informativo stela farias, n° 02

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A vice-líder da bancada do PT, deputada Stela previstos em lei, diante das afirmações do Farias, qualificou a política de segurança secretário não serão tratados pela Segurança pública do governo Sartori como atrasada e Pública no RS?”, questiona ela, referindo-se a de viés autoritário, em pronunciamento na tribuna recentes declarações de Jacini de que tratará da da Assembleia. Ela disse que o modelo defendido segurança pública do ponto de vista apenas pelo atual secretário, Wantuir Jacini, separa a criminal. violência social e violência criminal para isentar-se Para Stela, reduzir a segurança pública a da responsabilidade sobre a primeira e reduzir suas perseguições e troca de tiros, pode servir como atribuições. “É uma visão absolutamente espetáculo, prática que remete ao tempo da inadequada, colocada em desuso por inúmeros ditadura militar, quando o aparato do Estado era especialistas, gestores públicos e estudiosos do utilizado com uma lógica cruel e leviana: eliminar tema”, avaliou, citando o professor Rodrigo pessoas. “A Polícia não é juiz, júri e executor. Azevedo do Pós-graduação em Ciências Criminais Nenhum país resolveu a violência com mais da PUCRS, que afirma que países com baixa violência. Com a simples eliminação de indivíduos”, criminalidade têm políticas de segurança aliadas afirmou. com outras áreas. “Ele vai mais longe e diz que há Para finalizar, a deputada disse que houve uma décadas o modelo defendido por Jacini é profunda mudança no modelo de Segurança considerado autoritário e comprovadamente Pública, cuja origem está amparada na redução das ineficiente”, completa Stela. funções públicas do Estado, em benefício de uma Segundo ela, o combate à violência só tem falsa austeridade que privilegia o corte de gastos resultado efetivo quando é enfrentado na raiz, que é em detrimento do bem-estar da população. Stela social. E está associada a outras questões, de reforçou o requerimento da deputada Mirian ordem psicológica, econômica, de igualdade de Marroni pedindo que o secretário seja chamado oportunidades, de acesso à educação, à saúde e ao pela Casa para prestar esclarecimentos sobre a convívio social saudável. “Eu pergunto, por política de segurança defendida pelo governo exemplo: questões sociais como racismo, Sartori. homofobia, infanticídio e feminicídio, crimes graves E Situação é caótica em seu discurso Stela também fez referência a outra fala infeliz do secretário a uma rádio local, “carregada de preconceito gravíssimo de gênero, ao responsabilizar as mulheres trabalhadoras pela violência e insegurança da população. Parece que este, lamentavelmente, é um comportamento predominante neste governo, que começou com a extinção da Secretaria de Política para Mulheres e com ela um conjunto de ações de enfrentamento a violência contra a mulher, que reduziu em 32,7% o número de feminicídios no RS”, referiu, denunciando a precarização das estruturas das Delegacias de Atendimento à Mulher e das Salas Lilás e do desvio de 30 viaturas da BM destinadas à Patrulha Maria da Penha para outras funções, descumprindo inclusive os termos do acordo com o governo federal. A política de segurança do governo já se mostra ineficiente. Os cortes de horas extras, de diárias e de custeio estão provocando uma situação caótica na segurança pública do Rio Grande do Sul, aumentando a criminalidade e colocando em risco o bem estar e a vida da população. Quem atesta são os próprios policiais: “A situação da segurança pública no Rio Grande do Sul hoje é caótica. Estamos assistindo gradual e aceleradamente o crescimento da violência em nosso Estado, presenciando coisas que a gente não conhecia, como chacinas, ataques com incêndio de ônibus, execuções dentro de ônibus, morte de criança por bala perdida”. Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm. POLÍTICA DE SEGURANÇA É ATRASADA E TEM VIÉS AUTORITÁRIO “Não bastasse esta visão retrógrada de segurança, o Governo Sartori mais uma vez demonstra o seu caráter machista, quando o secretário atribui a violência social ao fato de as mulheres saírem de casa para prover o lar e assim comprometerem a educação das crianças. Ora, restringir a mulher ao papel de cuidadora, é no mínimo, desconhecer o papel das mulheres na história.” Informativo semanal 3º mandato da deputada Stela Farias, vice-lider da bancada do PT. Abril, 2015. nº 02. RETROCESSO E PRECONCEITO “A Polícia não é juiz, júri e executor. Nenhum país resolveu a violência com mais violência”. Stela Farias. GOVERNO SARTORI Propostas Dias

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Saiba sobre os retrocessos da segurança pública do estado no governo Sartóri.

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Page 1: Informativo Stela Farias, n° 02

A vice-líder da bancada do PT, deputada Stela previstos em lei, diante das afirmações do Farias, qualificou a política de segurança secretário não serão tratados pela Segurança pública do governo Sartori como atrasada e Pública no RS?”, questiona ela, referindo-se a

de viés autoritário, em pronunciamento na tribuna recentes declarações de Jacini de que tratará da da Assembleia. Ela disse que o modelo defendido segurança pública do ponto de vista apenas pelo atual secretário, Wantuir Jacini, separa a criminal. violência social e violência criminal para isentar-se Para Stela, reduzir a segurança pública a da responsabilidade sobre a primeira e reduzir suas perseguições e troca de tiros, pode servir como atribuições. “É uma visão absolutamente espetáculo, prática que remete ao tempo da inadequada, colocada em desuso por inúmeros ditadura militar, quando o aparato do Estado era especialistas, gestores públicos e estudiosos do utilizado com uma lógica cruel e leviana: eliminar tema”, avaliou, citando o professor Rodrigo pessoas. “A Polícia não é juiz, júri e executor. Azevedo do Pós-graduação em Ciências Criminais Nenhum país resolveu a violência com mais da PUCRS, que afirma que países com baixa violência. Com a simples eliminação de indivíduos”, criminalidade têm políticas de segurança aliadas afirmou.com outras áreas. “Ele vai mais longe e diz que há Para finalizar, a deputada disse que houve uma décadas o modelo defendido por Jacini é profunda mudança no modelo de Segurança considerado autoritário e comprovadamente Pública, cuja origem está amparada na redução das ineficiente”, completa Stela. funções públicas do Estado, em benefício de uma Segundo ela, o combate à violência só tem falsa austeridade que privilegia o corte de gastos resultado efetivo quando é enfrentado na raiz, que é em detrimento do bem-estar da população. Stela social. E está associada a outras questões, de reforçou o requerimento da deputada Mirian ordem psicológica, econômica, de igualdade de Marroni pedindo que o secretário seja chamado oportunidades, de acesso à educação, à saúde e ao pela Casa para prestar esclarecimentos sobre a convívio social saudável. “Eu pergunto, por política de segurança defendida pelo governo exemplo: questões sociais como racismo, Sartori.homofobia, infanticídio e feminicídio, crimes graves

E

Situação é caótica

em seu discurso Stela também fez referência a outra fala infeliz do secretário a uma rádio local, “carregada de preconceito gravíssimo

de gênero, ao responsabilizar as mulheres trabalhadoras pela violência e insegurança da população. Parece que este, lamentavelmente, é um comportamento predominante neste governo, que começou com a extinção da Secretaria de Política para Mulheres e com ela um conjunto de ações de enfrentamento a violência contra a mulher, que reduziu em 32,7% o número de feminicídios no RS”, referiu, denunciando a precarização das estruturas das Delegacias de Atendimento à Mulher e das Salas Lilás e do desvio de 30 viaturas da BM destinadas à Patrulha Maria da Penha para outras funções, descumprindo inclusive os termos do acordo com o governo federal.

A política de segurança do governo já se mostra ineficiente. Os cortes de horas extras, de diárias e de custeio estão provocando uma situação caótica na segurança pública do Rio Grande do Sul, aumentando a criminalidade e colocando em risco o bem estar e a vida da população. Quem atesta são os próprios policiais:“A situação da segurança pública no Rio Grande do Sul hoje é caótica. Estamos assistindo gradual e aceleradamente o crescimento da violência em nosso Estado, presenciando coisas que a gente não conhecia, como chacinas, ataques com incêndio de ônibus, execuções dentro de ônibus, morte de criança por bala perdida”. Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm.

POLÍTICA DE SEGURANÇA É ATRASADA E TEM VIÉS AUTORITÁRIO

Foto: Agencia AL

“Não bastasse esta visão retrógrada de segurança, o Governo Sartori mais uma vez demonstra o seu caráter machista, quando o secretário atribui a violência social ao fato de as mulheres saírem de casa para prover o lar e assim comprometerem a educação das crianças. Ora, restringir a mulher ao papel de cuidadora, é no mínimo, desconhecer o papel das mulheres na história.”

Informativo semanal 3º mandato da deputada Stela Farias,

vice-lider da bancada do PT. Abril, 2015. nº 02.

RETROCESSO EPRECONCEITO

“A Polícia não é juiz, júri e executor. Nenhum país resolveu a violência com mais violência”. Stela Farias.

GOVERNO SARTORI

PropostasDias

Page 2: Informativo Stela Farias, n° 02

A deputada participou, em Cruz Alta, de e mudando as regras da previdência estadual.evento sobre os 100 dias do Governo Ouviu denúncias: paralisação de obras Sartori, a convite da vereadora do PT, estaduais, prejuízo para mais de 50

Estela Fagundes. Stela chamou atenção sobre estudantes da Uergs que receberiam durante a estratégia de estagnação para promover o dez meses uma bolsa de incentivo à caos e a insegurança como justificativa para proeficiência prevista em edital e encerrada a aumentar impostos, reduzir investimentos e partir dos cortes orçamentários promovidas privatizar patrimônio público. pelo atual governo. Ao comparar o mesmo período do governo Participaram do encontro professores anterior, lembrou que o ex-governador Tarso estaduais, policiais, sindicalistas, Genro enfrentou os pilares da crise estrutural representantes dos movimentos sociais e o ex-do Estado, renegociando a divida com a União prefeito Vilson Roberto.

Com participação de professores estaduais, policiais, sindicalistas e representantes dos movimentos sociais, Stela ouviu queixas sobre os retrocessos do governo Sartori em Cruz Alta.

A

CRUZ ALTA

IBIRUBÁ

deputada Stela Farias fez um roteiro por três cidades do interior do estado para verificar junto com autoridades e lideranças

comunitárias as situações de obras estaduais. Em todas eles, o mesmo quadro: obras paradas e prejuízos a estudantes e trabalhadores.

Em Cruz Alta, Stela esteve na Escola Margarida Pardelhas, cuja obra também foi paralisada pelo governo Sartori. Projeto para construção de novo prédio foi aprovado no governo Tarso, com recursos do Banco Mundial. Por falta de iniciativa do governo, o dinheiro está parado no Banco e só pode ser usado na obra. Professores e estudantes estão decepcionados.

Em Ibirubá, as obras da ERS 506 também estão paradas. Moradores e pequenos comerciantes já contabilizam prejuízos.A mesma situação se verifica no Hospital Annes Dias. O Estado cortou o repasse de recursos à instituição e acumula um déficit de R$ 36 mil mensais.

PASSO FUNDO

Stela palestrou sobre A Mulher nos Espaços de Poder, evento promovido pelo gabinete da vereadora Claudia Helena Furlanetto.

“O espaço da mulher no Brasil oscila entre 10 e 12%, mesmo o gênero superando a metade do eleitorado. Nossa representação apresenta retrocessos. Aqui, no estado, Sartori extinguiu a secretaria de Políticas para Mulheres, criada pelo governo Tarso e reduziu a participação de mulheres a apenas uma secretaria”.

Nosso gabinete promoveu no dia 25 de abril a primeira edição do “Diálogos e Perspectivas”, evento que visa debater

as conjunturas internacional, nacional e local. Estaremos, periodicamente, oferecendo este espaço para ouvirmos diversidades de opiniões e aprofundar informações. Na edição do último sábado reunimos mais de 100 pessoas, em Porto Alegre, para ouvir os sociólogos, Emir Sader e Flávio Koutzii, dois pensadores contemporâneos.

DIÁLOGOS E PERPECTIVAS ALGUMAS FRASES

EMIRSADER KOUTZii

FLAVIO

Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul - Praça Marechal Deodoro, 101 - 8º andar. Porto Alegre/RS - Cep 90010-282 . fone: 51 32101689

GOVERNO SARTORI

PropostasDias

ESTRATÉGIA DE ESTAGNAÇÃO PARA PROMOVER O CAOS

"O PT pode ter mudado muito, mas permaneceu uma fidelidade histórica: o combate às desigualdades sociais."

"O avanço do neoliberalismo está expresso na reversão da imagem do PT e da Petrobras. O episódio da lei da terceirização servirá para consolidar uma unidade dos trabalhadores e até de quem não se vê como trabalhador."

"É preciso levar em conta, embora seja muito potente a ofensiva, certos desequilíbrios. Tem um comando central qualificado, mas também tem tropas meio esquisitas, dessas que tomaram muito espaço nas ruas. Nós ( a esquerda) estamos num estado de emergência em que é preciso criar espaços de discussão permanentes, para impedir que as pessoas vão pouco a pouco se desorientando, tornando-se mais vulneráveis a uma dinâmica pessimista. ”

Emir Sader

Emir Sader

Flavio Koutzii