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TABELAMENTO DE FRETE Audiência Pública no Supremo Tribunal Federal Brasília, 27 de agosto de 2018 Luis Henrique T. Baldez

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TABELAMENTO DE FRETE

Audiência Pública no Supremo Tribunal Federal

Brasília, 27 de agosto de 2018

Luis Henrique T. Baldez

A COMPETITIVIDADE DO MERCADO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO

2,0 bilhões de toneladas

transportadas(65% por rodovias)

DEMANDA

1,8 milhão de caminhões

em circulação

OFERTA

Empresas: 1,1 milhão de veículos

Autônomos: 682 mil veículos

Cooperativas : 23 mil veículos

Fonte: Elaboração própria com base nos dados da EPL, ANTT, RAIS – Ministério do Trabalho (2016)

Indústria: 487 mil estabelecimento industriais

Agricultura: 291 mil estabelecimentos

Comércio e serviços: 2,7 milhões de estabelecimentos

Mercado Atomizado

(número expressivo

de agentes);

Não há posição

dominante

Frete determinado

pela oferta e

demanda

Sem barreiras de

entrada e saída

• Redução no crescimento do PIB em 2018 estimada em um ponto percentual (de 2,6% para 1,6%);

• Aumento médio do custo do frete para a indústria estimado em 12%;

• Aumento médio do preço de insumos e matérias primas industriais estimado em 7%.

• Inflação para produtos da cesta básica, com destaque para o:

- Sal: aumento do custo do frete de 160% na rota RN-DF; 135% no trecho RN-RJ; e 110% no

trecho RN-SP. O Rio Grande do Norte produz 95% da produção nacional;

- Arroz: aumento do custo do frete de 40% no transporte entre o Sul (responsável por 80%

da produção nacional) e o Sudeste;

- Laticínios: aumento de até 6% no custo total do produto final.

• Agravamento do Desequilíbrio Regional.

IMPACTOS DO TABELAMENTO DE FRETE

Fonte: Elaboração própria com base em levantamentos e enquetes realizadas com as empresas.

Fonte: Elaboração própria com base nos dados da EPL (Apresentação: Transporte interregional de carga no Brasil - Panorama 2015)

SUDESTE

NORTE NORDESTE

13,1 milhões

de toneladas

18,1 milhões

de toneladas

44,4 milhões

de toneladas

54,2 milhões

de toneladas

O Sudeste envia 14,8 milhões de toneladas a mais

do que recebe das regiões Norte e Nordeste, em sua

maioria mercadorias de maior valor agregado

AGRAVAMENTO DAS DESIGUALDADES REGIONAIS

18%29% 31% 25%

37%25%

4%

18% 20%16%

27%37%

5%11%

16%

17% 25%

31% 28% 34% 37%18% 13%

47%

20% 4% 7%

Avaliação do Estado Geral das Rodovias – Pesquisa CNT 2017

Regular Ruim Péssimo Bom Ótimo

São Paulo Sudeste Nordeste Pernambuco Norte Pará

DISPARIDADE REGIONAL NA QUALIDADE DAS RODOVIAS

Fonte: Elaboração própria com base na Pesquisa de Rodovias da CNT (2017).

DIVERSIDADE DE PRODUTOS TRANSPORTADOS

Mais de 10 mil tipos de produtos

agrupados em 99 capítulos de NCM

Menor valor agregado

Minérios, Sal, Enxofre, Gesso, Cal,Cimento, Algodão, Grãos, Adubos e fertilizantes.

Valor agregado intermediário

Madeira e celulose, Café, Borracha, Combustíveis, Móveis e Tecidos.

Maior valor agregado

Veículos, Eletroeletrônicos, Máquinas e equipamentos,Aeronaves, Reatores nucleares e Transformadores.

• Veículos: mais de 1,8 milhão de veículos de diferentes tipos e idades;

• Condições das vias: mais de 70 variáveis e atributos. A avaliação em todos os Estados totaliza 1.900 indicadores;

• Idade dos veículos: média de 13 anos (19 para os autônomos) e 70% dos veículos com idade acima de 10 anos;

• Tipo de carga: mais de 10 mil tipos de produtos, com formas de acondicionamento e transporte diferenciadas;

• Instalações de carga e descarga, com produtividades diferentes;

• Sazonalidade de produção e comercialização.

Em resumo, qualquer tabela é impossível de ser construída e aplicada.

VARIÁVEIS PARA COMPOR O CUSTO DO FRETE

Fonte: Elaboração própria com base em dados da ANTT, CNT e MDIC.

TABELAMENTO DE FRETE

Audiência Pública no Supremo Tribunal Federal

Brasília, 27 de agosto de 2018

Luis Henrique T. Baldez