tabela com as respostas dos participantes da pesquisa com... · a associação brasileira de normas...
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PANORAMA DE DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA EM SAÚDE
QUADRO DE RESPOSTAS DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA
CODIFICAÇÃO
QUESTÃO 1 - A Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS), no que tange a sua implementação,
tem avançado?
P1
Na dimensão conceitual vale destacar que a revisão e atualização da PNIIS foi importante ação realizada pelo Ministério da
Saúde no ano de 2012. Esta atualização garante que a Política esteja em consonância com os desafios colocados por este
campo nos dias atuais, considerando este um grande avanço. Na dimensão da implementação os desafios e obstáculos
ainda são enormes para uma efetiva realização das diretrizes ali propostas.
P2
A PNIIS foi inicialmente desenvolvida na primeira gestão do Presidente Lula, sendo descontinuada em seguida. Sua
retomada na gestão da Presidenta Dilma é uma expectativa de avanço.
P3
Ao que eu saiba, ainda não existe uma PNIIS pública e publicada. A apresentada em alguns círculos entre 2002 e 2004
nunca foi publicada como PNIIS formal. De qualquer forma, recentemente o MS através das suas instâncias propôs uma
nova PNIIS que me parece um avanço em relação à anterior.
A definição da PNIIS tem avançado lentamente, mas a PNIIS precisa ser publicada, divulgada e apoiada por instrumentos
diversos, de investimento a capacitação.
É importante lembrar que a PNIIS não é uma Estratégia de IIS. Há a necessidade de uma Estratégia da qual a PNIIS deve
ser parte.
P4
É claro que desde a sua gênese -1990 com a implantação do o SNIS- a PNIIS vem avançando tanto do ponto de vista da
compreensão do que se configura, efetivamente como uma a Política Nacional de Informação e Informática em Saúde
(PNIIS). Nesse sentido, o projeto foi colocado para ampla discussão antes de ter sido implementado. As oficinas oferecidas,
a infraestrutura tecnológica, as ações tanto, no contexto Federal, quanto Estadual como Municipal estão sendo de
fundamental importância para a concretização de tal Política. Porém, não podemos negar que o gargalo está na questão do
registro, organização e tratamento da informação para a saúde, de uma educação para a saúde, de mão de obra qualificada
no preenchimento dos dados e, de mais campanhas de sensibilização, não somente para a população, mas também para os
gestores nas três esferas. Muito já foi, porém, ainda resta muito a ser feito.
P5
Na gestão municipal, não (exclui-se a capital). Apesar da política ter sido realizada de forma planejada, seguindo os
requisitos necessários de um plano de implantação/implementação, não favoreceu uma gestão mais democrática e
transformadora sobre as condições de saúde e doença estabelecida pelo processo de municipalização. É claro que avanços
foram observados na gestão informacional, como a incorporação de tecnologias de informação e equipamentos de
informática, ainda que em qualidade e quantidade não ideais, sem falar na insuficiência de recursos humanos qualificados; e
particularmente, o uso da informação para o acompanhamento financeiro, administrativo e das políticas de saúde pactuadas,
limitando-se às formalidades e interesses políticos gerenciais, como a emissão de avaliações e relatórios de interesse e
necessidade local. Penso para a gestão municipal, que a PNIIS está ainda distante da sua proposta de dinamizar a gestão
ao subsidiar o planejamento e programação de ações, ao estabelecer prioridades; ao monitorar as ações do SUS, avaliando
desempenho, processos e impacto dos serviços; ao qualificar as atividades de controle, avaliação, regulação e auditoria; ao
agilizar o acesso ao conhecimento a todos os usuários da informação.
Digo isto, porque é preciso entender a capacidade que a gestão municipal têm de operacionalizar uma política de
informação, dentro de sua capacidade organizacional, de seu interesse e principalmente do seu entendimento frente à
política instituída.
P6 Não porque e não há investimentos em infraestrutura para acesso à Internet. 70% das UBS não estão conectadas.
P7
Creio que ainda não temos no país um documento oficial final da PNIIS. Fui informado pelo DATASUS em 11 de abril
próximo passado que o documento final que é de março de 2013 será ainda submetido a Comissão Intergestores Tripartite.
O documento da PNIIS de 2004 não foi oficializado pelo Ministério da Saúde, apesar de ter sido aprovado em Conferência
Nacional de Saúde à epoca. Dessa maneira, ainda não há como dizer se tem "avançado" a política formalizada em
documento. O que sim tem avançado são as iniciativas mais recentes do MS na área do assim chamado e-saúde e
implantação do Registro Eletrônico em Saúde para hospitais e grandes emergências.
Há sinais de que as áreas de informação e informática em saúde são prioritárias entre as ações de governos federal,
estadual e municipal, de uma maneira geral, e há iniciativas tomadas desde 2013 para implementar algumas das diretrizes
da PNIIS (e-saúde, por exemplo). Entretanto, esta resposta precisa ser qualificada. A avaliação da implementação de uma
"política" em saúde necessita de uma apreciação sistematizada e fundamentada, o que não se pode fazer aqui. Dessa
maneira, a opinião expressa pode parecer superficial. Ademais, a PNIIS é complexa e ampla. Há várias diretrizes em
campos diversos. E a resposta pode se referir a um ou outro campo. Afinal uma "política" nem é um "programa". Cabe
assinalar entretanto que há certa descontinuidade nas iniciativas, alguma descoordenação e lentidão na implementação das
medidas e ações. Atribui-se isto em parte a complexidade dos problemas que se deseja superar, restrições em
investimentos em anos recentes, atraso tecnológico e o próprio estágio de desenvolvimento do SUS, com sua desigualdade
entre regiões brasileiras.
P8
Não. A PNIIS foi recentemente revisada, a partir de sua primeira versão em 2004. A expectativa é a PNIIS revisada se torne
um referencial de política para o MS e o SUS. A versão de 2004, embora elaborada por grupo qualificado e aprovada na 12ª
CNS, não alcançou seus objetivos de ser essa referência.
P9
Sim: vejo em especial, um importante alinhamento entre as ações do Ministério e os princípios da PNIIS. A SAGE e o projeto
CNS são exemplos de iniciativas fortemente alinhadas à Política.
P10
Não. A PNIIS 'real' da Informação e Tecnologias de Informação em Saúde (ITIS) constitui um dos principais limitantes à
ampliação da capacidade de resposta do Estado brasileiro frente aos problemas contemporâneos a serem superados.
Observa-se a continuidade da direção adotada desde o fim da década de 90 do sucateamento das instâncias de gestão de
ITIS. Estudos evidenciam que está ocorrendo no Brasil a articulação das empresas de Tecnologia de Informação e as de
Telecomunicação com o complexo econômico industrial em saúde (CEIS) em uma tendência à cartelização do mercado
brasileiro de TI em saúde, e à verticalização monopolista da cadeia produtiva na transição do mundo analógico para o digital
na saúde. O complexo econômico de TI/Telecom avança sobre o SUS como um grande mercado promissor, favorecido pelo
esvaziamento das instâncias públicas de ITIS.
Diante dos conglomerados empresariais que se formam no bojo da 'real' PNIIS, observam-se articulações que representam
uma canalização dos interesses empresariais para o interior da res pública, reduzindo a função do SUS a um rico mercado
de contratos.
Não se trata aqui da superada dicotomia público X privado, estatal X mercado. A questão que se coloca é: Qual o papel que
se espera do Ministério da Saúde, das Secretarias de Estado e Municipais de Saúde nessa conjuntura?
P11
Não. Há muitos anos se vem discutindo uma Política Nacional, mas pouco se avançou e as iniciativas têm se desenvolvido
de forma isolada e desconectada. Não formamos, assim, uma efetiva rede de saúde.
P12
Na teoria sim, na prática não. Apesar da política nacional de informação e informática em saúde ser calcada na democracia
participação sua prática é diferente e pouco se sabe.
P13
Não. Na prática a única tentativa que eu vi nesse sentido foi o do e-SUS, que começou muito bem, mas agora está
empacado. A interoperabilidade dos sistemas de informação em saúde é condição central nesta política, o que na prática
não se verifica.
P14
Não. O Governo Federal está refém na mão de lobistas proprietários de empresas de software que fazem o Brasil passar
vergonha no cenário global da informática em saúde. Estes lobistas, embora afirmem promover a adoção de padrões para a
informática em saúde no país, de fato boicotam todos os esforços efetivos para que esta padronização ocorra de fato. Isto
atinge a enorme confusão que causam no marco regulatório, promovendo a publicação com documentos confusos e
impossíveis de implementar, tais como a Portaria 2173/2011, assim como a manutenção da hegemonia em instituições como
a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Não, porque há lobbies operando dentro do Ministério da Saúde para manter sua hegemonia nos contratos de TI com o
Ministério, adotando tecnologia ultrapassada, que não permitem os grupos de pesquisa que têm contribuído de forma
inovadora a apresentarem suas propostas aos tomadores de decisão, que ficam assim na ignorância dos avanços da área
na última década.
P15
Não. Desconheço os esforços realizados pelo Governo (federal, estadual, municipal) para alavancar ações concretas neste
setor. Talvez estejam sejam realizados e falta divulgação.
P16
Sim, mas de maneira ainda bem limitada. Percebe-se uma maior integração das tecnologias nos processos de saúde, mas
as coisas nunca acontecem de maneira integrada com os processos e com as pessoas.
P17
sim porque o Ministério da Saúde elaborou o PDTI e a revisão da PNIIS em 2013, incorporando aspectos fundamentais nas
novas diretrizes.
P18
Considero que poucos pontos da PNIIS avançaram. No meu entendimento, embora a PNIIS seja baseada na realidade
brasileira, os atores incumbidos da implementação de tal políticas, não tem cumprido seus papéis.
P19
Sim, mas de forma pouco consistente e a reboque das inovações tecnológicas que cobrem como verniz a manutenção de
práticas e mentalidades antigas Aliás é impossivel que um país entre na Era da Informação ou Digital com um aparelho
administrativo paquidérmico que precisa ser urgentemente reformado e é um obstáculo a uma PNIIS efetiva
P20
Não. As opacidades e incompreensões políticas da informação em saúde permanecem as mesmas de vinte anos atrás. O
que há é um aumento do volume de organizações dentro deste sistema. Afinal de contas, o Sistema Único de Saúde - SUS
tem recebido investimentos nesta área e o Sistema de Saúde Suplementar está melhor estruturado. Por outro lado, a
redução dos custos das tecnologias de informação facilitam a implementação.
P21
Sim. Existem ações que tornam claro movimentação no sentido de buscar uma politica, como por exemplo a busca por
padrões de interoperabilidade entre sistemas de informação. Vou usar esses padrões como exemplo frequentememente,
uma vez que tenho pesquisado justamente essas questões.
P22 Não.
P23 SIM. Porém de forma lenta e ainda restrita.
P24 Sim, principalmente através da adoção de padrões de interoperabilidade como a TISS.
P25
Em minha opinião a PNIIS avança sim, contudo, a passos lentos. Avança na medida em que institucionaliza comitês
específicos para debater a temática; o Ministério da Saúde investe em infra-estrutura tecnológica e programas que se
interligam como o PMAQ-AB, Telessaúde, entre outros. Contudo, caminha a passos lentos quando na contramão deste
processo, temos iniciativas locais (pontuais em vários estados e municípios) que contribuem para a proliferação de sistemas
incompatíveis, despadronizados e sem perspectiva de interoperabilidade. Iniciativas estas, regidas por interesses políticos e
institucionais muitas vezes escusos.
P26
Sim. A PNIIS foi construída a partir das necessidades do SUS mas ao mesmo tempo aderente às iniciativas existentes de
projetos em andamento, dessa forma ela nasce sendo implementada. A partir do compromisso prévio dos executores das
politicas com a realidade e com as diretrizes estabelecidas.
P27
Sim, a padronização e capilarização de questões estruturantes para o RES tem se aprofundado, mais lentamente que o
desejável.
As diretrizes de disseminação, privacidade, transparência, tem avançado de modo mais consistente.
P28
Não. Existe muita dificuldade entre a as partes na definição de conceitos e sua real aplicação prática, na modelagem e
validação dos dados.
P29
Não. A integração da informação em saúde ainda não ocorreu no que tange aos sistemas de informação de base nacional,
dificultando os processos de produção, disseminação e compartilhamento de dados nacional que atendam às
especificidades regionais e locais; não há mecanismos ou procedimentos operacionais padrões que garantam a preservação
da autenticidade e integridade das informações em saúde, bem como a confidencialidade, ao sigilo e à privacidade das
informações pessoais
P30 Não. Ainda está longe
P31 Sim, com relação a explicitação da necessidade de padronização (normalização e regulamentação)
P32
SIM, do ponto de vista da ampliação e qualidade das bases de dados; NÃO do ponto de vista do uso e apropriação das
informações em saúde por parte dos profissionais que as produzem. Esta apropriação é baixa, mesmo entre gestores.
P33 Sim, a padronizacao de informacoes tem avancado.
P34 Não.
P35 Não há ações relacionadas a esta política no setor em que atuo. Dessa forma, não é possível avaliar sua implementação.
P36 Acredito que tenha avançado pouco
CODIFICAÇÃO
QUESTÃO 2 - Quais são os fatores dificultadores da implementação da Política Nacional de Informação e
Informática em Saúde (PNIIS)?
P1
O maior obstáculo é o fortalecimento da gestão da informação e do conhecimento na cultura, na estrutura organizacional,
no perfil profissional e na dimensão política-estratégica das instituições públicas e privadas, atores do campo da saúde.
P2 O seu abandono durante quase uma década, desde sua concepção original.
P3
Para começar, eu entendo que a Política seja um dos elementos de uma Estratégia. É necessário construir uma Visão
Estratégica do uso de e-Saúde (incorporando os 2 Is da PNIIS). A PNIIS deve estar alinhada à estratégia e ser um
instrumento de sua implantação. Neste momento, o DATASUS e a SGEP/MS desenvolvem esforços de construção da
Visão de e-Saúde para Brasil, da qual eu participo, com mais 40 ou 50 pessoas. Decisão política e uma principalmente
uma estrutura de implementação da política que sobreviva a mudanças de governo.
P4
Com já mencionado anteriormente, muitos fatores têm contribuido para as dificuldades de implantação dessa Politica:
- Conscientização de todos da necessidade de que haja colaboração de todo cidadão;
- Registro, organização e acesso a informação para a saude;
- Efetivação de uma rede nacional de saude, que funcione na prática e não apenas no ambito da institucionalização;
- Capacitação de equipes;
- Envolvimento de todas as esferas de governo e da sociedade civil
P5
Os serviços municipais vêm enfrentando problemas relacionados à organização das informações em saúde. Aspectos
como a qualificação profissional insuficiente, os problemas com infra-estrutura (recursos, financeiros, humanos, materiais,
consumo) e o gerenciamento das informações, como a subutilização dos dados e a precária divulgação das informações,
sinalizam ausência de uma política de informação e informática adequada.
É contraditório, quando se verifica de um lado a valorização das inovações tecnológicas, e de outro a fragmentação da
gestão de informação, cujo produto é o fluxo restrito e o uso empobrecedor do conhecimento gerado.
P6
O grande dificultador é a falta de prioridade política para a incorporação de TIC pelo SUS. Muitos gestores vêm essas
tecnologias como um luxo... Falta também o planejamento do médio e longo prazos, uma vez que tal incorporação não se
completa em apenas um governo.
P7
Creio que o principal fator dificultador da implementação da PNIIS é a sua aprovação final e edição oficial pelo MS em
conjunto com os Conselhos que representam os gestores estaduais e municipais de saúde no país. Sem um documento
orientador das políticas para o setor, tem-se iniciativas desarticuladas e sem continuidade.
Maior enfase em soluções tecnológicas do que em organização, métodos e pessoas;
Soluções parciais para problemas específicos (caso das emergências);
Retardo na implantação do cartão SUS e do prontuário eletrônico;
Diferentes estágios de desenvolvimento do SUS e deficiências em redes e serviços públicos de saúde;
Indefinições para a mudança no modelo de atenção à saúde com dificuldades para a ampliação e operação da atenção
básica.
Restrições no financiamento do SUS;
Deficiências na gestão em unidades e sistemas locais de saúde
P8
- Faltou coordenação
- Faltou uma articulação dos diversos atores que lidam com informação e informática no MS
P9
Tendo em vista o grande número de atores com capacidade de propor e implementar ações (esferas estadual e municipal
e ainda representações do terceiro setor, setor privado, filantrôpico e de trabalhadores) me parece que a comunicação
sobre a política ainda não alcançou a todos.
P10 Já respondido na questão anterior
P11
Pouco investimento público nas novas tecnologias;
Padrões de interoperabilidade insuficientemente divulgados e compartilhados;
Pouca discussão entre os diversos níveis de gestão sobre as informações importantes para a tomada de decisão e para a
construção de registros eletrônicos em saúde;
Quase nenhuma capacitação ofertada às diversas áreas para o uso da informação disponível e para a construção de novas
informações, importantes para a decisão em saúde.
P12
Fragmentação das informações e informática em saúde.
Infra-estrutura inadequada.
A fragilidade do processo democrático refletindo nos conselhos de saúde.
Desconhecimento da política nacional de informação e informática em saúde por parte da gestão.
P13
Primeiro: soluções unificadas
Segundo: continuidade nos programas instituídos (p. ex. cartão sus)
- Vontade política
- Burocracia - o tempo para se avaliar qualquer processo e produtos e os trâmites burocráticos são tão longos e morosos
que as soluções ficam obsoletas.
- falta de gestão técnica capacitada
P14
1 - O lobby descrito acima;
2 - A baixa escolaridade generalizada em relação aos padrões para a área de informática em saúde. E neste caso, como
educadora, eu me sinto responsável. É necessário haver uma oferta de educação formal específica em informática em
saúde. Mas não o que temos hoje no país, que vê a informática em saúde como uma aplicação dos conceitos da
informática convencional. Isto tem sido tentado nos países desenvolvidos há 30 anos e tem sido um retumbante fracasso.
A informática biomédica tem especificidades que não são cobertas por nenhum programa de educação formal em nível
técnico, de graduação ou pós-graduação, certamente nenhum nacional, e até mesmo em nível global são poucos os que o
fazem.
O principal fator dificultador são os lobbies operantes dentro do Ministério da Saúde que mencionei anteriormente.
Outro fator dificultados importante é que há pouquíssimos espaços de educação formal, no âmbito de graduação e pós-
graduação, na área de informática em saúde no Brasil, e quase todos eles transmitem conteúdos desatualizados para os
alunos, que assim perpetuam o atraso tecnológico na área de informática em saúde no país.
P15
- vontade política, devido a troca de partidos ou pessoas no comando deste setor
- custo alto do setor saúde
- ambiente muito heterogênio estruturalmente
P16 Falta de uma maior integração dos projetos.
P17
alta demanda por soluções tecnologicas de TI e capacidade de resposta menor
excesso de produção de informações sem um alinhamento mais efetivo
multiplicidade de áreas desenvolvendo e gerando informações
excesso de sistemas sem imteroperabilidade
P18
Acredito que a falta de uma equipe com grande número de pessoas e estrutura de trabalho adequada no Ministério da
Saúde dificultam a condução da PNIIS.
P19 Os modelos centralistas e burocratixados e as pessoas que precisam uma formação radicalmente diferente
P20
A principal dificuldade para a implementação de uma política é a falta de clareza do que seja é uma política de informação
e busca de resolução de problemas no nível tecnológico ou gerencial. Como exemplo desta confusão da política podemos
citar o cadastro de gestantes que o Ministério da Saúde tentou implementar, fruto da incompreensão sobre direito a
privacidade. O cartão SUS é uma das maiores lendas da informática.
P21
- Excesso de politica e interesses envolvidos em questão tão importante
- Falta de integração entre conhecimento obtido em pesquisa e decisões politicas
- Falta de conhecimento cientifico do assunto
- Decisões tomadas por médicos exclusivamente, ou por cientistas da computação exclusivamente
- Propostas para "reinventar a roda" por não se observar o que já foi feito no mundo (principlamente por não se observar o
que se fez nos EUA, nesse caso, por questões que acredito de fundo ideológico)
P22
Grandes projetos faraônicos de sistemas, o Ministério da Saúde tem mais de 300 sistemas espalhados pelo Brasil para
contabilizar produtividade de profissionais que atuam em programas, como o de Saúde da Família, Atenção Básica, UPA.
A cada momento que vai surgindo novos programas, surgem novos sistemas. Se a ideia é ter uma Política Nacional,
deveria se ter requisitos para sistemas e ter um sistema (software único).
P23
A estrutura administrativa de alguma forma tem direcionado ou orientado as definições de sistemas, fluxos e usos da
tecnologia na área. Cada setor tem seu sistema! Isto leva ao desenvolvimento de sistemas que não dialogam entre si e
nem com os sistemas das políticas públicas de outros setores.
P24 Falta de participação das empresas fabricantes de softwares da área de saúde nas câmaras técnicas.
P25
A lentidão na elaboração de programas nacionais e a falta de estudos sérios para a elaboração de tais programas se
constituem enquanto grandes entraves para a efetivação da PNIIS. Um bom exemplo é o caso da implementação do
AGHU que pretende informatizar e interligar todos os hospitais universitários do país, contudo, a demora no diagnostico do
parque tecnológico, na liberação dos recursos, entre outros, faz com quê muitos hospitais adotem sistemas pagos para
atenuar os problemas de gestao Informacional. Isto, consequentemente, acarreta mais problemas pois, além do
investimento "perdido" demanda novos investimentos para a migração dos dados, sem falar nos aspectos relacionados a
resistência dos funcionarios em ter de aprender tudo de novamente com outro sistema. Este é só um dentre muitos outros
problemas.
A falta de conhecimento da realidade estrutural em todas as esferas e a imposição verticalizada de determinados
programas também são pontos cruciais.
P26
Baixa capacidade de financiamento nas tres esferas.
Baixa autonomia de gestão de recursos humanos no nivel federal.
Alta fragmentação da informação nos modelos de informação em uso.
Alta compartimentalização do conhecimento nas tres esferas.
P27
1) Subfinanciamento federal: Necessidade de infra-estrutura (rede elétrica e lógica nas unidades de saúde, parque de
computadores, acesso à internet), desenvolvimento de software, treinamento, monitoramento demandam financiamento
federal maior.
2) O cartão nacional de saúde integrado e atualizado é fundamental para a integração de dados em conformidade com o
Decreto 7508 e o COAP.
3) cultura local insuficiente para acompanhar os requisitos de informatização.
P28
Conceitos: Embora existam dicionários e ontologias específicas, os sistemas propostos não contemplam o tratamento
correto destas situações.
Infra-estrutura: Ainda existem barreiras tecnológicas e de infra-estrutura que impedem uma aplicação das práticas
previstas.
Capacitação: Não existem profissionais capacitados no uso das tecnologias com foco em saúde.
Resitência operacioal: Médicos tem dificuldade em utilizar sistemas computacionais, principalmente os que estão numa
faixa etária acima dos 50 anos.
Capacidade de investimento: Muitas prefeituras não tem capacidade de investir em tecnologias e transmissão de dados.
P29
Não há ações que garantam a adesão efetiva das instituições públicas e privadas conveniadas ao SUS à política de
software público, a implementação de padrões, metodologias e ferramentas científicas e tecnológicas para a gestão,
qualificação e uso das informações em saúde; necessidade de fomentos para pesquisas e projetos de desenvolvimento
tecnológico na área da informação em saúde
P30 São vários, incontáveis. Relacionados a má gestão, máquina pública, etc
P31
falta de clareza na gestão, desenvolvimento e aplicação do processo de normalização
falta de definição dos atores e seus papeis no processo de normalização
falta de identificação de recursos destinados a atividade de normalização
P32
1 - Os sistemas "não se falam" (SIM, SIAB, SINAN, SINASC, SIH, etc)
2 - Baixa sensibilidade e qualificação de profissionais de saúde para acesso e uso da informação; o processo de trabalho
exige produção de dados, mas não incorpora a discussão e reflexão sobre os mesmos.
3 - Algumas bases estão desatualizadas. O SIOPS, por exemplo, traz como último mês de referência para pesquisa de
repasses a municípios o de dezembro de 2006.
4 - O site do DATASUS já foi mais "intuitivo" e acessível. As tabelas dinâmicas continuam sendo uma excelente
ferramenta.
5 - A desagregação de dados dentro dos municípios continua não sendo possivel.
6 - Há enfase, na informação em saúde, na produção de serviços ou na incidência/prevalência de doenças.
Indicadores econômicos, políticos, culturais, históricos e outros não estão articulados. Há baixa memória social gerada pela
informação em saúde.
7 - A informação que vai não volta. Isto é altamente desestimulante para todos (gestores, profissionais).
P33 Envolvimento intenso dos pesquisadores com a industria. As fronteiras estao ficando opacas.
P34 Mais investimento e organização dos processos.
P35 SEM RESPOSTA
P36 São muitas as dificuldades.
CODIFICAÇÃO QUESTÃO 3 - Quais as estratégias podem ser propostas visando suplantar estes fatores dificultadores?
P1 Fomentar o desenvolvimento da gestão da informação e do conhecimento como política pública de saúde.
P2
Priorizar a PNIIS para suplantar a debilidade tecnológica dos serviços que impede a plena utilização e intercâmbio das
informações em saúde intra e entre serviços.
P3
Imagino que você esteja usando "estratégia" como sinônimo de "mecanismo". Neste caso, creio que o mecanismo seja
ajudar as instâncias do SUS a compreender a complexidade da e-Saúde, definir o que se deve esperar da e-Saúde em um
País como o nosso - que faz excelente uso da TI em outras áreas, entender que se trata de um processo de longo prazo
com inúmeros atores e entender com clareza quais são os recursos - humanos, materiais e organizacionais necessários
para que a e-Saúde seja útil para o Brasil. Este entendimento deve ser seguido de Ações Estratégicas, para que os recursos
existam. Um desses recursos são as Políticas associadas à e-Saúde.
Uma estratégia robusta que compreenda pelo menos os quatro pilares de:
- Recursos Organizacionais (Governança, Liderança, Investimento, Regulação e etc...)
- Recursos Humanos (de TI e de Saúde que usam TI)
- Infraestrutura
- Padrões e Interoperabilidade (ou "Infoestrutura")
P4
Além das citadas anteriormente, que essa Politica seja interdisciplinar com com vários campos cientificos, sendo que cada
um pode colaborar na sua área de atuação e assim, com o envolvimento coletivo de defesa dessa politica ela poderá ter
sucesso.
P5
Instituir de fato uma política de informação com diretrizes definidas e possíveis que garanta o seu uso e a sua disseminação
para intermediar as necessidade vivenciadas nas localidades. Destaca-se ianda, a necessidade de maior apoio inter-
institucional, melhoria da estrutura e de recursos organizacionais, adequados para a realização da prática informacional.
P6
Deve ser ampliado o debate sobre os benefícios da incorporação de TIC para o SUS, em especial nos foruns de participação
da sociedade na gestão do Sistema. A produção de estudos acadêmicos demonstrando as possibilidades e vantagens dessa
incorporação tecnológica também deve ser incrementada.
P7
Um documento de políticas para a área seria um bom começo. A ação interinstitucional articulada é fundamental, e não se
restringe às instituições gestoras do SUS mas necessita articulação coordenada com setores da ciência e tecnologia,
industria e comércio, educação, entre outros.
O documento "A Visão de e-Saúde para o Brasil" recentemente entregue ao Ministério da Saúde por um grupo de trabalho
em 2013 contém os elementos estratégicos mais importantes. Acrescente-se a necessidade de superar entraves de
governança e de ampliar a participação social.
P8
A criação do CIINFO é uma arena importante para fazer valer as diretrizes e princípios contidos na política.
O DATASUS deve ter uma relevância na articulação dessa política, já que a a instituição de referência dentro e fora do MS.
A aplicação de uma politica que envolve diversos atores do SUS, deve se espelhar na experiência da RIPSA, buscando uma
maior sustentabilidade e credibilidade. Lembrar a PNIIS não de responsabilidade de uma ou outra área do MS e o consenso
no seu entendimento é fundamental.
P9 Estratégia de comunicação que alcance a tod@s.
P10
Estão apresentadas no documento da ABRASCO: 2º. Plano Diretor para o Desenvolvimento da Informação e Tecnologia de
Informação em Saúde - PlaDITIS 2013-2017 a que o Prof. XXXXX (grifo nosso) teve acesso.
Destaco em especial as Dimensões estratégicas para o desenvolvimento da Informação e Tecnologia de Informação em
Saúde contempladas no 2º. PlaDITIS:
-Governança e Gestão da Informação e Tecnologia de Informação em Saúde (ITIS).
-Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na área temática ITIS.
- Ensino e formação permanente de equipe de informação e TI em saúde.
-Ética, privacidade e confidencialidade.
-Informação e TI em Saúde: Democracia, controle social e justiça cognitiva.
P11
Aumentar os recursos para o conhecimento e uso de informações em saúde;
Formação efetiva de redes de informação;
Chaves unificadas de acesso(CNS) às informações sigilosas (prontuários e outras do usuário);
Ampla capacitação para uso das ferramentas e da informação de interesse da saúde;
Uso de linguagem acessível à população quando a informação se torna pública.
P12
Construção de um únicos sistema integrado de informações para atender as necessidades da assistência,
vigilância,regulação, faturamento e auditoria.
Infra-estrutura adequada.
Capacitar permanentemente todos os envolvidos no processo para que atendam ao padrão estabelecido (padronização das
informações).
Fortalecimento do processo democrático e da capacidade gestora
P13
Diminuir a burocracia e o gasto desnecessário, implantando por etapas.
Dar continuidade aos programas já iniciados.
Interoperabilidade com sistemas legados.
- Poder publico comprometido com a PNIIS;
Melhora nos processos burocráticos;
Melhor gestão técnica
P14
1 - Somente um poder econômico maior pode suplantar um lobby. Isto infelizmente não está no horizonte na área de
informática em saúde no país. Portanto, este problema não tem solução neste momento histórico.
2 - As Universidades precisam exercer sua autonomia e criar cursos públicos e gratuitos de informática biomédica em nível
técnico, de graduação ou pós-graduação, com currículos inovadores, que signifiquem uma renovação em relação ao que já é
ofertado atualmente.
O Governo Federal deveria procurar novos parceiros institucionais e novas interlocuções intelectuais na área de Informática
em Saúde. Quando marcarem reuniões com estes novos parceiros em potencial, os lobistas antigos não deveriam estar na
sala, porque eles nunca permitirão que novas ideias refresquem a atmosfera mofada do Ministério da Saúde no que tange o
campo da Informática em Saúde.
A educação formal em nível de graduação e pós graduação na área de Informática em Saúde deveria ser ampliada de forma
exponencial, mas incorporando o estado da arte do campo, especialmente no que tange a incorporação de tecnologias web
semânticas baseadas em desenvolvimento de software baseado em modelos multinível, que é a única solução para o
problema (insolúvel com software convencional) da interoperabilidade semântica entre sistemas de informação em saúde.
Um avanço importante nesse aspecto seria o reconhecimento da Informática Médica como especialidade médica e da
Informática em Saúde como especialidade no campo multiprofissional em saúde, assim credenciando instituições
qualificadas a solicitarem o credenciamento de Residência Médica em Informática Médica e Residência Multiprofissional em
Informática em Saúde.
P15
- definição de padrões de fato para setor;
- regras claras para quem quer/precisa investir em saúde;
- colocar mais recursos governamentais em saúde;
- investir em tecnologia para facilitar o acesso da população com a melhoria do atendimento
P16 Aumentar o comprometimento das instituições participantes e disseminar processos e equipamentos suficientes.
P17
alinhamento conceitual e operacional das informações, sua análise e disseminação
interoperabilidade dos sistemas
P18 Acredito que seja necessário formar uma equipe grande para conduzir a PNIIS no ambito do Minisitério da Saúde.
P19
As estratégias passam sempre pela análise interdisciplinar dos problemas Na Saúde como em todos os setores de atividade
humana a voz não pode ser apenas a dos especialistas diretamente envolvidos embora a sua voz tenha predominância
natural, mas é preciso somar outros olhares que procedem de outras áreas no sentido de serem desenhadas estratégias
mais profundas e consistentes
P20
O problema é estratégico, e não gerencial. É uma questão de organização das pessoas, e apenas secundariamente de
escolha das tecnologias de informação e comunicação. Isso implica em discutir o que é uma política de informação em
saúde. A questão da informática tem que ser relativizada. Esta política de informação deve ser diferenciada daquela visão
míope de indicadores de saúde, e ampliada para uma dinâmica social. Se não houver esta correção sobre o que é política
de informação em saúde, fica complicado corrigir os efeitos de algo feito de modo inadequado.
P21 -Benchmarking de estratégias já adotadas em todo o mundo, por exemplo, nos EUA e na EU
P22
- Política para definição de um único Sistema (Software - ERP) a ser adotado no Brasil pelo SUS;
- Que o sistema seja interoperável;
- Diminuir a criação de programas, e fortalecer as políticas dos programas que realmente estão dando resultado a nível
nacional.
P23
É necessário pensar na estrutura da maioria dos municípios brasileiros e também nas estruturas estaduais e a nacional para
não inviabilizar o uso de muitos sistemas na área da saúde. Tanto para alimentar sistemas quanto para disponibilizar
informações de forma dinâmica e atualizadas.
P24 Convidar as empresas a participarem dos processos decisórios relativos ao PNIIS.
P25
Estudos sérios sobre a realidade da rede de saúde no âmbito da saúde publica e suplementar tambem.
Investimento pesado em hardware.
Investimento pesado em pesquisa para desenvolvimento ou melhoria de software e aplicativos interoperáveis;
Desenvolvimento de dispositivos moveis para atenção à saúde.
Investimento na qualificação dos profissionais.
Maior inserção e participação dos profissionais de informacao enquanto sujeitos que podem contribuir significativamente
junto as equipe multiprofissionais.
Intenso estudo para o estabelecimento de uma legislação que regule de forma adequada todas as questoes relacionadas ao
uso da informacao e da tecnologia na área da saúde.
Fortalecimento das associações e entidades que pesquisam e debatem a Informacao e Informática em Saúde.
Intensa auditoria para coibir fraudes e jogos políticos internos que travam o processo de efetivação da PNIIS.
P26
Aprovar mais recursos para a saude.
Garantir o investimento em recursos humanos: contratação e capacitação do quadro existente.
Repensar os modelos de informação existentes e avaliar criteriosamente as solictações de novos modelos de informação
quanto a aderencia à PNIIS;
Fortalecimento do CIINFO e das instancias deliberativas do SUS: bipartite, tripartite e conselho nacional de saúde.
P27
1) Incremento significativo de financiamento federal para informatização, com investimento em infra-estrutura, parque de
equipamentos de informática (investimento / custeio), estímulo ao desenvolvimento de softwares nos padrões obrigatórios.
2) Cartão nacional de saúde integrado e atualizado, possivelmente com bases filtradas espelhadas nas CIR.
3) financiamento de cursos e capacitações para gestores do sistema, gestores de informação e profissionais de informática.
P28
Capacitação das equipes, percepção dos médicos da evolução e ganho na qualidade assistencial, melhoria da infra-
estrutura e linhas de investimento para as prefeituras investir em tecnologia.
P29
Software público, e-Saúde, financiamento para investimentos em infraestrutura e qualificação de profissionais que atuam na
área da saúde
P30 SEM RESPOSTA
P31
O PNIIS tem que ser mais aderente a Política Brasileira Nacional de Metrologia e Normalização, utilizando o processo de
normalização, certificação e incluindo a regulamentação do processo.
P32
1 - Ampliar a interlocução entre academia, gestão e profissionais de saúde para a discussão das questões sobre informação
em saúde (sugestão: por linhas de cuidado);
2 - Buscar mecanismos que colaborem para " transversalizar" a informação (por exemplo, por território, com demonstrativos
ao longo do tempo, articulados entre si - mortalidade, morbidade, financiamento, etc. Colocar em "diálogo" os sistemas;
3 - Ampliar a qualificação do profissional que produz a informação, e induzir a incorporação, na gestão dos sistemas de
saúde, de "técnicos em informação" em todos os níveis.