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YANE REGYNA RIBEIRO SANTOS SOBREVIVÊNCIA E CRESCIMENTO DE ESPÉCIES ARBÓREAS PIONEIRAS UTILIZADAS NA APA MORRO DO URUBU, ARACAJU SE, PARA FINS DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL SÃO CRISTOVÃO - SE 2016

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YANE REGYNA RIBEIRO SANTOS

SOBREVIVÊNCIA E CRESCIMENTO DE ESPÉCIES ARBÓREAS PIONEIRAS

UTILIZADAS NA APA MORRO DO URUBU, ARACAJU – SE, PARA FINS DE

RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

SÃO CRISTOVÃO - SE

2016

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YANE REGYNA RIBEIRO SANTOS

SOBREVIVÊNCIA E CRESCIMENTO DE ESPÉCIES ARBÓREAS PIONEIRAS

UTILIZADAS NA APA MORRO DO URUBU, ARACAJU – SE, PARA FINS DE

RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

Departamento de Ecologia Bacharelado,

Universidade Federal de Sergipe, como requisito

parcial para obtenção do título de Ecóloga.

SÃO CRISTOVÃO - SE

2016

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AGRADECIMENTOS

A Deus, na sua infinita bondade, que me proporcionou momentos inesquecíveis ao

longo desta caminhada, que sempre me guiou mostrando os melhores caminhos a seguir de

acordo com meus valores e princípios.

À minha mãe Maria da Saúde, a meu pai Pedro e irmãs Yara e Isabela, por todo amor,

carinho e compreensão, e por estarem sempre ao meu lado me apoiando, me dando forças e me

ajudando a enfrentar os desafios da vida.

A todos os meus familiares avós, tias, primos e primas por toda preocupação e incentivo.

A meu amigo e companheiro Yuri Sá, por estar sempre ao meu lado me incentivando e

me dando força, nos piores e melhores momentos dessa jornada.

Aos meus colegas de curso que dividiram comigo momentos de aprendizagem,

angústias, sonhos e alegrias, em especial ao meu amigo Weverton Souza.

Ao meu orientador, Professor Dr. Robério Anastácio Ferreira pela orientação e

oportunidade de trabalho em campo. Aos meus amigos de campo, Jéssica, Bruno, Dráuzio e

Alisson, pelo companheirismo.

Agradeço também à professora Dra. Anabel Aparecida de Mello e ao Professor Dr.

Alexandre de Siqueira Pinto pela participação na minha banca examinadora.

A Semear e a Sergas pela oportunidade de estágio.

OBRIGADA A TODOS!

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELA..................................................................................................................i

LISTA DE FIGURAS...............................................................................................................ii

RESUMO..................................................................................................................................iii

1. Introdução ...................................................................................................................... 9

2. Referencial teórico ....................................................................................................... 10

2.1. Área degradada ........................................................................................................ 10

2.2. Recuperação Ambiental .......................................................................................... 10

3. Material e Métodos ...................................................................................................... 13

3.1. Área de estudo .......................................................................................................... 13

3.2. Produção de mudas .................................................................................................. 14

3.3. Seleção de espécies florestais para recuperação ambiental e para uso

paisagístico ........................................................................................................................... 14

3.4. Escolha das espécies para avaliação da sobrevivência e crescimento ................. 15

3.5. Plantio ....................................................................................................................... 16

3.6. Monitoramento e Avaliações ................................................................................... 18

4. Resultados e Discussão ................................................................................................ 19

4.1. Sobrevivência ........................................................................................................... 19

4.2. Altura ........................................................................................................................ 21

4.3. Diâmetro do colo ...................................................................................................... 23

5. Considerações finais .................................................................................................... 24

6. Referências ................................................................................................................... 25

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Relação de mudas plantadas no Projeto de Recuperação Ambiental e Arborização

Urbana na Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu – Aracaju/SE....................................15

TABELA 2 - Relação das espécies selecionadas para avaliação do índice de sobrevivência e

crescimento, no período do 18o ao 22o mês de idade, do Projeto de Recuperação Ambiental e

Arborização Urbana na Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu – Aracaju/SE...........................16

TABELA 3 - Índice de sobrevivência ao 22o mês de Anadenanthera macrocarpa, Guazuma

ulmifolia e Enterolobium contortisiliquum, na APA Morro do Urubu, Aracaju - SE, 2016. (N:

número de indivíduos, N final: número de indivíduos no 22o mês de idade)..............................20

TABELA 4 - Taxa de crescimento relativo em altura das espécies Anadenanthera macrocarpa,

Guazuma ulmifolia e Enterolobium contortisiliquum, após o 22o mês de idade. (H0 – altura 18o

mês, H1 – altura final e TCR – taxa de crescimento relativo). APA Morro do Urubu,

Aracaju/SE................................................................................................................................22

TABELA 5 - Taxa de crescimento relativo em diâmetro do colo das espécies Anadenanthera

macrocarpa, Guazuma ulmifolia e Enterolobium contortisiliquum, após o 22o mês de idade.

(DC0 – diâmetro do colo 18o mês, DC1– diâmetro do colo final e TCR – taxa de crescimento

relativo). APA Morro do Urubu, Aracaju/SE.............................................................................24

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Localização da Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu, no município de

Aracaju - SE..............................................................................................................................14

FIGURA 2 – Placa indicativa do Projeto de Recuperação Ambiental e Arborização Urbana na

Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu – Aracaju/SE...........................................................16

FIGURA 3 – Espécies Anadenanthera macrocarpa (A), Guazuma ulmifolia (B) e

Enterolobium contortisiliquum (C) do Projeto de Recuperação Ambiental e Arborização

Urbana na Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu, Aracaju/SE, selecionadas para a

avaliação de sobrevivência e crescimento..................................................................................17

FIGURA 4 – Avaliação do diâmetro do colo utilizando paquímetro manual (0,05mm) e altura

total com o auxílio de régua graduada, APA Morro do Urubu, Aracaju – SE, 2016...................19

FIGURA 5 – Lixo comum e hospitalar encontrado na área de implantação do Projeto de

Recuperação Ambiental e Arborização Urbana na Área de Proteção Ambiental Morro do

Urubu, Aracaju/SE....................................................................................................................21

FIGURA 6 – Precipitação e altura média mensal de A. macrocarpa, G. ulmifolia e E.

contortisiliquum, no período do 18o ao 22o de idade. APA Morro do Urubu, Aracaju – SE,

2016...........................................................................................................................................22

FIGURA 7 – Precipitação e diâmetro do colo médio mensal de A. macrocarpa, G. ulmifolia e

E. contortisiliquum, no período do 18o ao 22o de idade..............................................................23

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RESUMO

Com o alto índice de supressão da vegetação nativa em Aracaju/SE, torna-se perceptível um

significativo quadro de degradação ambiental, ocasionando a fragmentação de ecossistemas

florestais. Assim, surge a necessidade da recuperação dessas áreas, visando o resgate da

biodiversidade local. Neste sentido, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o

crescimento e a sobrevivência de três espécies florestais pioneiras utilizadas no Projeto de

recuperação ambiental e arborização urbana na Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu,

Aracaju/SE. O plantio das mudas foi realizado em cova, com espaçamento de 3 m x 3 m,

totalizando 1.111 mudas por hectare, alternando-se espécies de crescimento rápido e

crescimento lento, levando-se em consideração a dinâmica de sucessão quanto aos grupos

ecológicos das espécies selecionadas. Destas, foram escolhidas 3 espécies pioneiras, totalizando

96 mudas, para a avaliação de crescimento e sobrevivência. Foram tomadas medidas de altura

(H) e diâmetro do colo (DC) durante o período do 18o ao 22o mês após o plantio, onde foram

também contabilizados os indivíduos sobreviventes e a taxa de crescimento relativo (TCR). A

espécie que apresentou melhor índice de sobrevivência foi Guazuma ulmifolia (100%), seguida

de Enterolobium contortisiliquum (92,59%) e Anadenanthera. macrocarpa (78,26%). Na

avaliação das características de crescimento, em campo, observou-se que A. macrocarpa

(280,42 cm) apresentou maior desenvolvimento em altura, seguida de E. contortisiliquum

(268,80 cm) e G. ulmifolia (236,4 cm). Observou-se maior diâmetro do colo para E.

contortisiliquum (4,88 cm) em comparação à G. ulmifolia (4,32 cm) e A. macrocarpa (3,44

cm). Em relação à TCR para altura e diâmetro do colo, as espécies que apresentaram maiores

valores foram: G. ulmifolia (36,32%) e A. macrocarpa (61,50%), respectivamente. As espécies

obtiveram, no período avaliado, altas taxas de sobrevivência, confirmando sua importância para

recuperação de áreas degradadas.

Palavras – Chave: Supressão da vegetação, degradação ambiental, fragmentação de

ecossistemas.

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1. Introdução

Historicamente, a paisagem natural tem sido amplamente modificada pela ação humana,

causando a sua destruição e fragmentação. O Brasil apesar de ser considerado o país que possui

maior biodiversidade do planeta, possui milhões de hectares de áreas degradadas. Estas áreas

são originadas, principalmente por atividades agropecuárias, ocupação urbana e a retirada de

lenha, tornando-se necessário a realização de estudos que norteiem estratégias para a sua

proteção.

Em Sergipe, particularmente, no município de Aracaju, a situação não é diferente. O

município possui o último remanescente florestal de Mata Atlântica (Área de Proteção

Ambiental Morro do Urubu) (Matos 2010), e apesar disso são intensos os processos de

degradação ambiental, promovidos por ações antrópicas das comunidades do entorno, o que

compromete a qualidade da paisagem e a sua função ambiental urbana.

A recuperação de áreas degradadas envolve múltiplos conhecimentos que visam à

reconstituição da estrutura do ecossistema, próximo das características do ambiente original

(Kageyama & Gandara 2004). A importância de se realizar ações visando à recuperação na

Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu está relacionada à necessidade de se resgatar a

biodiversidade local, reduzir os focos de erosão, manter a flora e fauna nativas e melhorar o

aspecto paisagístico, além do resgate da valoração ecológica da área, cultural e social das

populações humanas do entorno e dos frequentadores do Parque da Cidade.

Segundo Amaral (2010), a recuperação de áreas degradadas deve ser realizada para que

o ambiente possa restabelecer suas condições naturais, vindo a atingir o equilíbrio e à

sustentabilidade necessária. De acordo com Martins (2001), o sucesso da implantação e

formação de florestas de proteção pode estar diretamente relacionado aos fatores edáficos e

climáticos, à ecologia das espécies, onde as mesmas devem ocorrer naturalmente na região, ao

modelo de recuperação florestal, ao monitoramento e à avaliação.

O modelo de sucessão ecológica é essencial para o sucesso dos projetos de recuperação,

pois assemelha-se ao que ocorre naturalmente. Através de monitoramento e avaliação das

espécies utilizadas no modelo sucessional, notam-se melhores resultados de sobrevivência e

crescimento (Martins 2001).

Neste sentindo, este trabalho realizado com o objetivo de avaliar o crescimento e a

sobrevivência de três espécies florestais pioneiras utilizadas no Projeto de recuperação

ambiental e arborização urbana na Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu, Aracaju/SE.

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2. Referencial teórico

2.1.Área degradada

São consideradas áreas degradadas extensões naturais que perderam a capacidade de

recuperação natural após sofrerem distúrbios. A degradação é um processo induzido pelo

homem ou por acidente natural que diminui a atual e futura capacidade produtiva do

ecossistema (Moreira 2004).

O conceito de degradação associa-se aos efeitos ambientais considerados negativos ou

adversos e que decorrem principalmente de atividades humanas, e raramente aplica-se a efeitos

gerados por processos naturais (Bitar 1997).

Um ecossistema é classificado como degradado, quando perde sua capacidade de

resiliência, ou seja, capacidade de se recuperar de flutuações internas provocadas por distúrbios

naturais ou antrópicos (Martins 2001, Quoos 2009). Segundo Rezende (2006), estes distúrbios

podem ocorrer de forma natural ou por atividades antrópicas. A capacidade de se recuperar após

o distúrbio, pode não ocorrer ou ser bastante lento (Carpanezzi et al. 1990).

A recuperação de áreas degradadas é consequência do uso incorreto da paisagem por

todo o país, sendo apenas uma alternativa limitada de remediar um dano que poderia ter sido

evitado (Rodrigues e Gandolfi 2004).

De acordo com Lima (2004), o desmatamento é a principal causa da degradação

ambiental, ocasionada principalmente pela agricultura e por obras de engenharia, como

estradas, edifícios e barragens. Segundo Noffs et al. (2000), as principais consequências dessa

degradação são o empobrecimento do solo, assoreamento de rios e reservatórios e entulhamento

de depressões e várzeas, acumulando assim o material carreado, tendo como resultado a

destruição dos ecossistemas de áreas úmidas, de áreas agrícolas, aumento das cheias, da

propagação de doenças, etc.

2.2.Recuperação Ambiental

De acordo com a Lei 9.985 de 2000, artigo 2o, inciso XIII, recuperação é a restituição

de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada,

que pode ser diferente da sua condição original (Brasil 2000).

Rodrigues et al. (2012), definem recuperação de áreas degradadas como um conjunto

de ações que visam proporcionar o restabelecimento de condições de equilíbrio e

sustentabilidade em um sistema natural.

A recuperação de áreas degradadas tem como objetivo recuperar e dar funcionalidade

ecológica ao ecossistema, formando uma floresta mais próxima possível da original (Kageyama

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& Gandara 2004). Dessa forma, a recuperação ambiental não se tem restringido apenas ao

plantio de árvores, e sim no estudo comportamental e ecológico das espécies florestais (Durigan

& Silveira 1999).

As Unidades de Conservação representam uma das melhores estratégias de proteção do

patrimônio natural. Nestas áreas, a fauna e a flora são conservadas assim como os processos

ecológicos dos ecossistemas, garantindo a manutenção do estoque da biodiversidade (IBAMA

2003).

A Lei n. 9985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação (SNUC), define as Unidades de Conservação como um espaço territorial e seus

recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes,

legalmente instituído pelo poder público, com objetivos de conservação e limites definidos,

sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção

(BRASIL 2000)

Entre os objetivos do SNUC, destacam-se:

I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no

território nacional e nas águas jurisdicionais; III - contribuir para a preservação e a

restauração da diversidade de ecossistemas naturais; e IX - recuperar ou restaurar

ecossistemas degradados.

Considerando os objetivos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, e sua

função e importância para toda a sociedade, o objetivo final da recuperação de áreas degradadas

nas Unidades de Conservação deve ser o de restaurar os ecossistemas o mais próximo possível

das suas condições originais (Sessegolo 2005).

Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (BRASIL, 2000), Área de

Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana,

dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a

qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos

proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a

sustentabilidade dos uso do recursos naturais.

Na busca de atingir o principal objetivo da recuperação ambiental, podem ser

empregados vários modelos, que dependem de ambiente para ambiente. Existem dois modelos

de recuperação de áreas degradadas, os quais podem ser agrupados em simples e complexos

(Martins 2001). No modelo simples são utilizadas espécies apenas para proteção inicial do solo;

já no modelo complexo procura-se através de conhecimentos ecológicos, buscar a recuperação

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das funções ecológicas utilizando-se modelos como: reflorestamento homogêneo, ilhas

vegetativas, plantio ao acaso, regeneração natural e sucessional.

A combinação de espécies de diferentes grupos sucessionais é de bastante importância,

pois as florestas são formadas por meio do processos que ocorre após distúrbio, onde há grupos

de espécies que são adaptados a uma condição de maior luminosidade, colonizando as áreas

abertas, crescendo rapidamente e fornecendo o sombreamento necessário para o

estabelecimento de espécies mais tardias na sucessão (Martins 2001).

Dessa forma, Swaine & Whitmore (1998), definem grupos ecológicos para espécies

arbóreas de florestas tropicas em duas categorias: espécies pioneiras e climácicas. As espécies

pioneiras possuem rápido crescimento, germinam e se desenvolvem em condições de bastante

luminosidade, fornecendo o sombreamento e produção precoce de sementes pequenas,

normalmente com dormência, as quais são predominantemente dispersadas por animais

(Martinez-Ramos 1985). Já as espécies climácicas possuem crescimento lento, germinam e se

desenvolvem com pouca luminosidade, produzem sementes grandes, normalmente sem

dormência, além de copa mais densa e compacta, devido às condições de sombreamento

(Macedo 1993).

Os modelos sucessionais são os que normalmente geram os melhores resultados em

termos de sobrevivência e de crescimento das mudas e na proteção dos fatores edáficos e

hídricos (Martins 2001). Estes modelos sucessionais são: plantio em linha com duas espécies,

plantio em linha com várias espécies, plantio em quincôncio, plantio em módulos e plantio

adensado. Para se obter sucesso em trabalhos de recuperação/restauração ambiental a escolha

das espécies utilizadas é de fundamental importância.

Os principais fatores limitantes para o sucesso da recuperação, em geral, são a escolha

das espécies, a qualidade das mudas e as características do ambiente, como: umidade,

temperatura do ar, luminosidade e características físico-químicas do solo (Fonseca & Ribeiro

1998). Segundo Mundim (2004), a escolha das espécies deve ser fundamentada em diversas

informações, tais como levantamentos florísticos e fitossociológicos da área, experiências em

viveiros ou casa de vegetação, levantamento bibliográfico de experiências parecidas de

recuperação, estudos sobre regeneração natural em locais degradados e a ecologia das espécies.

Segundo Lorenzi (2008) as espécies pioneiras Guazuma ulmifolia, Anadenanthera

macrocarpa e Enterolobium contortisiliquum são consideradas importantes na recuperação de

áreas degradadas, pois apresentam crescimento rápido, como foi evidenciado por Pereira et al.

(2012), na avaliação do índice de sobrevivência e crescimento de espécies arbóreas utilizadas

em recuperação de áreas degradadas, onde observou-se que as espécies Guazuma ulmifolia e a

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Mimosa caesalpineafolia foram as espécies que conseguiram o maior índice de sobrevivência.

A Anadenanthera macrocarpa e a Ochroma pyramidalis apresentaram o maior crescimento em

altura.

Além de apresentarem crescimento rápido, as espécies pioneiras mudam as condições

ambientais, tais como disponibilidade de luz, umidade, calor, ventos e nutrientes, possibilitando

assim o estabelecimento de espécies climácicas (Duarte & Bueno 2006).

Além de uma escolha correta e adequada das espécies, necessário se faz também que as

áreas recém plantadas sejam avaliadas e monitoradas, de modo a se reduzir ou minimizar os

fatores de pressão às espécies plantadas. Ou ainda, avaliar periodicamente o desenvolvimento

e a funcionamento destas áreas em termos de abordagem ecológica.

O monitoramento e avaliação das espécies utilizadas na recuperação de áreas

degradadas é de fundamental importância para verificar se a área atingiu o estado pré-definido

(Sorreano 2002).

A avaliação e monitoramento de florestas implantadas são fundamentais para o

melhoramento das técnicas de restauração, especialmente em ecossistemas tropicais e

subtropicais, onde a grande diversidade e complexidade das interações entre organismos

representam o grande desafio da restauração (Souza & Batista 2004).

As principais atividades de monitoramento após a fase de implantação, segundo Rezende

(2006) são: capinas, controle de formigas cortadeiras, adubação de cobertura, reparo de cercas

e reforma de aceiros. Estas ações darão condições para que a natureza se encarregue da

continuidade do processo de recuperação (Rezende 2006).

Para avaliação de crescimento de mudas é utilizado os parâmetros morfológicos, como a

altura da parte aérea (H) e o diâmetro do colo (DC). A altura da parte aérea é medida do colo

das plantas até a gema apical, em centímetros (PAIVA 2000), sendo considerada também como

um dos mais importantes parâmetros para estimar o crescimento no campo (REIS et al. 1991).

O diâmetro do coleto é facilmente mensurável e por ser obtido sem a destruição da planta, é

considerado por muitos pesquisadores, como um dos mais importantes parâmetros para estimar

a sobrevivência de mudas de diferentes espécies florestais, (CARNEIRO 1976; REIS et al.

1991; FONSECA 2000).

3. Material e Métodos

3.1.Área de estudo

A Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu está localizada na zona Norte do de

Aracaju, limitando-se ao Norte com o Rio do Sal, ao Leste com o Rio Sergipe e, ao Sul e Oeste

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com áreas urbanas do município (Silva 2004) (Figura 1). Caracteriza-se pelo último

remanescente de Mata Atlântica do perímetro da capital sergipana, com uma área de 213,87ha,

sendo o seu perímetro de 8.135,28m (Matos 2010).

A APA foi estabelecida por meio do decreto estadual 13.713 de 15 de junho de 1993 e,

posteriormente, a estrutura administrativa foi alterada pelo decreto estadual 15.505, de 14 de

julho de 1995. Dentro desta área, está inserido o Parque Estadual Rollemberg Leite (Pinto

2008).

Figura 1. Localização da Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu, no município de

Aracaju - SE. Fonte: Chagas (2008).

3.2.Produção de mudas

As mudas destinadas para a realização deste projeto foram produzidas e fornecidas pelo

Viveiro Florestal, Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Sergipe,

como parte do Convênio estabelecido entre a SEMARH/UFS/DCF.

3.3.Seleção de espécies florestais para recuperação ambiental e para uso paisagístico

As espécies utilizadas na recuperação ambiental na APA Morro do Urubu foram indicadas

com base na abundância na região, ocorrência natural na Mata Atlântica sergipana e por

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apresentarem potencial para esta finalidade, de acordo com análises de vegetação já realizadas

na APA ou em áreas adjacentes (Tabela 1).

Tabela 1. Relação de mudas plantadas no Projeto de Recuperação Ambiental e Arborização

Urbana na Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu – Aracaju/SE.

No Nome Popular Nome Científico

1 Angelim Andira fraxinifolia Benth.

2 Angico Anadenanthera macrocarpa (Benth). Bren.

3 Aroeira Schinus terebinthifolius Raddi.

4 Biriba Eschweilera ovata (Cambess.) Miers

5 Cajá Spondias mombin L.

6 Canafístula Cassia grandis L.f

7 Craibeira Tabebuia aurea (Silva Manso) S. Moore

8 Embaúba Cecropia pachystachya Trécul.

9 Falso-ingá Lonchocarpus sericeus (Poir) D.C.

10 Ipê-amarelo Tabebuia serratifolia

11 Jatobá Hymenaea courbaril (Hayne) Y.T.Lee & Langenh.

12 Jatobá-mirim Hymenaea stilbocarpa Mart. ex Haynevar. var.

stilbocarpa

13 Jenipapo Genipa americana L.

14 Juazeiro Ziziphus joazeiro Mart.

15 Mulungu Erythrina velutina Willd.

16 Mutamba Guazuma ulmifolia Lam.

17 Paineira Chorisia glaziovii St. Hilaire

18 Pau-brasil Caesalpinia echinata Lam.

19 Pau-pombo Tapirira guianensis Aubl.

20 Saboneteira Sapindus saponaria L.

21 Sapucaia Lecythis cf. pisonis Cambess

22 Sucupira Bowdichia virgilioides fo. virgilioides

23 Tamboril Enterolobium contortisiliquum Vell. Morong.

3.4.Escolha das espécies para avaliação da sobrevivência e crescimento

Foram sorteadas três espécies pioneiras (Tabela 2) do Projeto de Recuperação Ambiental

e Arborização Urbana na Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu – Aracaju/SE,

implementado em maio de 2014 (Figura 2).

Foram escolhidas espécies pioneiras por apresentarem um importante papel ecológico de

alterar as condições da comunidade de modo e facilitar o estabelecimento de espécies de

estádios sucessionais subsequentes. Além de oferecer vantagens para a germinação das

sementes e desenvolvimento das plântulas, amenizando a variação da temperatura,

disponibilizando melhores condições de luz, umidade e nutrientes.

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Tabela 2. Relação das espécies selecionadas para avaliação do índice de sobrevivência e

crescimento, no período do 18o ao 22o mês de idade, do Projeto de Recuperação Ambiental e

Arborização Urbana na Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu – Aracaju/SE.

N° Nome

Popular

Nome Científico Família Grupo

Ecológico

Quantidade

1 Angico -

vermelho

Anadenanthera

macrocarpa (Benth).

Bren.

Fabaceae-

Mimosoideae

Pioneira 46

2 Mutamba Guazuma ulmifolia Lam. Malvaceae Pioneira 23

3 Tamboril Enterolobium

contortisiliquum Vell.

Morong.

Fabaceae-

Mimosoideae

Pioneira 27

Total 96

Figura 2. Placa indicativa do Projeto de Recuperação Ambiental e Arborização Urbana na Área

de Proteção Ambiental Morro do Urubu – Aracaju/SE.

3.5.Plantio

As mudas do projeto de Recuperação Ambiental e Arborização Urbana na Área de

Proteção Ambiental Morro do Urubu, Aracaju/SE, foram plantadas com orientação da equipe

técnica responsável (coordenador técnico e análise de vegetação) em covas medindo

30x30x30cm, na estação chuvosa (maio a julho de 2014), para assegurar melhor

desenvolvimento inicial e maior sobrevivência destas após o plantio no campo. As mudas foram

plantadas com espaçamento de 3m x 3m, totalizando 1.111 mudas por hectare, alternando-se

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espécies de crescimento rápido e crescimento lento, levando-se em consideração a dinâmica de

sucessão quanto aos grupos ecológicos das espécies selecionadas. Neste trabalho foram

escolhidas 3 espécies pioneiras, totalizando 96 mudas, para a avaliação de crescimento e

sobrevivência (Figura 3).

Figura 3. Espécies Anadenanthera macrocarpa (A), Guazuma ulmifolia (B) e Enterolobium

contortisiliquum (C) do Projeto de Recuperação Ambiental e Arborização Urbana na Área de

Proteção Ambiental Morro do Urubu, Aracaju/SE, selecionadas para a avaliação de

sobrevivência e crescimento.

Previamente ao plantio, foi realizado o combate às formigas (por meio de iscas granuladas

ou formulação em pó) e às plantas invasoras na área (por meio de capina manual). O

monitoramento quanto à presença de formigas foi realizado a cada 3 meses e, quando

necessário, foi realizado o combate imediatamente. Para impedir a competição das plantas

invasoras com as mudas plantadas realizou-se um coroamento, com um raio de 50 cm no

entorno das mudas. Para isto, foram realizadas capinas manuais para proteção das mudas. Estas

operações foram realizadas em intervalos de três meses.

Para a fertilização das mudas foram recomendados dois tipos de adubação: a) adubação

inicial com superfosfato simples ou triplo para promover um melhor desenvolvimento inicial e

b) adubação de cobertura, realizada 45 dias após o plantio, empregando-se uma formulação de

A B C

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NPK, cuja finalidade é assegurar o status nutricional das mudas para um completo e satisfatório

estabelecimento e crescimento inicial. Para esta operação, empregou-se uma adubação padrão

utilizando-se 200g de adubo por muda, tanto na adubação inicial quanto em cobertura.

3.6.Monitoramento e Avaliações

Foi realizado o monitoramento periódico das áreas implantadas com o objetivo de

impedir o arranquio de mudas pelos visitantes, queimadas, competição das mudas com as

plantas invasoras, perdas de mudas por formigas cortadeiras, entrada de animais domésticos e

novas ações antrópicas.

Foi avaliada a sobrevivência das mudas, por meio de contagem direta, assim como as

características de crescimento (altura da parte aérea (H), diâmetro do colo (DC) e taxa de

crescimento relativo (TCR)), realizadas mensalmente do 18o ao 22o mês após o plantio

(Novembro/2015 a Março/2016). Para medir o diâmetro do colo utilizou-se paquímetro manual

(0,05mm) de precisão e a altura total foi obtida com o auxílio de régua graduada (Figura 4). A

TCR foi obtida por meio da diferença entre a altura final e inicial dividindo pela altura inicial

vezes 100.

Foi obtido por meio do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) a precipitação

média mensal do município de Aracaju/Se, durante o período de avaliação de crescimento das

mudas (Novembro/2015 a Março/2016).

Com base nas avaliações, foram confeccionadas curvas de crescimento das espécies através

do software gráfico Origin 8 (OriginLab, Northampton, MA).

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Figura 4. Avaliação do diâmetro do colo utilizando paquímetro manual (0,05mm) e altura total

com o auxílio de régua graduada, APA Morro do Urubu, Aracaju – SE, 2016.

4. Resultados e Discussão

4.1.Sobrevivência

O número total de indivíduos por espécie, número de indivíduos vivos no 22o mês de

idade e a taxa de sobrevivência observada são apresentados na Tabela 3.

Segundo Duboc & Guerrini (2007), espécies que possuem baixa sobrevivência são

aquelas que apresentam valores menor ou igual a 60%, média sobrevivência as que apresentam

valores entre 61 e 80% e espécies acima de 81% apresentam alta sobrevivência.

Como pode ser verificado, de modo geral todas as espécies apresentaram índice de

sobrevivência alto. Este fato demonstra que as espécies pioneiras avaliadas apresentaram uma

boa adaptação às condições dos locais de plantio.

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Tabela 3. Índice de sobrevivência ao 22o mês de Anadenanthera macrocarpa, Guazuma

ulmifolia e Enterolobium contortisiliquum, na APA Morro do Urubu, Aracaju - SE, 2016. (N0:

número de indivíduos, N1: número de indivíduos no 22o mês de idade).

Espécies N0 N1 Sobrevivência (%)

Anadenanthera macrocarpa 46 36 78,26

Guazuma ulmifolia 23 23 100,00

Enterolobium contortisiliquum 27 25 92,59

A maior sobrevivência, aos 22 meses de idade, foi registrada para a espécie mutamba

(G. ulmifolia) com 100%. O alto índice de sobrevivência obtido para mutamba neste trabalho,

também foi observado no trabalho de avaliação inicial da recuperação de mata ciliar em

nascentes (Alvarenga 2004), onde a mesma espécie apresentou 100% de sobrevivência. Foi

também evidenciado um índice de sobrevivência superior a 90% no trabalho de Moreira (2002)

com manejo do solo e recomposição vegetação em uma área de degradada pela extração de

bauxita em Poços de Caldas-MG, e no trabalho realizado por Pereira et al. (2012) com a

avaliação do índice de sobrevivência e crescimento de espécies arbóreas utilizadas na

recuperação de áreas degradadas em Uberlândia-MG.

E. contortisiliquum apresentou sobrevivência de 92,59%, semelhante ao encontrado por

Poester (2012) em um trabalho de reflorestamento de mata ciliar, no município de Maquiné-

RS. Aos 240 dias de plantio, o autor encontrou um índice de sobrevivência de 96,3%.

A. macrocarpa apresentou um índice de 78,6%, semelhante ao observado por Silva &

Barbosa (2000), numa área de Caatinga, em Alagoinha-PE, onde a mesma espécie apresentou

um índice de 73,3% de sobrevivência. A mortalidade encontrada em A. macrocarpa (21,4%),

pode ter sido influenciado pela presença de lixo comum e hospitalar em uma área do plantio,

pois todas as seis mudas plantadas nessa área morreram (Figura 5).

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Figura 5. Lixo comum e hospitalar encontrado na área de implantação do Projeto de

Recuperação Ambiental e Arborização Urbana na Área de Proteção Ambiental Morro do

Urubu, Aracaju/SE.

4.2.Altura

Os valores médios referentes às alturas das espécies e a precipitação do 18o ao 22o mês

de idade podem ser observados na figura 6. As espécies A. macrocarpa (280,42 cm) e E.

contortisiliquum (268,80 cm) apresentaram maiores médias, evidenciando maior

desenvolvimento em altura, quando comparadas à G. ulmifolia (236,4 cm). É possível observar

que após o 20o mês de idade houve um maior incremento de altura, isso está relacionado ao

aumento da disponibilidade de água no solo para as plantas devido a maior precipitação (78

mm) no 20o mês.

Segundo Lorenzi (2008), A. macrocarpa, destaca-se entre as espécies da flora

brasileira, por apresentarem maior crescimento em altura e largura da copa, sendo assim usadas

constantemente em programas de recomposição florestal.

Pereira et al. (2012) verificaram que dentre as 11 espécies arbóreas utilizadas na

recuperação ambiental de uma área de voçoroca em Uberlândia-MG, as espécies que

apresentaram maior altura média foram Albizia lebbek, Ochroma pyramidalis e Anadenanthera

macrocarpa com valores superiores a 100 cm.

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Essa característica de crescimento rápido em leguminosas é devido, principalmente,

pela capacidade de fixar nitrogênio livre do ar, através da simbiose com bactérias do gênero

Rhizobium (Poggiani et al. 1981).

18 19 20 21 22

170

180

190

200

210

220

230

240

250

260

270

280

290 A. macrocarpa

G. ulmifolia

E. contortisiliquum

Idade (Meses)

Alt

ura

(cm

)

10

20

30

40

50

60

70

80

Precipitação

Pre

cip

ita

ção

(m

m)

Figura 6. Precipitação e altura média mensal de A. macrocarpa, G. ulmifolia e E.

contortisiliquum, no período do 18o ao 22o de idade. APA Morro do Urubu, Aracaju – SE, 2016.

De acordo com os resultados obtidos para a TCR de altura (Tabela 4), observou-se que

G. ulmifolia apresentou maior valor de 36,32%, expressando maior incremento da altura em

relação a E. contortisiliquum (30,63%) e A. macrocarpa (30,08%).

Tabela 4. Taxa de crescimento relativo em altura das espécies Anadenanthera macrocarpa,

Guazuma ulmifolia e Enterolobium contortisiliquum, após o 22o mês de idade. (H0 – altura 18o

mês, H1 – altura final e TCR – taxa de crescimento relativo). APA Morro do Urubu, Aracaju/SE.

Espécie Altura Total (cm)

H0 H1 TCR%

Anadenanthera macrocarpa 215,57 280,42 30,08

Guazuma ulmifolia 173,48 236,5 36,32

Enterolobium contortisiliquum 202,78 268,8 30,63

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4.3.Diâmetro do colo

Para esta característica foram obtidas respostas diferenciadas quanto ao diâmetro do

colo (Figura 7). A espécie E. contortisiliquum apresentou um maior valor para essa variável

(4,88 cm) em comparação com G. ulmifolia (4,32 cm) e A. macrocarpa (3,44 cm). Observa-se

que após o 20o mês de idade houve um maior incremento do diâmetro do colo, isso está

relacionado ao aumento da disponibilidade de água no solo para as plantas devido a maior

precipitação (78 mm) no 20o mês.

Fazendo-se análise comparativa com o trabalho de reflorestamento de mata ciliar

realizado por Poester (2012), pode-se observar que dentre 16 espécies analisadas o E.

contortisiliquum apresentou maior diâmetro do colo.

Para McTague & Tinus (1996), o diâmetro de colo é a medida morfológica que melhor

ajusta-se aos modelos de predição da sobrevivência após o plantio, ou seja, há uma forte

correlação entre o diâmetro do colo e a porcentagem de sobrevivência. Isso pode ser observado

para E. contortisiliquum e G. ulmifolia, que apresentaram maior diâmetro do colo (4,88 e 4,32

cm) e maior sobrevivência (92,59 e 100%), respectivamente.

18 19 20 21 22

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5P

reci

pit

açã

o (

mm

)

Diâ

met

ro d

o c

olo

(cm

)

Idade (Meses)

A. macrocarpa

G. ulmifolia

E. contortisiliquum

10

20

30

40

50

60

70

80

Precipitação

Figura 7. Precipitação e diâmetro do colo médio mensal de A. macrocarpa, G. ulmifolia e E.

contortisiliquum, no período do 18o ao 22o de idade.

Nas taxas de crescimento relativo do diâmetro do colo (Tabela 5), A. macrocarpa

apresentou maior porcentagem (61,5%), seguida de E. contortisiliquum (46,1 %) e G. ulmifolia

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(38,9%) respectivamente. A A. macrocarpa ao ultrapassar os estágios iniciais de

estabelecimento tem seu crescimento acelerado, em relação às demais.

Tabela 5. Taxa de crescimento relativo em diâmetro do colo das espécies Anadenanthera

macrocarpa, Guazuma ulmifolia e Enterolobium contortisiliquum, após o 22o mês de idade.

(DC0 – diâmetro do colo 18o mês, DC1– diâmetro do colo final e TCR – taxa de crescimento

relativo). APA Morro do Urubu, Aracaju/SE.

Espécie Diâmetro do colo (cm)

DC0 DC1 TCR%

Anadenanthera macrocarpa 2,13 3,44 61,5

Guazuma ulmifolia 3,11 4,32 38,9

Enterolobium contortisiliquum 3,34 4,88 46,1

5. Considerações finais

As espécies obtiveram, no período avaliado, altas taxas de crescimento e sobrevivência,

confirmando sua importância para recuperação de áreas degradadas. Além disso, por serem

espécies facilitadoras ao se desenvolverem promovem o sombreamento da superfície, o

acúmulo de matéria orgânica no solo, beneficiando o aumento de umidade e favorecendo a

formação de agregados de outras espécies ao seu redor, acelerando, assim, o processo de

sucessão primária.

Este estudo deve ser continuado, tomando-se medidas periódicas e por um período de

tempo a fim de impedir o arranquio de mudas pelos visitantes, queimadas, competição das

mudas com as plantas invasoras, perdas de mudas por formigas cortadeiras, entrada de animais

domésticos e novas ações antrópicas, além de verificar o comportamento das espécies e

assegurar a sua sobrevivência.

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