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Page 1: SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM A …‡ÃO DA... · sistematizaÇÃo da assistÊncia em enfermagem a gestante com sÍndrome hipertensiva gestacional em sulfatoterapia

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM A GESTANTE COM SÍNDROME HIPERTENSIVA GESTACIONAL EM

SULFATOTERAPIA

ANGELIM, Francisca Renata Lima1

BARBOSA, Rubens Vitor2

OLIVEIRA, Deoclécio Lima Barbosa2

HENRIQUES, Ana Ciléia Pinto Teixeira 3

MOREIRA, Karla de Abreu Peixoto 4

CARVALHO, Francisco Herlânio Costa5

INTRODUÇÃO: A Síndromes Hipertensivas Gestacionais (SHG) merecem destaque no cenário de saúde pública no mundo, representando a terceira causa de mortalidade materna no mundo e a primeira no Brasil. O marco na prevenção e no

tratamento das convulsões na eclâmpsia foi o uso do sulfato de magnésio (MgSO4), que provou ser mais eficiente que os anticonvulsivantes clássicos como a fenitoína e benzodiazepínicos, tanto na interrupção da crise convulsiva como na diminuição de

suas recorrências. Vem sendo usado desde 1925 para prevenção e controle das crises convulsivas, tendo como vantagens a diminuição da resistência vascular periférica sem alterar o fluxo sanguíneo uterino. O magnésio diminui em 52% o risco

de convulsão quando comparado a outros fármacos anticonvulsivantes, porém traz efeitos adversos que necessitam ser conhecidos e monitorados pela equipe de Enfermagem no atendimento à pacientes em sulfatoterapia. OBJETIVOS: Elaborar

um plano de Assistência de Enfermagem à pacientes com SHG em sulfatoterapia baseado em evidências científicas atuais disponíveis na literatura. METODOLOGIA: Trata-se de estudo de cunho qualitativo baseado em revisão de literatura para

construção das etapas da sistematização da assistência de Enfermagem focada a pacientes com SHG em sulfatoterapia. Foi realizado levantamento de estudos e protocolos de atendimento a gestante com SHG para expor os principais sinais que

1 Acadêmica de Enfermagem da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza- FAMETRO.

Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Obstétrica- GEPEO. E-mail: [email protected] 2 Acadêmicos de Enfermagem da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza- FAMETRO.

Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Obstétrica- GEPEO. 3 Mestranda em pela UFC. Bolsista CNPq. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem

Obstétrica- GEPEO. 4 Doutoranda em Enfermagem pela UFC. Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Obstétrica-

GEPEO. 5 Docente do Departamento de Saúde Comunitária/UFC.

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devem nortear a assistência de enfermagem, no período de abril e maio de 2012, nas bases de dados SCIELO, LILACS com descritores: Assistência de enfermagem; Sulfato de Magnésio, Pré-eclâmpsia; Enfermagem. Levantaram-se os problemas de

enfermagem que subsidiaram a definição dos Diagnósticos de Enfermagem, segundo a Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association

(NANDA), seguindo um modelo voltado para os grandes domínios e classes desta. Posteriormente, planejaram-se as intervenções de acordo com os problemas

possíveis de identificação na paciente com SHG em sulfatoterapia, centrando nossa atenção na integralidade da assistência durante o processo do cuidar e dos cuidados de enfermagem. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Com base na literatura

atual disponível sobre os efeitos do sulfato de magnésio e sua utilização no tratamento das SHG, foram levantados os seguintes Diagnósticos de Enfermagem: Eliminação urinária prejudicada relacionada a efeito adverso da sulfatoterapia;

Risco de perfusão renal ineficaz com fatores de risco hipertensão e efeitos secundários relacionados ao tratamento medicamentoso; Risco de infecção com fatores de risco procedimentos invasivos (punções venosas repetitivas, manipulação

de cateteres); Padrão respiratório ineficaz relacionado a relacionado a ansiedade, síndrome da hipoventilação causada por efeitos adversos do sulfato de magnésio; Risco de baixa auto-estima situacional com fatores de risco controle diminuído

sobre o ambiente e doença física, Padrão do sono prejudicado relacionada à falta de privacidade, interrupções por motivos terapêuticos, mobiliário estranho pra dormir, ruído e temperatura do ambiente. De acordo com os Diagnósticos citados

acima as intervenções serão: controle hídrico rigoroso, diurese de 25 mL/h, reflexo patelar presente, avaliação dos sinais vitais principalmente na freqüência respiratória maior que 12 incursões respiratórias por minuto e dados alterados (pressão arterial,

pulso e consciência). É importante que o enfermeiro promova a aproximação dos familiares ao âmbito hospitalar, pois a família, nesses momentos, interfere positivamente para melhora na baixa auto-estima, podendo também estabelecer medidas para minimizar o desconforto das pacientes e contribuindo para melhoria da

qualidade do sono, assim como controle do ambiente e proporcionar conforto. CONCLUSÃO: A sistematização da assistência em enfermagem (SAE) é o modelo metodológico ideal para o enfermeiro organizar e qualificar a sua assistência de

enfermagem na obstetrícia com base no processo de enfermagem, devendo ser executada por toda a equipe de enfermagem. A aplicação do Processo de Enfermagem a pacientes com SHG em sulfatoterapia visa garantir a segurança do

uso do fármaco na terapia e respaldar a equipe de Enfermagem quanto ao registro das alterações que podem ocorrer pelo uso da medicação em ambientes de assistência a gestação de alto risco, sendo, portanto, aspecto fundamental para o

conhecimento e utilização da equipe de Enfermagem.

DESCRITORES: Pré-eclâmpsia; Eclâmpsia; Sulfato de Magnésio; Cuidados de Enfermagem;