tcc amanda e larissa terapia ocupacional 2007 · 3 resumo a assistência ao recém-nascido (rn) na...

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AMANDA LETÍCIA JORGE ANDREAZZI LARISSA VENDRAMINI NUCCI MANUAL DE ORIENTAÇÕES À EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RECÉM-NASCIDO NA UTI- NEONATAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Terapia Ocupacional sob orientação da Profª M.Sc. Sílvia Valéria Fernandes Cavalaria e orientação técnica da Profª Esp. Jovira Maria Sarraceni. LINS SP 2007

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Page 1: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

AMANDA LETIacuteCIA JORGE ANDREAZZI

LARISSA VENDRAMINI NUCCI

MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A

MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RECEacuteM-NASCIDO NA UTI-

NEONATAL

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado agrave Banca Examinadora do Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium curso de Terapia Ocupacional sob orientaccedilatildeo da Profordf MSc Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria e orientaccedilatildeo teacutecnica da Profordf Esp Jovira Maria Sarraceni

LINS SP

2007

2

AMANDA LETIacuteCIA JORGE ANDREAZZI

LARISSA VENDRAMINI NUCCI

MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A

MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RECEacuteM-NASCIDO NA UTI-

NEONATAL

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Terapia Ocupacional

Aprovada em_______________

Banca Examinadora

Profordf Orientadora Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Titulaccedilatildeo Poacutes-Graduada em Metodologia do Ensino Superior (FAL) Terapia

Ocupacional uma visatildeo dinacircmica (UNISALESIANO) e Mestre em Ciecircncias dos

Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo Humana (UNIMAR)

Assinatura___________________________

1ordm Prof(a)_______________________________________________________

Titulaccedilatildeo_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura___________________________

2ordm Prof(a)_______________________________________________________

Titulaccedilatildeo_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura___________________________

3

RESUMO

A assistecircncia ao receacutem-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia onde esses avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que houvesse um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do RN de termo quanto do RN preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel e para que os profissionais trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando assim seu desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel O presente estudo vem com a finalidade de confeccionar um manual ilustrativo para proporcionar agrave equipe de enfermagem da UTI-Neonatal conhecimentos especiacuteficos de forma a auxiliaacute-los em seus procedimentos rotineiros observando o estado comportamental do RN na tentativa de uma intervenccedilatildeo adequada com o miacutenimo de estresse e desconforto possiacutevel para o RN contribuindo para seu desenvolvimento neuropsicomotor

Palavras-chave Receacutem-nascido Terapia Ocupacional Manual Orientaccedilotildees UTI-Neonatal

4

ABSTRACT

The attendance to Newly born (RN) in the Intensive Care Unit-Neonatal it went by several changes and the coming of new technologies brought a wider universe of attendance where those scientific and technological progresses in the area of Neonatologia enlarged the resources diagnoses and therapeutic doing with that there was a significant increase in the survival of premature every time smaller that youthey end up beginning their lives in an Intensive Care Unit-Neonatal being this a replete atmosphere of brightness noises manipulations and procedures that youthey can bring negative consequences to the development of RNs Even with the existence of apparels that youthey guarantee the constant monitoraccedilatildeo of the neonatos hisher adaptation depends entirely and individually of their own means It is of extreme importance that the active professionals in those sections have a specific knowledge on the development as much of term RN as of the RN preacute-term so that the accomplished interventions provide the minimum of possible stress and for the professionals to work in an integrated way having a change of information about the individual situation of the neonatos providing them an appropriate and qualitative intervention in other words without leaving that those routine procedures interfere in hisher organization harming like this hisher development comportamental and neurological The concept of care desenvolvimentista bases on the presupposition that all of the activities developed with RN are guided by the answer of the same to the incentives of the atmosphere The intention of that approach consists of maintaining stable and organized RN as much as possible the The present study comes with the purpose from making an illustrative manual to provide to the team of nursing of the Intensive Care Unit-Neonatal specific knowledge in way to aid them in their routine procedures observing the state comportamental of RN in the attempt of an appropriate intervention with the minimum of stress and possible discomfort for RN contributing to hisher development neuropsicomotor

Keywords Newly born Occupational therapy Manual Orientations Intensive Care Unit-Neonatal

5

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face) 44

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa) 45

Figura 3 Estado de sono profundo 46

Figura 4 Estado de sono leve 46

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo 47

Figura 6 Estado de alerta 48

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos 48

Figura 8 Estado de choro 49

Figura 9 Posiccedilatildeo prona 49

Figura 10 Decuacutebito lateral 50

Figura 11 Posiccedilatildeo supina 50

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo) 29

Quadro 2 Indicadores comportamentais de estresse (sinais de

retraimento) 29

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DNPM Desenvolvimento Neuropsicomotor

IG Idade Gestacional

RN Receacutem-Nascido

RNMBP Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso

RNMMBP Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso

RNPT Receacutem Nascido Preacute-Termo

RNPT-AIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

RNPT-PIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

6

URA Umidade Relativa do Ar

UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12

1 NEONATOLOGIA 12

11 Definiccedilatildeo 12

12 Histoacuterico 12

13 Finalidades 13

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14

15 Idade gestacional 14

151 Prematuridade limiacutetrofe 14

152 Prematuridade moderna 15

153 Prematuridade extrema 15

16 Peso ao nascimento 16

161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16

171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG) 16

172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG) 17

18 Desenvolvimento intra-uterino 17

181 Periacuteodo fetal 17

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17

183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18

185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19

186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20

187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21

8

1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21

1811 Nascimento 22

CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave

EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E

POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24

21 Manuseios e procedimentos 24

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25

221 Sistema autocircnomo 25

222 Sistema motor 25

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26

225 Sistema regulador 26

23 Estados de consciecircncias 26

231 Estado 1 sono profundo 26

232 Estado 2 sono leve 27

233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27

234 Estado 4 alerta 27

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27

236 Estado 6 choro 28

24 Estados de equiliacutebrio 28

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28

242 Comportamento de retraimento 30

25 Intervenccedilotildees 30

26 A ambiecircncia do RN 31

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31

263 Umidade e calor 31

264 Sons e ruiacutedos 32

265 Luz e claridade 32

27 Posicionamento 33

271 Posiccedilatildeo prona 33

9

272 Posiccedilatildeo supina 33

273 Decuacutebito lateral 34

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34

281 28 semanas 34

282 32 semanas 35

283 34 semanas 35

284 36 semanas 35

285 40 semanas 35

29 Toque 35

210 Equipe 37

CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a

manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem 52

34 Depoimentos 54

341 A palavra da terapeuta ocupacional 54

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55

343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56

35 Discussatildeo 56

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57

CONCLUSAtildeO 58

REFEREcircNCIAS 59

APEcircNDICES 61

ANEXOS 72

10

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

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Faculdades Salesianas de Lins Lins

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Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 2: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

2

AMANDA LETIacuteCIA JORGE ANDREAZZI

LARISSA VENDRAMINI NUCCI

MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A

MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RECEacuteM-NASCIDO NA UTI-

NEONATAL

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Terapia Ocupacional

Aprovada em_______________

Banca Examinadora

Profordf Orientadora Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Titulaccedilatildeo Poacutes-Graduada em Metodologia do Ensino Superior (FAL) Terapia

Ocupacional uma visatildeo dinacircmica (UNISALESIANO) e Mestre em Ciecircncias dos

Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo Humana (UNIMAR)

Assinatura___________________________

1ordm Prof(a)_______________________________________________________

Titulaccedilatildeo_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura___________________________

2ordm Prof(a)_______________________________________________________

Titulaccedilatildeo_______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura___________________________

3

RESUMO

A assistecircncia ao receacutem-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia onde esses avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que houvesse um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do RN de termo quanto do RN preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel e para que os profissionais trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando assim seu desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel O presente estudo vem com a finalidade de confeccionar um manual ilustrativo para proporcionar agrave equipe de enfermagem da UTI-Neonatal conhecimentos especiacuteficos de forma a auxiliaacute-los em seus procedimentos rotineiros observando o estado comportamental do RN na tentativa de uma intervenccedilatildeo adequada com o miacutenimo de estresse e desconforto possiacutevel para o RN contribuindo para seu desenvolvimento neuropsicomotor

Palavras-chave Receacutem-nascido Terapia Ocupacional Manual Orientaccedilotildees UTI-Neonatal

4

ABSTRACT

The attendance to Newly born (RN) in the Intensive Care Unit-Neonatal it went by several changes and the coming of new technologies brought a wider universe of attendance where those scientific and technological progresses in the area of Neonatologia enlarged the resources diagnoses and therapeutic doing with that there was a significant increase in the survival of premature every time smaller that youthey end up beginning their lives in an Intensive Care Unit-Neonatal being this a replete atmosphere of brightness noises manipulations and procedures that youthey can bring negative consequences to the development of RNs Even with the existence of apparels that youthey guarantee the constant monitoraccedilatildeo of the neonatos hisher adaptation depends entirely and individually of their own means It is of extreme importance that the active professionals in those sections have a specific knowledge on the development as much of term RN as of the RN preacute-term so that the accomplished interventions provide the minimum of possible stress and for the professionals to work in an integrated way having a change of information about the individual situation of the neonatos providing them an appropriate and qualitative intervention in other words without leaving that those routine procedures interfere in hisher organization harming like this hisher development comportamental and neurological The concept of care desenvolvimentista bases on the presupposition that all of the activities developed with RN are guided by the answer of the same to the incentives of the atmosphere The intention of that approach consists of maintaining stable and organized RN as much as possible the The present study comes with the purpose from making an illustrative manual to provide to the team of nursing of the Intensive Care Unit-Neonatal specific knowledge in way to aid them in their routine procedures observing the state comportamental of RN in the attempt of an appropriate intervention with the minimum of stress and possible discomfort for RN contributing to hisher development neuropsicomotor

Keywords Newly born Occupational therapy Manual Orientations Intensive Care Unit-Neonatal

5

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face) 44

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa) 45

Figura 3 Estado de sono profundo 46

Figura 4 Estado de sono leve 46

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo 47

Figura 6 Estado de alerta 48

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos 48

Figura 8 Estado de choro 49

Figura 9 Posiccedilatildeo prona 49

Figura 10 Decuacutebito lateral 50

Figura 11 Posiccedilatildeo supina 50

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo) 29

Quadro 2 Indicadores comportamentais de estresse (sinais de

retraimento) 29

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DNPM Desenvolvimento Neuropsicomotor

IG Idade Gestacional

RN Receacutem-Nascido

RNMBP Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso

RNMMBP Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso

RNPT Receacutem Nascido Preacute-Termo

RNPT-AIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

RNPT-PIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

6

URA Umidade Relativa do Ar

UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12

1 NEONATOLOGIA 12

11 Definiccedilatildeo 12

12 Histoacuterico 12

13 Finalidades 13

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14

15 Idade gestacional 14

151 Prematuridade limiacutetrofe 14

152 Prematuridade moderna 15

153 Prematuridade extrema 15

16 Peso ao nascimento 16

161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16

171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG) 16

172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG) 17

18 Desenvolvimento intra-uterino 17

181 Periacuteodo fetal 17

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17

183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18

185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19

186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20

187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21

8

1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21

1811 Nascimento 22

CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave

EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E

POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24

21 Manuseios e procedimentos 24

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25

221 Sistema autocircnomo 25

222 Sistema motor 25

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26

225 Sistema regulador 26

23 Estados de consciecircncias 26

231 Estado 1 sono profundo 26

232 Estado 2 sono leve 27

233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27

234 Estado 4 alerta 27

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27

236 Estado 6 choro 28

24 Estados de equiliacutebrio 28

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28

242 Comportamento de retraimento 30

25 Intervenccedilotildees 30

26 A ambiecircncia do RN 31

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31

263 Umidade e calor 31

264 Sons e ruiacutedos 32

265 Luz e claridade 32

27 Posicionamento 33

271 Posiccedilatildeo prona 33

9

272 Posiccedilatildeo supina 33

273 Decuacutebito lateral 34

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34

281 28 semanas 34

282 32 semanas 35

283 34 semanas 35

284 36 semanas 35

285 40 semanas 35

29 Toque 35

210 Equipe 37

CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a

manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem 52

34 Depoimentos 54

341 A palavra da terapeuta ocupacional 54

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55

343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56

35 Discussatildeo 56

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57

CONCLUSAtildeO 58

REFEREcircNCIAS 59

APEcircNDICES 61

ANEXOS 72

10

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 3: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

3

RESUMO

A assistecircncia ao receacutem-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia onde esses avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que houvesse um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do RN de termo quanto do RN preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel e para que os profissionais trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando assim seu desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel O presente estudo vem com a finalidade de confeccionar um manual ilustrativo para proporcionar agrave equipe de enfermagem da UTI-Neonatal conhecimentos especiacuteficos de forma a auxiliaacute-los em seus procedimentos rotineiros observando o estado comportamental do RN na tentativa de uma intervenccedilatildeo adequada com o miacutenimo de estresse e desconforto possiacutevel para o RN contribuindo para seu desenvolvimento neuropsicomotor

Palavras-chave Receacutem-nascido Terapia Ocupacional Manual Orientaccedilotildees UTI-Neonatal

4

ABSTRACT

The attendance to Newly born (RN) in the Intensive Care Unit-Neonatal it went by several changes and the coming of new technologies brought a wider universe of attendance where those scientific and technological progresses in the area of Neonatologia enlarged the resources diagnoses and therapeutic doing with that there was a significant increase in the survival of premature every time smaller that youthey end up beginning their lives in an Intensive Care Unit-Neonatal being this a replete atmosphere of brightness noises manipulations and procedures that youthey can bring negative consequences to the development of RNs Even with the existence of apparels that youthey guarantee the constant monitoraccedilatildeo of the neonatos hisher adaptation depends entirely and individually of their own means It is of extreme importance that the active professionals in those sections have a specific knowledge on the development as much of term RN as of the RN preacute-term so that the accomplished interventions provide the minimum of possible stress and for the professionals to work in an integrated way having a change of information about the individual situation of the neonatos providing them an appropriate and qualitative intervention in other words without leaving that those routine procedures interfere in hisher organization harming like this hisher development comportamental and neurological The concept of care desenvolvimentista bases on the presupposition that all of the activities developed with RN are guided by the answer of the same to the incentives of the atmosphere The intention of that approach consists of maintaining stable and organized RN as much as possible the The present study comes with the purpose from making an illustrative manual to provide to the team of nursing of the Intensive Care Unit-Neonatal specific knowledge in way to aid them in their routine procedures observing the state comportamental of RN in the attempt of an appropriate intervention with the minimum of stress and possible discomfort for RN contributing to hisher development neuropsicomotor

Keywords Newly born Occupational therapy Manual Orientations Intensive Care Unit-Neonatal

5

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face) 44

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa) 45

Figura 3 Estado de sono profundo 46

Figura 4 Estado de sono leve 46

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo 47

Figura 6 Estado de alerta 48

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos 48

Figura 8 Estado de choro 49

Figura 9 Posiccedilatildeo prona 49

Figura 10 Decuacutebito lateral 50

Figura 11 Posiccedilatildeo supina 50

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo) 29

Quadro 2 Indicadores comportamentais de estresse (sinais de

retraimento) 29

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DNPM Desenvolvimento Neuropsicomotor

IG Idade Gestacional

RN Receacutem-Nascido

RNMBP Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso

RNMMBP Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso

RNPT Receacutem Nascido Preacute-Termo

RNPT-AIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

RNPT-PIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

6

URA Umidade Relativa do Ar

UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12

1 NEONATOLOGIA 12

11 Definiccedilatildeo 12

12 Histoacuterico 12

13 Finalidades 13

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14

15 Idade gestacional 14

151 Prematuridade limiacutetrofe 14

152 Prematuridade moderna 15

153 Prematuridade extrema 15

16 Peso ao nascimento 16

161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16

171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG) 16

172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG) 17

18 Desenvolvimento intra-uterino 17

181 Periacuteodo fetal 17

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17

183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18

185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19

186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20

187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21

8

1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21

1811 Nascimento 22

CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave

EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E

POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24

21 Manuseios e procedimentos 24

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25

221 Sistema autocircnomo 25

222 Sistema motor 25

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26

225 Sistema regulador 26

23 Estados de consciecircncias 26

231 Estado 1 sono profundo 26

232 Estado 2 sono leve 27

233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27

234 Estado 4 alerta 27

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27

236 Estado 6 choro 28

24 Estados de equiliacutebrio 28

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28

242 Comportamento de retraimento 30

25 Intervenccedilotildees 30

26 A ambiecircncia do RN 31

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31

263 Umidade e calor 31

264 Sons e ruiacutedos 32

265 Luz e claridade 32

27 Posicionamento 33

271 Posiccedilatildeo prona 33

9

272 Posiccedilatildeo supina 33

273 Decuacutebito lateral 34

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34

281 28 semanas 34

282 32 semanas 35

283 34 semanas 35

284 36 semanas 35

285 40 semanas 35

29 Toque 35

210 Equipe 37

CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a

manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem 52

34 Depoimentos 54

341 A palavra da terapeuta ocupacional 54

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55

343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56

35 Discussatildeo 56

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57

CONCLUSAtildeO 58

REFEREcircNCIAS 59

APEcircNDICES 61

ANEXOS 72

10

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 4: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

4

ABSTRACT

The attendance to Newly born (RN) in the Intensive Care Unit-Neonatal it went by several changes and the coming of new technologies brought a wider universe of attendance where those scientific and technological progresses in the area of Neonatologia enlarged the resources diagnoses and therapeutic doing with that there was a significant increase in the survival of premature every time smaller that youthey end up beginning their lives in an Intensive Care Unit-Neonatal being this a replete atmosphere of brightness noises manipulations and procedures that youthey can bring negative consequences to the development of RNs Even with the existence of apparels that youthey guarantee the constant monitoraccedilatildeo of the neonatos hisher adaptation depends entirely and individually of their own means It is of extreme importance that the active professionals in those sections have a specific knowledge on the development as much of term RN as of the RN preacute-term so that the accomplished interventions provide the minimum of possible stress and for the professionals to work in an integrated way having a change of information about the individual situation of the neonatos providing them an appropriate and qualitative intervention in other words without leaving that those routine procedures interfere in hisher organization harming like this hisher development comportamental and neurological The concept of care desenvolvimentista bases on the presupposition that all of the activities developed with RN are guided by the answer of the same to the incentives of the atmosphere The intention of that approach consists of maintaining stable and organized RN as much as possible the The present study comes with the purpose from making an illustrative manual to provide to the team of nursing of the Intensive Care Unit-Neonatal specific knowledge in way to aid them in their routine procedures observing the state comportamental of RN in the attempt of an appropriate intervention with the minimum of stress and possible discomfort for RN contributing to hisher development neuropsicomotor

Keywords Newly born Occupational therapy Manual Orientations Intensive Care Unit-Neonatal

5

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face) 44

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa) 45

Figura 3 Estado de sono profundo 46

Figura 4 Estado de sono leve 46

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo 47

Figura 6 Estado de alerta 48

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos 48

Figura 8 Estado de choro 49

Figura 9 Posiccedilatildeo prona 49

Figura 10 Decuacutebito lateral 50

Figura 11 Posiccedilatildeo supina 50

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo) 29

Quadro 2 Indicadores comportamentais de estresse (sinais de

retraimento) 29

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DNPM Desenvolvimento Neuropsicomotor

IG Idade Gestacional

RN Receacutem-Nascido

RNMBP Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso

RNMMBP Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso

RNPT Receacutem Nascido Preacute-Termo

RNPT-AIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

RNPT-PIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

6

URA Umidade Relativa do Ar

UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12

1 NEONATOLOGIA 12

11 Definiccedilatildeo 12

12 Histoacuterico 12

13 Finalidades 13

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14

15 Idade gestacional 14

151 Prematuridade limiacutetrofe 14

152 Prematuridade moderna 15

153 Prematuridade extrema 15

16 Peso ao nascimento 16

161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16

171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG) 16

172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG) 17

18 Desenvolvimento intra-uterino 17

181 Periacuteodo fetal 17

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17

183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18

185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19

186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20

187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21

8

1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21

1811 Nascimento 22

CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave

EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E

POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24

21 Manuseios e procedimentos 24

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25

221 Sistema autocircnomo 25

222 Sistema motor 25

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26

225 Sistema regulador 26

23 Estados de consciecircncias 26

231 Estado 1 sono profundo 26

232 Estado 2 sono leve 27

233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27

234 Estado 4 alerta 27

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27

236 Estado 6 choro 28

24 Estados de equiliacutebrio 28

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28

242 Comportamento de retraimento 30

25 Intervenccedilotildees 30

26 A ambiecircncia do RN 31

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31

263 Umidade e calor 31

264 Sons e ruiacutedos 32

265 Luz e claridade 32

27 Posicionamento 33

271 Posiccedilatildeo prona 33

9

272 Posiccedilatildeo supina 33

273 Decuacutebito lateral 34

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34

281 28 semanas 34

282 32 semanas 35

283 34 semanas 35

284 36 semanas 35

285 40 semanas 35

29 Toque 35

210 Equipe 37

CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a

manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem 52

34 Depoimentos 54

341 A palavra da terapeuta ocupacional 54

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55

343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56

35 Discussatildeo 56

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57

CONCLUSAtildeO 58

REFEREcircNCIAS 59

APEcircNDICES 61

ANEXOS 72

10

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 5: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

5

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face) 44

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa) 45

Figura 3 Estado de sono profundo 46

Figura 4 Estado de sono leve 46

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo 47

Figura 6 Estado de alerta 48

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos 48

Figura 8 Estado de choro 49

Figura 9 Posiccedilatildeo prona 49

Figura 10 Decuacutebito lateral 50

Figura 11 Posiccedilatildeo supina 50

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo) 29

Quadro 2 Indicadores comportamentais de estresse (sinais de

retraimento) 29

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DNPM Desenvolvimento Neuropsicomotor

IG Idade Gestacional

RN Receacutem-Nascido

RNMBP Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso

RNMMBP Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso

RNPT Receacutem Nascido Preacute-Termo

RNPT-AIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

RNPT-PIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

6

URA Umidade Relativa do Ar

UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12

1 NEONATOLOGIA 12

11 Definiccedilatildeo 12

12 Histoacuterico 12

13 Finalidades 13

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14

15 Idade gestacional 14

151 Prematuridade limiacutetrofe 14

152 Prematuridade moderna 15

153 Prematuridade extrema 15

16 Peso ao nascimento 16

161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16

171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG) 16

172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG) 17

18 Desenvolvimento intra-uterino 17

181 Periacuteodo fetal 17

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17

183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18

185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19

186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20

187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21

8

1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21

1811 Nascimento 22

CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave

EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E

POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24

21 Manuseios e procedimentos 24

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25

221 Sistema autocircnomo 25

222 Sistema motor 25

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26

225 Sistema regulador 26

23 Estados de consciecircncias 26

231 Estado 1 sono profundo 26

232 Estado 2 sono leve 27

233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27

234 Estado 4 alerta 27

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27

236 Estado 6 choro 28

24 Estados de equiliacutebrio 28

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28

242 Comportamento de retraimento 30

25 Intervenccedilotildees 30

26 A ambiecircncia do RN 31

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31

263 Umidade e calor 31

264 Sons e ruiacutedos 32

265 Luz e claridade 32

27 Posicionamento 33

271 Posiccedilatildeo prona 33

9

272 Posiccedilatildeo supina 33

273 Decuacutebito lateral 34

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34

281 28 semanas 34

282 32 semanas 35

283 34 semanas 35

284 36 semanas 35

285 40 semanas 35

29 Toque 35

210 Equipe 37

CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a

manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem 52

34 Depoimentos 54

341 A palavra da terapeuta ocupacional 54

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55

343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56

35 Discussatildeo 56

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57

CONCLUSAtildeO 58

REFEREcircNCIAS 59

APEcircNDICES 61

ANEXOS 72

10

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 6: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

6

URA Umidade Relativa do Ar

UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12

1 NEONATOLOGIA 12

11 Definiccedilatildeo 12

12 Histoacuterico 12

13 Finalidades 13

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14

15 Idade gestacional 14

151 Prematuridade limiacutetrofe 14

152 Prematuridade moderna 15

153 Prematuridade extrema 15

16 Peso ao nascimento 16

161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16

171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG) 16

172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG) 17

18 Desenvolvimento intra-uterino 17

181 Periacuteodo fetal 17

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17

183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18

185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19

186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20

187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21

8

1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21

1811 Nascimento 22

CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave

EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E

POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24

21 Manuseios e procedimentos 24

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25

221 Sistema autocircnomo 25

222 Sistema motor 25

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26

225 Sistema regulador 26

23 Estados de consciecircncias 26

231 Estado 1 sono profundo 26

232 Estado 2 sono leve 27

233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27

234 Estado 4 alerta 27

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27

236 Estado 6 choro 28

24 Estados de equiliacutebrio 28

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28

242 Comportamento de retraimento 30

25 Intervenccedilotildees 30

26 A ambiecircncia do RN 31

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31

263 Umidade e calor 31

264 Sons e ruiacutedos 32

265 Luz e claridade 32

27 Posicionamento 33

271 Posiccedilatildeo prona 33

9

272 Posiccedilatildeo supina 33

273 Decuacutebito lateral 34

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34

281 28 semanas 34

282 32 semanas 35

283 34 semanas 35

284 36 semanas 35

285 40 semanas 35

29 Toque 35

210 Equipe 37

CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a

manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem 52

34 Depoimentos 54

341 A palavra da terapeuta ocupacional 54

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55

343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56

35 Discussatildeo 56

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57

CONCLUSAtildeO 58

REFEREcircNCIAS 59

APEcircNDICES 61

ANEXOS 72

10

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 7: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12

1 NEONATOLOGIA 12

11 Definiccedilatildeo 12

12 Histoacuterico 12

13 Finalidades 13

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14

15 Idade gestacional 14

151 Prematuridade limiacutetrofe 14

152 Prematuridade moderna 15

153 Prematuridade extrema 15

16 Peso ao nascimento 16

161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16

171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG) 16

172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG) 17

18 Desenvolvimento intra-uterino 17

181 Periacuteodo fetal 17

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17

183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18

185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19

186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20

187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21

8

1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21

1811 Nascimento 22

CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave

EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E

POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24

21 Manuseios e procedimentos 24

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25

221 Sistema autocircnomo 25

222 Sistema motor 25

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26

225 Sistema regulador 26

23 Estados de consciecircncias 26

231 Estado 1 sono profundo 26

232 Estado 2 sono leve 27

233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27

234 Estado 4 alerta 27

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27

236 Estado 6 choro 28

24 Estados de equiliacutebrio 28

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28

242 Comportamento de retraimento 30

25 Intervenccedilotildees 30

26 A ambiecircncia do RN 31

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31

263 Umidade e calor 31

264 Sons e ruiacutedos 32

265 Luz e claridade 32

27 Posicionamento 33

271 Posiccedilatildeo prona 33

9

272 Posiccedilatildeo supina 33

273 Decuacutebito lateral 34

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34

281 28 semanas 34

282 32 semanas 35

283 34 semanas 35

284 36 semanas 35

285 40 semanas 35

29 Toque 35

210 Equipe 37

CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a

manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem 52

34 Depoimentos 54

341 A palavra da terapeuta ocupacional 54

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55

343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56

35 Discussatildeo 56

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57

CONCLUSAtildeO 58

REFEREcircNCIAS 59

APEcircNDICES 61

ANEXOS 72

10

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

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BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

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QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 8: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

8

1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21

1811 Nascimento 22

CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave

EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E

POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24

21 Manuseios e procedimentos 24

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25

221 Sistema autocircnomo 25

222 Sistema motor 25

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26

225 Sistema regulador 26

23 Estados de consciecircncias 26

231 Estado 1 sono profundo 26

232 Estado 2 sono leve 27

233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27

234 Estado 4 alerta 27

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27

236 Estado 6 choro 28

24 Estados de equiliacutebrio 28

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28

242 Comportamento de retraimento 30

25 Intervenccedilotildees 30

26 A ambiecircncia do RN 31

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31

263 Umidade e calor 31

264 Sons e ruiacutedos 32

265 Luz e claridade 32

27 Posicionamento 33

271 Posiccedilatildeo prona 33

9

272 Posiccedilatildeo supina 33

273 Decuacutebito lateral 34

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34

281 28 semanas 34

282 32 semanas 35

283 34 semanas 35

284 36 semanas 35

285 40 semanas 35

29 Toque 35

210 Equipe 37

CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a

manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem 52

34 Depoimentos 54

341 A palavra da terapeuta ocupacional 54

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55

343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56

35 Discussatildeo 56

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57

CONCLUSAtildeO 58

REFEREcircNCIAS 59

APEcircNDICES 61

ANEXOS 72

10

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

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Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 9: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

9

272 Posiccedilatildeo supina 33

273 Decuacutebito lateral 34

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34

281 28 semanas 34

282 32 semanas 35

283 34 semanas 35

284 36 semanas 35

285 40 semanas 35

29 Toque 35

210 Equipe 37

CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a

manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem 52

34 Depoimentos 54

341 A palavra da terapeuta ocupacional 54

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55

343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56

35 Discussatildeo 56

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57

CONCLUSAtildeO 58

REFEREcircNCIAS 59

APEcircNDICES 61

ANEXOS 72

10

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

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BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 10: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

10

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 11: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

11

INTRODUCcedilAtildeO

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia

ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja

um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores

que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um

ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que

podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte

questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de

enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal

favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico

do RN

O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-

termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e

organizados promovendo o seu desenvolvimento

Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado

o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 12: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

12

Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo

III

O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos

Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT

Capiacutetulo II

Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da

UTI-Neonatal

Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-

Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as

consideraccedilotildees finais

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 13: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

13

CAPIacuteTULO I

NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA

1 NEONATOLOGIA

11 Definiccedilatildeo

Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e

preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde

o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)

12 Histoacuterico

O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar

seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia

da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o

desenvolvimento desta aacuterea

A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)

em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido

Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila

onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no

Hospital Chariteacute de Paris em 1882

Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro

de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago

Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os

princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo

dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar

enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 14: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

14

procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)

Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo

neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de

processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O

interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-

a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a

mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal

aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como

nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)

Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem

dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com

gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para

meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado

Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-

se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos

terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia

Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-

nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-

Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento

neuropsicomotor

Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as

novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de

corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos

cuidados baacutesicos

13 Finalidades

Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm

sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees

fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em

suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda

nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 15: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

15

organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menores

Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e

como e quando estes cuidados devem ser administrados

Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de

sauacutede na neonatologia tem por finalidade

a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida

extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual

b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares

c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais

desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho

d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal

e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos

cuidados ao receacutem-nascido

f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito

da assistecircncia neonatal

14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido

Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de

acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a

adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

15 Idade gestacional

151 Prematuridade limiacutetrofe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 16: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

16

Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com

idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos

RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu

comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede

aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem

aparecer no periacuteodo neonatal

a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo

constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a

complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas

b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver

necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras

c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos

RN de termo

d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior

incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa

faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas

em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de

gestantes diabeacuteticas

e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade

nos RN limiacutetrofes

152 Prematuridade moderada

Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade

gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre

1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico

mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais

satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo

153 Prematuridade extrema

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 17: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

17

Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade

gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente

menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser

inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas

apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados

com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da

imaturidade

16 Peso ao nascimento

161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento

inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas

162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)

Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento

inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior

atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados

17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional

171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional

(RNPT-AIG)

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

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BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

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QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 18: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

18

Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento

estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional

172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional

(RNPT-PIG)

Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de

nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo

portadores de retardo de crescimento intra-uterino

18 Desenvolvimento intra-uterino

181 Periacuteodo fetal

Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos

tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em

comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se

acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo

gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de

menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino

da seguinte forma

182 Primeiro mecircs do desenvolvimento

Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam

duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como

uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 19: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

19

do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por

nove meses

O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um

oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo

a placenta

A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco

embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a

camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada

chamada de mesoderma

Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos

vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca

comeccedila a surgir o sistema nervoso

No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de

comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena

calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se

esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros

183 Segundo mecircs do desenvolvimento

O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme

cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos

O sexo ainda natildeo aparece

Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e

aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da

espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e

tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado

Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo

dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos

184 Terceiro mecircs do desenvolvimento

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

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Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 20: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

20

Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na

eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema

digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que

forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile

no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos

na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras

formadas no baccedilo

Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando

urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos

sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no

comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os

testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal

durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento

O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos

sexuais

O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e

dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto

comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo

percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste

periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados

185 Quarto mecircs do desenvolvimento

O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente

200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor

avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo

excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue

emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo

feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue

fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta

A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o

esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 21: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

21

corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa

186 Quinto mecircs do desenvolvimento

Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa

mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute

coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas

dos dedos e artelhos

O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no

meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai

crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal

O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a

bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo

depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por

minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute

elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que

permaneceraacute por toda a vida

187 Sexto mecircs do desenvolvimento

Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana

opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila

ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o

nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-

cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo

Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas

horas caso venha a nascer prematura

188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 22: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

22

O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado

Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas

cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto

No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas

escrotais

Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e

pode pesar cerca de 1300kg

Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja

rugosa

Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito

raacutepido variando de 200 a 250g por semana

As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e

atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave

Os membros tornam-se mais cheios e firmes

189 Oitavo mecircs do desenvolvimento

Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as

condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior

A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os

agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto

1810 Nono mecircs do desenvolvimento

Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em

funcionamento

As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos

No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada

do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por

contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

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Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 23: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

23

massa

Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria

das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso

materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito

Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto

da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo

celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-

se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue

materno

Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra

o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes

anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-

natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema

imunoloacutegico do RN

1811 Nascimento

De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas

dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16

horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de

cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-

se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta

fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido

amnioacutetico

A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as

contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2

minutos

O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento

implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido

sangue e placenta

As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e

fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 24: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

24

O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute

determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da

vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher

A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva

sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 25: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

25

CAPIacuteTULO II

MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE

ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN

NA UTI-NEONATAL

2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL

Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente

sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do

RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute

necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu

desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos

inadequados

21 Manuseios e procedimentos

A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de

descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

(COSTA MARBA 2006)

Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um

conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-

termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 26: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

26

miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais

procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu

desenvolvimento neurocomportamental

22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral

atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o

sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem

cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles

221 Sistema autocircnomo

Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da

pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo

(ALS apud KUDO 1997 p 204)

222 Sistema motor

Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS

apud KUDO 1997 p204)

223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados

Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 27: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

27

de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta

manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO

1997 p204)

224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo

Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)

225 Sistema regulador

Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma

integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas

(ALS apud KUDO 1997 p 205)

23 Estados de consciecircncia

Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do

RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro

Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por

pelo menos 15 segundos

Tais estados satildeo descritos da seguinte forma

231 Estado 1 sono profundo

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 28: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

28

Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem

movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos

em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo

haacute mudanccedilas para outros estados

232 Estado 2 sono leve

Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do

globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-

se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute

irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos

podem abrir-se por curtos momentos

233 Estado 3

sonolento ou cochilo

Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes

olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global

motora

234 Estado 4 alerta

O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um

estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora

apresentada eacute miacutenima

235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 29: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

29

Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora

razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos

externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as

reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global

236 Estado 6 choro

Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil

de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos

24 Estados de equiliacutebrio

O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou

mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute

estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por

exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel

Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o

controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-

regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido

aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma

hiperestimulaccedilatildeo externa

241 Comportamento de aproximaccedilatildeo

Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de

interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 30: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

30

Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular

Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos

Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados

Sistemas de Estados Comportamentais

Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais

Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 1

Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de

aproximaccedilatildeo)

Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)

Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)

Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos

Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)

turning

out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco

arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento

Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados

Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 31: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

31

242 Comportamento de retraimento

Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em

excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser

verificado quando o RN apresenta

25 Intervenccedilotildees

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve

tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o

ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo

Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do

desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da

reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de

auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e

desenvolvimento adequado do RN

Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de

maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e

individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-

Neonatal sendo elas

a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e

agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior

periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de

rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o

padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os

sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal

b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a

organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma

melhor organizaccedilatildeo comportamental

c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso

alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 32: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

32

favorecendo a flexatildeo

d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que

possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e

podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze

ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma

a uma

26 A ambiecircncia do RN

Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a

ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias

externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente

(COSTA MARBA 2006 p74)

261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora

Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos

fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras

distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas

262 Humanizaccedilatildeo do ambiente

Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o

RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que

sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal

263 Umidade e calor

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

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QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 33: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

33

A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas

proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade

teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo

de O2 seja o menor possiacutevel

Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e

267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade

e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)

264 Sons e ruiacutedos

As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma

poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias

negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN

A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)

A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal

podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de

poder causar dano coclear

Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho

deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar

cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam

barulho excessivo

265 Luz e claridade

Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de

suas experiecircncias intra-uterina

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 34: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

34

Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de

filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)

Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que

quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos

abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial

tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para

os neonatos

Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em

uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos

limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao

RN

27 Posicionamento

Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos

mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado

Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem

imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do

uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute

importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior

aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

271 Posiccedilatildeo prona

Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a

flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO

1997 p 209)

272 Posiccedilatildeo supina

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 35: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

35

Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional

(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)

273 Decuacutebito lateral

Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia

facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as

matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior

input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de

cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF

apud KUDO 1997 p209)

274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio

Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e

contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)

28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular

Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus

estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da

seguinte forma

281 28 semanas

Hipotonia total dos quatro membros e extremidades

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

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61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 36: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

36

282 32 semanas

Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no

quadril

283 34 semanas

O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor

nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do

aparecimento do reflexo de preensatildeo

284 36 semanas

Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo

com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila

285 40 semanas

O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a

cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado

29 Toque

A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto

fisioloacutegicos quanto comportamentais

Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 37: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

37

bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos

devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja

sendo amamentada

Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito

importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School

mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque

Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande

poder de fortalecer o viacutenculo

O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais

extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros

desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal

experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede

De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society

1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os

problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses

quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar

desenvolvendo uma profunda depressatildeo

O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel

poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar

natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da

matildeo de quem estaacute realizando o toque

A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por

recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores

estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes

da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do

comportamento muacutesculo

articulaccedilatildeo

ligamento da pessoa que o estaacute

segurando

Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e

de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da

discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso

que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute

cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma

generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se

mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 38: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

38

protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9

meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com

precisatildeo

210 Equipe

Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute

muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por

meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas

ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-

filho

A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do

viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais

orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a

sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-

Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem

apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando

todas as relaccedilotildees posteriores

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 39: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

39

CAPIacuteTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA

A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e

o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia

Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que

natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do

corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental

O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de

IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de

modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e

proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e

tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos

e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na

sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas

vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade

ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias

negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos

que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende

inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios

A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas

necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo

higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de

234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma

descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de

hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma

adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade

dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

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GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 40: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

40

(COSTA MARBA 2006)

Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores

tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc

de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas

proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que

trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a

situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo

adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina

interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento

comportamental e neuroloacutegico

O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de

que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta

do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em

manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista

neuroloacutegico e comportamental

Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)

Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do

meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por

diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO

apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)

Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas

aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de

aproximaccedilatildeo e retraimento

A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos

profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para

intervenccedilatildeo com RNs

31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 41: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

41

Casa de Misericoacuterdia de Lins

O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a

Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486

em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute

localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas

por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos

atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre

outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte

e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove

segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso

A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de

enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso

respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos

armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e

um expurgo

Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria

Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais

pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem

A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um

profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para

contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como

proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos

O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o

curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o

supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em

meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional

Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a

realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe

existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins

Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 42: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

42

profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de

misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta

ocupacional do respectivo local

As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram

Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)

Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

I Antes da aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE C)

Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)

Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem

II Apoacutes a aplicaccedilatildeo

do manual (APEcircNDICE E)

Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)

Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na

monografia e no manual (APEcircNDICE G)

Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento

da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)

32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal

A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia

Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins

abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da

UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo

estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento

intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na

UTI-Neonatal e posicionamento

Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos

e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas

como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte

respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 43: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

43

de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do

RN estado comportamental e desenvolvimento social

Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido

um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento

cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da

equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados

O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes

desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do

desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental

O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por

enormes desconfortos tais como

a) privaccedilatildeo do sono

b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas

c) luminosidade permanente

d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor

e) telefone com volume alto

f) pessoas conversando em tom alto

g) passos (sapatos com saltos)

h) chamados em voz alta e a distacircncia

i) raacutedios ligados

j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever

k) tamborilar os dedos sobre a incubadora

l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora

m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros

Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que

os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a

irritabilidade e o estresse do RN

Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por

dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de

46 a 192 minutos

Os manuseios excessivos podem provocar

a) hipoxemia

b) apneacuteia

c) bradicardia

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 44: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

44

d) comportamentos de estresse

e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono

Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal

satildeo

a) enfermagem

b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas

ocupacionais)

c) pediatras

Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o

niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo

a) A resposta aos estiacutemulos ambientais

b) Ao estado de alerta

c) Ao limiar sensorial

d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento

Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira

organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece

indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta

agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal

Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam

que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo

adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser

observado atraveacutes de sinais como

a) extensatildeo da liacutengua

b) matildeo a face

c) emissatildeo de sons

d) matildeos juntas tocando-se

e) peacutes juntos tocando-se

f) entrelaccedilar os dedos

g) aconchegar-se

h) movimentos corporais

i) matildeo a boca

j) movimentos de preensatildeo

k) procura de amparo para os peacutes

l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 45: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

45

m) reflexo de procura

n) sugar

o) segurar a matildeo do examinador

p) fazer ooh com a boca

q) fixar-se auditivamente

r) emissatildeo de sons agradaacuteveis

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)

E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado

e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se

observar atraveacutes dos seguintes sinais

a) regurgitar

b) soluccedilar

c) ter naacuteuseas

d) movimentos peristaacutelticos

e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios

f) dedos espalhados

g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)

h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 46: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

46

i) espirrar

j) bocejar

k) suspirar

l) tossir

m) desviar

n) franzir a testa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)

O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na

determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos

ambientais

Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo

a) Estado 1

Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem

movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea

com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos

regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa

demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados

eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 47: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

47

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 3 Estado de sono profundo

b) Estado 2

Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos

podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de

atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais

ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do

que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com

movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de

estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de

succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos

curtos

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 4 Estado de sono leve

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 48: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

48

c) Estado 3

Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou

fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis

intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a

estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias

vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os

movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo

global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute

processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo

d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte

do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou

auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a

resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de

olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 49: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

49

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 6 Estado de alerta

e) Estado 5

Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora

razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns

sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando

atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas

e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade

motora global Pode ou natildeo estar choramingando

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 7 Olhos abertos ou choramingos

f) Estado 6

Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 50: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

50

interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora

tambeacutem eacute intensa

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 8 Estado de choro

O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de

padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus

muscular mais adequado sendo classificados em

a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da

cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave

boca

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 9 Posiccedilatildeo prona

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 51: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

51

b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave

linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja

contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos

Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora

incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem

a auto-organizaccedilatildeo

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 10 Decuacutebito lateral

c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo

antigravitacional

Fonte Andreazzi Nucci 2007

Figura 11 Posiccedilatildeo supina

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 52: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

52

No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta

perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do

posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores

Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido

suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo

aleacutem de menor padratildeo flexor

Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo

excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia

O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema

interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo

(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)

Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do

desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro

via comportamental

As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de

atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu

identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao

aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco

subsistemas

a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo

mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos

peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar

b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos

do RN

c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos

estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando

para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da

definiccedilatildeo clara de cada estado

d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN

permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender

informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando

e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive

e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para

manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 53: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

53

dos sistemas

Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees

tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo

estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo

contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de

gaze ou o dedo do profissional

Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do

RN na UTI-Neonatal

a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente

ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global

b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo

tratamento e segmento

c) orientar os pais

Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente

no ambiente fiacutesico

a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias

telefones raacutedios e janelas

b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o

que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e

consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de

tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo

Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com

o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os

posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer

para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal

33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de

enfermagem

Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na

UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio

entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 54: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

54

diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao

conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como

tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor

Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15

sujeitos

Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos

sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram

dizer sobre tais

Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado

pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os

funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi

dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e

iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar

duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo

questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a

confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e

sugestotildees

Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes

resultados

a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2

sujeitos como boa

b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como

boa

c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como

bom

d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2

sujeitos como bom

e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e

palestras sobre o assunto

Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se

satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem

sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 55: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

55

34 Depoimentos

341 A palavra da terapeuta ocupacional

A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante

observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor

Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos

profissionais que mais realizam procedimentos com o RN

e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos

especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com

RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento

especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um

manual para que os profissionais possam trabalhar com o

mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento

neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo

deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais

da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino

Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave

avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de

enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo

ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta

Ocupacional 39 anos)

342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista

Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 56: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

56

manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido

favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN

participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo

ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional

mediante o manual foi realizado de maneira adequada

atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave

confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram

classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo

classificado como boa devido a necessidade das fotos

serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico

NeonatologistaIntensivista 51 anos)

343 Conclusatildeo agrave pesquisa

Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao

treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e

a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados

de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento

neuropsicomotor

35 Discussatildeo

Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado

desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os

procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-

Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido

ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto

possiacutevel

Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 57: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

57

Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando

comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave

equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees

adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da

equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta

Ocupacional atuante nesta aacuterea

Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta

Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do

psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas

por complementaridade

Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees

realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a

relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 58: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

58

PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho

de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe

multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na

intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e

na humanizaccedilatildeo do ambiente

Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da

intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos

palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos

conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o

RN

Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como

fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se

desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global

detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e

segmento

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 59: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

59

CONCLUSAtildeO

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a

confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem

tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN

dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o

desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN

Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente

com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN

prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e

posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos

O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos

conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem

e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 60: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

60

REFEREcircNCIAS

ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano

Auxilium Lins

AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999

BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007

COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006

GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007

GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002

KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997

LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996

MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 61: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

61

MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000

MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002

MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo

MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988

OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007

QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)

Faculdades Salesianas de Lins Lins

STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979

62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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62

APEcircNDICES

63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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63

APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso

1 INTRODUCcedilAtildeO

11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI -Neonatal

12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus

conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e

depois da realizaccedilatildeo do treinamento

2 O TRATAMENTO REALIZADO

21 Materiais

22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados

23 Teacutecnicas utilizadas

24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal

da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de

enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local

3 DISCUSSAtildeO

Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de

enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas

4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES

Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta

de intervenccedilatildeo

64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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64

APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na

UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os

posicionamentos com o RN

( ) Sim ( ) Natildeo

11 Por quecirc

2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional

desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos junto a equipe de enfermagem

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 65: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

65

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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66

APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional

desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de

Misericoacuterdia de Lins

2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela

terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-

Neonatal

( ) Sim ( ) Natildeo

21 Quais

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e

posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a

31 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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67

32 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

33 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

34 Conhecimentos especiacuteficos

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 68: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

68

APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL

2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios

e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a

21 Confecccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

22 Ilustraccedilatildeo

( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

23 Conteuacutedo

( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular

Pontos a serem melhorados

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Page 69: TCC Amanda e Larissa Terapia Ocupacional 2007 · 3 RESUMO A assistência ao recém-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanças, e o advento de novas tecnologias trouxe

69

APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na

UTI-Neonatal

2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e

comportamental do RN

3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-

Neonatal

4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal

5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-

Neonatal

6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN

7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do

RN

8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e

retraimento apresentados pelo RN

70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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70

APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional

I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO

Sexo

Idade

Experiecircncias profissionais anteriores

Experiecircncias profissionais atuais

Residecircncia Cidade Estado

II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS

1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto

a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal

2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal

( ) sim ( ) natildeo

Quais

71

APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas

na monografia e no manual

Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa

Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional

do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de

qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor

___________________________________________________ filho(a) de

_______________________________________________________________

e _____________________________________________________________

Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins

do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica

divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou

privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a

imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes

____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee

RG RG

Lins _____ de ________________ de 2007

72

APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-

neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual

e treinamento da equipe de enfermagem

AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de

conclusatildeo de curso (TCC)

Terapia Ocupacional2007 na UTI

Neonatal da

Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees

quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI

Neonatal

para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini

Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria

Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007

________________________

____________________

Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini

Nucci

________________________________________

Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria

Terapeuta Ocupacional

CREFITO 33156

_____________________________________

Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura

PediatraNeonatologista

Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins

73

ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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ANEXO

74

MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

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MANUAL

Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

A574m

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Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a

manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci

Lins 2007

74p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007

Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni

1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo

CDU 6158513

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