretoria.

Portanto, nota-se a importância de apresentar cada conteúdo destes métodos de evidenciação para serem bem mais empregadas dentro das entidades do terceiro setor. A composição das demonstrações contábeis do terceiro setor seguem a forma da lei N° 6.404/76,

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obedecendo a ás devidas Normas Brasileiras de Contabilidade 10.14, 10.16, 10,18 e 10.19.

As demonstrações contábeis são elaboradas e determinadas pela NBC T 3 Regulamentadas pela Resolução CFC N° 686 de 14 de dezembro de 1990 e a sua divulgação pela NBC T 6 (Resolução CFC N°737 de 27 de novembro de 1992), com exceção da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Geralmente a maior quantidade de evidenciação está nestas demonstrações, embora se sabe que existem outras capazes de revelar informações tão importantes quanto ás relacionadas abaixo: O balanço patrimonial representa e demonstrar a situação estática do patrimônio da entidade, evidencia quantitativa e qualitativamente, num determinado período, a interpretação adequada da posição patrimonial e financeira, pois é indispensável para qualquer tipo de entidade seja com ou sem fins lucrativos. Quanto as reservas, está não podem existir, e outro são poucas as entidades que se pronunciam sobre estás.

Segundo Martins (1990, p.133) “(...) não se justificam criações de reservas nessas entidades a partir de superávits obtidos. As reservas são caracteristicamente (as de lucro) retenções de resultado não distribuído”.

Falando sobre o patrimônio social ainda se considera as doações, subvenções e contribuições patrimoniais, arrecadadas na instituição da entidade, que segundo a NBC T 10 são contabilizadas no Patrimônio Social. Nas origens e aplicações dos recursos é realizado um demonstrativo que auxilia a entender, como o próprio nome diz evidencia, a origem de onde vem o recurso e com ele será aplicado, tendo como principal objetivo explicar a variação ocorrida no capital circulante líquido, ou seja , valor do ativo circulante menos o valor do passivo circulante, de um período a outro. Representando, assim uma demonstração das mutações na posição financeira da entidade.

O que pode se constatar é que, independente da demonstração, esta tem que ter títulos e terminologias claras para o leitor, já que outros termos obscuros como “outras receitas” “outras contas a pagar” deverão ser evidenciadas. O doador, o parceiro voluntário, enfim, os que portam recursos nestas entidades esperam que seja cultivada a transparência sempre quanto aos projetos, resultados obtidos e aos recursos alocados. Fora as obrigações que essas entidades têm com o Ministério Público, pois elas têm que prestar contas anualmente, também estão sujeitas à fiscalização, pois pode ocorrer abuso de personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial (art.50 do Código Civil), dentre outras incumbências que podem envolver tanto as associações quanto as fundações.

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São obrigações das entidades terem seus títulos, registros, certificados e qualificações de âmbito federal, pois a abordagem de títulos em nível estadual e municipal requerem pesquisas extensas em razão da multiplicidade de normas já existentes, são esses, título de Utilidade Pública Federal (UPF); registro no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS); Certificado de Entidades Beneficente de Assistência Social (Cebas); qualificação como Organização Social (OS); qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). 3.3 A REFLEXÃO ÉTICA

É comum ver e ouvir nos noticiários sobre pessoas que morrem de fome ou são assinadas vítimas de preconceito racial, social, ou exclusão por parte de alguma doença ou síndromes ou sobre a exploração de trabalho infantil e escravo. Essas situações causam indignação na maioria das pessoas, por considerarmos ações erradas, ou seja, que a sociedade condena e faz parte dos valores morais da mesma.

As ações praticadas pelas pessoas são resultados dos valores herdados de seu meio e de sua sociedade e que trazem o rótulo de bons ou maus, e que muitas vezes nos levam para o bem sem olhar a quem, nos dão parâmetros para condenar ou aceitar determinadas situações.

Então, o maior problema são os valores que mudam com o tempo, conforme os interesses e circunstâncias, ou seja, o caráter não é eterno o que ontem era errado hoje pode ser correto.

Mas algo muito interessante que não mudou da Grécia antiga até hoje é a existência da ética, traduzindo a realidade de pensar as ações, pensar os valores, pois os valores mudam, mas a certeza sobre eles não. “Pode-se dizer que a ética é o estudo dos valores, e, portanto que a ética e a reflexão sobre a moral.” (CHAUI, 1995, p. 347).

A pessoa que consegue unir a consciência e a responsabilidade para dessa forma tomar a melhor decisão tanto para si mesmo quanto para seus próximos é o conhecido como sujeito de caráter, e que de forma ativa cumpre seus deveres e desfruta de seus direitos, pois reconhece os outros como pessoas iguais a ele, e detendo o controle de suas vontades e livre para escolher seus caminhos, pois se torna responsável pelos seus atos perante si mesmo e perante seu próximo. (BROWN, 1993, p.3).

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A responsabilidade do seu ato convertesse em dever e para orientar esse dever Kant define as três máximas morais que pregam a qualidade dos atos, e são elas:

1) Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da natureza.

2) Age de tal maneira que trates a humanidade tanto na tua pessoa, como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio.

3) Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

A primeira questão afirma a universalidade de conduta ética, isto é aquilo que todo ser humano racional deve fazer, válida em todo o tempo e todo o lugar. A segunda trata de entender o próximo como igual, e ter em mente a dignidade dos seres humanos como pessoas e, portanto a exigência de que sejam tratados como fins de nossas e não como meios de alcançarmos nossos interesses. A terceira exprime a diferença entre ou reino das causas naturais e das ações humanas conscientes. Essa interiorização do dever que Kant chama de vontade boa que quer o bem, pois cumprindo as máximas morais, ou seja, parando para pensar nossas ações sob essa ótica, estaremos caminhando para a bondade da vontade ética. 3.4 CRIAÇÃO DA CULTURA ÉTICA

Para assimilar melhor o que representa a cultura organizacional pode-se utilizar a forma metafórica de Srour: “ A cultura organizacional escorre pelos poros da organização, multiplica seus rostos, vinca toda e qualquer atividade, e não se resume a somatória das ações, pois tem vida própria” (1997, p. 168).

A cultura manifesta-se nas ações e formas de expressão das corporações, ela se inter-relaciona com o meio ambiente e é ensinada e aprendida cotidianamente.

“A cultura não brota do nada, ela tem a característica de ser aprendida, transmitida e partilhada, ou seja, os agentes internalizam os códigos conscientes e inconscientes e passam a reaplicá-los” (SROUR, 1997, p. 169).

A criação das leis simbólicas é transmitida nas organizações pelo conjunto de práticas e comportamentos e ações institucionais pelos quais os membros relacionam-se, criando sistemas de interdições, obrigações através da atribuição de valores as coisas como bom/mau, certo/errado, bonitas/feias, (CHAUÍ, 1995).

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Segundo Hudson (1999), a cultura organizacional pode ser dividida em três níveis que são superficial, justificativas e inconscientes:

1) Superficial, manifestada de forma fácil nos ativos da organização, prédios fotos na parede, móveis, linguagem de trabalho empregada e pelas suas rotinas diárias.

2) Justificativas da organização, os processos conscientes de pensamento que justificam as decisões e as ações, está impregnada nos “porquês” do discurso dos atores da organização.

3) Inconsciente, considerado o mais importante, que são as crenças fundamentais que dominam o universo simbólico direcionando a ação muitas vezes de forma espontânea.

O resultado de valores éticos deve estar sempre nos três níveis, sendo que o campo conhecimento existe certa flexibilidade, pois a maneira de trabalhar pode ser alterada, melhorada revista etc., no campo das justificativas não pode haver concessões os valores, no caso das ONG estes valores iniciais sempre devem prevalecer, pois as ações por ela iniciadas a justificavam, e sua alteração pode significar a distorção de seus fatos.

O terceiro, e mais que importante, pois ele é o nível inconsciente, onde cada membro da organização compartilha os mesmos valores que orientam a organização e que sejam esses valores fundamentados por uma perspectiva ética, as ações devem ser espontâneas e traduzidas em uma cooperação moral.

O fato de se comprometerem com novas aceitações de parcerias deve ter papéis definidos logo de início, para que não ocorram conflitos e intrigas entre ambos, já que as culturas das duas organizações vão se confrontar, isso é inevitável, é preciso ter parâmetros para lidar com tensões consideradas normais, evitando assim que o conflito aumente, reforçando sempre os valores inconscientes do dever ético que uniu as duas corporações. “Não se trata de padronizar as Ongs por um mesmo guarda chuva estrutural, pois isso criaria estruturas vazias.” (FERNANDES, 1994). O foco é reforçar os valores comuns, que apesar das diferenças e diversas motivações, trazem todos para um mesmo palco, e nesse elenco com certeza figura, a vontade e a expectativa de melhorar o mundo a nossa volta.

Nesta situação, pode-se aplicar a segunda máxima moral kantiana, de ter o homem como fim de todas as ações e formalidades, pois a reflexão desse aspecto criaria uma questão ética que pode ser compartilhada por todos, e assim orientar as ações a serem tomadas. “A compreensão se faz quando se realiza uma obra comum, esta tarefa faz

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com que a multiplicidade de perspectivas e de interesses possa convergir para um centro comum” (COLTRO, 2000, p. 2).

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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS A APAE estima manter os seus associados e sociedade a par de

seus atos, ela mantém um elo de compromisso com a sociedade e associados. No entanto, seus dados e informações, bem como evidenciação contábil encontram-se desatualizados no site. A forma de evidenciação contábil está dentro das normas técnicas, elaborada de acordo com a lei 6.404/76, sendo que a contadora responsável pela sua realização é contratada a mais de 10 anos pela instituição e toda a parte contábil é feita por ela, Tânia Belmiro Severino CRC/SC 020483.

Os demonstrativos contábeis não são publicados em mídias impressas como jornais locais e regionais, sendo que a instituição também não tem seu próprio jornal interno, que pode ser considerado uma grande e valiosa fonte de informações.

Assim, o seu balanço contábil dentre outras informações estão disponíveis no site para sociedade e usuários, porém, esses dados não são atualizados desde 2012. Mesmo assim, as demonstrações estão dentro da NBC T 3, embora a contadora alegue que as mesmas não sejam auditadas por auditores externos. Além disso, não foi possível ter acesso ao balanço anual de 2013.

De acordo com a pesquisa, os recursos financeiros provém de recursos públicos, por meio de convênios e subvenções e recursos próprios, por meio de doações e promoções.

Assim, as informações recolhidas referem-se aos anos de 2011 e 2012, como destacados nas tabelas a seguir: Tabela 1 - Recursos Públicos: Convênios e Subvenções Convênios e Subvenções Vlr Recebido

2011 Vlr Recebido

2012

Prefeitura Municipal de Tubarão - PMT 518.400,00 503.200,00 Secretaria de Estado Desenv. Regional - SDR 486.302,10 313.698,72 Secretaria de Estado da Saúde - SUS 213.685,78 207.917,50 Secretaria de Estado Fazenda – Fundo Social 114.469,68 104.930,54 Fundo Munic. dos Direitos da Criança Adolescente – FIA

43.433,54

Fonte: APAE (2012)

Os recursos recebidos foram aplicados nas seguintes finalidades:

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Tabela 2 – Finalidade dos Recursos Públicos Convênio e Subvenções Finalidade 2011

Finalidade 2012

Prefeitura Municipal de Tubarão - PMT

Aquisição de Material Pedagógico; Pagamento de Pessoal e Encargos; Manutenção da escola e veículos.

Aquisição de Material Pedagógico e Didático; Pagamento de Pessoal e Encargos; Transporte; Alimentação e Manutenção.

Secretaria de Estado Desenvolvimento Regional – SDR

Aquisição de 01 ônibus adaptado; Aquisição de Materiais de Limpeza; Aquisição de Material Pedagógico; Alimentação e Medicamentos

Aquisição de Material de Limpeza; Aquisição de Material Pedagógico; Alimentação e Medicamentos.

Secretaria de Estado Saúde – SUS

Aquisição de Medicamentos; Aquisição de Material Pedagógico; Alimentação e Equipamentos

Aquisição de Medicamentos Aquisição de Material Pedagógico; Alimentação e Equipamentos

Secretaria de Estado Fazenda – Fundo Social

Pagamento de Pessoal e Encargos; Manutenção escola e veículos; Aquisição de Material de Fisioterapia; Aquisição de Material de Fonoaudiologia; Aquisição de Material Ortodôntico; Transporte de alunos.

Fundo Municipal dos Direitos da Criança Adolescente - FIA

Realização do Projeto “Inclusão da música como possibilidade concreta na promoção do desenvolvimento sócio cultural”

Fonte: APAE (2012)

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Tabela 3 – Valores recebidos com as doações e investimentos Doações

Vlr Recebido 2011

Vlr Recebido 2012

Investimento

Telemarketing 116.116,64 180.390,65 Despesas diversas Reforma PJ e PF 54.019,00 Reforma do Telhado

Aquisições de novas portas para sala de aula

Instituto Guga Kuerten

26.000,00 Aquisição de móveis p/ salas de aula Reforma dos banheiros com adaptações

Instituto Alcoa 13.000,00 Aquisição do Elevador (parte)

Sollo Brasil 20.938,00 30.846,35 Despesas diversas Outras PF e PJ 9.525,31 55.329,74 Reforma na escola

Pintura interna e externa do Prédio

Fonte: APAE (2012) Tabela 4 – Valores recebidos com as promoções e investimentos

Promoções

Vlr Recebido

2011

Vlr Recebido 2012

Investimento

Projeto Florescer 14.350,00 Aquisição de Material Pedagógico e de Reabilitação

Agenda Notisul 7.280,00 Aquisição de Materiais Ortodônticos

Feijoada 9.669,00 10.000,00 Reforma do Telhado Mobília p/ Centro de Reabilitação Salários e Encargos

Pedágio RBS 12.504,00 14.669,10 Reforma na escola Festa Junina Solidária

2.464,00 2.300,50 Aquisição de Coleção de Livros Infantis e Didáticos Material p/ consultório odontológico

I Feira da Amizade

419.288,65 79.945,30 (Cartão)

Reforma na escola Pagamento salários, férias, encargos Parte da aquisição de 01 ônibus com 23 lugares Parte da aquisição do Elevador adaptado Aquisição de cortinas, Armários,

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Freezer, Geladeira, relógio ponto, 02 portões eletrônicos.

Jantar “Lugar de Homem é na Cozinha”

31.010,00 Pagamento de Salários e Encargos

Bingão Beneficente “Clube Atlético”

4.100,00 Pagamento de Salários e Encargos

Fonte: APAE (2012)

Com a colaboração e parceria da comunidade as doações recebidas de pessoas físicas e jurídicas nos anos de 2011 e 2012 permitiram a continuidade e manutenção dos serviços prestados pela Instituição. Tabela 5 - Balanço patrimonial em 31 de dezembro ATIVO

2011 2012 CIRCULANTE 217.699,36 541.971,31 Disponível 21.624,14 699,98 Contas Vinculadas 215.727,07 Valores a receber 185.075,22 312.892,26 Estoque 11.000,00 12.652,00 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Valores a receber a longo prazo

230.085,44 100.210,70

PERMANENTE Investimentos 256.004,00 141.239,75 Imobilizado 1.001.860,00 1.257.864,00 TOTAL ATIVO 1.705.648,80 2.041.285,76

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PASSIVO 2011 2012 CIRCULANTE 79.931,36 113.750,40 Fornecedores Obrigações Trabalhistas e Sociais 43.493,87 9.950,00 Outros passivos circulante 36.437,49 103.800,40 PASSÍVEL EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Outros passivos exig. a longo prazo 79.930,82 203.308,80 PATRIMÔNIO SOCIAL Patrimônio Social 1.271.521,30 1.661.354,50 Superávit/Déficit exercício 274.265,40 62.872,06 TOTAL PASSIVO 1.705.648,80 2.041.285,76 Fonte: APAE (2012) Tabela 6 - Demonstração do superávit ou déficit dos exercícios findos em 31 de dezembro RECEITAS OPERACIONAIS

2011 2012

Contribuições e Doações 272.866,15 341.646,24 Receitas do SUS 213.685,78 207.917,50 Subvenções Públicas 1.119.171,70 965.262,80 Venda de Mercadorias 419.288,65 79.945,31 RECEITA OPERACIONAL BRUTO

2.025.012,20 1.594,771,86

(-) DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas com Funcionários 398.716,73 392.694,80 Encargos Sociais 160.557,12 161.310,32 Despesas Gerais e Administrativas 1.191.473,00 977.894,76 RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO

1.750.746,80 1.531.899,88

Fonte: APAE (2012)

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O site e estatuto demonstram a transparência da APAE apesar de estar um bom tempo desatualizado. Além disso, a instituição demonstra sua transparência no que faz, pois qualquer pessoa pode e deve ir visitar a mesma para ver, saber o que realmente acontece dentro da APAE, conhecer suas dependências, materiais, investimentos. Para isso, a mesma fica aberta de segunda a sexta-feira no horário comercial, sendo que basta ligar e marcar o dia da visitação.

A diretoria da instituição não recebe nada pelo trabalho realizado dentro da APAE porque é um trabalho sem fins lucrativos. Os alunos pagam mensalidade de uma forma espontânea, ou seja, cada um contribui com o valor que pode ou não contribui, só que estas contribuições não aparecem no balanço patrimonial da instituição, sendo que não há registros legais sobre essas entradas e para que são utilizadas.

Com relação à atualização dos sites e estatuto, a instituição alega que sua desatualização ocorre por falta de tempo, sendo que os voluntários ficam ocupados, na maior parte do tempo, com outras atividades direcionadas aos alunos.

Embora não tenha acesso ao balanço do ano de 2013, percebe-se com as informações dos anos de 2011 e 2012 que a instituição procura oferecer informações à comunidade sobre a administração financeira e patrimonial da entidade, estando de acordo com a lei nº 11.638/07.

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5 SUGESTÕES PERTINENTES AO ESTUDO DE CASO

Com base na realização do estudo, verificou-se que algumas melhorias podem ser implantadas a fim de deixar a instituição mais transparente com relação ao seu trabalho e suas contas, tais como:

• Criar um jornal interno para divulgar as principais informações sobre a instituição;

• Manter o site sempre atualizado, para que todo cidadão, seja ele parceiro da instituição ou não, possa ter acesso a informações referentes ao trabalho realizado.

• Verificar isenção a fim de evitar pagamentos de impostos, uma vez que a instituição realiza um trabalho sem fins lucrativos e de interesse da sociedade.

• Verificar a possibilidade de transformar a instituição em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP. Juridicamente, é possível transformar uma das filiais da APAE em uma OSCIP, desde que a nova filial seja constituída nos termos da Lei 9.790/99 que apresenta peculiaridades como: obrigação de constar em seus estatutos a opção de remunerar ou não sua diretoria; promover gratuitamente educação ou saúde; não permitir a participação de servidores públicos na diretoria e formar um conselho (ou órgão equivalente). E o estatuto deverá conter ainda todas as cláusulas constantes do art. 4º da mencionada lei. É importante ressaltar que a referida filial deverá ser constituída como outra pessoa jurídica, diferente da APAE, garantindo certa autonomia à mesma. (REVISTA FILANTROPIA, 2008).

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Constituição do Brasil é clara ao garantir os direitos dos

cidadãos, porém muitos deles são negligenciados ou oferecidos com baixa qualidade. Por esses motivos, é que originou-se o Terceiro Setor, ou seja, organizações sem fins lucrativos que visam preencher as lacunas deixadas pelo governo, oferecendo serviços essenciais para a população.

A APAE é um exemplo de instituição sem fins lucrativos que surgiu da necessidade de se amparar os deficientes que foram discriminados e negligenciados por muitas décadas.

Essa instituição sobrevive de recursos público, obtidos por meio de convênios e recursos próprios, obtidos por meio de doações e promoções, sendo que conta com uma contadora para cuidar das informações financeiras da instituição. Todos os membros da diretoria são voluntários e não recebem salário por suas tarefas.

As instituições do Terceiro Setor, ou seja, sem fins lucrativos precisam ter transparência quanto às suas informações financeiras, pois todos aqueles que contribuem merecem sabem onde está sendo aplicado o dinheiro doado.

Com base na pesquisa realizada, percebe-se que a APAE de Tubarão procura oferecer informações à comunidade sobre a administração financeira e patrimonial da entidade, repassando todas essas informações para seus demonstrativos contábeis, sendo apresentados todos os recursos arrecadados e no que são investidos.

No entanto, o site e estatuto estão desatualizados e não contém as informações referentes ao ano de 2013. Embora aleguem que a atualização não é realizada por falta de tempo dos voluntários, considera-se importante que os mesmos busquem realizar essa atualização como forma de mostrarem sua transparência perante a sociedade sobre suas operações financeiras. Além disso, verificou-se que as doações espontâneas recebidas de pais de alunos não são declaradas o que pode significar uma falta de transparência e respeito com os doadores e demais membros da comunidade que possuem o direito de saber quais são esses valores e no que são empregados.

Assim, pode-se concluir que a APAE realiza um trabalho muito importante para a comunidade e, principalmente, para as pessoas com deficiência e vem aplicando bem os recursos que recebe, sendo que a mesma tenta ser o mais transparente possível com relação às suas atividades financeiras.

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