situação epidemiológica da poliomielite. cenário global e nacional

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Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional Samia Abdul Samad GT-AINFO/CGPNI/DEVEP/SVS/MS

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Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional. Samia Abdul S amad GT-AINFO/CGPNI/DEVEP/SVS/MS. Poliomielite no mundo. A poliomielite é conhecida desde a pré-história . - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional

Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional

Samia Abdul Samad GT-AINFO/CGPNI/DEVEP/SVS/MS

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Poliomielite no mundo

A poliomielite é conhecida desde a pré-história. Em pinturas do antigo Egito já aparecem figuras de pessoas com membros flácidos atrofiados típicos da doença.

O Imperador romano Claudius, conhecido por um defeito físico que até hoje se associa ao significado do seu nome, o verbo claudicar (Do lat. claudicare.), foi prejudicado em uma das pernas, possivelmente por poliomielite em sua infância.

A primeira descrição médica da doença foi feita por Jakob Heine em 1840 enquanto Karl Oskar Medin foi o primeiro a estudá-la seriamente em 1890, o que levou à sua denominação alternativa, doença de Heine-Medin.

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Poliomielite no mundo

Casos de poliomielite diminuíram mais de 99% desde 1988, quando havia uma estimativa de 350.000 casos.

Atualmente, graças a campanha de erradicação mundial, os casos diminuíram, mas ainda há cerca de 1000-2000 casos notificados anualmente. Dados da OMS mostram que ainda se registram casos de poliomielite em 22 países:

Quatro endêmicos: Afeganistão, Índia, Nigéria, Paquistão (países onde não houve a interrupção da transmissão da poliomielite);

Cinco países com transmissão restabelecida: Angola, Chade, República Democrática do Congo e com suspeita de restabelecimento no Sudão (transmissão ativa e persistente em mais de 12 meses após à importação);

14 países com poliovírus importado: Congo, Kazaquistão, Libéria, Mali, Mauritânia, Nepal, Níger, Rússia, Senegal, Serra Leoa, Tajakistão, Turkmenistão, Uganda e Mauritânia (surtos em curso após importação).

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1988-125 países endêmicos; World Health Assembly decide pela erradicação da poliomielite

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1991— último caso de poliovírus selvagem nas Américas

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1994—Américas declarada livre da polio

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1995—último caso na região Oeste do Pacífico

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1998—último caso de polio na região da Europa

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2000-Região Oeste do Pacífico certificada como livre da polio

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2002— Região européia certificada como livre da polio

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2006—4 países endêmicos

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Os países que restabeleceram a transmissão não voltaram a ser endêmicos.Estão com circulação contínua após a reintrodução

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Poliomielite no mundo

2010 1.292 casos.

232 (17,95%) nos países endêmicos e 1.060 (82,05%)

em não endêmicos.

2011 252 casos.

84 (33,3%) nos países endêmicos e 168 (66,7%) em não endêmicos.

Maior número de casos:1º) Chade;2º) República Dominicana do Congo3º) Paquistão

Já haviam interrompido a transmissão

País endêmico e único na Ásia com o poliovírus tipo 3

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Angola

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2010 = cerca de 30 casos2011 = 4 casos até o momento

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Cenário epidemiológico global

Ano Nº casos Tipo de poliovírus selvagem

Local (países)

1 3 Endêmicos Não endêmicos

2010 115 66 49 44 71

2011 123 114 9 43 80

Mudança no cenário

epidemiológico

Mudança no cenário

epidemiológico

No mesmo período (abril de 2010 e abril

de 2011)

No mesmo período (abril de 2010 e abril

de 2011)

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Segundo dados da OMS, as campanhas de vacinação contra a poliomielite serão realizadas em 2011 em 44 países.

A Iniciativa Global para a Erradicação da Poliomielite, coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Rotary Internacional, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC/USA) e o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), é hoje considerada sem precedentes, essencial na campanha por um mundo livre da doença.

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Metas para a erradicação da poliomielite

A iniciativa do Plano Estratégico Global de Erradicação da Poliomielite para 2010-2012 estabeleceu objetivos para a interrupção do poliovírus selvagem no mundo. Todas as atividades para a erradicação da poliomielite estão focadas no alcance das metas globais.

* Valida: >6 meses sem um caso geneticamente ligado a uma importação de 2009 (fim de 2010); ** Valida: > 12 meses sem um caso geneticamente ligados ao vírus re-estabelecido (final de 2011).*** Valida quando> 12 meses sem um caso geneticamente ligado a um vírus selvagem (final de 2012).**** Validada quando ≥ 12 meses sem um caso geneticamente ligado a um vírus selvagem (até o final de 2013).Certificação † 'exigirá pelo menos 3 anos sem casos de pólio na presença de uma fiscalização adequada em toda a região epidemiológica inteiro.

Meados de 2010Cessa

surtos de pólio com início em

2009

Fim de 2010Cessa o re-

estabelecimento da transmissão do póliovírus

Fim de 2011

Cessação dos casos de poli em

2 ou 4 países

endêmicos

Fim de 2012Cessação de

toda transmissão do poliovírus

selvagem

Fim de 2013

Validação inicial – marco 2012

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Poliomielite no mundo

A vacinação continua como medida de prevenção.

Freqüentemente indivíduos contaminados circulam em países livres da doença = risco de contrair a poliomielite.

Em 2009, mais de 361 milhões de crianças foram imunizadas em 40 países em 273 campanhas de vacinação diferentes (AIS).

Globalmente, a vigilância da poliomielite atingiu ápices históricos e diversas organizações (como UNICEF, OMS, Cruz Vermelha e Médicos sem Fronteiras) estão trabalhando juntas com os Ministérios da Saúde de cada país para sua erradicação.

Recentemente, a Fundação Bill e Melinda Gates deu um importante donativo de $350 milhões para Rotary Internacional com objetivo de completar a última fase de erradicação da poliomielite, mas a ONG alega que ainda precisa de mais doações para continuar com seu trabalho.

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Poliomielite no Brasil

Atualmente as ações do Programa Nacional de Imunizações com a vacina oral poliomielite (VOP) na fase pós-certificação estão voltadas para a prevenção da reintrodução do poliovírus selvagem no país, considerando que ainda há risco de sua reintrodução, dada a possibilidade de importação de casos provenientes de países endêmicos ou pela ocorrência de surtos devido a circulação do poliovírus derivado vacinal (PVDV) em áreas de baixas coberturas com a vacina oral poliomielite (VOP).

Estratégias para o Controle da Poliomielite no Brasil

Atividades de Imunização

Ações de Vigilância Epidemiológica

Page 22: Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional

* VOP: Vacina oral contra Poliomielite

Cobertura Vacinal (%) Incidência por 100.000 hab.

Incidência de Poliomielite e Cobertura Vacinal com a VOP, em Campanhas, Brasil, 1968 - 2010 – Impacto

Unidade Técnica de Doenças de Transmissão Respiratória e Imunopreveníveis

Fonte: COVER/CGPNI/SVS/MS

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No Brasil

O Brasil realiza campanha de vacinação contra poliomielite desde 1980.

Em 1994, o Brasil recebeu o Certificado da Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem.

É preciso manter o Brasil na condição de país livre da poliomielite. Vacinar é fundamental para evitar a reintrodução da doença no país. O país não registra casos da doença há 22 anos.

Em 2011, 14.148.182 crianças <5anos de idade, devem ser vacinadas.

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No Brasil

Objetivo principal: manter o Brasil livre da circulação autóctone do poliovírus selvagem.

Deve-se: Manter um sistema sensível de vigilância epidemiológica das Paralisias Flácidas Agudas – PFA (identificar, notificar e investigar todo caso de PFA; Manter elevadas e homogêneas coberturas vacinais no período pós-erradicação (vacinação efetiva como única forma de interromper interromper circulação de poliovírus selvagem, evitar importações de casos e prevenir circulação de PVDV);

Melhorar a capacidade e qualidade dos laboratórios para garantir coleta e envio adequado e oportuno de amostras de fezes (única forma de identificar casos importados e PVDV.

Page 25: Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional

Recursos para a Campanha 2011

O Ministério da Saúde investirá R$ 46,6 milhões nas duas etapas:

R$ 20,2 milhões em repasse do Fundo Nacional de Saúde para os municípios.

R$ 26,3 milhões na compra e distribuição das vacinas.

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Fonte:CGPNI/SVS/MS

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95%

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Fonte: pni.datasus.gov.br dados em 15/7/11

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Coberturas vacinais em Campanha nacional de vacinação com a vacina Poliomielite em < 5anos por grupo de idade, 1ª etapa, Goiás, 2011*

Fonte: pni.datasus.gov.br * Dados provisórios acessados até 01/07/2011

<1 ano de idade < 5 anos de idade (total)

246 municípios. Destes, /246*100Homogeneidade : 56,83%

246 municípios. Destes, /246*100Homogeneidade: 65,19%

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-

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

D1 D2 D3 D1 D2 D3 D1 D2 D3 D1 D2 D3 D1 D2 D3 D1 D2 D3 D1 D2 D3 D1 D2 D3 D1 D2 D3 D1 D2 D3 D1 D2 D3 D1 D2 D3

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: CGPNI/SVS/MS

Número de doses mensais por tipo de vacinas do calendário da criança e doses correspondente ao esquema vacinal (D1, D2 e D3), Goiás, 2010

Hep B VOP DTP+Hib

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28,98

-12,48-15,00

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

Fonte: CGPNI/SVS/MS

Taxas de abandono por tipo de vacinas em menores de um ano de idade por Unidade Federada, Brasil, 2010.

Hep B VOP DTP+Hib VORH

Taxas de abandono de vacinas por Unidades Federadas

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-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Taxa

s de

aba

ndon

o

Taxas de abandono(%) de vacinas VOP e DTP/Hib em <1 ano de idade, Goiás, 2003 a 2010

VOP DTP+Hib VOP DTP+HibNegativas

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Riscos de reintrodução da poliomielite no Brasil

Intenso fluxo de passageiros procedentes de áreas

endêmicas ou com reintrodução;

Coberturas vacinais de rotina não homogêneas com VOP;

Coletas inoportunas e/ou inadequadas;

Não alcance de metas de Indicadores da VE_PFA

Eventos internacionais no Brasil: Copa da Confederações e

Copa do Mundo, Jogos Panamericanos e Olimpíadas.

Page 37: Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional

Campanha de Seguimentocontra o Sarampo

Page 38: Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional

Campanha de Seguimento

Brasil: quatro campanhas realizadas.

Contemplam quem já recebeu a vacina ou teve a doença anteriormente.

Público alvo depende da situação epidemiológica e cobertura vacinal.

Utiliza-se a vacina tríplice viral que imuniza contra o sarampo a caxumba e a rubéola.

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Campanha de Seguimento contra o Sarampo

Desde 2001, não há circulação autóctone do vírus do sarampo no país.

Até maio de 2011, foram registrados 17 casos – todos importados.

Campanha atual visa a evitar a ocorrência de casos importados na população vacinada e futuros surtos da doença.

Impacto imediato para alcançar a meta de consolidação da eliminação do sarampo e da rubéola no Brasil e nas Américas.

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Objetivos da campanha

Vacinar 95% das crianças de 1 ano a menores de 7 anos.

Consolidar a eliminação do sarampo no Brasil.

Eliminar a rubéola e a síndrome da rubéola congênita nas Américas.

Corrigir prováveis falhas vacinais primárias.

Captar os não vacinados.

Ofertar a segunda dose da vacina.

Page 41: Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional

Etapas da Campanha 2011

1ª etapa: de 18 de junho (mobilização) a 22 de julho

Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Critérios de antecipação: entrada e saída de turistas, densidade populacional, situação da cobertura vacinal.

2ª etapa: de 13 de agosto (mobilização) a 16 de setembro

Acre, Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Page 42: Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional

População a ser vacinada

Cerca de 17 milhões de crianças entre 1 ano a menores de 7 anos.

Investimentos = R$ 163,12 milhões nas duas etapas

Compra da vacina Tríplice Viral = R$ 144 milhões

Insumos = R$ 2,75 milhões

Repasse do Fundo Nacional de Saúde para os municípios = R$ 16,36 milhões em

Page 43: Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional

Oportunidade perdida de vacinação???

UF Seguimento Poliomielite

RJ 67,13 102,69

CE 72,70 96,58

RS 80,77 98,59

BA 80,83 94,92

PE 85,29 101,61

AL 85,52 98,11

SP 90,45 100,65

MG 93,88 100,24Fonte:pni.datasus.gov.br * < 5 anos; ** 1 a 6 anos

*** somente as UF selecionadas para a campanha de seguimento

Coberturas vacinais em campanha de vacinação de seguimento* e poliomielite**, em Unidades Federadas***, Brasil , 2011

CV mais elevadas

Page 44: Situação epidemiológica da Poliomielite. Cenário global e nacional

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!!