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9 | Página SUMÁRIO 01 A INFLUÊNCIA DO MARKETING NA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: UMA ANÁLISE DA TV PAJUÇARA Autores: Elaine Cristina da Silva Janayna Tâmara de Oliveira Santos Michelle Maia Paris Silva 11 02 APLICAÇÕES E BENEFÍCIOS OBTIDOS ATRAVÉS DAS REDES NEURAIS ARTIFICIAS (RNA) Autores: Arthur Lima Siqueira da Silva Valdick B. de Sales Junior 29 03 MARKETING DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE: Caso Maçã Canela Autores: Gabriela Barbosa da Silva Daniel Augusto Monteiro de Barros 44 04 MAPEAMENTO DE COMPETÊNCIAS PARA EXPORTAÇÃO NA EMPRESA ZZ DE PRODUTOS ARTESANAIS Autores: Aléssio Sandro de Oliveira Silva 63 05 PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO Autores: Tahinara Angelo Franquêta Eliana Maria de Oliveira Sá 82

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  • 9 | P á g i n a

    SUMÁRIO

    01

    A INFLUÊNCIA DO MARKETING NA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: UMA

    ANÁLISE DA TV PAJUÇARA

    Autores:

    Elaine Cristina da Silva Janayna Tâmara de Oliveira Santos Michelle Maia Paris Silva

    11

    02

    APLICAÇÕES E BENEFÍCIOS OBTIDOS ATRAVÉS DAS REDES NEURAIS

    ARTIFICIAS (RNA)

    Autores:

    Arthur Lima Siqueira da Silva Valdick B. de Sales Junior

    29

    03

    MARKETING DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE: Caso Maçã Canela

    Autores:

    Gabriela Barbosa da Silva Daniel Augusto Monteiro de Barros

    44

    04

    MAPEAMENTO DE COMPETÊNCIAS PARA EXPORTAÇÃO NA EMPRESA ZZ DE

    PRODUTOS ARTESANAIS

    Autores:

    Aléssio Sandro de Oliveira Silva

    63

    05 PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO

    Autores:

    Tahinara Angelo Franquêta Eliana Maria de Oliveira Sá

    82

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    06

    USANDO UM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM PARA ADOÇÃO DE

    APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: UM ESTUDO DE CASO EM UM

    PROGRAMA PARA INCENTIVAR O EMPREENDEDORISMO

    Autores:

    Gabriel Silva Rocha João Henrique Gomes Bruno Rodrigues Bessa

    107

    07

    UTILIZANDO O PROGRAMA DE AUTORIA JCLIC NO MOODLE COMO UMA

    FERRAMENTA EDUCATIVA INTERATIVA

    Autor:

    Valdick Barbosa de Sales Junior

    129

  • 11 | P á g i n a

    A INFLUÊNCIA DO MARKETING NA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: UMA ANÁLISE DA TV PAJUÇARA

    Elaine Cristina da Silva1

    Janayna Tâmara de Oliveira Santos2 Michelle Maia Paris Silva3

    RESUMO É possível observar que com o passar dos anos as organizações começaram a se preocupar com as constantes transformações do ambiente mercadológico, com isso o marketing passou a ser utilizado como uma importante ferramenta de gerenciamento para auxiliar as organizações no modo de se comunicar com o mercado e com os diversos tipos de público.Dessa forma, a pesquisa sobre a influência das estratégias de Marketing na Comunicação Organizacional possibilitará uma maior compreensão de como as empresas se organizam e se posicionam perante o mercado, bem como se relacionam com os concorrentes e qual é a percepção dos consumidores mediante as emissoras de TVs locais. Ao decorrer da análise organizacional do objeto de estudo busca-se analisar e discutir a importância que a comunicação pode trazer para dentro da organização em um mercado tão competitivo e globalizado, uma vez que a organização funcional de uma empresa está baseada na divisão do trabalho, na hierarquia e na burocracia, tendo como peças estruturais os departamentos da organização. Palavras-chave: Comunicação Organizacional; Marketing; TV Pajuçara.

    INTRODUÇÃO

    Este trabalho tem o objetivo de demonstrar como as estratégias de marketing

    podem influenciar na comunicação organizacional, auxiliando a TV Pajuçara a

    ganhar destaque no cenário comunicacional alagoano.

    A comunicação organizacional abrange todas as formas utilizadas pela

    organização para relacionar-se e interagir com seus públicos, independente desta

    comunicação ser voltada para o público interno ou externo. Trata-se de um conjunto

    de atividades estratégicas que fazem parte de uma estrutura sistemática

    1 Graduada em Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda pela Faculdade da

    Cidade de Maceió. 2 Graduada em Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda pela Faculdade da

    Cidade de Maceió. 3 Orientadora do trabalho. Professora Adjunta I do Curso de Publicidade e Propaganda da FACIMA.

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    podendo ser compreendido como um organismo vivo onde um departamento

    depende do outro para desenvolver suas ações de maneira eficaz.

    O desenvolvimento e consolidação de uma empresa no mercado

    dependem daquilo que seus públicos têm em mente sobre ela, e é por este motivo

    que sua comunicação deve ser planejada de maneira integrada e coerente quanto

    aos seus objetivos, que deve transmitir a visão da empresa.

    Para tentar demonstrar como o marketing pode proporcionar melhorias na

    comunicação interna e externa da organização para satisfazer e fidelizar o

    consumidor, foi analisada a comunicação da TV Pajuçara, a fim de lhe garantir uma

    vantagem competitiva em relação à concorrência. Como metodologia, utilizamos

    uma pesquisa de cunho bibliográfico e documental, visando compreender a

    influência do marketing nas organizações. Optamos por uma pesquisa quantitativa

    que possibilita a leitura da realidade, além de buscar dados sobre o objeto de

    estudo, participando do ambiente organizacional.

    1. Um Pouco da História da TV no Brasil

    A história da TV no Brasil é relevante, pois além de ser fruto nordestino,

    ajudou a sociedade brasileira a evoluir em seu processo de comunicação com e

    para todos os públicos, bem como para o desenvolvimento social, cultural,

    tecnológico e econômico do país.

    Em 18 de abril de 1950, Assis Chateaubriand, inaugura a TV no Brasil, ao

    fundar o primeiro canal de televisão no país: a TV Tupi, em São Paulo. Após esse

    marco histórico inicial, seguiram-se sucessivas inaugurações de novos canais de

    TVs. Os programas das emissoras de TV, nos seus primeiros anos, tinham um

    alcance pequeno e suas programações eram basicamente de caráter local.

    A TV Record de São Paulo, fez a primeira transmissão de uma partida de

    futebol, da cidade de Campinas (SP) para a cidade de São Paulo. Foi daí que surgiu

    o slogan “100 quilômetros à frente” que a Record lançou, para rivalizar com as

    outras emissoras. Pode-se dizer que este foi o primeiro passo dado para o início das

    transmissões à distância.

    As agências publicitárias ao perceberem a força da comunicação na televisão

    realizaram pesquisas sobre os hábitos de consumo do telespectador, que tinham

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    como objetivo saber quais produtos teria melhor veiculação, em termos de lucros. Os

    resultados destas pesquisas levaram a publicidade a ganhar espaço nas emissoras

    de TV, aumentado à audiência destas e a venda de produtos de empresas, que na

    época podiam investir neste novo veículo de comunicação.

    2. A TV Alagoana: Principais Fatos Históricos

    A TV em Alagoas teve início na década de 60, com transmissões vindas de

    uma receptora instalada em Pernambuco, pois o Estado de Alagoas não possuía

    sinal próprio. Com um sistema precário, essas transmissões tinham alguns

    problemas e eram levadas aos telespectadores com distorções, chuviscos e em

    preto e branco, além das constantes interrupções por falta de energia elétrica. Mas,

    estes problemas foram resolvidos em 1975 quando a emissora TV Gazeta (Canal 7)

    entrou no ar em caráter experimental.

    A emissora pertencia a Arnon de Mello, pai de Fernando Collor de Mello, ex-

    presidente do Brasil e atual diretor da emissora. Afiliada da Rede Globo, a emissora

    recebia VTs da programação nacional direto da TV Globo Nordeste, Canal 13 de

    Recife.

    Em 1982 entra no ar a TV Alagoas, Canal 5, que trouxe aos alagoanos pela

    primeira vez a emissora paulista SBT. A emissora foi responsável por um dos

    maiores marcos do telejornalismo local que foi o programa “Alagoas na TV” que se

    destacava pelo tempo que ficava no ar, ao vivo, 6 horas diárias, e por sua agilidade

    em informar os fatos do dia.

    Em 2010, a TV Alagoas deixava o SBT para assinar com a Rede

    Mundial (emissora pertencente à Igreja Mundial do Poder de Deus). No ano de 2012

    a TV Alagoas volta a transmitir a programação do SBT, com um novo acordo com

    duração de dez anos.

    Em 2015, a TV Alagoas vendeu mais da metade das suas ações para um

    grupo nordestino, pertencendo ao Sistema Opinião de Comunicação, reformulando

    toda a sua programação e estreando novos programas. E, no dia 09 de junho de

    2016, após uma votação popular, a TV Alagoas passou a se chamar TV Ponta

    Verde.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Mundial_do_Poder_de_Deushttps://pt.wikipedia.org/wiki/TV_Alagoashttps://pt.wikipedia.org/wiki/SBT

  • 14 | P á g i n a

    A TV Pajuçara, que faz parte do Pajuçara Sistema de Comunicação

    (PSCOM), foi inaugurada em 1992, e trouxe pela primeira vez a utilização de um tipo

    de sistema de gravação de alta qualidade para a época, pois até então predominava

    o sistema no formato de fita de vídeo analógico de gravação. Somente no ano de

    2002 estreou ao vivo na televisão alagoana o primeiro programa de auditório, o Vida

    Show na TV.

    Em 2016, foi fundada a TV Pajuçara Agreste-Sertão, retransmitindo o sinal da

    mesma emissora em Maceió, mas que normalmente exibe propagandas e

    programas locais em Arapiraca e região. Já em 2009 a emissora inaugura uma

    repetidora no município de Murici, que recebe o sinal por satélite, mas, que até

    então, a emissora fazia transmissão através de sinais micro-ondas.

    2.1 Objeto de Estudo: A TV Pajuçara

    Afiliada a segunda maior rede de televisão da época, o SBT, a TV Pajuçara

    inicia suas operações no dia 11 de janeiro de 1992. E já começou sua trajetória

    inovando na programação local, apresentando uma grade de programação variada e

    com características regionais.

    A partir de julho de 2006, percebendo o constante desenvolvimento e

    aprimoramento técnico da Rede Record, a TV Pajuçara passou a transmitir a

    programação nacional desta emissora. Com uma grade ainda mais diversificada

    (teledramaturgia, jornalismo, esporte, filmes e variedades), a TV Pajuçara deu um

    salto de inovação e ousadia.

    Hoje, a emissora tem um perfil de referência e de inovação em Alagoas. Ousa

    todos os dias para fazer uma televisão plural, divertida e inteligente, pois pensa no

    telespectador em primeiro lugar. É a TV aberta que mais produz conteúdo local com

    qualidade, relevância e credibilidade, afirmando o seu regionalismo, fortalecendo a

    programação local e o seu compromisso com a sociedade.

    Em entrevista com o atual gerente de Marketing, Fabiano Said, o ano de 2016

    foi finalizado com recorde de audiência. Segundo uma pesquisa do KANTAR IBOPE

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    MEDIA4, “fomos à única emissora de TV alagoana com crescimento de audiência”,

    ressalta Fabiano.

    Fabiano Said conta ainda que o ano de 2017 iniciou de forma especial, pois

    foi o ano de comemoração dos 25 anos da emissora. “Temos a responsabilidade de

    participar da vida de milhares de alagoanos, quer seja entrando nos seus lares com

    nossos programas de televisão, quer seja pelos que nos ouvem por nossas rádios

    ou nos acessam através da internet” (Gerente de Marketing da TV Pajuçara).

    O compromisso da TV Pajuçara vai muito além de informar; ele está no

    incentivo aos valores culturais da empresa, no desenvolvimento socioeconômico do

    Estado, na defesa da livre iniciativa, na prática da responsabilidade social e com a

    indústria de comunicação.

    Essas são práticas presentes ao longo dos 25 anos de história da emissora.

    E, independente da esfera de atividade, a emissora sempre está comprometida com

    o público, sejam eles acionistas, colaboradores, anunciantes, telespectadores,

    ouvintes, internautas, e pela amplitude de atuação com a sociedade de forma geral.

    3. A Importância da Comunicação Organizacional e Institucional como Instrumento

    de Integração dos Públicos

    A comunicação organizacional abrange todas as formas utilizadas pela

    organização para relacionar-se e interagir com seus públicos. Independente de esta

    comunicação ser voltada para o público interno ou externo. Trata-se de um conjunto

    de atividades estratégicas que fazem parte de uma estrutura sistemática, podendo

    ser compreendido como um organismo vivo, onde um departamento depende do

    outro para desenvolver suas ações de maneira eficaz.

    Sendo assim, compreende-se que a comunicação integrada de marketing é a

    evolução do conceito de comunicação social que define a integralização de todas as

    suas áreas, pois a comunicação integrada é composta por vários segmentos que

    são compreendidos como interna, externa, institucional e de marketing. Portanto, um

    plano de comunicação com estratégias bem elaboradas é um instrumento que

    4 A Kantar IBOPE Media é líder no mercado de pesquisa de mídia na América Latina e líder global em

    inteligência, fornecendo aos clientes informações importantes para a tomada de decisões sobre todos os aspectos da medição, monitoramento e planejamento de mídia. Disponível em: . Acesso em: 24 Jul.2017.

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    permite que os esforços de planejamento de marketing se transformem em ações de

    comunicação concretas e eficazes. É o profissional de comunicação o responsável

    por desenvolver as estratégias no sentido de integrar estes diversos públicos,

    alinhando toda a comunicação em um único diálogo, numa constante busca pela

    identificação dos públicos com a filosofia da organização.

    Assim, o processo de comunicação das organizações caracteriza-se pela

    identidade institucional da organização da qual é indissociável. Nesse contexto, para

    a construção da imagem institucional é fundamental que as organizações elaborem

    um bom planejamento para desenvolver uma comunicação cada vez mais clara e

    assertiva, delineando sua identidade. Afinal, a sua imagem deve ser resultante do

    processo de criação e de fortalecimento de sua cultura organizacional, que está

    sujeita à dinâmica constante de transformação mercadológica, “como elemento que

    atravessa todas as ações de uma empresa ou organização e que configura, de

    forma permanente, a construção de sua cultura e identidade” (CARDOSO, 2006, p.

    1133).

    Para Dubrin (2003), compreender o comportamento da organização também

    melhora a eficácia organizacional, porque revela fatores que contribuem para, ou

    impedem, o desempenho eficaz.

    Mas, para que isso efetivamente ocorra, é necessário que as empresas

    compreendam o processo de evolução pelo qual passou as organizações durante a

    globalização, uma vez que a organização de uma empresa depende basicamente do

    fluxo de informações relacionadas com as pessoas, interna e externamente. Desta

    forma, a empresa desenvolve um sistema de organização de dados e também

    formas de armazenamento e de disseminação, criando uma inteligência competitiva.

    Dessa maneira, foi necessária uma nova forma de pensar e de se fazer

    comunicação, reestruturando os processos comunicacionais dentro e fora da

    organização e levando em conta as pessoas envolvidas neste processo.

    Por isso, a comunicação interna e toda a forma de informação que é

    desenvolvida dentro da empresa permite a integração de todo o ambiente

    corporativo, uma vez que, entre seus objetivos, estão informar os funcionários sobre

    a empresa e o seu ambiente de trabalho. Já a comunicação externa, que

    compreende toda a informação que está relacionada com as atividades que a

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    empresa desenvolve, deve promover a imagem da empresa, normalmente através

    de divulgação na mídia, sejam elas tradicionais, digitais ou alternativas.

    4. A Comunicação Organizacional da TV Pajuçara

    Para estudar a comunicação organizacional da TV Pajuçara, utilizou-se o

    material cedido pelo coordenador do departamento de marketing Fabiano Said, além

    de algumas visitas que foram feitas ao local.

    Durante os seus 25 anos, a TV Pajuçara passou por grandes transformações,

    mas sempre evoluiu com as mudanças oferecendo treinamento para os

    colaboradores para que essa adaptação ocorresse de forma natural. A emissora

    acredita que os investimentos em recursos tecnológicos e nos recursos humanos

    trazem maiores resultados do que os esperados e que mudanças efetuadas nas

    organizações, sejam elas de caráter estrutural ou conceitual, também requerem o

    apoio da comunicação.

    A sua estrutura está organizada em departamentos que trabalham de maneira

    cooperativa, possuindo o mínimo de hierarquia. Assim, todos estão envolvidos no

    processo em que busca entregar ao telespectador informação e entretenimento,

    bem como uma maior variedade de programação.

    No cenário atual, o público tem uma necessidade imediata por respostas e

    para isso a interação com outros meios de comunicação se faz necessária. A TV

    Pajuçara é referência em inovação e conteúdo plural. Com o conceito “TV Pajuçara

    – há 25 anos, na sua vida pra valer!”, ela reafirma o seu posicionamento e o seu

    compromisso com a sociedade, fortalecendo a programação e afirmando o seu

    regionalismo.

    5. O Marketing e suas Influências na Comunicação Organizacional

    Atualmente muitas empresas lutam para manter uma posição competitiva no

    mercado, e seu grande desafio tem sido aprimorar a sua capacidade de

    comunicação com seus diversos públicos.

    Por isso, as estratégias de marketing exercem um papel primordial, uma vez

    que se faz necessária a busca incessante pela satisfação dos consumidores por

    meio de uma comunicação direcionada para cada tipo de público, resultando em

  • 18 | P á g i n a

    uma vantagem competitiva que dificilmente será alcançada por seus concorrentes.

    Segundo Kotler (2000, p. 56), “o departamento de marketing só pode ser eficaz em

    empresas onde os vários departamentos e funcionários tenham projetado e

    implementado um sistema de entrega de valor ao cliente superior ao da

    concorrência”.

    Por essa razão, as organizações precisam estar preparadas para atender os

    diferentes perfis de clientes, pois não basta ter uma equipe talentosa, altamente

    motivada, se ela não estiver alinhada com os negócios da empresa, se eles não se

    sentirem informados sobre o que ocorre na organização e se a comunicação com os

    colaboradores não ocorre de forma adequada. Segundo Bueno (2003, p. 49), “a

    partir de 1990, a comunicação organizacional se desenvolveu a tal ponto que

    passou a ser vista de forma estratégica para as empresas, ou seja, se tornou peça

    ‘chave’ para os negócios”.

    Diante disso, é importante ressaltar que a falta de feedback é uma das

    principais dificuldades enfrentadas pelas organizações, quando se fala em

    comunicação, uma vez que é importante, já que é o processo que garante os

    resultados e o fluxo das mensagens com êxito. A falta daquele faz com que a

    comunicação seja ineficiente.

    Esse feedback só será possível se as estratégias de comunicação estiverem

    alinhadas às estratégias de marketing, uma vez que o marketing sempre buscará a

    realização da satisfação do consumidor e, por isso, necessita atualizar-se

    frequentemente, uma vez que vivemos na era da informação e o consumidor tem

    sido agente ativo de mudanças no comportamento das organizações que buscam

    gerar valor para este e lucrar com suas estratégias.

    Para Boone e Kurtz, o “marketing também envolve analisar as necessidades

    do consumidor, garantir informações precisas para desenhar ou produzir produtos

    ou serviços que estão de acordo com as expectativas dos consumidores e

    fornecedores” (2009, p. 9).

    Entretanto, por abranger várias ideias e atividades, e por estar associado, de

    forma errônea, como ferramenta de propaganda e vendas, o Marketing em alguns

    casos ainda é percebido como uma atividade que só deve ser conduzida quando o

    produto/serviço está pronto. Por isso, é importante o conhecimento das inúmeras

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    ferramentas do marketing, que vão desde a análise dos 4P’s (Produtos – Preço –

    Praça (Distribuição) – Promoção de Vendas), até a realização da pesquisa e análise

    de mercado, além de outras importantes ferramentas como o sistema de CRM

    (Gestão de relacionamento com o consumidor), os SACs (Serviço de Atendimento

    ao Consumidor), entre outras inovações que são utilizadas de acordo com as

    estratégias pensadas pela empresa.

    Assim, o marketing e todas as suas ferramentas apresentam uma estrutura

    complexa, em que a dedicação de uma única pessoa não é suficiente para alcançar

    as realizações desejadas. É exigido um trabalho em conjunto, uma união entre os

    gestores e colaboradores da empresa, com o compromisso e dedicação de todos

    para fazer com que a empresa alcance o patamar desejado.

    6. O Marketing da TV Pajuçara

    Muitas pessoas acreditam que quando uma nova prática se populariza como

    o uso intenso da internet, os meios antigos se extinguirão. Um exemplo prático de

    como as novas tecnologias podem complementar-se, ao invés de substituírem umas

    as outras, é o uso da TV no marketing digital.

    No início, muitos especialistas acreditavam que o uso da internet removeria a

    importância da TV na área de marketing. Mas, pesquisas recentes da Adweek5

    mostraram que a TV possui mais influência que o marketing digital quando se

    compara com os investimentos feitos, sem contar que é mais confiável comparada

    com a publicidade on-line. Por outro lado, a pesquisa constatou que os anúncios por

    meio digital atingem mais pessoas, quando considerado um público que assiste

    menos TV.

    No Brasil, por exemplo, é muito comum os usuários comentarem nas redes

    sociais sobre determinado assunto que acabara de ser exibido em um programa de

    TV, e muitas vezes é um dos assuntos mais comentados no dia, no Twitter, por

    exemplo.

    Assim, cada vez mais as empresas lançam suas campanhas inicialmente na

    internet e, só depois na TV, ou vice e versa, o que mostra que a opinião do usuário

    5 Adweek éuma fonte de notícias, percepção e comunidade para profissionais de marketing, mídia e

    agências. Disponivel em: . Acesso em: 10 Mai.2017.

    http://marketingdeconteudo.com/marketing-digital/http://marketingland.com/nielsen-survey-consumers-more-likely-to-trust-tv-ads-than-online-video-search-ads-144754http://marketingland.com/nielsen-survey-consumers-more-likely-to-trust-tv-ads-than-online-video-search-ads-144754

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    na rede social tem influenciado a atuação das marcas e determinado tendências.

    Dessa forma, muitas marcas utilizam-se do formato transmídia6 para divulgar suas

    campanhas ao levar o usuário de uma plataforma para outra.

    É o que acontece com a TV Pajuçara, que possui uma plataforma digital, a

    qual permite que os usuários acessem programas que já passaram na programação

    televisiva, entre outros recursos, que tornam a experiência com a TV mais dinâmica.

    Ao longo desses 25 anos da emissora existiram várias estratégias que deram

    certo. O Coordenador de Marketing nos revelou que a música “Pajuçara, tem a

    nossa cara”, cantada por Eliezer Setton em comemoração aos 25 anos da emissora,

    foi a estratégia mais assertiva. A música encantou os alagoanos e “E se você sabe

    cantar então fizemos bem nosso trabalho”, relata Fabiano Said, Coordenador de

    Marketing da TV.

    Outra campanha que conseguiu atingir seu objetivo com a participação dos

    telespectadores, foi a campanha “Chegue Junto”, criada para divulgar as novidades

    da programação da TV Pajuçara em 2015, trazendo grandes nomes do jornalismo

    alagoano para a emissora, além de novidades na programação.

    Fabiano Said menciona ainda outras estratégias que trouxeram resultados

    positivos, não apenas para a TV, mas para o grupo PSCOM, como a recente

    campanha “#SóAGenteCresce”, cujo objetivo é informar que a TV Pajuçara foi a

    emissora que mais cresceu em índice de audiência em Alagoas; o evento “Prêmio

    Guerreiros da Criação”, que há mais de 20 anos valoriza o mercado publicitário; e o

    evento de educação corporativa “Pajuçara Management”, que traz para Alagoas

    palestrantes de renome nacional e internacional.

    Como pode ser observado, para a TV Pajuçara tudo se resume em

    comunicação, seja por meio de uma comunicação mais adequada, como a criação

    de uma campanha publicitária, uma ação nas redes sociais, um plano comercial ou

    mesmo uma logomarca.

    7. O Público-alvo da TV Pajuçara 6 Transmídia – O foco de um projeto transmídia é colocar a audiência dentro do programa e do

    conteúdo por meio de diferentes pontos de entrada, criando uma experiência única. Ou seja, é contar uma história por meio de diferentes mídias. Disponível em: . Acesso em: 10 Mai.2017.

  • 21 | P á g i n a

    Como já mencionado anteriormente, as empresas vêm buscando novas

    formas de comunicação para manterem-se competitivas e mostrar que podem

    satisfazer às necessidades do consumidor. Por essa razão, é necessário que a

    empresa faça uma análise das emoções e dos estímulos que permitem elucidar

    melhor as razões que influenciam o indivíduo no momento da compra e/ou do

    consumo de determinado produto/serviço.

    Na publicidade, o apelo emocional é utilizado como um recurso de persuasão.

    Afinal, estamos em exposição a múltiplos estímulos que recebemos diariamente

    através de anúncios de TV, revistas, sites, outdoor e outbus, já que estão

    espalhados por toda parte e não têm como passar despercebidos. Para despertar o

    desejo do consumidor, os profissionais da publicidade utilizam-se de conceitos da

    psicologia do consumidor, cuja mesma procura fazer uma análise do comportamento

    e dos fatores que podem influenciar as escolhas destes.

    Para isso, faz-se necessário um estudo dos hábitos de consumo e das

    principais abordagens psicológicas para compreender qual a melhor maneira que as

    empresas podem utilizar desses conceitos para o desenvolvimento de estratégias de

    comunicação e marketing que possibilitem interpretar, prever, medir e influenciar a

    resposta do consumidor.

    Por isso, o Marketing utiliza o estudo destes fatores para desenvolver suas

    estratégias de persuasão a fim de influenciar as escolhas do consumidor, no qual a

    publicidade é uma de suas principais ferramentas, que utiliza diálogos persuasivos e

    técnicas argumentativas direcionadas à razão e à emoção, cujo tipo de discurso usa

    uma mensagem curta e de fácil compreensão para que seja memorizada e

    permaneça na mente do consumidor.

    Com um mercado vasto, é fundamental para qualquer empresa a definição de

    seu público-alvo, e no caso da TV Pajuçara, é preciso conhecer o perfil dos

    consumidores que residem nas comunidades que estão ao seu entorno, para

    analisar se é compatível com o posicionamento estratégico adotado pela mesma.

    Pesquisas de audiência auxiliam na busca de informações detalhadas que são

    necessárias para identificar quem está assistindo a cada programa, e a partir destas

    informações é possível direcionar os esforços de comunicação e otimizar os

    resultados.

  • 22 | P á g i n a

    Com um conteúdo variado e exclusivamente regional, a TV Pajuçara mostra

    que conhece seu público. Com 15 programas locais, a emissora consegue ter uma

    afinidade com o público, ao qual destina o maior número de horas de conteúdo local

    veiculado. A vantagem de conhecer o público aumenta a garantia de fidelização e o

    alcance de novos telespectadores, aumentando também diretamente a lucratividade

    da empresa.

    Segundo dados da pesquisa7realizada em 2016 pela Secretaria de

    Comunicação Social da Presidência da República (SECOM) sobre os hábitos de

    consumo de mídia pela população brasileira, a TV Pajuçara busca estar cada vez

    mais próxima dos telespectadores com a maior variedade de programação local e

    aqui foi destacado o consumo de mídia do alagoano.

    A pesquisa identifica que o perfil do alagoano é constituído por 49% do

    público masculino e 51% feminino; um público adulto que possui renda entre 2 a 5

    salários mínimos, e com ensino médio completo. O resultado da pesquisa mostra

    ainda que 61% dos telespectadores da emissora mantém a interação (TV e Internet).

    Outro aspecto importante é que, em Alagoas, 67% do público vê TV todos os dias e

    77% assistem TV durante outras atividades.

    Como o perfil do público é plural e é definido por sexo, idade, profissão,

    classe social, entre outros fatores, a emissora utiliza diversas formas de linguagens,

    como ressalta Fabiano Said ao relatar que “para cada público, é usada uma

    linguagem adequada que acreditamos que será recebida e entendida por eles”. Por

    isso, a TV Pajuçara aposta no conteúdo local, na qualidade dos programas, e na

    vasta e diferenciada programação, que atenda a toda a sociedade, de todas as

    faixas etárias e perfis.

    8. Resultados da Pesquisa realizada na TV Pajuçara

    Para compor a pesquisa, foi utilizada a técnica de aplicação de questionário,

    cujo mesmo foi disponibilizado em uma plataforma eletrônica de pesquisa, o Google

    Docs8, para que o link pudesse ser compartilhado em diversas redes sociais, além

    7 Pesquisa disponível em: . Acesso em: 01 Abr.2017.

    8 Plataforma de Pesquisa – Google Docs é um pacote de aplicativos do Google e funciona totalmente

    on-line. Ele permite coletar e organizar informações em pequena ou grande quantidade com o

    http://www.secom.gov.br/https://pt.wikipedia.org/wiki/Google

  • 23 | P á g i n a

    da aplicação presencial em faculdades, shoppings centers e no centro da cidade.

    Porém, mesmo com esta facilidade, muitas pessoas as quais procuramos não

    responderam ao questionário alegando o pouco tempo disponível e o desinteresse

    em contribuir com a pesquisa, o que contribuiu para que a pesquisa fosse aplicada

    apenas com 214 pessoas.

    Para participar das pesquisas, a amostra deveria ter idade entre 20 e 54 anos

    e residir na capital Maceió. Optou-se em utilizar um questionário constituído por 10

    perguntas fechadas e abertas, pois era preciso conhecer os participantes no que diz

    respeito a seus hábitos, atitudes e, principalmente, o conhecimento em relação à TV

    Pajuçara.

    Vale lembrar que neste estudo buscou-se analisar dados que apontem e

    demonstrem porque a TV Pajuçara não consegue equiparar-se ou ultrapassar a sua

    maior concorrente, a TV Gazeta, mesmo com uma programação local vasta e de

    qualidade.

    A pesquisa foi iniciada em 12 de agosto de 2016 e finalizada no dia 25 de

    abril de 2017. Com os dados em mãos, realizou-se inicialmente uma análise

    quantitativa, cujo resultado inicial é composto por dados sobre a identidade e o nível

    de escolaridade dos participantes da pesquisa.

    Desta forma, compreende que dos telespectadores entrevistados, 57,5% são

    mulheres e 42,5% homens, variando entre 20 e 39 anos. Quanto à escolaridade, a

    maioria, 49,5%, está cursando o ensino superior e 29% tem o nível superior

    completo.

    A renda média familiar dos entrevistados varia bastante. 32,2% dos

    pesquisados tem renda entre um e dois salários mínimos e 31,3% possui renda

    acima de três salários mínimos.

    A segunda parte das perguntas busca entender o perfil do telespectador,

    quantos dias e horas ele disponibiliza para ver TV local, qual o canal favorito, o que

    considera como requisito principal para escolher a emissora, e o que espera para

    daqui a dois anos. Dentro desta proposta, os dados apresentados revelam que

    formulário Google. Disponível em: . Acesso em: 10 Mai.2017.

  • 24 | P á g i n a

    32,7% assistem TV local nos sete dias da semana, em média de uma a duas horas

    por dia, e 13,1% não assiste TV em nenhum dia da semana.

    Quando questionados sobre o canal favorito de emissoras local, a grande

    maioria dos entrevistados, 62,1%, relatou que a emissora preferida é a TV Gazeta e,

    em segundo lugar, com 25,7% a TV Pajuçara.

    Nas questões abertas, os participantes foram perguntados sobre porque

    aquele era seu canal favorito, e 28,3% dos entrevistados responderam que a

    emissora tem a melhor programação, seguido de 8% que julga ter um bom conteúdo

    local. Outros 8% gostam de algum programa específico (jornal, novela, etc.), e 6,5%

    julgam que a emissora possui um conteúdo relevante. Além desses principais

    aspectos foram citados o costume, a qualidade de som e imagem, inovação e

    criatividade, credibilidade do conteúdo e entretenimento.

    Na mesma linha de questionamentos, foi perguntado qual o programa favorito

    da emissora de TV selecionado e 43,9% responderam que o programa predileto é o

    ALTV (TV Gazeta), seguido do programa Fique Alerta (TV Pajuçara), com 12,1%.

    Foram citados também o Plantão Alagoas (TV Ponta Verde) – 7,9% e o Pajuçara

    Noite (TV Pajuçara) – 6%.

    É importante ressaltar que, a cada etapa do questionário, as respostas foram

    confirmando que a TV Pajuçara não consegue ultrapassar e nem equiparar-se à TV

    Gazeta. Provavelmente, isso se deve ao fato de 47,2% dos telespectadores que

    responderam ao questionário considerarem que a diversidade de programação é o

    principal requisito na escolha da emissora local. Enquanto 40,2% consideram a

    qualidade do sinal e 36% o entretenimento oferecido pela emissora.

    No aspecto de prestação de serviço à comunidade, a TV Pajuçara saiu na

    frente da TV Gazeta quando foi perguntado aos entrevistados se caso eles

    precisassem informar alguma ocorrência na comunidade, qual emissora local eles

    entrariam em contato primeiro. Mais de 15,8% responderam que entraria em contato

    com a TV Pajuçara; 11,6% responderam que entraria em contato com a TV Gazeta;

    e 2,3% com a TV Ponta Verde. Infelizmente, estes entrevistados não quiseram

    justificar porque escolheriam a emissora para esse tipo de serviço.

    Outra parcela dos entrevistados que justificaram, disseram que informariam

    ao programa Fique Alerta (TV Pajuçara) – 30,8%, por sua popularidade. Os outros

  • 25 | P á g i n a

    24,2% escolheram o ALTV (TV Gazeta), justificando sua audiência e credibilidade,

    além de apontarem a responsabilidade social que a emissora tem.

    Para finalizar a pesquisa, os entrevistados foram questionados sobre as

    expectativas com relação às emissoras de TV locais nos próximos dois anos. 8,4%

    informaram que não possui nenhuma expectativa; 28,9% esperam por melhorias na

    qualidade do sinal transmitido e na qualidade dos programas exibidos; 41,5%

    aguardam por inovação e mais entretenimento, outros anseiam por tecnologia, pelo

    encerramento das atividades da TV Aberta, mais credibilidade nas matérias exibidas

    e profissionalismo dos repórteres/apresentadores, bem como a transparência e

    imparcialidade na transmissão das informações.

    De acordo com o resultado da pesquisa, não resta dúvida que a TV Gazeta

    está em primeiro lugar na audiência com relação à preferência do telespectador,

    apesar da TV Pajuçara buscar a inovação, com uma extensa programação local e

    conteúdo diversificado. Entretanto, a partir de todo este estudo realizado, é possível

    perceber um esforço por parte da TV Pajuçara em aumentar o tamanho do público

    alagoano, por meio de estratégias de marketing que buscam a identificação do

    público, conquistando cada vez mais a confiança e a credibilidade do telespectador.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Após toda a pesquisa bibliográfica e exploratória, a análise dos dados

    coletados e a entrevista com o gestor de marketing da TV Pajuçara, podemos dizer

    que as estratégias de marketing são importantes ferramentas no desenvolvimento

    da comunicação organizacional de uma empresa que necessita manter-se no

    mercado.

    Vários são os fatores que influenciam a comunicação, por isso, é necessário

    que cada organização saiba comunicar-se com os diversos públicos, sejam eles

    internos ou externos, de forma que a transmissão de informações seja transparente,

    e dependendo da utilização de seus meios e processos, eficaz.

    É importante ressaltar que o marketing, com suas estratégias, contribui

    efetivamente para que a empresa se torne cada vez mais competitiva ao alcançar

    um novo nicho de mercado e se perpetuar na área de atuação. Assim, é

  • 26 | P á g i n a

    imprescindível para uma empresa a gestão da Comunicação Organizacional que

    abarque todas as informações importantes que são coletadas junto aos seus

    diversos públicos, bem como descobrir qual a importância do departamento de

    marketing dentro da estrutura organizacional, como este influencia a comunicação

    com o público interno e externo para conquistar a lealdade e fidelidade dos clientes

    e medir o nível de satisfação com os serviços oferecidos pela TV Pajuçara.

    Dessa forma, foi demonstrado a partir da realização da pesquisa que para

    continuar a manter um bom relacionamento com seu público, é necessário dar

    atenção às críticas, e proporcionar melhorias citadas pelos entrevistados durante a

    pesquisa como a qualidade de sinal transmitido e a qualidade da programação

    exibida, além de trazer mais inovação, tecnologia e entretenimento dos mais

    diversos conteúdos, mantendo transparência e imparcialidade na transmissão de

    informações.

    REFERÊNCIAS A HISTÓRIA. História da televisão brasileira. Disponível em: . Acesso em: 13 Fev.2017. ALMEIDA, Paul Edman de. De Habermas a Poter. In. NASSAR, Paulo. (org.). Comunicação interna a força das empresas. São Paulo: A77, 2005, v. 2. BOONE, Louis E; KURTZ, David L. Marketing contemporâneo. 12. ed. Rio de Janeiro: Cengage Learning, 2009. 776 p. BUENO, Wilson da Costa. Comunicação Empresarial: Teoria e pesquisa. São Paulo: Monole, 2003. CARDOSO, Onésimo de Oliveira. Comunicação empresarial versus comunicação organizacional: novos desafios teóricos. Rev. Adm. Pública, Rio de Janeiro, v. 40, n. 6, Dec. 2006. Disponível: . Acesso em: 17 Ago.2016. CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com as pessoas. Rio de Janeiro. Elsevier, 2005. _________________. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

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    http://www.intercom.org.br/

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    http://www.tec/https://endomarketing.tv/comunicacao-organizacional/

  • 29 | P á g i n a

    APLICAÇÕES E BENEFÍCIOS OBTIDOS ATRAVÉS DAS REDES NEURAIS

    ARTIFICIAS (RNA)

    Arthur Lima Siqueira da Silva9

    Valdick B. de Sales Junior10 RESUMO Este artigo tem como objetivo expor os benefícios relacionados ao uso e a aplicação das redes neurais artificiais na resolução de problemas. Por meio de pesquisas e desenvolvimentos, já realizados em diversas áreas da vida humana, utilizando a tecnologia das RNA, é possível constatar seu progresso e desempenho, bem como validar a utilidade e benefícios de se recorrer a esta forma tecnológica para solução de casos específicos. Visado o fato de que o ser humano está sempre em busca do progresso e desenvolvimento, iremos explorar essa sede de aprendizado, que deu origem a técnicas baseadas no próprio homo sapiens, buscando a inserção ou integração da forma de funcionamento do próprio cérebro humano em processos lógicos, racionais e matemáticos. Palavras-chave: Redes Neurais Artificiais; soluções; aplicação; neurônios; aprendizado; adaptável.

    1. INTRODUÇÃO

    Desde a antiguidade, o ser humano tenta desenvolver métodos de forma lógica

    e racional, com o propósito de facilitar sua vida e solucionar problemas descobertos

    ao longo dos séculos. Tendo em vista o próprio homem como um modelo de

    perfeição, e de organismo complexo, capaz de adquirir aprendizado e tornar-se

    adaptável a quase todas as situações, iniciaram-se estudos e desenvolvimentos de

    máquinas inspiradas em nosso potencial.

    Redes Neurais Artificiais (RNA) é um termo utilizado para definir técnicas

    computacionais que utilizam um modelo matemático inspirado no sistema nervoso

    central do ser humano, o qual adquire conhecimento através da experiência. Após o

    estudo e desenvolvimento desta área da computação, foi verificado que sua

    aplicação demasiada útil e bem sucedida em diversos setores da sociedade: saúde,

    economia, transporte, educação, indústria de máquinas, tudo graças a sua

    capacidade adaptativa, e ao fato de poder induzi-la a agir em prol da solução de

    9 . 10 .

    mailto:[email protected]

  • 30 | P á g i n a

    casos em um nicho ou problema específico.

    Este artigo irá esclarecer o que é uma RNA, como a mesma funciona, além

    de trazer exemplos práticos de como a mesma pode ser aplicada e bem sucedida

    em diversos âmbitos da vida do ser humano de forma benéfica.

    2. ENTENDENDO O QUE É UMA REDE NEURAL ARTIFICIAL (RNA)

    a. Conhecendo os Neurônios Biológicos

    Tudo o que existe e já foi criado pelas mãos do homem foi uma obra direta ou

    indiretamente processada em nossas mentes. O cérebro humano é considerado o

    objeto mais fascinante em termos de processamento que já existiu na face da terra

    até hoje! Sendo composto por uma rede neural com cerca de 10 bilhões de

    neurônios, com cada um deles conectado uns aos outros através de sinapses; essa

    é nossa rede neural orgânica. Essa rede nos fornece uma fabulosa capacidade de

    processamento e armazenamento de informação.

    O sistema nervoso é formado por um conjunto extremamente complexo de neurônios. Nos neurônios a comunicação é realizada através de impulsos, quando um impulso é recebido, o neurônio o processa, e passado um limite de ação, dispara um segundo impulso que produz uma substância neurotransmissora o qual flui do corpo celular para o axônio (que por sua vez pode ou não estar conectado a um dendrito de outra célula). O neurônio que transmite o pulso pode controlar a frequência de pulsos aumentando ou diminuindo a polaridade na membrana pós-sináptica. Eles têm um papel essencial na determinação do funcionamento, comportamento e do raciocínio do ser humano. Ao contrário das redes neurais artificiais, redes neurais naturais não transmitem sinais negativos, sua ativação é medida pela frequência com que emite pulsos, frequência esta de pulsos contínuos e positivos. As redes naturais não são uniformes como as redes artificiais, e apresentam uniformidade apenas em alguns pontos do organismo. Seus pulsos não são síncronos ou assíncronos, devido ao fato de não serem contínuos, o que a difere de redes artificiais (TATIBANA & KAETSU, 2017).

    Os principais componentes de um neurônio são:

    1. Dentritos: recebe os estímulos transmitidos por outros neurônios (entrada

    de informação).

    2. Somma ou Corpo Celular: Coletar e combinar as informações vindas dos

    neurônios (processamento de informação).

    3. Axônio: Constituído de uma fibra tubular, transmite os estímulos para

  • 31 | P á g i n a

    outras células (Saída de informação).

    Figura 01. Esquema dos constituintes da célula neural.

    Fonte: Imagem obtida no Google.

    Tendo em vista o funcionamento do neurônio, é possível fazer uma correlação

    de semelhança com a forma que a computação é trabalhada e entender um pouco

    melhor a proposta de processamento das RNAs. Assim, segue o princípio de

    processamento de qualquer situação: receber a informação (dados), trabalhar a

    mesma para obter o resultado ou resposta desejada, e enviar de volta a informação

    já processada.

    b. Conhecendo os Neurônios Artificiais

    Baseando-se no sistema neural biológico, era preciso criar neurônios

    artificiais de uma forma lógica, para a formação de uma RNA.

    Segundo a publicação de Malcon Anderson Tafner, na revista Cérebro e

    Mente. Tendo isso em vista, foi criada uma estrutura lógico-matemática que procura

    simular a forma, o comportamento e as funções de um neurônio biológico. Dessa

    forma, no lugar dos dentritos utilizamos “Entradas”, cujas ligações com o corpo

    celular artificial são realizados através do que chamamos de “Pesos” (simultâneo às

    sinapses). Os estímulos captados pelas entradas são calculados pela “Função de

    Soma”, e o axônio que transmite a informação após o processo foi substituído pela

    função de transferência (TAFNER, 1998).

  • 32 | P á g i n a

    Figura 02. Função de um neurônio artificial.

    Fonte: Imagem obtida no Google.

    c. Formando a Rede Neural Artificial

    Realizado a criação dos neurônios artificiais, assim como no sistema

    biológico, é necessário realizar a junção de neurônios artificiais para dar surgimento

    a uma rede neural artificial, a qual, da mesma forma que os neurônios artificiais,

    trabalham de forma matemática e lógica.

    Tafner explica ainda que as entradas simulam uma área de captação de

    estímulos, as quais pode se conectar a diversos neurônios, resultando assim em

    uma série de saídas, onde cada neurônio irá representar uma saída. Se

    compararmos essas conexões com as do sistema biológico, irão representar os

    dentritos com outros neurônios, formando assim as sinapses. A função da conexão,

    em si, é tonar o sinal de saída do neurônio atual, um sinal de entrada para outro

    neurônio, ou ainda um sinal de saída para o mundo exterior (mundo real). As

    inúmeras possibilidades de conexões entre as camadas de neurônios tornam

    possível gerar diversos números de estruturas diferentes (TAFNER, 1998).

  • 33 | P á g i n a

    Figura 03. Exemplo de uma Rede Neural Artificial de 2 camadas com 4 entradas e 2 saídas.

    Fonte: Imagem obtida no Google.

    Existem muitas variáveis em um sistema de rede neural, utilizando-as de

    diferentes formas é possível modificar a arquitetura da RNA conforme a necessidade

    da aplicação ou desejo do desenvolvedor.

    As variáveis ressaltadas por Tafner (1998) que compõem uma rede neural, e

    que ficam sujeitos a uma modificação, são o seguinte:

    Conexões entre as camadas;

    Camadas intermediárias;

    Quantidade de neurônios;

    Função de transferência;

    Algoritmo de aprendizagem.

    3. SURGIMENTO DAS REDES NEURAIS ARTIFICIAIS

    As primeiras ideias com relação à neuro computação foram registradas em

    1943, por dois estudiosos: MacCulloch e Pitts. Em seus artigos eles desenvolveram

  • 34 | P á g i n a

    a possibilidade da criação de uma máquina baseada e inspirada na capacidade

    cérebro humano (MACCULLOCH & PITTS, 1943).

    Apesar da iniciativa de Pitts e MacCulloch, muito pouco resultado foi obtido;

    várias literaturas sobre o assunto foram redigidas e impressas, mas sem grande

    peso relevante, até ser lançado o livro “The Organization Of Behavior” (A

    Organização do Comportamento), escrito por Donald Hebb na década de 1949.

    As ideias publicadas por Hebb não eram inteiramente novas, mesmo assim,

    ele foi o primeiro a propor uma lei de aprendizagem específica para as sinapses dos

    neurônios. Isto serviu de inspiração para vários outros pesquisadores adotarem esta

    ideia (HEBB, 1949).

    Conforme publicado por Cassia Yuri Tatibana e Deisi Yuki Kaetsu, no início

    da década seguinte houve a construção do primeiro neuro computador, denominado

    Snark, por Mavin Minsky, em 1951. O Snark operava com sucesso a partir de um

    ponto de partida técnico, ajustando seus pesos automaticamente. Entretanto, ele

    nunca executou qualquer função de processamento de informação interessante,

    mas serviu de inspiração para as ideias de estruturas que o sucederam. Em 1956,

    em uma faculdade norte-americana, a Darthmouth College, surgiu os dois

    paradigmas da inteligência artificial: o conexionista e a simbólica. A Inteligência

    Artificial Simbólica tenta simular o comportamento inteligente humano

    desconsiderando os mecanismos responsáveis por tal. Já a Inteligência Artificial

    Conexionista acredita que se construindo um sistema que simule a estrutura do

    cérebro, este sistema apresentará inteligência, ou seja, será capaz de aprender,

    assimilar, errar e aprender com seus erros (TATIBANA & KAETSU, 2017).

    O primeiro neuro computador a obter sucesso foi criado em 1957 e 1958, criado por Frank Rosenblatt, e Charles Wightman e outros, nomeado de Mark I Perceptron. Por conta da profundidade de seus estudos, das suas contribuições técnicas e de sua maneira moderna de pensar, muitos o veem como o fundador da neuro computação na forma em que a temos hoje. A sua intenção para a criação do Perceptron era uma máquina para realizar o reconhecimento de padrões (TATIBANA & KAETSU, 2017).

    Figura 04. Mark I Perceptron.

    mailto:[email protected]

  • 35 | P á g i n a

    Fonte: Imagem obtida no Google.

    Figura 05. Frank Rosenblatt e Charles Wightman.

    Fonte: Imagem obtida no Google. Apesar de um terço dos pesquisadores da área terem aderido à mesma pela

    influência de Hopfield, foi em 1986 que este campo de pesquisa "explodiu"

    com a publicação do livro "Parallel Distributed Processing" (Processamento

    Distribuído Paralelo) editado por David Rumelhart e James McClelland.

  • 36 | P á g i n a

    Em 1987 ocorreu em São Francisco a primeira conferência de redes neurais

    em tempos modernos, a IEEE International Conference on Neural Networks,

    e também foi formada a International Neural Networks Society (INNS). A

    partir destes acontecimentos decorreram a fundação do INNS journal em

    1989, seguido do Neural Computation e do IEEE Transactions on Neural

    Networks em 1990.

    Desde 1987, muitas universidades anunciaram a formação de institutos de

    pesquisa e programas de educação em neuro computação (TATIBANA &

    KAETSU, 2017).

    4. OS BENEFÍCIOS A SE ESPERAR DAS REDES NEUDES ARTIFICIAIS

    De nada adiantaria a ambição de criar um sistema tão complexo, se não

    pudéssemos responder a pergunta: Qual seria a utilidade de uma rede neural

    artificial para o homem ou sociedade? Esse é o ponto chave que devemos focar para

    entender o quão proveitosa essa tecnologia pode ser, caso seja bem empregada.

    Uma rede neural artificial tem a capacidade de aprender e generalizar. Elas

    adquirem e acumulam conhecimento em seu ambiente, podendo adaptar

    parâmetros internos ou externos para adequar-se ao cenário em que é inserida. É

    facilmente possível imaginar vários cenários onde poderíamos imaginar a atuação

    da máquina substituindo a presença do homem por diversos motivos: segurança,

    precisão, confiabilidade etc. Alguns exemplos seriam trabalhos em reatores

    nucleares, trabalhos com fogo, ou mesmo no campo militar, visando utilizar a

    máquina para proteção do homem, ou em trabalhos tediosos e extremamente

    cansativos como cálculo excessivo de valores, correção de dados de formulários,

    verificação contínua de informação, ambientes onde o ser humano seria facilmente

    afetado por fatores como cansaço, sono, preguiça, indisposição, etc., causando

    assim a distração da mente humana, o que inevitavelmente nos leva ao erro, onde

    por vezes este pode significar grande perda. A máquina dotada de uma RNA bem

    estruturada poderia realizar todos estes trabalhos sem estar suscetível a qualquer

    destes erros humanos, tendo ainda a habilidade de adaptar-se a situações diversas

    em seu ambiente, além de superar o cérebro humano na capacidade de

    armazenamento de um histórico de informações.

  • 37 | P á g i n a

    a. Ideias para as Redes Neurais Artificiais

    I. Inserção das RNAs nas Finanças! Conforme explica o Prof. André Ponce de Leon F. de Carvalho do departamento de computação e ciência, analise financeira é uma das aplicações que se mostram extremamente promissoras, adequando-se muito bem a proposta de sistema das redes neurais artificiais. No setor de serviços financeiros, sistemas de suporte a decisões, tomou espaço em um grande leque de tarefas, algumas delas seriam: o Projeção de autorização de credito; o Avaliação de risco de falência; o Previsão econômica e financeira; o Avaliação de crédito (CARVALHO, s.d.).

    Conforme explicado pelo Prof. André Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo: o mercado financeiro é afetado por um grande número de fatores econômicos, políticos e psicológicos, altamente relacionados e que interagem entre si de uma maneira bastante complexa. A maior parte destas relações parecem ser probabilísticas e não-lineares. Portanto, estas relações dificilmente podem ser expressas através de regras determinísticas. Os sistemas financeiros de suporte a decisões devem transformar grandes quantidades de dados em classificações inteligíveis, reconhecendo tendências e padrões no conjunto de dados. Qualquer pequena melhoria de desempenho nestes sistemas pode gerar muitos benefícios financeiros. Na maioria dos ambientes de decisão, os gerentes trabalham com uma enorme variedade de informações vindas das mais diversas fontes. Muitas destas informações podem ser incompletas, ambíguas, parcialmente incorretas ou de relevância dúbia. Os gerentes analisam estas informações de uma maneira muito subjetiva. Muitas vezes eles não sabem explicar os processos de tomada das decisões, mas conseguem apontar os fatores que influenciam suas decisões. Os sistemas que utilizam Redes Neurais Artificiais estão se tornando uma técnica muito atrativa para estas aplicações, pois oferecem uma alternativa mais eficiente para tratar informações dessa natureza (CARVALHO, s.d.). II. Assim como no campo econômico, as redes neurais artificiais vêm ganhando reconhecimento e espaço em diversas áreas: pesquisa, desenvolvimento, saúde, lazer, militar, entre outras. O fato de poder utilizar uma RNA como uma aliada no processamento de dados e ajuda a tomada de decisões, por si só já da abertura à utilização deste tipo de tecnologia em

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    diversos trabalhos. Atividades que são demasiadamente excessivas para a mente humana, podem ser substituídas por complexos algoritmos de função lógica e matemática para ser representada em uma RNA, nos trazendo assim a segurança e exatidão de processamento.

    b. Trabalhos realizados com as Redes Neurais Artificiais

    Após o estudo e desenvolvimento desta área da computação, e comprovada

    sua aplicação demasiada útil e bem sucedida em diversos setores da sociedade:

    saúde, economia, transporte, educação, indústria de máquinas, tudo graças à sua

    capacidade adaptativa, e ao fato de poder induzi-la a agir em prol da solução de

    casos em um nicho ou problema específico, um ótimo exemplo disto foram os

    seguintes trabalhos desenvolvidos:

    As Redes Neurais Artificiais aplicadas na detecção, classificação e

    localização de defeitos em linhas de transmissão (OLIVEIRA, 2005).

    Procedimento para tornar mais efetivo o uso de Redes Neurais Artificiais em

    planejamento e transportes (BOCANEGRA, 2002).

    Aplicação de Redes Neurais Artificiais na Construção de Modelos de

    Fragilidade Ambiental (SPÖRL, CASTRO, & LUCHIARI, 2011).

    Sistema hipermídia sobre câncer de colo de útero com interface adaptativa

    usando Redes Neurais Artificiais MLP e Sistema Especialista

    (MALINVERNI, 2006).

    Não apenas estudiosos e grandes cientistas, mas diversos jovens e alunos

    têm interesse de investir e estudar este campo tão promissor. Segue uma lista de

    diversos artigos de conclusão de curso, que utilizaram como base as Redes Neurais

    Artificiais, e também contribuíram como inspiração para o desenvolvimento deste

    Artigo:

    Utilização de Redes Neurais Artificiais para Classificação da Spam (SILVA,

    2009);

    Aplicação da Inteligência Artificial em Sistemas de Gerenciamento de

    Conteúdo. (SANTOS & CARVALHO, 2008);

    Utilizando Redes Neurais Artificiais e Regressão Logística na Predição de

    Hepatite A (SANTOS, SEIXAS, PEREIRA, & MERONHO, 2005);

  • 39 | P á g i n a

    Uso das Redes Neurais Artificiais na Aplicação de Metodologia para

    Alocação de Recursos da Saúde (ROSAS & BEZERRA, 2012);

    Uma análise do consumo de energia em transportes nas cidades

    portuguesas utilizando redes neurais artificiais (BRAGA, 2003);

    Análise da Operação de Sistemas de Reservatórios Utilizando Lógica

    Difusa, Redes Neurais Artificiais e Sistemas Neuro-Difusos (LIMA, 2006).

    Figura 06. Software utilizado no auxílio ao diagnóstico de osteoartrite de coluna lombar baseado em redes neurais artificiais (VERONEZI, et al., 2011).

    Fonte: Imagem obtida no Google.

    c. Redes Neurais Artificiais inseridas em nossa sociedade e utilizadas em nosso dia a dia

    Podemos nem sempre estar atentos, mas as RNAs hoje são uma realidade

    inserida em nossa sociedade e cotidiano. Segue uma lista de exemplos práticos de

    serem encontrados e utilizados em nossas rotinas:

  • 40 | P á g i n a

    I. No campo da medicina, Já são utilizados sistemas de apoio a diagnostico baseados em redes neurais artificiais, então é muito como que quando você vai ao médico, ou precisa realizar exames com uma quantidade de informações mais elaboradas, os sistemas de avaliações e diagnósticos já estarem utilizando uma rede neural artificial para captar, trabalhar toda essa informação e retornar mais informação a qual por sua vez serão processadas pelos médicos.

    Figura 07. Software que utiliza a tecnologia de ultrassom mais RNA para ser um classificador

    para estimativa de gordura intramuscular (CHICONINI, PACHECO, LULIO, SILVA & SILVA, 2017).

    Fonte: Imagem obtida no Google.

    Figuras 08 e 09 – Logomarca NetFlix e Youtube.

    Fonte: Imagem obtida no Google.

    I. Não só em áreas decisivas para a vida humana, mas também em nosso

    entretenimento e áreas de busca já utilizam métodos de RNA

    Softwares que utilizam aprendizado de máquina e uma rede neural artificial

    para colher e analisar dados de acordo com o perfil dos usuários.

    Softwares que utilizam aprendizado de máquina e uma rede neural artificial

    para colher e analisar dados de acordo com o perfil dos usuários.

  • 41 | P á g i n a

    5. CONCLUSÃO

    A vontade e desejo do homem de desvendar enigmas e solucionar problemas

    trouxe a ele a inspiração para buscar o conhecimento e trabalhar na criação da

    Inteligência Artificial, onde nada mais é que uma forma a qual julgamos o mais

    próximo da linha de raciocínio humano e com capacidade de aprendizado. Desse

    nicho podemos retirar as Redes Neurais Artificiais, que se referem à forma de

    aquisição, processamento e disseminação de informação e conhecimento.

    A utilização das Redes Neurais Artificiais como forma de resolver problemas

    dos quais não é possível através da pura análise humana nem com a lógica

    computacional simples, influencia o ser humano no desenvolvimento das RNAs,

    elas podem melhorar a vida do ser humano bem como contribuir para a sociedade

    através dos seus resultados.

    Com o aperfeiçoamento das tecnologias e progressão das redes neurais

    artificiais, é possível perceber facilmente o quanto a mesma executa um papel

    importantíssimo em nossa sociedade, dando suporte a diversos estudos de casos e

    solucionamento de problemas. Se esta área se desenvolver tanto quanto os que a

    estudam almejam, então talvez um dia tenhamos a capacidade de criar uma

    máquina para interagir de igual para igual com o homem, mas com um poder de

    armazenamento e processamento de dado infinitamente superior.

    REFERÊNCIAS

    BOCANEGRA, C.W. (2002). Academic ResearchGate. Disponível em: . Acesso em: 20 Jun.2017. BRAGA, P. T. (janeiro de 2003). Uma análise do consumo de energia em transportes nas cidades portuguesas utilizando redes neurais artificiais. Departamento de Engenharia Civil – Escola de Engenharia – Universidade do Minho, p. 1-146.

    http://www.researchgate.net/profile/Antonio_Nelson_Rodrigues_Da_Silva/%20publhttp://www.researchgate.net/profile/Antonio_Nelson_Rodrigues_Da_Silva/%20publ

  • 42 | P á g i n a

    CARVALHO, A. P. (s.d.). Redes Neurais Artificiais em Avaliação de Crédito. Disponível em:

  • 43 | P á g i n a

    TATIBANA, C. Y., & KAETSU, D. Y. (20 de 06 de 2017). O Que São as Redes Neurais Artificiais. Disponível em: . Acesso em: 20 Jun.2017. VERONEZI, C.C.; SIMÕES, P.W.; SANTOS, R.L., ROCHA, E.L.; MELÃO, S.; MATTOS, M.C. & CECHINEL, C. (Abril de 2011). Análise computacional para auxílio ao diagnóstico de osteoartrite de coluna lombar baseado em redes neurais artificiais. Revista Brasileira de Ortopedia.

    http://www.cerebromente.org.br/n05/tecnologia%20/rna.htmhttp://www.cerebromente.org.br/n05/tecnologia%20/rna.htm

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    MARKETING DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE:

    Caso Maçã Canela

    Gabriela Barbosa da Silva11

    Daniel Augusto Monteiro de Barros2

    RESUMO O Marketing de Relacionamento, que se caracteriza pela integração do cliente no processo de planejamento dos produtos e/ou serviços; desenvolvimento da infraestrutura de fornecedores, vendas, parceiros e clientes, ajudando a criar e sustentar a imagem da empresa, apresenta-se como forma de persuadir e atrair o consumidor que está cada vez mais difícil e disputado pelo mercado. Várias empresas estão apostando nele para se posicionar no mercado, preservando seus clientes e colaboradores num processo de fidelização e negociação, buscando o entendimento entre as partes envolvidas para equilibrar os interesses organizacionais e individuais. Este estudo será norteado por pesquisas de campo e bibliográfica. Levantará informações através de questionários com clientes e colaboradores da loja “Maçã Canela”, visando maior entendimento do relacionamento de marketing. O objetivo principal deste é avaliar as estratégias de Marketing da empresa, através das ações de relacionamento. Entendendo ser uma difícil tarefa conquistar a lealdade dos clientes, é de grande importância para as empresas construir programas de fidelização para compreender os desejos, valores e necessidades desses, a fim de traçar suas estratégias, aplicando as ferramentas de marketing adequadas. Palavras-chave: Marketing; Marketing de Relacionamento; Fidelização. 1. INTRODUÇÃO

    O comércio possui diversas empresas operando no mesmo âmbito, o que

    sugere que seus administradores juntamente com o setor de marketing, caso este

    exista, busquem estratégias para convencer os clientes de que seus produtos são

    exclusivos e de qualidade. Isso é definido pelo Marketing de Relacionamento, o qual

    identifica os fatores que levam à satisfação e posterior fidelização do cliente. Neste

    sentido, as empresas buscam criar um elo com os clientes para que estes retornem

    e permaneçam fiéis aos serviços prestados pela mesma, de forma a manter um

    relacionamento lucrativo e positivo com eles.

    11

    Graduanda em Comunicação Social da Faculdade da Cidade de Maceió – FACIMA. 2Orientador do trabalho. Professor do Curso de Publicidade e Propaganda/FACIMA.

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    Nesta pesquisa será demonstrada a importância de uma empresa criar um

    plano de Marketing de Relacionamento, incluindo objetivos a serem alcançados e a

    relação com o consumidor. Para tanto, serão usados como referencial, além de uma

    base teórica norteada pela literatura científica, dados colhidos em questionários

    realizados com clientes e colaboradores na loja Maçã Canela, situada na Rua Rita

    de Cássia, 31B, Gruta de Lourdes, Maceió – AL.

    Essa empresa procura, constantemente, realizar ações direcionadas a fim de

    cativar e conquistar seus consumidores, já que são eles que alimentam o fluxo de

    caixa. Diante disso, a empresa tem a visão de buscar estratégias diferenciadas, de

    modo a se sobressair no mercado, para não chegar apenas no lucro, mas também,

    manter a estabilidade, sendo esta formada pela atração e fidelização de clientes.

    O relacionamento é indispensável para a empresa conhecer as necessidades

    e gostos de seus clientes. Desse modo, poderá desenvolver formas adequadas para

    atendê-lo melhor, suprindo suas expectativas e, ainda, tendo a possibilidade de

    aumentar as chances de mais fidelizações.

    Assim, ao compreender os desejos dos compradores, a empresa está se

    relacionando com eles, para que haja satisfação dos dois lados, tanto o lucro para a

    empresa quanto o prazer do freguês.

    Analisando o contexto acima, onde é preciso persuadir e atrair o consumidor

    que é cada vez mais disputado no mercado, a intenção deste trabalho, tomando

    assim como tema-problema desta pesquisa, é avaliar as estratégias de Marketing da

    empresa Maçã Canela, através das ações de relacionamento com os clientes, como

    sendo o responsável pela capitação e fidelização de clientes.

    Sabe-se que o marketing de relacionamento se caracteriza, inicialmente, pelo

    comprometimento e motivação dos colaboradores no sentido de compreenderem o

    posicionamento da firma na iminência do reconhecimento do seu nome na

    localidade em que se encontra. Para tanto, é preciso elaborar um bom planejamento

    de marketing de relacionamento e implementá-lo na prática.

    A empresa mantendo-se contato constante com seus clientes, trocando

    informações e esclarecendo dúvidas, tende a ter melhores resultados, focando

    sempre nos consumidores e com a ideia de que vender não é o suficiente, é preciso

    relacionar-se com os clientes.

  • 46 | P á g i n a

    Assim, o processo de construir relacionamentos em longo prazo não pode ser

    “comprado” no mercado, porque são difíceis de serem produzidos, visto que, para

    alcançar reputação, confiança e lealdade dos clientes, podem ser necessários outros

    recursos nessa relação.

    Atualmente, existem diversas empresas atuando no setor de moda íntima. A

    concorrência torna-se cada vez maior e competitiva. Em função desse cenário,

    várias empresas estão apostando no Marketing de Relacionamento para se

    estabelecer e se posicionar nesse mercado. A empresa deve preservar seus clientes

    e colaboradores num processo de fidelização e negociação, porém, buscando

    sempre o entendimento entre as partes envolvidas para equilibrar os interesses

    organizacionais e individuais (TICIANO, 2012).

    Os consumidores visam ter suas necessidades supridas e, para isso,

    precisam ter seus gostos e preferências desvendados, o que se faz possível através

    de um bom relacionamento da empresa com o cliente.

    A transparência deste relacionamento demonstrado pela empresa promove

    somente benefícios para os envolvidos, uma vez que os colaboradores recebendo o

    tratamento desejado e estando motivados, vão desenvolver seu trabalho de maneira

    eficiente, o que refletirá diretamente na forma de tratar os clientes e,

    consequentemente, fará com que estes fiquem satisfeitos e surpreendidos além do

    esperado. Com isso, a empresa atinge seu objetivo principal: a lucratividade.

    A disponibilidade de informação e a grande concorrência do negócio estão

    fazendo com que os consumidores assumam uma posição privilegiada no

    relacionamento de compra/venda. São eles que passam a definir “valor” e assim

    controlar seu contato com a firma.

    O trabalho ora proposto se justifica pela relevância e importância para uma

    melhor relação cliente e empresa, visando à utilização do Marketing de

    Relacionamento, com o intuito de solucionar os problemas e suprir os desejos dos

    consumidores, conhecidos através de reclamações e fidelizações, a fim de contribuir

    com a prática do exercício da profissão do comerciante e consequente conquista e

    alcance na formação também do relacionamento com os colaboradores, culminando

    com o progresso da marca.

  • 47 | P á g i n a

    O objetivo principal deste trabalho é demonstrar a importância do marketing

    de relacionamento para a Loja Maçã Canela, através das ações de relacionamento

    com o cliente, identificando que estratégias são aplicáveis ao público da Loja em

    questão e o grau de satisfação dos clientes que se relacionam com a mesma,

    através dos questionários aplicados aos clientes e colaboradores, analisando como

    são estabelecidas estratégias de marketing voltadas para a fidelização de clientes e

    quais são os motivos que levam o consumidor a tomar uma decisão no momento da

    compra de um produto, além de realizar levantamento da literatura sobre estratégias

    de Marketing voltadas para a fidelização de clientes.

    Este trabalho está organizado da seguinte maneira: o primeiro capítulo tratará

    do Marketing de Relacionamento, trazendo informações a respeito de sua

    importância, os objetivos a serem alcançados, a relação com o consumidor e as

    pessoas envolvidas. O segundo capítulo abordará as formas de planejamento

    estratégico de marketing, envolvendo a empresa Maçã Canela e as estratégias

    necessárias para manter a carta de clientes, sustentando o lucro ideal.

    Os dados da pesquisa foram obtidos através de um questionário qualitativo,

    aplicado aos proprietários, funcionários e clientes da loja Maçã Canela. Verificou-se

    que a maioria são mulheres jovens, com escolaridade de nível médio e superior.

    Possuem uma frequência de visita à loja de pelo menos duas vezes ao mês. A

    maioria elogia o atendimento e as instalações do ambiente, escolhem comprar na

    loja devido à qualidade e variedade de produtos. Todos os autores discutidos neste

    trabalho concluem que o Marketing de Relacionamento é necessário para a

    manutenção e/ou crescimento da carta de clientes.

    2. MARKETING DE RELACIONAMENTO

    As empresas utilizam o processo de Marketing de Relacionamento como meio

    da criação, oferta e troca de produtos e serviços, pelos quais os indivíduos e grupos

    necessitam e desejam, a fim de satisfazer as vontades dos consumidores, obtendo,

    assim, uma demanda direcionada e qualificada.

    Philip Kotler (1998, p. 59), determina cinco graus de marketing, são eles:

  • 48 | P á g i n a

    Marketing básico – O vendedor, simplesmente, vende o produto.

    Marketing reativo – O vendedor vende o produto e estimula o consumidor a telefonar se tiver dúvidas, comentários e reclamações.

    Marketing responsável – O vendedor telefona ao consumidor logo após a venda, para conferir se o produto está atendendo às suas expectativas. Ele também solicita ao consumidor sugestões para melhoria do produto e possíveis desapontamentos. Essas informações ajudam a empresa a melhorar continuamente seu desempenho.

    Marketing proativo – O vendedor da empresa contata o consumidor de vez em quando para informar sobre melhores usos do produto ou sobre a utilidade de novos produtos.

    Marketing de parceria – A empresa trabalha, continuamente, com os consumidores para descobrir maneiras de ele economizar ou ajudá-lo a usar melhor os produtos.

    Assim, o contentamento do cliente depende da funcionalidade do produto e o

    valor relativo às suas perspectivas perante o mesmo, além da relação com o

    vendedor. O essencial é construir um elo, ou seja, um relacionamento de longo

    prazo para alcançar transações mais vantajosas, pois “os consumidores buscam

    empresas com alta qualidade de serviço para vivenciar experiências contínuas de

    satisfação. [...] [Esta] é um suprimento de alguma necessidade, desejo ou objetivo,

    gerando como consequência um estado de prazer” (OLIVER, 1993 apud

    CARVALHO, 2010, p. 33). Afinal, segundo Churchill e Peter (2000, p. 146), os

    “consumidores são pessoas que compram bens e serviços para si mesmos ou para

    outros, e não para revendê-los ou usá-los como insumos”.

    Para obter sucesso, a empresa deve manter um relacionamento com seus

    colaboradores, pois estes devem estar empenhados a realizar um trabalho cada vez

    melhor com os compradores externos. Afinal, funcionários insatisfeitos com as

    condições de trabalho e com os próprios produtos lançados, irão fazer uma contra-

    propaganda cada vez que multiplicam fora da empresa a sensação de

    descontentamento que os domina. E, caso estejam satisfeitos com a empresa,

    poderão "vendê-la" para o cliente externo com naturalidade e convicção.

    Essa atitude estratégica visa dar aos funcionários uma noção da importância

    de um serviço orientado para atender aos clientes, fazendo-os ter a capacidade de

    responder qualquer dúvida que surja dentro da companhia, e isso inclui

    envolvimento, comprometimento, valorização e, principalmente, qualificação do

    funcionário, no intuito de assumir responsabilidades e iniciativas, conhecendo as

    rotinas de serviço da empresa onde atuam. Ou seja, uma informação errada dada ao

  • 49 | P á g i n a

    cliente externo ou uma imagem negativa pode comprometer todo o desenvolvimento

    de um projeto.

    Segundo Kotler (1998), o Marketing deve identificar e satisfazer os anseios

    dos consumidores, mas da forma como, onde, quando e pelo preço que o

    consumidor aceita pagar, sem deixar de considerar que o principal determinante das

    vendas e dos lucros é o consumidor. Na visão de Drucker (apud KOTLER, 1998, p.

    3), “o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. É conhecer e compreender o

    cliente tão bem que o produto ou serviço sirva e venda por si próprio”. E, conforme

    Honorato (2004), o foco é conservar os consumidores e assim somar sua carteira de

    clientes, não necessariamente comercializar, mas acolher as necessidades e os

    desejos desses.

    Assim, a função do Marketing, como é apresentada aqui, é a de entender as

    necessidades do consumidor para gerar oferta, obtendo uma demanda direcionada

    e qualificada.

    O objetivo dos fornecedores de serviços é idêntico aos de outros setores, ou seja, desenvolver e proporcionar ofertas que satisfaçam as necessidades dos consumidores e suas expectativas, garantindo, assim, sua própria sobrevivência econômica (ZEITHAML; BITNER, 2000 apud FERNANDO; MACHADO; QUEIROZ, 2006, p. 262).

    Pode-se dizer, então, que Marketing é um processo social e gerencial pelo

    qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, da

    oferta e da livre troca de produtos e serviços de valor com outros (KOTLER, 1998).

    Ou seja, é um método que a empresa usa para atrair e fidelizar seus clientes,

    visando o relacionamento e a integração entre esses e a empresa, desenvolvendo

    artifícios de vendas, construindo e sustentando a infraestrutura.

    Assim, o objetivo é desenvolver e manter acordos de longo prazo,

    mutuamente satisfatórios, em que tanto o comprador quanto o vendedor visualizem

    o valor obtido com o relacionamento. O foco é manter os consumidores e, de tal

    modo, aumentar sua carteira de clientes, não necessariamente vender, mas atender

    as necessidades e aos desejos desses. Para obter êxito, a empresa deve manter um

    elo com seus colaboradores, pois estes, estando comprometidos realizarão o

    trabalho cada vez melhor com os clientes externos (HONORATO, 2004).

  • 50 | P á g i n a

    Berry (2005) afirma que a empresa necessita de uma equipe comprometida,

    dedicada e produtiva; e, para que isso aconteça, é necessário fidelizar e motivar

    seus clientes internos. O sucesso começa com seus colaboradores, e estes

    motivados, buscam a excelência para satisfazer os clientes.

    Os fatores que influenciam o comportamento de compra dos indivíduos

    podem ser explicados nas teorias de Freud, Herzberg e Maslow.

    Sigmund Freud (apud KOTLER; KELLER, 2006) conclui que as forças

    psicológicas que formam o comportamento dos indivíduos são basicamente

    inconscientes e que ninguém chega a atender por completo as próprias motivações.

    Quando uma pessoa avalia marcas, ela reage não apenas às possibilidades

    declaradas dessas marcas, mas também a outros sinais menos conscientes.

    Na teoria desenvolvida por Frederick Herzberg (apud KOTLER e KELLER,

    2006), existem dois fatores que influenciam as necessidades: os “satisfatórios” e os

    “insatisfatórios”. A ausência de insatisfatórios não basta; os satisfatórios devem estar

    claramente presentes para motivar a compra.

    Já Abraham Maslow (apud KOTLER; KELLER, 2006) afirma que o que motiva

    as pessoas a agirem são os caprichos não atendidos e, ao satisfazê-los, sentem-se

    altamente motivadas a cumprir mais uma expectativa. De acordo com a teoria criada

    pelo mesmo autor, o consumidor tenta primeiro tornar suficiente suas necessidades

    básicas, como as fisiológicas – alimento e descanso – para após satisfazerem a

    capacidade individual de escolher ou desejar aquilo que bem entendem, como as

    categorias superiores: segurança, estima e autorrealização.

    Logo, Kotler e Keller (2006) concluem então que, na verdade, o marketing não

    cria necessidades nos clientes ou no público-alvo, apenas influencia desejos, junto a

    outros fatores sociais. Aquelas já existem antes dele e são forças básicas que levam

    as pessoas a fazerem algo, mais superficiais que os desejos, e quando não

    satisfeitas, levam ao impulso.

    Segundo o dito popular: “A propaganda é a alma do negócio”, ou seja, não há

    como uma empresa, neste mercado de acirrada competição, sobreviver sem

    “vender” publicamente sua imagem, seus produtos e suas marcas. Neste sentido, a

    comunicação empresarial assume cada vez mais uma intensidade global, obrigando

    as empresas a gerar e repassar informações de nível corporativo para os diversos

  • 51 | P á g i n a

    públicos com que ela se relaciona, a começar pela imprensa, passando pela

    comunidade, clientes, demais parceiros da cadeia produtiva e da própria

    organização empresarial, principalmente funcionários.

    1. PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIAS DE MARKETING

    1.1. Planejamento

    O Plano de Marketing possui três etapas: Planejamento, Implementação e

    Avaliação; as quais, sendo bem aplicadas, possibilitam aos empresários tomar

    decisões seguras para alcançar seus objetivos e metas definidas dentro das

    empresas.

    Tratando-se do planejamento, este é voltado para a definição de negócio.

    Inicialmente, faz-se uma análise do ambiente, onde todas as informações a respeito

    da empresa são revisadas e, a partir das análises, estabelece-se o público-alvo, seu

    posicionamento de mercado, objetivos e metas a cumprir, sua marca e as

    estratégias de marketing a serem adotadas.

    As empresas se preocupam em ter uma relação direta com seus clientes, no

    intuito de satisfazê-los e fidelizá-los. Essa fidelização dos consumidores permite o

    desenvolvimento de uma carteira de clientes forte e, consequentemente, produz

    possíveis promotores da empresa, visto que um consumidor fiel pode se tornar um

    canal de captação de novos consumidores.

    É preciso compreender as necessidades e os desejos dos compradores,

    relacionar-se com eles, para que haja satisfação dos dois lados, tanto o lucro para a

    empresa quanto o prazer do freguês.

    Assim, mantendo-se em contato constante com seus clientes, trocando

    informações e esclarecendo dúvidas, a tendência é obter melhores resultados,

    focando nos consumidores e com a ideia de que vender não é o suficiente, é preciso

    relacionar-se com os clientes. Conhecê-los bem, saber seus desejos, o que

    apreciam, suas marcas preferidas, o que gostariam de mudar, o que os satisfazem,

    o que pode continuar a ser feito, quais são suas expectativas, etc., tudo isso ajuda

    no relacionamento bem-sucedido.

    Desta maneira, segundo Kotler (2000, p. 67):

  • 52 | P á g i n a

    A tarefa da empresa é examinar seus custos e seu desempenho em toda atividade que gera valor e buscar meios de melhorá-los. A empresa deve ter os custos e o desempenho de seus concorrentes como modelos com os quais comparar seus custos e desempenho. À medida que for capaz de apresentar desempenho superior aos de seus concorrentes, ela poderá alcançar uma vantagem competitiva.

    A vantagem competitiva é compreendida como uma primazia que uma

    empresa tem em relação aos seus concorrentes, geralmente demonstrada pela

    performance econômica elevada em relação aos demais adversários (GONÇALVES;

    MACHADO; MA