tabela periódica - crq4.org.br jornal do conselho regional de química iv região (sp) ano 27 - nº...

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Jornal do Conselho Regional de Química IV Região (SP) Ano 27 - Nº 154 Nov/Dez 2018 ISSN 2176-4409 Tabela Periódica Modelo proposto em 1869 por Mendeleev completa 150 anos Págs. 4 e 5 CFQ reajusta valores de anuidades e taxas Pág. 16 Fóruns discutiram cursos técnicos e superiores Págs. 14 e 15

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Jornal do ConselhoRegional de Química

IV Região (SP)Ano 27 - Nº 154Nov/Dez 2018

ISSN 2176-4409

Tabela PeriódicaModelo proposto em1869 por Mendeleevcompleta 150 anos

Págs. 4 e 5

CFQ reajusta valores deanuidades e taxas

Pág. 16

Fóruns discutiram cursostécnicos e superiores

Págs. 14 e 15

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2 – Informativo CRQ-IV Nov/Dez 2018

PRESIDENTE: HANS VIERTLER

VICE-PRESIDENTE: NELSON CÉSAR F. BONETTO

1º SECRETÁRIO: LAURO PEREIRA DIAS

2º SECRETÁRIO: DAVID CARLOS MINATELLI

1º TESOUREIRO: ERNESTO HIROMITI OKAMURA

2º TESOUREIRO: REYNALDO ARBUE PINI

CONSELHEIROS TITULARES:CLAUDIO DI VITTA, DAVID MINATELLI, ERNESTO OKA-MURA, JOSÉ GLAUCO GRANDI, LAURO PEREIRA DIAS,MANLIO DE AUGUSTINIS, NELSON CESAR FERNANDO

BONETTO, REYNALDO PINI E RUBENS BRAMBILLA.

CONSELHEIROS SUPLENTES:AELSON GUAITA, AIRTON MONTEIRO, ANA M. FER-REIRA, ANTONIO C. MASSABNI, GEORGE KACHAN,JOSÉ CARLOS OLIVIERI, MASAZI MAEDA E SÉRGIO

RODRIGUES.

REGULAÇÃO

EXPEDIENTE

CONSELHO EDITORIAL:HANS VIERTLER E CLAUDIO DI VITTA

IMAGENS DA CAPA:FREEPIK E WIKIMEDIA

JORNALISTA RESPONSÁVEL:CARLOS DE SOUZA (MTB 20.148)

ASSIST. COMUNICAÇÃO:JONAS GONÇALVES (MTB 48.872)

ASSIST. ADMINISTRATIVA:MARIELLA SERIZAWA

CONTATOS:TELEFONE: 11 3061-6059E-MAIL: [email protected]

Uma publicação do Conselho Regional de Química IV RegiãoRua Oscar Freire, 2.039 – SP/SP

Tel. (11) 3061-6000 - www.crq4.org.br

Recesso

O CRQ-IV informaque o atendimento ao

público – pessoal,telefônico e pore-mail – ficará

suspenso no períodode 17/12/2018 a

06/01/2019.

Anvisa disponibiliza bibliotecas temáticasPara melhor gestão de seu estoque

regulatório, a Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária (Anvisa) criou umespaço virtual – chamado Bibliotecasde Temas – para concentrar todas assuas normas. O objetivo é facilitar oacesso, a aplicabilidade e a compres-são do arcabouço de normativas, alémde aprimorar seu processo de revisão.

Os acervos foram divididos por ma-crotemas, conforme mostra a imagemao lado, que representam as grandesáreas de atuação da autoridade federal.O item “Temas Transversais” abrangeassuntos aplicados a todos os macrote-mas, tais como: Autorização de funcio-namento, Certificação de Boas Práticas,Taxas de fiscalização, Peticionamentode recursos etc.

Por sua vez, cada seção é estrutura-da em assuntos de acordo com o tipode produto ou serviço sujeito à vigilân-cia sanitária (registro, notificação, fis-calização, monitoramento etc.). Os con-teúdos serão atualizados de acordo comas novas publicações.

A Biblioteca está disponível na pá-gina https://is.gd/anvisa_normativas.

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Informativo CRQ-IV – 3Nov/Dez 2018

NOBEL DE QUÍMICA

Os americanos Frances Arnold, doCalifornia Institute of Technology(EUA), e George Smith, da Universi-dade de Missouri (EUA), e o britânicoSir Gregory Winter, do Laboratório deBiologia Molecular MRC (Inglaterra),foram anunciados em 3 de outubrocomo os vencedores do Prêmio Nobelde Química 2018.

Aos 62 anos, Frances Arnold foi aquinta mulher na História a obter a láu-rea, entregue desde 1901. Ela, que rece-beu metade do valor da premiação (oequivalente a R$ 2 milhões), foi esco-lhida pela Academia Real de Ciênciasda Suécia por conduzir a primeira evo-lução dirigida de enzimas, realizada em1993. A técnica permitiu o desenvolvi-mento de moléculas catalisadoras de altaeficiência para diversas aplicações tec-nológicas, o que viabilizou desde deter-gentes domésticos com melhor desem-penho de limpeza até combustíveis me-nos poluentes.

Os outros dois cientistas foram con-templados pela técnica denominada“phage display”, um mecanismo de clo-nagem desenvolvido inicialmente porGeorge Smith em 1985. Hoje com 77anos, o cientista conseguiu fazer comque um vírus encarregado de infectarbactérias (chamado de “bacteriófago”)funcione como uma “plataforma bioló-gica” para a descoberta de anticorpos emoléculas que podem ser usadas naprodução de medicamentos.

Foi esta possibilidade que levouGregory Winter, 67 anos, a seguir amesma linha de investigação científi-ca. Ao utilizar o referido mecanismopara realizar uma evolução dirigida deanticorpos, o pesquisador britânico con-seguiu estabelecer as bases para a cria-

ção de fármacos como o Adalimuma-be, lançado em 2002 e usado para o tra-tamento de artrite reumatoide, psoríasee doença inflamatória intestinal.

EVOLUÇÃO – A principal referência paraas técnicas premiadas é a teoria evolu-tiva de Charles Darwin (1809-1882).Em linhas gerais, os princípios aplica-dos pelo cientista inglês para explicara evolução de plantas e animais foramusados pelos ganhadores do Nobel deQuímica deste ano para acelerar o de-senvolvimento de moléculas em labo-ratório. É o que se chama de “evoluçãodirigida”.

A americana Frances Arnold provo-cou mutações aleatórias em genes deuma enzima. Esses genes, introduzidosem bactérias, servem como “fábricas”para a produção dessa enzima. Apóstestes in vitro, é possível selecionar asenzimas mutadas que se mostraremmais eficientes na condução de reaçõesquímicas. Novas mutações aleatórias

são induzidas nos genes dessas enzimasproduzidas e o processo é repetido atéque se atinja o estágio ideal de evolu-ção para que estas possam ser utiliza-das, por exemplo, na fabricação de bio-combustíveis.

Já a técnica de “phage display” deGeorge Smith e Gregory Winter utilizavírus como plataformas para a criação de“encaixes moleculares” em anticorpos,que irão se acoplar a uma molécula espe-cífica como, por exemplo, a de uma pro-teína presente na membrana de uma cé-lula tumoral. No processo, informaçõesgenéticas de anticorpos são inseridas noDNA de bacteriófagos, que se ligam àmolécula-alvo do estudo por meio dossítios de acoplagem existentes nos anti-corpos. Mutações aleatórias são provo-cadas nos anticorpos selecionados com oobjetivo de reforçar a compatibilidadecom a molécula. O processo é repetidoalgumas vezes, em ciclos evolutivos, atése obter a afinidade necessária para tor-nar um fármaco eficaz e seguro.

Cientistas que aplicaram evoluçãodirigida e clonagem são premiados

Técnicas permitiram o desenvolvimento de novos fármacos e outros produtos

Os americanos Frances Arnold e George Smith e o britânico Gregory Winter

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4 – Informativo CRQ-IV Nov/Dez 2018

TABELA PERIÓDICA

A Tabela Periódica, mais importan-te referência sobre os elementos quí-micos, completa 150 anos de criaçãono ano que vem. Para comemorar adata, a 72ª sessão da Assembleia Geraldas Nações Unidas, em dezembro de2017, proclamou 2019 como o AnoInternacional da Tabela Periódicados Elementos Químicos.

A celebração envolve a Unesco (Or-ganização das Nações Unidas para aEducação, a Ciência e a Cultura), soci-edades científicas, institutos de educa-ção e pesquisa, organizações não go-vernamentais e setor privado na promo-ção de eventos que ressaltam a impor-tância da Tabela Periódica e suas apli-cações. Um deles será o 47º CongressoMundial de Química, que aconteceráem Paris (França), de 5 a 12 de julhode 2019. As iniciativas em comemora-

ção ao aniversário, cujo slogan é “UmaLinguagem Comum para a Ciência”,podem ser acompanhadas pelo sitewww.iypt2019.org.

Criada pelo russo Dmitri IvanovichMendeleev (1834-1907) em 1869, a Ta-bela Periódica foi elaborada com os 63elementos conhecidos até então e que,inicialmente, foram organizados por or-dem crescente de suas massas atômicas.A seguir, ele os dispôs em colunas hori-zontais e verticais, respeitando as carac-terísticas e semelhanças dos elementos.A tabela se chama “periódica” porquemostra a repetição de propriedades físi-cas e químicas que alguns elementos têmem comum. Espaços vazios foram reser-vados para a descoberta de novos ele-mentos, o que permitiu a ampliação donúmero de integrantes para os atuais 118ao longo do tempo.

Contudo, segundo lembra artigopublicado pelos professores HelenaLeite e Paulo Porto na edição de maiode 2015 da revista Química Nova, “atabela periódica proposta por Mende-leev foi sendo modificada ao longo dosanos, tanto pelo próprio químico russoquanto por outros cientistas. A princi-pal modificação foi a substituição damassa atômica, como critério para oordenamento dos elementos, pelo cha-mado número atômico, que viria a seridentificado com o número de prótonsdo núcleo atômico do elemento. Talmudança foi possível após os trabalhosdo físico inglês Henry Moseley (1887-1915), com estudos sobre espectros deraios-X dos elementos que levaram àdeterminação dos números atômicos eos relacionaram ao número de cargaspositivas nos núcleos atômicos”.

Monumento em homenagem a Dmitri Mendeleev, localizado na cidade de São Petersburgo, Rússia; ao fundo, reprodução da primeira tabela proposta por ele

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Informativo CRQ-IV – 5Nov/Dez 2018

TABELA PERIÓDICA

Quatro elementos superpesados sin-tetizados em laboratórios, que comple-taram a sétima linha da tabela, foram osacréscimos mais recentes. Anunciadospela primeira vez em dezembro de 2015,tiveram a ratificação oficial no 46º Con-gresso Mundial de Química, realizadoem julho de 2017 no Brasil. Foram eles:nihônio (Nh, número atômico 113),moscóvio (Mc, 115); tennesso (Ts, 117);e oganessônio (Og, 118).

ABRANGÊNCIA – De acordo com a UniãoInternacional de Química Pura e Apli-cada (Iupac), as implicações da TabelaPeriódica vão além das fronteiras daQuímica, tendo reflexos em áreas comoAstronomia, Biologia, Física e outrasciências naturais. A importância da cri-ação de Mendeleev foi reconhecida pelaONU devido ao papel da Químicacomo promotora do desenvolvimentosustentável e provedora de soluçõespara os desafios globais envolvendoenergia, educação, agricultura e saúde.

“É uma ferramenta única que per-mite aos cientistas preverem a aparên-cia e as propriedades da matéria na Ter-ra e no Universo. Muitos elementosquímicos são cruciais para aprimorar ovalor e a performance de produtos ne-cessários para a vida humana, nossoplaneta e os empreendimentos indus-triais”, destacou a nota oficial da Iupacpublicada após o anúncio do Ano In-ternacional da Tabela Periódica.

COMPETIÇÃO – “Tabela Periódica dosElementos Químicos: Comparação Ex-perimental de Propriedades Periódicas”é o tema da edição 2019 da Olimpíadade Química do Estado de São Paulo(OQSP). Organizada pela seção paulis-ta da Associação Brasileira de Química(ABQ), com apoio do CRQ-IV, a com-petição é voltada para estudantes do En-sino Médio. Os mais bem colocados re-ceberão medalhas, prêmios em dinheiroe ainda poderão representar São Paulo naOlimpíada Brasileira de Química. Deta-lhes em https://is.gd/oqspinfo153.

Dmitri Ivanovitch Mendeleev nasceu em Tobolsk (Sibéria) em 8 de feve-reiro de 1834 e morreu em São Petersburgo no dia 2 de fevereiro de 1907.Estudou ciências nesta cidade, formando-se em Química (1856). Trabalhou nolaboratório Wurtz, em Paris. Esteve na Pensilvânia (EUA) e no Cáucaso (Rús-sia) estudando a natureza e a origem do petróleo. Professor a partir de 1863,em 1866 assumiu a cátedra de química do Instituto Tecnológico de São Peters-burgo. Como conselheiro científico das forças armadas russas (1890), promo-veu o estudo da nitrocelulose. Recebeu a medalha Davy (1882) e a medalhaCopley (1905) da Royal Society of Chemistry, do Reino Unido.

Mendeleev é o autor da lei segundo a qual as propriedades físicas e químicasdos elementos são funções periódicas do peso atômico. Apesar de outros cientis-tas terem anteriormente traçado sequências numéricas entre os pesos atômicosde certos elementos e notado conexões entre estes e as propriedades das diversassubstâncias, Mendeleev foi o primeiro a enunciar a lei cientificamente.

O químico estabeleceu a analogia dos elementos em bases numéricas segu-ras e fez a classificação periódica dos elementos químicos conforme seu pesoespecífico, dispondo os elementos em ordem crescente de acordo com seupeso atômico. Ele notou que as propriedades dos corpos simples se repetemperiodicamente e, com base nesse princípio, elaborou quadros que, por apre-sentarem lacunas, o levaram a prever a existência de três elementos até entãodesconhecidos, previsão confirmada pela descoberta do gálio (1875), do es-cândio (1879) e do germânio (1886).

Mendeleev empreendeu trabalhos sobre o isomorfismo, a compressão dosgases e as propriedades do ar rarefeito. Estudou a natureza das soluções, queconsidera sistemas líquidos homogêneos de compostos instáveis dissociáveisdo solvente com a substância dissolvida. Além disso, investigou a expansãotermal dos líquidos e elaborou uma fórmula para expressá-la.

Por seu trabalho, Mendeleev foi indicado para receber o Nobel de Químicaem 1906, mas não foi contemplado. Após sua morte, o número do elementoradioativo 101 recebeu o nome de mendelévio como forma de homenageá-lo.

(Com informações de AllChemy e History Channel)

Químico desenvolveu outraspesquisas e foi indicado ao Nobel

Selo postal criado pela Rússia em 2009 para comemorar o 175 º aniversário do nascimento de Mendeleev

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6 – Informativo CRQ-IV Nov/Dez 2018

LITERATURA

Esta obra tem como escopo os fundamentos da cromato-grafia gasosa e abrange teoria, instrumentação, colunas,métodos de análise, assim como a prática – demonstrada emalguns exemplos de aplicação. Trata-se de um estudo atual,cuja intenção é a de que sirva como texto introdutório aosinteressados em se iniciarem nesta modalidade de cromato-grafia. É uma técnica analítica, ainda insuperável, para aanálise qualitativa e quantitativa de misturas complexas decompostos voláteis e semivoláteis.

Professor do Instituto de Química da USP de São Carlos,seu autor, Fernando Lanças, está entre os pioneiros da cro-matografia instrumental moderna.

Editado pela Átomo, custa R$ 48,00 e pode ser compra-do pelo site da Libri Laboris, que é a livraria virtual perten-cente ao grupo: https://is.gd/cromatografia_gasosa.

Conselho sorteará livros sobrecromatografia e meio ambiente

A promoção é aberta a profissionais e estudantes em situação regular no Conselho. Para participar,envie um e-mail para [email protected], informando nome, CPF e endereço residencial

com CEP. No campo “Assunto” da mensagem escreva “Sorteio” seguido das palavras “Cromatografia”ou “Ambiental”, de acordo com a obra de interesse. Envie mensagens separadas se quiser concorrer aos

dois livros. O sorteio ocorrerá em 11/01/2019, sendo o resultado divulgado no site do Conselho.

Tradução da 14ª edição norte-americana, este livro tem ointuito de ajudar os leitores a atingir três metas: elucidar osfundamentos científicos de como a vida na Terra sobreviveue prosperou; usar tal fundamento para entender os inúmerosproblemas ambientais aqui enfrentados e depois avaliar aspossíveis soluções para eles; fazer a diferença em como li-damos com o ambiente, que dá suporte para a vida.

Para ajudar a atingir esses objetivos, os autores – G. Ty-ler Miller e Scott E. Spoolman – apresentam sua visão daTerra, os problemas ambientais que encaramos e algumaspossíveis soluções para eles por meio das lentes da sustenta-bilidade.

Editado pela Cengage Learning, a obra custa R$ 148,93e está disponível atualmente apenas no site da livraria OKMagazine (https://is.gd/ok_livros).

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Informativo CRQ-IV – 7Nov/Dez 2018

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8 – Informativo CRQ-IV Nov/Dez 2018

QUÍMICA FARMACÊUTICA

Um novo composto que inibe a replicação do vírus dahepatite C (HCV) em diversos estágios de seu ciclo – e écapaz de agir também em bactérias, fungos e células cance-rosas – foi sintetizado por pesquisadores da UniversidadeEstadual Paulista (Unesp). O estudo foi descrito em artigopublicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature.

“O que fizemos foi combinar moléculas já existentes, pormeio de síntese em laboratório, para produzir novos com-postos com potencial biológico. Esse método é chamado debioconjugação. Por meio da bioconjugação, sintetizamos seiscompostos e os testamos nos genótipos 2a e 3a do HCV. Econseguimos chegar a um composto com grande potencialterapêutico”, disse o Químico Paulo Ricardo da Silva San-ches, que assinou estudo ao lado da Bióloga Mariana No-gueira Batista, da Unesp de São José do Rio Preto.

O vírus da hepatite C apresenta significativa variabilida-

de genômica, exibindo pelo menos seis genótipos principais,cada qual com subtipos. Os genótipos 2a e 3a são os subti-pos mais comuns do HCV circulante. O composto capaz dedestruí-los – o AG-hecate – foi sintetizado a partir do ácidogálico e do peptídeo hecate.

“Descobrimos que esse composto atua em quase todasas etapas do ciclo replicativo do HCV – o que não é umacaracterística comum nos antivirais. Esses geralmente têmalvos pontuais e isolados, como proteínas do capsídeo, re-ceptores de membranas ou proteínas específicas como a NS3,inibindo processos específicos como a entrada do vírus nascélulas, a síntese do material genético e de proteínas, a mon-tagem e liberação de novas partículas virais. O AG-hecate,ao contrário, apresentou ampla atividade, agindo em diver-sas etapas do ciclo”, explicou Sanches.

“O composto também apresentou atividade nos chamados

Pesquisadores sintetizam moléculaque combate o vírus da hepatite C

Estudo foi produzido por Químicos e Biólogos da Unesp de Araraquara e Rio Preto

Paulo Ricardo da Silva Sanches

Composto denominado AG-hecate atua também em bactérias, fungos e células cancerosas e será testado contra os vírus da zika e da febre amarela (imagem:mecanismo de ação proposto para o AG-hecate. A figura mostra na parte superior (baixas concentrações do material): 1) HCV; 2) Interação do AG-Hecate com oenvelope viral, destruição do vírus e liberação do material genético (+ssRNA); 3) Interação do AG-Hecate com a membrana da célula hospedeira e permeabilizaçãodo peptídeo; 4) Lipid Droplet; 5) Interação do composto com as Lipid Droplets, com consequente desestruturação das mesmas liberando as proteínas do complexode replicação. E, na parte inferior (altas concentrações do material): 1) Interação do composto com a membrana plasmática da célula hospedeira e disrupção comconsequente morte celular; 2) Interação com o envelope viral e destruição do vírus.

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Informativo CRQ-IV – 9Nov/Dez 2018

QUÍMICA FARMACÊUTICA

‘lipid droplets’ – gotas de lipídeo no interior das quais ovírus circula nas células e que o protegem do ataque de enzi-mas. O AG-hecate desestrutura essas gotas de lipídeo e dei-xa o complexo replicativo do vírus exposto à ação das enzi-mas celulares”, prosseguiu.

Os pesquisadores testaram o AG-hecate tanto no víruscompleto quanto nos chamados “replicons subgenômicos”,que possuem todos os elementos para a replicação do mate-rial genético do vírus nas células, mas são incapazes de sin-tetizar proteínas responsáveis pela infecção. E o compostofoi eficiente em todos os testes.

Outra vantagem apresentada pelo composto foi seu altoíndice de seletividade. Isso significa que ele ataca muito maiso vírus do que a célula hospedeira. E, assim, tem potencialpara ser utilizado como fármaco no tratamento da doença.

“Apesar de o composto apresentar pequena atividade noseritrócitos, os ‘glóbulos vermelhos’ do sangue, a moléculaprecisa passar por alterações em sua estrutura para reduzirainda mais a sua toxicidade. É nisso que estamos trabalhan-do agora, para que a pesquisa possa evoluir da fase in vitropara a fase in vivo”, disse o pesquisador da Unesp.

Orientador do doutorado de Sanches, atual diretor do Institu-to de Química da Unesp de Araraquara e que também contribuiucom o estudo, o professor Eduardo Maffud Cilli, disse que “otempo médio para o planejamento e desenvolvimento de peptí-deos terapêuticos é de 10 anos e até agora foram despendidosaproximadamente dois anos no desenvolvimento da molécula deAG-hecate. Considerando a média estatística, serão necessáriosmais oito anos antes que a droga chegue ao mercado.”

De acordo com Cilli, “a ótima notícia é que essa molécu-la não age apenas no HCV. Pode agir também em bactérias,fungos e células cancerosas. Além disso, como os vírus dazika e da febre amarela apresentam ciclos replicativos bas-tante parecidos com o do HCV, vamos testar a efetividadedo AG-hecate também em relação a esses vírus”, disse.

No caso do câncer, a molécula interage e destrói a membranada célula afetada. Aqui, a seletividade da ação do AG-hecate deve-se ao fato de que a célula modificada pelo câncer tem uma quan-tidade maior de cargas negativas na superfície do que a célulanormal. E o peptídeo tem carga positiva. Então, a ação se dá poratração eletrostática. No caso do vírus, o mecanismo de ação damolécula é mais complexo, como mostra a ilustração.

Os estudos foram realizados no Laboratório de Síntese eEstudos de Biomoléculas do Instituto de Química da Unespem Araraquara e no Laboratório de Estudos Genômicos doInstituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unespem São José do Rio Preto.

Além dos citados, também participaram do estudo ospesquisadores Ana Cláudia Silva Braga, Bruno MoreiraCarneiro, Guilherme Rodrigues Fernandes Campos e a pro-fessora Paula Rahal, orientadora do doutorado de MarianaNogueira Batista.

A íntegra do artigo, intitulado “GA-hecate antiviral pro-perties on HCV whole cycle represent a new antiviral classand open the door for the development of broad spectrumantivirals”, pode ser lida em https://is.gd/hepatite.

Com informações da Agência Fapesp

Com a presença do presidente Mi-chel Temer, foi realizada no dia 14 denovembro a cerimônia de entrega daprimeira etapa do Sirius, a nova fontede luz síncrotron do Centro Nacionalde Pesquisa em Energia e Materiais(CNPEM), em Campinas (SP). Inici-ado em 2012, o Sirius é o maior pro-jeto da ciência brasileira, uma infra-estrutura de pesquisa de última gera-ção, estratégica para a investigaçãocientífica em áreas como saúde, agri-cultura, energia e meio ambiente.

Esta primeira etapa compreende aconclusão das obras civis e a entregado prédio que abriga toda a infraes-trutura de pesquisa, além da conclu-são da montagem de dois dos três ace-

leradores de elétrons. O terceiro ace-lerador – e também o principal deles– está em processo de montagem.

Já a entrega da próxima etapa doprojeto, prevista para o segundo semes-tre de 2019, inclui o início da opera-

Síncrotron: concluída primeira etapa do SiriusDivulgação CNPEM/LNLS

ção do Sirius e a abertura das seis pri-meiras estações de pesquisa para pes-quisadores. O projeto completo contem-plará mais sete estações de pesquisa (de-nominadas “linhas de luz”), que deve-rão entrar em operação até 2021.

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10 – Informativo CRQ-IV Nov/Dez 2018

MERCÚRIO

O Conselho foi um dos apoiadoresdo Seminário de Atualização sobre oMercúrio e a Convenção de Minamatano Brasil, que a Fundação Jorge Du-prat Figueiredo de Segurança e Medi-cina do Trabalho (Fundacentro), autar-quia vinculada ao Ministério do Traba-lho e Emprego, realizou nos dias 23 e24 de outubro em São Paulo. O eventotambém teve o apoio da AssociaçãoBrasileira da Indústria de Álcalis, Clo-ro e Derivados (Abiclor).

O seminário apresentou os riscos domercúrio e seus compostos, a situaçãoatual da Convenção de Minamata noBrasil, as ações dos diferentes setoresenvolvidos com o tema e as iniciativaspara fomentar a implementação doacordo internacional no País. Partici-param representantes dos ministérios doMeio Ambiente, Saúde e Trabalho,além de instituições de ensino, órgãospúblicos e sindicatos.

O Engenheiro Químico WagnerLopes, gerente do setor de Fiscalizaçãodo CRQ-IV, ministrou uma palestrasobre a Responsabilidade Técnica naárea química, em colaboração com o

conselheiro Gil Anderi da Silva, doConselho Federal de Química (CFQ).

Na apresentação, foram destacadas asimplicações de se assumir a função deResponsável Técnico (RT), que abrangetodas as atividades de uma empresa, doprocesso produtivo ao transporte de pro-dutos perigosos, passando por outras ope-rações, como importação, armazenamen-to e procedimentos relacionados à segu-rança química. Gil Anderi, que tambémé professor da Escola Politécnica da USP,apresentou a visão do CFQ sobre a fun-ção, que deve ser exercida de forma ex-clusiva por um profissional habilitado,conforme dispõem as resoluções norma-tivas 12 e 133 da entidade.

De acordo com a legislação, todaempresa deve indicar ao CRQ de sua ju-risdição o nome de um profissional paraser o RT encarregado de supervisionar assuas operações. O Plenário do Conselhoé a instância responsável por analisar sea formação do indicado é a mais adequa-da, considerando as características dosprocessos realizados pela empresa.

Segundo Wagner Lopes, o CRQ-IVtem como uma de suas prioridades ori-entar os profissionais e depois cobrá-los quanto ao cumprimento do que estáprevisto no Código de Ética. O geren-

te ainda salientou que a atuação do RTnão termina após a venda de produtosno mercado e envolve três esferas: pro-dução e operação; produtos e serviços;e meio ambiente.

Tanto Lopes quanto Anderi reitera-ram o posicionamento do Sistema CFQ/CRQs de apoiar a Fundacentro quantoà inserção da Segurança Química comoum tema transversal na grade curricu-lar dos cursos da área química. “Não éadmissível que profissionais não te-nham consciência de seu papel na so-ciedade”, afirmou Lopes.

SOBRE – A Convenção de Minamata éum tratado destinado a proteger o Homeme o meio ambiente dos efeitos adversosdo mercúrio. Ele prevê a otimização detecnologias sem o uso de mercúrio, a proi-bição de novas minas do metal pesado, aeliminação progressiva das já existentes,medidas de controle sobre as emissõesatmosféricas e a regulamentação sobre osetor informal para mineração artesanale de ouro em pequena escala.

Acesse https://is.gd/minamata paraler a convenção e https://is.gd/decreto_minamata para ler o Decreto nº 9.470,de 14 de agosto deste ano, que confir-mou a adesão do Brasil ao acordo.

Importância da ResponsabilidadeTécnica é tema de palestra em SPEvento da Fundacentro discutiu a Convenção de Minamata sobre o mercúrio

Conselheiro Federal Gil Anderi da Silva

CRQ-IV

Convenção busca proteger o Homem e o meio ambiente dos efeitos adversos do mercúrio

Wikimedia

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Informativo CRQ-IV – 11Nov/Dez 2018

MEIO AMBIENTE

O ministro do Meio Ambiente, Ed-son Duarte, e o secretário de Governode Ambiente e Desenvolvimento Susten-tável da Argentina, rabino Sergio Berg-man, assinaram um tratado de coopera-ção bilateral para gestão de substânciasquímicas durante a 21ª Reunião do Fó-rum de Ministros do Meio Ambiente daAmérica Latina e Caribe, realizada nodia 11 de outubro, em Buenos Aires.

A cooperação é voltada para áreascomo concepção de políticas públicas edesenvolvimento de regulamentos, comfoco na gestão ambientalmente adequa-da de substâncias e produtos químicos.O acordo ainda inclui temas como con-trole de movimentos transfronteiriços ecomercialização de distintos produtosquímicos, além do reconhecimento mú-tuo dos resultados de avaliações de ris-co e de informações dos inventários queincluem dados de identificação de subs-tâncias, fabricantes e importadores.

A medida tem o potencial de facili-

tar a relação comercial entre Brasil eArgentina, com o objetivo de promo-ver a harmonização de regulamentos eo alinhamento com padrões internaci-onais. Os benefícios da cooperação in-cluem o compartilhamento de dadospara reduzir custos do governo e da in-dústria, diminuir os testes em animaise a duplicidade de requisitos.

O protocolo contribuirá, ainda, parao cumprimento dos acordos internacio-nais dos quais ambos os países são sig-natários. Entre eles, estão a Convençãode Minamata sobre controle de mercú-rio, a Convenção de Estocolmo sobrepoluentes orgânicos persistentes e aConvenção de Basileia sobre movimen-to transfronteiriço de resíduos perigosos.

Desde 2014, por meio do Grupo deTrabalho de Cooperação Regulatória,a Associação Brasileira da IndústriaQuímica (Abiquim) tem defendido jun-to à Comissão Nacional de SegurançaQuímica (Conasq) a necessidade de que

o País tenha uma legislação para a re-gulação de substâncias químicas queconsidere o reconhecimento mútuo dosresultados de avaliações de risco e deinformações dos inventários de outrospaíses como uma forma de utilizar oconhecimento adquirido e reduzir osimpactos financeiros com a avaliaçãodas substâncias químicas.

O anteprojeto de lei brasileiro apre-sentado em seminário realizado no dia17 de outubro, em Brasília, contempla ointercâmbio de conhecimento e a Abi-quim manterá suas contribuições com aConasq e estimulará a realização deeventos para debater a regulação de subs-tâncias químicas e a cooperação regula-tória, como o Workshop de CooperaçãoRegulatória da América Latina, realiza-do em maio deste ano.

O evento permitiu compartilhar aexperiência do canal de diálogo cons-trutivo já existente no Brasil entre go-verno e indústria por meio da ComissãoNacional de Segurança Química, com aexpectativa de fortalecer a relação deconfiança entre a indústria e governosde outros países da América Latina.

DIÁLOGO – Além do anúncio da coopera-ção com a Argentina, o ministro EdsonDuarte participou do diálogo ministerialSoluções Inovadoras para Desintoxicarnosso Meio Ambiente, um dos painéis dosegmento de alto nível do Fórum. Noencontro, o ministro destacou os avan-ços brasileiros em áreas como segurançaquímica, proteção da camada de ozônioe implementação dos Objetivos de De-senvolvimento Sustentável (ODS).

Com informações da Abiquim edo Ministério do Meio Ambiente

Brasil e Argentina firmam acordo paragestão de substâncias químicas

Regulação e controle de movimentação de produtos estão entre as áreas abrangidas

Duarte também destacou os avanços em áreas como segurança química e proteção da camada de ozônio

Julio Baena/MMA

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ARTIGO

As propriedades químicas de umelemento estão relacionadas com o nú-mero de elétrons existentes no nívelmais externo e sua respectiva distribui-ção nos orbitais dos seus átomos. A di-visão desses elementos em grupos queapresentam propriedades semelhantesé uma das ferramentas químicas maisconhecidas, a Tabela Periódica.

Uma das separações que pode servisualmente notada na tabela é a pre-sença de quatro regiões retangularestambém chamadas de blocos s, p, d e f,conforme Figura 1.

O bloco f se destaca por estar locali-zado do lado de fora do corpo principalda tabela. Essa posição é adotada parasimplificar estruturalmente e estetica-mente a tabela, não deslocando os gru-

pos de 4 a 18. O bloco f é subdivididoem duas séries, os lantanídios e os acti-nídios, contendo 14 elementos cada. Oselementos pertencentes ao bloco f sãochamados de elementos de transição in-terna. Essa denominação provém do fatode serem elementos cuja diferenciaçãona configuração eletrônica ocorre em ní-vel mais interno, ou seja, no antepenúl-timo nível de energia, cujos orbitais f vãosendo preenchidos do f1 ao f14.

Os lantanídios apresentam configu-ração 4f e geralmente são representa-dos pelo símbolo Ln. Este nome vemdo lantânio, elemento do bloco d queprecede a série. Os elementos perten-centes ao grupo são: cério, praseodímio,neodímio, promécio, samário, európio,gadolínio, térbio, disprósio, hólmio,érbio, túlio, itérbio e lutécio.

A característica mais marcante desseselementos é que eles são naturalmenteencontrados em compostos iônicos, prin-cipalmente em estados de oxidação 3+,

pois a soma das três primeiras energias deionização desses elementos é baixa. Essauniformidade faz com que os lantanídiosse assemelhem muito mais uns aos outrosdo que os de uma série horizontal de ele-mentos de transição da Tabela Periódica.Por conta disso, eles possuem pouca dife-rença entre seus raios iônicos fazendo comque sejam de difícil separação e isolamentoentre si, uma vez que se encontram sem-pre misturados na natureza. Esta particu-laridade foi o maior obstáculo para a des-coberta desses elementos.

O início dos descobrimentos desseselementos ocorreu apenas em 1751,quando o Químico sueco Axel Crons-tedt identificou um mineral denso e es-curo, inicialmente chamado de “pedrapesada de Bastnäs”, conhecido atual-mente como “cerita”. Em 1788, o tam-bém Químico sueco Carl Arrhenius des-cobriu outro mineral, a iterbita (depoisrebatizada como “gadolinita” em home-nagem ao Químico finlandês JohanGadolin). O estudo destes minérios aolongo dos anos permitiu identificar 13dos 14 elementos lantanídios, sendo oúltimo o európio, descoberto em 1901pelo francês Eugène Demarçay.

Dispondo esses elementos em umasequência na Tabela Periódica, obser-vou-se um espaço entre o gadolínio e osamário. Esse elemento, atualmente de-nominado promécio, foi isolado somen-te em 1945, entre os produtos da fissãodo urânio 235, pelos americanos JacobMarinsky, Lawrence Glendenin e Char-les Coryell.

A porcentagem de lantanídios nacrosta terrestre é de 0,015%. Suas prin-cipais fontes são os minerais monazitae bastnasita.

GADOLÍNIOO lantanídio quedetecta tumores

por Juliana Moreno de Paiva (*) e Antônio Carlos Massabni (**)

Figura 1: Blocos s, p, d e f da Tabela Periódica

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Informativo CRQ-IV – 13Nov/Dez 2018

ARTIGO

O mineral monazita foi a única fon-te de extração de lantanídios até 1960.Ele é formado por fosfatos de lantânio,lantanídios trivalentes, ítrio e tório. Jáa bastnasita é formada por fluorocar-bonatos de lantanídios. Essas fontescorrespondem a 78% e 22% das extra-ções de lantanídios, respectivamente.

Os lantanídios possuem elétrons emuma camada mais interna e por issoesses elétrons acabam não participan-do das ligações entre os átomos. Estaparticularidade faz com que geralmen-te sejam elementos fortemente para-magnéticos e formem sais coloridosdevido à presença de elétrons desem-parelhados que absorvem radiação ele-tromagnética em determinados compri-mentos de onda.

Os íons Ln3+ têm uma carga alta quefavorece a formação de complexos. Con-tudo, são relativamente grandes quandocomparados a elementos de transição, oque desfavorece a complexação. Porisso, complexos com números de coor-denação inferiores a 6 são raros e so-mente ocorrem com ligantes mais volu-mosos. Os números mais comuns são 7,8 e 9. Não formam complexos com re-trodoação, pois os orbitais f não estãodisponíveis para formar tais ligações.

As cores dos complexos formadossão em geral em tons pastéis suavesdevido às propriedades ópticas asso-ciadas às transições eletrônicas f-f.Além disso, como são orbitais inter-nos, ficam mais protegidos da influ-ência dos ligantes, não sofrendo vari-ação na cor com a troca do ligante.Como o efeito da modificação na ener-gia do campo cristalino sobre o orbi-tal f é pequeno, isso propicia bandasde absorção geralmente finas quandocomparadas a elementos de transição.Devido a esse fenômeno, os lantaní-dios são amplamente empregados nacalibração de comprimentos de ondaem instrumentos que visam as análi-ses quali-quantitativas.

Dentre os complexos de lantanídios,os de gadolínio são os mais estudados eenvolvidos em 4.301 artigos publica-dos de 1999 a 2018.

O nome gadolínio foi dado em ho-menagem ao Químico finlandês JohanGadolin. Este elemento possui númeroatômico 64 e massa atómica de 157,25.É um metal branco prateado, maleável,relativamente duro, dúctil, relativamenteestável no ar seco, forma óxido quandoem contato com o ar úmido, é paramag-nético, porém abaixo de 20 ºC seu com-portamento passa a ser ferromagnético.

O íon gadolínio 3+ forma compostosincolores, porém sob luz UV ele fluores-ce emitindo uma cor esverdeada.

O gadolínio forma complexoscom elevados números de coordena-ção, geralmente 8 ou 9, e são princi-palmente utilizados como agentes decontraste em imagem por ressonân-cia magnética para o diagnóstico emtecidos moles do corpo como: cére-bro, músculos, fígado, rins, bexiga,tendões e ligamentos.

A imagem por ressonância mag-nética funciona da seguinte forma: otecido é exposto a um campo magné-tico externo e transversalmente ao te-cido emite-se uma onda pulsada comradiofrequência, provocando pertur-bação nos prótons, principalmente demoléculas de água. Quando os pró-tons retornam ao estado inicial, obtém-se a imagem pela conversão da radia-ção emitida por eles. Essa retomada échamada de relaxação. Cada tecido pos-sui uma velocidade de relaxação e den-sidade de prótons distinta. diferencian-do e evidenciando os tecidos e mape-ando-os. Para melhorar a resolução dasimagens através do contraste obtidopela variação dos tempos de relaxaçãoos agentes de contraste são aplicados.

Na Figura 2 pode-se observar a res-sonância magnética de um tumor nocérebro, sem e com a utilização de umcomplexo de gadolínio como agente decontraste. Nota-se nela a importânciado contraste para diagnósticos. Um tu-mor sem a presença do complexo degadolínio poderia passar desapercebi-do pelo baixo contraste entre ele e océrebro. Porém, com o agente a área édestacada possibilitando um diagnós-tico muito mais claro e preciso.

Analisando essas estruturas pode-seobservar que os complexos são forma-dos por agentes quelantes com estrutu-ra ramificada ou cíclica. Ambos os ti-pos de estrutura formam complexoscom oito ligações. Contudo, as estru-turas cíclicas circundam completamen-te o íon trazendo maior fixação no me-tal do que as estruturas ramificadas. Issoacaba sendo importante pois quandocompostos entrarem em contato com ocorpo eles irão possuir outros competi-

dores, como os íons Zn2+, e esta fixa-ção fará com que eles não sejam subs-tituídos por outros íons como os rami-ficados, trazendo melhor qualidade deimagem de contraste.

Os desafios das pesquisas nessa áreaestão na síntese de novos complexosque sejam cada vez mais estáveis, te-nham maior biocompatibilidade, menortoxicidade e que produzam um maiorrealce de contraste, possibilitando umdiagnóstico mais preciso.

(*) Doutoranda do Institutode Química da Unesp de

Araraquara;

(**) Professor Doutoraposentado

da mesma instituição.

Confira a íntegra do artigo naversão on-line desta edição.

Figura 2: Ressonância magnética de um tumor sem ecom o uso do agente de contraste

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14 – Informativo CRQ-IV Nov/Dez 2018

EDUCAÇÃO

Organizados anualmente pelas Co-missões Técnicas de Ensino Técnico eSuperior do CRQ-IV, os fóruns dedi-cados a estas áreas, realizados na sededa entidade, chegaram à quinta edição.O encontro dedicado ao Nível Superi-or ocorreu no dia 19 de outubro, en-quanto o fórum voltado ao Nível Mé-dio foi realizado em 9 de novembro.Ambos tiveram o apoio do Sindicatodos Químicos de São Paulo (Sinquisp).

Sob o tema “A importância da Quími-ca na Tecnologia de Alimentos e Bebidas”,o fórum dedicado ao Ensino Superior reu-niu cerca de 70 pessoas. A apresentaçãoinicial foi conduzida pela Engenheira Quí-mica Andrea Mariano, coordenadora dasComissões Técnicas do Conselho. O tra-balho de fiscalização do exercício profis-sional e outras iniciativas promovidas pelaentidade foram destacadas, como o Pro-grama Selo de Qualidade.

O evento foi dividido em dois blo-cos: no primeiro, as palestras trataram

de assuntos ligados à nanotecnologia,aditivos e corantes. Já na segunda parte,estiveram em pauta inovações ligadas aoprocessamento de alimentos, técnicas deconservação e controle de qualidade.

O Químico Industrial Fábio Fran-co, coordenador de P&D na empresaKienast & Kratschmer, foi o primeiropalestrante. Falando sobre aditivos ali-mentares, salientou a necessidade dese desmistificar a imagem da químicautilizada na produção de alimentos,ainda vista de forma negativa por par-te do público leigo. Em seguida, a pro-fessora Patrícia Sinnecker, da Univer-sidade Federal de São Paulo, tratou decorantes naturais, que têm sido adota-dos no lugar dos sintéticos devido, se-gundo ela, a algumas vantagens: fato-res ligados à percepção dos consumi-dores, a associação com efeitos bené-ficos à saúde e aspectos negativos re-lacionados aos corantes artificiais(como a incidência de alergenicidade

em populações sensíveis) foram algunsdos exemplos citados.

A nanotecnologia e suas diferentesaplicações foram objetos da palestra deencerramento do primeiro bloco, a car-go da pesquisadora Carolina SiqueiraFranco Picone, da Universidade Esta-dual de Campinas (Unicamp).

Substâncias indesejáveis e potencial-mente tóxicas, encontradas em alimen-tos ou bebidas como resultado de seu pro-cessamento ou preparação, os contami-nantes foram discutidos pela Engenheirade Alimentos Adriana Pavesi ArissetoBragotto, também da Unicamp, na pales-tra que iniciou o segundo ciclo do fórum.

Na sequência, o Químico IndustrialFábio Franco retornou para falar sobretécnicas de conservação e Renata Cer-queira, da Cargill, abordou inovaçõespara o controle de qualidade na produ-ção de alimentos, destacando a espec-troscopia no infravermelho próximo(NIR, na sigla em inglês). Uma mesacomposta pelos palestrantes, aberta aperguntas do público, marcou o encer-ramento da programação.

NÍVEL MÉDIO – “Tecnologia de NovosMateriais” foi o assunto central do fó-rum dedicado ao ensino técnico (NívelMédio). O público foi de aproximada-mente 60 participantes.

O primeiro ciclo de palestras tevecomo objetos a nanotecnologia e suasaplicações, impressão 3D, aditivos enanoaditivos. O professor HenriqueEisi Toma, do Instituto de Química daUniversidade de São Paulo, foi o pri-meiro a falar, abordando a importânciada nanotecnologia para o desenvolvi-mento tecnológico. Citou vários avan-ços decorrentes, como smartphones.

Promovidos pelo CRQ-IV, fórunsde ensino chegam à quinta edição

Encontros apresentaram novidades nas áreas de alimentos, materiais e segurança

Marcela Ribeiro, da Fundacentro, defendeu a inserção do tema “segurança química” na grade curricular

CRQ-IV

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Informativo CRQ-IV – 15Nov/Dez 2018

EDUCAÇÃO

CRQ-IV

André Luiz Jardini Munhoz, do Ins-tituto Nacional de Ciência e Tecnolo-gia de Biofabricação (Biofabris), des-tacou a impressão 3D como uma dastécnicas mais avançadas para a elabo-ração de protótipos. Dedicado à medi-cina regenerativa, o Biofabris produzpróteses e órgãos artificiais. Após sele-cionar materiais metálicos, poliméricose cerâmicos que tenham potencial deutilização, são empregadas técnicas demanufatura aditiva e de simulação com-putacional para realizar a síntese e acaracterização dos biomateriais para aobtenção de produtos finais.

Representante da empresa Chem4U,o Engenheiro Químico Cláudio Rober-to Passatore palestrou sobre aditivos enanoaditivos. Ele comentou sobre as

potencialidades dos aditivos nanométri-cos, que viabilizam materiais com fun-cionalidades melhoradas, além de usa-rem menos substâncias químicas em suafabricação e gerarem menos resíduos.

SEGURANÇA QUÍMICA – Pesquisadora daFundação Jorge Duprat Figueiredo deSegurança e Medicina do Trabalho(Fundacentro), Marcela Gerardo Ribei-ro traçou um panorama global da Se-gurança Química.

Ao salientar que o tema ainda nãoestá inserido de forma adequada na gra-de dos cursos da área, chamou a aten-ção para a importância de se adotar prá-ticas que priorizem a segurança no tra-balho desenvolvido em laboratórios di-dáticos e de pesquisa.

Marcela lembrou que o Ministériodo Meio Ambiente já elaborou o Ter-mo de Referência de Educação emSegurança Química, que visa balizara inserção do assunto nas grades doscursos de forma transversal, não sendoobjeto de uma disciplina específica.

O “Impacto da nanotecnologia nasaúde dos trabalhadores e meio ambi-ente” foi o tema da última palestra,apresentada por Jorge Marques Pontes,também da Fundacentro. Riscos à saú-de pela exposição a nanopartículas,como o desenvolvimento de doençasrespiratórias, estiveram em pauta.

Os arquivos com as apresentaçõesque tiveram a liberação autorizada pe-los palestrantes podem ser baixados napágina www.crq4.org.br/downloads.

Em 2019, o Programa de Orien-tação Profissional (POP) voltará a serpromovido pelo CRQ-IV com a cola-boração de professores e coordenado-res de cursos da área química, que atu-arão como representantes da entidadejunto às instituições de ensino.

O programa tem como principalobjetivo apresentar aos estudantes a le-gislação que regulamenta o exercícioprofissional, mas envolve também ou-tras ações.

Para traçar a estratégia de atuaçãodos colaboradores, o Conselho realizou,com o apoio do Sindicato dos Quími-cos de São Paulo (Sinquisp), uma sériede encontros regionais de ensino noperíodo de 23 de outubro a 8 de no-vembro.

O primeiro aconteceu na Capital, nasede da entidade, e os demais forampromovidos em algumas das cidades

onde o CRQ-IV mantém escritórios re-gionais: Araçatuba, Araraquara, Piraci-caba, Ribeirão Preto, São José dosCampos e Sorocaba.

No primeiro evento, em 23 de outu-bro, o Engenheiro Químico WagnerLopes, gerente do setor de Fiscalizaçãodo Conselho, apresentou as diretrizesestabelecidas para o POP 2019. Alémda realização de palestras para estudan-tes do Ensino Médio, divulgando tantoa profissão quanto os cursos que repre-sentam, os colaboradores também de-verão divulgar junto aos alunos de suasrespectivas escolas as leis e normas queregem o exercício da profissão, as açõesrealizadas pelo CRQ-IV e o Código deÉtica profissional.

Os colaboradores também irãoapoiar o processo de registro no CRQ-IV via instituições de ensino e partici-parão das solenidades de formatura afim de realizar a entrega de licençasprovisórias e do Prêmio Lavoisier, ofe-recido pelo Conselho aos alunos commelhor desempenho em seus cursos. Asindicações desses estudantes são feitasdiretamente por suas escolas.

Entre outros possíveis apoios que osrepresentantes do curso poderão ofere-cer à entidade, Lopes destacou açõespara obtenção do Selo de Qualidadepor parte dos cursos, divulgação dosprêmios CRQ-IV e Lavoisier e elabo-ração de artigos para a seção Química-Viva, mantida no site do Conselho.

Conselho retomaráo Programa de

Orientação Profissional

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16 – Informativo CRQ-IV Nov/Dez 2018

ANUIDADES

O Conselho Federal de Química pu-blicou, em outubro, a Resolução Nor-mativa nº 274, que definiu os valores dasanuidades, bem como as demais taxasde serviços para o próximo ano. Emmédia, o reajuste de 3,97% refletiu a in-flação acumulada no período, medidapelo Índice Nacional de Preços ao Con-sumidor (INPC), conforme previsto no§ 1º do artigo 6º da Lei 12.514/2011.

Com a majoração, as anuidades dosprofissionais passarão a ter os seguin-tes valores: Nível Superior, R$ 525,00;Nível Médio, R$ 259,00; Auxiliares eProvisionados, R$ 185,00.

As anuidades das empresas tambémlevam em conta outros parâmetros. Asmicroempresas e as empresas de peque-no porte terão os valores definidos pelareceita bruta, conforme o art. 3º, I e II,da Lei Complementar 123/06. Assim,para as microempresas com receita bru-ta anual igual ou inferior a R$ 360 mil,

a anuidade será de R$ 729,00. Para asempresas de pequeno porte com recei-ta bruta anual superior a R$ 360 mil eigual ou inferior a R$ 4,8 milhões, aobrigação será de R$ 1.471,00.

As anuidades das demais empresassão baseadas em seus capitais sociais,conforme segue: Até R$ 50 mil, R$752,00; Até R$ 200 mil, R$ 1.507,00;Até R$ 500 mil, R$ 2.262,00; Até R$ 1milhão, R$ 3.012,00; Até R$ 2 milhões,R$ 3.767,00; Até R$ 10 milhões, R$4.521,00; Acima de R$ 10 milhões decapital social, R$ 6.017,00.

DESCONTOS – O prazo final para paga-mento da anuidade é 31 de março. Paraos profissionais que optarem por ante-cipar o recolhimento serão concedidosos seguintes descontos: até 31 de janei-ro, 20%; até 28 de fevereiro, 10%. Nocaso das empresas, os descontos serãode, respectivamente, 5% e 3%.

Reajuste será de 3,97%; quitaçõesantecipadas ganharão descontos

Profissionais e empresas receberão boletos até meados de janeiro

Os boletos serão enviados pelo Con-selho até meados de janeiro. Quem nãoreceber, poderá emitir a segunda via nosite www.crq4.org.br ou solicitá-la peloe-mail [email protected].

O pagamento das anuidades é obriga-tório. O não cumprimento da obrigaçãosujeita o profissional ao pagamento de ju-ros e multas. Além desses acréscimos, asempresas inadimplentes não terão renova-da a Anotação de Responsabilidade Téc-nica, certidão que atesta sua regularidadeno Conselho e que pode ser exigido poroutros órgãos da administração pública.

SUSPENSÃO – Os profissionais que este-jam desempregados e sem qualquer fon-te de renda poderão solicitar a suspensãodo pagamento da anuidade, desde quecomprovem a condição até o requerimen-to, o que deverá ocorrer até 31 de março.Acesse www.crq4.org.br/suspensao parasaber como requerer o benefício.

Disponível paraprofissionais e empresasA Bolsa de Empregos CRQ-IV/Sinquisp é um servi-

ço que possibilita a divulgação de currículos e de ofer-tas de trabalho. Todos os profissionais em situação re-gular no Conselho podem usá-lo, inclusive os que estãoempregados, mas procuram outra oportunidade, assimcomo os que estão com a anuidade suspensa.

Além das registradas na entidade, a Bolsa tambémpode ser usada por empresas de outros estados e porconsultorias de Recursos Humanos sem qualquer custo.

www.crq4.org.br/empregoswww.crq4.org.br/empregos