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Sub-rede 6: Aproveitamento de plantas amazônicas como fonte de biodefensivos Proj.: Biodisponibilidade e avaliação química dos componentes voláteis do cipó- de-alho (Mansoa alliacea) Museu Paraense Emílio Goeldi Belém, 4-5/9/2006

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Page 1: Sub-rede 6: Aproveitamento de plantas amazônicas como fonte de biodefensivos Proj.: Biodisponibilidade e avaliação química dos componentes voláteis do

Sub-rede 6: Aproveitamento de plantas amazônicas como fonte de biodefensivos

Proj.: Biodisponibilidade e avaliação química dos componentes voláteis do cipó-de-alho (Mansoa

alliacea)

Museu Paraense Emílio GoeldiBelém, 4-5/9/2006

Page 2: Sub-rede 6: Aproveitamento de plantas amazônicas como fonte de biodefensivos Proj.: Biodisponibilidade e avaliação química dos componentes voláteis do

Alba Lúcia F. de Almeida Lins, DSc.–anatomia vegetal

Jorge Oliveira, MSc.-taxonomia botânica, etnobotânica

Maria das Graças B. Zoghbi, DSc.-plantas aromáticas - óleos essenciais (Coordenadora)

Márlia Regina C. Ferreira, DSc.–etnobotânica - plantas medicinais

Raimunda C. de V. Potiguara, DSc. – anatomia vegetal com ênfase às estruturas secretoras

Bolsistas: AT-1A: 02 (Gisele, Mariana), PCI: 01 (Raimunda) IC: 01 (Gisele), Mestrando: 01 (Carlos)

Apoio técnico: Nelcy, Dos Anjos, Osvaldo, Luiz

Equipe do projeto

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Objetivos específicos: Levantar a ocorrência no nordeste paraense,

caracterizando as populações do ponto de vista morfológico e histológico, e do grau de manejo e uso pelas populações locais;

Estabelecer um protocolo de análise quanto à extração e caracterização da composição química;

Determinar a variação nos rendimentos de óleos essenciais e extratos em função do local de desenvolvimento da espécie, órgão da planta e períodos de verão e inverno.

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1. Identificar os principais locais de ocorrência do cipó-de-alho no nordeste paraense – 18 municípios.

2. Conhecer o uso e o grau de manejo do cipó-de-alho no nordeste paraense – 36 formulários.

3. Caracterizar as estruturas especiais de síntese e acúmulo de óleos essenciais do cipó-de-alho – análise de 03 espécimens de cipó-de-alho.

Metas:

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Metas: 4. Padronizar o processamento de extração do

óleo essencial e da análise da composição química.

5. Caracterizar o perfil químico dos óleos essenciais e extratos através de CG/DIC e CG/EM.

6. Disseminar os resultados obtidos através de cartilha, seminário, relatório e oficina em Jararaca (comunidade do município de Bragança).

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Metodologia detalhada Levantamento da ocorrência da espécie:

Serão realizadas excursões científicas para coleta de amostras botânicas da espécie, no nordeste paraense, e em outros locais selecionados de acordo com as informações secundárias obtidas nos herbários do MPEG e da EMBRAPA, informações dos parataxonomistas do MPEG e da literatura.

Foram previstas 6 excursões científicas em municípios do nordeste paraense:

1. Municípios de Vigia, São Caetano de Odivelas, Santo Antonio do Tauá, Colares;

2. Municípios de Santarém Novo, Salinópolis e São João de Pirabas; 3. Municípios de Maracanã, Igarapé-Açú e Magalhães Barata; 4. Municípios de Bragança, Augusto Corrêa e Tracuateua; 5. Municípios de Marapanin, Curuçá e Terra Alta; 6. Municípios de Primavera e Capanema.

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Coleta e identificação taxonômica:

A coleta será de acordo com metodologia usual, de amostras férteis, que será fixado em FAA e outra amostra que será desidratada em estufa. Posteriormente esse material será sbmetido á identificação taxonomica, e através de análise morfológica das estruturas vegetativas e reprodutivas. A terminologia para designar as formas das estruturas será baseada nos trabalhos de Lawrence (1955) e Radford et al. (1974). O material (exsicatas) será herborizado, segundo Mori et al. (1989). Uma amostra (exsicata) de cada local de coleta será incorporada ao acervo do Herbário “João Murça Pires” da Coordenação de Botânica do Museu Paraense Emílio Goeldi (Herbário MG).

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Levantamento etnobotânico:

Serão aplicados formulários através de entrevistas semi-estruturadas: informações sobre o entrevistado (nome, sexo, ocupação principal, grau de instrução, local de nascimento); sobre a espécie vegetal (nome vulgar da planta; parte utilizada; ecossistemas onde é encontrada; forma de vida; período de coleta (estações do ano, fases da lua, etc.), uso (parte do vegetal usada, forma de uso, forma de preparo, dosagem em caso de medicina caseira, etc.).

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Processamento do material coletado para extração de óleo essencial e obtenção de extratos:

As amostras botânicas serão submetidas à diferentes condições de secagem e extraídas in natura. A secagem será à temperatura ambiente com ventilação natural, em estufa por 48h a 40ºC, em freezer, e, sob telas de plástico, em sala equipada com ar condicionado e desumidificador.

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Extração e cálculo do rendimento de óleos essenciais:

As amostras serão hidrodestiladas em sistemas de vidro do tipo Clevenger, em diferentes tempos, utilizando-se baterias de extração contendo 6 mantas de aquecimento, para balões de 1 L cada, acoplada à sistema de refrigeração para manutenção da água de condensação entre 12-15º C. Os óleos após extração serão centrifugados, desidratados com sulfato de sódio anidro e novamente centrifugados. O rendimento de óleo será calculado em ml/100g.

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Determinação da porcentagem de água:

Em amostras selecionadas para estudos comparativos de rendimento e composição química será determinada a porcentagem de água, através de destilação azeotrópica, utilizando tolueno como solvente, e coletor de vidro do tipo Dean & Stark, de acordo com método da WHO (1998).

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Obtenção dos extratos orgânicos:

Os extratos serão obtidos por percolação à temperatura ambiente, utilizando como solvente o hexano, em 2 períodos de 24h, evaporados em evaporadores rotativos, o rendimento calculado com base na matéria seca. Os extratos também serão obtidos por percolação, a temperatura ambiente, em extratores de aço inox, e em 2 períodos de 24 horas; Os extratos serão concentrados num sistema constituído por 12 rotaevaporadores, mantidos refrigerados a -18ºC, e alto vácuo.

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Análise da composição química:

A composição química será obtida através de cromatografia de gás (CG) e de cromatografia de gás acoplada à espectrometria de massas em sistema CG/EM, equipado com coluna capilar de sílica DB-5MS nas seguintes condições operacionais: gás de arraste: hélio, em velocidade linear de 32 cm/s (medida a 100oC); tipo de injeção: “splitless”; temperatura do injetor e do detetor: 250oC; programa de temperatura: 60oC-240oC (3oC/min); EM: impacto eletrônico, 70 eV; temperatura da fonte de íons e partes de conexão: 180oC. Os componentes serão identificados através da comparação dos seus espectros de massas e índices de retenção (IR) com os de substâncias padrão existentes nas bibliotecas do sistema e, com dados da literatura. A quantificação será por CG com detector de ionização de chama (DIC).

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Morfologia e histologia:

Serão feitos cortes histológicos em material seccionado e submetido a fixação em FAA (Johansen, 1940); as secções serão lavadas em água destilada e mergulhadas em série alcoólica e benzólica crescente. Após o material será emblocado em parafina , cortados em micrótomo rotativo e fixados em laminas em adesivo de Haupt e corado em Astrablau e fucsina (Gerlach, 1946). As laminas serão descritas e microfotografadas. O material também será submetido à Microscopia de Varredura para uma análise de revestimento das espécies em estudos principalmente as estruturas secretoras. Para isso, as secções das folhas serão fixadas em glutaraldeídeo 2,5 % em tampão por 24 min, desidratadas, montadas em suporte e metalizado com ouro.

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Ocorrência de Mansoa alliacea no Pará (* pelo projeto, ** outras fontes, início Março 2006)

Município Mesorregião Meio EC

Ananindeua (**) Metropolitana Trab. campo C

Acará (*) Nordeste Trab. campo C

Barcarena (*) Metropolitana Trab. campo C

Belém (**) Metropolitana Trab. campo C

Bragança (*) Nordeste Trab. campo PN

Itaituba (**) Sudoeste Trab. campo

Maracanã (*) Nordeste Trab. campo C

Peixe-Boi (*) Nordeste Trab. campo C

Santarém Novo (**) Nordeste Trab. campo C

Tracuateua (*) Nordeste Trab. campo C

Tucurui (**) Sudeste Trab. campo

EC: estado cultural C: cultivada PN: pop. natural

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MESORREGIÃO DO NORDESTE PARAENSE = 149

munic.

Pará: 143 munic.

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Grau de manejo e usos

Conhecimento existente

Antes do projeto

Atual

Ocorrência no PA

03 municípios 11 municípios

Grau de manejo Informação desconhecida

Não existe manejo, cultivo em quintal (01 indivíduo)

Usos Febres, resfriados, dor-de-cabeça, condimento

Acrescentado - pediculose humana e aviária, dor reumática, místico

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Mansoa alliacea 1. Ananindeua 2. Maracanã

Mansoa sp. 1. Magalhães Barata

Caracterização morfológica e histológica

Obs.: A Mansoa sp. (em fase de identificação taxonomica é confundida pela população local com a M. alliacea.

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Óleos essenciais e extratos hexânicos (x = dados obtidos - 97 óleos – 26 extratos)

Parâmetros analisados % OE/EH Comp.

Procedência da amostraAmostra in natura

xx

xx

Secagem T ambiente x x

Secagem estufa 48h, 40ºC x x

Freezer x x

Sala climatizada x x

Fenologia x x

Estado cultural x x

Sazonalidade x x

Tempo de extração (OE) x x

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Transversalidade

1. Visita à Comunidade Jararaca (junho/06) 2. Apresentação do projeto e do termo de

anuência prévia à 4 membros da comunidade 3. Coleta de amostras botânicas - ocorrência

natural - na comunidade Portinho (próximo Jaracaca) S 01o08´57” W 46o47´26”

Uso local: espantar mau-olhado de bicho, piolho, febre

Grau de manejo: nenhum

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Interação na sub-rede:

Grupo 1. BIO-TOX - Entregue óleo essencial para testes biológicos

Grupo 2. BIO-PLANTA - Entregue óleo essencial e extrato hexânico para testes biológicos

Grupo 4. PN-BIO - iniciada (extrato hexânico) Grupo 5. CBM - Repasse de informações dos

locais de coleta (Barcarena, Acará) Grupo 6. JARARACA - Comunidade visitada e

informada do projeto CIPÓALHO, iniciado levantamento etnobotânico e coleta da planta