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Sustentabilidade em prédios públicos: estudo de caso em uma Universidade Federal Danielle Krummenacher de Medeiros Lachi (UFGD) [email protected] Sandra Fernandes (UFGD) [email protected] Vera Luci de Almeida (UFGD) [email protected] Erlaine Binotto (UFGD) [email protected] Resumo: A preocupação mundial com a finitude dos recursos ambientais motiva a busca por soluções sustentáveis. A construção civil, grande consumidora de recursos naturais e energia, tem importante papel nessa busca. Nesse contexto, o setor público, normatizador e consumidor, busca adequar-se adotando medidas para uma melhor relação com o meio ambiente e com a eficiência energética de seus edifícios. Este trabalho tem como objetivo analisar edificações construídas na Universidade Federal da Grande Dourados sob o aspecto da sustentabilidade e eficiência energética. Para a análise buscou-se a política ambiental da instituição, realizando a verificação da adequação de suas edificações às suas diretrizes. Foram apontadas medidas e reflexões para que, com as devidas alterações de projeto e construção de novos edifícios, a UFGD poderá se colocar na vanguarda sobre o tema. Palavras chave: Sustentabilidade, Eficiência Energética, Edificações Públicas. Sustainability in public buildings: case study at a Federal University Abstract The global concern about the finitude of environmental resources motivates the search for sustainable solutions. The construction industry, which is a major consumer of natural resources and energy, plays an important role in this matter. In this scenario, the public sector aims to have a better relationship with the environment and energy efficiency on its buildings. The goal of this paper is to analyze the buildings constructed at the Federal University of Grande Dourados under the aspect of sustainability and energy efficiency. It was verified and analyzed the environmental policy of the institution, according to the adequacy of the buildings and its guidelines. The paper suggests actions and reflections that will place the University, with the new buildings, at the forefront on this issue. Keywords: Sustainability, Energy Efficiency, Public Buildings. 1. Introdução A conscientização de que os recursos ambientais são finitos e de que o homem tem capacidade de descobrir, inventar, criar e progredir, de inúmeras maneiras, tanto para o bem quanto para o mal, gerou uma série de iniciativas em busca de alternativas para a utilização dos recursos ambientais de forma prudente para que as gerações presentes e futuras possam desfrutar de boas condições de vida (ESTOCOLMO, 1972).

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Sustentabilidade em prédios públicos: estudo de caso em uma Universidade Federal

Danielle Krummenacher de Medeiros Lachi (UFGD) [email protected] Sandra Fernandes (UFGD) [email protected] Vera Luci de Almeida (UFGD) [email protected]

Erlaine Binotto (UFGD) [email protected]

Resumo: A preocupação mundial com a finitude dos recursos ambientais motiva a busca por soluções sustentáveis. A construção civil, grande consumidora de recursos naturais e energia, tem importante papel nessa busca. Nesse contexto, o setor público, normatizador e consumidor, busca adequar-se adotando medidas para uma melhor relação com o meio ambiente e com a eficiência energética de seus edifícios. Este trabalho tem como objetivo analisar edificações construídas na Universidade Federal da Grande Dourados sob o aspecto da sustentabilidade e eficiência energética. Para a análise buscou-se a política ambiental da instituição, realizando a verificação da adequação de suas edificações às suas diretrizes. Foram apontadas medidas e reflexões para que, com as devidas alterações de projeto e construção de novos edifícios, a UFGD poderá se colocar na vanguarda sobre o tema. Palavras chave: Sustentabilidade, Eficiência Energética, Edificações Públicas.

Sustainability in public buildings: case study at a Federal University

Abstract The global concern about the finitude of environmental resources motivates the search for sustainable solutions. The construction industry, which is a major consumer of natural resources and energy, plays an important role in this matter. In this scenario, the public sector aims to have a better relationship with the environment and energy efficiency on its buildings. The goal of this paper is to analyze the buildings constructed at the Federal University of Grande Dourados under the aspect of sustainability and energy efficiency. It was verified and analyzed the environmental policy of the institution, according to the adequacy of the buildings and its guidelines. The paper suggests actions and reflections that will place the University, with the new buildings, at the forefront on this issue. Keywords: Sustainability, Energy Efficiency, Public Buildings. 1. Introdução

A conscientização de que os recursos ambientais são finitos e de que o homem tem capacidade de descobrir, inventar, criar e progredir, de inúmeras maneiras, tanto para o bem quanto para o mal, gerou uma série de iniciativas em busca de alternativas para a utilização dos recursos ambientais de forma prudente para que as gerações presentes e futuras possam desfrutar de boas condições de vida (ESTOCOLMO, 1972).

Dentre as iniciativas, destaca-se a Conferência de Estocolmo, que produziu um guia para preservar e melhorar o meio ambiente humano. Vinte anos depois, a Rio 92 ratificou a Declaração de Estocolmo e produziu importante documento voltado para os problemas existentes e para preparar o mundo para os desafios do próximo século.

O setor da construção civil possui um importante papel no alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável, pois consome recursos naturais e energia e, portanto, na busca de soluções sustentáveis, com desafios da redução e otimização de recursos, surge o paradigma da construção sustentável (MMA, 2015).

O Poder Público, como normatizador e, principalmente, como consumidor, deve dar o exemplo, adotando medidas mais ecoeficientes e tendo como meta uma melhor relação com o meio ambiente urbano e com a eficiência energética de seus edifícios (VIGGIANO, 2010).

Recursos naturais, como radiação solar, ventilação natural, entre outros, têm grande importância para que se atinja maior qualidade ambiental e sustentabilidade nos espaços construídos. Aproveitar a iluminação natural interfere e ajuda nas condições de conforto dos usuários e possibilita reduções de consumo de energia (AMORIM, 2007).

O projeto de arquitetura deve contemplar soluções de iluminação apropriadas tanto para o período noturno como para o diurno, e prever a integração das soluções de iluminação natural e artificial, buscando a conservação de energia e a sustentabilidade ambiental (OLIVEIRA, 2007). Nesse contexto, o trabalho tem como objetivo analisar algumas das edificações padrão da Unidade II da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) construídas a partir de sua criação, em 2006, através da verificação de seus projetos e especificações, além de inspeções in loco das construções.

Inicialmente, investigou-se a previsão em projeto de elementos de eficiência energética, conforto ambiental e uso racional e conservação de água, energia e recursos materiais, observando os projetos básicos e registros disponibilizados em arquivos digitais pela Prefeitura Universitária, setor responsável pela área citada.

Após, realizaram-se visitas para verificar, pós-ocupação, como as edificações foram efetivamente construídas, quais os materiais utilizados e as condições de iluminação, ventilação e adequação dos espaços e usos, bem como a relação entre os edifícios e o ambiente em que se encontram.

Por fim, averiguou-se a existência, nas construções, de elementos que indicam a conformação aos princípios de sustentabilidade e aos eixos da Política Ambiental da Instituição.A pesquisa justifica-se considerando a necessidade de estudos sobre sustentabilidade em prédios públicos, aprofundando a análise dos projetos e construções, buscando alternativas para solução de problemas, visando atender questões de sustentabilidade e eficiência energética.

2. Sustentabilidade ambiental

Após a conscientização de que o homem tem o poder de transformar de inúmeras maneiras e em uma escala sem precedentes tudo o que o cerca, foi realizada em Estocolmo, em 1972, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. Nela foi elaborada a Declaração de Estocolmo (1972) sobre o meio ambiente humano, que traz a necessidade de estabelecer critérios e princípios comuns que ofereçam inspiração e guia para preservar e melhorar o meio ambiente humano, através do trabalho e com o avanço da produção, da ciência e da tecnologia, orientando que as ações e atos do homem devem ter atenção às consequências que podem ter para o meio ambiente, assegurando melhores condições de vida, em um ambiente condizente com suas necessidades e aspirações.

A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992), elaborada na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, ratifica a Declaração de Estocolmo. Entre seus princípios, havia as preocupações com o desenvolvimento sustentável, sendo a proteção ambiental essencial para alcançá-lo, reduzindo e eliminando os padrões insustentáveis de produção e consumo e adotando legislação ambiental eficaz, com normas, objetivos e gerenciamento que refletem o contexto ambiental a que se aplicam.

Documento fruto da Rio 92, a Agenda 21 Global (1992) é voltada para os problemas existentes e tem objetivo de preparar o mundo para os desafios do século seguinte, com compromisso político no que diz respeito a desenvolvimento e cooperação ambiental. Dentre as áreas de programas, estão a promoção de atividades sustentáveis na indústria da construção e a promoção da existência integrada da infraestrutura ambiental: água, saneamento, drenagem e manejo de resíduos sólidos.

Com papel fundamental na realização dos objetivos globais de desenvolvimento sustentável, a indústria da construção civil é um dos setores de atividades humanas que mais consomem recursos naturais e utilizam energia de forma intensiva, gerando consideráveis impactos ambientais. Buscando minimizar tais impactos, surge o paradigma da construção sustentável. Nesse contexto, transcende-se a sustentabilidade ambiental e se busca a sustentabilidade econômica e social. Grandes são os desafios, entre eles a redução e otimização do consumo de materiais e energia na redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente construído (MMA, 2015).

3. Sustentabilidade ambiental em prédios públicos

O Poder Público, quando atua como consumidor, deve priorizar a escolha de matérias-primas que tenham uma melhor relação de ecoeficiência, que tragam qualidade e reduzam tanto o impacto ambiental como de recursos ao longo do ciclo produtivo. Como referencial para os órgãos públicos ou privados, a publicação “Edifícios Públicos Sustentáveis” busca uma melhor relação com o meio ambiente urbano e com a eficiência energética de seus edifícios (VIGGIANO, 2010).

O primeiro passo para implantar os conceitos de construção sustentável nas obras públicas é que o projeto contemple os conceitos de sustentabilidade e eficiência energética e a correta formulação do edital de licitação da obra. Na formulação do projeto de arquitetura, deverá ser observado o aproveitamento eficaz dos recursos, a adaptação ao clima e a eficiência em termos de consumo de energia e água. Os sistemas do edifício deverão ser projetados de forma que fiquem em perfeita integração, tais como: hidráulico e sanitário, elétrico, cogeração e emergência, rede de dados e telefonia, climatização, automação e segurança, irrigação, águas pluviais, lixo e resíduos, infraestrutura urbana e sinalização (VIGGIANO, 2010).

Existem várias normas federais gerais sobre o tema tanto no direito ambiental quanto no direito urbanístico, destacando-se o art. 225 da Constituição Federal, que impõe ao Poder Público e à coletividade o dever de defender o meio ambiente e preservá-lo para a presente e as futuras gerações, e seu §1º, inciso V, segundo o qual o Poder Público deve controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente.

Contudo, Sobreira et al. (2007) faz importantes considerações sobre a sustentabilidade em prédios públicos, pois falta nas ações públicas um maior aprofundamento sobre os conceitos de sustentabilidade e poucas são as ações práticas, além da inexistência de parâmetros objetivos para delinear planos concretos de redução de impacto sócio-ambiental e aumento da

eficiência dos edifícios públicos. Assim, ratifica-se a importância de a preocupação ambiental ser considerada desde a concepção do projeto.

4. A UFGD e suas edificações

A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) originou-se a partir do desmembramento do Centro Universitário de Dourados (CEUD) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Esta foi criada em 1962, e, em Dourados, começou a funcionar em 1971 apresentando um elevado índice de crescimento, sobretudo nas décadas de 1980 e 1990. Em um contexto de ampliação das atividades de ensino, criou-se, então, em 2005, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD. Houve, então, investimentos públicos em infraestrutura física e de pessoal, e na criação de novos cursos de graduação e de pós-graduação. A partir de sua inclusão no Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI, a instituição passou a se expandir, ampliando cursos e oferta de vagas, e contratando docentes e técnicos administrativos para atender à nova estrutura (UFGD, 2013).

O surgimento da UFGD foi acompanhado pela necessidade de adequação e aumento de sua estrutura física. À época, a UFGD herdou da antiga UFMS a infraestrutura existente, principalmente o CEUD e as edificações localizadas no campus da Unidade II. Assim, partes significativas das edificações existentes na propriedade foram instaladas pela UFMS, e posteriormente passaram a fazer parte do patrimônio da UFGD. A área construída na Unidade II, em janeiro de 2006, era, de acordo com a instituição, de aproximadamente 19.200 m². Esta área se distribuía em edifícios com diferentes dimensões e tipologias construtivas (UFGD, 2013).

Durante os anos subsequentes foram realizadas diversas licitações para a construção da estrutura que a universidade possui hoje. Além disso, investiu-se em reformas para adequar as instalações antigas às novas necessidades, tanto na Unidade I quanto na Unidade II. Também o campus foi dotado de infraestrutura de drenagem, esgoto, pavimentação e iluminação pública. O campus possui, atualmente, aproximadamente 75.000m² de área construída, com usos tais como salas de aula, bibliotecas, laboratórios, gabinetes de professores, espaços administrativos, entre outros (UFGD, 2013).

A maioria das novas edificações destinadas às atividades acadêmicas, as quais foram objeto deste estudo, foram projetadas e construídas na forma de edifícios padrão, similares em dimensões e materiais de construção, diferenciando-se uns em relação aos outros na distribuição interna de ambientes e alguns equipamentos e materiais de acabamento. As construções são dispostas de forma a permitir a proximidade entre elas, deixando grande área permeável no entorno, sendo ligados uns aos outros por calçadas (UFGD, 2015).

Os blocos padrão seguem a estrutura abaixo exemplificada pela Figura 01, que ilustra a planta baixa do pavimento térreo do Bloco de Salas de Aula - Bloco D, que está em construção. O pavimento superior possui a mesma configuração dos espaços.

Para este estudo, foram analisados os blocos construídos sob responsabilidade da UFGD a partir de 2006, e que seguiram o projeto de bloco padrão. Dessa forma, analisamos os blocos de salas de aula, Bloco A, B, C e D, o prédio da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), da Faculdade de Educação (FAED) e da Faculdade Intercultural Indígena (FAIND). Todos os prédios estudados estão na Unidade II da UFGD e foram construídos entre 2006 e 2014, exceto o Bloco D, que está em construção. Seus projetos seguem, de forma geral, as plantas acima representadas, com pequenas alterações nos tamanhos das salas, sendo que a área total construída é de 2.692,78 m² por prédio.

Fonte: Divisão de Projetos - Prefeitura Universitária - UFGD

Figura 01 - Projeto do Pavimento Térreo - Bloco D

A implantação de tais prédios seguiu os alinhamentos das edificações já existentes, conforme ilustra o recorte do campus apresentado na Figura 02. Dessa forma, as fachadas principais das edificações estão voltadas para noroeste e sudeste.

Fonte: Google Earth

Figura 02 – Recorte do Campus, Blocos de Salas de Aula A, B, C e FAED. Orientação Solar

Os blocos foram construídos com estrutura de concreto armado, vedações em alvenaria de tijolo furado, com reboco e emboço, e posteriormente pintadas de cores variadas. As divisórias internas são de alvenaria de tijolo furado, ou de divisórias de gesso acartonado com isolamento térmico e acústico. O telhado possui estrutura metálica, e é coberto com telhas metálicas. Os pisos de todos os prédios são de granilite de cor cinza, excetuando-se os banheiros e copas, que possuem piso cerâmico.

Nos prédios da FAED, FCA e Bloco C, as esquadrias tanto de janelas quanto de portas externas são de aço, com vidro transparente. Nos prédios da FAIND, Bloco A e Bloco B, as janelas têm esquadrias de aço e vidro, e as portas externas são de vidro temperado. As janelas de todos os blocos são protegidas por anteparos de telha metálica, com função estética e de proteção solar, conforme se vê nas Figuras 03 e 04.

Em todos os prédios estão instaladas lâmpadas de vapor de sódio e/ou fluorescentes, bem como aparelhos de ar condicionado com Selo Procel A até D. Todos são dotados de torneiras

com fechamento automático nos banheiros, e torneiras comuns em copas e cozinhas.

Fonte: arquivo pessoal

Figuras 03 e 04 - Fachadas protegidas por anteparos metálicos

5. Sustentabilidade ambiental nas edificações da UFGD

De forma geral, analisando-se os projetos e as construções mencionadas em visitas in loco, as características encontradas indicam que houve pouca atenção a itens de sustentabilidade e eficiência energética na época de seus projetos e construções. Passamos, então, a analisar a política ambiental da UFGD para identificar tal preocupação no que diz respeito à infraestrutura física de seus campi.

Em 15 de fevereiro de 2013 foi publicada a Resolução nº 06, que aprova a política ambiental da UFGD. O texto traz diretrizes para a discussão, elaboração e implementação de uma Política Ambiental na instituição, envolvendo toda a comunidade acadêmica. De acordo com a resolução (UFGD, 2013),

A Política Ambiental é fundamental para orientar e ordenar a modernização da universidade, dotando o processo de expansão e consolidação da Instituição de princípios éticos e de responsabilidade com os seus limites e potenciais ambientais, que, consequentemente, se transformam em uma preocupação para com a própria comunidade acadêmica e com a sociedade. A criação dessa política encontra-se inserida na própria visão de futuro da UFGD que é “ser uma instituição reconhecida nacional e internacionalmente pela excelência na produção do conhecimento e sua visão humanista”, segundo seu Plano de Desenvolvimento Institucional. Tal objetivo encontra-se, por sua vez, totalmente contextualizado com a preocupação nacional e internacional de conservação e uso racional de recursos naturais. (grifo nosso)

A resolução nº 06 estabelece que a política ambiental da universidade será implementada através de um Plano de Gestão Ambiental, o qual contém os seguintes eixos: Conservação Ambiental e Consumo Consciente; Gestão de Resíduos; Eficiência Energética; Urbanização e Ocupação Racional; e Educação e Comunicação Ambiental. Dentre os eixos, cumpre destacar, aqui, o eixo de Eficiência Energética e de Urbanização e Ocupação Racional, os quais estão diretamente envolvidos com a estrutura física da universidade, e apenas podem ser plenamente atingidos através da adequação da estrutura existente e da previsão em projeto das novas edificações.

De acordo com o texto, o eixo de Eficiência Energética deve propiciar a promoção do uso eficiente e o combate ao desperdício da energia elétrica, otimizando a utilização da energia e reduzindo seus custos. O eixo de Urbanização e Ocupação prevê a construção de padrões

arquitetônicos, paisagísticos e urbanísticos sustentáveis, os quais devem valorizar a funcionalidade e o conforto ambiental nas unidades da UFGD. Além disso, prevê o uso racional e conservação de água, energia e recursos materiais, além de ter como objetivo a obtenção de certificação de eficiência energética em suas edificações.

Considerando que os prédios analisados, a saber, os Blocos A, B e C, FAED, FCA e FAIND, foram construídos ou estavam em construção antes da divulgação da Resolução nº 06, de 15 de fevereiro de 2013, sugere-se, então, que seus projetos não tiveram como premissa a sustentabilidade ambiental. De forma pontual verifica-se alguns itens que atendem tais critérios, porém com alcance limitado frente ao desafio de se construir prédios sustentáveis na administração pública.

De acordo com Viggiano (2010), durante a fase de projeto, os responsáveis técnicos devem estar conscientes das implicações ambientais do futuro edifício, viabilizar soluções para que os recursos sejam aproveitados de maneira eficaz, que o edifício seja perfeitamente adaptado ao clima, e seja eficiente em termos de consumo de água e energia. Todos os projetos complementares, tais como o projeto elétrico, hidráulico, sanitário, de climatização, entre outros, devem estar integrados em busca desse mesmo objetivo.

Amorim (2007) afirma que o uso dos recursos naturais, tais como radiação solar, ventilação natural, entre outros, têm grande importância para que se atinja maior qualidade ambiental e sustentabilidade nos espaços construídos. Segundo a autora, aproveitar a iluminação natural no projeto interfere e ajuda nas condições de conforto dos usuários e possibilita reduções no consumo de energia elétrica. Oliveira (2007), por sua vez, afirma que o projeto de arquitetura deve contemplar soluções de iluminação apropriadas tanto para o período noturno como para o diurno, e prever a integração das soluções de iluminação natural e artificial, buscando a conservação de energia e a sustentabilidade ambiental.

A construção de blocos padrão, tal como ocorre na UFGD, em geral, não considera as particularidades do local em que a edificação será implantada. No caso dos edifícios estudados, percebe-se, por exemplo, que os anteparos metálicos instalados em frente às janelas cumprem sua função estética; no entanto, ao analisar sua funcionalidade no que diz respeito à proteção solar, sua instalação nas fachadas sudoeste dos prédios é contraproducente: no Brasil, e em especial no estado do Mato Grosso do Sul, as fachadas orientadas para o sul não recebem luz solar direta, mas possuem níveis de iluminação mais uniformes que devem ser aproveitados para iluminação natural. De acordo com Lamberts, Dutra e Pereira (2004), embora a quantidade de luz em fachadas com orientação sul possa ser baixa, a qualidade é alta, e, uma vez que pouco recebe luz solar direta, minimizam-se problemas de ofuscamento nessa orientação.

Dessa forma, considerando que a função principal de anteparos dessa natureza é a proteção solar, ou seja, evitar que a luz do sol incida diretamente sobre a fachada e o ambiente interno através das janelas, o que torna o ambiente desconfortável, a instalação dos mesmos nas fachadas voltadas para sudeste dos prédios da UFGD escurecem o ambiente interno, criando um microclima frio e escuro, prejudicando o conforto ambiental da edificação, e fazendo necessário o uso de iluminação artificial permanentemente. Nas Figuras 05 e 06, obtidas às 11 horas da manhã, é possível verificar esse efeito.

Os dispositivos de sombreamento, se adequadamente utilizados, maximizam o aproveitamento da luz natural e impedem a incidência solar direta, o que reduz os efeitos negativos do ofuscamento e do brilho, bem como o ganho de calor excessivo. Por outro lado, uma má utilização desses elementos interfere negativamente na iluminação artificial do ambiente, provocando seu acionamento indevido (VINAGRE, 2013).

Fonte: arquivo pessoal

Figura 05 e 06 - Anteparos na FCA e no Bloco B criando zona de sombra e escuridão

Observando-se os edifícios analisados, os mesmos anteparos instalados na fachada norte/noroeste das edificações produzem, em partes, o efeito esperado de proteção. Porém, não há evidências de que seu projeto tenha considerado os ângulos da radiação solar em seu cálculo, o que provavelmente o torna menos eficiente do que poderia ser. A análise e incorporação da iluminação natural nas edificações permitem economia e racionalização do uso de iluminação artificial, o que vai ao encontro dos princípios de eficiência energética.

Um edifício que se utilize da luz natural pode economizar uma quantidade significativa de energia elétrica, uma vez que a iluminação artificial pode permanecer desligada quando há luz natural suficiente (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2004). Para tal, é recomendável a utilização de sistemas de controle automáticos quando se quer usar a luz natural para economia de energia, tais como sensores fotoelétricos, sensores de presença, programadores de tempo e dimmers, além da distribuição racional das luminárias de forma a complementar a luz natural disponível.

Além disso, o uso de lâmpadas de baixo consumo energético, como as fluorescentes e LEDs, bem como luminárias e reatores com alta eficiência, contribuem para a economia de energia e, consequentemente, a sustentabilidade da edificação. No caso da UFGD, observamos que são utilizadas lâmpadas fluorescentes em todos os prédios estudados, estratégia que traduz a preocupação com a eficiência energética nesse sentido.

Outro fator que influencia no conforto ambiental e na eficiência energética das edificações é a ventilação natural. De acordo com Lamberts, Dutra e Pereira (2004), a ventilação natural é, após o sombreamento, a estratégia bioclimática mais importante para o Brasil, devido às características de seu clima. Os autores afirmam que a ventilação natural é eficaz entre temperaturas de 20°C a 32°C, e ressaltam que, a depender da temperatura, torna-se mais eficiente com a umidade do ar entre 15% e 75%. De acordo com a Fietz e Fisch (2008), o clima da região de Dourados pode ser dividido em dois períodos: o primeiro, de setembro a abril, com médias acima de 20°C e maior umidade relativa do ar; e o segundo, de maio a agosto, com temperaturas médias abaixo de 20°C e menor umidade relativa do ar. A direção predominante dos ventos na região é o quadrante nordeste durante todos os meses do ano.

Dessa forma, observamos que, para a região de Dourados, a ventilação natural é elemento importante para resfriar os ambientes quando necessário. A ventilação natural é indissociável da orientação e da implantação do edifício no terreno, e o uso da vegetação é importante como barreira do vento indesejável, reduzindo as perdas de calor dos ambientes, ou ainda como

direcionamento do vento para uma melhor ventilação natural (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2004).

A ventilação cruzada é uma das técnicas mais eficazes de ventilação num ambiente. Exige, basicamente, duas aberturas em paredes diferentes, e o conhecimento da orientação dos ventos desejáveis nos períodos quentes (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2004). No caso das edificações estudadas da UFGD, conforme a Figura 07, observa-se que as salas de aula possuem janelas em toda a lateral, porém apenas uma porta, a qual geralmente está fechada, o que não é suficiente para induzir a ventilação natural dos ambientes. Dessa forma, em geral, a ventilação não cumpre seu papel de resfriar o ambiente, tornando necessário o uso frequente do ar condicionado para estabelecer o conforto térmico no local. Nos Blocos B e C foram instalados equipamentos de resfriamento evaporativo nas salas das extremidades, porém o barulho os torna inviáveis para o uso em sala de aulas.

Fonte: Divisão de Projetos - Prefeitura Universitária - UFGD

Figura 07 - Planta de Sala de Aula. Janelas na lateral, com apenas uma porta

Além disso, não há vegetação que faça o papel de proteção tanto para a incidência solar quanto para o vento. Assim, conclui-se que o recurso da ventilação natural não foi utilizado nos projetos de blocos padrão da UFGD, não contribuindo, portanto, para a eficiência energética e sustentabilidade das edificações.

Outro fator que contribui para a sustentabilidade e para o uso racional dos recursos naturais é a captação de água da chuva e sua reutilização. Nos prédios da UFGD, as águas pluviais são captadas e direcionadas por calhas ao sistema pluvial, não havendo recolhimento das mesmas no processo. Considerando-se as áreas significativas de telhados dos blocos padrão na universidade, o recolhimento das águas da chuva permitiria sua reutilização para finalidades tais como descargas sanitárias, lavagem de calçadas e jardins, entre outros, inclusive usos potáveis, dependendo do sistema de filtragem e purificação adotado.

De acordo com Viggiano (2010), o manejo sustentável da água envolve ações de economia, com aparelhos economizadores, ações de reuso, de aproveitamento eficiente e de conservação. Verificamos que todos os prédios possuem torneiras com fechamento automático nos banheiros, o que vai ao encontro da diretriz do uso racional da água. Não há, no entanto, medição individual do consumo de água e energia em cada bloco.

Já a implantação dos prédios, distantes uns dos outros e ligados por calçadas, mantendo grandes áreas permeáveis, favorece a recarga dos aquíferos, através da infiltração da água no solo, reduzindo os impactos negativos do excesso de chuvas.

Assim, considerando as diretrizes aprovadas pela UFGD na Resolução nº06 de 2013, verifica-se que os prédios analisados não atendem plenamente às condições almejadas pela instituição, especialmente no que diz respeito aos padrões arquitetônicos sustentáveis, ao conforto ambiental, e a eficiência energética de suas edificações. A seguir, analisamos possíveis intervenções para aproximar-se da meta sugerida.

6. Propostas de intervenção

De acordo com Sobreira et al. (2007), a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) identifica três níveis ou estágios de comprometimento das instituições públicas com o tema da sustentabilidade. No primeiro estágio, a preocupação tem como foco a gestão de resíduos, a economia de recursos e a conscientização da população quanto à importância do tema. No que diz respeito à arquitetura sustentável, verifica-se basicamente a substituição de luminárias, torneiras e vasos sanitários, em busca da economia de recursos, que está diretamente relacionada a uma mudança da postura do usuário.

No segundo estágio, as questões ambientais estão mais fundamentadas e se refletem através de intervenções físicas no espaço, extrapolando a simples economia de recursos e eficiência energética, e voltando-se, também, para a qualidade dos espaços. Nessa fase, os sistemas prediais são modernizados, com a substituição do sistema de iluminação por luminárias de alto rendimento, instalação de torneiras com temporizador e vasos sanitários de baixo consumo, substituição do sistema de ar condicionado por outro mais eficiente, e, em alguns casos, a adoção de novas tecnologias, tais como o aproveitamento de água das chuvas, automação predial e instalação de softwares de acompanhamento do consumo elétrico da edificação. Pode-se incluir, também, a instalação de proteção solar, além de sistemas para melhor aproveitamento da luz natural, entre outros (SOBREIRA et al., 2007).

Já o terceiro estágio refere-se à construção de novas edificações, que além de trazerem as questões abordadas nos dois primeiros estágios, incorporam o conceito de sustentabilidade como diretriz norteadora dos projetos de arquitetura e complementares, além da execução da obra e do funcionamento do edifício. De acordo com Sobreira et al. (2007), os princípios de sustentabilidade permeiam todas as fases da vida da edificação, e a adoção de recursos tecnológicos para redução do consumo de recursos naturais ocorre como premissa que contempla a eficiência energética, com base em princípios bioclimáticos.

De acordo com Lamberts, Dutra e Pereira (2004), o uso da edificação pode ser beneficiado pelo estudo de variáveis tais como insolação, temperatura do ar externo e umidade do ar externo (climáticas); usuários (humanas); orientação, fechamentos opacos, fechamentos transparentes, iluminação artificial, equipamentos, infiltração e renovação do ar (arquitetônicas). A análise dessas variáveis permite criar um edifício que atenda não apenas às necessidades dos usuários, mas que extraia das condições naturais recursos que maximizem sua utilização de forma sustentável.

Na UFGD, as edificações existentes não sugerem que tenha sido preocupação da administração a sustentabilidade ambiental. Para reverter esse quadro, são necessárias intervenções nos prédios antigos, e a incorporação de diretrizes sustentáveis nos novos projetos. De acordo com Viggiano (2010), a manutenção de um ambiente confortável, através do controle do calor e da ventilação, ou seja, da climatização natural, é condição fundamental para se ter um edifício eficiente em termos de consumo de energia, devido à economia proporcionada pela diminuição do uso de equipamentos de climatização. Deve-se, portanto, traçar diretrizes bioclimáticas do projeto, para encontrar soluções que agreguem a escolha de cores de fachada e materiais, recursos de ventilação, refrigeração e aquecimento passivos e uso de vegetação.

A iluminação natural dos ambientes, obtida com a correta orientação do edifício e levando-se em conta a necessidade de proteção contra a penetração excessiva de calor, é importante ferramenta para a sustentabilidade e a eficiência energética dos edifícios. Dessa forma, deve-se prever em projeto recursos arquitetônicos que possam maximizar a utilização da iluminação natural, com o objetivo de minimizar a necessidade de iluminação artificial durante grandes períodos do dia. A previsão de circuitos elétricos independentes e a disposição das luminárias devem considerar a entrada de luz natural, e a utilização de lâmpadas e luminárias de baixo custo energético e alta eficiência, como as lâmpadas de LED, permite uma redução significativa no consumo de energia elétrica, ainda que tenham um alto custo inicial de implantação. Aliadas a equipamentos economizadores, tais como sensores de presença, controladores de luminosidade e controladores de tempo, contribuem de forma significativa para a sustentabilidade ambiental do edifício (VIGGIANO, 2010).

Todas essas soluções são passíveis de serem adotadas nos projetos da UFGD. Podemos considerar que a instituição se encontra no primeiro e no segundo estágio de comprometimento da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). No caso das edificações já existentes, algumas adaptações são necessárias, e envolvem altos custos de implantação, que devem passar por uma avaliação de viabilidade técnica e financeira. Dentre as adaptações, está, por exemplo, o estudo da retirada ou substituição das proteções solares nas fachadas das edificações, a substituição dos telhados convencionais por telhados verdes, a substituição das lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED, a geração de energia através de painéis solares, a adaptação do sistema de águas pluviais para a captação e o reaproveitamento, com a construção de cisternas e sistemas de filtragem e tratamento, entre outros. Também é necessário um estudo acerca das cores com as quais foram pintadas as edificações, de forma a utilizá-las como instrumento de reflexão solar, contribuindo para o conforto ambiental no local.

No caso de novos projetos, a diretriz deve ser o tratamento de cada prédio e de seu uso de forma individualizada, para construir uma arquitetura adequada tanto ao uso quanto ao ambiente em que se insere, utilizando-se dos recursos naturais para criar edifícios sustentáveis e eficientes. Todas as soluções aqui apresentadas podem ser incorporadas aos projetos, analisados caso a caso.

7. Considerações Finais

O presente trabalho tem como objetivo analisar algumas das edificações padrão da Unidade II da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) construídas a partir de sua criação, em 2006, através da verificação de seus projetos e especificações, além de inspeções in loco das construções.

Na UFGD, conforme observamos, a preocupação com a sustentabilidade ambiental é recente, e são necessárias várias adaptações para que as construções existentes atinjam os níveis de sustentabilidade e eficiência desejados pela instituição. Além disso, a incorporação de diretrizes sustentáveis para os projetos da universidade é premente, e os princípios da arquitetura bioclimática são os principais instrumentos para se atingir os melhores resultados nesse sentido.

Através das alterações necessárias, e do projeto e construção de novos edifícios que considerem tais princípios desde sua concepção, a UFGD poderá se colocar na vanguarda do tema, conforme é de seu desejo, expressado na Resolução nº 06, que aprovou a Política Ambiental da instituição. Dessa forma, poderá dotar seu processo de expansão, consolidação e modernização de acordo com princípios éticos e de responsabilidade com seus limites e potenciais ambientais, trazendo, também, para a comunidade acadêmica e a sociedade a

importância do tema no contexto atual de preocupação nacional e internacional com a conservação e o uso racional de recursos naturais.

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