tcc amanda e larissa terapia ocupacional 2007 · 3 resumo a assistência ao recém-nascido (rn) na...
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AMANDA LETIacuteCIA JORGE ANDREAZZI
LARISSA VENDRAMINI NUCCI
MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A
MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RECEacuteM-NASCIDO NA UTI-
NEONATAL
Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado agrave Banca Examinadora do Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium curso de Terapia Ocupacional sob orientaccedilatildeo da Profordf MSc Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria e orientaccedilatildeo teacutecnica da Profordf Esp Jovira Maria Sarraceni
LINS SP
2007
2
AMANDA LETIacuteCIA JORGE ANDREAZZI
LARISSA VENDRAMINI NUCCI
MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A
MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RECEacuteM-NASCIDO NA UTI-
NEONATAL
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Terapia Ocupacional
Aprovada em_______________
Banca Examinadora
Profordf Orientadora Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Titulaccedilatildeo Poacutes-Graduada em Metodologia do Ensino Superior (FAL) Terapia
Ocupacional uma visatildeo dinacircmica (UNISALESIANO) e Mestre em Ciecircncias dos
Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo Humana (UNIMAR)
Assinatura___________________________
1ordm Prof(a)_______________________________________________________
Titulaccedilatildeo_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura___________________________
2ordm Prof(a)_______________________________________________________
Titulaccedilatildeo_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura___________________________
3
RESUMO
A assistecircncia ao receacutem-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia onde esses avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que houvesse um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do RN de termo quanto do RN preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel e para que os profissionais trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando assim seu desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel O presente estudo vem com a finalidade de confeccionar um manual ilustrativo para proporcionar agrave equipe de enfermagem da UTI-Neonatal conhecimentos especiacuteficos de forma a auxiliaacute-los em seus procedimentos rotineiros observando o estado comportamental do RN na tentativa de uma intervenccedilatildeo adequada com o miacutenimo de estresse e desconforto possiacutevel para o RN contribuindo para seu desenvolvimento neuropsicomotor
Palavras-chave Receacutem-nascido Terapia Ocupacional Manual Orientaccedilotildees UTI-Neonatal
4
ABSTRACT
The attendance to Newly born (RN) in the Intensive Care Unit-Neonatal it went by several changes and the coming of new technologies brought a wider universe of attendance where those scientific and technological progresses in the area of Neonatologia enlarged the resources diagnoses and therapeutic doing with that there was a significant increase in the survival of premature every time smaller that youthey end up beginning their lives in an Intensive Care Unit-Neonatal being this a replete atmosphere of brightness noises manipulations and procedures that youthey can bring negative consequences to the development of RNs Even with the existence of apparels that youthey guarantee the constant monitoraccedilatildeo of the neonatos hisher adaptation depends entirely and individually of their own means It is of extreme importance that the active professionals in those sections have a specific knowledge on the development as much of term RN as of the RN preacute-term so that the accomplished interventions provide the minimum of possible stress and for the professionals to work in an integrated way having a change of information about the individual situation of the neonatos providing them an appropriate and qualitative intervention in other words without leaving that those routine procedures interfere in hisher organization harming like this hisher development comportamental and neurological The concept of care desenvolvimentista bases on the presupposition that all of the activities developed with RN are guided by the answer of the same to the incentives of the atmosphere The intention of that approach consists of maintaining stable and organized RN as much as possible the The present study comes with the purpose from making an illustrative manual to provide to the team of nursing of the Intensive Care Unit-Neonatal specific knowledge in way to aid them in their routine procedures observing the state comportamental of RN in the attempt of an appropriate intervention with the minimum of stress and possible discomfort for RN contributing to hisher development neuropsicomotor
Keywords Newly born Occupational therapy Manual Orientations Intensive Care Unit-Neonatal
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face) 44
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa) 45
Figura 3 Estado de sono profundo 46
Figura 4 Estado de sono leve 46
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo 47
Figura 6 Estado de alerta 48
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos 48
Figura 8 Estado de choro 49
Figura 9 Posiccedilatildeo prona 49
Figura 10 Decuacutebito lateral 50
Figura 11 Posiccedilatildeo supina 50
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo) 29
Quadro 2 Indicadores comportamentais de estresse (sinais de
retraimento) 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DNPM Desenvolvimento Neuropsicomotor
IG Idade Gestacional
RN Receacutem-Nascido
RNMBP Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso
RNMMBP Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso
RNPT Receacutem Nascido Preacute-Termo
RNPT-AIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
RNPT-PIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
6
URA Umidade Relativa do Ar
UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
7
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12
1 NEONATOLOGIA 12
11 Definiccedilatildeo 12
12 Histoacuterico 12
13 Finalidades 13
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14
15 Idade gestacional 14
151 Prematuridade limiacutetrofe 14
152 Prematuridade moderna 15
153 Prematuridade extrema 15
16 Peso ao nascimento 16
161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16
171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG) 16
172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG) 17
18 Desenvolvimento intra-uterino 17
181 Periacuteodo fetal 17
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17
183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18
185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19
186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20
187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21
8
1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21
1811 Nascimento 22
CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave
EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E
POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24
21 Manuseios e procedimentos 24
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25
221 Sistema autocircnomo 25
222 Sistema motor 25
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26
225 Sistema regulador 26
23 Estados de consciecircncias 26
231 Estado 1 sono profundo 26
232 Estado 2 sono leve 27
233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27
234 Estado 4 alerta 27
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27
236 Estado 6 choro 28
24 Estados de equiliacutebrio 28
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28
242 Comportamento de retraimento 30
25 Intervenccedilotildees 30
26 A ambiecircncia do RN 31
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31
263 Umidade e calor 31
264 Sons e ruiacutedos 32
265 Luz e claridade 32
27 Posicionamento 33
271 Posiccedilatildeo prona 33
9
272 Posiccedilatildeo supina 33
273 Decuacutebito lateral 34
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34
281 28 semanas 34
282 32 semanas 35
283 34 semanas 35
284 36 semanas 35
285 40 semanas 35
29 Toque 35
210 Equipe 37
CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a
manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem 52
34 Depoimentos 54
341 A palavra da terapeuta ocupacional 54
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55
343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56
35 Discussatildeo 56
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57
CONCLUSAtildeO 58
REFEREcircNCIAS 59
APEcircNDICES 61
ANEXOS 72
10
11
INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
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61
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STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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2
AMANDA LETIacuteCIA JORGE ANDREAZZI
LARISSA VENDRAMINI NUCCI
MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A
MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RECEacuteM-NASCIDO NA UTI-
NEONATAL
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Terapia Ocupacional
Aprovada em_______________
Banca Examinadora
Profordf Orientadora Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Titulaccedilatildeo Poacutes-Graduada em Metodologia do Ensino Superior (FAL) Terapia
Ocupacional uma visatildeo dinacircmica (UNISALESIANO) e Mestre em Ciecircncias dos
Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo Humana (UNIMAR)
Assinatura___________________________
1ordm Prof(a)_______________________________________________________
Titulaccedilatildeo_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura___________________________
2ordm Prof(a)_______________________________________________________
Titulaccedilatildeo_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura___________________________
3
RESUMO
A assistecircncia ao receacutem-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia onde esses avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que houvesse um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do RN de termo quanto do RN preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel e para que os profissionais trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando assim seu desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel O presente estudo vem com a finalidade de confeccionar um manual ilustrativo para proporcionar agrave equipe de enfermagem da UTI-Neonatal conhecimentos especiacuteficos de forma a auxiliaacute-los em seus procedimentos rotineiros observando o estado comportamental do RN na tentativa de uma intervenccedilatildeo adequada com o miacutenimo de estresse e desconforto possiacutevel para o RN contribuindo para seu desenvolvimento neuropsicomotor
Palavras-chave Receacutem-nascido Terapia Ocupacional Manual Orientaccedilotildees UTI-Neonatal
4
ABSTRACT
The attendance to Newly born (RN) in the Intensive Care Unit-Neonatal it went by several changes and the coming of new technologies brought a wider universe of attendance where those scientific and technological progresses in the area of Neonatologia enlarged the resources diagnoses and therapeutic doing with that there was a significant increase in the survival of premature every time smaller that youthey end up beginning their lives in an Intensive Care Unit-Neonatal being this a replete atmosphere of brightness noises manipulations and procedures that youthey can bring negative consequences to the development of RNs Even with the existence of apparels that youthey guarantee the constant monitoraccedilatildeo of the neonatos hisher adaptation depends entirely and individually of their own means It is of extreme importance that the active professionals in those sections have a specific knowledge on the development as much of term RN as of the RN preacute-term so that the accomplished interventions provide the minimum of possible stress and for the professionals to work in an integrated way having a change of information about the individual situation of the neonatos providing them an appropriate and qualitative intervention in other words without leaving that those routine procedures interfere in hisher organization harming like this hisher development comportamental and neurological The concept of care desenvolvimentista bases on the presupposition that all of the activities developed with RN are guided by the answer of the same to the incentives of the atmosphere The intention of that approach consists of maintaining stable and organized RN as much as possible the The present study comes with the purpose from making an illustrative manual to provide to the team of nursing of the Intensive Care Unit-Neonatal specific knowledge in way to aid them in their routine procedures observing the state comportamental of RN in the attempt of an appropriate intervention with the minimum of stress and possible discomfort for RN contributing to hisher development neuropsicomotor
Keywords Newly born Occupational therapy Manual Orientations Intensive Care Unit-Neonatal
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face) 44
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa) 45
Figura 3 Estado de sono profundo 46
Figura 4 Estado de sono leve 46
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo 47
Figura 6 Estado de alerta 48
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos 48
Figura 8 Estado de choro 49
Figura 9 Posiccedilatildeo prona 49
Figura 10 Decuacutebito lateral 50
Figura 11 Posiccedilatildeo supina 50
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo) 29
Quadro 2 Indicadores comportamentais de estresse (sinais de
retraimento) 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DNPM Desenvolvimento Neuropsicomotor
IG Idade Gestacional
RN Receacutem-Nascido
RNMBP Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso
RNMMBP Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso
RNPT Receacutem Nascido Preacute-Termo
RNPT-AIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
RNPT-PIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
6
URA Umidade Relativa do Ar
UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
7
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12
1 NEONATOLOGIA 12
11 Definiccedilatildeo 12
12 Histoacuterico 12
13 Finalidades 13
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14
15 Idade gestacional 14
151 Prematuridade limiacutetrofe 14
152 Prematuridade moderna 15
153 Prematuridade extrema 15
16 Peso ao nascimento 16
161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16
171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG) 16
172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG) 17
18 Desenvolvimento intra-uterino 17
181 Periacuteodo fetal 17
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17
183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18
185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19
186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20
187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21
8
1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21
1811 Nascimento 22
CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave
EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E
POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24
21 Manuseios e procedimentos 24
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25
221 Sistema autocircnomo 25
222 Sistema motor 25
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26
225 Sistema regulador 26
23 Estados de consciecircncias 26
231 Estado 1 sono profundo 26
232 Estado 2 sono leve 27
233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27
234 Estado 4 alerta 27
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27
236 Estado 6 choro 28
24 Estados de equiliacutebrio 28
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28
242 Comportamento de retraimento 30
25 Intervenccedilotildees 30
26 A ambiecircncia do RN 31
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31
263 Umidade e calor 31
264 Sons e ruiacutedos 32
265 Luz e claridade 32
27 Posicionamento 33
271 Posiccedilatildeo prona 33
9
272 Posiccedilatildeo supina 33
273 Decuacutebito lateral 34
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34
281 28 semanas 34
282 32 semanas 35
283 34 semanas 35
284 36 semanas 35
285 40 semanas 35
29 Toque 35
210 Equipe 37
CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a
manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem 52
34 Depoimentos 54
341 A palavra da terapeuta ocupacional 54
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55
343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56
35 Discussatildeo 56
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57
CONCLUSAtildeO 58
REFEREcircNCIAS 59
APEcircNDICES 61
ANEXOS 72
10
11
INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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3
RESUMO
A assistecircncia ao receacutem-nascido (RN) na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia onde esses avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que houvesse um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do RN de termo quanto do RN preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel e para que os profissionais trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando assim seu desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel O presente estudo vem com a finalidade de confeccionar um manual ilustrativo para proporcionar agrave equipe de enfermagem da UTI-Neonatal conhecimentos especiacuteficos de forma a auxiliaacute-los em seus procedimentos rotineiros observando o estado comportamental do RN na tentativa de uma intervenccedilatildeo adequada com o miacutenimo de estresse e desconforto possiacutevel para o RN contribuindo para seu desenvolvimento neuropsicomotor
Palavras-chave Receacutem-nascido Terapia Ocupacional Manual Orientaccedilotildees UTI-Neonatal
4
ABSTRACT
The attendance to Newly born (RN) in the Intensive Care Unit-Neonatal it went by several changes and the coming of new technologies brought a wider universe of attendance where those scientific and technological progresses in the area of Neonatologia enlarged the resources diagnoses and therapeutic doing with that there was a significant increase in the survival of premature every time smaller that youthey end up beginning their lives in an Intensive Care Unit-Neonatal being this a replete atmosphere of brightness noises manipulations and procedures that youthey can bring negative consequences to the development of RNs Even with the existence of apparels that youthey guarantee the constant monitoraccedilatildeo of the neonatos hisher adaptation depends entirely and individually of their own means It is of extreme importance that the active professionals in those sections have a specific knowledge on the development as much of term RN as of the RN preacute-term so that the accomplished interventions provide the minimum of possible stress and for the professionals to work in an integrated way having a change of information about the individual situation of the neonatos providing them an appropriate and qualitative intervention in other words without leaving that those routine procedures interfere in hisher organization harming like this hisher development comportamental and neurological The concept of care desenvolvimentista bases on the presupposition that all of the activities developed with RN are guided by the answer of the same to the incentives of the atmosphere The intention of that approach consists of maintaining stable and organized RN as much as possible the The present study comes with the purpose from making an illustrative manual to provide to the team of nursing of the Intensive Care Unit-Neonatal specific knowledge in way to aid them in their routine procedures observing the state comportamental of RN in the attempt of an appropriate intervention with the minimum of stress and possible discomfort for RN contributing to hisher development neuropsicomotor
Keywords Newly born Occupational therapy Manual Orientations Intensive Care Unit-Neonatal
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face) 44
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa) 45
Figura 3 Estado de sono profundo 46
Figura 4 Estado de sono leve 46
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo 47
Figura 6 Estado de alerta 48
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos 48
Figura 8 Estado de choro 49
Figura 9 Posiccedilatildeo prona 49
Figura 10 Decuacutebito lateral 50
Figura 11 Posiccedilatildeo supina 50
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo) 29
Quadro 2 Indicadores comportamentais de estresse (sinais de
retraimento) 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DNPM Desenvolvimento Neuropsicomotor
IG Idade Gestacional
RN Receacutem-Nascido
RNMBP Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso
RNMMBP Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso
RNPT Receacutem Nascido Preacute-Termo
RNPT-AIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
RNPT-PIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
6
URA Umidade Relativa do Ar
UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
7
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12
1 NEONATOLOGIA 12
11 Definiccedilatildeo 12
12 Histoacuterico 12
13 Finalidades 13
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14
15 Idade gestacional 14
151 Prematuridade limiacutetrofe 14
152 Prematuridade moderna 15
153 Prematuridade extrema 15
16 Peso ao nascimento 16
161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16
171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG) 16
172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG) 17
18 Desenvolvimento intra-uterino 17
181 Periacuteodo fetal 17
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17
183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18
185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19
186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20
187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21
8
1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21
1811 Nascimento 22
CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave
EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E
POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24
21 Manuseios e procedimentos 24
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25
221 Sistema autocircnomo 25
222 Sistema motor 25
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26
225 Sistema regulador 26
23 Estados de consciecircncias 26
231 Estado 1 sono profundo 26
232 Estado 2 sono leve 27
233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27
234 Estado 4 alerta 27
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27
236 Estado 6 choro 28
24 Estados de equiliacutebrio 28
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28
242 Comportamento de retraimento 30
25 Intervenccedilotildees 30
26 A ambiecircncia do RN 31
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31
263 Umidade e calor 31
264 Sons e ruiacutedos 32
265 Luz e claridade 32
27 Posicionamento 33
271 Posiccedilatildeo prona 33
9
272 Posiccedilatildeo supina 33
273 Decuacutebito lateral 34
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34
281 28 semanas 34
282 32 semanas 35
283 34 semanas 35
284 36 semanas 35
285 40 semanas 35
29 Toque 35
210 Equipe 37
CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a
manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem 52
34 Depoimentos 54
341 A palavra da terapeuta ocupacional 54
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55
343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56
35 Discussatildeo 56
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57
CONCLUSAtildeO 58
REFEREcircNCIAS 59
APEcircNDICES 61
ANEXOS 72
10
11
INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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4
ABSTRACT
The attendance to Newly born (RN) in the Intensive Care Unit-Neonatal it went by several changes and the coming of new technologies brought a wider universe of attendance where those scientific and technological progresses in the area of Neonatologia enlarged the resources diagnoses and therapeutic doing with that there was a significant increase in the survival of premature every time smaller that youthey end up beginning their lives in an Intensive Care Unit-Neonatal being this a replete atmosphere of brightness noises manipulations and procedures that youthey can bring negative consequences to the development of RNs Even with the existence of apparels that youthey guarantee the constant monitoraccedilatildeo of the neonatos hisher adaptation depends entirely and individually of their own means It is of extreme importance that the active professionals in those sections have a specific knowledge on the development as much of term RN as of the RN preacute-term so that the accomplished interventions provide the minimum of possible stress and for the professionals to work in an integrated way having a change of information about the individual situation of the neonatos providing them an appropriate and qualitative intervention in other words without leaving that those routine procedures interfere in hisher organization harming like this hisher development comportamental and neurological The concept of care desenvolvimentista bases on the presupposition that all of the activities developed with RN are guided by the answer of the same to the incentives of the atmosphere The intention of that approach consists of maintaining stable and organized RN as much as possible the The present study comes with the purpose from making an illustrative manual to provide to the team of nursing of the Intensive Care Unit-Neonatal specific knowledge in way to aid them in their routine procedures observing the state comportamental of RN in the attempt of an appropriate intervention with the minimum of stress and possible discomfort for RN contributing to hisher development neuropsicomotor
Keywords Newly born Occupational therapy Manual Orientations Intensive Care Unit-Neonatal
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face) 44
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa) 45
Figura 3 Estado de sono profundo 46
Figura 4 Estado de sono leve 46
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo 47
Figura 6 Estado de alerta 48
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos 48
Figura 8 Estado de choro 49
Figura 9 Posiccedilatildeo prona 49
Figura 10 Decuacutebito lateral 50
Figura 11 Posiccedilatildeo supina 50
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo) 29
Quadro 2 Indicadores comportamentais de estresse (sinais de
retraimento) 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DNPM Desenvolvimento Neuropsicomotor
IG Idade Gestacional
RN Receacutem-Nascido
RNMBP Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso
RNMMBP Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso
RNPT Receacutem Nascido Preacute-Termo
RNPT-AIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
RNPT-PIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
6
URA Umidade Relativa do Ar
UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
7
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12
1 NEONATOLOGIA 12
11 Definiccedilatildeo 12
12 Histoacuterico 12
13 Finalidades 13
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14
15 Idade gestacional 14
151 Prematuridade limiacutetrofe 14
152 Prematuridade moderna 15
153 Prematuridade extrema 15
16 Peso ao nascimento 16
161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16
171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG) 16
172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG) 17
18 Desenvolvimento intra-uterino 17
181 Periacuteodo fetal 17
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17
183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18
185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19
186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20
187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21
8
1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21
1811 Nascimento 22
CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave
EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E
POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24
21 Manuseios e procedimentos 24
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25
221 Sistema autocircnomo 25
222 Sistema motor 25
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26
225 Sistema regulador 26
23 Estados de consciecircncias 26
231 Estado 1 sono profundo 26
232 Estado 2 sono leve 27
233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27
234 Estado 4 alerta 27
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27
236 Estado 6 choro 28
24 Estados de equiliacutebrio 28
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28
242 Comportamento de retraimento 30
25 Intervenccedilotildees 30
26 A ambiecircncia do RN 31
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31
263 Umidade e calor 31
264 Sons e ruiacutedos 32
265 Luz e claridade 32
27 Posicionamento 33
271 Posiccedilatildeo prona 33
9
272 Posiccedilatildeo supina 33
273 Decuacutebito lateral 34
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34
281 28 semanas 34
282 32 semanas 35
283 34 semanas 35
284 36 semanas 35
285 40 semanas 35
29 Toque 35
210 Equipe 37
CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a
manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem 52
34 Depoimentos 54
341 A palavra da terapeuta ocupacional 54
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55
343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56
35 Discussatildeo 56
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57
CONCLUSAtildeO 58
REFEREcircNCIAS 59
APEcircNDICES 61
ANEXOS 72
10
11
INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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5
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face) 44
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa) 45
Figura 3 Estado de sono profundo 46
Figura 4 Estado de sono leve 46
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo 47
Figura 6 Estado de alerta 48
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos 48
Figura 8 Estado de choro 49
Figura 9 Posiccedilatildeo prona 49
Figura 10 Decuacutebito lateral 50
Figura 11 Posiccedilatildeo supina 50
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo) 29
Quadro 2 Indicadores comportamentais de estresse (sinais de
retraimento) 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DNPM Desenvolvimento Neuropsicomotor
IG Idade Gestacional
RN Receacutem-Nascido
RNMBP Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso
RNMMBP Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso
RNPT Receacutem Nascido Preacute-Termo
RNPT-AIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
RNPT-PIG Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede
6
URA Umidade Relativa do Ar
UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
7
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12
1 NEONATOLOGIA 12
11 Definiccedilatildeo 12
12 Histoacuterico 12
13 Finalidades 13
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14
15 Idade gestacional 14
151 Prematuridade limiacutetrofe 14
152 Prematuridade moderna 15
153 Prematuridade extrema 15
16 Peso ao nascimento 16
161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16
171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG) 16
172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG) 17
18 Desenvolvimento intra-uterino 17
181 Periacuteodo fetal 17
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17
183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18
185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19
186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20
187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21
8
1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21
1811 Nascimento 22
CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave
EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E
POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24
21 Manuseios e procedimentos 24
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25
221 Sistema autocircnomo 25
222 Sistema motor 25
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26
225 Sistema regulador 26
23 Estados de consciecircncias 26
231 Estado 1 sono profundo 26
232 Estado 2 sono leve 27
233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27
234 Estado 4 alerta 27
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27
236 Estado 6 choro 28
24 Estados de equiliacutebrio 28
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28
242 Comportamento de retraimento 30
25 Intervenccedilotildees 30
26 A ambiecircncia do RN 31
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31
263 Umidade e calor 31
264 Sons e ruiacutedos 32
265 Luz e claridade 32
27 Posicionamento 33
271 Posiccedilatildeo prona 33
9
272 Posiccedilatildeo supina 33
273 Decuacutebito lateral 34
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34
281 28 semanas 34
282 32 semanas 35
283 34 semanas 35
284 36 semanas 35
285 40 semanas 35
29 Toque 35
210 Equipe 37
CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a
manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem 52
34 Depoimentos 54
341 A palavra da terapeuta ocupacional 54
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55
343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56
35 Discussatildeo 56
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57
CONCLUSAtildeO 58
REFEREcircNCIAS 59
APEcircNDICES 61
ANEXOS 72
10
11
INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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6
URA Umidade Relativa do Ar
UTI-Neonatal Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
7
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12
1 NEONATOLOGIA 12
11 Definiccedilatildeo 12
12 Histoacuterico 12
13 Finalidades 13
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14
15 Idade gestacional 14
151 Prematuridade limiacutetrofe 14
152 Prematuridade moderna 15
153 Prematuridade extrema 15
16 Peso ao nascimento 16
161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16
171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG) 16
172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG) 17
18 Desenvolvimento intra-uterino 17
181 Periacuteodo fetal 17
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17
183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18
185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19
186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20
187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21
8
1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21
1811 Nascimento 22
CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave
EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E
POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24
21 Manuseios e procedimentos 24
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25
221 Sistema autocircnomo 25
222 Sistema motor 25
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26
225 Sistema regulador 26
23 Estados de consciecircncias 26
231 Estado 1 sono profundo 26
232 Estado 2 sono leve 27
233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27
234 Estado 4 alerta 27
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27
236 Estado 6 choro 28
24 Estados de equiliacutebrio 28
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28
242 Comportamento de retraimento 30
25 Intervenccedilotildees 30
26 A ambiecircncia do RN 31
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31
263 Umidade e calor 31
264 Sons e ruiacutedos 32
265 Luz e claridade 32
27 Posicionamento 33
271 Posiccedilatildeo prona 33
9
272 Posiccedilatildeo supina 33
273 Decuacutebito lateral 34
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34
281 28 semanas 34
282 32 semanas 35
283 34 semanas 35
284 36 semanas 35
285 40 semanas 35
29 Toque 35
210 Equipe 37
CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a
manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem 52
34 Depoimentos 54
341 A palavra da terapeuta ocupacional 54
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55
343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56
35 Discussatildeo 56
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57
CONCLUSAtildeO 58
REFEREcircNCIAS 59
APEcircNDICES 61
ANEXOS 72
10
11
INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
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miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
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Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
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protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
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CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
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profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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7
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
CAPIacuteTULO I NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA 12
1 NEONATOLOGIA 12
11 Definiccedilatildeo 12
12 Histoacuterico 12
13 Finalidades 13
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido 14
15 Idade gestacional 14
151 Prematuridade limiacutetrofe 14
152 Prematuridade moderna 15
153 Prematuridade extrema 15
16 Peso ao nascimento 16
161 Receacutem-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) 16
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP) 16
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional 16
171 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Adequado para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG) 16
172 Receacutem-Nascido Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG) 17
18 Desenvolvimento intra-uterino 17
181 Periacuteodo fetal 17
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento 17
183 Segundo mecircs do desenvolvimento 18
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento 18
185 Quarto mecircs do desenvolvimento 19
186 Quinto mecircs do desenvolvimento 20
187 Sexto mecircs do desenvolvimento 20
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento 20
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento 21
8
1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21
1811 Nascimento 22
CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave
EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E
POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24
21 Manuseios e procedimentos 24
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25
221 Sistema autocircnomo 25
222 Sistema motor 25
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26
225 Sistema regulador 26
23 Estados de consciecircncias 26
231 Estado 1 sono profundo 26
232 Estado 2 sono leve 27
233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27
234 Estado 4 alerta 27
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27
236 Estado 6 choro 28
24 Estados de equiliacutebrio 28
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28
242 Comportamento de retraimento 30
25 Intervenccedilotildees 30
26 A ambiecircncia do RN 31
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31
263 Umidade e calor 31
264 Sons e ruiacutedos 32
265 Luz e claridade 32
27 Posicionamento 33
271 Posiccedilatildeo prona 33
9
272 Posiccedilatildeo supina 33
273 Decuacutebito lateral 34
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34
281 28 semanas 34
282 32 semanas 35
283 34 semanas 35
284 36 semanas 35
285 40 semanas 35
29 Toque 35
210 Equipe 37
CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a
manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem 52
34 Depoimentos 54
341 A palavra da terapeuta ocupacional 54
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55
343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56
35 Discussatildeo 56
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57
CONCLUSAtildeO 58
REFEREcircNCIAS 59
APEcircNDICES 61
ANEXOS 72
10
11
INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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8
1810 Nono mecircs do desenvolvimento 21
1811 Nascimento 22
CAPIacuteTULO II - MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave
EQUIPE DE ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E
POSICIONAMENTOS DO RN NA UTI-NEONATAL 24
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL 24
21 Manuseios e procedimentos 24
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento 25
221 Sistema autocircnomo 25
222 Sistema motor 25
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados 25
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo 26
225 Sistema regulador 26
23 Estados de consciecircncias 26
231 Estado 1 sono profundo 26
232 Estado 2 sono leve 27
233 Estado 3 sonolento ou cochilo 27
234 Estado 4 alerta 27
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos 27
236 Estado 6 choro 28
24 Estados de equiliacutebrio 28
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo 28
242 Comportamento de retraimento 30
25 Intervenccedilotildees 30
26 A ambiecircncia do RN 31
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora 31
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente 31
263 Umidade e calor 31
264 Sons e ruiacutedos 32
265 Luz e claridade 32
27 Posicionamento 33
271 Posiccedilatildeo prona 33
9
272 Posiccedilatildeo supina 33
273 Decuacutebito lateral 34
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34
281 28 semanas 34
282 32 semanas 35
283 34 semanas 35
284 36 semanas 35
285 40 semanas 35
29 Toque 35
210 Equipe 37
CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a
manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem 52
34 Depoimentos 54
341 A palavra da terapeuta ocupacional 54
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55
343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56
35 Discussatildeo 56
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57
CONCLUSAtildeO 58
REFEREcircNCIAS 59
APEcircNDICES 61
ANEXOS 72
10
11
INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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9
272 Posiccedilatildeo supina 33
273 Decuacutebito lateral 34
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio 34
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular 34
281 28 semanas 34
282 32 semanas 35
283 34 semanas 35
284 36 semanas 35
285 40 semanas 35
29 Toque 35
210 Equipe 37
CAPIacuteTULO III A PESQUISA 38
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA 38
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 39
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a
manuseios e posicionamentos do Receacutem-nascido na UTI-Neonatal 41
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem 52
34 Depoimentos 54
341 A palavra da terapeuta ocupacional 54
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista 55
343 Conclusatildeo agrave pesquisa 56
35 Discussatildeo 56
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO 57
CONCLUSAtildeO 58
REFEREcircNCIAS 59
APEcircNDICES 61
ANEXOS 72
10
11
INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
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miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
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Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
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A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
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CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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10
11
INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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INTRODUCcedilAtildeO
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
Com os avanccedilos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia
ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos e terapecircuticos fazendo com que haja
um aumento significativo na sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores
que acabam iniciando suas vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um
ambiente repleto de luminosidade ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que
podem trazer consequumlecircncias negativas ao desenvolvimento dos RNs
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
Apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa exploratoacuteria foi levantado o seguinte
questionamento a confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees agrave equipe de
enfermagem quanto a posicionamentos e manuseios do RN na UTI-Neonatal
favoreceraacute para o processo de desenvolvimento comportamental e neuroloacutegico
do RN
O Terapeuta Ocupacional realiza suas intervenccedilotildees com neonatos preacute-
termos diariamente buscando o tanto quanto possiacutevel mantecirc-los estaacuteveis e
organizados promovendo o seu desenvolvimento
Para demonstrar na praacutetica a veracidade das informaccedilotildees foi realizado
o estudo de caso na Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a
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Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
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CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
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procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
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organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
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Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
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O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
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massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
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Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
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AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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12
Setembro de 2007 cujos meacutetodos e teacutecnicas deveratildeo ser descritos no Capiacutetulo
III
O presente trabalho estaacute estruturado em trecircs capiacutetulos
Capiacutetulo I Demonstra as intercorrecircncias mais comuns no RNPT
Capiacutetulo II
Descreve a intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional dentro da
UTI-Neonatal
Capiacutetulo III Descreve e analisa os dados da pesquisa realizada na UTI-
Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
Encerrando o trabalho vem a proposta de intervenccedilatildeo e as
consideraccedilotildees finais
13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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13
CAPIacuteTULO I
NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE NEONATOLOGIA
1 NEONATOLOGIA
11 Definiccedilatildeo
Ramo da medicina que trata do conjunto dos cuidados meacutedicos e
preventivos relacionados ao receacutem-nascido e subsequentemente agrave matildee desde
o nascimento ateacute o 28ordm dia de vida da crianccedila (MANUILA et al 1997 p 505)
12 Histoacuterico
O termo neonatologia foi criado por Alexander Schaffer onde ao publicar
seu livro Doenccedilas do receacutem-nascido em 1960 junto com o livro Fisiopatologia
da crianccedila receacutem nascida de Clemente Smith formaram a base para o
desenvolvimento desta aacuterea
A histoacuteria do surgimento da Neonatologia eacute relatada por Avery (1999)
em seu livro Neonatologia Fisiologia e Tratamento do Receacutem-Nascido
Segundo este autor a Neonatologia como especialidade surgiu na Franccedila
onde o obstetra Dr Pierre Budin criou o Ambulatoacuterio de Puericultura no
Hospital Chariteacute de Paris em 1882
Em 1914 foi criado por um pediatra Dr Julius Hess o primeiro centro
de receacutem-nascidos prematuros no Hospital Michel Reese em Chicago
Posteriormente criaram-se vaacuterios outros centros que seguiram os
princiacutepios do obstetra Dr Budin e do pediatra Dr Hess para a segregaccedilatildeo
dos receacutem-nascidos prematuros com a finalidade de lhes assegurar
enfermeiras treinadas dispositivos proacuteprios incluindo incubadoras e
14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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14
procedimentos rigorosos para a prevenccedilatildeo de infecccedilotildees (AVERY 1999)
Em 1924 o pediatra Albert Peiper interessou-se pela maturaccedilatildeo
neuroloacutegica de prematuros Silverman foi pioneiro em estabelecer o uso de
processos cuidadosamente controlados em berccedilaacuterio de prematuros O
interesse da Dra Dunhan sobre problemas cliacutenicos dos receacutem-nascidos levou-
a a enfatizar a importacircncia do controle contiacutenuo dos dados federais sobre a
mortalidade de receacutem-nascidos Isto serviu de base para a poliacutetica federal
aumento do interesse nos serviccedilos de cuidados materno-infantis assim como
nas pesquisas peri e neonatais (AVERY 1999)
Em 1947 na Universidade do Colorado foi criado um centro que aleacutem
dos cuidados prestados aos prematuros possuiacutea leitos para matildees com
gravidez de risco para parto prematuro e programas de treinamento para
meacutedicos e enfermeiros para serem ministrados em todo o Colorado
Com o avanccedilo tecnoloacutegico e cientiacutefico ocorridos no seacuteculo XX permitiu-
se o desenvolvimento de novas teacutecnicas diagnoacutesticas e novos recursos
terapecircuticos o que vem contribuindo para uma melhoria da neonatologia
Essas melhoras refletiram-se em maiores taxas de sobrevida de receacutem-
nascidos imaturos e abaixo do peso ao nascimento levando-os agrave UTI-
Neonatais para obtenccedilatildeo de melhores padrotildees de desenvolvimento
neuropsicomotor
Dentro destes avanccedilos ocorridos alguns foram de grande valia como as
novas modalidades ventilatoacuterias a introduccedilatildeo do surfactante exoacutegeno o uso de
corticoesteroacuteides ante e poacutes-natal avanccedilos na nutriccedilatildeo neonatal e melhora nos
cuidados baacutesicos
13 Finalidades
Atualmente programas de intervenccedilotildees para receacutem-nascido (RN) tecircm
sido desenvolvidos e aplicados e haacute evidecircncias que possam reduzir alteraccedilotildees
fisioloacutegicas queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em
suporte respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda
nuacutemeros de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de
15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
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61
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STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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15
organizaccedilatildeo do RN estado comportamental e o desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menores
Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da equipe e
como e quando estes cuidados devem ser administrados
Segundo Leone Trounchin (1996) a filosofia do trabalho da equipe de
sauacutede na neonatologia tem por finalidade
a) proporcionar aos receacutem-nascidos condiccedilotildees de adaptaccedilotildees agrave vida
extra-uterina sob o ponto de vista fiacutesico emocional e espiritual
b) prestar assistecircncia integral aos receacutem-nascidos e seus familiares
c) proporcionar ambiente e condiccedilotildees adequadas para que os pais
desenvolvam um relacionamento harmonioso com o seu filho
d) reduzir o iacutendice de morbimortalidade neonatal
e) promover e incentivar a participaccedilatildeo dos pais na execuccedilatildeo dos
cuidados ao receacutem-nascido
f) estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa no acircmbito
da assistecircncia neonatal
14 Classificaccedilatildeo do receacutem-nascido
Os receacutem-nascidos preacute-termo (RNPT) podem ser classificados de
acordo com a idade gestacional com o peso de nascimento e ainda com a
adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
15 Idade gestacional
151 Prematuridade limiacutetrofe
16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
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AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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16
Leone Tronchin (1996) afirmam que esse grupo inclui os RNPT com
idade gestacional entre 35 e 36 67 semanas e constituem cerca de 65 dos
RNPT nascidos vivos Seu peso de nascimento oscila entre 2800g seu
comprimento ao redor de 45 a 46cm e seu periacutemetro cefaacutelico mede
aproximadamente 32 a 33cm Existem algumas intercorrecircncias que podem
aparecer no periacuteodo neonatal
a) debilidade de succcedilatildeo podendo ser necessaacuteria a estimulaccedilatildeo
constante sob supervisatildeo da succcedilatildeo ao seio materno e a
complementaccedilatildeo transitoacuteria das necessidades caloacutericas
b) instabilidade teacutermica nos primeiros dias de vida podendo haver
necessidade de se utilizar berccedilos aquecidos ou incubadoras
c) hiperbilirrubinemia mais intensa e com pico mais tardio do que nos
RN de termo
d) desconforto respiratoacuterio Nos RNPT limiacutetrofes costuma haver maior
incidecircncia deste desconforto precoce e transitoacuterio Raramente nessa
faixa de idade gestacional ocorre a doenccedila das membranas hialinas
em particular nos RN nascidos de parto cesaacuteria ou filhos de
gestantes diabeacuteticas
e) infecccedilotildees que ocorrem com baixa frequumlecircncia e em menor gravidade
nos RN limiacutetrofes
152 Prematuridade moderada
Para Leone Tronchin (1996) eacute o grupo que inclui os RNPT com idade
gestacional entre 30 e 34 67 semanas Seu peso de nascimento oscila entre
1600g e 2300g e seu comprimento varia de 39 a 44cm e o periacutemetro cefaacutelico
mede cerca de 29 a 32cm A insuficiecircncia respiratoacuteria e as infecccedilotildees neonatais
satildeo as principais causas de oacutebito nesse grupo
153 Prematuridade extrema
17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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17
Leone Tronchin (1996) grupo que compreende os RNPT com idade
gestacional inferior a 30 semanas seu peso ao nascimento eacute geralmente
menor do que 1500g seu comprimento e periacutemetro cefaacutelico costumam ser
inferiores a 38 e 29cm respectivamente As intercorrecircncias cliacutenicas
apresentadas por esses RNPT satildeo tambeacutem observadas no RNPT moderados
com uma frequumlecircncia mais elevada e de maior gravidade em virtude da
imaturidade
16 Peso ao nascimento
161 Receacutem-Nascidos de Muito Baixo Peso (RNMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles com peso de nascimento
inferior a 1500g e com idade gestacional menor que 24 semanas
162 Receacutem-Nascido de Muitiacutessimo Baixo Peso (RNMMBP)
Segundo Leone Tronchin (1996) satildeo os RN com peso de nascimento
inferior a 1000g esses receacutem-nascidos satildeo os que necessitam de maior
atenccedilatildeo de meacutedicos e enfermeiros especializados
17 Adequaccedilatildeo do peso de nascimento agrave idade gestacional
171 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Adequados para a Idade Gestacional
(RNPT-AIG)
18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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18
Para Leone Tronchin (1996) satildeo aqueles onde o peso de nascimento
estaacute entre os percentis 10 e 90 para a sua idade gestacional
172 Receacutem-Nascidos Preacute-Termo Pequenos para a Idade Gestacional
(RNPT-PIG)
Leone Tronchin (1996) definem que satildeo aqueles em que o peso de
nascimento estaacute abaixo do percentil 10 para a idade gestacional portanto satildeo
portadores de retardo de crescimento intra-uterino
18 Desenvolvimento intra-uterino
181 Periacuteodo fetal
Segundo Mello (2000) o periacuteodo fetal caracteriza-se pela maturaccedilatildeo dos
tecidos e oacutergatildeos e pelo raacutepido crescimento do corpo O crescimento em
comprimento eacute muito acentuado entre o 3ordm e o 5ordm mecircs enquanto o peso se
acentua nos dois uacuteltimos meses de gestaccedilatildeo Considera-se que o periacuteodo
gestacional eacute de 280 dias ou 40 semanas apoacutes o iniacutecio do uacuteltimo periacuteodo de
menstruaccedilatildeo normal O mesmo descreve sobre o desenvolvimento intra-uterino
da seguinte forma
182 Primeiro mecircs do desenvolvimento
Apoacutes a fecundaccedilatildeo ocorre a primeira divisatildeo do ovo da qual resultam
duas ceacutelulas No iniacutecio do 4ordm dia forma-se a moacuterula que se apresenta como
uma bola maciccedila formada por ceacutelulas semelhantes e arredondadas Por volta
19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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19
do 10ordm dia o ovo cava um ninho na parede uterina onde permaneceraacute por
nove meses
O uacutetero forma uma barreira de tecido reforccedilado para a formaccedilatildeo de um
oacutergatildeo definitivo para a nutriccedilatildeo do embriatildeo em crescimento sendo este oacutergatildeo
a placenta
A parte embrionaacuteria do ovo eacute chamada lacircmina ou seja o disco
embrionaacuterio sendo a camada externa chamada de ectoderma primitivo e a
camada interna de endoderma primitivo Apoacutes forma-se uma terceira camada
chamada de mesoderma
Por volta do 16ordm dia forma-se o sistema sanguumliacuteneo onde estes finos
vasos se fundem formando ateacute o 21ordm dia o coraccedilatildeo Nesta mesma eacutepoca
comeccedila a surgir o sistema nervoso
No final do 1ordm mecircs o embriatildeo humano mede cerca de 6mm de
comprimento apresenta cabeccedila encurvada para diante e com uma pequena
calda pontuda para baixo do ventre natildeo tem face e em seu interior jaacute se
esboccedilam alguns oacutergatildeos como olhos nariz estocircmago rins pulmotildees e outros
183 Segundo mecircs do desenvolvimento
O embriatildeo possui face com um pescoccedilo liso que suporta a enorme
cabeccedila os braccedilos e as pernas mostram dedos e artelhos cotovelos e joelhos
O sexo ainda natildeo aparece
Neste mecircs aumenta seis vezes o seu comprimento (35mm) e
aproximadamente 500 vezes o seu peso (100mg) Surgem os componentes da
espinha dorsal costelas omoplatas ossos dos braccedilos punhos e peacutes e
tambeacutem ocorre o aparecimento do fiacutegado
Salientando que eacute nesse periacuteodo que estabelece o padratildeo de formaccedilatildeo
dos oacutergatildeos sendo o feto mais sensiacutevel agrave accedilatildeo dos agentes teratogecircnicos
184 Terceiro mecircs do desenvolvimento
20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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20
Surgem as cordas vocais sendo a princiacutepio grossas e frouxas e na
eacutepoca do nascimento satildeo ainda grossas mas arredondadas O sistema
digestivo comeccedila a mostrar sinais de funcionamento onde as ceacutelulas que
forram o estocircmago comeccedilam a secretar muco O fiacutegado comeccedila a despejar bile
no intestino iniciando a transformaccedilatildeo e o lanccedilamento de gloacutebulos sanguumliacuteneos
na circulaccedilatildeo surgindo no sangue as primeiras ceacutelulas sanguumliacuteneas maduras
formadas no baccedilo
Haacute o aparecimento do pacircncreas o funcionamento dos rins secretando
urina que eacute evacuada da bexiga fetal para o liacutequido amnioacutetico Os oacutergatildeos
sexuais externos masculinos passam pelo progresso de aumento no
comprimento do pecircnis se engrossam e constituem o escroto primitivo Os
testiacuteculos ainda natildeo estatildeo alojados no escroto ficando na cavidade abdominal
durante os sete primeiros meses descendo para o escroto apoacutes o nascimento
O embriatildeo feminino natildeo sofre neste periacuteodo muitas evoluccedilotildees nos oacutergatildeos
sexuais
O nariz comeccedila a se modelar nas cartilagens das palmas das matildeos e
dos peacutes dedos e artelhos comeccedilam a surgir pontos de ossificaccedilatildeo O feto
comeccedila a movimentar-se dentro do saco amnioacutetico poreacutem a matildee ainda natildeo
percebe pois seu comprimento eacute ainda de 8cm e pesa 40g ao final deste
periacuteodo todos os grandes sistemas e oacutergatildeos estatildeo formados
185 Quarto mecircs do desenvolvimento
O comprimento eacute de cerca de 14cm e seu peso de aproximadamente
200g A pele eacute desprovida da camada de gordura dando ao feto uma cor
avermelhada caracteriacutestica Os rins comeccedilam a funcionar mas sem funccedilatildeo
excretora tiacutepica eles filtram a aacutegua e os resiacuteduos cataboacutelicos do sangue
emitem urina para a bexiga e daiacute para o liacutequido amnioacutetico que eacute deglutido pelo
feto Portanto os resiacuteduos voltam para o sangue e para eliminaacute-los o sangue
fetal os transportam pelo cordatildeo umbilical ateacute a placenta
A matildee comeccedila a perceber os movimentos fetais Neste periacuteodo o
esqueleto oacutesseo estaacute em formaccedilatildeo e pode ser visualizado atraveacutes do raio-x O
21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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21
corpo do feto cobre-se com uma capa protetora caseosa
186 Quinto mecircs do desenvolvimento
Sua pele eacute enrugada mede cerca de 320cm de comprimento e pesa
mais ou menos 450g Os cabelos cobrem todo o cracircnio e seu corpo estaacute
coberto com um pecirclo macio denominado lanugo ou lanugem Surgem as unhas
dos dedos e artelhos
O coraccedilatildeo localiza-se na posiccedilatildeo superior do peito ao nascer estaacute no
meio deste O fiacutegado e o estocircmago descem do peito para o abdome que vai
crescendo durante os quatro uacuteltimos meses de vida fetal
O pequeno volume de material soacutelido junto com os sulcos digestivos e a
bile assume cor esverdeada caracteriacutestica da bile oxidada e vai sendo
depositada no tubo intestinal O coraccedilatildeo bate cerca de 120 a 160 vezes por
minuto podendo ser ouvido com um estetoscoacutepio O feto de cinco meses jaacute
elimina algumas de suas ceacutelulas e as substitui por novas processo que
permaneceraacute por toda a vida
187 Sexto mecircs do desenvolvimento
Quando os olhos se abrem pela primeira vez existe uma membrana
opaca e delgada chamada membrana pupilar que se estende sobre a pupila
ocular desaparecendo no decorrer do seacutetimo mecircs ou permanecendo ateacute o
nascimento A iacuteris natildeo adquire sua pigmentaccedilatildeo completa tendo a cor azul-
cinzenta e seus ciacutelios e sobrancelhas surgem normalmente neste periacuteodo
Seus laacutebios estatildeo delimitados e seus pulmotildees podem respirar poucas
horas caso venha a nascer prematura
188 Seacutetimo mecircs do desenvolvimento
22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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22
O sistema nervoso estaacute bastante desenvolvido poreacutem inacabado
Neste periacuteodo eacute possiacutevel registrar atraveacutes do abdome materno ondas
cerebrais provindas do coacutertex cerebral do feto
No sexo masculino ocorre a descida dos testiacuteculos para as bolsas
escrotais
Seu comprimento ao final deste periacuteodo eacute de mais ou menos 27cm e
pode pesar cerca de 1300kg
Sua camada de gordura ainda eacute muito fina fazendo com que a pele seja
rugosa
Nas uacuteltimas oito semanas de gestaccedilatildeo o ganho de peso do feto eacute muito
raacutepido variando de 200 a 250g por semana
As gorduras subcutacircneas se depositam em camadas mais grossas e
atenuam a cor avermelhada da pele aleacutem de tornaacute-la mais suave
Os membros tornam-se mais cheios e firmes
189 Oitavo mecircs do desenvolvimento
Mede aproximadamente 32cm e pesa cerca de 2300kg sendo as
condiccedilotildees de sobrevivecircncia melhores do que as apresentadas no mecircs anterior
A fisiologia do feto torna-se semelhante agrave do adulto sendo assim os
agentes que afetam a fisiologia da matildee passam a ameaccedilar a do feto
1810 Nono mecircs do desenvolvimento
Todos os seus oacutergatildeos estatildeo constituiacutedos e prontos para entrar em
funcionamento
As gengivas exibem uma aparecircncia de rugas e sulcos
No intestino uma massa esverdeada viscosa de secreccedilatildeo acumulada
do fiacutegado do pacircncreas e das glacircndulas digestivas foi expelida lentamente por
contraccedilotildees do intestino delgado para o grosso e ao nascer o feto evacua essa
23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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23
massa
Dentro do uacutetero o feto pode ocupar qualquer posiccedilatildeo sendo na maioria
das vezes de cabeccedila para baixo naacutedegas para o alto dorso paralelo ao dorso
materno e com as pernas e braccedilos dobrados diante e junto ao peito
Ao se aproximar o nascimento nota-se certas modificaccedilotildees no aspecto
da placenta parecendo que envelhece surgindo manchas de degeneraccedilatildeo
celular e certas aacutereas inaptas para o seu funcionamento onde tambeacutem podem-
se apresentar coaacutegulos sanguumliacuteneos que interrompem a passagem do sangue
materno
Neste periacuteodo o RN adquire anticorpos da matildee que o defendem contra
o ataque de alguns microrganismos sendo esta defesa temporaacuteria pois estes
anticorpos permanecem no sangue do RN ateacute o segundo mecircs de vida poacutes-
natal devendo ser substituiacutedos por anticorpos sintetizados pelo proacuteprio sistema
imunoloacutegico do RN
1811 Nascimento
De acordo com Mello (2000) o parto eacute dividido em trecircs etapas
dilataccedilatildeo expulsatildeo e estaacutegios placentaacuterios A primeira etapa dura de 2 a 16
horas onde neste periacuteodo as contraccedilotildees uterinas ocorrem em intervalos de
cerca de 15 a 20 minutos sendo relativamente suaves As contraccedilotildees tornam-
se mais fortes e ocorrem em intervalos de 1 a 2 minutos Geralmente nesta
fase ocorre o rompimento do saco amnioacutetico com eliminaccedilatildeo do liacutequido
amnioacutetico
A segunda etapa ou seja a expulsatildeo dura cerca de 2 a 60 minutos as
contraccedilotildees duram de 50 a 90 segundos e repetem-se em intervalos de 1 a 2
minutos
O terceiro periacuteodo eacute o placentaacuterio que se inicia apoacutes o nascimento
implicando-se em contraccedilotildees do uacutetero e na expulsatildeo pela vagina de fluido
sangue e placenta
As contraccedilotildees uterinas menos intensas permitem parar a hemorragia e
fazer com que o uacutetero volte a condiccedilatildeo e ao tamanho anteriores a gravidez
24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
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61
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STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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24
O que causa a sensaccedilatildeo dolorosa das contraccedilotildees do parto eacute
determinado pela dilataccedilatildeo do colo do uacutetero e pela distensatildeo da cuacutepula da
vagina Esta sensaccedilatildeo varia conforme a sensibilidade individual da mulher
A serenidade procurada no preparo psicoprofilaacutetico do parto eleva
sensivelmente o limiar da sensibilidade o que torna as dores suportaacuteveis
25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
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GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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25
CAPIacuteTULO II
MONTAGEM DO MANUAL DE ORIENTACcedilOtildeES Agrave EQUIPE DE
ENFERMAGEM QUANTO A MANUSEIOS E POSICIONAMENTOS DO RN
NA UTI-NEONATAL
2 O AMBIENTE NA UTI-NEONATAL
Segundo Dareacute Juacutenior (apud COSTA MARBA 2006) o ambiente
sensorial extra-uterino pode causar problemas no desenvolvimento cerebral do
RN podendo levar agrave uma disfunccedilatildeo neurocomportamental Sendo assim eacute
necessaacuterio o planejamento de um ambiente o qual favoreccedila e assegure seu
desenvolvimento evitando a maximizaccedilatildeo dos estiacutemulos externos
inadequados
21 Manuseios e procedimentos
A manipulaccedilatildeo no RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais onde seu periacuteodo de
descanso varia de 46 a 192 minutos podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
(COSTA MARBA 2006)
Eacute importante que os profissionais atuantes na UTI-Neonatal tenham um
conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento do bebecirc de termo e preacute-
termo para que os manuseios e procedimentos realizados proporcionem o
26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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26
miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos sem deixar que tais
procedimentos de rotina interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu
desenvolvimento neurocomportamental
22 Abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
Als (apud KUDO 1997) descreve o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento como caminhos para verificaccedilatildeo do funcionamento cerebral
atraveacutes do comportamento do RN observando a olho nu e identificando o
sistema e o limiar apresentado pelo mesmo em determinado momento Existem
cinco subsistemas que compotildeem o modelo siacutencrono-ativo sendo eles
221 Sistema autocircnomo
Eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo mudanccedilas de cor da
pele e sinais viscerais como movimentos peristaacutelticos regurgitar e soluccedilo
(ALS apud KUDO 1997 p 204)
222 Sistema motor
Eacute observaacutevel na postura no tonu e nos movimentos do bebecirc (ALS
apud KUDO 1997 p204)
223 Sistema de organizaccedilatildeo dos estados
Eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos estados de consciecircncia desde o estado
27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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27
de sono profundo passando para o estado de alerta variaccedilatildeo esta
manifestada atraveacutes da definiccedilatildeo clara de cada estado (ALS apud KUDO
1997 p204)
224 Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo
Eacute observaacutevel na capacidade de o bebecirc permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do meio ambiente e eliciar e modificar estes inputs que adveacutem do meio em que vive (ALS apud KUDO 1997 p204)
225 Sistema regulador
Eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o bebecirc utiliza para manter uma
integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada dos subsistemas
(ALS apud KUDO 1997 p 205)
23 Estados de consciecircncia
Segundo Brazelton (apud KUDO 1997) os estados de consciecircncia do
RN vatildeo desde o sono profundo ateacute o choro
Um estado eacute atingido se o RN permanece neste estado particular por
pelo menos 15 segundos
Tais estados satildeo descritos da seguinte forma
231 Estado 1 sono profundo
28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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28
Neste estado a respiraccedilatildeo eacute regular e os olhos estatildeo fechados sem
movimentos sob as paacutelpebras Apresenta sobressaltos ou movimentos bruscos
em intervalos regulares poreacutem sem atividades espontacircneas Geralmente natildeo
haacute mudanccedilas para outros estados
232 Estado 2 sono leve
Os olhos estatildeo fechados podendo observar raacutepidos movimentos do
globo ocular sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de atividade eacute baixo podendo-
se observar alguns movimentos casuais ou sobressaltos A respiraccedilatildeo eacute
irregular podendo ocorrer movimentos de succcedilatildeo e esporadicamente os olhos
podem abrir-se por curtos momentos
233 Estado 3
sonolento ou cochilo
Os olhos podem estar abertos ou fechados paacutelpebras pestanejastes
olhar desorientado notando-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves podendo ou natildeo haver agitaccedilatildeo global
motora
234 Estado 4 alerta
O olhar eacute brilhante parecendo focalizar sua atenccedilatildeo na fonte de um
estiacutemulo como um objeto estiacutemulos visuais ou auditivos A atividade motora
apresentada eacute miacutenima
235 Estado 5 olhos abertos ou choramingos
29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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29
Pode ou natildeo estar choramingando apresentando atividade motora
razoaacutevel ou movimentos bruscos das extremidades reagindo a estiacutemulos
externos com aumento da atividade motora ou com sobressaltos mas as
reaccedilotildees satildeo discretas e difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global
236 Estado 6 choro
Esse estado eacute caracterizado por atividade motora e choro intensos difiacutecil
de serem controlados por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos
24 Estados de equiliacutebrio
O bebecirc de termo ao tentar se organizar pode sugar seu punho ou
mudar de posiccedilatildeo alguns segmentos de seu corpo O preacute-termo quando eacute
estimulado em demasia utiliza algumas estrateacutegias autoprotetoras como por
exemplo evitar o contato visual para manter uma organizaccedilatildeo mais estaacutevel
Brazelton (apud KUDO 1997) verificou que haacute uma relaccedilatildeo entre o
controle dos estados de consciecircncias do neonato e a capacidade de auto-
regulaccedilatildeo do bebecirc Sendo assim desde o nascimento o receacutem-nascido
aprende a manipular reaccedilotildees psicofisioloacutegicas internas e a controlar uma
hiperestimulaccedilatildeo externa
241 Comportamento de aproximaccedilatildeo
Indicam que o RN estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de
interaccedilatildeo adequada demonstrando este comportamento em accedilotildees como
30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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30
Sistema Autocircnomo Frequumlecircncia cardiacuteaca e respiratoacuteria regular
Cor da pele estaacutevel Funccedilotildees digestivas estaacuteveis Ocasionalmente sustos ou estremecimentos
Sistema Motor Manteacutem tocircnus muscular Leva e manteacutem a matildeo a face e boca Aconchega-se alinha-se Sorri faz movimentos bucais lambe como um gato Busca succcedilatildeo preensatildeo Acomoda-se ao tronco da matildee Movimentos suaves e coordenados
Sistemas de Estados Comportamentais
Periacuteodos estaacuteveis de sono e vigiacutelia Estados facilmente perceptiacuteveis Olhar interessado para a matildee bem focalizado Acalma-se e desliga-se dos estiacutemulos com facilidade Suave transiccedilatildeo entre os estados
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Dirige o rosto para a face da matildee voz outros objetos ou eventos Eleva sobrancelhas franze a testa e laacutebios Movimentos da fala imita expressotildees faceais
Fonte Als Lester Tronick Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 1
Indicadores comportamentais de estabilidade (sinais de
aproximaccedilatildeo)
Fonte Als Lester Tronick e Brazelton (apud CAVALCANTI GALVAtildeO 2007)
Quadro 2 - Indicadores comportamentais de estresse (sinais de retraimento)
Sistema Autocircnomo Mudanccedila de cor Cianose perioral Pele manchada Mudanccedila de frequumlecircncia ou ritmo respiratoacuterio eou cardiacuteaco Tosse espirro bocejos e vocircmitos Movimentos intestinais e soluccedilos
Sistema Motor Mudanccedila repentina de tocircnus muscular Flacidez(tronco extremidades e face)
turning
out ( desligamento) Hipertonia( membros tronco
arqueamento opistoacutetono caretas extensatildeo da liacutengua postura fetal) Atividade freneacutetica difusa ou com movimentos com torccedilatildeo Movimentos de estremecimento
Sistema de AtenccedilatildeoInteraccedilatildeo dos estados
Sono difuso estado de alerta com choramingo movimentos faciais bruscos Olhos errantes movimentos oculares vagos Choro extenuado inquietaccedilatildeo ou choro silencioso Olhar fixo ou desvio ativo do olhar frequumlente Alerta preocupado ou com expressatildeo de pacircnico hiperalerta Olhos vidrados alerta forccedilado ou com olhos semifechados ou com sonolecircncia Oscilaccedilatildeo raacutepida de estado necessidade de muitos estiacutemulos para acordar Irritabilidade acordar prolongado e difuso Choro frenesi e inconsolabilidade Dificuldade pata dormir inquietude ( insocircnia e fadiga)
31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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31
242 Comportamento de retraimento
Indicam que o RN estaacute muito estressado e que as estimulaccedilotildees em
excesso devem ser gradativamente retiradas Este comportamento pode ser
verificado quando o RN apresenta
25 Intervenccedilotildees
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997 p 207) a intervenccedilatildeo envolve
tanto a inibiccedilatildeo quanto a estimulaccedilatildeo O terapeuta deveraacute estruturar o
ambiente de tal forma que o bebecirc consiga uma melhor auto-organizaccedilatildeo
Tem-se como objetivo da intervenccedilatildeo a normalizaccedilatildeo e a promoccedilatildeo do
desenvolvimento neurocomportamental sendo estes alcanccedilados atraveacutes da
reduccedilatildeo de comportamento de estresse e da melhora dos comportamentos de
auto-regulaccedilatildeo conservando assim energia para o crescimento e
desenvolvimento adequado do RN
Segundo Costa Marba (2006) as intervenccedilotildees devem ser realizadas de
maneira individualizada devido ao fato do comportamento do RN ser uacutenico e
individual Poreacutem existem intervenccedilotildees comuns a todos os RN da UTI-
Neonatal sendo elas
a) as que protegem e manteacutem o estado de sono sequumlenciando e
agrupando os cuidados de rotina promovendo assim um maior
periacuteodo de sono ininterrupto posicionando o RN com o uso de
rolinhos de contenccedilatildeo facilitando a auto organizaccedilatildeo e favorecendo o
padratildeo flexor reduzindo a luminosidade direta na face do Rn e os
sons desnecessaacuterios da UTI-Neonatal
b) as intervenccedilotildees realizadas com o RN em alerta devendo facilitar a
organizaccedilatildeo proporcionando o estado de alerta tranquumlilo para uma
melhor organizaccedilatildeo comportamental
c) durante a alimentaccedilatildeo mantendo o ambiente calmo e silencioso
alimentando o RN sem pressa posicionando e contendo-o
32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
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61
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STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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32
favorecendo a flexatildeo
d) nos procedimentos de rotina deve-se utilizar intervenccedilotildees que
possam reduzir o estresse proporcionando a contenccedilatildeo succcedilatildeo e
podendo ser dado algo para o RN segurar como um rolinho de gaze
ou o dedo do profissional sendo tais intervenccedilotildees introduzidas uma
a uma
26 A ambiecircncia do RN
Considerando-se o conforto no tratamento do neonato enfermo a
ambiecircncia deve ser relevada com a finalidade de se evitar que influencias
externa (muitas vezes desnecessaacuterias) possam trazer incocircmodos ao paciente
(COSTA MARBA 2006 p74)
261 Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora
Deve-se procurar localizaacute-los em aacutereas mais tranquumlilas longe de ruiacutedos
fortes de luminosidade intensa sendo importante manter as incubadoras
distantes umas das outras permitindo assim o livre tracircnsito entre elas
262 Humanizaccedilatildeo do ambiente
Eacute necessaacuterio humanizar o ambiente proporcionando bem-estar para o
RN a famiacutelia e a equipe fazendo uso de brinquedos e outros objetos que
sejam aprovados pela equipe da UTI-Neonatal
263 Umidade e calor
33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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33
A temperatura e a umidade natildeo se separam devendo ser controladas
proporcionando um ambiente em que o RN esteja em sua zona de neutralidade
teacutermica ou seja a temperatura na qual o metabolismo refletido pelo consumo
de O2 seja o menor possiacutevel
Para que a faixa teacutermica seja oacutetima (25ordmC em umidades maiores e
267ordmC em umidades menores) ela dependeraacute do peso do grau de maturidade
e da Umidade Relativa do Ar (URA) (COSTA MARBA 2006 p 74)
264 Sons e ruiacutedos
As caracteriacutesticas do ambiente neonatal que podem levar a uma
poluiccedilatildeo sonora devem ser reconhecidas e retiradas para que estas influecircncias
negativas natildeo prejudiquem o bem-estar dos RN
A administraccedilatildeo de drogas ototoacutexicas concomitantemente aos ruiacutedos aos quais um neonato enfermo eacute exposto (ventilador motor e abre e fecha das portinholas da incubadora pessoal) podem se somar na etiologia de perdas auditivas nestes pacientes(COSTA MARBA 2006 p 78)
A exposiccedilatildeo a ruiacutedos e outros fatores ambientais na UTI-Neonatal
podem alterar o crescimento e o desenvolvimento normal dos RNs aleacutem de
poder causar dano coclear
Algumas estrateacutegias simples devem ser utilizadas na reduccedilatildeo do barulho
deste local como natildeo dedilhar ou escrever sobre as incubadoras fechar
cuidadosamente as portas das mesmas e utilizar sapatos que natildeo faccedilam
barulho excessivo
265 Luz e claridade
Sabe-se que a luminosidade extra-uterina vivenciada pelo RN difere de
suas experiecircncias intra-uterina
34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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34
Quanto maior a intensidade luminosa menor a capacidade palpebral de
filtrar a luz (COSTA MARBA 2006 p79)
Levando em consideraccedilatildeo a intensidade luminosa e a tendecircncia de que
quanto mais prematuro maior a dificuldade dos RNs manterem os olhos
abertos por periacuteodos mais prolongados deve-se dar uma atenccedilatildeo especial
tanto agrave claridade quando agrave luminosidade por estes gerarem desconfortos para
os neonatos
Geralmente natildeo haacute diferenciaccedilatildeo entre o periacuteodo diurno e o noturno em
uma UTI-Neonatal Esse periacuteodo pode ser estabelecido utilizando-se de panos
limpos para cobrir as incubadoras amenizando assim a claridade imposta ao
RN
27 Posicionamento
Este eacute importante para o desenvolvimento de padrotildees de movimentos
mais maduros e para manutenccedilatildeo do tocircnus muscular mais adequado
Segundo Kirschbaum (apud KUDO 1997) os preacute-termos por serem
imaturos pequenos e por natildeo terem sido suficientemente contidos dentro do
uacutetero apresentam tocircnus muscular diminuiacutedo aleacutem de menor flexatildeo Portanto eacute
importante conter os movimentos de extensatildeo excessiva e proporcionar maior
aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
271 Posiccedilatildeo prona
Propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da cabeccedila e promove a
flexatildeo das extremidades aleacutem da matildeo agrave boca (MEYERHOF apud KUDO
1997 p 209)
272 Posiccedilatildeo supina
35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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35
Promove simetria e movimentos de flexatildeo antigravitacional
(MEYERHOF apud KUDO 1997 p 209)
273 Decuacutebito lateral
Auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores na linha meacutedia
facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja contato visual com as
matildeos e que mantenham os peacutes e as pernas juntas Isso proporciona maior
input sensorial facilitando a postura flexora incluindo flexatildeo de tronco e de
cintura peacutelvica Haacute maior possibilidade de auto-organizaccedilatildeo (MEYERHOF
apud KUDO 1997 p209)
274 Posiccedilatildeo semi-sentado com apoio
Promove iniacutecio do controle de cabeccedila melhor orientaccedilatildeo visual e
contato social (MEYERHOF apud KUDO 1997 p209)
28 Etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular
Segundo Meyerhof (apud KUDO 1997) diz que Kirschbaum em seus
estudos relacionou as etapas do desenvolvimento do tocircnus muscular da
seguinte forma
281 28 semanas
Hipotonia total dos quatro membros e extremidades
36
282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
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ANEXO
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MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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282 32 semanas
Os membros superiores estatildeo estendidos e haacute um iniacutecio de flexatildeo no
quadril
283 34 semanas
O bebecirc assume uma posiccedilatildeo de sapo devido agrave entrada do tonu flexor
nos membros inferiores aleacutem do iniacutecio da flexatildeo dos membros superiores e do
aparecimento do reflexo de preensatildeo
284 36 semanas
Haacute flexatildeo dos braccedilos e pernas e o reflexo de pressatildeo eacute forte Ao sentaacute-lo
com apoio tenta uma elevaccedilatildeo da cabeccedila
285 40 semanas
O bebecirc jaacute consegue manter os quatro membros fletidos mantendo a
cabeccedila em posiccedilatildeo ereta por fraccedilotildees de segundos quando apoiado
29 Toque
A estimulaccedilatildeo taacutetil tem efeitos profundos sobre o organismo tanto
fisioloacutegicos quanto comportamentais
Segundo Montagu (1988) para que a crianccedila possa se desenvolver
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bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
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protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
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CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
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(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
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profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
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de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
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d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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37
bem ela deve ser tocada levada ao colo acariciada e aninhada nos braccedilos
devendo-se tambeacutem falar com ela carinhosamente mesmo que natildeo esteja
sendo amamentada
Na comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre pais e filhos o toque eacute muito
importante Estudos e pesquisas da University of Miami Medical School
mostram que por volta da 18ordf semana de gestaccedilatildeo o bebecirc reage ao toque
Apoacutes o nascimento atraveacutes do abraccedilo do carinho do beijo o toque tem grande
poder de fortalecer o viacutenculo
O Ser humano pode sobreviver agrave ausecircncia de estiacutemulos sensoriais
extremos de outra natureza como tambeacutem dos estiacutemulos visuais e sonoros
desde que seja mantida a experiecircncia sensorial da pele pois eacute necessaacuterio tal
experiecircncia para que se possa sobreviver dentro dos paracircmetros de sauacutede
De acordo com o livro Psychosocial Medicine A study of sick Society
1948 a ausecircncia do contato constante com a matildee tem relaccedilatildeo com os
problemas de irritaccedilatildeo que se observa em bebecircs tirados do hospital pois esses
quando privados do contato corporal constante com as matildees podem acabar
desenvolvendo uma profunda depressatildeo
O toque quando realizado com as matildeos quentes eacute muito agradaacutevel
poreacutem com as matildeos frias torna-se desagradaacutevel Com isso deve-se considerar
natildeo apenas a questatildeo do toque ou pressatildeo como tambeacutem a temperatura da
matildeo de quem estaacute realizando o toque
A pele pertence aos oacutergatildeos denominados de exteroceptores por
recolherem as sensaccedilotildees de fora do corpo Os proprioceptores satildeo receptores
estimulados principalmente pelas accedilotildees do proacuteprio corpo sendo tanto atraveacutes
da pele quanto dos proprioceptores que o bebecirc recebe as mensagens do
comportamento muacutesculo
articulaccedilatildeo
ligamento da pessoa que o estaacute
segurando
Em bebecircs nascidos a termo dor e tato natildeo estatildeo bem diferenciados e
de acordo com Henry Head (apud MONTAGU 1988) o desenvolvimento da
discriminaccedilatildeo criacutetica de estiacutemulos taacuteteis seguem praticamente o mesmo curso
que o desenvolvimento do retorno das sensaccedilotildees depois que um nervo eacute
cortado Agrave medida que as sensaccedilotildees comeccedilam a voltar satildeo sentidas de forma
generalizada (sensaccedilatildeo protopaacutetica) poreacutem com o passar do tempo tornam-se
mais localizadas (tato epicriacutetico) Inicialmente o sentido taacutetil do RN eacute
38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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38
protopaacutetico e aos poucos desenvolve sua capacidade epicriacutetica (entre 7 a 9
meses de idade) possibilitando-lhe a localizaccedilatildeo do ponto de estiacutemulo com
precisatildeo
210 Equipe
Segundo Saccuman Sadeck (apud LEONE TRONCHIN 1996 p130) eacute
muito importante que exista uma equipe multiprofissional constituiacuteda por
meacutedicos enfermeiros assistentes sociais psicoacutelogas nutricionistas terapeutas
ocupacionais fisioterapeutas e fonoaudioacutelogas que atendam ao binocircmio matildee-
filho
A equipe deve atuar para facilitar estimular e promover a formaccedilatildeo do
viacutenculo com os objetivos de criar uma assistecircncia adequada aos RN e aos pais
orientar e educar estes sobre os cuidados com seus filhos promovendo a
sauacutede e o desenvolvimento do RN orientaacute-los na primeira visita ao RN na UTI-
Neonatal sendo estas orientaccedilotildees dadas de forma clara com linguagem
apropriada O primeiro contato entre pais e equipe deve ser positivo facilitando
todas as relaccedilotildees posteriores
39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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39
CAPIacuteTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUCcedilAtildeO Agrave PESQUISA
A assistecircncia ao RN na UTI-Neonatal passou por diversas mudanccedilas e
o advento de novas tecnologias trouxe um universo mais amplo de assistecircncia
Essas mudanccedilas atingiram a finalidade do trabalho em UTIs-Neonatais que
natildeo se daacute apenas na perspectiva da sua racionalidade e na recuperaccedilatildeo do
corpo anaacutetomo-fisioloacutegico do RN mas passa a preocupar-se com o seu
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental
O RNPT eacute todo aquele que nasce antes de completar 37 semanas de
IG (LEONE TRONCHIN 1996 p 79) necessitando de cuidados especiais de
modo a garantir sua sobrevivecircncia minimizar sua morbidade imediata e
proporcionar um bom prognoacutestico tardio Com os avanccedilos cientiacuteficos e
tecnoloacutegicos na aacuterea de Neonatologia ampliaram-se os recursos diagnoacutesticos
e terapecircuticos fazendo com que haja um aumento significativo na
sobrevivecircncia de prematuros cada vez menores que acabam iniciando suas
vidas em uma UTI-Neonatal sendo este um ambiente repleto de luminosidade
ruiacutedos manipulaccedilotildees e procedimentos que podem trazer consequumlecircncias
negativas ao desenvolvimento dos RNs Mesmo com a existecircncia de aparelhos
que garantem a monitoraccedilatildeo constante dos neonatos sua adaptaccedilatildeo depende
inteiramente e individualmente de seus proacuteprios meios
A manipulaccedilatildeo do RN prematuro eacute realizada de acordo com suas
necessidades cliacutenicas e com os cuidados diaacuterios que envolvem a alimentaccedilatildeo
higiene vestir carregar e outros Estes procedimentos satildeo realizados cerca de
234 vezes durante 24 horas nas unidades neonatais podendo ocasionar uma
descontinuidade do padratildeo de sono do RN e causar maior incidecircncia de
hipoxemia bradicardia apneacuteia e desconforto em geral Entretanto uma
adequada manipulaccedilatildeo acelera o ganho de peso pois facilita a estabilidade
dos estados a manutenccedilatildeo do estado de alerta e sua auto-organizaccedilatildeo
40
(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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(COSTA MARBA 2006)
Eacute de extrema importacircncia que os profissionais atuantes nesses setores
tenham um conhecimento especiacutefico sobre o desenvolvimento tanto do bebecirc
de termo quanto do bebecirc preacute-termo para que as intervenccedilotildees realizadas
proporcionem o miacutenimo de estresse possiacutevel para os neonatos e para que
trabalhem de forma integrada havendo uma troca de informaccedilotildees sobre a
situaccedilatildeo individual dos neonatos proporcionando-lhes uma intervenccedilatildeo
adequada e qualitativa ou seja sem deixar que esses procedimentos de rotina
interfiram na sua organizaccedilatildeo prejudicando seu desenvolvimento
comportamental e neuroloacutegico
O conceito de cuidado desenvolvimentista baseia-se no pressuposto de
que todas as atividades desenvolvidas com o RN sejam guiadas pela resposta
do mesmo aos estiacutemulos do ambiente O intuito dessa abordagem consiste em
manter o RN estaacutevel e organizado o tanto quanto possiacutevel do ponto de vista
neuroloacutegico e comportamental
Als define cuidado desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto possiacutevel (COSTA MARBA 2006 p 89)
Sendo assim o terapeuta ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do
meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo o psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por
diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas por complementaridade (CASTRO
apud MEacuteTODO CANGURU 2002 p 19)
Quando se tenciona favorecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-lo quanto respostas
aos estiacutemulos ambientais estado de alerta limiar sensorial e sinais de
aproximaccedilatildeo e retraimento
A escolha da temaacutetica para este estudo advecircm da necessidade dos
profissionais atuantes em UTI-Neonatal estabelecerem uma sistemaacutetica para
intervenccedilatildeo com RNs
31 Caracterizaccedilatildeo da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa
41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
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profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
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de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
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d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
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i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
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interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
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No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
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61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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41
Casa de Misericoacuterdia de Lins
O trabalho de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal foi realizado na
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins uma pesquisa no periacuteodo de Maio a
Setembro de 2007 O hospital estaacute localizado na Rua Pedro de Toledo nordm 486
em LinsSP A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal desta Instituiccedilatildeo estaacute
localizada no segundo andar e manteacutem o funcionamento vinte e quatro horas
por dia Os bebecircs que necessitam de intervenccedilatildeo nesta unidade satildeo atendidos
atraveacutes de convecircnios com o SUS UNIMED Satildeo Lucas IANSP particular entre
outros A faixa etaacuteria para atendimento no setor eacute desde o nascimento ateacute vinte
e sete dias vinte e trecircs horas cinquumlenta e nove minutos e cinquumlenta e nove
segundos podendo muitas vezes se estender dependendo do caso
A UTI-Neonatal possui duas salas para atendimento dois postinhos de
enfermagem seis incubadoras dois berccedilos aquecidos oxiacutemetro de pulso
respiradores quatro pias dois aparelhos de fototerapia monitores cardiacuteacos
armaacuterios de remeacutedios materiais necessaacuterios para entubaccedilatildeo um banheiro e
um expurgo
Os profissionais que atuam nesta unidade satildeo contratados pela proacutepria
Instituiccedilatildeo sendo a mesma composta pelos seguintes profissionais
pediatraneonatologistaintensivista enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem
A Santa Casa de Lins manteacutem convecircnios com instituiccedilotildees dispondo um
profissional em cada aacuterea especiacutefica com seus respectivos estagiaacuterios para
contribuir na qualidade de serviccedilos prestados pela Instituiccedilatildeo bem como
proporcionar o ensino e pesquisa aos acadecircmicos
O Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium juntamente com o
curso de Terapia Ocupacional manteacutem convecircnio com a Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins desde 1996 ateacute a presente data Sendo assim o
supervisor responsaacutevel contratado pelo Centro Universitaacuterio acompanha em
meacutedia dois a cinco estagiaacuterios do quarto ano do curso de Terapia Ocupacional
Esta supervisatildeo eacute realizada diariamente no periacuteodo das 13 agraves 15 horas Para a
realizaccedilatildeo desta pesquisa contamos com o apoio e a receptividade da equipe
existente na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Santa Casa de Lins
Para complemento do estudo foram entrevistados os seguintes
42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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42
profissionais meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da Santa Casa de
misericoacuterdia de Lins enfermeiros teacutecnicos de enfermagem e terapeuta
ocupacional do respectivo local
As teacutecnicas utilizadas para pesquisa foram
Roteiro de estudo do caso (APEcircNDICE A)
Roteiro de depoimento do meacutedico neonatologista (APEcircNDICE B)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
I Antes da aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE C)
Roteiro de depoimento da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE D)
Roteiro de depoimento da equipe de enfermagem
II Apoacutes a aplicaccedilatildeo
do manual (APEcircNDICE E)
Roteiro de entrevista da terapeuta ocupacional (APEcircNDICE F)
Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas na
monografia e no manual (APEcircNDICE G)
Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual e treinamento
da equipe de enfermagem (APEcircNDICE H)
32 Proposta e elaboraccedilatildeo do Manual de Orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do Receacutem-Nascido na UTI-Neonatal
A elaboraccedilatildeo deste manual partiu da observaccedilatildeo praacutetica da Terapia
Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins
abordando-se os seguintes temas introduccedilatildeo a Neonatologia o ambiente da
UTI-Neonatal cuidado desenvolvimentista comportamentos de auto regulaccedilatildeo
estados de consciecircncia abordagem sincrono-ativa do desenvolvimento
intervenccedilotildees princiacutepios gerais para intervenccedilatildeo no desenvolvimento do RN na
UTI-Neonatal e posicionamento
Atualmente programas de intervenccedilotildees para RN tem sido desenvolvidos
e aplicados havendo evidecircncias de que possam reduzir alteraccedilotildees fisioloacutegicas
como queda de saturaccedilatildeo necessidades de O2 nuacutemeros de dias em suporte
respiratoacuterio episoacutedios de apneacuteia periacuteodos de alimentaccedilatildeo por sonda nuacutemeros
43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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43
de dias de hospitalizaccedilatildeo melhorar ganho de peso estado de organizaccedilatildeo do
RN estado comportamental e desenvolvimento social
Sabe-se que as Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais tem sido
um dos fatores decisivos na sobrevivecircncia de RN com peso de nascimento
cada vez menor Entretanto eacute necessaacuteria uma atenccedilatildeo especial por parte da
equipe e como e quando estes cuidados devem ser administrados
O ambiente extra-uterino ou seja a UTI-Neonatal oferece enormes
desafios para o RN podendo levar a disfunccedilatildeo ou distorccedilatildeo do
desenvolvimento ocasionando alteraccedilatildeo neurocomportamental
O RN internado nesta unidade dentro de uma incubadora passa por
enormes desconfortos tais como
a) privaccedilatildeo do sono
b) manipulaccedilotildees frequumlentes e excessivas
c) luminosidade permanente
d) alarme de bomba de infusatildeo ou monitor
e) telefone com volume alto
f) pessoas conversando em tom alto
g) passos (sapatos com saltos)
h) chamados em voz alta e a distacircncia
i) raacutedios ligados
j) prancheta apoiada sobre a incubadora para escrever
k) tamborilar os dedos sobre a incubadora
l) falta de cuidado ao abrir a portinhola da incubadora
m) cacircnula traqueal sendo aspirada entre outros
Essas situaccedilotildees satildeo frequumlentes dentro de uma UTI-Neonatal sem que
os profissionais atuantes neste setor possam ter o menor controle daiacute a
irritabilidade e o estresse do RN
Estima-se que o mesmo seja manipulado cerca de 130 a 234 vezes por
dia na UTI-Neonatal e seu periacuteodo de descanso entre os manuseios varia de
46 a 192 minutos
Os manuseios excessivos podem provocar
a) hipoxemia
b) apneacuteia
c) bradicardia
44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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44
d) comportamentos de estresse
e) perturbaccedilatildeo da rotina de sono
Os profissionais que mais provocam distuacuterbios no RN na UTI-Neonatal
satildeo
a) enfermagem
b) equipe de apoio (fisioterapeutas fonoaudioacutelogos e terapeutas
ocupacionais)
c) pediatras
Quando se deseja fornecer cuidados individualizados respeitando o
niacutevel de desenvolvimento do RN faz-se necessaacuterio avaliaacute-los em relaccedilatildeo
a) A resposta aos estiacutemulos ambientais
b) Ao estado de alerta
c) Ao limiar sensorial
d) Aos sinais de aproximaccedilatildeo ou afastamento
Ao interagir com o ambiente o RN pode responder de maneira
organizada ou desorganizada A observaccedilatildeo destas respostas fornece
indicaccedilotildees da sua competecircncia em manter a estabilidade enquanto se adapta
agraves condiccedilotildees ambientais da UTI-Neonatal
Os comportamentos de aproximaccedilatildeo apresentados pelo RN indicam
que o mesmo estaacute recebendo uma quantidade de estimulaccedilatildeo e de interaccedilatildeo
adequada convidando o profissional a interagir com ele podendo ser
observado atraveacutes de sinais como
a) extensatildeo da liacutengua
b) matildeo a face
c) emissatildeo de sons
d) matildeos juntas tocando-se
e) peacutes juntos tocando-se
f) entrelaccedilar os dedos
g) aconchegar-se
h) movimentos corporais
i) matildeo a boca
j) movimentos de preensatildeo
k) procura de amparo para os peacutes
l) abocanhar movimentos de abrir e fechar a boca
45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
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CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
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KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
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MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
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MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
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Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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45
m) reflexo de procura
n) sugar
o) segurar a matildeo do examinador
p) fazer ooh com a boca
q) fixar-se auditivamente
r) emissatildeo de sons agradaacuteveis
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 1 Comportamento de aproximaccedilatildeo (matildeo a face)
E os comportamentos de retraimento indicam que o RN estaacute estressado
e as estimulaccedilotildees excessivas devem ser gradativamente retiradas podendo-se
observar atraveacutes dos seguintes sinais
a) regurgitar
b) soluccedilar
c) ter naacuteuseas
d) movimentos peristaacutelticos
e) caretas retraccedilatildeo dos laacutebios
f) dedos espalhados
g) asa de aviatildeo (abduccedilatildeo do braccedilo)
h) saudaccedilatildeo (extensatildeo de um ou dois braccedilos)
46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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46
i) espirrar
j) bocejar
k) suspirar
l) tossir
m) desviar
n) franzir a testa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 2 Comportamento de retraimento (franzindo a testa)
O niacutevel de alerta ou o estado do RN tem um papel importante na
determinaccedilatildeo da maneira pela qual ele percebe e reage aos estiacutemulos
ambientais
Os estados de consciecircncia apresentados por ele satildeo
a) Estado 1
Sono Profundo respiraccedilatildeo regular olhos fechados (sem
movimentos sob as paacutelpebras fechadas) sem atividade espontacircnea
com exceccedilatildeo de sobressaltos ou movimentos bruscos em intervalos
regulares Estiacutemulos externos eliciam sobressaltos apoacutes certa
demora e satildeo rapidamente inibidos A mudanccedila para outros estados
eacute pouco provaacutevel Natildeo haacute movimentos oculares
47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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47
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 3 Estado de sono profundo
b) Estado 2
Sono Leve olhos fechados movimentos raacutepidos de olhos
podem ser observados sob as paacutelpebras fechadas O niacutevel de
atividade eacute baixo podendo apresentar alguns movimentos casuais
ou sobressaltos A movimentaccedilatildeo eacute mais suave e mais controlada do
que no estado 1 Responde a estiacutemulos internos e externos com
movimentos do tipo sobressalto muitas vezes chegando a mudar de
estado A respiraccedilatildeo eacute irregular Podem ocorrer movimentos de
succcedilatildeo Esporadicamente os olhos podem se abrir por movimentos
curtos
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 4 Estado de sono leve
48
c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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c) Estado 3
Sonolecircncia (ou cochilo) olhos podem estar abertos ou
fechados paacutelpebras pestanejastes niacuteveis de atividade variaacuteveis
intercalados com sustos leves de tempos em tempos reage a
estiacutemulos sensoriais mas as respostas tem certa demora Vaacuterias
vezes notam-se mudanccedilas de estado apoacutes a estimulaccedilatildeo Os
movimentos geralmente satildeo suaves Pode ou natildeo haver agitaccedilatildeo
global motora Apresenta um olhar desorientado quando natildeo estaacute
processando informaccedilotildees e natildeo estaacute disponiacutevel
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 5 Estado de sonolecircncia ou cochilo
d) Estado 4 Alerta olhar brilhante parece focalizar a atenccedilatildeo na fonte
do estiacutemulo como um objeto a ser sugado estiacutemulos visuais ou
auditivos Pode haver a intromissatildeo de outro estiacutemulo mas a
resposta a este seraacute dada com alguma demora Haacute uma espeacutecie de
olhar viacutetreo que facilmente pode ser interrompido neste estado
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Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
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b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
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No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
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manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
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APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
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49
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 6 Estado de alerta
e) Estado 5
Olhos abertos (ou choramingos) atividade motora
razoaacutevel com movimentos bruscos de extremidades incluindo alguns
sobressaltos espontacircneos Reage a estiacutemulos externos aumentando
atividade motora ou com sobressaltos mas as reaccedilotildees satildeo discretas
e portanto difiacuteceis de serem percebidas devido a grande atividade
motora global Pode ou natildeo estar choramingando
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 7 Olhos abertos ou choramingos
f) Estado 6
Choro caracterizado por choro intenso difiacutecil de ser
50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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50
interrompido por apresentaccedilatildeo de estiacutemulos Atividade motora
tambeacutem eacute intensa
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 8 Estado de choro
O posicionamento tambeacutem eacute importante para o desenvolvimento de
padrotildees de movimentos mais maduros do RN aleacutem de manutenccedilatildeo do tocircnus
muscular mais adequado sendo classificados em
a) Posiccedilatildeo prona propicia ao bebecirc a utilizaccedilatildeo dos extensores da
cabeccedila promove a flexatildeo das extremidades aleacutem de levar matildeo agrave
boca
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 9 Posiccedilatildeo prona
51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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51
b) Decuacutebito Lateral auxilia na manutenccedilatildeo dos membros superiores agrave
linha meacutedia facilitando que o bebecirc traga a matildeo agrave boca que haja
contato visual com as matildeos e que mantenha os peacutes e pernas juntos
Isto proporciona maior input sensorial facilitando a postura flexora
incluindo flexatildeo de tronco e de cintura peacutelvica promovendo tambeacutem
a auto-organizaccedilatildeo
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 10 Decuacutebito lateral
c) Posiccedilatildeo supina promove simetria e movimentos de corpo
antigravitacional
Fonte Andreazzi Nucci 2007
Figura 11 Posiccedilatildeo supina
52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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52
No posicionamento eacute importante verificar como o RN se comporta
perante a postura podendo ser utilizados para melhorar a manutenccedilatildeo do
posicionamento utensiacutelios como fraldas cueiros rolos e cobertores
Os RNPT por serem imaturos pequenos e por natildeo terem sido
suficientemente contidos no uacutetero possuem um tocircnus muscular diminuiacutedo
aleacutem de menor padratildeo flexor
Portanto no preacute-termo eacute importante conter os movimentos de extensatildeo
excessiva e proporcionar maior aproximaccedilatildeo dos membros agrave linha meacutedia
O desenvolvimento eacute um processo contiacutenuo de adaptaccedilatildeo do sistema
interno (organizaccedilatildeo fisioloacutegica e comportamental do RN) e do sistema externo
(vaacuterios aspectos do ambiente fiacutesico e daqueles que cuidam do RN)
Segundo Als (apud KUDO 1997) o modelo sincrono-ativo do
desenvolvimento delineia caminhos para observar o funcionamento do ceacuterebro
via comportamental
As capacidades autocircnomas motoras de organizaccedilatildeo dos estados de
atenccedilatildeo e de auto-regulaccedilatildeo do neonato podem ser observadas a olho nu
identificando onde se encontra o limiar do RN em relaccedilatildeo ao estresse ao
aumento da capacidade de auto-regulaccedilatildeo e de autodiferenciaccedilatildeo entre cinco
subsistemas
a) Sistema autocircnomo eacute observaacutevel a olho nu atraveacutes da respiraccedilatildeo
mudanccedilas da cor da pele e sinais viscerais como movimentos
peristaacutelticos regurgitar e soluccedilar
b) Sistema motor eacute observaacutevel na postura no tocircnus e nos movimentos
do RN
c) Sistema de organizaccedilatildeo dos estados eacute observaacutevel na variaccedilatildeo dos
estados de consciecircncia desde o estado de sono profundo passando
para o estado de alerta variaccedilatildeo esta manifestada atraveacutes da
definiccedilatildeo clara de cada estado
d) Sistema de atenccedilatildeo e interaccedilatildeo eacute observaacutevel na capacidade do RN
permanecer no estado de alerta usando este estado para aprender
informaccedilotildees cognitivas sociais e emocionais do ambiente retirando
e modificando estes inputs que adveacutem do meio em que vive
e) Sistema regular eacute observaacutevel pelas estrateacutegias que o RN utiliza para
manter uma integraccedilatildeo equilibrada relativamente estaacutevel e relaxada
53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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53
dos sistemas
Como o comportamento do RN eacute uacutenico e individual as intervenccedilotildees
tambeacutem devem ser individualizadas e introduzidas uma de cada vez reduzindo
estresse permitindo a recuperaccedilatildeo durante o procedimento promovendo
contenccedilatildeo succcedilatildeo e dando algo para o bebecirc segurar como um rolinho de
gaze ou o dedo do profissional
Existem trecircs objetivos principais para acompanhar o desenvolvimento do
RN na UTI-Neonatal
a) dar oportunidades para que ele se desenvolva normalmente
ajudando-o na sua organizaccedilatildeo global
b) detectar problemas de desenvolvimento visando intervenccedilatildeo
tratamento e segmento
c) orientar os pais
Para melhor atingir esses objetivos pode-se iniciar atuando diretamente
no ambiente fiacutesico
a) Localizaccedilatildeo do berccedilo ou incubadora devem estar distantes de pias
telefones raacutedios e janelas
b) Humanizaccedilatildeo do ambiente humanizar o ambiente com brinquedos o
que propicia bem estar tanto para a equipe quanto para a famiacutelia e
consequumlentemente para o RN O ambiente deve ser estruturado de
tal forma que o mesmo consiga uma auto-organizaccedilatildeo
Partindo da relaccedilatildeo dos temas apresentados acima o manual vem com
o propoacutesito de orientaccedilatildeo e esclarecimento de duacutevidas sobre os
posicionamentos e manuseios adequados e o que eles podem vir a favorecer
para o desenvolvimento neuropsicomotor do RN na UTI-Neonatal
33 Relato do trabalho e desenvolvimento do treinamento da equipe de
enfermagem
Para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de enfermagem na
UTI-Neonatal foram realizadas perguntas atraveacutes de um questionaacuterio
entregues as enfermeiras e teacutecnicos de enfermagem que compotildee a equipe
54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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54
diurna e noturna As perguntas realizadas no questionaacuterio foram referentes ao
conhecimento das mesmas em relaccedilatildeo ao cuidado desenvolvimentista como
tambeacutem o trabalho que a Terapia Ocupacional realiza nesse setor
Todos os funcionaacuterios da equipe participaram da pesquisa totalizando 15
sujeitos
Destes 15 sujeitos apenas um apresentou conhecimentos especiacuteficos
sobre o assunto enquanto que os demais natildeo souberam ou nunca ouviram
dizer sobre tais
Apoacutes este levantamento foi elaborado o manual sendo ele explicado
pelas orientandas e orientadora de maneira clara e objetiva a todos os
funcionaacuterios atraveacutes de treinamento Para que ocorresse este a equipe foi
dividida em turnos sendo em periacuteodos diurnos e noturnos em dias pares e
iacutempares Apoacutes a explicaccedilatildeo os funcionaacuterios tiveram a oportunidade de tirar
duacutevidas como tambeacutem propor sugestotildees sendo em seguida aplicado um novo
questionaacuterio aos mesmos 15 sujeitos sobre o manual onde avaliaram a
confecccedilatildeo a ilustraccedilatildeo o conteuacutedo e os conhecimentos especiacuteficos e
sugestotildees
Apoacutes a avaliaccedilatildeo desses questionaacuterios obtiveram os seguintes
resultados
a) confecccedilatildeo do manual 13 sujeitos classificaram como oacutetima e 2
sujeitos como boa
b) ilustraccedilatildeo 12 sujeitos classificaram como oacutetima e 3 sujeitos como
boa
c) conteuacutedo 12 sujeitos classificaram como oacutetimo e 3 sujeitos como
bom
d) conhecimentos especiacuteficos 13 sujeito classificaram como oacutetimo e 2
sujeitos como bom
e) sugestotildees foram solicitados pela equipe mais orientaccedilotildees cursos e
palestras sobre o assunto
Apoacutes a aplicabilidade do manual a equipe de enfermagem evidenciou-se
satisfaccedilatildeo por parte de todos em relaccedilatildeo ao trabalho desenvolvido e tambeacutem
sobre a aplicaccedilatildeo do mesmo
55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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55
34 Depoimentos
341 A palavra da terapeuta ocupacional
A ideacuteia para a confecccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal surgiu mediante
observaccedilotildees cliacutenicas da Terapia Ocupacional no setor
Observei que a equipe de enfermagem eacute composta pelos
profissionais que mais realizam procedimentos com o RN
e perguntando a estes sobre alguns conhecimentos
especiacuteficos sobre como trabalhar adequadamente com
RN na UTI-Neonatal constatei o natildeo conhecimento
especiacutefico verificando a necessidade da confecccedilatildeo de um
manual para que os profissionais possam trabalhar com o
mesmo objetivo visando sempre o desenvolvimento
neuroloacutegico e comportamental do RN Para a realizaccedilatildeo
deste manual a ideacuteia foi discutida com outros profissionais
da equipe como com o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
Neonatal e enfermeiras do periacuteodo matutino e vespertino
Depoimento da Terapeuta Ocupacional em relaccedilatildeo agrave
avaliaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees a equipe de
enfermagem da UTI-Neonatal classificou a confecccedilatildeo
ilustraccedilatildeo e conteuacutedo como oacutetimo (Terapeuta
Ocupacional 39 anos)
342 A palavra do meacutedico pediatra neonatologista
Eacute importante que a equipe de enfermagem atuante na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os
56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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56
manuseios e os posicionamentos com o receacutem-nascido
favorecendo o desenvolvimento neuropsicomotor do RN
participando assim de um trabalho em equipe Em relaccedilatildeo
ao treinamento desenvolvido pela Terapia Ocupacional
mediante o manual foi realizado de maneira adequada
atuando como educaccedilatildeo continuada e serviccedilo Quanto agrave
confecccedilatildeo e ao conteuacutedo do manual ambos foram
classificados como oacutetimo e a ilustraccedilatildeo do mesmo
classificado como boa devido a necessidade das fotos
serem tiradas com os RNs sem roupas (Meacutedico
NeonatologistaIntensivista 51 anos)
343 Conclusatildeo agrave pesquisa
Com a observaccedilatildeo realizada mediante a elaboraccedilatildeo do projeto e ao
treinamento notou-se a importacircncia da aplicabilidade do manual o interesse e
a participaccedilatildeo da equipe de enfermagem em relaccedilatildeo aos manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal enfatizando que quando realizados
de maneira adequada contribui para um satisfatoacuterio desenvolvimento
neuropsicomotor
35 Discussatildeo
Als (apud COSTA MARBA 2006 p89) define cuidado
desenvolvimentista como uma estrutura que compreende todos os
procedimentos de cuidados bem como os aspectos fiacutesicos e sociais na UTI-
Neonatal tendo como objetivo apoiar individualmente cada receacutem-nascido
ajudando-o a tornar-se tatildeo estaacutevel bem organizado e competente quanto
possiacutevel
Apoacutes a realizaccedilatildeo do estudo de caso na UTI-Neonatal da Santa Casa de
57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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57
Misericoacuterdia de Lins no periacuteodo de Maio a Setembro de 2007 quando
comparados com o estudo de Als comprova que o manual de orientaccedilotildees agrave
equipe de enfermagem na UTI-Neonatal apresentou conteuacutedos e ilustraccedilotildees
adequadas corroborando com as palavras dos 15 sujeitos participantes da
equipe como tambeacutem do meacutedico responsaacutevel pela UTI-Neonatal e Terapeuta
Ocupacional atuante nesta aacuterea
Castro (apud Meacutetodo Canguru 2002 p18) enfatiza que o Terapeuta
Ocupacional complementa a atuaccedilatildeo do meacutedico o meacutedico a do psicoacutelogo a do
psicoacutelogo a do fisioterapeuta e assim por diante Natildeo atuamos por adiccedilatildeo mas
por complementaridade
Apoacutes a aplicabilidade dos questionaacuterios e manual de orientaccedilotildees
realizados na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins foi notoacuteria a
relevacircncia do conteuacutedo e ilustraccedilatildeo mediante os resultados obtidos
58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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58
PROPOSTA DE INTERVENCcedilAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo deste estudo evidenciou-se a importacircncia do trabalho
de Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal fazendo parte integrante da equipe
multiprofissional A Terapia Ocupacional atua nas orientaccedilotildees aos pais na
intervenccedilatildeo direta com os bebecircs atraveacutes de posicionamentos estimulaccedilotildees e
na humanizaccedilatildeo do ambiente
Diante do que foi observado e analisado bem como a importacircncia da
intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional propotildee-se a realizaccedilatildeo de cursos
palestras e orientaccedilotildees perioacutedicas que proporcionem a atualizaccedilatildeo dos
conhecimentos de toda agrave equipe de enfermagem frente aos cuidados com o
RN
Que as UTI-Neonatais utilizem do cuidado desenvolvimentista como
fator primordial no tratamento aos RNs dando-lhes oportunidades para que se
desenvolvam normalmente ajudando-os na sua organizaccedilatildeo global
detectando problemas no desenvolvimento visando intervenccedilatildeo tratamento e
segmento
59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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59
CONCLUSAtildeO
Apoacutes a realizaccedilatildeo dos estudos teoacutericos e praacuteticos evidenciou-se que a
confecccedilatildeo e implantaccedilatildeo do manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem
tecircm valor significativo para que os mesmos realizem seus cuidados com o RN
dentro de uma UTI-Neonatal de maneira individualizada visando o
desenvolvimento neuroloacutegico e comportamental do RN
Atraveacutes do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional juntamente
com a equipe de enfermagem buscou-se promover a organizaccedilatildeo do RN
prevenindo os desvios do desenvolvimento atraveacutes de manipulaccedilotildees e
posicionamentos adequados ao RN nas incubadoras e berccedilos
O trabalho proporcionou a reflexatildeo e a aquisiccedilatildeo de novos
conhecimentos melhorou a capacitaccedilatildeo profissional da equipe de enfermagem
e uma visatildeo do trabalho realizado pelo terapeuta ocupacional na UTI-Neonatal
60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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60
REFEREcircNCIAS
ANTUNES A A C BRANDAtildeO T L A intervenccedilatildeo da Terapia Ocupacional na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins 2005 Monografia (Graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional)
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano
Auxilium Lins
AVERY G B et al Neonatologia fisiopatologia e tratamento do receacutem-nascido Rio de Janeiro Medsi 1999
BUSSAB R S V GASPARETO S A necessidade de um trabalho preventivo em maternidade instruccedilotildees sobre o comportamento do receacutem-nascido Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwproceedingscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
CAVALCANTI A GALVAtildeO C Terapia ocupacional fundamentaccedilatildeo amp praacutetica Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2007
COSTA H P F MARBA S T O receacutem-nascido de muito baixo peso Satildeo Paulo Atheneu 2006
GAIacuteVA M A M SCOCHI S G C Processo de trabalho em sauacutede e enfermagem em UTI-Neonatal Scielo Revista Latino-Americana de Enfermagem Ribeiratildeo Preto maijun 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrgt Acesso em 29 jan 2007
GARNIER M et al Dicionaacuterio Andrei de termos de medicina 2ed Organizaccedilatildeo Andrei 2002
KUDO A M (Coord) Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em pediatria 2ed Satildeo Paulo Sarvier 1997
LEONE C R TROUNCHIN D M R Assistecircncia integrada ao receacutem-nascido Satildeo Paulo Atheneu 1996
MANUILA L et al Dicionaacuterio meacutedico Andrei 7ed Satildeo Paulo Organizaccedilatildeo Andrei 1997
61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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61
MELLO R A Embriologia humana Satildeo Paulo Atheneu 2000
MEacuteTODO Canguru Terapia Ocupacional na humanizaccedilatildeo do atendimento neonatal O COFFITO Satildeo Paulo Insert Consultores em Comunicaccedilatildeo n16 Setembro p17-21 2002
MEYERHOF P G Qualidade de vida estudo de uma intervenccedilatildeo em Unidade de Terapia Neonatal de Receacutem-Nascido preacute-termo 1998 (Tese em Doutorado) Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
MONTAGU A Tocar o significado humano da pele 6ed Satildeo Paulo Summus 1988
OBANA Y A OSHIRO M A terapia Ocupacional com bebecircs de risco Reflexotildees sobre a cliacutenica Casa da TO Satildeo Paulo 4 jun 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcasadatocombrgt Acesso em 29 jan 2007
QUINTINO D M PETRILLO E M Anaacutelise das reaccedilotildees de aproximaccedilatildeo e retraimento do receacutem-nascido preacute-termo em UTI-Neonatal durante a fisioterapia 2004 Monografia (Graduaccedilatildeo em Fisioterapia)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
SOARES C COLOMBO F M MARTINS F R UTI-Neonatal a contribuiccedilatildeo da Terapia Ocupacional junto aos familiares de bebecirc de risco 2004 Monografia (Poacutes-Graduaccedilatildeo LATU SENSU em Terapia Ocupacional)
Faculdades Salesianas de Lins Lins
STEDMAN dicionaacuterio meacutedico 23ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1979
62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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62
APEcircNDICES
63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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63
APEcircNDICE A - Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilatildeo quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI -Neonatal
12 Questionaacuterio contendo respostas da equipe de enfermagem sobre seus
conhecimentos relacionados ao manuseio e posicionamento do RN antes e
depois da realizaccedilatildeo do treinamento
2 O TRATAMENTO REALIZADO
21 Materiais
22 Meacutetodos terapecircuticos utilizados
23 Teacutecnicas utilizadas
24 Depoimento do meacutedico neonatologista responsaacutevel pela UTI-Neonatal
da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins da enfermeira dos teacutecnicos de
enfermagem e da terapeuta ocupacional do respectivo local
3 DISCUSSAtildeO
Anaacutelise entre a teoria e a praacutetica utilizada no treinamento da equipe de
enfermagem fazendo menccedilatildeo sobre suas caracteriacutesticas
4 RESULTADOS E SUGESTOtildeES
Seratildeo colocados os resultados do estudo realizado e sugerida proposta
de intervenccedilatildeo
64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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64
APEcircNDICE B - Roteiro de depoimento do Meacutedico Pediatra Neonatologista
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Vocecirc considera importante que a equipe de enfermagem que atua na
UTI-Neonatal tenha conhecimentos especiacuteficos sobre os manuseios e os
posicionamentos com o RN
( ) Sim ( ) Natildeo
11 Por quecirc
2 Qual a sua opiniatildeo sobre o treinamento que a Terapia Ocupacional
desenvolveu mediante o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos junto a equipe de enfermagem
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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65
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
66
APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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APEcircNDICE C - Roteiro de depoimento da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Decirc o seu depoimento sobre o trabalho que a Terapia Ocupacional
desenvolveu com a equipe de enfermagem da UTI-Neonatal da Santa Casa de
Misericoacuterdia de Lins
2 Vocecirc considera que apoacutes o treinamento e orientaccedilotildees realizadas pela
terapia ocupacional houve melhora quanto a sua atuaccedilatildeo com o RN na UTI-
Neonatal
( ) Sim ( ) Natildeo
21 Quais
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
3 Em relaccedilatildeo ao manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios e
posicionamentos do RN na UTI-Neonatal decircem o seu parecer quanto a
31 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
67
32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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32 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
33 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
34 Conhecimentos especiacuteficos
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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68
APEcircNDICE D - Roteiro de depoimento da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
AVALIACcedilAtildeO DO MANUAL
2 Decirc o seu depoimento sobre o manual de orientaccedilotildees quanto a manuseios
e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal quanto a
21 Confecccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
22 Ilustraccedilatildeo
( ) Oacutetima ( ) Boa ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
23 Conteuacutedo
( ) Oacutetimo ( ) Bom ( ) Regular
Pontos a serem melhorados
69
APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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APEcircNDICE E - Roteiro de entrevista da Equipe de Enfermagem
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Qual o seu conhecimento sobre o trabalho da Terapia Ocupacional na
UTI-Neonatal
2 Qual o seu conhecimento sobre o desenvolvimento neuroloacutegico e
comportamental do RN
3 Vocecirc conhece os posicionamentos adequados para o RN na UTI-
Neonatal
4 Qual o criteacuterio que vocecirc utiliza para posicionar o RN na UTI-Neonatal
5 Qual a importacircncia de manusear adequadamente o RN na UTI-
Neonatal
6 Qual o seu conhecimento sobre estados de sono e vigiacutelia do RN
7 Qual a importacircncia de saber diferenciar os estados de sono e vigiacutelia do
RN
8 Qual o seu conhecimento sobre o comportamento de aproximaccedilatildeo e
retraimento apresentados pelo RN
70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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70
APEcircNDICE F - Roteiro de entrevista da Terapeuta Ocupacional
I DADOS DE IDENTIFICACcedilAtildeO
Sexo
Idade
Experiecircncias profissionais anteriores
Experiecircncias profissionais atuais
Residecircncia Cidade Estado
II PERGUNTAS ESPECIacuteFICAS
1 Como surgiu a ideacuteia da confecccedilatildeo de um manual de orientaccedilotildees quanto
a manuseios e posicionamentos do RN na UTI-Neonatal
2 Esta ideacuteia foi discutida com outros profissionais da UTI-Neonatal
( ) sim ( ) natildeo
Quais
71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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71
APEcircNDICE G - Ficha de autorizaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo das fotos das crianccedilas
na monografia e no manual
Autorizo as alunas Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi RA 183459 e Larissa
Vendramini Nucci RA 183450 matriculadas no curso de Terapia Ocupacional
do UNISALESIANO de Lins sob supervisatildeo da professora Silvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria terapeuta ocupacional CREFITO 33156 livre de
qualquer ocircnus realizar e fazer uso das imagens do(a) menor
___________________________________________________ filho(a) de
_______________________________________________________________
e _____________________________________________________________
Internado (a) na UTI-Neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para fins
do Trabalho de Conclusatildeo de Curso e suas atividades como acadecircmica
divulga-las e ou reproduzi-las por meio eletrocircnico ou impresso puacuteblico eou
privado assim como pesquisas cientificas (TCC) Em hipoacutetese nenhuma a
imagem seraacute utilizada de maneira contraacuteria a eacutetica moral ou bons costumes
____________________________ ____________________________ Assinatura do Pai Assinatura da Matildee
RG RG
Lins _____ de ________________ de 2007
72
APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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APEcircNDICE H - Ficha de autorizaccedilatildeo para o meacutedico responsaacutevel pela UTI-
neonatal da Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins para realizaccedilatildeo do manual
e treinamento da equipe de enfermagem
AC Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
Venho atraveacutes desta solicitar a autorizaccedilatildeo para a realizaccedilatildeo do Trabalho de
conclusatildeo de curso (TCC)
Terapia Ocupacional2007 na UTI
Neonatal da
Santa Casa de Misericoacuterdia de Lins cujo tema seraacute Manual de orientaccedilotildees
quanto a manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI
Neonatal
para as alunas Amanda Letiacutecia JAndreazzi RA 183459 e Larissa Vendramini
Nucci RA183450sob a orientaccedilatildeo da Profordf e Supervisora Siacutelvia Valeacuteria
Fernandes Cavalaria no periacuteodo de marccedilo a junho de 2007
________________________
____________________
Amanda Letiacutecia JAndreazzi Larissa Vendramini
Nucci
________________________________________
Siacutelvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 33156
_____________________________________
Dr Paulo Eduardo de Arauacutejo Imamura
PediatraNeonatologista
Responsaacutevel UTI Neonatal de Lins
73
ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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ANEXO
74
MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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MANUAL
Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
A574m
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Andreazzi Amanda Letiacutecia Jorge Nucci Larissa Vendramini Manual de orientaccedilotildees agrave equipe de enfermagem quanto a
manuseios e posicionamentos do receacutem-nascido na UTI-neonatal Amanda Letiacutecia Jorge Andreazzi Larissa Vendramini Nucci
Lins 2007
74p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Terapia Ocupacional 2007
Orientadores Silvia Valeacuteria Fernandes Cavalaria Jovira Maria Sarraceni
1 Receacutem-nascido preacute-termo 2 Terapia Ocupacional 3UTI-neonatal - orientaccedilotildees 5 Neonatologia I Tiacutetulo
CDU 6158513
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