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AS INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA ESPANHOLA O que você deve saber sobre A invasão da Espanha por Napoleão Bonaparte provocou a queda do rei Fernando VII e a ascensão de José Bonaparte, e trouxe profundas consequências para as colônias na América. Estas, não querendo ser leais aos espanhóis, mas sim ao rei, experimentaram a noção de autonomia, o que resultou nos processos de independência.

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Page 1: AS INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA ESPANHOLA

AS INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA ESPANHOLAAS INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA ESPANHOLA

O que você deve saber sobre

A invasão da Espanha por Napoleão Bonaparte provocou a queda do rei Fernando VII e a ascensão de José Bonaparte, e trouxe profundas consequências para as colônias na América. Estas, não querendo ser leais aos espanhóis, mas sim ao rei, experimentaram a noção deautonomia, o que resultou nos processos de independência.

Page 2: AS INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA ESPANHOLA

Formação das Cortes espanholas, cujo objetivo era organizar a oposição a José Bonaparte.

Cortes apoiadas por todos os vice-reinados e capitanias da colônia

Em 1810 os vice-reinados – com exceção do Peru, que deu seu apoio às Cortes – optaram por formar Juntas Provinciais autônomas (comandadas pelos criollos).

Vice-reinados tomam rumos distintos.

I. 1808 – Situação política na Espanha após a invasão napoleônica

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II. Vice-Reinado da Nova Espanha (atual México)

Grito de Dolores (1810)

Miguel Hidalgo y Costilla, pároco criollo, convocou índios e mestiços a se unirem para derrubar o domínio peninsular, acabar com os tributos e defender a religião.

A revolta se espalhou com violência e se transformou em uma guerra de retaliação dos índios e mestiços contra brancos, peninsulares ou criollos.

Problemas: a revolução tornou-se uma guerra racial contra todos os brancos e donos de propriedades; os criollos passaram a apoiar a Espanha e o vice-rei.

Ao atacar a Cidade do México, Hidalgo perdeu muitos homens; derrotado pelo exército, em 1811 foi capturado, fuzilado e decapitado com outros três líderes.

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II. Vice-Reinado da NovaEspanha (atual México)

Cruz e espada: Miguel Hidalgo em trajes civis, militares e religiosos no México

(1828), desenho de Claudio Linati

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II. Vice-Reinado da Nova Espanha (atual México)

Padre José Maria Morelos substituiu Hidalgo. Seus objetivos eram:

Independência;

Governo comandado por um Congresso;

Fim da escravidão e das castas;

Fim da lealdade ao rei;

Reforma agrária.

1812/1813: o exército assumiu controle do sul do México, abriu um Congresso em 1813 e conseguiu apoio e reconhecimento de outras nações. Em novembro, proclamou a independência.

Após a proclamação, Morelos perde poder. Em novembro de 1815 foi preso, julgado e condenado por um tribunal civil e pela Inquisição. Foi executado em dezembro.

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II. Vice-Reinado da Nova Espanha (atual México)

A independência

A proclamação da independência do México se deu em 1821 com o Plano de Iguala proclamado pelo criollo Augustín Itúrbide.

O Plano de Iguala garantiu estabilidade econômica, monarquia constitucional, preservou os privilégios da elite, prometeu independência e igualdade.

Itúrbide invadiu a Cidade do México, tornando-se presidente da Regência do Império Mexicano. As outras intendências do vice-reinado imediatamente declararam seu apoio e sua própria independência.

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Page 7: AS INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA ESPANHOLA

1806: primeira rebelião independentista na Capitania Geral da Venezuela, liderada por Francisco de Miranda.

1810: Junta Provincial, que negava às Cortes espanholas qualquer direito de regência sobre a América do Sul.

Em Nova Granada, os criollos se rebelaram e formaram uma Junta Provincial autônoma.

“Revolução de Maio”, em Buenos Aires: criollos derrubaram o vice-rei e organizaram uma Junta autônoma.

Uruguai e Paraguai: aderiram ao governo das Cortes e não se colocaram sob controle político e econômico de Buenos Aires.

Chile: decidiu seguir Buenos Aires (território agrícola).

III. A América do Sul

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IV. Após as Juntas de 1810

Capitania Geral da Venezuela: Simón Bolívar iniciou um Congresso para libertar toda a América.

1811: Congresso proclamou a independência da Primeira República da Venezuela.

Bolívar fugiu para Nova Granada: em 1811 o território passou a se denominar Províncias Unidas de Nova Granada.

Em 1813, Bolívar invadiu a Venezuela e proclamou a Segunda República da Venezuela. Conflitos sociais e raciais entre índios e criollos levam ao fim da república venezuelana.

• Parte da Venezuela foi contra a independência: queda da Primeira República.

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V. Vice-Reinado do Rio da Prata

Junta de Buenos Aires sobreviveu, chefiada por Cornélio Saavedra.

Províncias do interior se rebelam contra a Junta de Buenos Aires.

Queda de Saavedra e ascensão do líder militar José de San Martín. Ele organizou a Assembleia Nacional Constituinte e fez uma Constituição.

San Martín tentou estender sua influência sobre a região do Alto Peru, do Uruguai e do Paraguai. Mas seu exército foi derrotado nos três territórios.

A volta de Fernando VII desencadeou um forte movimento anti--independência na América.

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V. Vice-Reinado do Rio da Prata

A decisão do rei por um regime absolutista trouxe de volta o desejo da Junta de Buenos Aires pela independência.

Criollos formaram um Congresso na cidade de Tucumã, e em 1816 proclamaram a independência.

Após a proclamação da independência argentina, San Martín foi para o Chile. Lá auxiliou Bernardo O’Higgins a declarar a independência chilena em fevereiro de 1818, para em seguida se dirigir ao Vice-Reinado do Peru.

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VI. A independência do Peru e a Reunião de Guayaquil

Após três anos de campanhas militares, San Martín declaroua independência do Peru em 1821.

O responsável pela libertação definitiva foi Simón Bolívar. Em 1818 ele proclamou a independência da Venezuela e, em 1819,a de Nova Granada.

Em 1822, na Reunião de Guayaquil, Bolívar comandaria a independência do Peru, e San Martín iria para a Europa.

Tropas bolivarianas obtiveram sucesso na proclamação em 1825, e seu líder transformou a região do Alto Peru na Bolívia.

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As independências na América Latina (1804-1981)Clique na imagem abaixo para ver o mapa animado.

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(UERJ)

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O mapa político apresentado demonstra a fragmentação ocorrida na América colonial espanhola, a partir dos movimentos de independência. Esse processo resultou não só de fatores internos, mas também de fatores externos às colônias, como a tentativa de restauração levada a cabo pela Santa Aliança, utilizando como regra básica o princípio de legitimidade enunciado no Congresso de Viena (1814-1815).

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RESPOSTA:Entre as diversas consequências, podemos citar: recolocação no poder das dinastias europeias destronadas durante a expansão napoleônica e a reorganização do mapa europeu, levando-se emconta os direitos tradicionais das dinastias consideradas legítimas e restaurando-se as fronteiras anteriores a 1791. Também é preciso explicar que esse princípio, por tentar acabar com os processos de autonomia que haviam se instalado na região, ampliou ainda mais as insatisfações dos diferentes setores das aristocracias coloniais que, organizadas em cabildos livres, comandaram as lutas pela independência dos vice--reinados coloniais.

Cite duas consequências políticas ou territoriais para a Europa pós--napoleônica da utilização do princípio de legitimidade. Em seguida, explique a influência desse princípio nas lutas pela independência das colônias espanholas na América.

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(UFRGS-RS) Vários países latino-americanos foram formados durante os movimentos de independência da região. A seguir, são indicados os nomes de quatro países da região; logo em seguida, fatos relacionados aos processos de emancipação de três deles.Associe adequadamente o país ao fato.

1 – Venezuela2 – México3 – Argentina4 – Chile

( ) Uma rebelião destituiu o vice-rei do Prata, desencadeando o movimento de libertação.( ) Os revoltosos dominaram grande parte do país, embora tivessem sido reprimidos pelo vice-rei do Peru.( ) O padre Miguel Hidalgo, liderando a massa indígena, tomou de assalto a capital.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) 4 – 2 – 1. b) 2 – 1 – 3. c) 4 – 3 – 2. d) 1 – 3 – 4. e) 3 – 4 – 2.

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(UFRJ)

O processo de independência na América Latina foi, em grande parte, concluído na década de 1820, quando os jovens governos se viram diante do desafio de preservar a autonomia conquistada em meio ao intrincado jogo político e diplomático da época. Simón Bolívar (1783-1830) não era simpático aos Estados Unidos, que, por sua vez, evitaram atritos com a Espanha para não comprometer a compra da Flórida e o comércio com possessões espanholas no Caribe.

a) Indique dois aspectos nos quais o processo que culminou com o rompimento dos laços coloniais na América espanhola se diferenciou da Independência do Brasil.

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RESPOSTA:O Brasil procurou manter as fronteiras geopolíticas da América portuguesa, enquanto a América espanhola se desintegrou em inúmeros países. Além disso, no Brasil foi adotado o regime monárquico, ao passo que os novos países hispano-americanos tenderam a assumir o regime republicano.

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b) Cite uma diferença e uma semelhança entre o projeto pan-americanista de Simón Bolívar e o expresso pela Doutrina Monroe (1823).

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RESPOSTA:Como semelhança entre o projeto pan-americanista de Simón Bolívar e o expresso pela Doutrina Monroe, pode-se citar a preservação da independência dos países americanos contra projetos de recolonização europeus; como diferença, Bolívar propunha abolir a escravidão e montar um exército comum para a defesa do hemisfério, propostas que são contrárias ao monroísmo, cuja prática se fundou no predomínio dos interesses dos Estados Unidos sobre os demais Estados americanos.

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Page 18: AS INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA ESPANHOLA

(Unesp) Octavio Paz, escritor mexicano, assim se referiu à participação de índios e mestiços no movimento de Independência do México:

A guerra se iniciou realmente como um protesto contra os abusos da metrópole e da alta burocracia espanhola, mas também, e sobretudo, contra os grandes latifundiários nativos. Não foi a rebelião da aristocracia contra a metrópole, mas sim a do povo contra a primeira. Daí que os revolucionários tenham concedido maior importância a determinadas reformas sociais que à independência propriamente dita: Hidalgo decreta a abolição da escravatura; Morelos, a divisão dos latifúndios. A guerra de Independência foi uma guerra de classes e não se compreenderá bem o seu caráter se ignorarmos que, diferente do que ocorreu na América do Sul, foi uma revolução agrária em gestação.

O labirinto da solidão, 1976.

Segundo o autor, a luta pela Independência do México

a) contou com o apoio dos proprietários rurais, embora eles considerassem desnecessária a questão da ruptura com a Espanha.b) opôs-se aos ideais políticos do Iluminismo europeu, dividindo o país em regiões politicamente independentes.c) recebeu a solidariedade de movimentos revolucionários europeus, dado o seu caráter de guerra popular. d) enfraqueceu o Estado Nacional, favorecendo a anexação de territórios mexicanos pelos Estados Unidos da América.e) apresentou um caráter popular, manifestando questões sociais de longa duração na história do país.

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(Unicamp-SP)Eu considero o estado atual da América como quando arruinado o Império Romano. Cada desmembramento formou um sistema político, conforme os seus interesses e situação. Nós, que apenas conservamos os vestígios do que em outro tempo fomos, e que, por outra parte, não somos índios, nem europeus, e sim uma meia espécie entre os legítimos proprietários do país e os usurpadores espanhóis.

BOLÍVAR, Simón. Carta da Jamaica de 1815, emEscritos políticos. Campinas: Ed. Unicamp. p. 61. (Adaptado.)

a) Quem foi Bolívar e qual sua importância nos processos de Independência das colônias hispano-americanas? A qual processo político Bolívar se refere?

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RESPOSTA:Originário da elite criolla (descendentes de espanhóis nascidos na América) da Venezuela, é considerado o principal líder no processo de independência das colônias espanholas da América do Sul. Com base no texto, Bolívar faz referência ao processo de emancipação da América espanhola.

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b) De que maneira Bolívar se refere aos “criollos” no texto? Qual o papel político dos “criollos” nas independências das colônias espanholas?

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RESPOSTA:Como uma “meia espécie” entre os “legítimos proprietários do país” (os índios) e os “usurpadores espanhóis” (os colonizadores). Considera-se que os criollos conduziram o processo de independência da América espanhola.

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(Uerj)Veja, se eu sair à rua e disser ao primeiro homemque encontrar “siga-me”, ele me seguirá.

QUIRORA, Juan Facundo.

A frase, do general e político argentino do século XIX, traduz muito bem o caráter do caudilhismo, que marcou a vida política das ex-colônias espanholas na América após os processos de emancipação.

Estabeleça a relação existente entre o fracionamento político--territorial das colônias espanholas na América após suas independências e o surgimento do caudilhismo. Em seguida, indique um fator econômico ou social que explique a constituição desse fenômeno na região.

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RESPOSTA:As disputas pelo poder empreendidas por lideranças locais e regionais contribuíram diretamente para a fragmentação político--territorial que se verificou no império espanhol na América à época das independências. O fenômeno do caudilhismo encontra--se na base de uma tensão entre centralização/descentralização que marcou a história dos Estados americanos de colonização hispânica ao longo do século XIX e influiu em posteriores secessões. Um entre os fatores econômicos: exploração excessiva da mão de obra; e um social: estabelecimento de uma sociedade caracterizada por grande exclusão e hierarquização social.

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