stela barbieri e fernando vilela - companhia das letras

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stela barbieri e fernando vilela

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stela barbieri e fernando vilela

Copyright do texto © 2019 by Stela Barbieri e Fernando VilelaCopyright das ilustrações © 2019 by Fernando Vilela e Stela Barbieri

Concepção da história: stela barbieri e fernando vilela

Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009.

Projeto gráfico: fernando vilela

Revisão: adriana moreira pedro, huendel viana e arlete sousa

Tratamento de imagem: artebr e américo freiria

Créditos das imagens: p. 45: Granger/ Fotoarena

p. 46 (acima à esq.): Album/ British Library/ Fotoarena

p. 46 (acima à dir.) e p. 47 (à esq.): Bridgeman Images/ Fotoarena

p. 46 (abaixo): De Hansel & Gretel, de Neil Gaiman e Lorenzo Mattotti, pela TOON Graphic, primeira edição 2014 © Lorenzo Mattotti & TOON Books. Permissão de uso.

p. 47 (à dir.): British Library/ Bridgeman Images/ Fotoarena

2019

Todos os direitos desta edição reservados àeditora schwarcz s.a.Rua Bandeira Paulista, 702, cj. 3204532-002 — São Paulo — sp — Brasil

(11) 3707-3500 www.companhiadasletrinhas.com.br www.blogdaletrinhas.com.br /companhiadasletrinhas companhiadasletrinhas

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)

Barbieri, StelaLabirinto de histórias / Stela Barbieri, Fernando

Vilela ; ilustração de Fernando Vilela, Stela Barbieri. — 1a ed. — São Paulo : Companhia das Letrinhas, 2019.

isbn 978-85-7406-880-0

1. Literatura infantojuvenil i. Vilela, Fernando. ii. Título.

19-27198 cdd-028.5 Índices para catálogo sistemático:1. Literatura infantil 028.52. Literatura infantojuvenil 028.5

Iolanda Rodrigues Biode – Bibliotecária – crb-8/10014

Esta obra foi composta em The Sans e impressa pela Geográfica em ofsete sobre papel Alta Alvura da Suzano S. A. para a Editora Schwarcz em setembro de 2019

A marca fsc® é a garantia de que a madeira utilizada na fabricação do papel deste livro pro vém de florestas que foram gerenciadas de maneira ambientalmente correta, social-mente justa e economicamente viável, além de outras fontes de origem controlada.

ento e Manu eram irmãos gêmeos que moravam numa grande cidade e sempre sonhavam com aventuras. Quem mais alimentava os dois com histórias malucas era a avó deles, Henedina. Muitas delas tinham como personagem principal uma tal de Bruxa Abdula. Segundo a avó, essa Bruxa andava sempre cheia de matulas e tinha uma sacola com feitiços. Conhecida por todos como “Bruxa Abdula e sua matula”, ela era famosa por ser uma contadora de histórias engraçadíssima e um pouco atrapalhada, além de ótima professora de mágica — sabia tudo sobre feitiços e tinha até escrito um livro sobre o assunto.

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Um dia, Bento e Manu entraram escondidos no quarto da avó e abriram seu baú secreto, pois sempre encontravam alguma coisa interessante por lá. Acharam um monte de livros de histórias e muitos cacarecos. Passaram a tarde inteira lendo juntos um enorme livro de contos de fadas. No final do dia, resolveram remexer o baú de novo e encontraram um volume em capa dura, com letras douradas, todo escrito à mão. Quando abriram a primeira página tomaram o maior susto: aquele era o livro de feitiços da Bruxa Abdula!

Foi uma descoberta incrível! A noite caía e os dois ficaram horas lendo o livro da Abdula, que ensinava vários truques, como o de inventar palavras poderosas e fazer mágicas. Na página 22, encontraram um feitiço que ensinava a viajar no tempo e no espaço. Chamava “magia do dois”, e só funcionava com gêmeos que haviam nascido no dia dois de fevereiro, em um ano com final dois, como Bento e Manu, por incrível que pareça!

— Bento, se essa magia funcionar, podemos encontrar a Bruxa Abdula! — disse Manu, entusiasmada.

Os dois continuaram a ler o livro, que dizia assim:

Para a “magia do dois” acontecer, os irmãos gêmeos devem dar as mãos e se concentrar no lugar para onde querem ir. Depois, devem falar juntos a frase mágica: “Eu, você, nós dois!”. Dessa forma, os irmãos serão transportados para o lugar que imaginaram. Se estiverem com mais pessoas, todos devem dar as mãos e falar juntos o número total do grupo. Por exemplo, em cinco deve-se falar: “Eu, você, nós cinco!”.

Os irmãos ensaiaram várias vezes para fazer a magia direitinho, porque queriam muito conhecer a Bruxa Abdula.

— Vamos tentar agora, Bento! — disse Manu, animada e preocupada, pois já estava ficando tarde.

Foi quando a avó Henedina gritou da cozinha:— Crianças! Onde vocês estão? Desçam para jantar!— Rápido, Manu! Vamos fazer a magia antes que a vovó venha

até aqui!Eles deram as mãos, subiram no baú, imaginaram a casa da

Bruxa Abdula e falaram ao mesmo tempo:— Eu, você, nós dois!O quarto escureceu e eles desapareceram.

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— que estamos fazendo aqui? — perguntou Bento.— Desculpa — disse Manu —, mas na hora que falamos as palavras mágicas,

não sei por quê, pensei na história da Chapeuzinho Vermelho que lemos hoje. Acho que é por isso que estamos aqui…

Chegaram na história justo no momento em que a Chapeuzinho perguntava ao Lobo:

— Por que você tem esses olhos tão grandes, vovó? — São para te enxergar melhor, minha netinha — respondeu o Lobo, afinando a voz.— Vovó, e por que você tem esse nariz tão grande? — É para te cheirar melhor, minha netinha — respondeu o Lobo, levantando a

cabeça.— Mas, vovó, por que você tem essa boca tão grande?