sobre a encenaÇÃo · audiovisuais operação técnica _ hugo fernandes e nuno borda d’Água...
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Cineteatro Municipal de Serpa
Apartado 113, 7830 - 392 Serpa
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FISSUL, Apartado 2,
8300-999 Silves
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Facebook: alteatro.teatrodoarade
Texto _ Carlos Santiago Encenação e dramaturgia _ Chiqui Pereira Interpretação _ Bárbara Soares, Filipe
Gonçalves, Filipe Seixas, Pedro Ramos e Rui Ramos Cenografia e figurinos _ Bruno Guerra
Desenho de Luz _ Nuno Borda d’Água Música _ Tango Paris Fotografia _ Baal17, José Ferrolho e Rui
Cambraia Design gráfico _ Ana Rodrigues/Workhouse Vídeo _ Baal17 (teasers) e VideoPlanos/Produções
Audiovisuais Operação técnica _ Hugo Fernandes e Nuno Borda d’Água
Construção de cenário _ Ana Rodrigues e
Ivan Castro Costura _ Alda Cabrita Preparação física _ Carlos Gaspar/Boxerpa
Direção de produção _ Sandra Serra Gestão _ Rui Ramos e Pedro Ramos
Comunicação _ Hugo Fernandes e Sandra Serra Produção executiva_ Hugo Fernandes
Classificação _ M/16 anos Duração _ 80 minutos
Agradecimentos: Carlos Bettencourt/Herdade da Abóbada, CENDREV – Centro Dramático de Évora,
EPC- Empresa Portuguesa de Cenários, Fátima Baletas, Joan Giralt e Paula Carballeira.
SOBRE A ENCENAÇÃO Já na “Medeia”, de Eurípides, se apontava a
revolta da protagonista contra a ambição desmesurada dos poderosos. Neste nosso
“Tráfico” puxámos desse fio para pôr em foco a falta de escrúpulos deste mundo.
Um mundo que esquece as suas raízes, que expulsa quem não comunga e devora quem
quer fazer parte, convertendo a maioria em vítimas da minoria. Eis a nossa húbris (hybris).
Nós escolhemos purificá-la através do humor, da irreverência e da provocação. Ora, no
nosso mundo já não há heróis e é por isso que este “Tráfico” é mais farsa do que tragédia.
Aliás, a tragédia já está nas ruas, não faz sentido retraze-la para o teatro. Assim é que na
encenação enfatizamos o artífico e o jogo, desde a cenografia até ao jogo dos atores, tudo
para que vocês, assim como nós, gozem com a insurreição da Medeia.
...Já agora, advertir que isto é mesmo só teatro. Sentai-vos nos vossos assentos, gozem
o espetáculo e ganhem forças (para reagir), porque quando saírem da sala a merda vai
continuar lá fora.
Chiqui Pereira
SOBRE O DRAMATURGO Carlos Santiago. Santiago de Compostela,
Galiza, 1966. Licenciado em Filosofia e Ciências da Educação pela Universidade de Santiago
de Compostela, Carlos Santiago é um escritor, dramaturgo e artista galego que, desde
1990, desenvolve uma prolífica atividade em diversos campos, desde a crítica da cultura
e o ativismo cultural até à criação literária e artística em distintos formatos e linguagens.
Monologuista, guionista de cinema e ativista cultural, o seu principal interesse centra-se
nas artes cénicas, sendo autor e encenador de mais de vinte peças em variados géneros.
Destaca-se por um estilo satírico que desafia os limites entre a realidade e a ficção.
Trabalha habitualmente com grupos e artistas tanto da Galiza como de Portugal e é autor
de vários livros.
Foi também cantor e letrista em bandas musicais, tendo colaborado como letrista com
diversos projetos musicais e teatrais na Galiza e em Portugal.
SINOPSE Uma mulher obscura, Medeia, dirige um Hotel singular. No Hotel
Balneário Olimpo oferecem-se curas de stress a traficantes necessitados de descanso
e repouso. Na realidade, o negócio esconde um propósito mais maquiavélico do que a
satisfação das necessidades terapêuticas do crime organizado: a vingança, traçada com
paixão pela protagonista, contra aqueles que a traíram.
Num mundo corrompido pelo poder e pelo dinheiro, traficantes de toda a espécie
pululam entre nós. De todo o tipo, de todas as coisas, de muita gente. Com o pano de
fundo da crise e da deriva do capitalismo, “Tráfico” serve-se do humor negro para uma
leitura satírica da atualidade mundial (a que Portugal não é alheio). Uma comédia trágica,
crua e obscena, onde o sangue flui sem contenção.
PORQUÊ ESTE ESPETÁCULO? O palco é para nós um local de reflexão, de
provocação, de análise crítica sobre quem somos e qual é o nosso papel na construção de uma
sociedade mais justa e equilibrada. Falar do mundo, não do mundo que nos rodeia, mas sim, do
mundo que nos controla, domina e oprime, foi o mote para a criação deste espetáculo. Falar da
atualidade neste início de século, onde tudo se trafica, se vende, se compra, sem qualquer pudor
ou preocupação humanista, longe dos olhares das pessoas.
Vamos traficar a nossa arte à vista de todos, numa coprodução da BaaL 17 e do AL Teatro, realizada
ao abrigo do Acordo Tripartido entre as duas companhias e a Direção-Geral das Artes / Ministério
da Cultura e os Municípios de Serpa e Silves. “Tráfico” só foi possível pondo em prática outra
das nossas convicções, a cooperação, forma de potenciar o desenvolvimento, não só das duas
estruturas, mas do mundo em que vivemos.
Baal17 e AL Teatro
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