ligas metalicas odontologias para · pdf fileparciais removíveis, smith, em1948,...
TRANSCRIPT
8
ETEC PHILADELPHO GOUVÊA NETTO
JÉSSICA ALENCAR DOS SANTOS
LIGAS METALICAS ODONTOLOGIAS PARA CONFECÇÃO DE
PROTESE PARCIAL REMOVIVEL
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2009
9
ETEC PHILADELPHO GOUVÊA NETTO
JÉSSICA ALENCAR DOS SANTOS
LIGAS METALICAS ODONTOLOGIAS PARA CONFECÇÃO DE
PROTESE PARCIAL REMOVIVEL E SOLDAS
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2009
Monografia para obtenção do título de Técnico em Prótese Dentária da Escola Técnica Philadelpho Gouvêa Netto. Professor Orientador: Gustavo C. B. Nogueira
10
Aos meus pais, Jucileide de
Alencar dos Santos e Celso Maria dos
Santos que sempre me
apoiaram,acreditaram em mim e que são
as únicas pessoas que sempre me
acompanharam, e que devo tudo a elas.
11
AGRADECIMENTOS
Ao coordenador do curso que me fez acreditar que seria capaz e
professores que acreditaram em mim quando tudo parecia difícil e mesmo
assim continuaram a me dar forças Agradeço a eles por ter me dado algo que
jamais tirarão de mim: a sabedoria.
A todos os meus amigos e companheiros de turma que permaneceram comigo
nas horas de descontração e tensão.
Obrigada!
.
12
O sucesso nasce do querer, da
determinação e persistência em se
chegar a um objetivo. Mesmo não
atingindo o alvo, quem busca e vence
obstáculos, no mínimo fará coisas
admiráveis.
José de Alencar
13
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo ressaltar o que as ligas odontológicas
têm a oferecer para o meio da prótese dentaria em relação às próteses parciais
removíveis: as propriedades metálicas, o meio em que pode ser utilizada,
durabilidade, resistência, suas classificações e sua biocompatilidade. Também
evidenciará ligas metálicas para prótese parcial removível e seu tempo de
durabilidade e oxidação na meio onde ira permanecer. Ira ressaltar em
exclusivo o ouro, cobalto-cromo e titânio. Levando em conta sua historia e
porque o ouro teve foi substituído pelas então ligas alternativa (cobalto-cromo).
Palavra chave: Prótese Parcial Removível, Solda para prótese parcial
removível, Ligas metálicas para prótese parcial removíveis,
Ligas odontológicas, Historia da prótese parcial removível, O
uso de titânio em estrutura para prótese parcial removível, O
surgimento da prótese parcial removível, Cobalto-cromo,
Ouro na prótese parcial removível.
14
ABSTRACT
This paper aims to highlight what the dental alloys have to offer to the
middle of the dental prosthesis in relation to removable partial dentures: the
metal properties, the environment in which they can use, durability, resistance,
their ratings and their biocompatilidade. It will emphasize alloys for removable
partial denture and its time for durability and rust in the middle which will
remain. Ira emphasize exclusively gold, cobalt-chromium and titanium. Taking
into account its history and because gold had been replaced by then alternative
alloys (cobalt-chromium).
Keyword: Partial Denture, Welding for removable partial dentures, metal alloys
for removable partial dentures, dental alloys, History of removable partial
dentures, the use of titanium structure for removable partial dentures, The Rise
of removable partial dentures, Cobalt-chromium , Gold in removable partial
denture.
15
1. Introdução
A necessidade de tratamento de uma enfermidade dentária surgiu
em tempos remotos. As primeiras civilizações humanas, no início,
desenvolveram tentativas no sentido de recolocar os próprios dentes avulsos,
quando ocorriam acidentes ou traumas. Mas logo em seguida, passou-se para
a substituição do dente perdido por um elemento similar.
Fig.01. Fixação dos incisivos, com ama rilha em fio de ouro.
16
Fig 02.Protese inferior,quatro incisivos naturais e dois dentae talhados em
marfim,atados com fio de ouro,construida entre os seculos IV e V a.C.
A prótese parcial removível foi é uma das mais antigas, porem como
meio terapêutico é bem recente. Já em1945 no Brasil, Coelho e Souza faziam
apologia ao método´Roach`, o qual vinha sendo desenvolvido por seu autor
desde 1905. A essa época as próteses parciais fixas deixaram a desejar um
melhor processamento. Então nesse meio tempo foi uma verdadeira corrida do
ouro, procurando resolver os casos dos parcialmente endentados, com prótese
parcial removível ou como chamava aparelho de ´´Roach``.
O custo mais barato, corroborado com uma abusada facilidade em
moldar (com alginato) e enviar ao laboratório de prótese o molde, sem preparo
se que dos elementos de suporte levava os profissionais a adaptar a prótese
parcial removíveis, em qualquer tamanho e espaço endentado ,pouco
importando se o paciente por infelicidade engolisse,ocasionando-lhe, às vezes,
funestas conseqüências.
As próteses parciais removíveis não foram idealizadas para substituir a
prótese parcial fixa e sim. Recompor espaços quer de dentes como
17
fibromucoso gengival (casos de maior extensão), quando se torna impraticável
a construção de uma prótese parcial fixa.
2. Historia da substituição do ouro para o Co-Cr
Este tipo de reabilitação protético muco-dento-suportado e composto de
uma infra-estrutura metálica (conectores e retentores) e de uma supra-estrutura
acrílica (sela e dentes artificiais). Ate a década de vinte, a infra-estrutura
acrílica era confeccionada em liga de ouro. O preço elevado deste elemento no
mercado internacional propricou o desenvolvimento de ligas alternativas
compostas de meais não nobres, almejando as propriedades físico-químicas
desejáveis e as técnicas de manufaturas de aparelho protético até então
desenvolvidas.
Na tentativa de substituir as ligas de ouro na confecção de infra-
estruturas de prótese parcial removível, ERDLE & PRAGE,em
1929,desenvolveram técnicas de fundição odontológica para uma liga de Co-Cr
(estelita), utilizado na indústria automobilística, nomeando-a Vitallium.
Mais tarde,em 1943,PAFFENBARGER, compararam as ligas de Co-Cr
existentes no mercado com as ligas de ouro e mostraram que estas ligas
alternativas apresentaram propriedades como resistência a corrosão, dureza,
resistência mecânica e à abrasão semelhante ou até mesmo superiores as das
ligas de ouro sendo,portando,passiveis de substituí-las.
Apresentando a liga base de Co-Cr Vitallium como possível substituta
das ligas de ouro na confecção de infra-estrutura de aparelhos protéticos
parciais removíveis, SMITH, em1948, aconselhou o emprego do maçarico a
oxigênio e acetileneo como fonte de calor, já que a temperatura da zona de
fusão girava em torno de 1.370 ºC e do revestimento especial agludinato por
silicato de etila.como forma de compensar a grande contração real de fundição
inerente a estas ligas(EARNSHAW,1958).
EM 1949, LANE contatou que as fundições com ligas de Co-Cr, eram
cinco vezes mais numerosas do que as confeccionadas com ligas de ouro,
provavelmente devido a algumas destas sobre as ligas áureas, como: melhor
18
tolerância dos tecidos orais: manutenção do brilho e superfície polida: peso
especifico de 8,9, contra16, 9 das ligas de ouro (alta resistência em estruturas
delgadas); baixo custo: elevada dureza (manutenção do brilho sob situação de
abrasividade); e, elevada rigidez (indicadas em situação clinicas diversas).
EARNSHAW em 1956 analisou metalograficamente as ligas de Co-Cr,
encontrando uma estrutura dentrítica formada por uma matriz composta de
solução solida de Co-Cr, envolvida por ilhas de carbonetos. E confirmou que
teria a necessidade de fontes elétricas ou maçarico a oxigênio e
acetileno,assim como o uso do revestimento aglutinado por fosfato de amônia e
magnésio ou sílica de etila ,como meio de compensar a grande contração de
fundição e de evitar a ocorrência de porosidade.
LEWIS em 1978 observou a estrutura dentritica, semelhante a galhos de
árvores, isso era devido à grande variação de composição e de pontos
diferentes de fusão entre os vários metais envolvidos no sistema.
STRANDMAN em 1976 A observou que a presença de carbonetos após
a solidificação, isso seria a responsável pela melhoria de inúmeras
propriedades mecânicas de ligas de Co-Cr.
Considerando o procedimento bastante difundido entra os técnicos, de
reutilização das sobras de ligas de ouro fundidas, cujas variações nas
propriedades mecânicas do remanescente obtido não são perceptíveis. Assim
após o desenvolvimento de novas técnicas a partir do conhecimento com as
ligas de ouro, começou se a se a reutilização das sobras.
BOMBANATTI em 1968 considerando procedimento de refusão as ligas
de Co-Cr e ressaltou que elas podem sofrer aumento no grau de deformação
permanente, talvez devido a uma alteração na composição.
Para HARCOURT, 1968, ocorre diminuição na resistência e fluidez com
o aumento no número de refusões, o que seria compensado na adição de 50%
de ligas previamente fundidas. Já, de acordo com HESBY, 1980, as ligas de
Co-Cr podem ser refundidas ate quatro vezes, sem que ocorram alterações
19
significativas em suas propriedades. Apesar da infra-estrutura da prótese
parcial removível podem falhar de falhar devido à ocorrência de fratura.
Apesar dos aparelhos de prótese parcial removível possuir propriedades
físicas desejáveis elas podem vir a falhar devido à ocorrência de fraturas.
HARCOURT, 1961; MORRIS, 1976; LEWIS, 1978; NOORT & LAMB, 1984; e,
BEM-UR, 1986; descreveram que as fraturas são exemplos de decorrentes
defeitos estruturais (porosidades impostas por técnicas e fundição de gases
provenientes do maçarico), de ajustes mecânicos a frio, falta de cuidado do
usuário na colocação e remoção dos aparelhos e má arquitetura da infra-
estrutura metálica.
EARNSHAW, 1961, acredita que muitos fracassos por fraturas ocorridos
em infra-estrutura de prótese parciais removíveis são devidos a trincar por
fadiga metálica. Más segundo BATES, 1965, inclusão de fases e porosidades
tendem a reduzir drasticamente a resistência à fadiga de infra-estruturas em
Co-Cr. Portanto, as situações onde ocorrem fraturas ou onde existe a
necessidade da adaptação de conectores semi-rígidos de precisão em infra-
estrutura metálicos, podem ser resolvidas com procedimentos de soldagem,
utilizando nas estruturas de ouro e que de acordo com MUENCH, 1971,
possuem resistência satisfatória.
TOWNSEND, 1983, afirmam que um terço de amostras em Co-Cr
falham após terem sido soldadas e muitas delas, durante a manipulação previa
aos ensaios de resistência mecânica. Em contrapartida GUSTAVSEM, 1989
mostra que não existe diferença na resistência a fratura entre estruturas a base
de C0-Cr submetia ou não a soldagem.
De acordo com ANGELINI 1989, o usou excessivo de fundente É o
responsável pala considerável fonte de defeitos na união soldada, os quais
promovem drástica redução nos valores de resistência. Ainda, segundo
HAWBOLT & MacENTEE, 1983, os defeitos estruturais dento nas uniões
soldadas assumem a mais alta significância quando sob esforços cíclicos do
que sob cargas elásticas. Como visto, são evidentes as controvérsias
existentes no meio odontológico com respeito à refusão de sobras de ligas
previamente fundidas e da utilização dos procedimentos de soldagem de
20
estruturas a base de Co-Cr fraturadas. Por esta razão julgamos pertinente
verificar a resistência à fadiga de ligas á base de Co-Cr, novas ou refundidas,
submetidas ou não ao procedimento de soldagem.
3. Por que substituir Au por Co-Cr.
Fig 03.Extra metálica em Au e Co-Cr. Fonte: Christianno Vinicius Semedo
Como visto na introdução, o ouro foi substituído aos poucos pelo Co-Cr
e assim causando novas formas de ser utilizado e até mesmo reutilizado.
Segundo Lane em 1949 as estrutura metálica em Co-Cr eram cinco
vezes mais confeccionadas do que as de ouro por incluírem poucas
dificuldades técnicas de utilização; propriedades químicas que não
produzissem efeitos patológicos ao operador e ao paciente que possibilitassem
resistência adesintegração no meio bucal; propriedades físicas como
resistência, temperatura de fusão, coeficiente de expansão térmica e
condutividade térmica satisfatórias; e, custo baixo e disponibilidade em
situações de emergência mundiais.
21
O Co-Cr tem melhor tolerância dos tecidos orais; manutenção do brilho e
superfície polida; peso especifico de 8,9 contra 16,9 das ligas de ouro, o que
conduzia a manutenção do brilho sob situação de abrasividade; e, elevada
rigidez, estando indicadas em situações clinicas. Mas ela necessita de
equipamentos caros e específicos; menor ductilidade que as ligas de ouro;
impossibilidade de tratamento térmico; maior modulo de elasticidade;
temperatura de fusão mais elevada e maior contração de fundição na
solidificação, exigindo o uso de revestimento especial; e, difícil acabamento e
polimento. O autor ressaltou que o conteúdo de cromo era o responsável pela
resistência á oxidação; o carbono, ligeiramente solúvel na solução sólida de
cobalto cromo, era responsabilizado pelas propriedades mecânicas e
resistência a corrosão; apresenta de tungstênio tendi a estabilizar a liga,
tornado as propriedades mecânicas mais uniformes de uma fundição para
outra; o berílio agia como redutor da temperatura de fusão: o nitrogênio,
presente em pequenas porcentagens, semelhantemente ao carbono; a
presença do magnésio tornava o comportamento da liga mais estável,
implicando em mais resistência e ductilidade; e, que a substituição de
porcentagens de cobalto por níquel, reduzia o custo elevando os valores de
ductilidade. o autor afirma, ainda que o tamanho granular dessas ligas
estivesse relacionadas diretamente com a temperatura do molde e do metal,
ocorrendo aumento no tamanho granular destas ligas estavam variando de
50% de ductilidade e pequena variação na resistência. A variação na
temperatura tinham efeito adicional sobre o espaço de carbonetos.Um aumento
da temperatura do molde conduzia,ao aumento do espaço entre os
carbonetos,sendo que a variação na temperatura das ligas não afetava este
fenômeno.O espaço entre estes carbonetos alterava a ductilidade,pouco
agindo sobre a resistência do material.O autor conclui que em se
considerando,apenas o custo,não havia razão de se substituir uma liga nobre
por uma não nobre.
22
3.1. Tipos de ligas de ouro usadas na odontologia
Fig 04.Tabela periódica dos elementos fonte: livro química essencial de usberco e salvador editora saraiva 1°edição de
Para prótese parcial removível são usadas lias de tipo IV.
Porque são denominadas ligas extradura e não ducties,sendo indicada em
regiões de altas tensões comoprotese protese parcial removivel.
Compostos:
23
• 66% de ouro
• 15% de cobre
• 12% de prata
• 3% de paladio
• 2% de platina2% de zinco
3.1. A utilização do cobalto cromo na PPR
Fig 05.Tabela periódica dos elementos fonte: livro química essencial de usberco e salvador editora saraiva 1°edição de 2001
24
Fig 06.Estrutura de ppr em Co-Cr fonte: Christianno Vinicius Semedo
ERDLE & PRAGE,em 1929,desenvolveram técnicas de fundição
odontológica para uma liga de Co-Cr (estelita), utilizado na indústria
automobilística, nomeando-a Vitallium.
Mais tarde,em 1943,PAFFENBARGER, compararam as ligas de Co-Cr
existentes no mercado com as ligas de ouro e mostraram que estas ligas
alternativas apresentaram propriedades como resistência a corrosão, dureza,
resistência mecânica e à abrasão semelhante ou até mesmo superiores as das
ligas de ouro sendo,portando,passiveis de substituí-las.
Efetuado uma coletânea de dados em relações às ligas de Co-Cr em
1956 por EARNCHAW confirmou que estas ligas formava uma solução solida
de aproximadamente de 70% de cobalto e 30% de cromo, podendo a haver
limitada substituição do cobalto por níquel, conduzindo, desta forma, a uma
diminuição de temperatura de fusão. Estas ligas eram compostas por 5% de
25
carbonetos de tungstênio e molibdênio, sendo que o conteúdo do carboneto
presente exercia efeito cítrico sobre a dureza e resistência. As ligas de Co-Cr
consiste de uma estrutura dendrítica formada pela matriz composta de solução
solida de Co e Cr, envolvidas por pequenas ilhas de carbonetos. Em medida
que o conteúdo de carbonetos aumentava, a estrutura interdendritica de
carbonetos tornava-se continua e friável: e em medida em que essas ilhas de
carbonetos maior era a resistência;e em medida em que os espaços entre elas
iam se aumentando maior era a ductilidade.com o aumento do tamanho
granular diminuía a resistência e aumentava a ductilidade.
3.2. Processo de experimentos para substituir Au por Co-Cr na estrutura metálica de prótese parcial removível.
Devido á técnica de fundição exigir equipamento especifica e controle de
diversas condições, a utilização das ligas de Co-Cr lemitava-se a técnicos
especializados.
As ligas de Co-Cr apresentavam alta temperatura de fusão e grande
contração de fundição. Conduto necessitava de revestimento aglutinado por
fosfato ou silicato, devido à liberação de compostos sulfúricos quando o sulfato
de cálcio era utilizado como aglutinante do revestimento levando a porosidade.
Para cada liga deveria ser usado chama redutora de maçarico de oxigênio e
acetileno, ocorrendo, desta forma, pequeno aumento no conteúdo de carbono,
que conduzia no aumento na resistência mecânica. Porem o superaquecimento
na fusão da liga promovia aumento granular e diminuição nas propriedades
físicas. Para a fusão podiam ser utilizados também o arco de carbono ou
orgônio, forno com resistência de carboneto de silício ou indução de alta
freqüência.
26
Fig 07.Prótese parcial removível pronta para ser incluída e depois de
fundida.Fonte:Cristianno Vinicius Semedo
3.3.fatores de contração a fundição de ligas.
Em 1958 EARNCHAW afirmou que contração térmica da liga durante a solidificação era compensada pela adição de metal liquefeito fornecido pelos condutos de alimentação em câmara de compensação, cuja contração aparente era igual á contração da liga quando do resfriamento a partir da temperatura de solidus para a temperatura ambiente. Definiu também como contração real de fundição, aquela que realmente ocorria durante o processo. Constatou que a contração real de fundição, aquela que realmente ocorria durante o processo. Constatou que a contração real era menor que a contração aparente, devido a fatores como fricção no entrelaçamento entra a liga e a superfície do molde que podia ocasionar distorções no processo,
27
principalmente nos primeiros estágios o resfriamento, momento em que a liga apresentava-se com alta ductilidade. Outro fator seria a solidificação prematura de porções da fundição responsável pela contração, que seria compensada pelo metal liquefeito fornecidos pelos condutos e porções não solidificadas. O autor definiu também como contração final de fundição como sendo a diferença entre a contração real de fundição e a compensação provida pela expansão do revestimento.
Fig 08. Pequenas rebarbas na estrutura metálica por conta do revestimento .
Fonte: Francisco Libanio
3.4. Fator de contração a fundição de Co-Cr.
Utilizando um dispositivo que consistiu de um tubo de aço inoxidável de 6,98cm
de diâmetro por 6,35 cm de altura. Duas perfurações com roscas internas
diametralmente opostas foram executadas nas paredes do tubo, providas de
tampões maciços rosqueaveis de 1,65cm de diâmetro por 2,51 cm de
comprimento. Outros dois tampões com orifícios internos onde eram acoplados
28
hastes de 0,31, 0,63 ou 0,95 cm de diâmetro por 6,35 cm de comprimento. Ao
tubo metálico foi adaptada uma base formadora de cadinho de formato cônico.
Foram utilizados dois tipos de revestimento(Baker e Virillium),cujos moldes
foram aquecidos às temperaturas de 500 e 600 °C,seguido pelo resfriamento à
temperatura ambiente,antes do procedimento de fundição.O revestimento,onde
quando maiôs a rugosidade superficial do molde,menor a contração da
liga.Outro seria a dimensão da fundição,onde padrões com menor
volume,portanto com menor área superficial,apresentavam maior contração.
4. Resistência a tração das ligas de Co-Cr.
Alem da resistência à tração, foram avaliados o modulo de elasticidade, limite
de escoamento e alongamento. A dureza Rockewell das amostras foi
determinada, com auxilio de um durometro. Para determinação da temperatura
da temperatura de líquidos foi usado par termo-eletrico de platina.Os autores
verificaram que o modulo de elasticidade situava-se em 2.003.550
kg/cm²,aproximadamente o dobro do das ligas de ouro.Verificaram que o limite
de escoamento estava em torno de 4,92 kg/cm² e a reisitencia à tração,em
torno de 738 kg/cm².Os autores,ainda verificaram,variações de uma mesma
liga,obtidas de fontes distintas.Estas variações,segundo eles,eram resultado de
fatores como aquecimento,posição e arranjo de condutos de alimentação e
técnicas de fundição.
29
Fig 09.Posicionamento errado na centrífuga, e cadinho. Fonte: Francisco
Libanio
4.1. Comparação entre Co-Cr e Au quando submetidas a esforço de
flexão.
Devido a diferenças na velocidade de resfriamento, a qual poderia alterar a
micro-estrutura da periferia, as amostras fundidas foram usinadas até as
dimensões requeridas. Apos a obtenção das dimensões adequadas, as
amostras foram incluídas em material plástico e acabadas cm sucessivas
granulações de lixas de papel e polidas com escovas de pano. As amostras em
Co-Cr foram atacas eletroliticamente em solução de 2% de acido crômico como
eletrólito. As amostras confeccionadas em Au foram condicionadas com uma
mistura de cianeto de potássio e solução de persulfato de amônia. Apos
acabamento, polimento e condicionamento superficial, as amostras foram
30
ensaidas em um aparelho de micro-flexão de três pontos (Flinn), dois laterais,
de apoio e uma central. Execução de esforços. Os autores verificaram que a
matriz das ligas de Co-Cr era dúctil, ao contrario das áreas eutéticas, que
apresentavam características friáveis. As fraturas eram sempre iniciadas pelas
fases eutéticas. Verificaram também que nas amostras que continham
quaisquer tipos de porosidades, as fraturas eram iniciadas por estas áreas e
que nas amostras livres destes defeitos,as fraturas iniciavam-se no limite
granular.Com relação às ligas de ouro,os autores verificaram que havia inicio
de fraturas detectável,mas sim uma desintegração das amostras,devido a
valores mais elevados de alongamento,em comparação com as ligas de Co-Cr.
4.2.Falhas na estrutura metálica de Co-Cr.
Fig 10.Enceramento errado, as duas linhas de termino coincidiram. Fonte:
Francisco Libanio
31
Fig 11.Estrutura metalica mal adaptada no modelo.Fonte.Jéssica Alencar dos Santos
32
Fig 12.Estrutura metalica mal adaptada no modelo, resultado depois de
acrilizado.Fonte.Jéssica Alencar dos Santos
33
Fig 13.Estrutura metalica mal adaptada por conta do mal planejamento do alivio
.Fonte.Jéssica Alencar dos Santos
34
Fig 14. Não foi utilizado centrifulga adeguanda.Foi feita com a centrifulga de fixa,e o
anel saio de posiçao e o metal não entrou por completo para copiar a
inclusão.Fonte.Francisco Libanio
35
Fig 15.Falha na estrutura metalica por conta de pouca pressão na
centrifulga.Fonte.Francisco Libanio.
5. Conclusão
Quando comparado às ligas de ouro, as ligas de Co-Cr possuem menor resistência à tração e a fadiga.
Liga de Co-Cr possuem baixo custo, resistência a descoloração, em comparação com as ligas de Au.
Ligas de Co-Cr apresentam alto modulo de elasticidade, garantem o dobro de rigidez para esta espessura.
As ligas de Co-Cr são mais susceptíveis a deformação permanente.
Quando comparadas as ligas de Co-Cr,as ligas de Au podem ser reutilizadas por inteira enquanto as ligas de Co-Cr devem ser reutilizadas em partes.
A sela em estrutura de ouro nau deixa a estrutura aparecer no acrílico...mais estética
36
Lista de figuras
Figura 01: Fixação dos incisivos, com ama rilha em fio de ouro.
Figura 02: Protese inferior,quatro incisivos naturais e dois dentae talhados em
marfim,atados com fio de ouro,construida entre os seculos IV e V a.C.
Figura 03: Estrura metálica em Au e Co-Cr.
Figura 04: Tabela periódica dos elementos.
Figura 05: Tabela periódica dos elementos.
Figura 06: Estrutura de PPR em Co-Cr.
Figura 07: Prótese parcial removível pronta para ser incluída e depois de
fundida.
Figura 08: Pequenas rebarbas na estrutura metálica por conta do revestimento.
Figura 09: Posicionamento errado na centrífuga, e cadinho.
Figura 10: Enceramento errado, as duas linhas de termino coincidiram.
Figura 11: Estrutura metalica mal adaptada no modelo.
Figura 12: Estrutura metalica mal adaptada no modelo, resultado depois de acrilizado.
Figura 13: Estrutura metalica mal adaptada por conta do mal planejamento do alivio
.Fonte.
Figura 14: Não foi utilizado centrifulga adeguanda.Foi feita com a centrifulga de fixa,e
o anel saio de posiçao e o metal não entrou por completo para copiar a inclusão.
Figura 15: Falha na estrutura metalica por conta de pouca pressão na centrifulga.
37
Referencias Bibliográficas
1. A.D.Rebossio, Prótese parcial removible 2°ed., Ed.Mundi. B.Alires, 1960
2. JOÃO, Mário; LACROIX, Sérgio Pietro. Dicas de Materiais. Jornal da ABORJ. mai.
2005
3. Kliemann Claudio e Wagner de Oliveira. manual de prótese parcial
removível. 1°ed.,Ed.santos,1999.
4.Laboratório do Julio
<http://www.laboratoriojulio.com.br/portugues/servico.asp?id=11&pag=40
5. Pessanha Henriques Guilherme Elias Pessanha Henriques. Resistência à
fadiga de ligas do sistema co-cr, submetidas ou não procedimento de
refusão e soldagem. 1995.11,12, 13, 15, 16, 117, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24,
25, 26, 27, 2829, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45,
46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59,60. Odontologia.
universidade estadual de Campinas. Piracicaba
6.Souza Coelho. prótese dentaria, coroas e pontes. 1°ed., Ed. Científica, Rio,
1955.
38