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Publicação bimestral da Riachuelo Games sobre wargames e jogos de tabuleiro.

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Comprar Wargames nos EUA ficou Fácil !

A Wargame Downloads é uma empresa especializada em vendade jogos em formato PDF ou impressos. Conta com um site comdiversos produtos para o jogador Brasileiro. Sem aporrinhação

de alfândega, greves de receita, correio, etc É so clicar ecomprar ! Você recebe em seu email o arquivo para baixar e

imprimir seu jogo !Se quiser pode também comprar cópias impressas !

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Aceita :

Batalha Naval do Riachuelo

Batalha Naval do Riachuelo é um Wargamepara dois jogadores, que reproduz a maisfamosa batalha naval da Guerra do Paraguai.A Batalha Naval do Riachuelo, ousimplesmente Batalha do Riachuelo, travou-sea 11 de Junho de 1865 às margens do rioRiachuelo, um afluente do rio Paraguai, naprovíncia de Corrientes, na Argentina.Considerada pelos historiadores militarescomo uma das mais importantes batalhas daGuerra da Tríplice Aliança (1864-1865).Trata-se de uma das principais batalhas navaisda Marinha Brasileira e garantiu a supremaciado Brasil em termos de controle naval.

Wargame para 2 Jogadores

Componentes

Mapa colorido em formato A3Livreto de RegrasFolha de TabelasFichas dos Navios63 Marcacores Representando a Marinha Brasileira,Paraguaia e eventos de jogo.

Um lançamento da

http://www.riachuelogames.com.br

STRATEGOS 3

STRATEGOS

Publicação bimestralda Riachuelo Gamessobre wargames ejogos de tabuleiro.

Editor : Antonio Marcelo

Layout : Antonio Marcelo

Se você tem um artigo egostaria de colaborarconosco, o que estáesperando ?Mande seu artigo emformato doc, swx ou odtpara nosso ezine, paraavaliação e possívelpublicação. Mande umemail para :[email protected]

Visite a Riachuelo naInternet :

www.riachuelogames.com.br

Artigos deste Número :

Antonio Marcelo.Ícaro Santos FrançaLuciano Mota BastosMarcos ReisReinaldo TheodoroUbiratã Oliveira

Composto no Brasil

copyright 2006/2007

São as Águas de Março...

Uma grande mudança ocorreuneste número do Strategos.Finalmente o tão esperadocrescimento começou aocorrer.

A nova iniciativa de nossaequipe com a criação do Por-tal dos Wargames, abriu umcaminho para diversasempresas internacionais, quese vê refletido aqui poranûncios e análises de seusprodutos.

Este momento mostra oamadurecimento de nossotrabalho, também pelo númeromaior de colaboradores emnossa publicação. Enfim : aságuas de março, estãotrazendo muitas novidadespara você leitor.

Neste número você encontrarádiversos artigos, comdestaque a análise de 3 jogosde tabuleiro : o Action Sta-tions, o Hammer of the Scotse o Down With the Empire,além da análise de nossoprimeiro wargame emcomputador : O Steel Pan-thers.

Trouxemos encartado owargame Iwo Jima,desenvolvido por ReinaldoTheodoro, do clube Somnium,um de nossos principaisparceiros e que estão naestrada há mais de 20 anosdivulgando os wargames.

Mas muita coisa ainda precisaser feita. Nosso trabalhocomeça a repercutir fora doBrasil, com a nossa entradapara a Consmiworld e umestreitamento com jogadorese desenvolvedores de jogosestrangeiros.

Agora um fato curioso é quemesmo nossos sites estandoem português, o pessoal forado Brasil, tem traduzido eenviado perguntas paranossa equipe.

Nosso próximo desafio émodificar o projeto gráfico doStrategos. Como o nossapublicação se torna agorapraticamente uma revista,está na hora de mudar acara de nosso informativo.

Estaremos nos próximosnúmeros executando aospoucos estas mudanças etrazendo este visual, maisarrojado. Esperamos quevocês gostem e que mandemopiniões a respeito.

Bom, vamos parar de falar evamos deixar que vocêsapreciem este nosso novonúmero. A todos umaexcelente leitura !

Abraços,

Antonio MarceloEditor

PS : A partir de agora nossoWargame gratuito, vemseparado da revista a pedidode alguns leitores. Esperoque apreciem esta mudança.

STRATEGOS 4

Número 2 - Índice

Página 3 - EditorialPágina 5- A História dos Wargames (PARTE I)Página 9 - Action Stations ! Batalhas navais na 1.a GuerraMundial - AnálisePágina 12 - O Corpo Expedicionário Português na 1a. GuerraMundialPágina 18 - Hammer of The Scots - Coração Valente emTabuleiro - AnálisePágina 21 - O PLANO SCHLIEFFEN E O GRANDE AGOSTO DE1914 (PARTE II)- Começa a Grande Guerra !Página 24 - Dôssie Steel Panthers - Novas Versões de umClássico Eterno - AnálisePágina 28 - Down With the Empire - Space Ópera emTabuleiroPágina 32 - WillarnRob (Quadrinhos)Página 33 - GaleriaPágina 35 - As Últimas

http://www.firefightgames.com

STRATEGOS 5

Por Luciano M. Bastos

Entusiasta de jogos e deRPGS. Adora pesquisar a

história e a origem deste tipode entrtenimento.

“Deus quis que os homens sedivertissem com muitos e muitosjogos, pois eles trazem conforto edissipam as preocupações.”

Assim, a quase setecentos anos orei Afonso X, de Leão e Castelaescreveu no prefácio de seu famosoLivro dos Jogos. Ainda hoje taispalavras são muito apropriadasquando se fala nos jogos e suascaracterísticas fascinantes.

Em plena idade média este rei (quereinou de 1252 a 1284) percebeu oque muitos povos de todo o mundojá haviam descoberto em épocasbem mais remotas: a importânciados jogos como manifestaçãocultural e eternidade do espíritolúdico.

Muitos jogos, que hoje não passamde simples e alegres divertimentos,nada mais são, na verdade, do quereminiscências de rituais mágicos

e religiosos quase tão antigosquanto o próprio homem, o cabo deguerra por exemplo nada mais é doque a dramatização simbólica da lutaentre as forças da natureza, tal comoos homens primitivos arepresentavam a milhares de anos.o ingênuo jogo de Amarelinha, que

Afonso X, 1° colecionador dejogos de que se tem registro

nosso 1° “nerd” de jogos !

A HISTORIA DOSWARGAMES

Da evolução dos jogos de guerra aosjogos de tabuleiro - 1a. Parte

STRATEGOS 6

sempre foi uma das brincadeirasinfantis tradicionais em todo omundo, está profundamente ligadoaos antigos mitos sobre os labirintose as jornadas que os espíritosfaziam da terra ao céu, após amorte... é enorme a relação de jogosque vêm sendo praticadas háséculos que tem origens religiosasou místicas. Os próprios dados quehoje em dia dificilmente seriamassociados a qualquer tipo deprática religiosa, são modernossucedâneos dos astrágalos, búziose outros objetos que os adivinhoslançavam para prever o futuro. Omesmo acontece com as cartas debaralho, que além de servir comomaterial básico para a prática deuma infinidade de jogos, sempreforam utilizadas como instrumentospara desvendar o futuro e a sorte daspessoas.

Por tudo isso, os jogos sempreestiveram ligados a vida social, damesma forma que a religião a arte eoutras manifestação culturais dohomem.

Entre suas várias funções sociais,os jogos sempre foram instrumentosde ensino e aprendizado e, também,uma forma de linguagem usada paraa transmissão das conquistas dasociedade em vários campos doconhecimento. Ao ensinarem umjogo, os membros mais velhos deum grupo transmitiam – e aindatransmitem – aos jovens e ascrianças uma série deconhecimentos que fazem parte dopatrimônio cultural do grupo. Ouseja: ao ensinarem um jogo, estãoensinando a própria vida.

O Xadrez, o Go, os Wargames emuitos outros jogos, são porexemplo, reconstituições debatalhas que permitem não apenaso aprendizado dos princípios táticose estratégicos usados na arte daguerra, mas também um grandeenriquecimento intelectual. Mesmoalguns jogos mais simples – comoos de dados, corridas etc, não sãomenos instrutivos pois exigem queos jogadores desenvolvam certostipos específicos de habilidade edestreza.

marajás e carros de guerra que aochegar ao ocidente foram sendotransformados em reis, bispos,peões e torres de castelo, esteentre outros jogos antigos possuíampeças para representar unidadesque se enfrentavam em embatesnum campo de batalha.

Acredita-se que já no Egito antigohavia jogos de simulação de guerra,alguns deles provavelmentebaseados em princípiossemelhantes aos de outros jogos deestratégia também seculares comoo Xadrez e o Go.

A história dos wargames modernosesta intimamente ligada asatividades políticas e militares, jáque as preocupações com asguerras - reais ou imaginárias –sempre foram atribuições própriasdos governantes e chefes militares.

A primeira referência que se conheceaos jogos de simulação de batalhasdata de 1789, quando um nobre denome Helwing, súdito do duque deBrunswick, inventou um jogo muitosemelhante aos modernoswargames. Esse combate simuladodesenvolvia-se sobre um tabuleirocom 1666 quadrados coloridos demadeira a representar os diversostipos de terreno que constituíam ocampo de batalha. Os jogadoresusavam peças que representavamas unidades militares envolvidas noconflito, as quais se deslocavam a

Tabuleiro Egípcio de 1800 a.C.feito em madeira com detalhes demetal, o material e o designdas peças são um documentohistórico da cultura dos povos

que os produziu.

Dados Alemães dos séculos XV eXVI, esculpidos em marfim e

osso.

Os jogos de estratégia, com peças,miniaturas, marcadores e etc,conhecidos como Wargames,possuem suas origens históricasligadas ao jogo Chaturanga (VI a.C)- predecessor do xadrez (VII d.C.) -, que surgiu na Índia, onde suaspeças representavam elefantes,

Exemplos de forma e material dedados das mais diversas

culturas.

Imagem do Livro dos Jogos grupojogando Chaturanga

STRATEGOS 7

cada jogada, avançando ouretrocedendo um determinadonúmero de quadrados, este jogoapresentava uma estruturabasicamente esculpida em madeirae detalhes de metal alem da cor paradiferenciar suas funções ecaracterísticas.

Em 1795, George Vinturinus, umestudioso de estratégia militar doducado dinamarquês de Schelswing,junto à fronteira da Alemanha,desenvolveu uma versão maiscompleta do jogo criado porWelwing, usando como tabuleiro ummapa de uma área situada na regiãofronteiriça entre a França e aBélgica. Os militares não tardarampara descobrir uma utilidade práticapara este jogo que até então serviaapenas como divertimento.

Em 1824, um oficial do ExércitoPrussiano, Von Resswitz, publicouuma espécie de wargame bem maissofisticado, que se destinava aotreinamento de oficiais nos estudosde estratégia militar, o Kriegspielintroduziu importantes recursoscomo o uso de dados paradeterminar elementos aleatórios nasbatalhas, além de regras bastantedetalhadas como, linha de visão,alcance, moral das tropas evitalidade, esse jogo incluía autilização de mapas e tabelas deprobabilidades. Depois da GuerraFranco-Prússiana (1870), osIngleses construíram sua versãoutilizando-o para treinar o exércitoem táticas militares. Posteriormenteo jogo despertou muito interesse econquistou um grande número deadeptos servindo como ponto departida para a criação de um clubede wargames e a publicação daprimeira revista dedicada a esse tipode jogo. A partir deste ponto asunidades já eram representadas porpeças com brasões e símbolos,embarcações e tanques já sedestacavam com forma própria.

Não demorou muito para que osjogos de guerra saíssem do âmbitomilitar e ganhassem a simpatia e ointeresse do público civil, claro queestamos falando de um período ondeo custo das peças e disponibilidadedos jogos era muito escarso, oprimeiro Clube de Jogos de Guerranão militar registrado, data de 1898.,criado por Fred T. Jane, entusiasta

das batalhas navais, se localizavaem Oxford, Inglaterra, e chegou aescrever regras para batalhas entrebarcos que retratava tambémcombates históricos, este jogo ficouconhecido como Jane’s FightingShips.

Mais foi H.G.Wells, o escritor deobras eternas como Guerra dosMundos e a Máquina do Tempo quecom seu brilhantismo abriu o jogopara amadores e civis publicandoem 1913 um conjunto de regras emum livro intitulado, Little Wars(Pequenas Guerras), hoje vistocomo a bíblia dos jogos de guerra,ele foi o primeiro a introduzir normaspara coleção de miniaturas e otrabalho de confecção e adaptaçãode peças (miniaturas) pararepresentar unidades dos exércitose diferentes tipos de terreno, suaestrutura serviu de base para aconstrução dos jogos de guerramodernos.

O Little Wars de Wells foi bastantemodificado e reeditado por váriosjogadores e entusiastas ao longodos anos, mas um em particulardeve ser mencionado, J. R. GranvilleBantock. Bantock foi presenteadopelos pais com o Little Wars paraque joga-se com seus parentes.Após jogar continuamente ele criouum sistema de promoções edecorações para todo o exército,permitindo assim a famosa maniados Wargamer´s em pitar e decorarsuas minis com primazia,

Em 1939 o filho de Batock, Anguscontinuou o trabalho do pai á partirde suas anotações, mantidasconservadas e catalogadas, em1947 ele cria a British Model SoldierSociety BMSS (Sociedade Britânicade Modelos de Soldados) Angus criatambém o sistema onde uma peçarepresenta uma brigada adaptandoum sistema de porcentagem paradefinir as possibilidades decombate,

Outro nome importante a semencionar é o de Charles Reavely,ele foi o criador da primeira revistaespecializada em Wargames e fez

O Kriegsspiel, o primeiro“Wargame”

H.G.WELLS O Little Wars, o primeirowargame de miniaturas

STRATEGOS 8

importantes críticas para que secriassem escalas de peças maisprecisas.

Do grupo de jogadores que viviamnos arredores de Londres e quefaziam parte da BMSS, surgiu aprimeira sociedade de jogadores deWargames (não um clube deWargames) a Londres WargamesSection.

É importante mencionar que desdede o século XIX, os Inglesesproduzem as miniaturas esculpidase formatadas em metal, empresascomo a Elastolin e Lionel que inicioua escultura usando como base paramodelar uma mistura a base de colae pó de serragem (madeira), temostambém a Louis Marx and Company,fundada por Louis Marx que fabricoupeças bem detalhadas e lançoufiguras como a coleção depresidentes e artista famosos.

Já nos Estados Unidos, JackScruby, um californiano de trintaanos cria uma técnica de produção

de miniaturas que baratearia o custode produção das peças, foi o RTV,moldes de borracha, mais ele nãoparou por aí, ele também éresponsável em 1955 pela criaçãode um dos maiores (se não omaior), veículo de informação edisseminação dos wargames domundo, durante décadas, ele crioua Wargames Digest que teve umalonga jornada ativa. No entanto em1952 um rapaz residente emCatonsville, Maryland cria o primeirojogo de tabuleiro (wargame)comercial do mundo, o nome destejogo era Tactics e o rapaz eraninguém menos que Charles S.Roberts, o pai dos jogos de tabuleiro.

Dois anos mas tarde (1954) desucesso. A importância do queRoberts criára só se tornaria visívelnos jogos de RPG mais tarde, poisele inventaria um modelo de regrase um conjunto de tabelas que seriamusadas por todos os jogos detabuleiro dali em diante, eram asfamosas “combat results table”(tabelas de resolução(resultado) decombate), os jogos de RPGadotariam estas tabelas e criariamum modelo novo que viraria umamania, as famosas “tabelas de danocrítico”, com números a sortear nodado que indicavam textosdescritivos descrevendo como aação se resolve.

Aqui, uma notícia da época, o texto do título da matéria diz :“H.G. Wells, o novelista Inglês jogando um Jogo de Guerra (Wargame)”.

(o termo “Indoor” não seria bem empregado para definir o resto da tradução)

Primeiras Miniaturas de Metal O Tactics II - Sucessor doTactics

STRATEGOS 9

Action Stations !Batalhas Navais na

Grande Guerra

Por Antonio Marcelo

Grognard, escritor,desenvolvedor de jogos e

editor da Strategos

Introdução

Os wargames navais são jogosque chamam a atenção de muitosGrognards e que trazem umacerto charme a mesa de jogo.Desde o clássico Wooden Shipsand Iron Man, até o gloriosoHarpoon, diversos sistemas foramcriados e tive a oportunidade deter jogado a grande maioria deles.Os jogos navais ainda possuemum grande atrativo para o públicoe diversos sistemas atualmentetem surgido, mas confesso que fuitotalmente surpreendido por umjogo, que se passa pordespretensioso, e que para algunsjogadores, pode parecer “semgraça”. Action Stations da MindenGames, é um dos melhores jogosnavais que tive oportunidade dejogar nos últimos tempos, trata-sede um sistema simples, masextremamente realista, que temcomo objetivo reproduzir batalhasnavais nos anos de 1914-18. Além

disso veio as minhas mãos paraanálise seus módulos : o GrafSpee, o Jutlandia 1916, OMediterrâneo e o Merchant andDestroyer. O jogador pode se levara enganar pela simplicidade daapresentação, mas esqueça : osistema é maravilhoso, de umajogabilidade enorme e facilmenteadaptável pelos entusiastas deminiaturas.

O Jogo

No sistema Action Stations nãoexiste tabuleiro, joga-se em cimade uma mesa, com marcadoresde papel que vem com o sistema,representando os navios (mais umponto do qual você pode utilizarminiaturas na escala de 1:2400).Cada ficha representa um navio,divididos em Alemães e Ingleses.Normalmente são apresentadoscenários de jogo, mas nadaimpede que o jogador crie osseus. Basicamente o jogo é

STRATEGOS 10

Counter Manifesto

composto das seguintes fases :Fase I de movimento, Combate,Fase II de Movimento e CombateSuplementar. Cada navio contacom um conjunto de armamentospróprios, incluíndo torpedos ecanhões, além de umadiferenciação de poder de fogo. Osjogadores escrevem suas ordenssecretamente e movemsimultaneamente, suas peças empolegadas com ajuda de umarégua ou trena, obedecendoformações específicas decombate, que podem influenciartoda a sua tática de jogo. Ocombate é feito mediante asfamosas tabelas de combate, mascom diversos tipos de danos euma abstração interessante,chamada “Dead in the Water”,onde o navio depois d eumdeterminado número de danos,não se move mas pode atirar elançar torpedos, contudo tem umrisco maior de afundamento. Osistema básico é muito simplesde aprender e em menos de 15

minutos os jogadores estarãoaptos a desenvolver uma partida.O sistema contempla um bomdesenvolvimento das batalhas, ejogadores veteranos não ficarãodecepcionados com a jogabilidadedo mesmo.

Regras Opcionais

O que nos chama a atenção nojogo é a riqueza de regrasopcionais que o mesmo possui.Regras de fumaça, combatesnoturnos, visibilidade de batalha,condições climáticas, entreoutras, dão uma riqueza aosistema, sem prejudicar ajogabilidade. Jogamos com regrasnoturnas e com munição limitadae conseguimos resultadossupreendentes. Uma outra coisaque fizemos foi adaptar o jogopara utilização d e minitauras.Basicamente anotamos os dadosdos navios em uma folha de papele substituímos os marcadores depapel por miniaturas e o jogo nãofoi prejudicado de maneira alguma,

muito pelo contrário, pensamosfuturamente realizar um jogo comum belo cenário e com miniaturaspintadas.

Os módulos de Expansão :

Basicamente os módulos trazemnovos navios e situações a maispara o jogo. Queria destacar oJutlândia, que reproduz a famosabatalha e que é muito divertido eque é otimo para uma tarde desábado. O Graf Spee também émuito divertido, mostrando afamosa batalha do Rio da Prata,entre o famoso navio Alemão e osIngleses. Estes pequenosmódulos no entanto nãocomprometem a jogabilidade,sendo que somente o ActionSttaions pode ser jogadounicamente.

Cenários

O jogo ainda vem com umconjunto de cenários para umarápida experiência de jogo, e com

STRATEGOS 11

A simplicidade gráfica da apresentação das regras e dos cenários,esconde um sistema de jogo poderoso, altamente realista e de umasimplicidade de entendimento enorme. É altamente recomendado !

regras bem simples para a criaçãode novos. Talvez na minha opinião,esta seja uma o único ponto fracodo jogo, não existe um sistemabem definido para a criação dosmesmos, fica muito “solto”, etalvez jogadores menosexperientes possam terdificuldades no processo decriação, nesse ponto é necessáriaa adaptação de ambos jogadores .

Conclusões

Action Stations é uma excelente“porta de entrada” para aquelesjogadores que querem ter umavivência em wargames navais doséculo XX. O jogo habilita mesmoaqueles que não possuem umavivência neste tipo de wargame ,jogar uma partida. Comoapontamos anteriormente, é muitofácil absorver as regras e a partirdaí jogar. Os jogadores veteranosnão se decepcionarão com o jogo,pois o sistema permite muitasvariações, para aquelesentusiastas das chamadas “houserules”. A nossa equipe recomendae coloca com um dos jogos quese devm ter em casa.

Análise Final

Editor – Minden GamesDesigner – Gary GraberNúmero de Jogadores – 2Complexidade – FácilJogabilidade – AltaGráficos :Tabuleiro – Não temPeças – 7Jogabilidade Solitária - BaixaNota Geral : 9,5Preço : US$ 33,00

Análise feita por : Antonio Marcelo

Como adquirir o jogo :

Basta visitar a página do ActionsStations, no site da MindenGames em :

http://www.homestead.com/minden_games/ActionStations.html

STRATEGOS 12

Na trincheira alemã, diante dosvalentes soldados portugueses, umsoldado tem uma idéia para atrairos inimigos lusitanos para umaarmadilha. Ele chega na beirada datrincheira e grita:

– Ô, Manuel!!!!

Na trincheira portuguesa, todos osmanuéis levantam-se e gritam emresposta:

– O que é?!!!

São todos imediatamentefuzilados pelos alemães.Tendofuncionado o estratagema, oalemão gritou de novo:

– Ô, Joaquim!!!!

Na trincheira portuguesa, todos osjoaquins levantam-se e gritam emresposta:

– O que é?!!!

São todos imediatamentefuzilados pelos ale-mães.

Na trincheira portuguesa, o únicosobrevivente – chamado Antônio –percebeu a esperteza alemã edecidiu dar o troco. Chegou nabeirada da trincheira e gritou:

– Ô, Fritz!!!!

Na trincheira alemã, todos ossoldados se levantam e gritam emresposta:

– Aqui não tem nenhum Fritz!!!

E o português desabafa emprotesto:

– Ah, se tivesse!!!!

Talvez você já conheça a piada. Oque talvez você não saiba é queportugueses e alemães realmenteestiveram em trincheiras opostasdurante a 1ª Guerra Mundial. E nãoteve graça nenhuma.

Antecedentes:

Desde o início da Grande Guerra,em 1914, soldados portugueses ealemães se enfrentaram nas

O CORPO EXPEDICIONÁRIOPORTUGUÊS NA

1ª GUERRA MUNDIAL

Por Reinaldo V.Theodoro

Grognard, escritor,desenvolvedor de jogos e

fundador do Clube Somnium

STRATEGOS 13

colônias africanas (Angola eMoçambique). Todavia, a jovemRepública de Portugal desejavatomar parte mais ativa na guerra,pelas seguintes razões:

- A histórica aliança com aInglaterra, que datava de 1386(o Tratado de Windsor) e quefoi a espinha-dorsal dadiplomacia portuguesa até aentrada do país na OTAN, apósa 2ª Guerra Mundial;

- Garantir a manutenção dascolônias africanas, de forma apoder reivindicar a suasoberania na conferência depaz que certamente haveriaapós a guerra;

- A necessidade de afirmar oprestígio e a influênciadiplomática do Estadorepublicano entre as potênciasmonárquicas européias, deforma a granjear apoio peranteum possível golpe monarquistaque visasse derrubar o regimerepublicano (muitosportugueses defendiam então oretorno à monarquia);

- A vontade de afirmar valores deEstado que distinguissemPortugal da Espanha e queassegurassem a independêncianacional;

- A necessidade, por parte doPartido Republicano, de afirmaro seu poder político, ao envolvero país num esforço coletivo deguerra, tanto em relação àoposição quanto em relação àsinfluências monárquicas noexílio.

Contudo, a Inglaterra não nutrianenhum interesse em um maiorenvolvimento de Portugal na guerra.Os britânicos não tinham as ForçasArmadas Portuguesas em boaconta e consideravam o próprio país

como um aliado quase inútil,incapaz de se defender ou às suascolônias. A despeito dasescaramuças entre alemães eportugueses na África, desde 1914,Portugal, sob pressão britânica,declarou a sua neutralidade noconflito já em 07/08/14. Mesmoassim, no ano seguinte, iniciou-sea preparação e treinamento dasforças militares portuguesas.

Porém, no início de 1916, osingleses solicitaram a Portugal oapresamento de todos os naviosalemães e austro-húngaros nacosta lusitana. A aquiescênciaportuguesa justificou a declaraçãode guerra da Alemanha a Portugal,a 09/03/16. Devido à dizimação desuas forças em dois anos deguerra, os aliados passaram aconsiderar a utilidade de ter tropasportuguesas ao seu lado. A 15/06/16, o governo britânico convidouformal-mente Portugal a tomarparte ativa nas operações militaresdos aliados e, a 22/07/16, foicriado o Corpo ExpedicionárioPortuguês (CEP), composto por30.000 homens1. Em dezembro, oChefe do Estado-maior do CEP,Major Roberto Baptista, partiupara a França, acompanhado deoutros oficiais, para preparar arecepção das tropas portuguesas.

Superando grandes dificuldades,uma força bem treinada e

equipada estava pronta em apenastrês meses. Esse fato notávelficou conhecido como “O Milagrede Tancos”2.

Foi acertado que o CEP seriasubordinado à BEF (BritishExpeditionary Force). A pedido daFrança, Portugal formaria tambémguarnições para 25 baterias deartilharia pesada, sob umcomando superior português. Temassim origem o Corpo de ArtilhariaPesada Independente (CAPI), queseria composto por três gruposmistos de três baterias deartilharia pesada (uma comcanhões ferroviários de 320 mm eas outras duas com peças de 190mm ou 240 mm). Embora asarmas fossem fornecidas pelosbritânicos, o CAPI ficaria sob ocomando operacional da França.

A 17/01/17, o CEP é organizadona forma de uma divisão deinfantaria reforçada, cuja 1ªBrigada embarcou para a Françaem vapores ingleses a 30 dessemês. Ela desembarcou em Bresta 02/02/17 e a 08/02/17 chegou aThérouane, na Flandres francesa,que seria o seu local deconcentração e treinamento.Também aí eles receberam o seuequipamento (capacetes, armas,máscaras de gases, etc.). Aindanesse mês, decidiu-se elevar o

Tropas Portuguesas em Treinamento

STRATEGOS 14

efetivo do CEP para um Corpo-de-Exército de duas divisões. Cadadivisão portuguesa era compostapor três brigadas, cada uma comquatro batalhões de infantaria,similar ao modelo britânico.

Os Portugueses Entram emLinha

A 04/04/17, as primeiras tropasportuguesas chegam às trincheiras.Nesse mesmo dia, é morto oprimeiro soldado português no frontocidental, Antônio GonçalvesCurado. A 30/05/17, a 1ª Brigada deInfantaria portuguesa assume aresponsabilidade por um setor nafrente de batalha.

Poucos dias depois, a 04/06/17, osportugueses têm seu batismo defogo, enfrentando um ataquealemão. A 17/06/17, eles realizaramseu primeiro ataque.

Todavia, os problemas surgiramdesde cedo. Os soldadosportugueses detestavam a raçãoinglesa e sofreram muito com oterrível frio do inverno de 1917-18,com temperaturas que chegarama -22º Celsius. Desde 28/10/17,quando o último navio detransporte de tropas britânico, dossete iniciais, foi retirado, osquadros do corpo expedicionárionão foram mais recompletadosnem substituídos. Os homenspassaram a se sentirabandonados no inferno pelosseus governantes. Eraacabrunhante o fato de estaremlutando longe da Pátria e por umacausa estranha. Os oficiais, natentativa de manter o moral desuas tropas, faziam promessas dedescansos e licenças que nuncase realizavam e, por outro lado,exigiam deles esforçosredobrados, à medida que seusefetivos minguavam, reduzidospelo combate, doenças edeserções. No início de abril de1918, o CEP já havia sofrido 5.420baixas (1.044 dos quais mortos). A

exaustão e o desespero atingiramo auge nas fileiras e o moralportuguês logo despencou. No dia04/04/18, as tropas amotinaram-se em pleno campo de batalha. Ocomandante do CEP, GeneralTamagnini, se viu forçado a aceitara gravidade da situação e informara seus superiores em Lisboa e nocomando britânico.

A 06/04/18, o CEP é reorganizadoe praticamente deixa de existir. A2ª Divisão, reforçada, tomariaconta do setor português,subordinada ao 11º Corpo-de-Exército britânico, enquanto a 1ªDivisão deveria ir para reserva,sendo substituída pela 55ª Divisãoinglesa (West Lancashire).Contudo, quando o GeneralHaking, comandante do 11º Corpo,visitou as tropas portuguesas,decidiu também retirar a 2ª Divisãoda linha de frente. A ordem deveriaser executada no dia 09/04/17.Também foi decidido que o CAPIpassaria a ser subordinado aoCEP. Mas os alemães tinhamoutros planos...

A 10/07/16, com a entrada da 3ªBrigada em linha (a 2ª já haviaentrado a 16/06/17), a 1ª Divisão deInfantaria portuguesa assumiu aresponsabilidade por um setor nafrente, subordinada ao 11º Corpo-de-Exército britânico.

No dia 14/09/17, os portuguesesfizeram seus primeiros prisioneirosalemães (quatro) na frenteocidental.

A 23/09/17, a 4ª Brigada, parte da2ª Divisão, entrou em linha.

A 17/10/17, o primeiro contingentedo CAPI chega à sua zona deconcentração na França. Passouentão a ser conhecido como Corpsd’Artillerie Lourde Portugais (CALP),mas só entrou em ação a 16/03/18.

A 05/11/17, o CEP assumiu aresponsabilidade pelo seu setor nafrente, ficando subordinado ao 1.ºExército britânico. A 26/11/17, a2.ª Divisão do CEP assumiu aresponsabilidade da sua parte nafrente.

Tropas Portuguesas nasTrincheiras

Os Generais Fernando Tamagnini de Abreu e Silva (comandante doCEP), Richard Haking (comandante do 11º Corpo-de-Exército britânico)

e Manuel de Oliveira Gomes da Costa (comandante da 2ª Divisãoportuguesa).

STRATEGOS 15

A Destruição da 2ª DivisãoPortuguesaAs três desfalcadas brigadas da 2ªDivisão Portuguesa tinham queguarnecer três linhas sucessivas detrincheiras e outra linha de defesabaseada em baluartesestabelecidos em vilarejos,totalizando cerca de 40 quilômetros.De Norte para o Sul, estavam,sucessivamente, as 4ª, 6ª e 5ªBrigadas, com a 3ª Brigada (1ªDivisão) em reserva. Ao Norte daposição portuguesa, estava a 40ªDivisão de Infantaria britânica,enquanto ao Sul estava a 55ª.

Às 4:15 h de 09/04/17, osalemães iniciaram uma violentabarragem de artilharia de mais deduas horas de duração, dandoinício ao que ficou conhecido entreos portugueses como a “Batalhade Lys”

3. Esse bombardeio

preliminar foi de tal forma intensoque um batalhão português serecusou a seguir para a frente.

Às 7:00 h, as massas deinfantaria alemã avançaram emondas, arrasando os aturdidosdefensores. Só contra o setorportuguês, o 6º Exército alemãolançou oito divisões: 8ª, 35ª, 42ª e117ª de Infantaria, 81ª da Reserva,1ª e 8ª Bávaras da Reserva e 10ªErsatz (Treinamento). Ao todo,quase 100.000 homens e 1.700peças de artilharia contra 20.000portugueses e seus 88 canhõesde apoio.

No Norte, a 4ª Brigada (a “Brigadado Minho”, assim chamada porqueseus integrantes haviam sidorecrutados nessa região do país)defendia a linha com doisbatalhões na frente (8º e 20º) edois na reserva (3º e 29º). Apesarde tudo o que havia sofrido, o 8ºBatalhão resistiu valorosamenteaos ataques da 42ª Divisão alemã.Contudo, e apesar de receber oreforço do 29º Batalhão, foiforçado a recuar até o QG daBrigada em Laventie. Aqui, às11:00 h, se viu forçado à rendição,junto com a maior parte da

brigada. O comandante do 8ºBatalhão, Major Xavier da Costa,foi eventualmente capturado, apósser ferido três vezes e ficar cego.

No centro, a 35ª Divisão alemãlançou-se contra a 6ª Brigada, quemantinha a sua linha com os 1º e2º Batalhões de Lisboa. Asprimeiras linhas de defesa foramrapidamente superadas pelosatacantes e a maioria dosportugueses que haviamsobrevivido ao demolidorbombardeio estava aturdidademais para oferecer qualquerresistência.

No Sul, a 8ª Divisão Bávara daReserva esmagou o 17º Batalhão,da 5ª Brigada, e o 11º Batalhão,da 6ª, que estava em reserva. A 1ªDivisão Bávara da Reserva tevedificuldades em superar aresistência dos 4º e 10º Batalhões(5ª Brigada), mas conseguiuatingir Lacouture.

Por volta das 10:30 h, as bateriasde artilharia portuguesas

começaram a ser varridas pelorolo compressor alemão. O QG da5ª Brigada foi capturado às 13:00h pela 1ª Divisão Bávara daReserva. O comandante dabrigada, Coronel Manuel Martins,e muitos outros oficiais e soldadosforam mortos e os demais caíramprisioneiros.

O médico Jaime Cortesão estava no“Hospital das Doidas”, em SaintVenaint, numa grande parte do qualse improvisou o Hospital de SangueNº 2. Ele presenciou a chegada dosincontáveis feridos da 2ª Divisão. Aoseguir por um corredor repleto deferidos e moribundos, alguémchamou pelo seu nome. Ele voltou-se e, sobre uma maca alta, estavaum soldado em evidente agonia. Ojovem moribundo então lheperguntou:

- Não se lembra?!

Atônito, sem atinar quem fosse, elerespondeu:

- Não me lembro.

O desenrolar da Batalha de Lys

STRATEGOS 16

Então, os olhos vítreos fecharam-see a boca emudeceu para sempre.

A maca seguiu em frente e Cortesãoficou a olhá-la. Aturdido, quase comremorso. Aquela alma, a debater-seno fundo da sua agonia, esperavacertamente por uma última palavraamiga de conforto. Em vão. Aseriedade da situação levou oGeneral Haking a liberar suasreservas para ajudar a 3ª Brigadaportuguesa a conter a penetraçãoalemã. O 1º Batalhão do KingEdward’s Horse e o 11º Batalhão deCiclistas foram enviados à área deLacouture, onde se uniram aosportugueses dos 13º e 15ºBatalhões (5ª e 3ª Brigadas,respectivamente) para defender avila. Lacouture resistiugalhardamente por mais de 26 horassob intenso ataque alemão. Por fim,a localidade caiu às 11:45 h de 10/04/18, tendo os alemães capturado168 portugueses e 77 britânicos.Durante essa batalha desesperada,o soldado Aníbal Augusto Milhais,do 15º Batalhão, sozinho, utilizandouma metralhadora Lewis, cobriu aretirada de todos os seuscompanheiros sob pesado ataqueinimigo. Ele ficou conhecido comoo “Soldado Milhões” (um evidentetrocadilho com seu sobrenome, mastambém porque seu comandantedeclarou depois que a sua açãovaleu pelas de milhões de homens)e tornou-se o mais famoso heróiportuguês da 1ª Guerra Mundial. Eleconseguiu escapar e recebeu a“Ordem de Torre e Espada de Valor,Lealdade e Mérito”.

Apesar deste e de outros atos deheroísmo, a derrota das forçasportuguesas foi completa. Osremanescentes dos despedaçadosbatalhões lusitanos recuaram emdesordem, deixando armas,canhões, mortos e feridos para trás.O QG da 2ª Divisão, que estavaentão servindo de ponto dereorganização e reagrupamento deunidades batidas, teve que sertransferido duas vezes só no dia 9.

As perdas do CEP somente nessedia foram de 7.425 baixas entreoficiais e soldados, sendo 398mortos e 6.585 prisioneiros(estima-se que cerca de 1.500 dosquais feridos). Os vitoriososalemães haviam criado umabrecha de 5,5 quilômetros delargura na linha aliada.

A 13/04/18, as 1ª e 2ª Brigadas deInfantaria portuguesas retiram-separa a nova linha de defesa emconstrução entre Lilliers eStennberg. O comando britânicoenviou elementos das divisões 50ª(Northumbrian) e 51ª (Highland)para fechar a linha aliada, mas,para o CEP, a batalha estavapraticamente encerrada. Ocolapso do CEP pode serexplicado, em parte, pelainsuficiência de tropas. Aesmagadora superioridade alemãe o intenso bombardeio preliminartambém tiveram decisiva influênciano esfacelamento da 2ª Divisãoportuguesa.

Mas não se pode deixar deconsiderar também o estado moralda tropa, por tudo o que já foimencionado, mais o fato de que abatalha começou no dia em queos soldados sabiam que seriamsubstituídos. Com tudo isso, oresultado final da Batalha de Lysnão poderia mesmo ser outro.

Crise em PortugalÀ medida que o número de mortesfoi aumentando no CorpoExpedicionário Português (e o seufim tornava-se previsível) a guerraficava cada vez mais impopular.

O custo de vida aumentava, oabastecimento de gênerosescasseava e o desempregocrescia. Estes fatores fizeramdeflagrar violentas reações sociais(greves e saques) que eramaproveitadas pelos unionistas emonarquistas, contrários àintervenção de Portugal na guerrae defensores da retirada dastropas portuguesas dos camposde batalha da Europa.

Em Portugal, panfletos pacifistaseram distribuídos abertamente(embora a tropa não tivesseacesso a eles, por ser, na maioria,composta por analfabetos). A sigla“CEP” foi até corrompida para“Carneiros de ExportaçãoPortuguesa”.

A este agravamento das condiçõesde vida e da agitação social epolítica, o governo não apresentavasoluções, recusando a entrada nogoverno de elementos de outrospartidos republicanos, católicos eindependentes.A 05/12/17, o Major Sidônio Pais,embaixador de Portugal em Berlimde 1912 a 1916, germanófilo eprofessor da Escola de Guerra,chefiou um golpe que o levou aopoder três dias depois. A 09/12/17,o Congresso foi dissolvido. A 12/12/17, o Presidente da República,Bernardino Machado, foi destituído.Este movimento passou a serconhecido como “Dezembrismo”. A06/01/18, marinheiros da Armadatentaram uma ação contra-revolucionária que fracassou.

O “Dezembrismo” parece ter sidoo golpe de misdericórdia numamoral beligerante que havia sidovacilante desde o princípio. O CEPacabou entregue à própria sorte porum novo governo que estava maispreocupado com uma inflação nuncavista, falta de alimentos,disseminação de pestes e acontestação cada vez mais forte deuma guerra distante.

O Fim da Guerra para osPortugueses O desastre que seabateu sobre os portugueses fezcom os britânicos perdessem a

Busto de Aníbal Augusto Milhais,o “Soldado Milhões”.

STRATEGOS 17

Entrada do cemitério deRichebourg l’Avoué - Neuve-Chapelle, onde se encontram

sepultados 1.831 militaresportugueses que foram

trasladados de vários cemitériosda França.

confiança na capacidade militarde seus aliados. E, emboraalgumas unidades e até a 1ªDivisão eventualmenteretornassem à linha de frente,muitos sobreviventes do CEPpassaram a ser usados pelosbritânicos apenas como mão-de-obra para cavar trincheiras ereparar estradas. Também seprovou ser impraticávelreconstituir completamente oCEP.A guerra terminou em novembro,sem que as tropas portuguesasfossem empenhadas em nenhumaoutra ação relevante. A 09/12/18,partiu para Cherburgo, porto deembarque, o primeiro contingentede tropas do CEP queregressariam a Portugal. O totalde perdas do CEP em 1917-18 foide 21.277, sendo 2.0964 mortos,5.224 feridos, 6.678 prisioneiros e7.279 por outras causas. Por estealto preço, os portuguesesconquistaram o direito departicipar da Parada da Vitória, emParis. A 14/07/19, um contingenteconstituído por 400 homensdesfilou passando sob o Arco doTriunfo.

ConclusõesNo esforço de guerra português,chegaram a ser mobilizados quase200 mil homens. As perdasatingiram cerca de 7.000 mortos emilhares de feridos (entre o CEP ea África), além de custos

econômicos e sociais gravementesuperiores à capacidade nacional.O Tratado de Versalhes restituiuformalmente a Portugal a ilha deQuionga (Moçambique) que osalemães haviam ocupado em 1894.No entanto, ela já havia sidoreocupada pelos portugueses emabril de 1916. Este foi o único“ganho” português na 1ª GuerraMundial. No final das contas, osobjetivos que levaram os políticosportugueses responsáveis a entrarna guerra saíram gorados na suatotalidade. A unidade nacional nãoseria conseguida por este meio e a

instabilidade política acentuar-se-iaaté a queda do regime democráticoem 1926. Os oficiais e soldadosportugueses que lutaram e morrerampor uma causa que, de maneiranenhuma, justificava tal sacrifícioestão sepultados no CemitérioMilitar Português de Richebourg, naFrança. Testemunhas silenciosasde que a guerra não era e nunca seráa melhor solução para questõespuramente políticas, uma lição queaté hoje parece que não foiaprendida.

Notas :

1. As fontes são conflitantesquanto ao efetivo total enviadopara a França, entre 02/02/17 e28/10/17. São citados: 59.383,55.165 e 55.083 homens.Possivelmente, o primeiro númeroinclui o CAPI.

2. Tancos era o campo detreinamento onde a força estavasendo preparada

3. O que os portugueses chamamde “Batalha de La Lys” foi apenaso primeiro dia da “OperaçãoGeorgette” do 6º Exército alemão.Essa batalha também é conhecidacomo “Batalha de Estaires” pelosbritânicos.

4. Outras fontes citam 2.086 e2.160 mortos.

STRATEGOS 18

Hammer of the Scots (EditoraColumbia Games – Tom Dalglieshe Jerry Taylor) é um jogo de tabuleiroque retrata com bom grau deveracidade a guerra daindependência da Escócia, assuntotambém abordado pelo fi lmeCoração Valente do ator e diretor MelGibson.

O nome do jogo se baseia noepitáfio do falecido Rei InglêsEdward I, onde consta a inscrição:Edward I – Hammer of the Scots;ou seja Edward I o martelo dosescoceses, o que certamente foi aintenção do nobre: esmagar elevar o povo escocês asubmissão, mas sua “martelada”real só fez com que se forjasseuma brava, orgulhosa eindependente nação.

Nesse jogo de tabuleiro temos ummapa muito bem desenhadodividido em regiões, representandoa Escócia e na parte sul a

Inglaterra como mais uma região.O desafio é para 2 (dois)participantes sendo um orepresentante escocês e outro oinglês. O objetivo do jogo é por umlado subjugar os escocesesmantendo a maioria dos nobres oueliminado o rei coroado pelo povo,e por outro lado impedir o avançopara norte dos ingleses eliminandoo Rei Edward II além de“convencer” a nobreza a apoiar acausa da independência. Existem3 (três) cenários e outros podemser criados, ou ainda pode-sejogar a campanha inteira (1297-1314).

Voltando um pouco a históriadesse embate, podemos tentarentender o que ocorria nesseperíodo. Na verdade a causa émultifatorial e definir um ou doisfatores gatilhos para a batalhaseria subestimar a complexidadedessa época, porém o apoio do

Hammer of the ScotsCoração Valente em

Tabuleiro

Por Ubiratã Oliveira

STRATEGOS 19

Rei Baliol a causa da Françacontra a Inglaterra, inúmerashumilhações impostas por EdwardI aos nobres escoceses geraraminsatisfações em ambos os lados,junto com isso o aprisionamentode alguns desses nobres e umcerco seguido do assassinato demetade da população de Berwickpor parte dos ingleses acenderamo barril de pólvora que então deuinicio a essa violenta revolução.

O jogo é relativamente simples, etem fases definidas iniciando comuma fase de cartas onde cada umdos jogadores recebe um set decartas, os quais irão definir onúmero de movimentações quecada um poderá fazer e sepossuem algum evento históricopara utilização, feito isso passa-sea fase de movimentação detropas, delimitada pelo tipo detropa (nobres, infantaria, arqueiros,norticos, cavalaria, mercenário,rei, Wallace...), uma fase debatalha onde rolam-se dados paradefinir as baixas e por fim umafase de inverno, importantíssima,pois nela se organizam osreforços, alguns eventos, a estadiado Rei em solo escocês e etc...

As peças funcionam num sistemachamado Fog-of-War que traz atona as surpresas e incertezas deum conflito sem informantes,satélites, google earth e similares(risos), as peças ficam voltadassomente para o jogador emquestão sendo abertas somenteno momento da batalha lembrandoo antigo jogo Combate da Grow,ou seja, você pode acabaratacando com uma infantariaacompanhada de um simplesnobre nada mais nada menos quea comitiva de Edward I, comarqueiros, infantes e Hobelar.

O jogo tem peças representandoos diferentes nobres escocesesda época (Comym, Bruce, Angus,Andrew de Moray, Ross, Argyll...)os quais tem movimentação médiae uma capacidade de defesaaumentada em seu território de

origem e mudam de posiçãopolítica (pró-Inglês/pró-Escocês) amedida que são derrotados oudurante a fase de inverno quandoficam dominada sua terra natal porinimigos.

Ainda são representados notabuleiro os arqueiros, sendo osingleses mais poderosos devido asua “LongBow” poderosa armacapaz de atingir uma distância de350-400 jardas um peso de 110-175 kilogramas, a infantaria nãopoderia ficar de fora e nesse casoa escocesa com sua estratégia deSchiltrom é mais eficiente, ondecom longas lanças as mesmas sereuniam em um grupo econseguiam repelir a cavalaria einfantaria inimiga de forma eficaz,levando a pior, porém, se no grupoinimigo existir um grupo dearqueiros ansiosos por eliminar as“hordas do mal”, os cavaleiros

estão presentes também, aindacabe citar os Nórdicos que sedestacam com sua capacidade dese deslocar por toda costa, e comsua grande capacidade demovimentação vêm em auxilio aosescoceses, pelo lado inglês temosos mercenários Celtas quedurante os combates tem de tersua lealdade testada, pois empleno campo de batalha podemacabar desistindo de participardeixando seus aliados em “mauslençóis”.

Por fim os líderes: capazes demobilizar tropas através derecrutamentos emergenciais, dolado da Escócia, o famoso WilliamWallace Coração Valente“Gibson”, ou simplesmenteWallace com sua alta capacidadede mobilização, sua força emovimentação firme, ainda ao ladodo nosso herói temos o Rei que

Exemplo de Mapa de Conferência do Jogo

STRATEGOS 20

pode ser um nobre coroado naregião de Fife ou o Rei Baliolretornado do front francês, para osingleses resta Edward I e suacapacidade de passar o invernonos highlands e após a morte domesmo, em 1305 o rei Edward II oqual não perderia os momentosíntimos ao lado de seu amante(Piers Gavenston) para passar oinverno em um campo de lutaretornando sempre ao reino naépoca mais fria do ano.

Devemos ser justo e reconhecerque na realidade o rei Edward I foiem sua época um grande lídermilitar estrategista, além depolítico habilidoso, podemos crerque a vitória escocesa se deu tãosomente pela morte do mesmo,pois quando com ele a frente daslutas raramente o lado vermelho

perdera uma batalha, ficando asderrotas para os momentos deausência do rei na Escócia ouapós sua fatídica morte.

Outra característica do jogo quereconduz a uma realidadehistórica é a dificuldade demobilização com qualidade doexército inglês, tendo em vista anecessidade e dificuldade dosmesmos de lutar em mais de umfront (mesma dificuldade maistarde sentida por Napoleão eHitler), eles não conseguiam umadisposição ideal de tropas, até porque os nobres e as melhorestropas preferiam, se sentiam maishonradas em lutar na Françacontra nobres franceses deverdade e não contra uma “horda”sem moral quase selvagem, equem sabe também não estaria aí

O Jogo possui belas peças

um dos motivos da derrota? Nuncasaberemos...

Para não estender mais o texto,resta dizer-lhes que o jogo tem umset up inicial relativamentesimples uns 10 minutos e podeser jogado tranqüilamente em 90minutos, é fácil de jogar/ensinar, éindependente do conhecimento dalíngua inglesa embora existam 5(cinco) cartas de evento eminglês, nada que uma “colinha”próxima ao tabuleiro não resolvade vez o problema, vale a penajogar uma vez com a Escócia eser o mocinho do filme e outra vezcom o lado inglês e ser o vilãopara isso 3 horinhas, bempassadas, divertidas, cheia deresponsabilidade histórica edesafio... Quem sabe mudar ahistória no tabuleiro ou confirmá-lacom mais eficiência/eficácia...testem e nos digam...

Nome : Hammer Of The ScotsEditor : Columbia GamesPreço : US$ 49.99Site :http://www.columbiagames.com

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STRATEGOS 21

UM ESTRANHO FANTASMACHAMADO NAPOLEÃO...

A idéia básica do “PlanoSchlieffen” era a de vencer aguerra de um único golpe – e suafalha levaria somente a anos deguerra cruel, em que todos sairiamperdendo no fim. Uma das razõesdisto era a proposição deNapoleão de que uma vitóriatático-operacional equivaleria defato à uma vitóriaestratégica...entretanto, este nãoseria o caso em 1914.

Mesmo que se fosse possíveldestruir o exército francês em umaúnica batalha decisiva, istodificilmente provocaria o fim daguerra...por mais devastador queisso fosse em termos psicológicose políticos. No Leste, os exércitosalemães cercariam e destruiriamem 1914 vários exércitos russosem Tannenberg e nos Lagos

Masurianos: porém a Rússiaczarista, mesmo sendo muitomais pobre industrialmente do quea França ou a Inglaterra, aindacontinuaria lutando com ferocidadeaté 1917. E a França, em 1914,estava moralmente bastantemotivada – o que não era o casorusso!

Indo mais fundo nas idéias deNapoleão, vemos que as primeirasvitórias dele foram contra exércitose inimigos realmente mais fracos– sua França era mais eficiente,mais bem equipada e além dissoNapoleão resolvera o problema deabastecimento logístico pelorecurso de sustentar suas tropascom os suprimentos do local ondeestivessem – ao contrário de seusinimigos, que dependiam delongas linhas de suprimento.Porém esta situação já eradramaticamente diferente em

Ícaro dos Santos França

Grognard e escritor,

O PLANO SCHLIEFFEN E OGRANDE AGOSTO DE 1914

(PARTE II)- Começa aGrande Guerra !

STRATEGOS 22

1914! Todos os exércitos europeusjá adotavam o mesmo sistemaorganizacional: estados-maiores,oficiais profissionais, mobilizaçãoem massa, sistemas logísticoseficientes. No caso alemão, queem 1871 inovou em muitas coisasa prática dos combates –principalmente na Guerra Franco-Prussiana - esta dita vantagemorganizacional já não era seuprivilégio em 1914. Na verdade, aAlemanha não tinha qualquervantagem social ou militar em secomparando com a França ouInglaterra, a não ser a execuçãoimpecável de seu “PlanoSchlieffen”! Porém, para esteplano tão perfeitamente concebidofuncionar, deveria haver um fatorfundamental – que a França“colaborasse” com ele, cometendoerros fatais em termos táticos eestratégicos... e inicialmenteocorreu isto mesmo: o Plano XVIIfrancês praticamente abria todo onordeste da França para o avançoalemão – só a partir de 22 deAgosto, quando seus ataques naAlsácia-Lorena terminaram emfracasso total, foi que o ComandoFrancês desistiu de vez do PlanoXVII. A guerra contra a Alemanhajá havia começado e a Françaestava recuando em todas asfrentes, enquanto os exércitosalemães, avançando de vitória emvitória, já começavam a esticardemais suas linhas desuprimento... e isto começou abeneficiar os franceses, que já nãotinham mais problemas desuprimentos, reforços ouacompanhamento direto dabatalha por seus comandantes.

O sistema ferroviário francêsestava centrado em Paris, o quepermitia de fato deslocarrapidamente reforços e unidadesde um ponto para outro dasfrentes de batalha, enquanto osalemães já começavam a ficartravados por sistemas ferroviárioscongestionados e estradas ruins.O Exército Imperial Alemão estavadando tudo de si, avançando a pé30 a 40 km por dia...mas isto não

seria o suficiente: os aliados, apartir de certo ponto, poderiamatacar de forma bem sucedidaqualquer ponto fraco em seuflanco exposto! E, o maisimportante: os aliados tinham umavisão geral dos planos de batalhamuito melhor do que ocomandante alemão. Helmuth vonMoltke, o Moço, comandantesupremo das forças alemãs, tinhaa pesada tarefa de comandar todaa mecânica do Plano Schlieffen,de um posto bastante recuado dafrente de combate – noLuxemburgo. Sem um comandounificado, jamais os alemãesconseguiriam responder aosmovimentos aliados de formarápida e eficiente...o que seriavisto na Batalha do Marne.

FORÇAS FRENTE A FRENTE EM25 DE AGOSTO DE 1914:

Primeiro Exército Alemão:combates contra a B.E.F. em LeCateau e contra um “GroupD´Armade” entre Arras e Cambrai.

Segundo Exército Alemão:flanco esquerdo do PrimeiroExército.

Terceiro Exército Alemão:confronto com o Quinto ExércitoFrancês no Meuse.

Quarto Exército Alemão:confronto com o Terceiro ExércitoFrancês no Meuse.

Quinto Exército Alemão:confronto com o Exército daLorraine, em torno dasfortificações de Verdun e Metz.

Sexto Exército Alemão:confronto com o Segundo ExércitoFrancês na Alsácia-Lorena. Finalda Batalha das Fronteiras e fim doPlano XVII.

Sétimo Exército Alemão:confronto com o Primeiro ExércitoFrancês na Alsácia-Lorena. Finalda Batalha das Fronteiras e fim doPlano XVII.

O AVANÇO PARA O MARNE

25 de agosto a 1 de Setembrode 1914: Retirada geral dosaliados! Os alemães perseguemvigorosamente os exércitosfranceses e ingleses, cortandolinhas de comunicação e desuprimentos. Combatesagressivos em todos os pontos dafrente

30 de agosto de 1914: O GeneralAlexander Von Kluck,comandamte do Primeiro ExércitoAlemão, muda a direção do seu

O final da Batalha do Marne

STRATEGOS 23

avanço para sudeste, acreditandoque pode aproveitar uma brechano flanco esquerdoaliado...entretanto isto fará suasforças passar a leste de Paris!

1 a 2 de Setembro de 1914: pormeio de reconhecimento aéreo, OGeneral Francês Joffre fica cienteda mudança de direção de VonKluck. Ele ordena o SextoExército Francês se concentrarem Paris, para ameaçar o flancodireito alemão.

No dia 4 de Setembro, Moltkeordena a Von Kluck guarnecer oflanco direito do Segundo ExércitoAlemão contra um possível ataquefrancês vindo de Paris. O SegundoExército agora torna-se uma forçade flanco. Kluck interpreta estaordem como um avanço paraexplorar uma brecha nas defesasaliadas ao leste de Paris. O palcoestava pronto para a maior batalhacampal da História, desde queTamerlão derrotou o SultãoBayazid, em Angorá - desta vez,ás margens do rio chamadoMarne.

Mais de um milhão de soldadosestavam rumando para a primeirabatalha decisiva da PrimeiraGuerra Mundial!

General Alexander Von Kluck

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STRATEGOS 24

Num mundo formado de prazeresdescartáveis é mais fácil quedaqui a dez anos poucos selembrem o que foi o “Call of Duty”,mas certamente o SteelPanthers ainda estará instalado erodando nos computadores demuitos wargamers. E esteswargamers não são os‘especialistas’ em shootersdescerebrados e segunda guerramundial que estamosacostumados a ver por aí. Namédia, os jogadores de SteelPanthers são jovens adultos quejá ultrapassaram a faixa dos 25anos, profissionais liberais oumilitares interessados na ciênciado wargaming, em tática,estratégia, história e conflitosmundiais.

Em poucas palavras o SteelPanthers pode ser definido comoum wargame de estratégia,baseado em turnos consecutivos(mais conhecido como Igo-Ugo),em nível tático – ou de esquadrão(squad-level), e cujos cenárioscobrem da segunda guerra até aatualidade – apesar de cenáriosambientados em outros períodosnão sejam incomuns de se achar.A quantidade de cenários ecampanhas e tão grande que se é

possível passar uma vida semconseguir ter jogado todos. Isto sedeve principalmente a umacomunidade de jogadoresbastante ativa, que produz demaneira continua: melhoramentos,modificações (os famosos MODs)e novas missões para o gameoriginal.

Podemos considerar o SteelPanthers como a transposiçãopara PC do Advanced SquadLeader (ASL) – que é um lendáriowargame de tabuleiro lançado pelaAvalon Hill. Assim como no ASL,vemos o mapa com uma visãosuperior bidimensional, dividido emhexágonos que representam 50metros. Cada unidade simbolizaum veiculo simples ou uma seçãode combatentes (1 a 4 indivíduos)ou esquadra (8 a 15 indivíduos), nocaso da representação dossoldados. O sistema de combateé um espetáculo à parte: bastanterealista, levando em consideraçãoaspectos indispensáveis paraqualquer intervenção militar real:com multiplicadores de combate(moral, liderança, comando e etc)e a ‘inteligência’ do campo debatalha (terreno, cobertura,elevações e etc.) bastantesatisfatórios. Sem deixar de

Dossiê SteelPanthers: novasversões de umclássico eternoSeria possível um game comquase 15 anos de estrada,gráficos ultrapassados e cujaengine ainda é baseada no DOSpossuir milhares de adeptosapaixonados espalhados pelomundo?

Marcos Reis

Grognard e psicólogo nashoras vagas. Pode ser

contatado pelo sitewww.sobresites.com/psicologia

STRATEGOS 25

mencionar, que possuí uma dasfísicas mais realistas que já vi -permite responder com precisãoquestões do tipo: a quantosmetros e em que posição énecessário para um Shermannocautear um Tiger Três foram osSteel Panthers oficialmentelançados: o primeiro em 1995, osegundo – “Steel Panthers II:Modern Battles” em 1996, e oterceiro “Steel Panthers III:Brigade Command 1939-1999”.Todas estas versões foramdesenvolvidas pela SSI - StrategicSimulations Inc, que foi a mesmasoftwarehouse que criou a famosasérie Panzer General. Pormotivos diversos, estas versõesoriginais do Steel Panthers foramdescontinuadas e os dois SteelPanthers que vamos analisar sãoremakes gratuitos lançadosrecentemente. São eles: SteelPanthers: World at War ouSPWaW e winSPWW2: SteelPanthers World War 2.Ambos osgames são muito parecidos, masbem diferentes nos detalhes. E omelhor de tudo: ambos sãogratuitos. Quer dizer, ao menosem suas versões básicas. Isto nãose deve a um gesto de altruísmodestas empresas mas sim ao fatoda SSI ter liberado os direitos deambos os jogos apenas com estacondição – a de quepermanecessem gratuitos.

Visando contornar esta situação,tanto a Matrix quanto a CamoWorkshop desenvolveram váriosatrativos extras (que discutimosno quadro abaixo) para quemplaneja adquirir a versãopaga.Seguindo umdesenvolvimento paralelo a daMatrixGames, a versãodesenvolvida pela Camo deu umsalto qualitativo

Simulação no SPWaW. Em plena batalha das Ardenas, um Pantera ésurpreendido pelo disparo de um Sherman M4A3. O blindado de seu

comandante de seção já arde em chamas vitimado por este algoz. O quefazer? Lançar os fumigeros e recuar ou atacar? Bem, seria um disparo

livre de 300 metros e as chances de acerto são estimadas em 56%.

O mais famoso e conhecido dos Grogs, é semduvidas o Steel Panthers: World at War ou

SPWaW – lançado pela Matrix Games e baseado naengine do Steel Panthers III. Atualmente na

versão 8.4 possuí uma das comunidades mais fieis eantigas do mundo dos wargames.

winSPWW2: Steel Panthers World War 2 –lançado pela Camo Workshop em 2006 e baseado

no código do Steel Panthers II. Além desta versão,a Camo também lançou o “winSPMBT: Steel

Panthers Main Battle Tank” cujas batalhas sãoambientadas no pós segunda guerra mundial.

em termos gráficos, ao modificara engine para windows nativo,suportando agora altas resoluçõesnas imagens. O lado ruim é queesta versão não possuí avariedade de missões do SPWaW.Outro fator ruim é que owinSPWW2 da Camo é oriundo deum código fonte menos sofisticadoque o do SPWaW, apesar detransposto para Windows nativo.

X

STRATEGOS 26

A sangrenta invasão marine em Iwo Jima representada nowinSPWW2 da Camo Workshop.

Dica para os grogs detabuleiro

Você deve estar se perguntado:será que eu poderia imprimirestes maravilhosos mapas doSteel Panthers e jogar como sefossem boardgames? Oumelhor, poderia eu mesmo criarmeus próprios mapas? Sim,mas a resposta não é tãosimples. No SPWaW existeuma pequena ferramentachamada Map Thing queconverte seus mapas para oformato PDF com imagensvetoriais - que é ideal paraimpressão pois a imagem nãodeforma quando modificada detamanho. O problema do MapThing é que ele foi criado paraproduzir mapas estilo rascunho– bem esquemáticos - tendo-seem vista serem utilizado emcomplemento ao game e nãocomo boardgames. Uma outrasolução seria simplesmentecapturar as telas do game comum programa e edita-las numeditor de imagens. Realmenteseria um processo bemtrabalhoso que teria melhoresresultados no winSPWW2, hajavista seu suporte a resoluçõesmaiores que 800x600.

Montando um grupo de batalha no SPWaW.A Ordem de Batalha, desenvolvida e

aprimorada ao longo de quase 10 anos, é umdos pontos fortes desta versão.

Comparando com outros wargames táticosÉ inevitável uma comparação do Steel Panthers com a série CloseCombat. Apesar de graficamente superior, o Close Combat possuiuma Ordem de Batalha (OOB) muito frágil – nela podemos criaraberrações como exércitos de snipers, de lança-chamas,blindados atuando geralmente isolados (lembrando que umaseção de blindados possuí no mínimo dois, e o esquadrão que é amenor unidade orgânica – de três a cinco).

No Steel Panthers isto não é problema, mas uma de suas grandesqualidades a sua OOB é provavelmente a mais completa já vistanum wargame até então. Os mapas e os escopos de uma batalhano Steel Panthers também não possuem as limitações do CloseCombat com seus mapas de tamanhos fixo, quantidade deunidades limitadas e combates que duram apenas alguns minutos(em tempo real e de jogo). Outros parentes próximos do SteelPanthers são os East Front e West Front, ambos da finadaTalonsoft - agora rebatizados num novo re-lançamento da MatrixGames como “The Campaign Series”.

O The Campaign Series é um wargame squad-level com visão 2disométrica (daquelas que simulam um falso 3d) mas compossibilidade de visualização mais distante – com mapa plano eos clássicos marcadores padrão OTAN. A engine do CampaignSeries é assemelhada a utilizada nos clássicos PanzerCampaigns da HPS e Operational Art of War também lançado pelaTalonsoft (não é à toa que a Talonsoft e a HPS eram antes umaúnica empresa). Comparativamente o Campaing Series possuitanto um sistema mais simples, quanto um nível estratégico maisdistanciado que o do Steel Panthers.

De qualquer forma este re-lançamento é uma boa surpresa paraos fãs da modalidade squad-level espalhados pelo mundo. Demaiswargames táticos, com ambientação na segunda guerra, quemerecem uma citação honrosa são os Combat Mission daBattlefront, e o Squad Assault da Freedom Games – ambos comgráficos 3d e possibilidades táticas bem interessantes. Nãoarrisco sequer citar os wargames táticos ambientados nacontemporaneidade pois estes se contam as dezenas.

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COMPARATIVOS

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DOWN WITH THE EMPIRESpace Opera em Tabuleiro

Introdução :

Na época de ouro dos wargames,onde existiam grandes empresas,como a Avalon Hill e a SPI,existiam jogos complexos, comgrandes mapas e que tinham umaacurácia na reprodução dedetalhes. Existia um jogo, que naminha opinião, (a despeito de euadmirar o autor), representou oápice desta filosofia : OCampanha do Norte da África.Representava o que se chamavaMonster Game, jogos comimensos mapas e com um tempo

de duração absurda (o Campanhadurava 60000 minutos de jogo,dúvido que alguém jogou isso),detalhamento de regras e cálculoscomplexos. Esta espécie decoqueluche dos anos 70, teve láseus adeptos, mas hoje seste tipode jogo é considerado mais umabizarrice, do que algo que possaser levado a sério.

Jogos com grandes mapascomeçaram a ser estigmatizadoscomo jogos complexos, ouMonsters Games, queespantaram a maioria dos

O Bizarro Campanha do Norte da África

Equipe Portal dosWargames

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jogadores e que acabaram decerta forma transformando oswargames por muito tempo emjogos especializados e de difícilcompreensão. Uma correntecomeçou a mudar um pouco oswargames, tentando atualmentetransformá-los em jogos maisamistosos sem perder seu nível derealidade.

Empresas investem em sistemasinovadores, como a ColumbiaGames, com o Hammer of theScots (ver o artigo neste número),que traz o conceito de fog-of-war(visibilidade restrita) da peçaadversária, com seu sistema deblocos de madeira.

Não escrevemos uma linha atéagora do Down With the Empires,por que ? Porque é um jogo muitodiferente. Primeiro que ele podeser jogado de duas maneiras : online via Vassal, ou em tabuleiro.Para quem não conhece Vassal, éum programa em Java, quepermite jogadores em torno domundo jogarem via chat/emailwargames, numa espécie detabuleiro virtual.

E em segundo lugar no tabuleiropropriamente dito. Tivemos aoportunidade de receber o DownWith the Empires no format Print-and-Play (PDF) para montarmos erealizarmos uma partida de teste.

Através de Luciano Baiano,imprimimos o mapa e as peças ecomeçamos a nos preparar parajogar o Down. A roupagem do jogoé o SCIFI, tipo Space Opera,baseadno no antigo Freedom inthe Galaxy da SPI. A temática éque o Império estaria sendosacudido por uma rebelião, com aintenção de desestabilizá-lo.

O jogo em si possui diversasfacetas interessantes e chega atéter um atrativo com os diversospersonagens, que dão até um “arde RPG” no mesmo emdeterminados momentos. Mas nãoé um jogo para iniciantes, e vamosexplicar porque.

O Jogo

Ao comprar o pacote PDF doDown, o jogador encontrará umgrande mapa para imprimir e cercade 30 páginas de acessórios :como cartas de eventos,personagens e peçaspropriamente ditas. O mapa édidivido em 40 páginas A4, que aoserem montadas dão umasuperfície de jogo d ecerca de1,90 m X 0,9 m. Realmente otrabalho de montagem é um poucoextenso e demandará tempo dojogador. As regras são extensas,um livreto com cerca de 100páginas, que estão muito bemexplicadas, mas necessitam deuma leitura cuidadosa. Quandojoguei a versão do Vassal, amesma me ajudou e muito para o“setup” inicial do jogo, pois pudever o jogo montado na prática.Este é o grande desafio do jogopara quem não quiser encarar aversão virtual do mapa : montá-lo.

Em seguida a leitura das regras,fizemos uma partida de teste decerca de 9 horas de duração, ondeconseguimo sentir o jogo (Odesigner Charle Duke, estima queuma partida total possa ser jogadaem 26 horas), e todas as suasfacetas. Uma coisa que notamosé que existe um clima de “Star

Wars” no jogo, ou seja muita daroupagem, nos lembra o velhoImpério Galático do Geoge Lucase seus personagens. A idéia darebelião em si, fez com quepiadas surgissem durante o jogo,mas coisas que fazem parte dequalquer teste.

O sitema é para dois jogadores,mas recomendamos 3, sendo umdeles como uma espécie deorientador/juiz, na primeira vez quefor jogado.O jogo é realizado emestágios, que por sua vez emfases. O primeiro estágio é ooperacional dividido em : fase deeventos estelares, onde ésorteada uma carta de eventos,fase de obtenção de recursos econstrução, a fase de missão

Luciano Baiano e Cléo com o Mapa do Down Montado

Carta de Personagem do Jogo,um “Q” de RPG

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rebelde, onde o jogador rebeldeorganiza missões de sabotagemação, etc., fase do império, muitosimilar a dos rebeldes. Emseguida entra o estágio deoperações militares, onde ocorremas ações de combate no espaço eem terra e por último o estágiochamado final, onde há umasegunda fase de combate dosrebeldes e reparos em unidaes,caso existam.

Durante o jogo diversas açõespodem ser realizadas, sendo queos combates no chamarambastante a atenção. O sistema ébem interessante e balanceado,apesar que os rebeldes de vez emquando podem ter algumasvantagens.

Tem até fase de dogfight, que dáaté para ver os “X-Wings e osTies” brigando entre si. Outroponto é que nos combates ospersonagens podem fazerdiferença, pois a fase de combateentre personagens podem definir ocurso de uma ação. Aqui entra umpouco de RPG, mas sem “perder acara” de wargame.( Aliás ospersonagens Avsari podem utilizara espada de plasma, uma espéciede sabre de luz Jedi) O sistemade movimentação é baseado nanavegação pelo hiperespaço, coma possibilidade de diversos efeitosdurante uma viagem. Nesta pontoos personagens podem ter suaspróprias naves, para moverem-sepelo jogo, ou seja você pode ter

uma espécie de Millenium Falcon,e sair por aí fazendo peripéciaspelo Império.

Com relação as naves, o Impériopossui diversos tipos, tendo até afamosa Moloch, que lembra a“Estrela da Morte”. As naves aindapodem ser capturadas e utilizadaspelo jogador que conseguiu estaação. Aliás diversas batalhasforam realizadas durante o jogo, erealmente neste ponto nosdivertimos, lembrando e muito oscombates clássicos do Star Wars.Pensamos em até fazer umaespécie de cenário da destruiçãodo Moloch, muito parecido com abatalha final do Retorno de Jedi.

Um dos pontos divertidos do jogosão a realizações das missões,que aqui transformam o jogo numaespécie de RPG. Existem diversostipos de missões dos quais ospersonagens podem se engajar,organizando-se em equipes deação e fazendo seis passos parao desenrolar da mesma. Existemmissões de cunho político, até deespionagem e sabotagem. Eis umponto do jogo que pudemosapreciar bastante e nosdivertimos.

Existem ainda a possibilidade debases secretas rebeldes, ondepodem ser realizados ataquessurpresas e uma das missões dojogador do Império e detectá-las edesabilitá-las.

Baiano e Ricardo se preparado para o jogo

Carta de Evento de Jogo Exemplo das Peças do Jogo - 11 páginas com diversostipos de marcadores

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Conclusões

Nossas conclusões gerais é queDown With The Empire, é umjogo interessante, mas que numprimeiro momento não éaconselhável para os iniciantes,sendo que nada impede que osmesmos tentem jogá-lo.

O jogo possui uma riqueza dedetalhes extraordinária, e apesardas regras serem extensas, estãomuito bem escritas e de fácilassimilação. Particularmente nósgostamos do jogo, por ter umaroupagem de SCI-FI, desde ovelho Mercadores de Vênus, quenão víamos algo assim.

O jogo possui um sisstema bemsólido de jogo (levou 4 anos paraser feito), com as regras bemamarradas e que possibilitamvários pontos interessantes.Gostamos muito do sistema decombate, as batalhas foram muitolegais e realmente nos sentimos“lá”. Agora um ponto fraco do jogorealmente é a versão real domesmo. Montar o tabuleiro não é

uma tarefa muito fácil, realmentenecessita de tempo e uminvestimento (para imprimir omapa numa gráfica rapida dácerca de R$ 96,00 - preço dehoje), sendo que nesse casorecomendamos a utilização doVassal como tabuleiro de jogo.Quando passamos para o Vassal,o jogo toma outro ar e aí sim omesmo compensa o tempo deleitura das regras. Nesse ponto ojogo é perfeito, funcionamaravilhosamente bem.

Um dos pontos fracos é que ojogo poderia ter cenários menores,para que os jogadores seacustumassem ao sistema, sendoque o mesmo só vem com ocenário da Rebelião. Isto de certaforma inibe os jogadores novatos.

Resumindo, Down With TheEmpire é um jogo muito bom, masnecessita de um certo grau deinvestimento para jogá-lo, tanto detempo, como dedicação, mas valea pena. É um jogo excelente paraaquele fim de semana chuvoso,onde vamos reunir os amigos parafumar um cachimbo, bebericar um

vinho e jogar um bom wargameRecomendamos !

Análise Final

Editor – DVG GamesDesigner – Charles DukeNúmero de Jogadores – 2 (4podem jogar )Complexidade – ComplexoJogabilidade – MédiaGráficos :Tabuleiro – 9Peças – 8Jogabilidade Solitária – Baixa /MédiaNota Geral : 8Preço : US$ 19,99 (versão PDF)

Análise feita por : Equipe do Portaldos Wargames

Como adquirir o jogo :

Basta visitar a página do DownWith the Empire, no site da DVGGames em :http://www.dvg.com/DWTE.htm

O jogo no Vassal - Outra face, realmente o jogo ganha todo o seu potencial

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GALERIAO que a turma da Riachuelo anda

testando e jogando...

Sessão de teste do jogo deminiaturas espacial, CasttleRun, da

Morgan Games

Vintage Wargame ! Sessão de “AlertaVermelho”, ou melhor Awful Green

Things from Outer Space, emandamento

Luciano Baiano e Ricardo,preparando uma versão caseira do

velho Merchants of Venus daAvalon Hill

Antonio Marcelo e seu gato Dali, nasessão de análise do Down of the

Empire,

Dali “jogando” Castllerun, analisandouma jogada feita por Luciano

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GALERIAO que a turma da Riachuelo anda

testando e jogando...

Pessoal no 1o. Wargames DayOrganizado pela Riachuelo Games

http://vaevictis.histoireetcollections.com/en

Apresentação do Slauther andCarnage de Perry Moore na 1.a

Wargames Day Rio 40 Graus, novo jogo a serpublicado pela Riachuelo Games,

numa sessão de play test

Reinaldo Theodoro do GlubeSomnium, coordenando a mesa do

wargame Okinawa, de sua autoria, na1a. Wargames Day

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AS ÚLTIMAS

Perry Moore LançaSeu Blog Pessoal

O consagrado designer de jogos PerryMoore, um dos resposnáveis pela FirefightGames, está lançando seu blog pessoal,o “Designer Blog”. De acordo com Perryé um espaço para se falar de tudo, inclu-sive wargames. A idéia é que seja umespaço colaborativo e já tivemos oprivilégio de colaborar com nosso primeiropost. Não deixem de visitar e conhecerum pouco mais sobre este design dejogos. O endereço é :http://wargamedesigner.blogspot.com/

A Lock 'n Load entrano mercado de

DTP Games

A Lock and Load introduziu nomercado seus novos jogos nosestilo Print and Play, onde ojogador por módicos US$14,95(cerca de 30 reais), baixa o jogo eimprime em casa.Três títulos estãodisponíveis— Valley of Tears,Omaha Beach, e Brothers by mySide — originalmente publicadosna Armchair General magazine.Confira em :http://www.locknloadgame.com/

PanzerSchreck MagazineUma das mais tradicionais e

importantes publicações sobrewargame. Editada pela Minden Gamesdesde de 1998. Cada revista semprevem com um ou mais wargames para

você jogar. Visite e assine em :

http:////www.homestead.com/minden_games/Panzerschreck0.html

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A Canon en Cartons é umaempresa Francesa de wargames,criada no início da década de 80por Pascal Da Silva e Frédéric Bey,publicando diversos títulos na linha

napoleônica e histórica. A empresa possuiduas séries de jogos a Au fil de l'épée, a níveltático, com batalhas da Idade Média e a Joursde Gloire dedicadas as batalhas Napoleônicas.Visite :

A Pratzen Editions é umaempresa Francesadedicada aos jogos detabuleiro e wargames. Aespecialidade da empresasão jogos no perídoNapoleônico, e a empresatem planos para jogos emoutros períodos.http://www.pratzen.com/index_en.php

http://perso.orange.fr/jours.de.gloire/CeC_US.htm