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ANNO XV11 RIO DE JANEIRO, 11 DE ABRIL DE 1914 NUM. 1590 Sl^^^liiSr w^w.#%e í__k¥¥ W W l'$ _ jjjg '.'««.',SEMANÁRIO HUMORÍSTICO H.LUSTRADO/^r=y== %**%^'MIHBRO AVULSO - «OO réis V«íí Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 Telephone N. 3515 Que me dizes 1 ? Minha mulher engana-me ! A infame, que eu sempre julguei tão fiel 1 E quem é o miserável?".. n Ora, é meu marido... Faz o mesmo que tu fazes ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis" Vo_d«-«a em toda» Pharmaclauí a Drogaria», tm**Wm a-aMa-a-ai

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ANNO XV11 RIO DE JANEIRO, 11 DE ABRIL DE 1914 NUM. 1590

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l'$ _ jjjg '.'««.', SEMANÁRIO HUMORÍSTICO H.LUSTRADO/^r=y ==

%**%^' MIHBRO AVULSO - «OO réis V«íí

Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 -« Telephone N. 3515

Que me dizes 1 ? Minha mulher engana-me ! A infame, que eu sempre julguei tão fiel 1 E

quem é o miserável? ".. n— Ora, é meu marido... Faz o mesmo que tu fazes

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis"

Vo_d«-«a em toda» a» Pharmaclauí a Drogaria»,

tm**Wm a-aMa-a-ai

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)-( O RIO NU )-( 11 de Abril de 1914

c OS PIE _D II BE RITE

L __D r*-- jJ

ASSIGNATURAS

Anno 7*00012*000 | SemestreExterior: Anno 20*000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

__Jf3_3!Toda a correspondência, seja de

queespecle fôr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

«Rio Nu» e o Correio GeralCD

Com este titulo demos, na nossa ediçãode 30 de Março de 1910, noticia do attentadoá liberdade de imprensa praticado pelo entãodirector geral dos Correios, o beatíssimo Sr.Joaquim Ignacio Tosta, naquella época pre-sidente do Circulo Catholico, prohibindo otransito do Rio Nu pela repartição em máhora entregue á sua incapacidade adminis-trativa.

Nessa noticia, fazendo o nosso protestocontra a absurda resolução tostai, dizíamos:

«O Sr. Tosta não pôde fazer isso: s. s.não percebe cerca de tres contos de réisdo governo da Republica para servir aoscaprichos da Igreja de Roma, não; quandos. s. acceitou aquelle achego, sabia per-feitamente que tinha de sobrepor a Cons-tituição ás Horas Mariannas, e não fazerjustamente o contrario.

O Rio Nu tem visto passar muitosdirectores de Correios durante os seusdoze annos de existência, e nào constaque homens como Betini Paes Leme,Aarão Reis, Victorio da Costa, AntoninoPires, Miranda e Horta e ClodomiroSilva fossem menos moralizados que oSr. Tosta. Entretanto, nenhum dellesteve o desplante de attentar contra aliberdade de um jornal que a policia nâojulga immoral e que concorre com im-postos para o erário publico.

Vê-se perfeitamente o lado odioso dessaresolução do director dos Correios: s. s.não agiu como funecionario publico, massimplesmente como membro do CirculoCatholico; como funecionario, a sua cir-cular prohibitiva seria tardia, pois ques. s. ha quasi anno exerce o cargo dedirector dos Correios, e só agora selembrou de baixar o ttkasc ridículo, quea Justiça ha de fazer desapparecer porillegal e contraproducente.»Terminávamos esse protesto declarando

que :«...NÂO ESTAMOS DISPOSTOS A SERLESADOS E QUE FAREMOS PAGAROS PREJUÍZOS QUE NOS CAUSARA ORDEM ESTAPAFÚRDIA DO SR.TOSTA.»Em seguida transcrevíamos a opinião

dos principaes jornaes diários desta capital,verberando severamente o procedimento doautor da circular e fechávamos a noticia comesta declaração:

«O RIO NU jã passou pro-curação e entregou os do-cumentos necessários adoisdistinetos advogados donosso foro, para o fim deannullar, perante a JustiçaFederal, o acto impensado

do Sr. Joaquim Ignacio Tos-ta. Veremos si o ca.-olis.node s. s. vale mais do que oespirito recto, esclarecido elivre de hypocrisia dos nos-sos juizes.»Que tínhamos razão em contar com a

Justiça da nossa terra .ninguém pódc duvi-dar: quatro mezes depois de iniciada a acçãode anniillação da circular tostai, o M. M.Juiz da l-i Vara Federal, Dr. Raul de SouzaMartins, nos dava ganho de causa na sualuminosa e bem fundamentada sentença de 5de Agosto de 1910, tendo appellado cx-officio,na fôrma da lei, para o Egrégio SupremoTribunal que em sua sessão de 17 de Agostode 1912 confirmou a sentença pela quasi una-nimidade dos votos dos Srs. Ministros pre-sentes.

Proposta a acção de indemnisaçào, aindaperante o Juizo da 1» Vara Federal, o M. M.Juiz Dr. Raul Martins, por sentença de ü docorrente julgou-a procedente econdemnou a União a pagar aoRio Nu os prejuízos, perdas edamnos que forem apuradosna execução.

Como se vè, a causa do Rio Nu é a causada Justiça e por isso temos vencido em todaa linha, desde a primeira instância, sendo deesperar que o Egrégio Supremo Tribunalconfirme também a segunda sentença do Dr.Juiz Federal, como confirmoira primeira.poisque uma é a conseqüência lógica e legal da.outra.

E é o que esperamos para em seguidamandarmos ao Sr. Tosta a preta dos pasleis...

Licor TibainaO melhor purifica-— dor do sangue —

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

—O senhor é um ingrato, prometteu-memeia dúzia de frascos do Peitoral de AngicoPelotense para combater a minha tosse, e es-queceu-se!— Tens razão, meu amor, logo receberásuma dúzia em vez de meia.

Que horror !

Na noite do casamentoDo Chico Rude, um ricaço,Deu-se uni acontecimento:Perdeu a noiva o... talento.

Moííe a Coiiiicitpg©

Para o MOTTE n. 9 da 2-> serieNão grites assim, menina,Que pode vir a policia 1

recebemos as seguintes glosas:O que é isso, Rozalina !De mulher não tens orgulho;Não faças tanío barulho,Mio grites assim, menina;Por uma coisa tão fina,Que ás outras causa delicia,E que co'a minha perícia,Faz ir ao sétimo céo,Fazes tão grande escarcéo,Que pode vir a policia I

ELMANO 11.

Depois que a festa termina,JVlal fica a noiva mulher,

.Ouve-se o noivo dizer:Não grites assim, menina IQue nest.a acção feminina,Não ha iiada de malíciaNem falta de pudicicia ;Agüenta firme o repuxo,Não te ponhas com esse luxoQue pode vir a policia.

NICOCLES.

Bem junto da Pequenina,Em louco desejo ardendo,Com mimo fui lhe dizendo :Não grites assim, menina,NenXe faças de mofina,Si queres ter a deliciaDa ventura tão propiciaQue assim nós vemos chegar,Não deves, meu bem, gritarQue pode vir a policia..

RIACHO.

Já não és tão pequenina,Que não possas agüentar;Nem que te esteja a custar,Não grites assim, menina,BenXês como, ó JoaquinaTe faço assim mil caricias,PTa que até chames deliciaAo gozo que vamos ter,Mas não 'stejas a gemerQue pode vir a policial...

LASALLE.

3a SerieMOTTE N. 1

E' lindo o gato \quc tensSob as saias escondido.

Glosas até 18 do corrente.

t

PONTO.

[p_G_i5c_j_ajp_Tr?5

Ao ver-te a rosca face existe alguémQue em ancias de poetar se não concentre?Pois eu, querida, só de ver-te, ó bem !Depressa vai-se-me a prisão de ventre !

BARRIGUINHA.

Já leram O MENINO DO GOUVEIA o n. 0dos Contos Rápidos I I E' um suecesso semigual a sua leitura.

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11 de Abril de 1914 )-( O RIO NU )-( &=3:

Í3t_

Tp- íÃã' ^n

m^,áéxlfmCD

A noticia da tentativa de suicídio da Sra.Sofia Gallini caiu no meio theatral,explodindocomo uma bomba e dando azo a mil c umcommentarios.

Que motivos teria a actriz para tentarcontra a existência ?

Matava-se por ter sido excluída do elencoda companhia Eduardo Victorino?

Não cremos. No caso ha, sem duvida,uma historia de amor em que, até agora,nào nos foi permittido penetrar.

.ta>" Diz o actor Teixeira Leão que podemsahir todos os artistas do Recreio, porqueemquanto elle e a Virgínia Nery lá estiverem,a companhia Marzullo não acabará.

Até parece deboche 1«a. Parte brevemente para S. Paulo o

fileiro Peixotinho.Está apenas aguardando a ordem de pas-

sagem que a Coralia Luiza Monteiro Valdezficou de lhe mandar.

it-T A Pepa corista veiu dizer-nos que édoidíssima por uns pratinhos de lingua á...qualquer paiz.

Vamos recommendal-a ao nosso compa-nheiro Mathusalém. Elle está velho e sabepreparar isso.

»- Do estimado actor Leopoldo Fróes,que seguiu com a companhia Eduardo Victo-rino, recebemos um gentil cartão de despe-dida.

•Tffl' Depois de ter dado em scena abertaprovas de uma valentia de navalha em punho,foi obrigado a deixar em paz o S. José oactor Fonseca.

E' o que acontece aquelles que, cemo ai-guns cachorros, costumam ladrar sem morder.

•ta Entre uma funecionaria da rua Lavra-dio e o Lima Teixeira houve séria desintel-ligencia por causa de umas meias que ellalhe emprestou para que elle entrasse emuma peça que subiu á scena no Recreio.

No fim da festa as meias ficaram inutili-zadas e dahi a desavença.

Que vergonha gostosa, não, seu Lima ?..3' Já deu folga a um dos seus quatro

amantes a Maria Itália, do S. Pedro.Parece-nos que esse prejudicado é o

que exerce a profissão de actor; justamenteo mais querido.«s-Contratou casamento com uma matronagorda, que costuma dansar nos Fenianos, aDaria do S. Pedro.

Já começa o furor das invertidas 1ta- A nova apaixonada do galã Mattos

é uma japoneza, que elle importou, segundonos disse, de Toldo.

Homem, tal coisa é boa! Talvez que comuma cara amarella o Mattos tenha oceasiaode ficar córado 1

tá' E que tal a Abigail a fazer o SantoAntônio dos Milagres ?

Que assombro ! Agora é_ que ella podedizer que é mesmo «estrellissima» 1...

CORRESPONDÊNCIA

Marcai Vaz — Informe-se com o nossocompanheiro João Duro. Escreva-lhe con-tando os taes amores da sua Adeha com ooutro e elle lhe dirá como se tem de haverpara não fazer feio.

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H HL-* _¦ "^la ÜF--1CD nm ir

^*^ MARCA H.OI8TRADA -^

A iinica alfaiataria que pôde fazer verda-deiras vantagens ao povo é a Guanabara,o popular e celebre 3«i da rua da Carioca.

Nessa casa é que todos devem comprar,porque só ali uão se é explorado ; só ali se en-contra o mais variado sortlmento de fazendastanto nacionaes como estrangeiras; só ali ospreços são convidativos.

Além disso, tudo ali tem preço marcado,tornando assim fácil a escolha, de accordo comas posses de cada um.

Collecção amorosaAté a presente data, consta esta collec-ção de romanceies editados pelo Rio Nude 4 volumes: n. 1, Amores de um Frade,picaresca historia de frei Ignacio,um san-turrão que soube gosar o que de melhorexiste neste mundo— o amor; ti. 2, Noitede Noivado, em que são narradas as peri-pecias de um noivado em que a noiva étão escovada como o noivo ; n. 3, Mada-me Minct, deliciosa narrativa da vidaamorosa de uma mulher viciada, em queella, afinal não leva a melhor parte...e n.4, Casta Suzanna, extravagante historia .de uma donzella, que só deixou de o serdepois de haver provado o amor por va-rios modos que não compromettiam asua virgindade. =-_______==Qualquer desses volumes, que se ven-dem juntos ou separados, á razão deSOO réis cada um, constitue uma lei-tura amena, muito reconiniendada aosenfraquecidos de todas as idades, não sópela linguagem altamente excitante em"que elles sao escriptos, comoiambem-pelas lindas e suggestivas gravuras queos ornam e que são mesmo de fazer re-suscitar um defunto. —:—Os pedidos do Correio, aos quaes de-vem acompanhar mais 300 réis para oporte de cada livro,devem ser dirigidos a~A V-.llr.-i.. m D0 mm "¦ mc-*\. V«_IU.*<V -

Rlc> de janeiro

A collecção completa será enviadaa quem a pedir envian*do a quantia de 3$0OO.

Au Bijoii de Ia Mode Grande depositode calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e esiran-geiro para homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 — Te-lephone 3.660.

lf@ cmmarim

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

aggravavam a situação, o director de scenaparecia encabulado e o contra-regra do mes-mo modo.

Que haveria ?E' que desde o inicio do espectaculo

uma actriz, a Pepa, fora para o camarim doactor Barros e lá se conservava ainda, fe-chada com elle, as luzes apagadas.

A companhia em peso farejava patifaria— eis a razão de todo o sobresalto daquellanoite.

O director, ouvindo os cochichos das cos-tureiras, pescou o caso e chamou o contra-regra.

A D. Pepa já veiu?Já, sim, senhor; está no camarim do

Sr. Barros.E porque não foi para o delia, vestir-

se?Naturalmente porque é cedo ; ella só

entra no terceiro acto e o primeiro aindaagora começou.

Em todo o caso ! O camarim delia nãoé o do Sr. Barros. O regulamento da caixamanda que as actrizes não permaneçam muitotempo nos camarins dos actores e vice-versa.Ella não saberá disso? Vá chamal-a.

O contra-regra foi bater á porta do ca-marim em questão.

O pessoal da caixa, o que não estava emscena,curioso, agglomerara-se ali por perto, áespera de escândalo.

Quem é que está ahi ? — resoou, par-tindo de dentro, a voz da actriz.

O Sr. director quer falar-lhe—infor-mou o contra-regra.

Já vou lá.A estas palavras seguiu-se, no interior

do camarim, uma azafama como si se esti-vesse ali a pôr troços pesados em ordem.

A luz clareou o espaço do pequeno quar-to, a porta abriu-se e a actriz appareceumuito córada.

Ao vel-a assim, o director, que se acha-va á porta do camarim, perguntou surpreso :

O que fazia ahi, senhora? !Como resposta, Pepa teve um sorriso de-

licioso :Com um signal chamou o director, que

se approximasse ; levou-o até dentro do ca-marim e mostrando-lhe sorridente alguns pin-gos de liquido grosso, que se viam no chão,ao lado da cadeira onde estava sentado oactor Barros, falou-lhe baixo ao ouvido:

Não faça caso, meu director. Hei defazer o mesmo comsigo...

.cç-MP_si*pir

JOÃO RATÃO.

1OTAVA-SE qualquer coisa deanormal entre o pessoal de bas-tidores do theatro """*, na noiteda prèmiére da revista Gato por

lebre; os artistas passavam como que espan-tados, as coristas trocavam olhares malicio-sos como a dizerem que desconfiavam dealguma maroteira,as costureiras cochivavam,os alfaiates sorriam cynicamente, os carpin-teiros soltavam piadinhas irônicas, que mais

ZÉANTONE.

Pomada Seccativa de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-

nhecida em todo o universo. Ruas dos An-

dradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

.: ,,'¦» ' .7." ..V" '¦¦'

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II de Abril de 1914 )-( O RIO NU )-( m=O boticao

(Peira o illustre Pclronio)

A' casa de um dentista foi um diaA linda üiiiomar,

Por causa dc terrível nevralgia,Que sem cessar,

A fazia curtir horríveis dores.Era um tormento,

Abandonava de todo os seus lavoresCo soffrimento;

Em casa do dentista, ella sentadaExpoz o caso,

E elle, o sabichão doutor Pomada,Em breve prazo,

Em fantásticos nomes, mui pedante,A sciencia esmurra,

Tira um ferro da grande e velha estanteE a porta empurra ;

Alça o monstro no ar e diz: «Senhora!Nfio tenha medo,

Eu o dente lhe arranco sem demoraPor um segredo...»

Não doutor! Eu não quero. (A joven brada)Que uni primo meu

Cum ferro poz-me a boca escangalhada,Não levo o seu;

Eram tres dentes então e o desalmadoNão teve dó,

Cum ferro igual ao seu, mas mais delgado,Duma vez só,

Logo os tres me tirou e mais dum mezCom dôr gemi,

E foi assim, doutor, que duma vezOs tres perdi;

E ao vêr o boticão, nervosa, berro ;Não, doutor, não,

Jurei de nunca mais levar o ferro...O boticão!

ELMANO II.

Leiam A VIUVA ALEGRE — conto

rápido N. 5. Preço $300 pelo Correio $500

Novella illustrada (49)

A. paredes lem oiiiosPOR

Jj Joroe «le Mailei-lej ^__J)

XIV

Pois, meu caro, podes te gabar deter tido a bella idéa de não adiar a narraçãoda tua aventura, pois talvez que eu te

possa ser útil. • -Que !. .. Conheces essa rapariga ?

Quero que m'a apresentes!Não vás com tanta sede ao pote!

Estás com muita pressa ?Não. -r-pp-T

Então, espera-me por aqui. Tal-vez que dentro de dez minutos eu possadizer-te alguma coisa. Emquanto isso,mysterio e discreção. . . Nem uma pala-vra, nem um gesto! _Não insistirei.

Cyrillo deu as ordens para que o_al-moço delle e das costureiras tosse servidono quarto destas e foi ter com ellas.

Então, meninas —disse elle —fi-

zeram boa viagem ?

COLLECÇÃO DE FOGO

Consta esta primorosa collecção de cin-co álbuns de vistas, contendophotographias tiradas do natural e porisso mesmo expressivas, instruetivase... aperitivas. A collecção completa representa 40posições diversas, com as respectivasexplicações e constitue o mais prodi-gioso tônico para levantar organismosdepauperados. —Os álbuns são numerados dc 1 a 5e vendem-se em nosso escriptorio a lq»cada um; os pedidos feitos pelo Correiodevem vir acompanhados de mais SOOréis para cada álbum, quando, encom-mondados isoladamente; para recebera collecção completa (os cinco álbuns)basta mandar a importância de seismil réis. —Os pedidos de fora, que serão prompta-mente attendidos, devem ser endereça-dos, com as respectivas importâncias, a.

RUA DO HOSPÍCIO II. 218Rio de Janeiro

~&. Velloso

«Senhor de tratamento, ten-do sua casa, deseja encontraruma moça seria e capaz dedirigir a mesma casa. Quemnão estiver nas condições éescusado apresentar-se, etc.»

(Do Jornal do Brasil)

Gasto das coisas ver mias e crtias. ._._Queijo, queijo; pão, pão—fique patente—Se uma moça deseja,.vá ás ruas:S. Jorge, Núncio, Conceição, Regente...

BARR1GUINHA

Deliciosa !— exclamou Julinha.Carlota contentou-se em sorrir com

malícia e o capitão continuou :Não fizeram conquistas?. . .Eu não. .. Ella sim—disse Car-

lota indicando a companheira.Caía-te !. . -Não sejas má língua !

— acudiu a outra.Ora !... Cyrillo não é ciumento.Juro que não !

E dirigindõ-se á amante de Cláudio:Aposto que te fez o seu pé d^ilfe'1-

res esse bello capitão.Como sabe o posto delle ?Oh !...Uma simples supposição...

como também supponho que elle seja deartilharia. . . e que tu, por. descuido, tenhasencostado o teu joelho no delle e elle,-pelo mesmo motivo, tenha assentado assuas botas sobre os teus mimosos sapati-nhos. . . E' muito natural. . .

Estás me aborrecendo, sabes?Deixa-te de historias ! Si te agra-

das do rapaz por que não dizel-o? Clau-dio está a ponto de te amarrar a latae ficaria satisfeito si te soubesse bem am-parada por um capitão de artilharia-,..Mostra ao ingrato que elle não te faz faltae atira-te ao capitão Marcello, um dos

CBfl-ÜHHi-B?l de tEST?v_IE.OS

Commendador PínceLAÒ — Por quem é,meu caro senhor, não fique tão ranzinza porcoisa tão pequenina ! Agua lava tudo e tudolavado fica novo.

Depois é preciso concordar que aos se-tenta, menos pico, um camarada ter ciúmesda mulherzinha de trinta não é nada chie.

Feche os ollios,Comniendador,e aprovei-te alguma aragcnzinhei que se levante poracaso.

Madrinha —Historias, senhorita, Insto-rias ! As noivas hoje não precisam mais queas dindinhas lhes ensinem como se devem...deitar. São todas umas sabidonas e algumasaté têm escola.

Em todo o caso, si faz muito empenhoem aconselhar a afilhada e não é sabidinha,appareça cá pela redacçao onde estamos aoseu dispor.

Florisbella — Então todos os dias dan-do-lhe o seu marido uma... limonada a se-nliora ainda se queixa ? Não tem razão e nemdeve abusar porque afinal limão tambémsecca e perde o sumnio. Depois?!... Nemuma, nem nada.

Carola—Chi! Pois então pensou mes-mo que o tal negocio de ficar pegadaera ver-dade?!

Lorotas, menina, lorotas.E' um dia comooutro qualquer, e lá pelo facto de se comerpeixe de dia não quer dizer que cada umnão possa entrar no seu pirão á noite. Aindasi se tratasse de cachorrinho... talvez.

JOÃO DURO.

HsSEECÍSPíIPtLHSra

— Minha adorada Chiquinha,O meu amorzinho és tu !

Então dê-me uma... beijinhoAqui, no olho do... rosto.

ZÉ.

meus velhos amigos do tempo da escola e

que acabo de encontrar ahi no salão, ondeelle me contou o idylio comtigo.

Tu o conheces?!Um pouco. . .Mas eu não quero tornar-me sua

amante!Isso é comtigo. . . Ao menos, te

poderás servir delle para fazer figa ao Clau-dio.. . Que dizes ? Marcello está á espera:uma palavra, e elle subirá a almoçar com-nosco. Vamos, decide-te!

A rapariga hesitou, sacudiu a cabeça,deu de hombros, mordeu a phalange dodedo pollegar e respondeu :

Tanto peor!.. . Faze-o subir.Cláudio vai morder-sé' de ciúme e de rai-va, mas eu preciso vingar-me! Faze-o osubir!

Bravo !— gritou Cyrillo, lançandoum olhar de intelligencia a Carlota. Voubuscal-o em pessoa.

XV

Depressa ! — exclamou Marcelloao ver voltar o amigo. Trazes uma boa

noticia ?(Continuai

^WTVSmfrlWiHE

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______ 4 =H§S >-< u m) NC)_( sz €2 11 de Abril de 1914

Regras de civilidadeI Ijf*5* í

t_oHa pessoas dc tal distracção que com-

mettem os maiores e os mais ridículos enga-nos. Para esses é hoje feita especialmenteesta secção.

CDNunca se deve escovar os dentes com a

vassourinha dos nrinóes, nem engraxar asbotinas com a escovinha dos dentes, poisabsolutamente nenhum desses troços da bom

geito para taes serviços.CD

Quando espirrarem não limpem o bcquecom os dedos. E' sempre preferível servi-rem-se da fralda da camisa, a menos que naoestejam perto de alguma senhora, porqueentão podem e devem assoar-se nas man-gas da mesma, o que é ullra-chic.

CDQuando chover jamais tragam o guarda-

chuva fechado, em baixo do braço.E' muito mais elegante e útil, enfiai

num botequim ou barhearia c com toda alimpeza e graça trocar o seu guarda-chuva,que certamente estará furado, por outronovinho.

CDAs senhoras casadas, quando tiverem

muita vontade... de suspirarem com os seuscaros esposos, deverão reparar bem no bichoafim de evitarem tomar por engano outio

Pel°-TSS°- se pôde obviar esse perigotendo a casa no escuro, porque, afinal dascontas, o que olhos não vêem coiaçao naosente.

C_DOs homeus casados com senhoras chi-

inentas devem ter o máximo cuidado em nao

perderem na rua as ceroulas. E as senhorasesposas de maridos zelosos nao se devemmorder ou chupar nas costas pois e esserão capazes de tomar a coisa por outiolado e encrencarem a zona.

PETRONIO.

Para tal fim elegemos três companheirosde redacção com plenos poderes de obraremlivremente e levar a coisa até o fim.

Elles trataram logo do cnpitulo-ayança,percorrendo as zonas desde a chie até a es-tragadissinia na eavação burra das conquis-tas para os pacotes dos dotes.

As madamas das zonas, em vista donobre fim de que se trata, mostravam-se logotodas larguisslmas... na caridade, e, comonão tinham nem um único vintém das pas-sadas economias de moças, cahiram com ospelegames gratidões,

Emquanto o diabo mais velho esfregao olho, a commissáo estava burralmente en-tupida com um dinheirão mãi.

Convidamos então as praças Tiradentes,15 de Novembro ell de Junho, bem como olargo da Lapa a elegerem três dentre osseus virgens para abiscoitarem o troço dodute. . .

Posta a coisa neste pé, a commissáo ati-rou-se de focinho nos preparativos da fes-tança do Paschoal e organizou o

Prestito de arrombaNa frente — não vai ninguém, nem vai

nada; porque está provado que todos os de-sastres da Central são nos carros da frente.Em vista disso, o nosso monumental prestitocomeça pelo meio.

Banda de cornes inglezes tocando a Mu-lata da Lapa.

1« carro allegorico reclame — Uma bei-leza em que se provará a superioridade dasvelas sem pavio sobre os phosphoros marca«olho». , . ,

Outra banda de musica, a vontade, ondecada um tocará no seu instrumento o que eu-

Vistosa andorinha agricolamente enfei-tada dc varias fruetas como tomates, pepinos,nabos e raizes de mandioca, levara dentro osellezinhos eleitos e que vão buscar o canudodas libras. . ...

Para lá ellezinhos nao levarão nada namão mas, na volta, cada um virá apertandobem o seu dote que pelas contas será de umconto e um canudo para guardal-o.

Fechará o prestito, que em homenagemao pão duro e ás roscas quebradas teia afôrma de uma rosca, um bandão de câmara-das escovados que irão grelando o dote dosmeninos. .

O desfile será ás horas do costume e tei-minará com uma enrascada-mãi.

A postos povos, póvas e.annexas 1

Tônico Japo.iiezPara perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-

das as enfermidades da cabeça, nao ha

como o Tônico Japonez-Ruas: Andra-

das, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

Ã~F ES T A D OPA SC h Õ ALDotes aos virgens

O PRESTITO DE ARROMBA

Attendendo ao bom suecesso que tive-mos ha uns annos aqui atrás p'ra nos, e aos"números

pedidos de moços virgens queòuer àn'levar o seu dote muito honradamen-?e reservemos realizar outra vez a nossa des-

lumbrante festa «Meia Carona».

«Vehde-.-se.o açougue á ruaSão Franciácó Xavier 741, pormotivo do dono não sabertrabalhar; para tratar etc.»

(Do Jornal do Brasil)

Si não sabe trabalhar,Pra que arranja tal negocio?Ou você é um beocio,Ou outros quer embrulhar;

__Lá._.diz_antigo ritão, __.__Senhor ingênuo açougueiro !«Quem te mandou . apateiro,Tocar harpa ou rabecão».!

ELMANO II

Já está á venda-a fviaía

N. 7 dos Contos Rápidos — 300 réis

Bibliotheca d'0 RIO NU

A CABEÇA DO CARVALHO - Pyrami-dal trabalhe, do bestimto doincomparavel Va-gabundo, 2Í00O; pelo Correio, 2Í500.

SCENAS DE ALCOVA — Interessantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão" da patroa, 1J500;pelo Correio, 2*000. ¦

AMORES DE UM FRADE - (2- edição,n. 1 da «Coílecção Amorosa») — Escândalo-sas peripécias dc amor prohibido, acompanhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO —(11. 2 da «Col-lecçâo Amorosa») —Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalém, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET —(11. 3 da «CoílecçãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige appcritivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis.

CASTA SUZANNA — (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio tVAiuour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

ÁLBUNS DE VISTAS — Coílecçãode Fogo, contendo cada 11111 oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-chè de 1" qualidade e acompanhadas de bei-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados os ns. 1, 2, 3, 4 e5. Preço de cada um, 1Í000; pelo Correio1J500.

CONTOS RÁPIDOS —Estão pu-b!içados os seguintes: N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A EUil-ier de Fogo —

N. 3, D. Engracia — N. 4, Faz tudo...— N. 5, A Viuva Alegre —N. 6, OIHenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amore N. 9, Dolores.

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio : 500 rs.

Todos os livros acima citados sftoillustrados com gravuras tiradas donatural.

O DONZEL — Aventuras de um moçoacanhado e que as circumstancias fizeram omaior conquistador do Rio. Preço 1J000;pelo Correio, 1 $500.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cãrdeaes», em versosbrejeiros. Três respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

CDOs pedidos dirigidos ao nosso escripto-

rio devem vir acompanhados da respe-ctiva importância, em vales postaes, ordens"commerciaes, dinheiro ou sellos do Correio,e endereçados a

A. VELLOSO, Rua do Hospicio n. 218.

Licor TibainaO melhor purifica-

— dor do sangue —

GRANADO & C. - Rua 1° de Março, 14

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II de Abril de 1914 )-( O RIO NU )-( gl=== 1 =

yVa zona chieFoi organizado um comí/i! composto de

figurões das zonas, afim de ser feito umserviço especial de qualificação e de de-sinfecção do pessoal.

De accordo com os respectivos estatutos,vão ser transferidas para a 2> classe asseguintes funecionarias: Albertina Porre Pre-to, Eupliemia Velhusca, Aida Fernandes,Sinhá Perereca, Chandú e Emma MadreAbbadessa.

iot A Chica Trem anda com uma dor...furiosa pelo Roque do -Chopp», e como ohome.nzinho não lhe dá mais importância, aesbrogue vinga-se tomando cocaína ás dúzias.

Porque você, sà Chica, não se suicida deuma vez ?

,w Tem baixado tanto a cotação daOdette Bem.. .gallinha que a gaja passou deí7//ísía a caixeira de chopp.

Effeitos da crise ou da idade?mr Foi vista a Julieta ex.attista, no sab-

bado ultimo, numa grossa farra, com maisde dez cabras escovados e perigosos.

E a mulherzinha diz que dá conta detodo o pessoal. Que fôlego... de gata I

ita A Alice Murrinha arranjou um vestidonovo só para os domingos e nesses dias afunecionaria toma ares de cocotte chie sem selembrar do papel triste que está fazendo.

Só caixeiros de venda Ixfi A Altiva, depois que passou da zona

Lapa para figura de importância na zonaTheatro, tem enchido a meia.

E' oceasião de mandar reformar a mobiliae na vizinhança ha um bom dentista I

» Disse-nos a Eupliemia Velhusca terrecebido uma carta amorosa da ConceiçãoCaixeira do «Chopp Riachuelo», em que estalhe propunha uma porção de vantagens a res-peito do emprego do sabonete.

Tomem vergonha, que é o que vocês japerderam ha muito !

» Alguns z/;i/;os das zonas abriram umasubscripção para offerecerem á Julieta Limpe-za Publica e á Clelinda um vestido, pois asmesmas só têm um e esse mesmo anda sujoe esfarrapado.

Livra!na Então, dona Leonor Fructuosff, como

anda você com o avaccalhamento pela zonaJobim , . „

Não seja mázinha e tios responda, sim /m O que andaria fazendo a Conceição

Becco da Cachaça acompanhada de certozinho viciado na zona largo da Lapa?

.rs- A Ottilia Cotinha deu ultimamentepara andar de costella.

O caso é que a funecionaria agarra poruns dias o Rios para pouco depois abando-nal-o e pegar novamente no Gallo do Regi-mento. . , _

Isso não é serio, dona Cotinha. Olhe quea costella pode quebrar e a banca vai agloriai ¦'; J--C--Lttsr Certa morena da zona Mem de Sa enovata nas zonas agarrou-se ao Dr. Formi-guinha, não lhe dando um momento de folga.

Já é roxura, seu moço Itia- Como lhe não bastasse o peso do

marido, uma joven casada entendeu de ar-ranjar uma outra cruz por contra-peso, fa-zendo os altos do Cinema Avenida de novocalvário onde essa cruz é enterrada, commanicula, radiador, pneumatico e mais per-tences...

Que pouca vergonha !w Vão de vento e.n popa os amores da

Alexina com o valente Oscar, no que concor-

dam o Mario e o Zizito, apezar das falas do-ces.da infiel creaturona.

Já é ter estômago I•rar A Laura Varcjeira, da zona praça

dos Arcos 38, precisa aconselhar o seu ra-fino italiano Domingos a não lhe levar todoo arame que ella consegue arranjar, do con-trario bate com o... pá na parede e passaa brisa ou pirão de areia.

Vocè.seu Domingos,deixe de avançar noarame da funecionaria e procure meio devida, do contrario o 2" auxiliar ajustará con-tas com você.

LÍNGUA DE PRATA.

«Penso que essa senhoracavou a ruina moral do seumarido. Pelo menos tomou-lhea dianteira, resolvendo pelasarmas um caso que só ao seuesposo competia fazel-o».

(Resposta de uma enquetefeita pela A Época, sobre ocaso Caillaux-Calmette.)

Sem discrepância ter, em toda a linha,Concordo co'a sensata opinião;E á dama que assim diz, eu dou a minha...Muito sincera, franca approvação !

BARRIGUINHA

CAMISARIA, AMAZONAA casa que maisbarato vende

Artigos para corpocama e mesa

Camisas, collarinhos. punhos, ceroulas, meias

camisetas, [entoes, fronhas, toalhas paiarosto, guardanapos, saias. etc.

— Preços baratissimos —

77 - RUA DA CARIOCA - 77

«Aluga-se por 30Í uma cria-da, preta, da roça, para todoo serviço; não quer no centro;rua etc.»

(Do Jornal do Brasil)

Coitada da pobre moça !E' matuta a mais não ser,Embora more onde mora;Quer um serviço de roça,Não quer no centro, não quer,Prefere a coisa por fora !

ELMANO II

CD...o Manduca do «Poleiro» chorando na

praça dos Arcos para ver si assim conven-cia certa funecionaria dessa zona a abando-nar o Braguinha... „ :.

.. .a Beatriz Camões dizendo ao Nhonlio,na porta do «Poleiro» que a sua amiguinhatambém gosta... daquillo...

...o Braguinha jantando na «Gruta Ba-hiana» com a Rosinha Pequena...

.. ,a Olga Não Se Lava na manhã de sab-bado ultimo na zona Rio Branco...

...a Beatriz Camões na zona largo deS. Francisco...

...a Zenith na zona Avenida Passos...

.. .a Índia Bororó da zona Avenida Pas-sos, offerecendo o seu bibelot ao Rico do Po-leiro... .

...na zona Lapa a Anton.a confessandoque tem emprestado por innumeras vezes oseu bibelot para os seus conhecidos brinca-rem... " _ . ,

...na zona Cattete a Laura Gaivota...

...a Vidinha Pellanca estragando o vôodo águia Nhonhô...

...a Rosinha da zona praça dos Arcosnão ligando a um viciado da zona...

...na Mére Louise em grande farra aMaria, Alzira, Rozinha, Meirisse, Adelaide ea Marietta... —r VÊ TUDO.

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Jüi ffic? <%189-90-291320-19—817 373—75-876

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Quarta-feira, 15 do corrente, ás 2 \\2 da tarde

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Vigésimos a £900

Bilhetes â vencia em todas as casas loterieas

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)-( O RIO NU )-( 11 de Abril de 1914 gg.

tbum de um velho

LIVRO RUSSO

Vocês todos sabem o que é um pé deboi? Não pensem, porém, que cu me estoua referir a qualquer uma das respeitáveispatas dos pobres bois, miseros bifes em tran-sito.

Não : Nâo mettamos os pés pelas mãosnessa questão de patas, que afinal podemosficar encrencados. . .

Mas voltemos ao pé de boi na archi-pit-toresca linguagem do povo. Sempre que umcamarada se agarra a uma luncçâo, a um ne-gocio ou mesmo a um costume, sem admit-tir, por motivo algum, alteração, por menorque seja, nesse habito, diz o povo : é um péde boi.

Hoje, o progresso já inventou innumerasclassificações desde o engrossa para os assi-duos, até o praga ou o empata para os ma-ridos de mulheres bonitas e.. .caridosas.

Dito isto, vamos tratar do meu, do nos-so pé de boi.

Mingóte Menéres tinha algumas centenasde contecos, também algumas dezenas deoutonos que elle teimava em chamar prima-veras,uma farta e bem arrendondada barriga,uma esplendida chácara na Gávea e... umalinda, uma ideal creatura de vinte e dois fio-ridos abris por esposa.

E está dahi o leitor a franzir-me a cara,a torcer-me o nariz, dizendo:

— Então um indivíduo assim feliz, comtodos os requisitos para a ventura, podia láser pé de boi no negocio ou na repartição?!Nào havia de dar uma folga para estar juntoda mulherzinha á sombra dos arvoredos,mormente nesses dias da canicula em que osangue anda ,a refêrviíhar nas veias!! Umahistoria !

Pois, leitor amigo, ahi justamente é queestá o teu engano.

Mingóte-Menéres, negociante retirado docommercio e capitalista abastado, era o maisterrível pé de boi que se pôde imaginar, po-rém pé de boi junto á Santinha, a sua for-mosa consorte.

Nem elle ia a parte alguma sem ella.nema gentil moça punha o gracil pésinho fora daporta sem a terrível companhia do atarracadosenhor Mingóte.

De repente, uma transformação comple-ta na vida do pé de boi ; o homenzinho prin-cipiou a sahir diariamente, após o almoço ea voltar para casa á tardinha, á hora dojantar.

Eu somente não cahi das nuvens porquefrancamente não costumo passeiar por essas

alturas, mas confesso que fiquei burro.Entretanto, na qualidade de antigo vizi-

nho do Mingóte, um dia perguntei-lhe á quei-ma roupa :

Oh ! seu Mingóte, então que mudançaé essa? O senhor sahindo todos os dias!

Que queres, amigo ? I Caprichos demulher! Imagine o amigo que a Santinha re-cebeu um livro russo, da tal Sociedade Russadas Mulheres Homens do Futuro, e que o tallivricho diz que o logar do homem é na rua.E eu faço-lhe a vontade: saio todos os dias,mesmo porque—accrescentou o Mingóte con-fidencialmente — creio que a Santinha estágrávida...

Quinze dias depois a Santinha batia apluinagem com um russo desempennado, cer-tamente para praticar os conselhos do livrorusso...

MATHUSALEM.

.%gua JaponezaNào ha outra que torne a pelle mais

macia. Dá ao cabello a côr que se deseja.E' tônico, faz crescer o cabello e extirpea caspa. — Ruas: Andradas, 43 a 47 aHospício, 164 e 166.

(0 Maidluílujlo ra %mm\aaa

Modernismo...«Penso que essa senhora

cavou a ruína moral do seumarido. Pelo menos tomou-lhea dianteira, resolvendo pelasarmas um caso que só ao seuesposo ccmpiI__a_j_^zel-___»__

(Resposta de uma enquetefeita pela A Época, sobre ocaso Caillaitx-Calmette).

Ora bolas ! A grande novidadeDa madama tomar-lhe a dianteira...Mais moderno seria, na verdade,Si o marido tomasse-lhe a trazeira!

SURICO.

Antes tarde...Quando o Chico se casou,A noiva, bem sacudida,Ao deitar-se murmurou :— 'Té que, emfim', vou ser... feliz.

PONTO.

l||ll|§§|j

^_I_1_^^P_Í__^>^_^^

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Nào ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resfriados,influenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros grãos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, \ Ed. C. SequeiraRio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C* Santos, Drog. Colombo.

COMO ESTAVA COMO ESTOU

O Machado era um bom rapaz... linhaseus defeitosiniios entre os quaes seevidenciava o seu amor feminil.

Era o cherchez Ia fcmmc que o perdia, oattrahia...

Coração leal e franco, alimentava-semais das ethereas aspirações que em sonhosburilava e corria atraz dellas fantasticamente,tropeçando nos abrolhos cruéis da realidade,mas alando-se sempre, numa teimosia própriados que não foram ainda illudidos.

E lá, nas alturas incomiuensuraveis tioespaço, armou o throno dourado e brilhanteonde collocou aquella que o prendeu. Ajoelha,qual humillimo obreiro, a quem não chocamas vaidades do trabalho insano concluído, efica-se a olhai-a num mysticismo fervoroso eexagerado.

Um dia o anjo cai do frágil throno; nodesmoronamento horroroso, elle vê todos osseus sonhos desfeitos, envoltos em encarne-cedoras visagens realistas, até então desço-nhecidas.

E elle, cá em baixo, ferido, atordoado,exangue, cerra os punhos para os braçostentadores das nymphas que o cercam; sentezumbidos dolorosos, risos infernaes, gárga-lhadas satânicas ; olha... horror!... Aquellaque elle adorava religiosamente volteianuma dansa infernal, de lubricos requebros,nos braços do romanticismo e, de vez, asmãos odientas do materialista, apalpam exci-tadas as niveas saliências daquella que ellejulgava impalpavel, no seu juizo de asceta...

Foge desvairado, numa correria doida decego... é lá, muito longe do horrendo logar,encontra uma casa simples e modesta queuma luzinha vermelha denunciava ao longe...

Cansado, desilludidp, eJJe_bate ; __a portaabre-se, dois braços roliços lançam-se-llieao pescoço e uni beijo quente, soífrego,abafa-lhe o grito de espanto e revolta...

Sem querer, inconscientemente, o Ma-chado cahira na zona 1...

PORTHOS.

«Vende-se uma quitandamuito afreguezada, com liceu-ças pagas : á rua S. FranciscoXavier n. 176; o motivo davenda é o dono ter de ir comurgência para a Europa, devi-do a fallecimento ; quem pie-cisar pôde se aproveitar daoecasião.

(Do Jornal do Brasil)

Você já vende a quitanda,Que diz ser afreguezadaE vai, nessa disparada,Fugindo p'ra outra banda !

Não venhas com esses cantos,Que eu não como disso, não ;A freguezia em questão,E' de cadáveres e tantos,

Que você na emergênciaDe fugir em um momento,Arranjou fallecimentoQue cá pra mim é fallencia.

E para a Europa apressado,Vai então assim partir,Vai ao enterro assistir,Você que está enterrado !

. ELMANO II.

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)-(O RIO NU )-( 11 de Abril de 1914

Acabam de aparecer as novas edições dos livros

Hypnotismo Alortunante e MedicinaDo Dr. J. LAWRENCE

Moderna

Principaes capítulos do livro Hypnotismo:Como reconhecer o estado de receptividade ou

sensibilidade, ou as pessoas que podem ser hypnoti-zadas. Sugestão sobre si mesmo. Sugestão sobre ou-trem. Sugestão da muzica. Como fazer talar o in-dividuo hypnotizado. Como hypnotizar várias pessoasao mesmo tempo. Como produzir e cessar a catale-psia. Como hypnotizar em somno natural. Comohypnotizar crianças. Como fazer com que um ra-pazinho seja obediente e se aplique ao estudo. Comohypnotizar por telefono, telégrafo, correio e fonó-grafo. Como hypnotizar os animaes. Como-hypno-tizar em distancia. Como despertar da hypnoze.Meios de descobrir os hypnotizadores criminozos eneutralizar sua acção. Observações sobre a hypnoza.Como adivinhar

'pensamentos. _Como,_pelo desen-

volvimento da vontade, se pódefícar rico._ Como"aumentar a memória. Meios contra a calvieie, cani-cie, rugas, verrugas, manchas, gordura, magreza,surdez, fraqueza ile vista, deformidades, etc. Comocultivar a felicidade. Maneiras de ter accésso numemprego. Maneiras de exercer poderoza incitação su-gestivà no trato social, facilitar a acção da vontade edo esforço, ser bem suecedido num discurso ou en-trevista difícil, aprezentár-se a prespectiva duma pozi-ção conforme vossas aspirações, atrahir o dinheiro,conseguir boa venda de mercadorias, fazer crer nasvossas idéas, fazer com que vos paguem, tornar-vosamado, e conseguintemente facilitar vosso consórcio.Condições moraes de que carece a mulher para seramada! Hypnotização de alienados. Seducçâo por meiodo hypnotismo. Por sugestão um indivíduo julga-seoutro e pratica actos como só os saberia praticar esseoutro. Por sugestão, um indivíduo acuza-se falsamentede ter assassinado sua mulher. Execução de váriosactos sugestionados. Tomando, por sugestão, uma

..pessoa. p.ai_Qut.GL^Jü.lgando,_poaLsiigestão, ser impera-dor. Julgando, por sugestão, ter comido e bebido far-lamente, chegou a ter indigestão. Uni rapaz sem dotescaptivantes, fez, por sugestão, com que aquela que o

desdenhara, o achasse o mais belo e virtuozo dos ho-mens, e, assim induzindo-a, fez dar-lhe preferenciapara cazamento. Unia senhora consegue, pelo hy-pnotismo, desviar de outra o amor do seu espôzo.Um rapaz reconquista, por influencia do seu pensa-mento, as atenções da sua namorada. Exemplo detriunfo na vida pela sugestão da própria conducta.Orientação filozofíca.

Principaes capítulos do livro Medicina Moderna:O tacto medicai é como fazer o diagnostico sem

nada perguntar. Aparelhos e modo de aplicação^ daelectricidade medica: correntes galvanica, faradica,sinuzoidal, e alta freqüência; endoscopia, inotherapia,electrolize, cataforeze, galvano cáustica, electro-iman-lherapia, banhos de luz e de calor, electro statica,correntes dc Morton, ozonotherapia, raios X. Doen-ças em que a electricidade é aplicável. Como montargabinete electrico, Hygiene, Hydrotherapia, Massagemmanual e Vibratória. Tratado completo das moléstiascom a sua descripção e suas fôrmas de tratamento,não só por electricidade e massagem, mas ainda, eprincipalmente, pelo magnetismo e o hypnotismo, aoalcance de todos, porque, sem necessidade de reme-dios farmacêuticos, cada um poderá simplesmentecom as instrucções deste livro, fazer os tratamentosem si mesmo e na sua familia, servindo-se apenas dassuas mãos, isto é, do magnetismo animal.

Cada livro tem 400 paginas emgrande formato e numerozas gra-vuras.

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Brochura 10$000 - Encadernado 12$000Os pedidos pelo correio devem ser dirigidos com vale postal a

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