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Sociedade da América espanhola antes das independências:

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Influenciadores nos processos de independência: Iluminismo

Revolução americana

Revolução francesa

Universidades nas colônias

Interesses ingleses (aumentar o mercado consumidor)

Interesses dos criollos (elite de donos de propriedade, descendentes de espanhóis, mas sem os privilégios daqueles que haviam nascido na Espanha)

Existência dos órgãos de administração regional, os cabildos, sob o domínio dos criollos.

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Rebelião de Tupac Amaru A instalação do sistema colonial da Espanha na

América foi marcada por um processo de eliminação de boa parte das populações indígenas que aqui viviam.

No século XVIII, a infiltração das ideias iluministas e liberais só pioraram a relação de conflito entre índios e espanhóis.

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Ao mesmo tempo, não podemos ter uma ideia de que toda a população indígena era contra o processo de dominação espanhola.

Para ampliar a mão-de-obra disponível, muitos colonizadores faziam acordos com as lideranças indígenas locais.

Os chamados caciques ou curacas, líderes máximos das comunidades indígenas, eram usados pelos espanhóis para garantir a dominação sobre uma determinada população nativa.

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Em troca do apoio ao colonizador espanhol, o curaca recebia parte dos impostos arrecadados ou a não obrigação do trabalho compulsório impostos pelos espanhóis.

Dessa forma, os colonizadores conseguiam manter as estruturas da dominação colonial sem a necessidade de lutar, que na verdade ia contra os interesses coloniais ao exigir gastos na organização de tropas ou na própria diminuição da mão-de-obra disponível.

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No entanto, no ano de 1780, um líder curaca chamado José Gabriel Condorcanqui se indispôs aos interesses das elites metropolitanas.

Dizendo ser descendente do lendário líder inca Túpac Amaru, conhecido por resistir ao início da dominação espanhola na América, Condorcanqui liderou uma insurreição indígena no Peru.

Sendo uma grande exceção entre as populações indígenas da região, Condorcanqui estudou na Universidade de São Marcos (Lima, Peru) e lá teve contato com a história de Túpac Amaru e com ideais do pensamento iluminista.

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Inspirado por essas ideias, Condorcanqui mudou seu nome para Túpac Amaru II e organizou um movimento emancipacionista que contou com o apoio da elite criolla.

A rebelião começou em 1780, com a execução de um dos chefes espanhóis da administração colonial. Em pouco tempo, milhares de mestiços, indígenas, escravos e colonos empobrecidos decidiram não mais obedecer às exigências e tributos da Coroa Espanhola.

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A popularização dos ideais da rebelião Túpac Amaru começava a representar uma ameaça real aos interesses das elites criollas.

Com isso, o movimento acabou se desintegrando e perdendo sua articulação política.

Túpac Amaru II foi preso e julgado pelas autoridades metropolitanas. Servindo de exemplo para as demais populações indígenas, Tupac teve a língua cortada e teve seu corpo arrastado por uma tropa de cavalos. Depois do episódio, outras lutas sangrentas resultaram na execução de 80 mil rebeldes.

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Haiti Uma das mais ricas colônias da França na região, o Haiti era

um grande exportador de açúcar, controlado por uma pequena elite de brancos proprietários de terra, responsáveis pela exploração da predominante mão-de-obra escrava do local.

Com a revolução francesa, membros da elite e escravos vislumbram a oportunidade de dar fim às exigências impostas pelo pacto colonial francês. Contudo, enquanto a elite buscava maior autonomia política para a expansão de seus interesses, os escravos de origem africana queriam uma grande execução dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade provenientes da França revolucionária. Em meio a tais contradições, o Haiti se preparava para o seu processo de independência.

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Em 1791, escravos, mulatos e ex-escravos se uniram com o objetivo de dar fim ao domínio exercido pela elite branca que controlava os poderes e instituições políticas do local. Liderados por Toussaint Louverture, os escravos conseguiram tomar a colônia.

Em 1803, Napoleão Bonaparte enviou exércitos para retomar o Haiti, mas foi derrotado.

O reconhecimento da independência daquele país só aconteceria no ano de 1825, quando o governo francês recebeu uma indenização de 150 milhões de francos.

Mesmo vivenciando diversos problemas, a notícia da independência no Haiti inspirou a revolta de escravos em diferentes regiões do continente americano, trazendo medo às outras regiões escravistas.

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Independência do México Por ter uma economia, o México tinha grande parte de sua

população no campo. As invasões napoleônicas permitiram as primeiras lutas

pela independência. Em 1810, o padre Miguel Hidalgo y Costilla ensaiou um

primeiro movimento revolucionário. Defendendo o fim das relações coloniais e a devolução das terras às populações indígenas, Hidalgo misturava ideias anticoloniais e propostas reformistas dentro do movimento por ele organizado.

Convocou os índios e mestiços para que lutassem contra o governo espanhol. Apoiado por esses grupos, o movimento de Hidalgo perseguiu a gachupines (elite hispânica) e criollos, considerados pelos populares seus maiores repressores. O movimento virou uma verdadeira guerra contra os representantes da elite.

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Contando com o apoio das tropas coloniais espanholas, a revolta foi controlada e Hidalgo foi preso e condenado à morte.

No ano de 1812, o sacerdote José Maria Morelos organizou um novo movimento popular que ameaçava a ordem social.

Percebendo a força do movimento de independência a própria Coroa começou o processo de independência através de Augustín Itúrbide e seu Plano Iguala.

Por esse plano, o México tornou-se uma monarquia independente. No plano político, criollos e gachupines teriam os mesmos direitos políticos. A fé católica e a antiga configuração agrária seriam reafirmadas por esse governo.

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Depois de proclamar a independência do país, em 1822, o México foi governado pelo próprio Itúrbide, sob o título de imperador Augustín I. Não apoiado pelos movimentos republicanos do país, Augustín foi logo deposto e assassinado.

No ano de 1824, o país tornou-se uma república presidida pelo general Guadalupe Vitória. Sem alcançar os ideais populares das primeiras manifestações revolucionárias, o México apenas assistiu a ampliação da autonomia política das elites que já dominavam a região. Com isso, o processo de exclusão, pobreza e dependência econômica foram ainda responsáveis por outros levantes como o da Revolução Mexicana de 1910.

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Grandes líderes – Simon Bolívar Revolucionário sul-americano nascido em Caracas, no Vice-

Reinado de Nova Granada, posteriormente Venezuela, que dedicou sua vida à luta contra a presença espanhola na América do Sul.

Em 1804, iniciou uma viagem pelos Estados Unidos e Europa e, em Paris, aproximou-se das doutrinas de Rousseau, Montesquieu e Voltaire.

Liderou a Bolívia, a Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela à independência, e ajudou a lançar bases ideológicas democráticas na maioria da América Hispânica.

Em 1826, Bolívar tentou promover uma integração continental ao convocar o Congresso do Panamá. Compareceram apenas os representantes dos governos do México, da Federação Centro Americana, da Grã-Colômbia (Colômbia, Equador e Venezuela) e do Peru. Era o princípio das Conferencias Pan-americanas.

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Grandes líderes – José de San Martin General argentino e o primeiro líder da parte sul da

América do Sul que obteve sucesso no seu esforço para a independência da Espanha, tendo participado ativamente dos processos de independência da Argentina, do Chile e do Peru.

Lutou nas campanhas contra a invasão francesa de Napoleão Bonaparte ao lado da Espanha.

San Martín decidiu deixar o Peru para evitar conflitos com Bolívar, abandonar a Argentina para não participar das guerras civis dava força a imagem de um protetor, auto denominação dada pelo próprio San Martín.

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Características das independências:

Países republicanos (com exceção do México que foi monarquia por um curto período)

Participação popular, mas sob a liderança dos criollos

As guerras deram origem a lideres regionais, chamados de caudilhos que mantiveram uma sociedade agrária e as classes mais baixas sem melhorias de vida. Não apoiaram a unificação da América espanhola proposta por Bolívar para que pudessem manter seu poder regional.

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Cuba A colonização de Cuba ocorreu por meio da formação de

grandes monoculturas de açúcar e tabaco.

Inicialmente, os colonizadores fizeram opção pela exploração da mão-de-obra escrava das populações indígenas que, depois de ser completamente extinta, foi substituída pelos escravos trazidos da Costa Africana.

A vitória da Espanha na chamada “Guerra dos Dez Anos” demonstrou o interesse espanhol em manter Cuba sob seu domínio.

Sob a liderança de José Martin começa um novo conflito, desta vez com o apoio dos EUA a causa cubana.

Em 1898, Cuba se torna independente da Espanha e doa a base naval de Guantánamo aos EUA, além de permitir a emenda Platt em sua constituição (permitia a intervenção dos Estados Unidos em Cuba.