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Education


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Page 1: Tarefa 1

Oficina de Formação – A Biblioteca Escolar 2.0

Fátima Correia

REFLEXÃO

Tarefa 1

Que passos poderiam dar as Bibliotecas Escolares para se aproximarem de um Modelo de

Biblioteca 2.0?

O conceito Web 2.0 foi criado por Tim O’Reilly e Dale Dougherty da O´Reilly Media, em 2004, e

foi utilizado para designar uma segunda geração de comunidades e serviços baseados na

plataforma Web, como wikis, blogues e redes sociais : a “Web 2.0 é a mudança para uma

internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova

plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os

efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas,

aproveitando a inteligência coletiva.”

Contudo, este conceito diz respeito, sobretudo, a uma mudança na forma como a Internet é

encarada pelos seus utilizadores. Estes, passaram de simples utilizadores passivos a agentes

interventivos no processo da construção do conhecimento.

A expressão Web 2.0, nas palavras de Tim O’Reilly, tem associada a si duas ideias fundamentais:

a ideia da Web como plataforma e a ideia de inteligência colectiva. A primeira na medida em

que esta nos fornece uma série de sítios e serviços com os quais os utilizadores interagem e aos

quais vão acrescentando valor, criando verdadeiras redes de utilizadores com interesses em

comum, de acesso livre e na sua maioria gratuito, a partir de qualquer sítio do planeta. A ideia

de inteligência advém do facto de cada utilizador ir acrescentando valor, melhorando assim a

qualidade da rede, contribuindo para a criação de um saber que se transforma de segundo para

segundo mais colectivo, à medida que cada utilizador vai interagindo e contribuindo.

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Oficina de Formação – A Biblioteca Escolar 2.0

Fátima Correia

Mais do que uma tecnologia, a Web 2.0 pode então ser definida como uma nova atitude e

como uma nova forma de as pessoas se relacionarem com a Internet: a rede deixa de ligar

apenas máquinas, passa a unir pessoas, um processo com implicações sociais profundas.

Assim, perante esta mudança de paradigma, qual é o papel da escola em geral e da biblioteca

escolar, em particular?

Também as bibliotecas terão que ser bibliotecas 2.0, conceito por Michael Casey no seu blogue

LibrayCrunch (http://www.librarycrunch.com) em 2005.

Maness (2006) aponta quatro características que definem a Biblioteca 2.0:

• Centrada no utilizador. O utilizador participa na criação de conteúdos e serviços

disponibilizados na Web pela biblioteca.

• Disponibiliza uma experiência multimédia. Tanto as colecções como os serviços da biblioteca

2.0 contêm componentes, vídeo, áudio, realidade virtual.

• Socialmente rica. Interage com os utilizadores, quer de forma síncrona (por ex. IM –

mensagens instantâneas), quer de forma assíncrona (por ex. wikis).

• Inovadora ao serviço da comunidade. Procura constantemente a inovação e acompanha as

mudanças que ocorrem na comunidade, adaptando os seus serviços para permitir aos

utilizadores procurar, encontrar e utilizar a informação.

Os objectivos da biblioteca 2.0, nas palavras de Carlos Pinheiro e João Paulo Proença, terão que

responder aos seguintes enunciados:

•Melhorar os serviços actuais para que respondam às autênticas necessidades dos utilizadores;

oferecer novos serviços que dêem suporte em larga escala, aos novos utilizadores; implicar o

utilizador; envolver a comunidade; introduzir o áudio e o vídeo na página Web, etc.

Perante o exposto, resta questionar: estarão as bibliotecas escolares próximas deste conceito

de biblioteca 2.0? Estarão a caminhar nesse sentido? O que será ainda necessário fazer?

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Oficina de Formação – A Biblioteca Escolar 2.0

Fátima Correia

Infelizmente as bibliotecas escolares ainda estão muito distantes deste conceito, no entanto,

não nos restam dúvidas de que elas têm dado alguns passos nesse sentido. Já se assiste a

algumas práticas de utilização das ferramentas da WEB 2.0, já se conseguem criar alguns

espaços de interacção com os utilizadores, já consegue, algumas vezes, fazer com que o aluno

participe na construção do seu conhecimento, participe, avalie e acrescente. São, no entanto,

incipientes estas práticas.

É imperioso que a biblioteca escolar consiga transformar esta difícil tarefa num grande desafio

e consiga acompanhar e ajudar a fazer a mudança. É crucial que se coloque no centro da

mudança e seja um agente facilitador da mesma. Há um longo caminho a percorrer que passa

por:

criar, em primeiro lugar, condições físicas e tecnológicas dotando as escolas de

equipamentos que consigam responder rápida e eficazmente às necessidades dos

utilizadores.

Disponibilizar formação ao professor bibliotecário e restante equipa de forma a poderem

ajudar os alunos na utilização (mais correcta) das ferramentas da Web 2.0.

Alargar a colecção da BE a novos formatos.

Criar ambientes digitais de aprendizagem.

Delinear um plano de desenvolvimento das literacias da informação a desenvolver na

escola.

Promover o trabalho em rede.

Centrar-se, cada vez mais, no utilizador como agente activo e participativo.

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Oficina de Formação – A Biblioteca Escolar 2.0

Fátima Correia

É enorme o desafio, contudo, “À biblioteca escolar cabe uma tarefa determinante:

incentivar e acompanhar/ apoiar a escola na mudança. Necessária, mas sempre tão

difícil!” como referido por Carlos Pinheiro e João Proença.

Bibliografia Textos de apoio da sessão