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N.° 2.040 Novembro de 1955 Ano LI-T rv *^W\ I fi/^X^t) \r~~—V^ / PREÇO 5 CRUZEIROS(j V ^-%^B pür7^ 9yj \ I ^—^<sr ^ A^^-uiZ)Q

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N.° 2.040 — Novembro de 1955 — Ano LI -T rv *^W\ I fi/^X^t) \r~~—V^ /

PREÇO 5 CRUZEIROS (j V ^-%^B pür7^ yj \ I

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®AAAM.

V\ Wm ^ AP AI, por que me chamo Moisés?— Porque, — respondeu o ancião — há sete anos, quando ocorreu aqui grande

naufrágio com um lindo barco, foste o único sobrevivente. Tinhas, naquela época,apenas quatro anos.

Então, não és o meu verdadeiro pai? — perguntou o meninoNão, meu filho; mas durante todos estes anos tenho cuidado de ti como se tosses meu filho,

e como te apanhei no mar dei-te um nome que quer dizer "Salvo das águas".O garoto riu e continuou:

Sou muito feliz por me haveres criado e fico muito grato por isso. És tão bom !Oxalá que a sorte te favoreça, mas me parece que ainda vamos ter dias muito tristes. Eu já

estou velho e não encontro trabalho...Não te preocupes, papai. Eu pescarei no meu barquinho.

E pondo-se a correr em direção à praia, deu de longe um adeus ao ancião, que permaneceu sen-tado em sua cadeira à porta da cabana.

Moisés tinha um pequeno barco no qual costumava fazer pescarias e passeios quando o tempo erabom. Chegando à praia embarcou nele e gritou como se estivesse comandando uma grande embar-cação com muitos marinheiros:

Levantar âncora ! Remos em posição e vogar até o lugar da pesca !Então empunhou os remos e depois de remar algum tempo, parou e preparou a linha.

Força, força ! — gritava enquanto puxava a Unha, logo depois. — Deve ser um peixe muitogrande ! E quando o trouxe até a beira do bote, exclamou:

É o maior que já se pescou aqui!Moisés estava na popa do barco, e o peixe se achava na proa.Que lindo peixe ! Este sim ! Com este vamos... — e parou de falar porque ouviu que o peixe

lhe dizia, com espantosa clareza:Oh ! Que foi que aconteceu?Você falou? — indagou Moisés estupefacto.

E o enorme peixe se ergueu sobre a cauda e disse:Desculpe-me se não falo bem, porque parece que estou com um osso atravessado na gar-

ganta...Não é um osso'— respondeu o menino. — __ meu anzol.Ah I então é isso? — respondeu o peixe com tristeza. — Peço-te que o tires, porque me está

incomodando.O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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Moisés tirou o anzol, sem dizer uma palavra.Agora, sim ! Estou melhor — disse o peixe. — Vamos, então, conversar.E começou a palestra.Você é um menino bom. Gostaria de conhecer os meus tesouros? — perguntou.Como farei para acompanhá-lo? — indagou Moisés. — Não posso viver debaixo dágua e nãocompreendo como você pôde viver fora dela...Agarre-se à minha cauda — disse-lhe o peixe — e verá que tudo dá certo.

O menino .embora meio desconfiado, agarrou-se ao rabo do peixe e ambos desceram do barco.E meu bote? — perguntou ao peixe, esquecendo-se de que já estavam em baixo dágua.Não se preocupe — respondeu o companheiro. — Já ordenei a um esquadrão de espadartes,

para que tomem conta dele.Quem é você, então? — inquiriu Moisés.Pois não sabes? — respondeu o peixe — Sou o rei dos peixes. Vou mostrar-lhe meus tesouros...Nadaram com rapidez debaixo dágua, até que chegaram a um enorme palácio construído de co-ral e madrepérola. As portas estavam guardadas por enormes lagostas, que fizeram as saudações de

praxe quando o rei passou com o novo amigo.Moisés estava admirado por tudo que via. Nunca havia imaginado qu sob o mar pudessem existirtao belos e ricos palácios, melhores que os mais luxuosos da terra, e contemplava tudo com surpresaDepois de atravessarem inúmeros corredores e salões, chegaram a um aposento de grandes di-mensões.

£ste é o salão de refeições — disse o rei dos peixes.__ lindo I — respondeu o menino.Agora, vamos comer qualquer coisa. — E ordenou aos criados que servissem uma refeiçãoSentaram-se à mesa e começaram a festa. Entre os pratos do cardápio havia sopa pastel de ca-ranguejo, postas de anchovas com molho de algas marinhas. Tudo era tão saboroso e tão variado

que o menino sentia nao poder provar de todos os pratos. Quando terminaram, o rei deu um grandesalto e disse:Vamos ver os tesouros ! — e se puseram em marcha, acompanhados poi- soldados que leva-vam peixes luminosos. n

Assim visitaram uma gruta, depois outra, mais outra e outra. Em cada uma delas o rei dizia aomenino: — Escolha o que quiser.Moisés não se fazia de rogado, de modo que em pouco tempo havia um verdadeiro exército decriados, carregando pérolas, rubis, ouro, prata e demais coisas que êle tinha separado.

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO

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Esta é a última caverna — disse o peixe ao chegar à maior de todas já visitadas e que seachava próxima à superfície. — Aqui reuniremos todos os seus tesouros.

Muito bem — respondeu seu acompanhante — acho, porém, que fui imprudente. Escolhi coi-sas demais.

N&o se preocupe — respondeu o rei. — O que me sobra são tesouros e mesmo que um exércitoviesse aqui a todo presentearia com prazer, e ainda me sobrariam riquezas. Quasi diria que são. ines-gotáveis, pois todos os dias o mar me oferece jóias inestimáveis.

Estou maravilhado com tudo que estou vendo. Sinto-me agradavelmente impressionado emulto feliz por tê-lo conhecido I

Enquanto isto o tesouro foi colocado num cofre que a custo pôde ser fechado, de tão cheio queestava.

Veja se pôde carregá-lo — disse o rei ao menino. — Creio que está muito pesado...Moisés aproximou-se, fez um gesto para suspender o cofre, mas não o conseguiu. N&o se querendo

dar por vencido deu um forte puxão...Paff! Ai, então, acordou, dentro do seu bote e passou a mão pela cabeça.

Estive sonhando ! — disse — Entretanto, o sonho foi tão bonito I Quisera que fosse tudo ver-dadel

Como já era tarde, começou a remar para voltar á praia.Ao vê-lo aproximar-se, o velho Mac gritou alegremente:

Quantos peixes pescaste, filho?Nenhum I Mas tive um lindo sonho. Vou contá-lo.Muito bem, meu filho, eu te ouvirei com atenção.

O menino sentou-se em seus joelhos e relatou tudo o que havia sonhado.Como eram lindos os tesouros, papal I — exclamou. — O rei deixou que eu escolhesse o que

mais me agradasse. Lamento muito que tudo não tivesse passado de um sonho .porque, se fosse real,agora estaríamos ricos I Nem podes imaginar quantas pérolas e rubis, quanto ouro e quanta prata seachavam no cofre I

Disseste que o rei te levou para visitar as grutas? — indagou o pai com curiosidade.Sim — respondeu Moisés. E como eram lindas 1 O rei tinha também um exército de lagostas

que serviam como soldados para guardar seus tesouros. E estes, segundo disse, não se acabariamnunca.

O velho Mac ficou silencioso durante algum tempo.Achas que te seria fácil descrever essas grutas, meu filho? — indagou ansioso.Com certeza I — respondeu o menino. — Jamais poderei esquecer aquelas maravilhas ! Ain-

da as tenho na re tina 1

6 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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O velho Mac se pôs de pé.Eu conheço perfeitamente essas grutas I — disse.Deveras? — exclamou o menino, assombrado.-Sim. Eu as conheço. Tenho certeza.Já estlvesté então com o rei dos peixes? — indagou o filho, com os olhos desmesuradamento

abertos pela curiosidade.Nào! Nunca estive com êle, porém conheço essas grutas. Jamais as visitei, mas «cora ire-mos lá.

E se puseram a caminho.Achavam-se elas multo distantes e o seu acesso era muito perigoso.Estas sâo as grutas I — exclamou Moisés, muito agitado, quando chegaram a elas E nenamaior é que estava o cofre I Sim, sim I — gritou. — & essa mesma !O velho Mac penetrou na gruta com cuidado, com o auxílio de uma lanterna.

Por aqui I — indicou Moisés. — Deste lado I Aqui está o cofre que o rei me deu IDe fato: ali estava um cofre de madeira, com grossos ferros Já velhos e enferrujados pela ação dotempo. Era, sem dúvida, parte de tesouros que piratas, séculos atrás, depositavam naqueles esconde-rijos para tê-los fora do alcance de pessoas cobiçosas e ansiosas por enriquecerem facilmente. Comcerteza, atrapalhados em algumas de suas fugas, não puderam carregar aquele, que permanecera anose anos naquele canto, sem ninguém suspeitar, mesmo os que passavam por perto, de que estavam aoseu alcance tais riquezas, sem maior esforço do que o de arrastar o cofre de lá.O velho Mac levantou a tampa e viu, deslumbrado, que estava cheio de ouro e pedras preciosas.Que beleza ! — exclamou Moisés entusiasmado, pulando e saltando. — Agora náo Importa queestejas sem trabalho, náo é, papal? n

E, meu filho — respondeu. — Aqui temos bastante para viver os dois até que a morte nos sur-preenda ! E espero que isto nào aconteça tão cedo... Também não abandonaremos este lugar ondefomos tào felizes. '

E o velho Mac, em companhia do seu filho adotivo, viveu muitos anos ainda naquela simples ca-bana onde nada lhe faltava, nem o carinho de Moisés.

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO

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RECO-RECO. BOLAO e AZE/TO/VAANTES QUE O RÉCO-RÉCO EO AZEITONAJ ACHO QUE O BOLÃO ESTA' COM )ACORDEM, VOU COMER ESTA GALINHA ri ALGUM "PLANO SECRETO . r-'ASSADA, LA'NO BOSQUE.

j^y~T VOU AVISAR O RECO-RECO' T

f VAMOS SEGUl'-U_A ESTA GALINHA DEVE ESTAR DELICIOSA/)

"^ /bjtenho um\ /A Ah y^yy.

SOCORRO/...INDIOS. A BOLAO,VOCÊ OA'VIU \ /?NDIO?... MAIS^lA MINHA FANTASIA §^\ ( UMA VEZ FUI /DEl'NDIO, PARA O PBO-) V LOGRADO XXIMO CARNAVAL ? / /y*--_____^_--_-/

O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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_SS_-kT^_

Eis as 10 perguntas a que você deve responder,na "sabatina" de hoje.Veja se responde sem consultar ninguém. Cadaresposta certa vale um ponto. Para conferir, virea pagina e leia as respostas.

— Que é carambina? Arma de caçar passarinhos? Flocode neve ? Substância que se extrai do cânhamo ?— O fundador do jornal "Aurora Fluminense", que pre-gava a mdependência do Brasil, foi: José Bonifácio ?-Zacarias de Góes ? Evaristo da Veiga? Feijó?

3 — Frei Henrique de Coimbra celebrou a l.amissa em terra firme, no Brasil, em 1500.Em que dia ? 4 de Junho ? l.° de Maio ? 25 de Abril ?

— Ancoreta é: âncora de navio de cabotagem ? barril usado a bordo ">corda que amarra o leme do navio ?

— A célebre Batalha de Tuiutí, entre brasileiros e paraguaios, ocorreua 24 de maio de: 1856 ? 1866 ? 1876 ?— Estropeada quer dizer: estraçalhada ? tropel ? desmantelada ? ruidode um carro ?

— Quem escreveu o romance "O moço louro" foi: Joaquim M. de Ma-cedo ? Vicente de Carvalho ? Hermes Fontes ? Machado de Assis ?8 — D. Pedro I abdicou ao trono do Brasil, a favor de seu filho, em 7 de Abrilde: 1817 ? 1825 ? 1831 ?

9 — O símbolo da terceira Virtude Teologal, a Caridade, é: uma âncora •>uma cruz ? um coração ?

10 — O nome de batismo de Pasteur, o descobridor do soro contra a "rai-va" era: Albert ? Henri ? Louis ? Alexandre ?

¦sinoq — oi ¦ovôvuoj — 6 Tg8l — 8 -op33vMap '_'/¦ — _ 'ladouz — 9 "9981 u-3 — ç optoq v opvsn \ijuvq — * Ofvjt3P oi — _ v6i3A vp oisuvaa — z 9aau 3p 00014 — 1 ^VJLSOJSãX

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NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO 9

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CRUZVeja a solução deste problema

no próximo número.Note que isto não é concurso e não

deve mandar solução.

¦*&.

ávzzh5

CHAVESHORIZONTAIS:

1 — Colocar de manei-ra a formar obstá-culo.

— Nome de homem.

— Mesa farta.

— Animal polar.

VERTICAIS:

— Tornar ôco.

— Parada. Sus-pensão.

— Número cardinal.

5 — Que clareia, ilu-mina.

SOLUÇÃO DO PROBLEMADE OUTUBRO

HORIZONTAIS: 1 —Fe-liz; 5 — Arara; 6 — Capiva-ra; 7 — As; 8 — Rara.

VERTICAIS: 1 — Faca; 2— Era; 3 — Lapa; 4 — íris;10 — Ama; 11 — Rir; 12 —Ala.

10 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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O navegador espa-hol Vicente YafiezPinzó n foi o primei»ro que, em Dezembroda 1499, avistou aaterras que _5o hojtfo estado de Pernaru-bueo. Esse marinhei.ro descobriu o caboa que deu o nome deSanta Maria da Con-«olaçSo, hoje deno-minado Santo Agostl-nho.

Se queres eer umhomem direito,aprende lato:

Nio invejei a bo»sorte de teus parca-tes e amigos.

Desculpa ee errosalheies sem Incorreratles.Administra pruden-temente o teu di-¦beiro.Não interveahas

em dlseossies nemem murmwvçSe*.

Oave, sem revolta,ee conselhos qae tederem.

•O alumínio é obtl-

do do minério cha-madoBauxlta.

•' O bagaço da canade açúcar ó ótimopara a fabricação depapel de jornal.

•As tatuagens doe

chefes maoris, daNova Zelândia sftosempre feitas em for-roa de espiral.

•A estriqulnJna «um veneno vegetal.

São Francisco deBales é o Patrono dosjornalistas católicos.Autor da famosaobra "Introdução 4Vida Devota", fundouti Ordem da visita-ção. Sua festa é ce-lebrada em 29 de Ja-nelro.

•Sfio Bernabé foi

um dos doze aposto-los e propagadoresmais entusiastas dcfcristianismo. Nas-ceu na ilha de Chi-pre e no ano 72 íolelevado & categoriade mártir. Sua festase celebra em 11 deJunho.

•A capital da repú-

bllca da Bolívia éSucre, porém a sédedo governo é na ei-dade de La Paz. Poristo muitos a consl-deram erroneamentecomo a capital.

O crânio de umnegro africano temdoas vezes mais es-pessura «ae o de naeuropeu, e ó muitomais duro.

Os sábios dizemque essa espessuradas paredes eranta-nas tem por fim pro-teger o cérebro dosardentes calores tro-

A palavra tabu é deorigem polinésla eauer dizer sagrado.Há pessoas, objetose lugares "tabu*», aosquais se deve o maiorrespeito. Os chefesdas tribus maoris, daNova Zelândia, Ocea-nia, são todos tabu.E' o mesmo que dizer;pessoas sagradas; as-sim como suas fami-Uas e os animais quelhes pertencem.

Recife, capital déPernambuco, foi fim-dada em IMS.

O polvo tem a fa-cnidade de madar acôr da pele pelosmovimentos das eélu-Ias pigmentirlas enão é raro se fazerlio transparente quedeixa de ser até per-eebido, dentro digna.Polvo nio tem espi-nhas, apesar de eerhabitante do mar.

•Entre os indios da-

kotas, da América doNorte, existia o cot-tume de atirar aaégua dos rios, ou la-gos, todas as roupas eobjetos pertencentesa um companheiro •falecido, pois, de acôr-do eom sua crença.o morto voltava àterra para recuperaro que era seu, e paraque isto nio aconte-cesse joga.vam aséguas tudo lhe tinhapertencido em vida.

Santa Rita de Cas-ala é a advogada dascausas impossíveis.Nasceu na Itália e suafesta é celebrada em22 de Maio.

Como os proprietà-rios dos terrenos quecircundavam as cata-ratas do Nlagara senegassem a deixarpassar, por suas ter-ras, os turistas quedesejavam contem-plar tio belo espeta-culo, o governo dosEstados Unidos, em1886, comprou taisterras pagando ummilhão e meio de dó-lares.

•Até 1700 nio se co-

nheclam as formosasaves do paraíso, ori-ginirtas da NovaGuiné. Os holandeseslhes deram os nomesusados ainda hoje; osmalaios as chama-vam "Aves de Deus",e os portugue-aea, "Aves do Sol"

A mosca é umgrande Inimigo dasaúde. Pousa nos la-gares mais sujos, eleva para os alimen-tes, presos is patas,imuadieles e micro-Mos.

B* ela quem pre-paga doenças eeeao a«Mterla, a eonjoati-vite a oftalmla. edeve, por Isso. i>reombettda. O melhormeio de combatê-la.é ser assolado e niodeixar amontoar Uso

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A MUSICA E OS

/ÍR^^^W^"' '' i1' /""* S animais gostam de música?JwfjkWtÊ: r li ^v\ >^ Para resPonder a esta pergunta,/V»f lw\i J&fíwwC bastaria recordar as conclusões dosM %&%&ly^Uffl^wÊk mais célebres naturalistas, ou fazer

BmK^^^^^^^^5JP indagações às pessoas que tomamconta dos bichos nos jardins zoológi-cos. Mas quem, entre nós, não teve jáocasião de verificar, por si mesmo,

como se comportam cães, gatos, ou outros animais domésticos, dian-te dos acordes de um violino ou de um piano?

Houve um inglês riquíssimo, Fred Whymper, que se apaixonou poresse problema e colecionou, por escrito, observações a respeito, traba-lho de muita paciência e cheio de pitoresco.

— "Meus animais — escreveu êle — são muito sensíveis à mú-sica de orquestra. Gostam dela, e é sinal de que ela lhes faz bem.Pela manhã, antes de ouvirem música, mostram-se taciturnos e irri-tados, ficam metidos nos seus cantos. Mal começam os músicos a afi-nar os instrumentos, levantam-se, ficam de olhar cintilante, saco-dem os membros e batem com a cauda. As aves de rapina ficamabrindo e fechando as asas; a própria serpente que possuo, ouvindoa música da^orquestra, sái do seu torpor e lentamente desenrola asespirais." •

Esse mesmo Mr. Whymper conta a divertida história de um cãoescocês que gostava muito da músicade órgão, mas nos registros baixos. «|Se o organista tocava notas agudas, ornam m há.começava a mostrar os dentes e arosnar Isso, aliás, se explica pela sen-sibilidade^ enorme do aparelho audi-tivo dos cães, que uivam de dôr ou-vindo um toque de cometa, ou cia-rim, ou uma nota qualquer, aguda.É de dôr que uivam, os pobres, estádemonstrado.

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12 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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Um fazendeiro da América possuía velho pato que, mal ouvia ai-guém tocar algumas notas no piano, atravessava a casa e ia ficar bemperto do instrumento, para "ouvir melhor", com certeza.

O grande pianista Pederewsky, que foi Presidente da repúblicada Polônia, era dono de um papagaio que fazia a mesma coisa. Se aporta do gabinete do famoso maestro estava fechada, ficava dandobicadas, arranhando-a, até que ela lhe fosse aberta. Corria, então, atrepar no pé do musicista, e dali só saía se este parava de tocar.

O poeta Teófilo Gautier não gostava de música. Chegou, mesmo,a confessar isso por escrito, numa de suas obras, definindo a músi-ca como o mais desagradável de todos os ruidos... Pois a sua gati-nha.. que êle próprio batizou "Madame Teófila", adorava-a. Mal ai-guém se instalava ao piano, corria e trepava no instrumento paraouvir, Se alguém cantava, continuava a ouvir com interesse,mas se a cantora dava um daqueles agudos tão gabados pelos enten-didos, "Madame Teófila" pulava e corria. Também não apreciava asnotas altas.

Esses são exemplos de que os animais são verdadeiramente sen-síveis à música. Os americanos já utilizam o rádio perto dos cur-rais, pois descobriram que, com música, as vacas dão mais leite, "sol-tam" melhor o saboroso líquido.

Sendo a música uma coisa tão bela, tão enternecedora e grataao ouvido humano, por que duvidar de que exerça também impres-são agradável sobre os nossos irmãos irracionais?

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO 13

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ti

4-$ $ereMAQAVILHAS^MUNDO

V-0 TEMPLO DE DIANAEra todo construído de ouro e mármore branco. Estava situado

em Éfeso, na Ásia Menor e foi oferecido à deusa Diana, adorada nacidade Este maravilhoso templo foi incendiado por Erostratos ouEratósteles, em 356 A. C, para alcançar celebridade.

Durante muito tempo proibiu-se que se falasse em seu nomepara que não alcançasse depois de morto o que tanto desejara emvida. Alexandre, o Grande, quando, quando empreendeu a conquistada Ásia, ofereceu-se para restaurá-lo à sua custa; mas, os efésios re-cusaram sua proposta e o reconstruiram eles mesmos com seus pró-prios recursos.

Foi saqueado pelo imperador romano Nero e finalmente acabadode ser destruído pelos godos no V século depois de Cristo.

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TIPOS REGIONAIS BRASILEIROSO MADEIREIRO

w Al a mais de melo milhão de toneladas a expor-* tação anual de madeiras do Brasil. E essa madeira

toda, e mais a que se consome aqui mesmo no país,6 derrubada a machado pelo homem. Esse é um espe-ciatlsta, um técnico no seu oficio. Ele sabe, comoninguém, como deve atacar e derrubar o gigante dafloresta. Ele é o forte que, de machadoem punho, trabalha de sol a sol na der-rubada, proporcionando material paraas serrarias trabalharem, para *fabrico de papel com a polpa damadeira, e movimentando inú-meras indústrias. Com a madeira que êle, Inicialmente,derruba,fazem-se desde as casas dos colonos, no sul,e os barracSes, no norte, até os fósforos com queacendemos, cada dia, o nosso fogão. O madeireiroê, assim, como tantos outros, um grande fatordo trabalho e do progresso do Brasil.

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TIDOIS GRANDES

VULTOS

DA

REPÚBLICA

BENJAMIN, 0 FUNDADOR

NASCIDO no Rio de Janeiro em 1833, Benjamin Constant Botelho de Maga-

lhães ingressou na carreira das armas em 1852, distinguindo--* pelo seugrande amor aos estudos. Terminado o curso militar serviu na guerra do Pa-

raguai, distinguindo-se por inúmeros atos de bravura. Foi diretor do Instituto deCegos, no Rio de Janeiro, e o fundador da Escola Normal Superior, que dirigiu du-rante muito tempo. Tal era, em resumo, a figura desse ilustre militar, que ocupa-va o posto de coronel, no ano de 1888, quando estavam em ebulição as idéias repu-biicanas.

Benjamin Constant era fervoroso partidário do ideal republicano, encarregan-do-se de difundi-lo no seio das classes armadas. Tendo entrado em contacto comQuintino Bocaiúva, chefe do Partido Republicano, Benjamin Constant, impulsivocomo era, chegou a organisar os planos para uma revolução. Apesar de ter sido umdos que mais concorreram para a vitória do movimento de que resultou a Repú-blica, pois estava mesmo à frente das tropas que cercaram o governo no Quartel Ge-neral, Benjamin Constant, procurou passar despercebido, recusando-se a aceitar qual-quer cargo. Dado, porém, o seu grande valor, foi obrigado a aceitar o cargo de Mi-nistro da Guerra, distinguindo-se mais uma vez pelas excelentes medidas que to-mou. Os códigos militares foram reformados, sendo-lhes dado um caráter mais li-beral e para o ingresso na Escola Militar mais do que o nome do candidato passoua ter valor o seu grau de cultura, com o que muito lucrou o exército.

Em 1890 passou a ocupar a pasta da Instittçgo Pública, realisando importantesreformas. Como Ruy Barbosa, deixou o governo quando o ministério se mostrou emdesacordo com o marechal Deodoro. Falecendo no ano de 1891, a morte veio sur-preendê-lo na mais completa pobreza, tanto assim que o futuro de sua viuva e deseus filhos teve de ser atendido por uma subscrição nacional. £' que, passando a vidaa pensar na grandeza da pátria, o grande brasileiro não teve tempo para pensar emsi mesmo.^W^.^g^s^Q^

1G O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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DEODORO, O PROCLAMADORFILHO

do tenente-coronel Manoel Mendesda Fonseca, e de D. Rosa Maria Paulina

da Fonseca, Manoel Deodoro da Fonseca nas-ceu no dia 5 de Agosto de 1827, na provínciade Alagoas, matriculando-se na Escola Mili-tar em 1843, tendo concluído o curso de ar-tilharia quatro anos depois.

Fez a campanha do Uruguai e tomou par-te na guerra do Paraguai, sendo citado nú-meras vezes por atos de bravura. Tenente-coronel em 1868 e general de brigada em1874, exerceu vários cargos em comissão, sen-do designado em 1885 para comandante dasarmas e presidente da província do Rio Gran-de do Sul. Foi a partir dai, que êle, at»então alheio aos acontecimentos políticos, seviu envolvido numa série de fatos, que culminaram com a proclamação daRepúbblica.

Ocorreu o seguinte. No ano de 1886 o coronel Cunha Matos revidou pela im-prensa uma acusação feita pelo deputado Simplicio de Rezende, sendo censurado pu-blicamente pelo Ministro da Guerra. O tenente-coronel Sena Madureira, que serviano Rio Grande do Sul, protestou, sendo então ordenado ao comandante das armas queo punisse com censura e prisão.

Deodoro, em ofício ao governo, declarou que não houve por parte do seu su-bordinado nenhum intuito de ofensa, bem como que os regulamentos militares nãose aplicavam ao caso em apreço, razão pela qual não podia aplicar a punição ordena-da. O governo, porém, insistiu no seu propósito de punir os oficiais descontentes,pelo que Deodoro, tendo esclarecido corajosa e altivamente a sua posição em face dostcontecimentos, resignou ao cargo que ocupava, solidário com cs seus companheiros.

A repercussão do seu gesto foi enorme, causando apreensões ao governo, que resol-veu afastá-lo do Rio, onde se encontrava, enviando-o para Mato Grosso, como co-mandante das tropas sediadas em Corumbá. Mais tarde Deodoro regressou ao Rio,sendo escolhido, tanto pelos militares como pelos civis, para chefe do movimento re-publicano, pois então êle já estava convencido de que a república era uma necessi-de, e que "ela viria com sangue, se não fossem ao seu encontro sem derramá-lo".Após diversas reuniões em sua casa, ficou decidido que a mudança do regime degoverno devia ser' efetuada sem mais demora. Então, na manhã de 15 de Novembrode 1889, apesar de doente, Deodoro colocou-se à frente das tropas revolucionárias,indo postar-se diante do Quartel General, onde estava reunido o governo, excia-mando com entusiasmo: "Viva a República!"

Penetrando no Quartel General, Deodoro demite o Ministério, organisando umgoverno provisório, do qual foi o chefe. Posteriormente, por um dispositivo provisó-rio da Constituição, êle ficou sendo o primeiro presidente da República, demitindo-seno ano de 1891, por questão política. No ano seguinte, em 1892, veio a falecer, apósuma vida toda dedicado a grandeza e ao progresso da pátria.

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MONTCALMRecllnados

ao parapeito de seu barco, alguns oficiais viam deslizar as águasdo rio São Lourenço. Por todos os lados, campos cobertos de cores vivas, decabanas em grandes clareiras no bosque, de pequenos solares cinzentos.

lEntretanto, naquela primavera de 1756, pesada ameaça pairava sobre oscanadenses. Na fronteira dos Grandes Lagos, a guerra se reacendia entre colonosfranceses e ingleses. As forças eram desiguais: Londres enviara tropas numerosas.De Quebec, o marquês de Vandreiul, Governador do Canadá, pediu o auxílio do reide França.

* * *Nos primeiros dias de Maio, chega uma pequena frota da França. Belos regi-

mentos com uniformes brancos enfeitados de azul e vermelho.. O homem que oscomanda é um dos melhores oficiais do rei: é Montcalm. O perigo é grave. Dovale do Ohío, aos rios do lago Champlain, as escaramuças se multiplicam. Montcalmtem efetivo reduzido para enfrentar, por todos os lados, o adversário. Mas tem umagrande confiança.

• —- Mr. de Lévis, diz êle, a seu ajudante, estes americanos procuram luta. Poislhes tomaremos a dianteira !"

Sobre as margens do lagoOntário, Montcalm reúnesuas forças: três mil homens.

O exército marcha, de nol-te, por veredas estreitas.

Os caçadores e os indiosguarneciam a vanguarda.Logo que clareava o dia, to-dos procuravam se escondernas moitas de vegetação, nosrei vados, nos pastos. A 11 deAgosto, pela manhã, chega-se ao campo inimigo: ForteOswego, cercado por tríplicecinturão de proteção bélica.A fuzilaria explode

18 O TICU NOVEMBRO, 1955

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—"Senhores - grita Mon-tecalm: - Pelo Canadá !..."

Um após outro, os postosde defesa táo tomados de as-salto. As primeiras fileiras,os indios atacam ao som degritos horríveis.

A 15, a guarnição capitula.Cento e treze canhões, vive-res e munições caem nasmáos dos franceses. Na pri-mavera seguinte, Montcalmdescobre que uma poderosafrota inglesa está ancoradaà entrada do lago Cham-plaln, no forte William-Henry Reuniu, apressadamente, entào, uma esquadra di-minuta e chamou os aliados inuiganas. As façanhas de Montcalm conquistaram a ad-mlração dos selvicolas, que corriam ao seu chamado. São auxlllares preciosos, por suamobilidade na floresta e sobre os rios, além de serem de comovedora fidelidade. O cêr-co do Forte é determinado sem demora. Cinco dias de combates furiosos. Na ma-de de 9 de Agosto, o comandante inglês propõe capitulação. Mais de dois mil ho-mens sáo capturados. Por não poder alimentá-los todos, Montcalm liberta os pri-sioneiros. No fim do ano de 1758, a Inglaterra envia á América duas novas esqua-dras de reforço. E, a 5 de Julho, decididos a vencer, mais de 15.000 infantes se põema caminho das terras canadenses, Um único forte lhes é um obstáculo a vencer: Ca-rillon. Montcalm corre para lá. Ao som de fanfarras, o exército Inglês acampa, aalguma distancia das posições francesas. Os uniformes coloridos brilham à claridadedo verão. Os melhores atiradores canadenses esperam junto dos seus morteiros. Aomeio dia, os Ingleses promovem o assalto, a arma branca. Um verdadeiro Inferno. Asestridentes flautas dos escoceses atravessam o espoucar da fusilaria. A bravura dosbritânicos é admirável, mas todos os seus assaltos se desfazem ante a resistência.As seis horas da tarde a batalha termina. Então, os lancelros de Montcalm se lan-çam ao ataque. O exército inglês foge desordenamente. O Canadá está salvo.

* * *Após a vitória, os tempos

sombrios chegaram... As fôr-ças canadenses estavamexaustas. Enquanto os ad-versários se esforçavam pormanter bem supridas suascolunas e lhes enviavam no-vas tropas, os franco-cana-denses estavam abandonadosà própria sorte. Os parcosrecursos que lhes eram en-viados não chegavam ao des-tino; os navios eram cap-turados em caminho por cór-sários britânicos.

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No continente, as tropasinglesas ultrapassavam emnúmero a população Inteirado Canadá francês, — ve-lhos, mulheres e crianças...

O inverno chegou.. Na re-gião coberta de neve, a mi-séria surgiu.

Habitantes e soldados pas-sam e racionar a alimen-tação.

E más noticiai chega-vam ao castelo do Gover-nador...

Louisbourg, porto francês,sobre o mar, üo lado do Atlântico, íôra invadido por dezesseis mil homens. Quarentae dois navios bombardeavam-no, dia e noite. A cidade resistiu dois meses, inteiros,mas acabou por ceder. Na outra extremidade do Canadá, o forte Duquesne,que defendia a planície do Ohio, resststiu ao assédio durante cinco semanas; depois, findando a resistência, o comandante reuniu suas três centenas de soldados, in-cendiou o forte e se lançou através das linhas inimigas. Foi bem sucedido, mas aporta para a invasão estava aberta. Então a Inglaterra mandou mais tropas ereuniu uma esquadra que confiou ao comando de um de seus melhores generais:Wolfe. Nas ruas de Montreal, Quebec e Tadoussac, fez Montcalm afixar avisos deapelo às armas: "Todos os homens de 16 a 60 anos estão convocados. A nação inteiraae deve erguer contra o invasor".

De toda parte, camponeses, comerciantes, velhos caçadores da floresta açor-rem... Montcalm lhes fornece as armas. Iníatlgável forma novos batalhões de ml-licianos e se prepara para o choque decisivo.

No mês de Maio de 1759 os vasos de guerra de Wolfe são vistos nas costas ca-nadenses. O audacioso general tem a idéia de fundear próximo a Quebec, com todaa sua trota.

A velha cidade de Champlain tem suas casas dispostas sobre rochedos escarpados- a»^ i fc.-,.,^^ >-—1 do São Lourenço.

fcsrf r=yí~ i /J O lugar não oferece defesa.A oeste se estende um pia-nalto; o desembarque alié fácil. Montcalm estabeleceentão um vasto campo en-trincheirado.

No fim de Junho, do altodos telhados, os habitantesde Quebec já percebiam asvelas de uma imensa frota.

Os ingleses ! !...Rapidamente, uma chuva

de ferro e fogo se abate sô-bre a cidade.

As pequenas casas de ma-rieira ardem. Mas Quebc

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resiste firmemente ao ata-que. Depois de dois mesesde vãs tentativas, Wolfe re-solve retirar-se, mas tenta,ainda, um derradeiro ata-que, como última tentativa.

Na noite de 13 de Setem-bro, muito escura, sem cia-

ridade alguma, inicia a in-vestida...

Na ribanceira do São Lou-renço, esperava-se que che-

gasse à cidade assediada unocomboio trazendo mantimentos e municõe;..

Um capitão e alguns soldados montam guarda, vigilantes, na enseada de Tou-lon. Do rio chega até eles um murmúrio de água.

Sombras deslizam:"Quem vem lá ?Amigos... Trazemos os vlveres !...

Os barcos encostam sem dificuldade. Os homens vêm ã terra. Mas estão ar-mados. Atiram nas sentinelas. Uma coluna sobe, rapidamente,' ao penhasco.

Pela manhã o exército inglês tomou posição sobre o planalto. E' dado o alar-me em Quebec.

Os ingleses estão dentro do muros da cidade. Os sinos das igrejas tocam...Montcalm reúne, rapidamente, seus soldados; mas não tem munições. Contudo

a batalha dura três dias.As tropas francesas se curvam ante o número de ingleses e recuam palmo a

palmo. Nos arrabaldes da cidade, quase ao mesmo tempo os dois chefes são feridosmortalmente.

Montcalm é transportado

para unia pequena casa, por

alguns habitantes. O ferido

tenta tranqüiliza-los; mas

em vão...

A tarde, o grande defensor

do Canadá, aquele homem

valoroso, e, heróico, e bom,

entrega a alma ao Cria-dor.

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO

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i í

QUE QUERDIZER

QUARENTENA ?

Em

1348 manifestou-sena Europa a "pestenegra" com uma in-

tensidade pavorosa, queamedrontava o saber dosmais afamado físicos, osmédicos de então.

Naquela época de su-perstições buscou-se em•fatos diversos a causa da-quela terrível mortalida-de: uns atrlbulm-na aosJudeus, que pareciampropensos a envenenar ospovos; outros responsa oi-lizavam as pessoas disfor-mes, e os supostos "crimi-

nosos" pagavam com avida o que a ignorância,malévolamente, lhes im-putava.

Puseram-se guardas nascidades, aldeias e estra-^das, nesse longínquo anode 1348.

Os portos eram vigiadoscom o maior cuidado, caqueles que viajavam emnavios suspeitos perdiamaí sua liberdade por 40dias, e so apôs a "quaren-

tena" podiam desembar-car.

O porto de Marselha, naFrança, era o mais Impor-tante local onde os doen-tes se conservavam in-comunicáveis no ú t. » '"quarentenar" que tantasirritações levantava noânimo dos viajantes.

22

cmmmfpor EdmündQ^r

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O HOMEM OEHEANDERTHAL e>

*xSEM DÚVIDA/ UMZ DOS MAIS ATRA-

r Z4DOS HOMENSPRE'-HISTÓRICOS.TINHA 1,3*

t. DE ALTURA E EM4 TERRIVELMENTE

FORTE.

Viveu eleNO TEMPOEM QUE ATERRA ERAHABITADA PORANIMAIS GIGANATESCOSrTAlS aCOMO O D/NO\\SAURO/ ESTEGOSAURO/

mjltOUTROS?'

__ VIDA, NA PRE-HISTORIA ASAfOTA, £0À PS-RIGOS/SSIMA* DA fâAÇA E OA DESTOE_'ADO HOMEM DEPENDIA SUA SOBfíEVfVtWC/4',

O'TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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CALENDÁRIOda

?f/Jt(ftÍ6Ly ^cUfcyCyGy'FATOS HISTÓRICOS DESTE MES1/11/1501 — Descobrimento da baia de Todos

os Santos, pela esquadra de André Gon-Salvei.

1/11/1549 — Fundação da cidade de SãoSalvador na Bahia.

2/11/1685 — Revolta no Maranhão, chefiadapor Manoel Beckman.

3/11/1615 — La Revardière assina a capitu-lação definitiva com os portugueses ca-pitaneados por Jeronimo de Albuquerqueentregando-lhes o Forte de São Luis, noMaranhão.

3/11/1867 — Segunda batalhade Tuiutí, na Guerra do Pa-raguaí.

3/11/1891 — O marechal Ma-noel Deodoro da Fonseca,presidente da República,dissolve o Congresso Na-cional.

5/11/1897 — Atentado contra avida do presidente da Re-pública, Dr. Prudente deMorais, morrendo nessa ocasião o ministro da Guerra, marechal Carlos Ma-chado Bittencourt.

6/11/1836 — Proclamação da República dePiratini. (Guerra dos Farrapos).

7/11/1848 — Inicia-se em Pernambuco a re-volução liberal chefiada pelo desembar-gador Nunes Machado, conhecida cornoRevolução Praieira.

7/11/1831 — Lei proibindo o tráfico de es-cravos para o Brasil.

IS__tN_#^^^^^^^%^^^^____fctecr_í______P^^^______r

8/11/1822 — Combate de Pirajá, na Eentre portugueses e brasile.ro-

10/11/1555 — Chega ao Rio de Janeiropedição chefiada por Villegagnon,

10/11/1710 — Bernardo Vieira de Melo dá cprimeiro brado de República no Sena_|de Olinda, em Pernambuco.

12/11/1823 — D. Pedro I, Imperador do Brasil, dissolve a primeira Constituinte.

12/11/1864 — Os paraguaios aprisionam <navio brasileiro "Marquês de Olinda",que motivou a guerra contra Lopez.

13/11/1864 —O Paraguai declara guerra _Brasil.

Wl 1/188^^. Proclamação da República, pel.marechal Deodoro da Fon_seca.

15/11/1905 — Inauguração <Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco

17/11/1889 — O Imperador D.Pedro IL deposto pelos rt|publicanos, embarca para aEuropa, com toda a sua iamília, e bordo do navit"Alagoas".

i/1903 — Assinatura do Tratado de Pe-trópolis, mediante o qual o Brasil ficavacom o território do Acre.

19/11/1889 — Decreto criando a bandenacional.

22/11/1910 — Revolta da esquadra chefiípelo marinheiro João Cândido.

23/11/1891 — O marechal Deodoro da Foiseca renuncia à presidência da República.

25/11/1641 — Inicia-se o domínio holandê. do Brasil, com o desembarque de força

bata vas no Maranhão.

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rUKyUE,TEM C

O CAMELO>RCOVAS

^T OÉ, em sua arca, estava muito preocupado. É que a vigilância sô-*^ bre tantos animais não era uma pequena tarefa. Alguns erammais sabidos que outros o que complicava a tarefa a cumprir e in-quietava seus camaradas de viagem. "Ah ! eis que estão todos em-barcados'' rosnava o cachorro. "Escute bem o que lhe digo. — prog-nosíicava a coruja — Esta história acabará mal! Nós morremos to-dos de fome porque as provisões serão insuficientes para nos alimen-tar por muito tempo"...

O camelo não se misturava na conversa mas escutava. "Ah !Ah ! — pensava êle — De fato, a coruja, que passa por ser uma boa/iajante, anunciando a miséria, está provavelmente com a razão.

E meditava, ruminava e duvidava. Uma noite — as dúvidas oatormentavam — o camelo se aproximou do armazém dos víveres.

— "Aproveitemos enquanto é tempo", diz. "Assim, quando afome chegar, eu terei a satisfação d3 comer de novo".

E assim pensando escorregou para dentro do armazém — não ti-nha ainda as corcovas que tanto incomodam — e comeu, devorouâí é não poder mais. O egoista nem sonhava que procedendo dessaforma avançava na parte de seus companheiros.

E assim voltou na noite seguinte e nas outras mais, quando to-o:; adormeciam.

O patriarca não tardou a constatar os roubos e ficou deveras con-trariado, porque oalimento assim des-perdiçado acabariapor faltar mais tar-de. E, como o traba-lho que tinha, du-rante o dia, na ad-ministração da arcao íatigava muito, êlenão podia ficar deguarda à noite. As-sim, pediu ao Bom-Deus que c auxilias-se p a t a conseguirpilhar o ladrão.

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24 O TICO-TICO NOVEMBRO. 1955

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À noite, uma vez ainda, o camelo entrou no armazém. Inspe-cionou-o, torceu o nariz, viu o que havia de melhor e se aboletou àmesa gulosamente.

Oh ! mas que é isto?Assim que se abaixa, como de hábito, para que o alimento vá

para o estômago, eis que sente aljo.Sim, sem dúvida, há algo.Ah! é que o alimento toma outro caminho; não vai encher o

estômago do camelo, mas seu dorso e, à medida que êle come, umaenorme corcova se forma !

O animal está assustado !"Depressa, água; talvez o líquido ajude... E se precipita para

as provisões de água. Bebe... bebe e, assim, enquanto bebe uma ou-tra corcova se forma tão grande quanto a outra e próximo à primei-ra. Que fazer? Tristemente, retorna ao seu lugar no dormitório, naesperança de que de manhã aquelas feias corcovas tivessem desapa-recido e ninguém saberia de nada.

Mas, de manhã, as corcovas estavam como dantes. E eis que Noéjustamente neste momento entrou, examinou cada animal e reparouno culpado: —

"Então " — gritou — " era você quem roubava os alimentosda comunidade? Mas está punido, porque até o fim da viagem vocênão comerá mais e digerirá então as vitaminas armazenadas nascorcovas.

Eis porque, hoje, o camelo no seu trabalho no deserto, pode viversem receber rações: suas corcovas são consumidas quando tem ne-cessidade de comer e beber.

TOSSE ?

tWymmYCODEINOL ?a\nhcaa

PREFERIDO PELAS CRIANÇAS POR SERDE OÔSTO AGRADÁVEL.PREFERIDOS PELOS MÉDICOS POR SER OREMÉDIO QUE ALIVIA, ACALMA E CURA.

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NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO 25

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26 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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AO

chegar a Betania, Jesus soube que Lázaro havia morrido já há quatro diasMarta, ao saber que o Mestre se aproximava, adiantou-se e foi ao seu en-centro, dizendo:Senhor T-Se estivésseis aqui, êle não teria morrido! Mas tenho a certeza

de que mesmo agora Deus nos concederá alguma graça que lhe seja por vós pedida!Disse, então, Jesus Cristo:

Teu irmão ressuscitará. A estas palavras acrescentou o Redentor outras ain-da, que encerram uma esperança gloriosa para cs seres humanos: "Eu sou a res-surreiçâo e a vida; quem crê em mim, embora morra, viverò. E todo aquele que vivee crê em mim, não morrerá para sempre".

Marta chamou, então, a irmã, que, mergulhada em grande dôr, chorava a mortede Lázaro.

Condoído Jesus pela tristeza e sofrimento dos amigos, dirigiu-se ao scpulcro,lue era uma gruta fechada por enorme laje. E ordenou que retirassem a pedra e, de-pois de dar graças a Deus, disse, em voz alta:

"Lázaro! Levanta-te e anda !"E no mesmo instante aquele que morrera quatro dias antes ressuscitou, enchen-

do de admiração a todos quantos presenciaram tão extraordinário fato.Este milagre veio aumentar ainda mais o número de crentes no Salvador. Os

fariseus, entretanto, sabedores do acontecido, ficaram alarmados e, reunidos com ossacerdotes judeus, planejaram dar morte a Jesus.

Logo após esse milagre o Mestre se retirou para certo território vizinho do de-serto, onde ficou, com os discípulos, até que chegou a época de sua última viagema Jerusalém.

Decidida a partida, acompanharam-no os discípulos e, ao chegar próximo aoMonte das Oliveiras o Mestre lhes falou.

Ide àquela aldeia que ali vedes e à sua entrada encontrareis um jumentono qual até hoje ninguém montou. Trazei-o a mim. E se alguém vos perguntar o queestais fazendo, dizei que o Senhor precisa dele, e no mesmo instante vos será per-miüdo trazê-lo.

Tudo sucedeu como Jesus havia previsto e quando os discípulos lhe trouxe-ram o burrinho o Redentor nele montou, dirigindo-se à cidade de Jerusalém.

Ao vê-lo chegar a multidão se lançou às ruas, aclamando-o festivamente. Comramos e palmas, tiradas de oliveiras e de palmeiras, festejavam-no gritando:

Hosana ! Bendito seja o que vem em nome do Senhor, o rei de Isra*l!NOVEMBRO, 1955 , O TICO-TICO 27

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E' como evocação da entrada triunfal e festiva de Jesus em Jerusalém, aclama-do assim pela multidão, que hoje se celebra o Domingo de Ramos, com aquela pro-fusão de ramos de palmeira que os sacerdotes benzem e distribuem entre os fiéis.

O Messias se dirigiu depois para o Templo. Ao entrar, porém, ficou surpresoquando viu que vários comerciantes e prestamistas se haviam instalado ali. Indigna-do por ver a casa de Deus transformada em covil de negocistas, Jesus expulsou,com violência, os vendilhões.

Postando-se diante da arca destinada a receber as oferendas dos fiéis, olhavaJesus como as pessoas punham dinheiro nela.

Os ricos e poderos, fazendo alarde de seus donativos, entregavam grandesquantias.

Entre a multidão abriu passagem uma humilde mulher e, sem que ninguémnela reparasse, colocou na arca duas moedas de pequeno valor.

O Mestre, que a tinha observado, chamou os discípulos e, para assinalar aquelegesto, disse, diante de todos os presentes:

— Em verdade vos digo que esta pobre viuva colocou mais, na arca, do que* *, - -,.- mn _^ todos os outros. Por-tf' v que os demais ali

puseram algo do quelhes sobrava, ao pas-so que ela deu, dasua pobreza mesma,tudo o que tinha,todo o seu sustento.

Para celebrar afesta da Páscoa, naqual se comemoravaa libertação do cati-veiro no Egito, osjudeus costumavamrealizar uma ceiaespecial.

O Mestre se reu-niu com seus discí-pulos em uma gran-de sala chamada ce-náculo.

— "Desejei ar-dentemente celebraresta Páscoa convôs-co, antes da minhaPaixão" — começouJesus.

28 O TICO-TICO

"Porque eu vosdigo que não a ceie-brarei outra vez, atéque a Páscoa tenhalugar no reino deDeus".

Os apóstolos ou-viam atônitos e comgrande tristeza ou-viram que Nosso Se-nhor dizia; "Em ver-

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dade vos digo queum de vós mo en-tregará".

Sobremodo an-gustiadps e aflitos,os discipulos olha-vam-no com inquie-tude. Judas, que eraquem o haveria detrair, disse: — "Se-rei eu, Senhor ?"

E Jesus respon-deu:

Tu o disses-te.

E Judas, então,apressadamente, seafastou dali.

Enquanto cea-vam Nosso Senhortomou o pão, aben-çoou-o e, partindo-o,entregou cada peda-co aos discípulos, di-/.oiulo:

'Toma. c co-mei: este é o meucorpo*'.

Depois, foman-do o cálice, e depoisdo o benzer, apre-sentou-o aos aposto-los, exclamando:

"Tomai e be-boi: este é o meusangue, que será oselo do Novo Testa-mento, e que acraderramado por mui-tos, para remissão de seus pecados

Ao findar a ceia, deu Jesus a seus discípulos uma suprema lição de humildade.Tomando uma toalha, lavou e enxugou os pés dos Apóstolos, dizendo:

"Vós me chamais de Mestre e de Senhor, e dizei-o bem, porque eu <> sou,Porque exemplo vos tenho dado, para que, pensando no que eu fiz. também o facais"

Depois da ceia com os discípulos, o Mestre começou a lhes revelar os grandespadecimentos que haveria de sofrer. Ouvindo-o falar, Pedro exclamou, sincero

Senhor, eu não te abandonarei, nem te negarei jamais !Ao que Jesus replicou:

Em verdade te digo que antes que o galo cante tu me negarás três vezes.Dirigiu-se o Messias, então, para o horto de Getsemani, ou Jardim das Olivei-

ras e, depois de pedir aos discípulos que estivessem espiritualmente ao seu lado, afãs-tou-se alguns passos e, de joelhos, começou a rezar, dizendo: — "Pai, é chegada a

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hora. Glorifica a teu Filho, para que Teu Filho Te glorifique a Ti. Se é possível,afasta de mim este cálice, e se não, que se faça a tua vontade, e não a minha!

Voltou, então, para o lugar onde deixara os discípulos orando, e os encontroudormindo. Com grande tristeza, disse a Pedro:

Como é possível que não tenhais podido velar apenas uma hora comigo ?Voltou, depois, Jesus Cristo a elevar seu espirito a Deus, decidido a obedecer à

vontade celestial.Cerca da meia-noite uma grande multidão armada de paus, lanças e espadas se

aproximou do local. A frente vinha Judas Iscariotes, aquele que devia entregar Je-sús aos seus inimigos. E o discípulo traidor se aproximou do Messias, dizendo-lhe:

Salve, Mestre. Deus te guarde! — após o que lhe deu um beijo na face.Aquele beijo era o sinal convencionado. Os inimigos de Jesus haviam pergun-

tado a Judas:Como o reconheceremos 7Eu lhe darei um beijo — respondera Judas. E assim foi que os perseguidores

do Redentor o puderam prender, enquanto os discípulos, receosos, se afastavam.Preso, com as mãos amarradas, foi o Salvador conduzido à presença das autori-

dades. Primeiro o levaram a Caifás, o Sumo Sacerdote judeu, que, com os escribase os anciãos, formavam o Sanedrim.

Pedro, que acompanhou o Mestre prisioneiro a certa distância, meteu-se entrea multidão e acabou penetrando no pátio da casa de Caifás, sentando-se junto aofogo que uns soldados haviam acendido, para se aquecer. Queria ver o que ia acon-tecer.

E foi então que um homem o reconheceu e exclamou:Tu estavas cora Jesus da Galiléia! E*s um dos do seu grupo i

Mas o apóstolo, num momento de fraqueza, diante de todos respondeu:Não sei do que falas.

Outras pessoas, a seguir, o reconheceram como discípulo do Nazareno, e Pedronegou novamente conhecer Jesus.

Ouviu-se, então, naquele instante, o canto do galo, e Pedro tratou de se afãs-tar, chorando amargamente, lembrando-se das palavras proféticas do Divino Mestree envergonhado da sua covardia.

Era costume, então, entre os judeus, para festejar a Páscoa, conceder a liber-dade a um preso. E, então, o governador romano Poncio Pilatos apresentou ao povoum ladrão conhecido, chamado Barrabás, e Jesus Cristo, perguntando qual dos doisdeveria ser solto. E a multidão prorrompeu aos gritos de: — Barrabás! Barrabás!

Pilatos, então, lavou as mãos diante do povo, dizendo:Minhas mãos estão limpas do sangue deste justo.

O governador romano havia formulado várias perguntas ao Mestre e, conven-cido da sua inocência, exclamou:

Eis aqui o homem! Não encontro nele nenhum delito para castigar.Mas os sacerdotes e a multidão, estimulada por estes, não cessavam de gritar:

Crucifica-o ! Crucifica-o!Os soldados, então, levaram Jesus e, depois de o açoitar, tiraram-lhe as vestes,

fazendo-o vestir uma túnica vermelha, pondo-lhe à cabeça uma coroa feita de ramosde espinheirò.

(Conclui no próximo numere)30 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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porque ganharãonas festas do Natal o

Uma centena e meia de páginas selecionadas. Históriasbonitas, anedotas gozadíssimas, jogos, páginas de armar,

comédias, ensinamentos úteis.

FEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL A S, A, "O MALHO15 • 5.° anàax — PBJKÇO 30 CRUZEIROS

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ÕALplNÍST-A

Xjfí, ^3fc^^^ 32 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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tí_?\cM__^K___/i °_ \ *_^_v__Ttv J t_____\ \ ^\__1___~ ^1/iWJr J___jM vAirai

_._BandeiraOBRA-TE olroneiro sobre n

Bandeira do Brasil!anto o nossa voz

• ticos se elevo, em doceferto do amor. ergue teu, majestosa, s.bre nós,

sobranceira II senhori!,Bandeira da Brasil.

íi. "'

firos da tarde tremulante,que estua e arde,a rutilante!filhos cobrirem-te de floria,honraram-te na História,

o galharda e triunfante!, sobranceira c senhori!,

Bandeira d o. B r a s i í!

BALTAZAR GODÓI MOREIRA

c u I to,vulto.

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ACHO-TeUMfHRAfA

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— Socorro! — Vou salvá-la ! Cadê a moça ? !

COMPROU-LHE A CARTOLA.. «

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36 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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I ^Í|f^A^ ^Pelo jeito, estamos perto das ilhas Canárias..,

ENROLOU.0 PRESO E A "TOMADA" p^ .

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OSSÍMBOLOS NACIONAIS

A história da bandeira do Brasil é rica em tradições. No seu dese-nho presta-se homenagem à herança histórica da nação: à

Mãe Pátria, Portugal, aos ousados navegantes portugueses do séculoXV e do século XVI, um dos quais descobriu o Brasil no ano de 1500,à proclamação da independência no ano de 1822, e aos fundadores daRepública, estabelecida em 1889. A bandeira simboliza também ariqueza do Brasil e o seu brilhante porvir.

No ano de 1500, Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil. Um dosinstrumentos náuticos que usou foi a esfera armilar composta de vá-rios anéis de bronze, que são os círculos da mesma esfera e que repre-sentam as órbitas dos corpos celestes. No centro da bandeira brasilei-ra, encontra-se uma esfera, e no escudo, uma esfera circundada porum anel. A independência do Brasil foi proclamada em 1822, e o paisse converteu em um império, sendo o seu primeiro imperador D. Pe-dro I, filho do rei D. João VI de Portugal. Foi D. Pedro, então regentedo Brasil, que proclamou a independência, a 7 de Setembro. Quando,em 1889, foi adotada a forma republicana de governo, foi simbolizadaa independência adotando-se uma bandeira semelhante à do extintoimpério.3g O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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AS cores nacionais simbólicas do Brasil são o verde e o amarek

A bandeira compõe-se de um retângulo verde, sendo o centroocupado por um losango de côr amarela. O verde representa a nature-za viva e o amarelo o reino mineral. Dentro do losango encontra-seuma esfera celeste azul, na qual aparecem 21 estrelas, entre elas as doCruzeiro do Sul, dispostas na sua situação astronômica quando estaconstelação se apresenta no meridiano. Representam essas estrelas os20 Estados da Federação Brasileira e o Distrito Federal. Circundandoa projeção da esfera celeste há uma faixa branca onde se lê as pala-vras: "Ordem e Progresso" em caracteres verdes. A constelação doCruzeiro do Sul representa o descobrimento do Brasil e a f é dos pri-meiros navegantes e exploradores. As 21 estrelas simbolizam a inde-pendência cívica e a cooperação. Em resumo, a bandeira do Brasil re-presenta o passado, o presente e o futuro do nosso país.

O escudo de armas do Brasil é formado por uma estrela grande decinco pontas que denota a unidade e integridade territorial da

nação Cada seção desta estrela está dividida de modo que uma meta-de é verde e a outra amarela. No centro da estrela há uma esfera azulcircundada por um anel, no qual aparecem 21 estrelas que representamos Estados da Federação. No centro da esfera há cinco estrelas querepresentam o Cruzeiro do Sul. O escudo é sustentado por uma es-pada vertical e guar-necido por dois ra-mos, sendo um decafé e o outro de fu-mo. Em baixo apa-rece uma fita mar-ginária de ouro, emque se lê: "EstadosUnidos do Brasil, 15de Novembro de1889", data essa emque foi proclamada aRepública. De trásdo escudo refulgemem todas as direçõesraios dourados quesimbolizam o bri-lhante futuro doBrasil.NOVEMBRO, 1955 O HCO-TICO 39

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1% ffggWQjpffò^lr^~7\ ^Sá licença? E'paía)

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• Olí/^U tirar )t Ola'vou h\outra, sim ?

Vilão quefcm nacta) /o-u >^*-*nS

41NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO

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A PAGINA doTORCEDOR (Continua)

rLCIAf/AIEAI5€ FUTEBOL eLOBE42 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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QUAIS SÃO AS 7 DIFERENÇAS?

_K** "*""<¦

Sete pequenos de-talhes fazem com

que os dois desenhosao lado não sejamextamente iguais.

Desafiamos você aencontrá-los.

Desafiamos, não

que sejam difíceis de

encontrar, mas paraver se você é mesmobom observador...

Porque terá quefazê-lo em cinco mi-nu tos.

Note que even-tuais defeitos de im-

pressão, manchas,falhas, não devem

ser consideradas"diferenças".

A resposta certaaparecerá na próxi-ma edição.

f^bt NÀO FALHAFAZ DOS FRACOS FORTES. INFALÍVEL NOSCASOS DE ESGOTAMENTO:

ANEMIADEBILIDADE NERVOSA — INSÔNIAFALTA DE APETITE

E OUTROS SINTOMAS DE FRAQUEZA ORGA-NICA DE CRIANÇAS E ADULTOS.

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NASCEU Alberto Torres na antiga Provincíu

Rio de Janeiro, a 26 de novembro de 1865. Cr'-ou-se no ambiente da roça, "entre gente pura e es-cravos bons". Matriculou-se aos 14 anos na Faculdade de Medicina, cujos estudos abandonou para se-guir o curso de Direito. Formou-se no Recife, aos 21anos. Teve parte ativa nas campanhas da Abolição eda República. Jornalista vigoroso, batalhou intrèpi-damente pelas duas causas. Fez parte do 1.° Con-gresso Republicano Fluminense, com Silva Jardim eoutros.

ALBERTO TORRES

Proclamada a República, foi liderda Constituinte Fluminense, depu-tado federal na primeira legislaturaconstitucional. Sua passagem pelaCâmara notabilizou-se, não somentepela eloqüência dominadora, comotambém pela forma com que encaroue discutiu os nossos mais sérios pro-blemas económico-sociais.

NO governo de Prudente de Mo-rais, aos 29 anos, era ministro

da Justiça, cargo que deixou depois,quando Manoel Vitorino, interina-mente na presidência, decretou a in-tervenção federal na sua terra na-tal.

Em 1897 foi eleito governador doEstado do Rio, fazendo uma adminis-tração proveitosa, alheia à luta dospartidos. Em 1900 foi nomeado mi-nistro do Supremo Tribunal Federal,onde a sua mentalidade, rriais umavez, revelou a tempera do homem debem, esclarecido e ilustre. Nove anosdepois se aposentava, com a saúdeabalada. Ia então iniciar a sua vidade homem de pensamento e construiruma obra que seria "uma pedagogiapara a formação na nacionalidade".

Ávida de Alberto Torres se con-

sumiu toda a serviço do Brasil.Nunca se filiou a partidos pol.i ticos,nunca se ligou a certos grupos de pa-triotas que agitam as massas e pro-vocam motins e rebeldias. Seu pátrio-tismo era diferente. Era o patriotis-mo silencioso do trabalho construtivo,o patriotismo do pensamento visandoum objetivo superior. Por isso, Alber-to Torres não pôde ser compreendidono seu tempo. Êle mesmo talvez pen-sasse estar pregando no deserto. Issoamargurou muito sua vida. Só maistarde, depois, muito depois da suamorte, quando os nossos problemascomeçaram a ser encarados com se-riedade, sua obra, seus conceitos esuas lições vieram a ser seguidos eproclamados.

ALBERTO Torres morreu a 29 de

março de 1917, com 52 anos deidade. Ainda muito moço para desa-parecer. Mas, a injustiça dos homensprovoca a queda dos gigantes. E êlecaiu naquele dia deixando a tradiçãode um nome puro, honrado, digno econsagrado pela história.

AMÉRICO PALHA

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AVENTURAS DE ZÉ MACACO

Zé Macaco aperfeiçoou ao extremo ... uma demonstração prática, prepa-seu último invento: a cafeteira su- rando um saboroso cafezinho para êle epersônica. E promoveu... sua Faustina.

A máquina aporem, estava tão perfeita,

Indo "aterrar" à mesa de uns vizinhos aue inventor e a esrjosa.estavam, mesmo, desejando um bom café. Pára ra "" inventor e a e. osa,eles foi uma alegria, mas o ... êsses ficaram desolados..

NOVEMERO, 1955 O TICO-TICO 45

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•A ESPADA DA DÔR-BE8A,MIMIR. •E'0 MAIS SUA-VE ELIXIR/

não/não me VFAÇAS BEBER/liPIEDADE, /(

>21f9Í__/í' A li

_-. w3w__, _I_r _*^__-_r ^5_"S» _____%___7m\

» / >J^____\**^_.>. __

\\WMkatW^J\iTmüm ^i_._,^___ ^> 1

0BR/6AD0 A BEBER O VENENO, M/M IRCAI MORTO INSTANTANEAMENTE.

mmm9W*~^^^ n-* -^«^(53 Bm\\^^m^Aw JrÉmnf^Á

SIGUR, FINALMENTE LIVRE DEMIM IR, OLHA A ESPADA E VEOUE AINDA ESTA' MANCHA -DA DO SANGUE DO DRAGÃOFAFINIR.

AO UMPAR A ESPADA, SIGUR, INVO -LUNTARIAMENTE PÕE A MÃQ NUMAPOÇA DE SANGUE DO DRAGÃO E TEMUMA ESTRANHA E MARAVILHOSASENSAÇÃO.

^ \\( ESPADA,MARAVILHOSA/ W[ PAREeE PROTEGIDA POR

V f ( ^7

( J&OX NÃO SINTO DOR /A ESPADAI ^^/~

O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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•A ESPADA DA DÔR-CONTINT.U'..»

SIGUR DESPE-SE E SE IMERGENUMA GRANDE POÇA DE SANGUEDO DRAGÃO, PARA TORNAR OCORPO INVULNERÁVEL

MAS, SEM QUE SIGUR 0 TIVESSEPERCEBIDO,UMA FOLHA HAVIACAÍDO NAS SUAS COSTAS, TORNAN-DO VULNERÁVEL, AQUELE PONTO.

'Veste a armadura e ^"^ I preparado para novas lutas, sigurMONTA NO CAVALO.OUTRASJ MONTA O CAVALO GRANI EPARTE. Jh,

B^Í3® ^H-Mbf REPENTE SURGE, A IA // ^^'JP^Í$N^#*J FRENTE DE SIGUR UMA T WV/fOtáf v^ ^/Á

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO 47

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>A ESPADA DA DÔR-CONTINUAÇÃO

SIGUR ESPOREIA 0 CAVALO E ENTRA NO ME-10 DO FOGO. ENTRETANTO A ALMA DEMIMIR.TRANSFORMADA NUMA LABAREDA,AVANCA AMEAÇADORA.

'PARA TRAZ, CHAMA \^>v ' ». 1/ MINFERNAL/ABRE CAMI- ) Pz^A/J V—^ MrQ Uí^NHOft^R^lGUR.^^/^A} F wLÁ i»_ry ff( I

& '

^jJffp^wl WiE/m r°LA#/ ABRÍ ° portão a ^ÇV^Hlí 6 T 1)f I If f/ SIGUR. O VENCEDOR DE

__

SIGUR COMBATE CONTRA0 FOGO EMA/S UMA VEZSAI VITORIOSO.

MÃOS INVISÍVEIS ABREM O POR-TÃO DE FERRO E SIGUR ENTRANO CASTELO.

iQUErA QUER QUE SEJA, APAREÇA fVENHA ENFRENTAR A ESPADA

INVENCÍVEL DE SIGUR.

UMA PORTA E ABERTA TAMBEM PORMÃOS INVISÍVEIS E SIGUR PENETRANUMA GRANDE SALA.

**¦———¦ -_¦ . . i—, .- - ,-~~—*/~T'i;f'

HA UM GUERREIRO DEITADO.FINALJMENTE ENCONTRO ALGUÉM

PARA COMBATER.

m^-v^ PARA COMBATER. j-jÊ

48 Õ TICO-TTCO NOVEMBRO, 1955

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AO FUNDO DA SALA, SOBRE UM DIVA DE VELUDO VERMELHO, ESTADEITADO UM CAVALEIRO COM O ELMO NA CABEÇA E UM GRANDEESCUDO SÔ3RE O CORPO. AO LADO OO D/VÃ, ACRA -SE UMAGRANDE ESPADA, F/NCADA NO CHÃO.

f LEVANTE -SE B VENHA LUTAR CONTRA SIGUR , vÍi_____L \ IAFILHO DE S1GMUND0, E VENCEDOR DE FAFINIR/« L \ |

MAS 0 CAVALE/RO NÃO RESPONDE. 11 SIM, RECORDO-ME DE UM LAGO... )SIGUR APROXIMA ~SE , TIRA-LHE O ALGUNS CISNES BRANCOS... /ELMO E O ESCUDO. ENTÃO O CA- ^*»<>-^»<>-»*=<-^^«-5«r\\VALE/RO LEVANTA-SE. . SIM,SIGUR,SOU BRUNILDA,A'MenniD eiMAi mfmtp PUFGASTF / > VALQUIRIA. BEBAMOS UMA TA* /Y

^GUR, FINALMENTE ^^gTE^ \

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NOVEMBRO, 1955 O TICO-TTCO( uiiclui no prti-.ni-'* mu.«_-roi

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ALGUMAS CURIOSIDADES SOBREA VARÍOLA E A VACINAÇÃO

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A varíola é conhecida desde a maisalta antigüidade. Os chineses rendi-am culto ao "deus" da varíola, divin-dade que eles acreditavam que esco-lhia as crianças mais bonitas, paradesfigurar. Os médicos chineses pra-ticavam uma espécie de vacina con-tra o mal, introduzindo o pus seconas narinas dos pacientes.

Em 1796 um médico rural do con-dado de Gloucester, Eduardo Jenner,notou que os pastores e pessoas quetratavam do gado não "pegavam" avaríola. Viu que muitos deles apre-sentavam pequenas pústulas násmãos, contraidas pelo contágio como gado doente, mas a moléstia não iaalém daquilo.

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Nasceu então a idéia da imunisa-ção, pela vacina. Primitivamente seraspava o couro das vacas abatidas eo produto obtido era inoculado sob aepiderme do homem, com uma lan-ceta. Os efeitos da vacinação duramde 5 a sete anos. Hoje, o princípio é omesmo, mas o método usado é dife-rente.

Não se faz mais a raspagem do cou-ro. Obtém-se diretamente a vacinainoculando em coelhos, burros, ju-mentos. Deles se tira o soro, que éinjetado nas pessoas. A vacina obri-gatória é um grande bem. Graças aela não há mais no mundo os surtosde varíola que dizimavam populaçõesinteiras.

50 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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Aqui estão alguns grandes vultos dahistória, da literatura, da religião e da mú-sica, que sofreram o terrivel mal, a varíola,ficando com a pele feiamente marcada comcicatrizes. As marcas da varíola não desa-parecem nunca mais. Quem escapa do ter-rível flagelo, fica assim marcado.

Por isso, todos se devem defender dosdois perigos, procurando vacinar-se periò-dicamente. Mais vale prevenir que reme-diar. A vacina nâo provoca a varíola. Causaalguma reação, um pouco de febre, masimuniza o organismo, isto é, faz com que apessoa vacinada se torne imune, isto é, in-vulnerável, inatacável pelo mal.

Eduardo Jenner, filho de unpastor protestante, formar do-se em medicina, foi para Glau-cesteshire, onde começou a cli-nicar. Conforme ficou dito, umdia ouviu uma mulher que li-dava com vacas dizer: "Eu nãoterei varíola: tenho a vacina".Chamava ela vacina uma en-fermidade que dava nas vacas,e que atacava as mãos das or-denhadoras, formando bolhas,ou pústulas. Jenner achou aafirmativa curiosa e procurouestudar a questão.

Tais estudos o levaram a for-mar uma teoria, que sofreu re-futação, foi combatida, foi ri-dicularizada, mas acabou porser compreendida, aceita eaprovada, porque era a teoriacerta: a da imunização pormeio da inoculação provocada.

Hoje todos se vacinam. Sógente atrazada se recusa autilizar-se desse meio certo,garantido e simples de evitaruma doença que, se não mata,deforma a pessoa a que atacou.

EIS ALGUNS TÍTULOS DE ASSUNTOS QUE ENRI-QUECEM A EDIÇÃO DE 19 5 6 DO QUERIDO

ALMANAQUE D' 0 "TICO-TICO"São Gabriel • Como foram construídas as Pirâmides

O poço milagroso • As teias de aranha • Umcigarrinho • Sonho de Natal • Celino e a bela Jad

Os coelhos nas escadas • Vamos decifrar • A Atlântidae seu mistério • Que grandes inventores ! • O jogo dozodíaco • Parmentier • O cão Cerbero • etc.

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO 51

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DO PRESIDENTEDA A. B. I.

A "O TICO-TICO"Entre as mensagens de congratula-

ções recebidas por motivo do transcursodo 50 ° aniversário desta revista, destaca-mos a que nos dirigiu o dr. Herbert Mo-ses, presidente da Associação Brasileirade Imprensa e, pois, credenciado alta-mente para falar em nome da imprensade todo o país. Ademais da colaboraçãocom que honrou a nossa edição especialcomemorativa, assim saudou "O TICO-TICO" o vibrante e dinâmico presidenteda casa do jornalista:

"Presados confrades d'0 TICO-TICO.

Quando a veterana revista da in-fância completa meio século de vida,é justo que exaltemos a sua contri-buiçáo inestimável à infância brasi-leira nestes cinqüenta anos. O TICO-TICO e seus personagens estão defi-nitiva.mente incorporados à históriade nossa imprensa e marcam, certa-mente, uma das suas páginas maisilustrativas.

Os que hoje se encontram à frenteda revista, que nos leva saudosos à in-ft\ncia distante, são os dignos conti-nuadores daqueles pioneiros que, noscoi.ieços do século, empreenderam,com', tão assinalado êxito, a divulga-ção dessa publicação para as crian-ças.

Aos cumprimentos da AssociaçãoBrasileira de Imprensa, juntam-sese também os de seu presidente,

HERBERT MOSES"

NOVEMBROT, Todos os SantosQ FinadosQ São SilvioS São Carlos BorromeuS São Zacarias

são LeonardoS. Ernesto.Ss. CoroadosBas. do Sss. Salvador

10 Q Santo André Avelino11 S São Martnho Bispo12 S São Martlnho Papa13 D XXIV de. de Pentecostes

São Dldico14 S São Josafá15 T Proclamaçâo da República16 Q Santa Gertrudes17 Q São Roque Oonzales18 S Basíl S. Ped. e São Paulo19 S Santa Isabel da Hungria20 D XXV dep. de Pentecostes21 S Apres. de Nossa Senhora22 T Santa Cecilia23 Q São Clemente24 Q São João da Cruz25 S Santa Catarina26 S São Silvestre Abade27 D I' Domingo do Advento28 S Santa Libésla29 T São Saturnino30 Q Santo André Apóstolo

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52 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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CURIOSOD E

FATOAs palmeiras vi-

vem em média 250anos."

•Os vagalumes emi-

tem fosforecenciasmais fortes na apro-ximação das tempes-tades.

•O primeiro ato de

guerra de D. João VIao chegar ao Brasilfoi mandar invadire conquistar a Guia-na Francesa.

•Buda nada deixou

escrito. Mas seus dis-cipulos recolheramos seus ensinamen-tos em 3 livros cha-mados "Pitacas".

•Simão Tadeu Pe-

reira, impressor lu-sitano, foi quem e_i-tou em 1784, pelaprimeira vez, a "Pe-tição da Passarola",de Bartolomeu deGusmão, — "o pa-dre voador".

•Madrid é a capi-

tal mais alta da Eu-ropa, pois está situa-da a 654 metros aci-ma do nível do mar.

•A Universidade da

Califórnia foi a pri-meira que criou umacátedra de automo-bilismo.

• •A primeira expe-

dição Morgan, de es-tudos cientificos, aoBrasil, iniciou seustrabalhos em 1870.

•Ao entregar sua

renúncia assinada aomajor Frias, PedroI, declarou: "Aquitem minha renúncia.Esperarei que sejamfelizes".

•O primeiro salto

de pára-quedas foii xecutado em 1919.

.GRÁTISum lindo catálogo ilustrado

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Queiram enviar-me, pela volta do correio, inteiramenteGRÁTIS, um exemplo colorido do Catálogo Infantil n.° 23.

NOME IDADE

RUA .. .

CIDADE ESTADO

0 LOUROO louro, entre todas as plantas, foi a escolhida

para simbolizar a glória, a inspiração e a vitória,coroando-se com êle, desde remotos tempos, todosos heróis.

Supunham os antigos que o aroma penetran-te do louro transmiti^ o dom da profecia, o entu-siasmo frenético e conferia a imortalidade. Coroa-vam-se com êle também os poetas e os artistas, naIdade Média. Daí veio a expressão: "poeta ou es-critor laureado".

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO 53

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UOtMCOHCWOÍCONCURSO. N.o Ml

1—I—|—I—l—I——l—i—i—I—l—i—i—l——i—i—

Wl I I ¦ ¦ + + + I I I I I +-4- +-J- I IÊL + i I i i 1 i I i i i I I i I i i I -V + + 4- I I I I I I -t—j- r + + +-1-

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aJ_li^wS^rílt-4-- i I i I > i n -j-1 I I i I I -f* £fe^- 4- -J—j- -- I I I I ¦ I --+-J- ¦- *4—+- 4—t* IM®)

_l L—J I—I—L__ _—-I L

O Minot.iuro, entidade mitológica, era um monstro com metade do corpode homem e metade de touro. Foi morto por Teseu. Foi Ariadne quem deua Teseu o fio qu? lhe permitiu sair do\labirinto, depois de matar o monstro.Quando êle entrou, foi desenrolando o fio. Para sair, desfez o caminho andado

Risque _ lapi.s dcaminho que levaTeseu ao Minotauroe, depois, até Ária-dne. Cole a figuraem uma folha debloco, assine e es-creva seu enderéjjo.Remeta à Redaçãod'O TICO-TICO" —R. Senador Dantas,15-50 _ (NOSSOSCONCURSOS) - Rio— D. F.

A solução sairá naedição de Janeiro.

AOS CONCORRENTES

EM nossa- notas sobre os "Nossos Concursos",

explicamos sempre: as soluções devem virEM FOLHA DE BLOCO. Mas muitos leitoresinsistem, não sabemos porque, em mandar osconcursos soltos no envelope, mal colados, semos seus endereços completos.

Isto, é lógico, faz com que tais soluções não.sejam apuradas. Aquelas que vêm às nossasmãos com demonstrações evidentes de descaso,desleixo, pressa ou preguiça. NAO SAO LEVA-DAS EM CONTA, para o sorteio.

Cada solução é um atestado do capricho, dobom -rosto, da personalidade do concorrente. De-mais a mais, precisamos saber o endereço decada ccncorrente e sua solução deve vir COLA-DA ou ESCRITA em folha de papel, com oNOME e ENDEREÇO COMPLETOS de quemnos manda.

w I iCIIREVISTA INFANTIL MENSAL

Fundada tm 1905

UMA PUBLICAÇÃO DA S. A. "O MALHO"

edirorad«"TIQUINHO","CIRANDINHA" • "PINGUINHO"

DIRETOR:

ANTOSIO A DE sol 7.1 E «LVA

Redação: Rua Senador Dantas, 15 • B." andar.Telefone: 2.-9C75 — RIU.

M1IEBI AVULSO: I RS 5,MASSINATURA: CRS M.M

(IX niimfn- mb rcghitro portal)

54 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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o S nomes que aparecem no Quadro de Honra são de concorrentes sor-teados entre os que acertaram os 2 últimos concursos.

QUADRO DE HONRA

FORAM SORTEADOS PARA SAIR NO QUADRO DE HONRA, ESTE MES

— TEREZINHA COSTA S. LIMA Marapé — Santos — São Paulo.

— PAULO BENTO C. CARDOSOAlfenas — Minas Gerais.

— AFONSO OTONI A. FERNANDES —Realengo — Rio — D. F.

— EDA A. S. ROSA — FlamengoRio —, D. F.

— MÁRCIO DE VUONO — São Paulo— Estado de São Paulo.

— ELZA P. PÓVOA — Astolfo Dutra —Minas Gerais.

— CÉSAR AUGUSTO SANTOS — Bar-ra do Plraí — E. do Rio.

— PEDRO AMÉRICO PAHLDistrito Federal.

— ADRÉ LUIZ VIANA — Guaratin-guetá — São Paulo.

10 — SÔNIA MARIA TEIXEIRA — Ktan-gui — Minas Gerais.

11 — CARLOS MESQUITA DUBOIS Ilhéus — Bahia.

12 — REGINA G. BUSS — Cacequi Rio Grande do Sul.

13 — HELOIZA V. M. THOMAZ — SãoJanuário — Rio — D. F.

14 — LEONARDO ROMANOSão Paulo.

S. Paulo

15 —

16 —

DAYSI TEREZINHA MESQUITA —Rio — Distrito Federal.

Rocha 18

ANTÔNIO JOSÉ F. MATOS — Pa-riquera-Açú — São Paulo.

17 — LÍDIA MARIA TORRES — Recife —Pernambuco.AGLAÉ COUTINHO — Porto AlegreRio Grande do Sul.

19 — EDMÜJSON A. P. DIAS — Belém —Pará.

20 — EDUARDO S. VEIGA PACHECO —São Paulo — S. P.

SOLUÇÃO DO CONCURSO NÚMERO 338

Os gêmeos gordlnhos eram o 6.° da primeira fila e o 1.° da 3.a.

Cf<Hl«HKH><H>0<KHKH^

A EMA, OU NHANDÚ

À ema é a maior ave das Américas, alcançando um metro e trinta centímetros de

altura. E' o nhandú dos nossos ind'os... Emrora sendo ave, a formação de suas asas

não lhe permite voar: entretanto corre com uma velocidade que dificilmente um bom

cavalo pode igualar. Vive nas campinas do SUl ou Nordeste. Os ovos, mutt- volumosos— cerca de 15 centímetros — são chocados pelo macho. Em torno do ninho, cuia cons-

trução leva dez dias, a fêmea faz a l!mpe?!a completa duma área de três metros de

circunferência, livrando-a do capim e das folhagens, a fim de proteger a futura pro-le contra os animais e a possibilidade de fogo. A ema alimenta-se d3 vegetais, in-

setos e frutas, mas engole qualqur coisa sólida, que lhe cal no bico, especialmente

se a côr ou o brilho lhe atraem a atenção.

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1% PARA ONDE VAI COM!ESSA TROUXA, H__ * / '

PIPOCA JST

VOU PARA O POLOSUUATÈ A VOLTA,PATRÃO.

\0Q7^7 á

CE130LA-. EftsajBCI DE-PERGUNTARCgj \onoc ©e acha

5^^u\ o polo sul! j

Q ^y

ACHO OUE O POLO DEVE SE.ACHAR AU'ATRAS

*DESEPET(BA-

EU MAD D17IA/AQUI ESTA'UM PINGÜIM ? VOU PA-LO OE.

PRESENTE AOPATBáib

ESOLIDE VOLTA .f_.Ttóp/<XHE AovJI

AG 1.1 ARDE PARA BREVE O ROMANCE: "OS NAUFRAGOS DO ESPERANÇA"

56 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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w**************** ? 4

*

*

*

*

*

A CONDUTAJOHN LUBBOCK

A conduta decide a nosso vido; dela dependem a boaou má sorte de cada um. Os acontecimentos exte-

riores pouca importância têm; o que nos rodeia não émais importante do que o que fazemos; vigie, pois,cada um a si mesmo, todo dia; o hábito é uma segundanatureza.

Semeai um ato e colhereis um hábito; semeai umhábito e colhereis um caráter; semeai um caráter e te-reis um destino.

Cada dia que passa deparamos com dois caminhosa seguir na vida: uni para o bem e outro para o mal. E'bom que todas os noites, ao deitar-nos, perguntemos anós mesmos: "Que caminho estarei trilhando ?"

A humanidade, diz Emerson, se divide em duasclasses: a dos que fazem o bem e a dos que praticam omal. Se pertenceis à última categoria, convertereis osamigos em inimigos, os recordações em amarguras, avida em tristeza, o mundo num cárcere e a morte seráencarada com terror.

Ao contrário, se enriqueceis a alma com uma sópalavra de consolo ou de simpatia, com uma hora queseja, de felicidade, tereis realizado obra de anjo bem-feitor. Seria bom que cada pessoa pudesse isolar-sedurante uma hora, apenas uma hora, diariamente, paroentregar-se à meditação dos seus atos.

******************

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO 57

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1

( ÓLEO DE OVO ^V mMarca Registrada <? M

Cabelos sedosose ondulados I

*) DIPLOMA DE HONRA ^.^^-•¦'^^"¦¦¦^•^.w0^HA EXPOSIÇÃO DO C-HTtH*BI0_^| ^/m**^ ^^^^^^

io^—? ^ c—^5|1 Exija o legítimo de ^^TO LEGITIMOÍ CARLOS BARBOSA ^

JüLRjk LEITE que traz o nome J

karlostbarbosaoleite(

58 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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NOVEMBRO 1955 O TICO-TICO 59

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T/^I^^ISOlO^Í^©

Desta 1'eita, a vítima das bolas palavras de Tamarindo foi Sua Ma-jestade a rainha Babaleia, esposa do rei Babalú XXX. soberano da Ba-gunça.

— Vá por mim, majestade dizia êle. — Uma soberana como asenhora, deve ter longa cauda no vestido. Isso de saias curtas não ficabem para quem tem marido de sangue azul...

.«__rw^y w^ ¦ _¦ (Ju L//

Tanto falou, com a sua voz de sereia, que a rainha Babaleia decidiu experimentar o vestido. Foi lá dentro e voltou enfiada nele, eolhem que o que não lhe faltava era elegância... Tinha um modode andar, mesmo descalça, que deixou de olho arregalado o pró-prio vendedor...

— A senhora está uma Marta Rocha, majestade! — gritou êle.EMOÇÃO! SEN S A ÇÀO! "OS NÁUFRAGOS DO ES-PF.8ANÇA"! BREVEMENTE!

60 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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mhMmiti®©

Aí a rainha mandou chamar as suas negrinhas, mandou vir um es-pêlho, postou-se diante dele e começou a fazer micagens, encantada coma própria "linha".

Virava pra cá, virava pra lá, dobrava-se, esticava-se, rodopiava,dcsrodopiava...

As negrinhas da corte estavam boquiabertas!

!¦!'¦' ¦!¦ II ¦¦ I I-——-_-¦- II ¦__.. III II ¦! l—^———__«¦¦ I MM «— M— — ...| ,. _——a—--——

Tanto rodou a rotunda Babaleia, tantas tez e tantas desfez, que lápelas tantas viu que estava literalmente enrodilhada na cauda do ves-tido.

— E agora ? — perguntou, aflita. — Como é que se sai disto ?Felizmente Tamarindo não estava longe. Lá da porta, com o dr. Ca-

rapetão e o secretário Simplicio, olhavam a cena...NAS PKÓXIMAS EDIÇÕES: "OS NÁUFRAGOS DOESPERANÇA aguardem:

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO 61

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uAtúmam©

— Deixe que nós desenrolamos, majestade! — foi logo dizendo. Ed. fato agarraram a ponta da cauda e começaram a puxar.

A soberana, porém, era um bocado pesada e foi preciso o auxilio detrês das dedicadas damas de companhia, que ainda foram chamar maiso cozinheiro, o copeiro e um catador de pulgas dos gatos reais, rapazmuito habilidoso e prestativo.

*-~""^ f____W_w É-4 f~{-+ /_»¦_ *** ""'^\

Por fim, com toda aquela gente fazendo força, a rainha se viu livreda verdadeira atadura em que se metera.

Afinal, não queria mostrar que ficara assustada por tão pouco. Esem dar maiores explicações, foi saindo numa pose de quem vai para otrono. Aconteceu, porém, que Tamarindo tinha pisado na ponta da cau-da real. E quando a soberana se afastou mais, deu-se...

62

AGUARDE PARA BREVE O ROMANCEFRAGOS DO ESPERANÇA".

O TICO-TICO

OS NAU-

NOVEMBRO, 1955

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mtAàmw© m

... a tragédia 1 Com o impulso em que ia, a rainha escorregou, resva-lou, abriu uma boca enorme e soltou um grito, tudo isso antes de se es-borrachar no chão.

O susto foi geral, pois ninguém esperava aquele desfecho, nem mes-mo o autor destas mal traçadas linhas. O vestido foi rasgaao, apareceuuma fatia das gordurinhas da soberana...

... e esta, furibunda, avançou para Tamarindo, estrilando: — Afinal,você quer me vestir, ou quer me despir, sêo vendedor de vestidos com-plicados? Não sei onde estou que não lhe dê um belo cocorote ! Su-ma-se da minha vista !

E foi assim que, mais uma vez, Tamarindo fracassou na sua tenta-tiva de levar a civilização ao reino da Bagunça.BREVEMENTE UM BOMANCE DE AVENTURAS"OS NÁUFRAGOS DO ESPERANÇA"

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO

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* Tudo o que diz res- vT^ \) \\^/X) \ A / \^ peito ao lar e à mulher, \\ Jw^^C^vy/*

condensado em pági- <^Q\ ^B Ejt^^.J // /v)nas bonitas que encan- A^A*dN$S*\ I ^^-^írta manusear. .m^^J^i i^sí^l I

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64 O TICO-TICO NOVEMBRO, 1955

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EQÜINOS

NOVEMBRO, 1955 O TICO-TICO 65

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müiiimHüiiüüuuiiUiiiiuiiiiiHiuuiuiiuiiuimiuuuiuiHiiuuuiiiiiiuuuüiuiüüuyüiiüAÈmíkm jo**. M attÉaasMmma am, Ata, ~— ^maaa^m. a*****\ ^s***\ ***— - ¦Ol/\IIC#A/i /^T^/ i/vT7

frof/tw ÕdÍA&MõAf:,. . t .»-.. | -.,'¦¦ *-%ja*.... ..?

GADO EQÜINO(Ilustração na página anterior)

O cavalo é, entre os animais que o homem conseguiu domesticar,o mais bravo, o mais afoito, o mais soberbo. Não se amedron-ta diante das dificuldades, mesmo em pleno combate, em meio

às meíralhas, carregando sempre o seu dona E\ principalmente, ex-celente meio de transporte, vencendo grandes e exaustivas caminha-das a qualquer hora do dia ou da noite. Onde mais se destaca o tra-balho paciente e rendoso do cavalo, é na lavoura, quando se revelao amigo e companheiro inseparável e insubstituível do homem.

O cavalo brasileiro é de origem árabe, em linha mais ou menosdireta.

Com a constante importação de bons reprodutores das raçasinglesas e árabe, nossos rebanhos de eqüinos puro-sangue muito têmprogredido.

Atualmente já existem no Brasil fazendas modelo e postos demonta cujo objetivo consiste em selecionar os vários tipos cavalares,cujas raças mais conhecidas são: a Árabe, a Puro Sangue Inglês, aMestiça, etc Do cruzamento dessas raças têm aparecido lindostipos de cavalos, resistentes, fortes e bons marchadores.

Os animais de puro-sangue representam, nos dias de hoje, gran-de fortuna, existindo exemplares que alcançam o preço de váriosmilhares de cruzeiros. *

Hoje, o Brasil tem quatro tipos de cavalos nacionais: o Campo-lino, o Manga-larga, o Sertanejo e o Crioulo.

Os Estados do Brasil que mais se destacam na criação do gadoeqüino, e de onde sai a maioria dos cavalos destinados ao serviço doExército Nacional, são:

— Rio Grande do— Minas Gerais— São Paulo

Sul — Goiás— Bahia— Paraná.

(Continua)

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nnnimnnniinHiinHnnWnnIfmo tico-tico

üíi™NOVEMBRO, 1955

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AVENTURAS DE ÇHIQUINHO <©¦¦*»*• *•*.•«*.!

Abriu os braços, fez aquela figuração toda,sorriu para cima, sorriu para os lados — só nãosorriu para baixo — e... zás! atirou-se no espa-ço, e até com certo "classe"...

Benjamim ainda gritou: — "Meu branco!Não faça isso!" Mas era tarde... Já Çhiquinhoio pelos ares, em direção à superfície azul daáguo... Agua ? Pois sim! Era sobre isto...

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.... justamente, que benja o queria avisar ... A piscina estava vasia e ... a sorre é que ocampeoníssimo", com toda a sua "campeonagem" tinha pulado do trampolim mais baixi-

nho ... Quem não ouve os-avisos dos amigos...

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^^TtwZfa****^ cá, tí^\^^^^ ^

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Estão começando os dias quentes e Chiqui-nho decidiu ir ao "Clube Tico-Tico", para gozarum pouco as delícias da vida. Afinal, êle tam-bém é filho de Deus !

Benjamim, é claro, acompanhou-o, pois

aonde vai a corda vai a caçamba, diz o velho

ditado... Lá chegados, o nosso amigo entendeu

de dar uns saltos no trampolim.

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E, então, começou a fazer "farol" . . .— "Minhas senhoras! Meus senhores'. Minhossenhoritas e meus senhoritos! Aqui está Chiqui-nho-Okamoto, o maior saltador e nadador donosso clube '."

Foi então que Benjamim, sem lhe respeitarao menos a eloqüência, o interrompeu chamandopor êle em altos brados.

— Não me interrompas, fragmento de éba-no! — gritou Chiquinho.

(Segue na parte Interna «la capa)

GRAFICA PIMENTA DE MELLO S. A. — RIO