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DPC – DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Localidade de Giqui Município de Jaguaruana – CE VOLUME II – DETALHAMENTO DO PROJETO – FASE II TOMO I – PROJETO TÉCNICO PARTE A.1 – MEMORIAL DESCRITIVO, MEMORIAIS DE CÁLCULOS E ORÇAMENTOS PROGRAMA DE SANEAMENTO BÁSICO CEARÁ – KFW II COOPERAÇÃO FINANCEIRA BRASIL / ALEMANHA Outubro/2012

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DPC – DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUALocalidade de Giqui

Município de Jaguaruana – CE

VOLUME II – DETALHAMENTO DO PROJETO – FASE II

TOMO I – PROJETO TÉCNICO

PARTE A.1 – MEMORIAL DESCRITIVO, MEMORIAIS DE CÁLCU LOS E ORÇAMENTOS

PROGRAMA DE SANEAMENTO BÁSICO CEARÁ – KFW II

COOPERAÇÃO FINANCEIRA BRASIL / ALEMANHA

Outubro/2012

DPC – DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE

Cagece – Companhia e Água e Esgoto do CearáAv. Dr. Lauro Vieira Chagas, 1.030 – Vila UniãoCEP: 60.420-280 – Fortaleza – CE – BrasilFone: (85) 3101-1805 Fax: (85) 3101-1834

DPC – DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO..................................... ...........................................................4

2 RESUMO 5

3 FICHA TÉCNICA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA LOCALIDADE DE GIQUI................................ ...........................................7

4 DESCRIÇÃO E REAVALIAÇÃO DO ESTUDO DE CONCEPÇÃO... ..................9

5 CARACTERIZAÇÃO DA LOCALIDADE..................... ......................................11

6 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE SANEAMENTO BÁSICO EXIST ENTE.......21

7 ELEMENTOS PARA CONCEPÇÃO DO SISTEMA.............. .............................25

8 DESCRIÇÃO E DETALHAMENTO DO SISTEMA PROPOSTO..... ..................32

9 FICHA AMBIENTAL.................................. .........................................................38

10 MEMORIAL DE CÁLCULO............................. .................................................45

11 ORÇAMENTO..................................................................................................46

12 PEÇAS GRÁFICAS.................................. ........................................................47

13 ANEXOS 49

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1 APRESENTAÇÃO

Este relatório compreende o Projeto Técnico do Sistema de Abastecimento de Água da localidade de Giqui, pertencente ao Município de Jaguaruana/CE.

O presente documento é parte integrante do Contrato N° 336/2006 – PROJU-CAGECE, entre o Consórcio Concremat/Apoenatec e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará – CAGECE, cujo objeto é a Elaboração de Projetos de Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Programa de Saneamento Básico Ceará II – Programa KfW II.

O Programa de Saneamento Básico Ceará II – KfW II atenderá distritos e localidades pré-selecionados conforme critérios acordados entre a CAGECE e o KfW, visando melhorar o saneamento básico no interior do Estado do Ceará.

Esse volume é a versão final do projeto, agora elaborado pela UGP de acordo com as revisões realizadas pela consultoria de apoio técnico, por exigência do Banco KFW.

Os Estudos e Projetos do Sistema de Abastecimento de Água da localidade de Giqui são apresentados em dois volumes:

• Volume I – Estudos Iniciais – Fase I

� Tomo I – Estudo de Concepção;

� Tomo II – Estudos Topográficos e Semi-Cadastrais;

� Tomo III – Estudos Geotécnicos.

• Volume II – Detalhamento do Projeto – Fase II

� Tomo I – Projeto Técnico;

���� Parte A.1 – Memorial Descritivo, Memoriais de Cálcu los e Orçamentos

���� Parte A.2 – Especificações Técnicas e Anexos;

���� Parte B – Peças Gráficas

� Tomo II – Projetos Complementares.

O presente documento refere-se ao Tomo I – Projeto Técnico, parte integrante do Volume II – Detalhamento do Projeto – Fase II.

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2 RESUMO

Na localidade de Giqui, o abastecimento de água é precário, tendo em vista que a água distribuída à população é de má qualidade, não passa por qualquer tratamento e não atende toda comunidade. Sendo assim, a solução para o abastecimento de água de Giqui é a implantação de um novo sistema que atenda integralmente a localidade.

A solução encontrada para sanar os problemas de abastecimento de água da localidade de Giqui foi à implantação de um sistema único de captação de água. O sistema se resume em captar toda a água necessária dos poços perfurados pela CAGECE, através da instalação de estações elevatórias de água bruta (EEAB-01 e EEAB-02), constituídas por dois conjuntos motor-bomba (CMB) submersas, instaladas no interior dos poços (PT-01) e (PT-02). A vazão total exigida será conduzida por duas adutoras de água bruta (AAB-01 e AAB-02) até um filtro projetado a ser construído em fibra de fluxo descendente, localizado na área da estação de tratamento de água (ETA).

Como início do tratamento, a água receberá, na tubulação de adução de água bruta, uma dosagem de hipoclorito de cálcio (pré-cloração), neste caso, para remoção do ferro, já que a mesma apresenta elevado teor de tal metal. No filtro haverá a remoção das impurezas da água por sua passagem através de um processo de separação sólido-líquido (meio filtrante), composto de areia e pedregulho. O preparo das soluções necessárias ao tratamento químico complementar ocorrerá na casa de química projetada, com dimensões de 5,00 x 6,50, cujas instalações servirão também de abrigo aos produtos químicos empregados.

A água tratada escoará por gravidade até o reservatório apoiado projetado (RAP-01), com capacidade de 20m3. Uma estação elevatória de água tratada (EEAT) será instalada em abrigo próprio, com a finalidade única de recalcar água do RAP-01 para o reservatório elevado projetado (REL-02), com capacidade de 50m3 e fuste de 11,0 m.

A EEAT será constituída por dois conjuntos motor-bomba tipo centrífuga, sendo um operante e outro reserva/rodízio. A interligação entre a EEAT e o REL-02 será feita por uma tubulação de recalque de água tratada de 10m de comprimento, na qual haverá aplicação de hipoclorito de cálcio para o tratamento de desinfecção.

O REL-02 terá a função de armazenar a água que será distribuída à população, garantindo as pressões necessárias para o funcionamento eficaz da rede de distribuição, além de armazenar o volume necessário à lavagem do filtro, que será realizada em contra-fluxo de descarga a partir de tubulação independente.

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Todos os 245 imóveis localizados em Giqui serão contemplados com ligações domiciliares interligadas à rede de distribuição de água projetada. Considerando-se que em 2013, provável ano de implantação das obras, o número de imóveis existentes, deverá ser aproximadamente 245.

A “Ficha Técnica” a seguir apresenta as características principais do sistema descrito.

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3 FICHA TÉCNICA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA LOCALIDADE DE GIQUI

• MANANCIAL: Poços

� Do tipo subterrâneo, representado por dois poços: (PT-01), com vazão de 3,50m3/h e 15,00m de profundidade e (PT-02), com vazão de 6,50m3/h e 15,00m de profundidade.

• CAPTAÇÃO – ESTAÇÃO ELEVATORIA DE ÁGUA BRUTA (EEAB): Alcance de 10 anos:

� EEAB-01: Conjunto motor-bomba submersa instalado no interior do poço, com vazão de 3,50m3/h, Hman = 35,61 m.c.a. e potência de 1,00 CV (um operante e um reserva);

� EEAB-02: Conjunto motor-bomba submersa instalado no interior do poço, com vazão de 7,24m3/h, Hman = 36,77 m.c.a. e potência de 2,50 CV (um operante e um reserva).

Alcance de 20 anos:

� EEAB-01: Conjunto motor-bomba submersa instalado no interior do poço, com vazão de 3,50m3/h, Hman = 36,09 m.c.a. e potência de 1,00 CV (um operante e um reserva);

� EEAB-02: Conjunto motor-bomba submersa instalado no interior do poço, com vazão de 7,53m3/h, Hman = 37,24 m.c.a. e potência de 2,50 CV (um operante e um reserva).

• ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA TRATADA (EEAT):Alcance de 10 anos:

� EEAT: Conjunto motor-bomba centrífugo tipo eixo horizontal, com vazão de 10,74m3/h, Hman = 14,43 m.c.a. e potência de 1,50 CV (um operante e um reserva).

Alcance de 20 anos:

� EEAT: Conjunto motor-bomba centrífugo tipo eixo horizontal, com vazão de 11,03m3/h, Hman = 14,45 m.c.a. e potência de 1,50 CV (um operante e um reserva).

• ADUÇÃO:

� AAB-01: Do poço PT-01 até o injetamento na AAB-02: 50,00m de tubos PVC PBA CL-12 DN 50 mm;

� AAB-02: Do poço PT-02 até o filtro descendente locado na ETA projetada: 1.290,00m de tubos PVC PBA CL-12 DN 75 mm.

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� AAT:10,00 m de tubos FoFo DN 75 mm.

• TRATAMENTO:

� Unidades do Tratamento:

���� 02 kits de dosagem do sistema de hidrogeron e compressor;

���� 02 kits de dosagem de hipoclorito de cálcio com bomba dosadora e compressor;

���� 02 kits de dosagem de polímero (polidadmac) com bomba dosadora e compressor;

���� 01 Filtro de fluxo descendente;

���� 01 Casa de Química (Coagulantes + Polímeros + Cloração).

• RESERVAÇÃO:

� 01 Reservatório Elevado Projetado (REL-02), em estrutura de concreto, com volume de 50m³ e fuste de 11,00m;

� 01 Reservatório Apoiado Projetado (RAP), em estrutura de concreto, com volume de 20m³.

• REDE DE DISTRIBUIÇÃO:

� Comprimento de Rede Projetada: ------------------------------ 2.770,00m;

���� PVC PBA CL-12 DN 50 mm: --------------------------- 2.357,00 m;

���� PVC PBA CL-12 DN 75 mm: ----------------------------- 413,00 m.

• LIGAÇÕES DOMICILIARES: 226 unidades previstas (2008 ).

� 245 ligações domiciliares previstas para 2012;

� 299 ligações domiciliares previstas para 2022;

� 365 ligações domiciliares previstas para 2032;

Taxa de Crescimento 2,00 %

Economias Cadastradas: 245 imóveis

Alcance de Projeto: 20 anos (2012-2032)

População estimada início de plano (2012): 1.356 habitantes

População estimada final de plano (2032): 1.654 habitantes

Índice de Atendimento: 100%

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4 DESCRIÇÃO E REAVALIAÇÃO DO ESTUDO DE CONCEPÇÃO

4.1 DESCRIÇÃO E COMENTÁRIOS DA ALTERNATIVA SELECIONA DA

O estudo de concepção do novo sistema de abastecimento de água da localidade de Giqui pautou-se nas seguintes recomendações da CAGECE, informações coletadas na visita de campo e na observação das características topográficas da localidade:

• Por determinação da CAGECE, o manancial disponível são dois poços perfurados recentemente;

• A orientação da CAGECE é de que as unidades de reservação e de tratamento sejam implantadas, preferencialmente, na mesma área da captação, com intuito de evitar desapropriações de outras áreas e de concentrar a operação do sistema em um único local;

Com base nas premissas apresentadas foi formulada uma única alternativa para o novo sistema de abastecimento de água de Giqui:

Alternativa única: Para o sistema de abastecimento de água da localidade de São Giqui, foram perfurados 02 poços tubulares (PT-01, PT-02) implantados pela GEMAM da CAGECE.

O poço tubular PT-01 possui 15,00m de profundidade e é capaz de produzir uma vazão de 3,50 m³/h. De acordo com o teste de bombeamento realizado pela HIDROINGÁ – Poços Artesianos, o poço deve ser bombeado por até 19h/dia para permitir a recuperação do nível de água do sistema aquífero.

O poço tubular PT-02 possui 15,00m de profundidade e é capaz de produzir uma vazão de 7,53 m³/h. De acordo com o teste de bombeamento realizado pela HIDROINGÁ – Poços Artesianos, o poço deve ser bombeado por até 19h/dia para permitir a recuperação do nível de água do sistema aquífero.

Os 2 poços apresentam uma vazão de 11,03m³/h atendendo a demanda da população para final de plano.

A Adutora de Água Bruta AAB-01, que recalcará a água captada do poço tubular PT-01 até o injetamento na AAB2, será em PVC com o diâmetro de 50mm e uma extensão de 50,00m.

A Adutora de Água Bruta AAB-02, que recalcará a água captada do poço tubular PT-02 até o Filtro Descendente locado na ETA, será em PVC com o diâmetro de 75mm e uma extensão de 1.290,00m.

Na área de tratamento ficarão localizados a casa de química, o reservatório elevado e o reservatório apoiado.

O reservatório elevado (REL) deverá ter um fuste de 11m e a capacidade de armazenar 50m³. A água armazenada no REL segue para a rede de distribuição.

O reserva apoiado deverá ter volume igual a 20m³.

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Foi previsto a construção de uma casa de química para o preparo de soluções necessárias ao tratamento: para Desinfecção (Cloração) será utilizado o hidrogerox.

A rede de distribuição projetada é composta por tubos em PVC com diâmetros variando em 50 e 75 com uma extensão aproximada de 2.770,00m, distribuído como mostrado na Tabela 4 .1.

DN

(mm)

Projetada

(m)

50 2.357,00

75 413,00

TOTAL 2.770,00

Tabela 4.1 – Rede de distribuição projetada

4.2 RE-AVALIAÇÃO DA ALTERNATIVA SELECIONADA

Ao se iniciar os trabalhos de detalhamento do projeto técnico da alternativa selecionada, observou-se que o sistema proposto no estudo de concepção deverá ser alterado.

Nos estudos de concepção foi apresentado o ano de 2010 como o de início de plano. Para o projeto técnico foi adotado o ano de 2012 para o início de plano, ano previsto para execução do projeto.

Mais detalhes sobre o sistema de abastecimento de água proposto para a localidade de Giqui estão apresentados na seção 8 (Descrição e Detalhamento do Sistema Proposto) do presente texto.

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5 CARACTERIZAÇÃO DA LOCALIDADE

5.1 LOCALIZAÇÃO

O município de Jaguaruana situa-se na microrregião do Baixo Jaguaribe, porção Nordeste do Estado do Ceará (Figura 4.1), limitando-se com os municípios de Aracati, Itaiçaba, Palhano, Russas e Quixeré, e com o Estado do Rio Grande do Norte. Compreende uma área de 867,25 km², localizada nas coordenadas geográficas Latitude (S) 4º50'02" e Longitude (WGr) 37º46'52". Jaguaruana localiza-se a 173,10km de Fortaleza e o acesso ao município se dá através da rodovia estadual CE-040. Demais vilas, lugarejos, sítios e fazendas do município estão interligados por estradas asfaltadas e/ou carroçáveis, as quais permitem franco acesso durante todo o ano.

A localidade de Giqui situa-se no município de Jaguaruana/CE, distando 14,00km de sua sede municipal. O acesso à localidade inicia-se atravessando a barragem sobre o rio Jaguaribe, localizado no limite da sede municipal de Itaiçaba. A partir daí, percorrendo-se uma distância de 5 km, através de uma estrada carroçal, encontra-se o cruzamento que limita a entrada para as localidades de Outeiro e Giqui. Do cruzamento, deve-se entrar à direita e percorrer uma distância de mais 9 km ainda pela mesma estrada carroçal, até que se avistem os primeiros imóveis da localidade.

5.2 CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS

O município de Jaguaruana encontra-se inserido na região semi-árida, com clima do tipo quente e úmido. Segundo os dados do único posto pluviométrico do município, a pluviosidade média anual em Jaguaruana é de 768,50mm, com precipitações mais freqüentes entre os meses de janeiro e maio. A temperatura média anual é de 28ºC, com anuais mínimas e máximas de 26ºC e 36ºC, respectivamente.

De acordo com a Tabela 5.1, onde se apresentam as médias mensais de precipitação e temperatura para a estação meteorológica de Jaguaruana, o período de concentração das precipitações pluviométricas ocorre no trimestre referente aos meses de fevereiro a abril; enquanto o período mais seco corresponde aos meses de julho a dezembro. O balanço hídrico é deficitário, visto que toda a água precipitada sofre evapotranspiração, exceto nos meses mais chuvosos.

A localidade de Giqui apresenta as mesmas características da região semi-árida, com clima do tipo quente e úmido.

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Tabela 5.1 - Precipitações Pluviométricas e Temperaturas Registradas no Posto de Jaguaruana

Discriminação PluviometriaMédia (mm)

Temperatura (ºC)

Média Máxima Mínima

Janeiro 0,0 26,8 35,1 22,7

Fevereiro 31,1 26,3 33,5 23,5

Março 226,0 26,4 32,3 23,2

Abril 199,2 26,6 31,7 21,8

Maio 165,0 27,7 31,9 22,6

Junho 147,2 26,3 31,8 21,4

Julho 0,0 26,0 32,6 20,8

Agosto 0,0 26,6 34,2 20,9

Setembro 0,0 27,6 36,3 21,4

Outubro 0,0 27,9 36,1 22,5

Novembro 0,0 28,4 34,5 20,8

Dezembro 0,0 28,3 35,3 22,9

Média Anual 768,5 27,1 33,8 21,9

FONTE: FUNCEME, 2006.

5.3 CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS

O município de Jaguaruana é composto por três compartimentos geomorfológicos: Depressão Sertaneja, com formas suaves pouco dissecadas a oeste; planície aluvial do Rio Jaguaribe; e topografia plana da Chapada do Apodi a leste. As altitudes registradas são sempre inferiores a 200,00m. As unidades geomorfológicas mais importantes são as superfícies sertanejas, as planícies dos rios Jaguaribe e Palhano, com suas aluviões, e a Chapada do Apodi.

A localidade de Giqui também apresenta relevo de depressões sertanejas, com formas suaves pouco dissecadas a oeste, planície aluvial do Rio Jaguaribe e topografia plana da chapada do Apodi a leste. As altitudes registradas também são sempre inferiores a 200,00 m.

5.4 CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS E HIDROLÓGICAS

Quanto aos aspectos geológicos, o embasamento gnáissico-migmatítico, pré-cambriano, possui ocorrência restrita no município. O quadro geológico é amplamente dominado pela bacia sedimentar do Apodi, de idade mesozóica, constituída pelas formações Jandaíra (calcários intercalados por margas, siltitos e folhelhos) e Açu (arenitos com intercalações de siltitos, folhelhos e lentes de

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calcário no topo). Destacam-se também os sedimentos areno-argilosos, com níveis conglomeráticos, de idade tércio-quaternária, pertencentes à Formação Barreiras, além das coberturas aluvionares, quaternárias, formadas por areias, siltes, argilas e cascalhos, que se distribuem ao longo dos principais cursos d’água que drenam o município (a exemplo da planície aluvionar do rio Jaguaribe).

A região apresenta três compartimentos geomorfológicos: a chapada do Apodi, a planície aluvial do rio Jaguaribe e, no extremo oeste do território, a Depressão Sertaneja. As altitudes verificadas encontram-se abaixo dos 200 m. Cambissolos, vertissolos, solos aluviais e podzólicos foram mapeados na área, tendo como cobertura uma vegetação mesclada de espécies da caatinga e do cerrado, a típica caatinga arbustiva densa e a mata ciliar (floresta mista dicótilo-palmácea).

No município de Jaguaruana podem-se distinguir três domínios hidrogeológicos distintos: rochas sedimentares, rochas cristalinas e depósitos aluvionares. As rochas sedimentares são as mais importantes como aqüífero. Caracterizam-se por possuir uma porosidade primária e, nos termos arenosos, uma elevada permeabilidade, traduzindo-se em unidades geológicas com excelentes condições de armazenamento e fornecimento d'água. Na região do Apodi, a Formação Açu é considerada a unidade hidrogeológica mais importante e mais perfurada para abastecimento, e o seu membro inferior é aquele que detém as maiores reservas de água, constituindo o denominado aqüífero Açu. Suas águas são de ótima qualidade físico-química, sendo utilizada para todos os fins. Ainda no domínio sedimentar, acrescentam-se os sedimentos da Formação Barreiras, que se caracterizam por uma expressiva variação faciológica, com intercalações de níveis mais e menos permeáveis, o que lhes confere parâmetros hidrogeológicos variáveis de acordo com o contexto local. Essas variações induzem potencialidades diferenciadas quanto à produtividade de água subterrânea. Essa situação confere localmente à Formação Barreiras características de um aquitarde, ou seja, uma formação geológica que possui baixa permeabilidade e transmite água lentamente, não tendo muita expressividade como aqüífero. Apesar disso, em determinadas áreas, sua exploração é bastante desenvolvida. Destacam-se também os calcários da Formação Jandaira, que formam um meio cástico, onde o armazenamento e a circulação de água ocorrem em fissuras e cavidades oriundas da dissolução dessas rochas. Suas águas possuem dureza elevada e, às vezes, altas concentrações de sais.

As rochas cristalinas representam o que é denominado comumente de “aqüífero fissural”. Como basicamente não existe uma porosidade primária nesse tipo de rocha, a ocorrência da água subterrânea é condicionada por uma porosidade secundária representada por fraturas e fendas, o que se traduz por reservatórios aleatórios, descontínuos e de pequena extensão. Dentro deste

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contexto, em geral, as vazões produzidas por poços são pequenas e a água, em função da falta de circulação e dos efeitos do clima semi-árido é, na maior parte das vezes, salinizada. Essas condições atribuem um potencial hidrogeológico baixo para as rochas cristalinas sem, no entanto, diminuir sua importância como alternativa de abastecimento em casos de pequenas comunidades ou como reserva estratégica em períodos prolongados de estiagem.

Os depósitos aluvionares são representados por sedimentos areno-argilosos recentes, que ocorrem margeando as calhas dos principais rios e riachos que drenam a região, e apresentam, em geral, uma boa alternativa como manancial, tendo uma importância relativa alta do ponto de vista hidrogeológico, principalmente em regiões semi-áridas com predomínio de rochas cristalinas. Normalmente, a alta permeabilidade dos termos arenosos compensa as pequenas espessuras, produzindo vazões significativas.

Foi expedida a licença prévia nº. 405/2006 do Programa de Saneamento Básico no Estado do Ceará II - KFW referente ao uso da água a jusante e a montante dos mananciais que poderão servir de fonte de água bruta ou receptores de águas residuais localizadas nos 27 (vinte e sete) municípios contemplados pelo programa.

5.5 CARACTERÍSTICAS URBANAS

No ano de 2004, município de Jaguaruana contava com 01 (um) hospital e 34 (trinta e quatro) leitos hospitalares. O número de domicílios, no ano 2000, era de 4.174, o abastecimento de água na região urbana em 2003 era de 85,83%; não existe serviço publico de esgotamento sanitário. No setor de energia elétrica, o número de clientes chegou há 4.980 em 2003, com 100% dos domicílios contemplados com energia elétrica.

Analisando o comportamento da urbanização da sede municipal, no ano 2000, observa-se que a densidade demográfica calculada para o município foi de 40,01hab/km². A população estimada para o ano de 2004 foi de 32.557 habitantes.

Conforme apurado, o município de Jaguaruana não possui Plano Diretor, porém, foi identificado o plano de implantação de obra pública municipal de melhorias sanitárias domiciliares, cujas obras são financiadas pela Fundação Nacional de Saúde – FUNASA. Quanto às localidades rurais, além de Giqui, a localidade de Borges também será contemplada no Programa KfW II.

De acordo com informações concedidas pelo presidente da Associação dos Moradores, Sr. Fernando José Carvalho Façanha, a localidade de Giqui contém 222 famílias residentes, 02 estabelecimentos comerciais e 02 unidades públicas, sendo um posto de saúde e uma escola. Os imóveis estão dispostos de maneira mista, ou seja, parte agrupada e parte dispersa ao longo de suas ruas.

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5.6 POPULAÇÃO

De acordo com o Censo Demográfico realizado no ano 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a população urbana da sede municipal de Jaguaruana era composta por 16.580 habitantes, o correspondente a 55,76% da população urbana total do município. A população rural era de 13.155 habitantes, implicando, assim, em uma população total de 29.735 habitantes (44,24% do total do município). A densidade demográfica do município de Jaguaruana era de 40,01 hab/km². A população estimada para o ano de 2006 foi de 7.228 habitantes.

Um considerável contingente de pessoas residindo na zona rural se desloca semanalmente à sede municipal para realizar compras em feira livre, entretanto esse fluxo não chega a causar grande influência na população fixa, visto o caráter temporal de permanência da população flutuante na cidade.

Segundo o Censo Demográfico do IBGE/2000, a população da localidade de Giqui era composta por 579 habitantes e sua população estimada para o ano de 2005 foi de 756 habitantes.

5.7 CONDIÇÕES SANITÁRIAS

Segundo o Censo Demográfico do IBGE/2003, a forma de abastecimento de água mais utilizada na cidade de Jaguaruana é a rede pública de abastecimento, que atende 85,83% da população; seguida por fontes oriundas de fora do imóvel, como águas de chuva, carros pipas e chafarizes (12,47% dos domicílios), cujas águas, em geral, têm qualidade duvidosa; e pelos poços, que atendem a 1,70% dos domicílios.

Quanto à forma de escoamento dos efluentes sanitários, predomina o uso de fossas rudimentares, utilizadas por 60,40% dos domicílios, seguidas pelas fossas sépticas, empregadas em 1,70% dos imóveis. Redes coletoras de esgotos e/ou pluviais, valas, cursos d’água ou outro tipo de escoamento, são adotados por 1,60% dos domicílios permanentes. Os domicílios desprovidos de instalações sanitárias perfazem 35,70% do total, indicando precariedade no padrão sanitário local. Não existem indústrias com potencial poluidor dos recursos hídricos na sede do município.

Quanto ao destino dos resíduos sólidos, em 2000, 42,80% dos domicílios de Jaguaruana contavam com coleta pública de lixo; 27,00% dispunham o lixo acumulado em terreno baldio e/ou logradouros; 28,70% queimavam os resíduos; 1,50% lançavam o lixo em cursos d’água ou davam outro destino ao mesmo. Merece ressalva o fato do sistema de acondicionamento, coleta, transporte e disposição final do lixo urbano, posto em prática, não atender às recomendações técnicas necessárias.

Em 2003, foram registrados 09 óbitos de crianças na faixa etária de 0 a 4 anos de idade; no ano de 1999, foram notificados 21 óbitos nessa mesma faixa

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etária, sendo todos menores de um ano de idade, o que demonstra uma queda significativa no número de óbitos entre crianças de 0 a 4 anos de idade.

A Taxa de Mortalidade Infantil, definida como o número de óbitos até um ano de idade entre 1.000 nascidos vivos, apresenta-se reduzida no município de Jaguaruana, tendo sido registrado um valor de 20,13%o em 2003, menor que a meta estipulada pelo Governo do Estado (22,30%o).

A Secretaria de Saúde do Estado – SESA alerta que, a rigor, não deveria ser calculada TMI para municípios abaixo de 50.000 habitantes em virtude de distorções provocadas. Por esta razão, para efeito do presente estudo, convém considerar a TMI calculada para o município como um todo.

Tendo em vista que a qualidade de vida começa na infância, refletindo sobremaneira na qualidade de vida da família e do futuro adulto, alguns indicadores se mostram importantes como o índice de aleitamento materno, vacinação, subnutrição e peso ao nascer. No município de Jaguaruana, em 2003, foi constatado dentre as crianças acompanhadas pelo Programa de Saúde da Família, um percentual de 69,12% de crianças até quatro meses de idade em amamentação, ainda longe do ideal de 100,0% de mães amamentando. Dentre as crianças de 0 a 11 meses de idade, 95,66% estavam com as vacinas em dia e 2,14% encontravam-se subnutridas, este último percentual se eleva quando se trata da faixa etária de 12 a 23 meses, atingindo 9,29% de crianças subnutridas. O índice de crianças propensas a adoecerem ou morrerem em virtude do baixo peso ao nascer ser inferior a 2,5 kg chegou a 2,86%.

Em relação à ocorrência de doenças de veiculação hídrica, não foi encontrado nenhum dado no município de Jaguaruana.

Em 2003, o município dispunha de 16 unidades de saúde ligadas ao SUS, sendo 2 centros de saúde, 3 postos de saúde, 8 unidades de saúde da família, 1 ambulatório e 2 outros estabelecimentos. Nesse mesmo ano estava disponibilizada uma equipe de 75 profissionais de saúde, destes 22 eram médicos, 8 enfermeiros e 45 agentes comunitários de saúde.

No ano de 2003, 45 agentes comunitários de saúde divididos em cinco equipes atuavam no Programa de Saúde da Família, estratégia governamental que visa melhorar o estado de saúde e a qualidade de vida da população. No município de Jaguaruana, foram acompanhadas pelo PSF, 7.324 famílias, perfazendo uma população assistida de 29.735 pessoas.

O programa apresenta como metas específicas promover a saúde, prevenir e tratar doenças e reabilitar pessoas. Apresenta como base operacional equipes composta por 1 médico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem e de 2 a 9 agentes comunitários de saúde.

Ressalta-se que os dados referentes aos indicadores de saúde e à infra-estrutura de saúde existente foram tratados para o município como um todo, haja

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vista a indisponibilidade dos mesmos ao nível de distrito, durante o tempo decorrido para este estudo.

A localidade de Giqui dispõe de um sistema de abastecimento d’água, que funciona de forma precária.

O abastecimento ocorre a partir de um poço, situado a aproximadamente 1,00km da localidade. A adução é feita através de CBM, que recalca a água para um reservatório elevado. A adutora tem uma extensão de 1000m de tubos PVC de DN 75 mm. Todas as unidades do sistema existente estão em péssimo estado de conservação.

Em relação à localidade de Giqui, não existe sistema de drenagem de águas pluviais. A água escoa para o rio Jaguaribe. Existe sistema de coleta e tratamento de resíduos sólidos (lixo). Não existem sistemas de coleta ou tratamento de esgotos, predominando, como forma de escoamento dos efluentes sanitários, fossa séptica em 82,4% dos domicílios da localidade.

5.8 ENERGIA ELÉTRICA

O fornecimento de energia elétrica é garantido pela COELCE – Companhia Energética do Ceará. Em 2003, existiam 7.808 consumidores de energia elétrica na zona urbana da sede e localidades, desse total, 93,39% pertenciam à classe residencial. O total de energia consumida foi o equivalente a 31.265 MWH/ano.

No município de Jaguaruana as características do sistema existente são: voltagem de 13.800 média tensão e (220 a 380) baixa tensão com uma freqüência de 60 hz.

As estatísticas do consumo de energia elétrica são bastante confiáveis e acompanham o crescimento do número de ligações. As categorias de consumidores permitem calcular a evolução das ligações e conhecer também a evolução do consumo médio por ligação das mesmas, as quais foram destacadas o consumo domiciliar, industrial, comercial e rural.

O número de ligações à rede industrial em 2003 foi de 114 ligações e com um consumo de 10.505 MWH. Constata-se um crescimento anual de 4,5% de energia para fins industriais. O volume de consumo de energia para fins industriais vem aumentando em relação ao volume consumido para fins residenciais. O consumo industrial por ligação cresce 5,1% ao ano mostrando que as empresas estão se expandindo em um ritmo apreciável.

No setor comercial o número de ligações foi de 187 e com um consumo de 883 MWH. O volume global de energia consumida com finalidade comercial cresce cerca de 8,64% ao ano e o consumo médio de cada estabelecimento ligado eleva-se em média 3,55% ao ano, neste período. Isto mostra que o setor comercial está se expandindo em número de estabelecimentos e no tamanho

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médio do estabelecimento. Os dados analisados a partir do consumo de energia elétrica são coerentes com os da evolução do ICMS.

Os dados mostram que a energia elétrica domiciliar vem sendo disponibilizada em maior escala, fazendo diminuir significativamente o déficit de domicílios não ligados. O setor comercial e, sobretudo, o rural, em que pesa o pequeno número de estabelecimentos ligados, sugerem um processo de modernização.

Na localidade de Giqui o número de domicílios contemplados com energia elétrica é de 100%.

5.9 PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO-CULTURAL

A sede do município dispõe de abastecimento de água (CAGECE), fornecimento de energia elétrica (COELCE), serviço telefônico (TELEMAR), agência de correios e telégrafos (ECT), serviço bancário, hospitais e escolas.

A principal atividade econômica reside na agricultura, com as culturas de subsistência de feijão, milho, mandioca e, secundariamente, monocultura de algodão, cana-de-açúcar, castanha de caju e frutas diversas. Destacam-se criações de bovinos, ovinos, suínos e aves. O extrativismo vegetal sobressai com a fabricação de carvão vegetal, extração de madeiras diversas para lenha e construção de cercas, além de atividades com oiticica e carnaúba. O artesanato de redes, sacolas, artigos de couro e bordados é difundido no município.

De acordo com dados do IPLANCE, em 2002, a estrutura setorial do PIB do município de Jaguaruana tinha como principal atividade econômica aquelas vinculadas ao setor terciário, cuja participação chegava a 57,7% na formação do PIB, seguindo-se o setor primário (11,0%) e secundário (31,3%). Em 2002, o PIB per capita do município atingiu R$ 2.222,00, menor que a do per capita estadual que foi de R$ 3.129,00. A cidade de Jaguaruana dispõe atualmente de duas agências bancárias para as transações financeiras.

Um prognóstico da economia municipal pode ser efetivado mediante as atividades prioritárias definidas pelo Banco do Nordeste para financiamento. Conforme estas instituições estão cotadas como de alta prioridade para financiamento, as atividades ligadas aos seguintes subsetores da economia: agricultura – cultivo de arroz irrigado, feijão irrigado e fruticultura irrigada; pecuária – avicultura de corte e postura; suinocultura; caprinocultura de corte semi-intensiva; caprinocultura de leite intensiva e semi-intensiva; ovinocultura extensiva; e apicultura fixa; agroindústria – fabricação de produtos de laticínio, exceto leite; beneficiamento de mel de abelha; conservas de frutas e hortaliças e sucos de frutas e hortaliças.

Uma apreciação sobre o padrão de renda da população pode ser abordada mediante a análise da distribuição de renda. Dados do último recenseamento do IBGE, em 2002, para a sede municipal de Jaguaruana, confirmam que 87,26% dos chefes de domicílio recebiam uma renda mensal

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média de até dois salários mínimos, comprovando o baixo nível de renda da população. Ressalta-se, entretanto, que os chefes de domicílios que não contavam com rendimentos não foram aqui computados, mostrando que o problema de concentração de renda é ainda mais acentuado.

Outro fator que influencia na capacidade e disposição da população de arcar com os custos dos serviços de saneamento diz respeito ao seu nível de instrução. Em 2000, a taxa de analfabetismo da população do município atingia um percentual de 67,39% entre o total de pessoas maiores de cinco anos de idade. Com relação à sede municipal, os índices são mais moderados, indicando que 35,36% da população são constituídas por analfabetos.

Finalmente, surge como importante parâmetro para análise da qualidade de vida e o progresso humano de populações, o Índice de Desenvolvimento Humano, que leva em conta para o seu cálculo, além do PIB “per capita”, variáveis como expectativa de vida, longevidade e nível educacional. Para o município de Jaguaruana o IDH-M em 2000, foi de 0,654, índice considerado baixo.

A comunidade de Giqui sobrevive basicamente da agricultura de subsistência. Uma parte da população são funcionários públicos e outra parte é de aposentados.

5.10 PERFIL INDUSTRIAL

A base do setor industrial tradicional do Município de Jaguaruana revela a persistência de explorações nos campos da extração mineral e indústrias de transformação.

Os estabelecimentos industriais do município em 2004 eram em número de 86 indústrias, com 4 voltadas para atividades de extração mineral, e 82 vinculadas a atividades de transformação industrial.

Estudo recente identifica que as indústrias tradicionais no Município vem apresentando mal desempenho, e que se trata de indústrias que já tiveram uma posição destacada na economia regional. Isto leva à necessidade de formulação de providências tendentes à recuperação da sua competitividade no mercado, como fator importante de estímulo à economia do Município.

A comunidade de Giqui não tem indústrias instaladas.

5.11 OUTROS PROGRAMAS

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC) desde 2000 vem efetuando um projeto de avaliação e controle da doença de chagas no município de Jaguaruana.

Programa do Governo do Ceará voltado ao desenvolvimento social do Estado, com financiamento do BID, o Programa de Apoio às Reformas Sociais para o Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes - (PROARES) objetiva o atendimento a crianças e adolescentes que estejam fora da escola, desnutridas,

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nas ruas, em convivência com as drogas, prostituição, dentre outros riscos que podem comprometer a sua sobrevivência ou desenvolvimento.

O projeto de Redução do Analfabetismo de Jovens e Adultos realizado pela Secretária de Educação do Estado de Ceará - Seduc.

Programa Habitacional e de Estruturação Urbana do Governo de Ceará, vem promover condições adequadas de habitabilidade através da intervenção em áreas precárias e de risco social e ambiental, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida da população como também promover uma melhor qualificação dos municípios do Estado do Ceará, através do ordenamento do seu espaço físico e territorial e da elaboração, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos necessários ao seu desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Prosaneamento II tem como objetivo promover a melhoria das condições de saúde e de qualidade de vida da população, por meio de ações de saneamento, integradas e articuladas com outras políticas setoriais, através de empreendimentos destinados ao aumento e melhoria da cobertura dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana, tratamento e disposição final de resíduos sólidos e estudos e projetos.

5.12 ESTUDO DE MERCADO

Segundo informações do presidente da associação, Sr. Luis Monteiro Ribeiro, os moradores da comunidade de Giqui estão cientes da inserção da localidade no Programa de Saneamento Básico Ceará II – KFW II, concordando com as alterações e reformas necessárias ao sistema de abastecimento de água existente a serem dimensionadas e executadas.

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6 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE SANEAMENTO BÁSICO EXISTENTE

6.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Durante a visita técnica realizada pela equipe do consórcio entre as empresas CONCREMAT/APOENATEC em 11 de Maio de 2007, ficou constatado que a comunidade de Giqui, localizada no município de Jaguaruana/CE, dispõe de um sistema de abastecimento de água implantado pelo Programa “Projeto São José”, do Governo do Estado do Ceará. Conforme apurado, o sistema é administrado pela Associação de Moradores de Giqui, que cobra uma taxa mensal de R$ 3,00 (três reais) por ligação domiciliar, para manutenção e operação do mesmo.

O abastecimento da localidade ocorre a partir da captação feita em um poço situado a 1,00km da comunidade. De acordo com o Relatório de Diagnóstico Técnico da Localidade de Giqui, emitido pela CAGECE, a água é captada por um conjunto motor-bomba centrífuga, que recalca a água para o reservatório elevado existente (REL-01). A adutora de água bruta, constituída de tubos de PVC DN 75 mm, possui extensão total de 1.000,00m.

O reservatório elevado (REL-01), com capacidade de 20,00m³ e fuste de 6,00m, encontra-se em péssimas condições de conservação, apresentando rachaduras e fissuras, além de uma coloração escura oriunda da presença de ferro na água, gerando uma acentuada oxidação de sua armação.

O sistema operante garante o fornecimento de água a 158 famílias da comunidade, de um total de 222 famílias. A rede de distribuição, de tubos de PVC PBA CL-12 DN 50mm, possui extensão total de 1.022,00m, sendo a interligação com os imóveis feita através de ligações domiciliares.

De acordo com informações do operador do sistema, a água fornecida à população não sofre tratamento físico-químico. Ademais, em boa parte do dia, não chega água nas torneiras das residências, e quando chega, não há pressões e vazões adequadas; sendo este fato atribuído ao entupimento das tubulações por raízes carreadas pela água do rio.

6.1.1 Manancial

O manancial utilizado no sistema é subterrâneo e sua água é má qualidade.

6.1.2 Captação

A captação do sistema de abastecimento de água de Giqui é feita em um poço, situado a 1,00km da localidade, através de um conjunto motor-bomba do tipo centrífuga horizontal. A água captada é recalcada para o filtro descendente.

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6.1.3 Estação Elevatória de Água

Inexistem outros sistemas de bombeamento, além da estação elevatória de água bruta (EEAB) descrita no item anterior.

6.1.4 Adução

A água captada do poço é conduzida ao REL-01 através de uma adutora de água bruta (AAB), constituída por 1.000,00m de tubos PVC PBA CL-12 DN 75 mm. Ao longo da linha de adução, inexistem equipamentos de controle e proteção instalados. A exemplo da rede de distribuição, a tubulação da adutora foi assentada em valas de 60 cm de profundidade.

6.1.5 Estação de Tratamento de Água - ETA

A água distribuída à população de Giqui não sofre qualquer tipo de tratamento.

6.1.6 Reservação

O sistema de reservação se restringe ao reservatório elevado (REL-01), que tem a função de garantir o volume e a pressão necessários para que a rede de distribuição opere sobre os padrões ideais de funcionamento.

Com capacidade de 20,00m³ e fuste de 6,00m, a estrutura do REL-01 se encontra comprometida devido às péssimas condições de conservação, apresentando rachaduras, fissuras e uma coloração escura em suas paredes; esta se deve à concentração elevada de ferro na água bruta, que entre outras conseqüências, pode causar sabor amargo, coloração amarelada e turva na água, incrustações, etc.

6.1.7 Rede de Distribuição

A rede de distribuição existente é constituída de tubos PVC PBA CL-12 DN 50 mm e possui extensão total de 1.022,00m.

De acordo com os moradores da localidade que trabalharam nas obras de assentamento da rede, as valas foram escavadas a uma profundidade de 60 cm da superfície do terreno, não possuindo, portanto, o recobrimento mínimo exigido pela CAGECE; o que justifica o não aproveitamento da rede de distribuição existente no sistema projetado.

6.1.8 Ligações Prediais

A interligação entre a rede de distribuição e os 158 imóveis atendidos na localidade é feita através de ligações domiciliares não hidrometradas.

6.2 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Não existe sistema de esgotamento sanitário na localidade de Giqui.

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6.3 ASPECTOS INSTITUCIONAIS

6.3.1 Características do Órgão Operador - Local

O sistema é gerenciado pelos próprios moradores da comunidade de Giqui.

6.3.2 Do Sistema de Operação e Manutenção - Local

A manutenção e a operação do sistema ficam a cargo de um morador da localidade, com recursos da Associação dos Moradores de Giqui.

6.3.3 Do Sistema Comercial - Local

A gestão comercial do sistema de abastecimento de água fica a cargo da Associação dos Moradores de Giqui. Não há classificação da economia, tampouco cadastro das unidades usuárias.

6.3.4 Do Sistema Financeiro - Local

Conforme apurado, é cobrada uma taxa mensal de R$3,00 (três reais) por ligação domiciliar. As contas de energia elétrica do sistema são pagas pela Prefeitura de Jaguaruana.

6.3.5 Do Sistema Administrativo - Local

Não existe um sistema administrativo implantado.

6.3.6 Indicadores de Gestão

• De Cobertura e de Atendimento

� O nível de atendimento dos moradores é de 71,2%, sendo atendidos 158 imóveis de um total de 222 existentes na localidade.

• De Continuidade

� O sistema opera em regime de 12 horas, sendo as operações de ligamento e desligamento realizadas pelo operador do sistema.

• De Qualidade

� Não existem sistemas de monitoramento e análise da qualidade da água distribuída.

• De Custos e Tarifas

� Existe tarifação da água utilizada no sistema, sendo cobrados R$ 3,00 (três reais) por mês.

• De Eficiência e Produtividade

� Não existem dados relacionados.

6.4 CONCLUSÕES

A partir das observações à cerca do sistema existente, foi possível tirar as seguintes conclusões:

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• O sistema de abastecimento de água operante se mostra ineficiente, tendo em vista que não atende a 28,8% dos imóveis da localidade, ou seja, 64 unidades de um total de 222 imóveis. Ademais, a água fornecida à população não é submetida a tratamento e as unidades operacionais existentes estão em péssimo estado de conservação.

• O reservatório elevado (REL-01) apresenta desgaste em sua estrutura, evidenciado pelas inúmeras fissuras e rachaduras, não devendo ser aproveitado no dimensionamento do sistema proposto;

• A tubulação da adutora apresenta recobrimento de 60 cm da superfície do terreno à geratriz inferior da tubulação, não sendo compatível com os parâmetros e cálculos efetuados para o dimensionamento do sistema proposto, portanto, não será aproveitada;

• A rede de distribuição também se encontra a 60 cm da superfície do terreno, não devendo ser aproveitada no sistema proposto;

• Os poços PT-01 e PT-02 possuem vazões adequadas às demandas da população, devendo ser utilizados como mananciais de captação no dimensionamento do sistema proposto.

A conclusão final aponta para a implantação de um novo sistema de abastecimento na localidade de Giqui, não se prevendo o aproveitamento das unidades do sistema existente, que se encontra defasado em relação às demandas de volume e vazões exigidas pela localidade.

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7 ELEMENTOS PARA CONCEPÇÃO DO SISTEMA

7.1 LEVANTAMENTO DE ESTUDOS E PLANOS EXISTENTES

Não existem estudos desenvolvidos, programas previstos ou implantados que interfiram na determinação dos parâmetros de dimensionamento do projeto do sistema de abastecimento de água na localidade de Giqui ou na implantação das unidades proposta no presente projeto.

Os habitantes de Giqui, representados pela Associação de Moradores local, estão cientes da inserção do distrito no Programa de Saneamento Básico Ceará II – KfW II, concordam e auxiliam no desenvolvimento das etapas e atividades previstas para a implantação de um novo sistema de abastecimento de água.

7.2 PARÂMETROS DE PROJETO

De acordo com as recomendações técnicas definidas pela CAGECE, os parâmetros a serem considerados no dimensionamento das unidades constituintes do novo sistema de abastecimento de água de Giqui são:

• Alcance do plano.....................................................................20 anos

• Consumo per capita (q)......................................................100 ℓ/hab.d

• Número de habitantes estimado por imóvel..................................4,54

• Coeficiente de demanda diária máxima (k1)..................................1,20

• Coeficiente de demanda horária máxima (k2)................................1,50

• Perda de carga máxima admissível.......................................8,0 m/km

• Pressão estática máxima..........................................................40 mca

• Pressão dinâmica mínima.........................................................10 mca

• Tempo de bombeamento da EEAB-01...................................19 horas

• Tempo de bombeamento da EEAB-02...................................19 horas

• Índice de atendimento................................................................100 %

7.3 ESTIMATIVA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL

7.3.1 Considerações Iniciais

Certamente o principal parâmetro de projeto de um sistema de abastecimento de água, ou mesmo de qualquer outro tipo de sistema, é a vazão de dimensionamento a ser adotada no desenvolvimento dos trabalhos. Este parâmetro, apesar de importante, carrega certo grau de incerteza, porquanto o

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mesmo está intimamente relacionado à população a ser atendida na área de projeto.

A incerteza no cálculo das vazões está relacionada às incertezas decorrentes da necessidade de se estimar populações futuras para uma determinada localidade, uma vez que obras de infra-estrutura urbana, como é o caso de um sistema de abastecimento de água, são implantadas para atender cenário diferente daquele que se verifica no momento em que o projeto é elaborado.

Devido à importância de se estimar populações de forma adequada à realidade e perspectivas de crescimento da área de projeto, faz necessário analisar dados censitários fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, conjuntamente com informações relacionadas à economia regional, perfil sócio-cultural da localidade, como também, considerar as recomendações técnicas fornecidas pelos órgãos competentes.

Para o caso do projeto em questão, a CAGECE traçou diretrizes para nortear o desenvolvimento do estudo de crescimento populacional. Consoante a companhia de saneamento, deverão ser consideradas as taxas de crescimento verificadas no censo de ano 2000, observando as seguintes restrições:

• Considerar a taxa de crescimento mínima de 2,00% ao ano, mesmo quando o valor observado no Censo do IBGE for inferior a este;

• Considerar a taxa de crescimento máxima de 3,50% ao ano, mesmo quando o valor observado no Censo do IBGE for superior a este.

Observando-se a tabela do Censo Demográfico do IBGE/2000, a taxa de crescimento populacional para a comunidade de Giqui é de 2,00% a.a., devendo-se aplicar esse valor sobre a população atual estimada, a fim de se obter a projeção demográfica para o horizonte de 20 anos.

7.3.2 Dados de Referência

A população residente atual e futura da localidade de Giqui foram estimados com base nos dados coletados em levantamento topográfico semi-cadastral realizado pela equipe de topografia no ano de 2010. Baseado nesses dados estimou-se para o ano de 2012. Para o ano atual foram cadastrados 245 imóveis na localidade, considerando a taxa de ocupação recomendada pela CAGECE, pode estimar que, no ano de 2012, Giqui possui aproximadamente 1.113 habitantes.

7.3.3 Método de Cálculo

A projeção populacional para a localidade de Giqui foi estimada empregando-se o modelo matemático de crescimento populacional denominado Método Geométrico. Por este método, pressupõe-se que o crescimento da população é proporcional à população existente em um determinado ano. A

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formulação matemática do Método Geométrico pode ser expressa na forma da Equação 7.1.

Pn =Pn-1⋅ek g⋅(tn

�tn�1) (7.1)

Em que:

Pn: população no ano “n”;

Pn-1: população no ano “n-1”;

kg: taxa de crescimento geométrico;

tn: ano “n”;

7.3.4 Projeção populacional

Como mencionado na seção anterior, pelo Método Geométrico, a população futura de uma determinada localidade é proporcional a uma população de referência adotada para o local.

Para o presente caso adotou-se como a constante de proporcionalidade, normalmente denominada de taxa de crescimento geométrico, valor sugerido pela CAGECE, uma vez que, segundos os dados publicados pelo IBGE, a taxa de crescimento geométrico da população de Giqui entre os anos de 1991 e 2000 foi de 2,00%.

Adotou-se, também, como população de referência a do ano de 2012, que foi estimada com base nas informações obtidas pelo levantamento topográfico semi-cadastral realizado na localidade no ano de 2010.

A Tabela 7 .2 apresenta a evolução anual do número de habitantes de Giqui, estimada pelo Método Geométrico para os 20 anos considerados como horizonte do presente projeto.

Tabela 7.2 – Projeção populacional pelo Método Geométrico para a localidade de Giqui para taxa de crescimento geométrico (Kg) de 2,00%

Ano População residente Ano População

residente

2011 1.092 2022 1.3562012 1.113 2023 1.3832013 1.135 2024 1.4112014 1.158 2025 1.4392015 1.181 2026 1.4682016 1.205 2027 1.4972017 1.229 2028 1.5272018 1.254 2029 1.5582019 1.279 2030 1.5892020 1305 2031 1.6242021 1.331 2032 1.654

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7.4 VAZÕES E VOLUMES DE RESERVAÇÃO DO SISTEMA

7.4.1 Vazões de Adução de Água Bruta

Segundo Relatório Técnico fornecido pela Gerência de Meio Ambiente (GEMAM), os poços tubulares PT-01 e PT-02 que abastecerão a localidade de Giqui não deverão ser operados por tempo superior a 19 horas diárias, desta forma, convencionou-se no presente projeto que o tempo de operação da captação de água bruta para final de plano deverá ser de 19 horas.

Empregando a Equação 7.2 e substituindo os parâmetros apresentados nesta e nas seções anteriores, obtemos as vazões de adução de água bruta para início (ano de 2012), meio (ano de 2022) e final de plano (ano de 2032)

QADT-AB=(k 1⋅q⋅P)⋅(1+i P )

3 .600⋅top

(7.2)

Em que:

QADT-AB: vazão de adução de água bruta (ℓ/s);

P: número de habitantes (hab);

k1: coeficiente de demanda diária máxima (1,2);

q: consumo per capita (100 ℓ/hab.d);

iP: índice de perdas (0%)

top: tempo de operação do poços (19 h).

Os 2 poços apresentam uma vazão de 11,03m³/h atendendo a demanda da população para final de plano.

Para atender as condições de exploração dos poços, a vazão de captação de água bruta será limitada em 11,03 m³/h e o tempo de operação dos conjuntos motor-bomba não deverão exceder 19 horas, como preconizado pelo Relatório Técnico fornecido pela Gerência de Meio Ambiente da CAGECE.

7.4.2 Vazões de Distribuição

As vazões de projeto da rede de distribuição da localidade de Giqui foram calculadas considerando índice de atendimento de 100% dos imóveis da localidade. Nos cálculos foi empregada a Equação 7.4, assim como os parâmetros de projeto apresentados nas seções anteriores. A Tabela 7 .3 apresenta as vazões de dimensionamento da rede de distribuição das duas zonas de pressão do sistema de abastecimento de água da localidade.

QREDE=(k 1⋅k 2⋅q⋅P)86 . 400

(7.4)

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Em que:

QREDE: vazão de projeto da rede de distribuição de água tratada (ℓ/s);

P: número de habitantes (hab);

k1: coeficiente de demanda diária máxima (1,2);

k2: coeficiente de demanda horária máxima (1,5);

q: consumo per capita (100 ℓ/hab.d);

Tabela 7.3 – Vazões de projeto da rede de distribuição de água tratada da localidade de Giqui

7.4.3 Volumes de reservação do sistema

Os volumes de reservação necessários para atendimento da demanda populacional da localidade de Giqui foram calculados empregando-se a Equação 7.5 e os parâmetros de projeto apresentados nas seções anteriores.

V RSV=13⋅(k 1⋅q⋅P )⋅(1+iP )

1.000(7.5)

Em que:

VRSV: volume mínimo de reservação do sistema (m³);

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ANO POPULAÇÃO (hab.) AAB (l/s e m³/h) AAT (l/s e m³/h) Reservação (m³)2012 1113 2,43 8,76 2,43 8,76 46,742013 1135 2,48 8,94 2,48 8,94 47,672014 1158 2,53 9,12 2,53 9,12 48,622015 1181 2,58 9,30 2,58 9,30 49,602016 1205 2,63 9,49 2,63 9,49 50,592017 1229 2,69 9,68 2,69 9,68 51,602018 1253 2,74 9,87 2,74 9,87 52,632019 1278 2,80 10,07 2,80 10,07 53,692020 1304 2,85 10,27 2,85 10,27 54,762021 1330 2,91 10,47 2,91 10,47 55,852022 1356 2,97 10,68 2,97 10,68 56,972023 1384 2,55 9,18 2,55 9,18 58,112024 1411 2,60 9,36 2,60 9,36 59,272025 1440 2,65 9,55 2,65 9,55 60,462026 1468 2,70 9,74 2,70 9,74 61,672027 1498 2,76 9,93 2,76 9,93 62,902028 1528 2,81 10,13 2,81 10,13 64,162029 1558 2,87 10,33 2,87 10,33 65,442030 1589 2,93 10,54 2,93 10,54 66,752031 1621 2,99 10,75 2,99 10,75 68,09

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P: número de habitantes (hab);

k1: coeficiente de demanda diária máxima (1,2);

q: consumo per capita (100 ℓ/hab.d);

iP: índice de perdas no sistema (0%).

A Tabela 7 .4 apresenta os volumes mínimos de reservação calculados para o sistema de abastecimento de água da localidade de Giqui.

Tabela 7.4 – Volume mínimos de reservação para o sistema de abastecimento da localidade de Giqui

O volume de reservação proposto é de 70,00m³, que permite atender a demanda a máxima para fim de plano, sendo um reservatório elevado com volume de 50m³ e um reservatório apoiado com volume de 20m³.

7.5 RESULTADOS DA VISTORIA TÉCNICA E ESTUDO DE CONCE PÇÃO

Na vistoria técnica pode se observar que não há dificuldades técnicas, sociais, administrativas ou financeiras para a implantação de um sistema de abastecimento de água na localidade de Giqui.

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ANO POPULAÇÃO (hab.) Reservação (m³)2012 1113 46,742013 1135 47,672014 1158 48,622015 1181 49,602016 1205 50,592017 1229 51,602018 1253 52,632019 1278 53,692020 1304 54,762021 1330 55,852022 1356 56,972023 1384 58,112024 1411 59,272025 1440 60,462026 1468 61,672027 1498 62,902028 1528 64,162029 1558 65,442030 1589 66,752031 1621 68,09

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Durante o estudo de concepção foi proposto uma única alternativa para o sistema de abastecimento de água da localidade de Giqui, que atenderá toda a localidade.

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8 DESCRIÇÃO E DETALHAMENTO DO SISTEMA PROPOSTO

8.1 DESCRIÇÃO GERAL DO SISTEMA

O sistema de abastecimento de água na localidade de Giqui será composto por captação em dois poços tubulares (PT-01 e PT-02), adução de água bruta, tratamento de água (Casa de química), reservatório apoiado (RAP), reservatório elevado (REL) e rede de distribuição.

A água bruta bombeada dos poços por bombas submersas centrífuga, será conduzida por meio de uma adutora ao Filtro Descendente.

A reservação do sistema será composta por um reservatório elevado de 50m³ e fuste de 11,00m e um reservatório apoiado de 20m³.

8.2 DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DO SISTEMA DE ABASTECIMEN TO DE ÁGUA PROPOSTO

8.2.1 Manancial

O manancial utilizado no sistema proposto de Giqui é o subterrâneo. A capacidade de atendimento dos 2 poços é de 11,03 m³/h.

Nas proximidades dos poços não há nenhuma fonte poluidora, que possa interferir na qualidade da água.

De acordo com o relatório técnico dos poços, apresentado em anexo, a vazão dos poços e seu tempo máximo de bombeamento estão apresentados na Tabela 8 .5.

Tabela 8.5 – capacidade de atendimento dos poços

Poço Vazão (m³/h) Tempo de Bombeamento ( h)

PT-01 3,50 19

PT-02 7,53 19

Os poços estão localizados na própria localidade e são de fáceis acesso.

8.2.2 Captação

Conforme orientações da CAGECE, a captação utilizada no projeto trata-se de 2 poços tubulares, denominados de PT-01 e PT-02.

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Há telefone e rede elétrica trifásica nas proximidades de todos os poços, como pode ser observado durante a visita técnica e no levantamento topográfico e semi cadastral realizado. Os poços são de fáceis acesso.

Para o revestimento dos poços foram utilizados tubos e filtros de PVC do tipo Geomecânico Standard 6” com ranhura de 0,75mm. Em nenhum dos poços há equipamentos de bombeamento.

O poço tubular PT-01, segundo Relatório Técnico da Gerência do Meio Ambiente (GEMAM) da CAGECE, a capacidade de exploração do poço está limitada em 3,50 m³/h (0,97 ℓ/s), com períodos de operação não superiores a 19 horas.

O poço tubular PT-02, segundo Relatório Técnico da Gerência do Meio Ambiente (GEMAM) da CAGECE, a capacidade de exploração do poço está limitada em 7,53 m³/h (2,09 ℓ/s), com períodos de operação não superiores a 19 horas.

A captação de água bruta do sistema de abastecimento de água de Giqui dar-se-á por meio de 2 conjuntos motor-bomba submerso, instalados no 2 poços tubulares existentes, cujas principais características foram descritas na seção anterior.

A Tabela 8 .6 apresenta as principais características do conjunto motor-bomba selecionado.

Tabela 8.6 – Características principais do conjunto motor-bomba submerso, selecionado para captação de água dos poços de Giqui

Ano DescriçãoTempo de Operação

(h)

Vazão de Bombeamento

(m³/h)

Altura Manométrica

(mca)

PotênciaNominal

(CV)

EEAB-01 2022

BombaSubmersa

19 3,50 35,61 1,00

2032 19 3,50 36,09 1,00

EEAB-02 2022 19 7,24 36,77 2,50

2032 19 7,53 37,24 2,50

8.2.3 Adução

O sistema de abastecimento de água de Giqui contará com duas adutoras de água bruta (AAB-01 e AAB-02). A Tabela 8 .7 apresenta as principais características das linhas projetadas.

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Tabela 8.7 – Características principais das adutoras de água bruta (AAB-01 e AAB-02)

Unidade Percurso Material Diâmetro Comprimento

AAB-01 PT-01 → AAB-02 PVC PBA 50 mm 50,00 m

AAB-02 PT-02 → ETA PVC PBA 75 mm 1.290,00 m

A adutora de água bruta AAB-01, com cerca de 50,00 m, será responsável pela condução de água do poço tubular PT-01 até o injetamento da AAB-02. O diâmetro da adutora foi definido como 50mm com o emprego na fórmula de Bresse e os materiais empregados na linha serão tubos de PVC PBA CL-12.

A adutora de água bruta AAB-02, com cerca de 1.290,00 m, será responsável pela condução de água do poço tubular PT-02 ao Filtro Descendente. O diâmetro da adutora foi definido como 75 mm com o emprego da fórmula de Bresse e os materiais empregados na linha serão tubos de PVC PBA CL-15.

8.2.4 Estação de Tratamento de Água

Com base nos resultados apresentados na Ficha de Análise de Águas e nas recomendações técnicas do Engenheiro Manoel Sales, gerente do GEPED e da Engenheira Ana Maria Roberto, da GPROJ, adotou-se a simples desinfecção com o hidrogerox e um fitro descendente, como produtos químicos para tratamento da água do sistema de abastecimento de água de Giqui.

Após receber os produtos químicos, a água bruta será encaminhada para o Filtro Descendente, deste para o reservatório apoiado, posteriormente é recalcado para o reservatório elevado, por fim levando a rede de distribuição.

A água fornecida para a comunidade deverá ser submetida a desinfecção.

Já para a desinfecção, a solução com cloro (hidrogerox) será aplicada no reservatório apoiado projetado. Toda água distribuída deve ser desinfetada e apresentar residual da desinfecção nos pontos de consumo. Com residual da desinfecção nos vários pontos do sistema de abastecimento tem-se condições de destruir pequenas concentrações de microorganismos que porventura venham a penetrar no sistema.

A aplicação das soluções se dará através de bombas dosadoras que podem ser do tipo pistão ou diafragma. Para cada produto químico previsto de utilização, considerou-se dois tanques de dosagem providos de bomba dosadora, sendo cada um deles com capacidade para uma jornada, de forma que se tenha sempre um tanque com preparo de solução e outro utilizado para a dosagem.

As dosagens dos produtos químicos estão apresentadas no memorial de cálculo. É importante ressaltar que os valores de dosagem dos produtos químicos

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são dados de dosagem baseados em parâmetros conhecidos, podendo ser alterado pelo operador do sistema, de acordo com as possíveis modificações da água ou condições ambientais, ao longo dos anos.

Foi projetada uma edificação chamada no projeto de casa de química, para armazenamento dos produtos químicos a serem utilizados e para preparo das soluções necessárias. O armazenamento dos produtos químicos será feito em um compartimento provido de assoalho (estrado) de madeira e porta de correr. Para preparo das soluções previu-se quadro conjuntos (kits), sendo dois para cada um dos dois produtos químicos necessários.

Em anexo encontra-se um roteiro elaborado com o intuito de fornecer Diretrizes para Operação e Manutenção da ETA.

Em anexo, encontra-se Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) que descreve os cuidados com acondicionamento e manuseio dos produtos químicos.

8.2.5 Reservação

O sistema de abastecimento de água proposto para a localidade de Giqui contará com um reservatório do tipo elevado e um reservatório do tipo apoiado.. As principais características desta unidade são apresentadas na Tabela 8 .8.

Tabela 8.8 – Características principais do reservatório elevado REL do sistema de abastecimento de água de Giqui

Parâmetros REL RAP

Material: Concreto Concreto

Comprimento (L): 3,90 m 5,00 m

Largura (W): 3,90 m 2,20 m

Altura útil (Hútil): 3,29 m 1,82 mDiâmetro da tubulação de entrada: 100 mm 100 mm

Volume Útil 50,00 m³ 20,00 m³Diâmetro da tubulação de saída: 100 mm 100 mm

Diâmetro do extravasor: 100 mm 100 mm

Nível d’água mínimo: 65,15 m 54,15 m

Nível d’água máximo: 68,24 m 54,95 m

Fuste 11,00 m -

Na saída do reservatório elevado para a rede de distribuição deverá ser instalado um macromedidor.

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8.2.6 Rede de Distribuição

A rede de distribuição foi projetada para atender todos os imóveis atuais e futuros da localidade com pressões variando dentro da faixa estabelecida, isto é, entre 10 mca e 40 mca.

A Tabela 8 .9 apresenta resumidamente as características da rede de distribuição projetada para a localidade de Giqui.

Tabela 8.9 – Características principais da rede de distribuição de água do sistema de abastecimento de água de Giqui

Diâmetro Material Comprimentos

50 mm PVC PBA 2.357,00 m

75 mm PVC PBA 413,00 m

8.2.7 Ligações Prediais

Todos os imóveis da localidade de Giqui serão contemplados com ligações domiciliares (padrão CAGECE) interligadas à rede de distribuição de água tratada, alcançando índice de atendimento de 100%. A execução das ligações domiciliares consiste na instalação de cavalete, colar de tomada, tubos de polietileno com adaptador para PVC, hidrômetro e caixa de proteção padronizada.

Estima-se pela projeção populacional elaborada no presente projeto, que se o sistema proposto entrasse em operação no ano de 2012 seriam efetuadas aproximadamente 245 ligações. A previsão para final de plano (2032) é a execução de 364 ligações.

8.3 AUTOMATISMOS PREVISTOS PARA O SISTEMA DE ABASTEC IMENTO DE ÁGUA PROPOSTO

Os automatismos previstos para o sistema de abastecimento de água da localidade de Giqui têm por objetivo controlar o acionamento e desacionamento dos conjuntos motor-bombas que alimentam o sistema. Deste modo, são propostos os seguintes sistemas de controle:

1. Controle do sistema de dosagem dos produtos químicos: as bombas dosadoras instaladas na casa de química deverão ser acionadas sempre que o conjunto motor-bomba do poço artesiano entrar em operação;

8.4 EQUIPES DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

O sistema deverá operar com dois funcionários, que serão responsáveis pela vigilância dos equipamentos da captação, pela operação da unidade de tratamento de água, além das operações de manobra dos registros da rede de distribuição.

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8.5 ETAPAS DE CONSTRUÇÃO

O sistema de abastecimento de água de Giqui será implantado em uma única etapa, com prazo de conclusão das obras estimado em 180 dias.

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9 FICHA AMBIENTAL

9.1 INFORMAÇÕES GERAIS DO PROJETO

9.1.1 Informações do Agente Executor

Agente Executor: CAGECE – Companhia de Água e Esgoto do Ceará.

Atividade: Sociedade de economia mista de capital aberto que tem por finalidade a prestação dos serviços de água e esgoto em todo o Estado do Ceará, atualmente presente em 243 localidades do Estado, dentre as quais 149 municípios.

CNPJ: 07.040.108/0001-57

Endereço: Rua Dr. Lauro Vieira Chaves, 1030 – Aeroporto – Fortaleza/CE; CEP: 60.420-280.

Fones: (85) 3101.1918 / (85) 3101.1735

9.1.2 Município Beneficiário

Município/Estado: Jaguaruana –CE.

Localidade: Giqui

9.1.3 Componente

Saneamento Básico – Sistema de Abastecimento de Água

9.2 DADOS GERAIS DO PROJETO

9.2.1 Características e Componentes do Sistema Exist ente

A localidade de Giqui não possui sistema de abastecimento de água.

9.2.2 Descrição do Projeto Proposto

O sistema de abastecimento de água projetado para a localidade de Giqui será composto por captação em 2 poços tubulares, adução, tratamento, reservatório apoiado (RAP), reservatório elevado (REL) e rede de distribuição.

A água bruta bombeada dos poços será recalcada até o Filtro Descendente, onde antes da entrada no mesmo, receberá cloro (hidrogerox) para desinfecção.

Do Filtro Descendente a água irá para o reservatório apoiado, e em seguida por meio de um conjunto motobomba será recalcado para o reservatório elevado (REL).

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Do REL, a água tratada será encaminhada para a rede de distribuição, que é composta por tubos de PVC PBA com diâmetros variando de 50 e 75mm e com uma extensão de aproximadamente 2.770,00m.

9.3 DESCRIÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PRO JETO

9.3.1 Considerações Iniciais

A delimitação da área de influência de um projeto está condicionada a avaliação da amplitude das alterações físicas, químicas e biológicas impostas ao meio ambiente da região. Para definição das áreas que direta e indiretamente serão afetadas pela implantação do empreendimento, foram consideradas quaisquer formas de impacto que materiais ou energia necessários à implantação do sistema de abastecimento de água proposto possam causar à saúde, segurança e bem-estar da população, como também às atividades sócio-econômicas, condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e à qualidade dos recursos naturais.

Por se tratar de sistema de abastecimento de água de uma comunidade rural, a área de influência do empreendimento abrange a localidade contemplada com o novo sistema e o município no qual a comunidade está inserida.

De forma geral, os principais impactos negativos causados pela implantação do empreendimento à área de influência direta do projeto resumem-se dos transtornos temporários decorrentes das obras de implantação do sistema, tais como: interrupção do abastecimento de água, avarias (“buracos”) nas ruas e logradouros, geração de poeira e poluição sonora, cujos impactos e desconfortos momentâneos são em muito superados pelos diversos efeitos positivos que o novo sistema de abastecimento de água oferecerá à comunidade, como: melhor qualidade de vida, diminuição da incidência de doenças de veiculação hídrica, geração de emprego por meio da contratação de mão-de-obra local, aquecimento do comércio entre outros.

A seguir, são apresentados os principais aspectos a serem observados durante e após a implantação da infra-estrutura necessária à operacionalização do empreendimento; bem como as medidas mitigadoras propostas.

9.3.2 Manancial

O manancial utilizado para o abastecimento de água da localidade de Giqui apresenta vazão de exploração superior àquela demandada pelo sistema, desta forma, a retirada da água para fins de abastecimento público não configura um impacto ambiental, desde que cuidados primários sejam tomados para preservar a qualidade da água do aquífero, como por exemplo:

• Providenciar sinalização identificando o manancial e que a área é destinada ao abastecimento público;

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• Definir perímetro de proteção sanitária da área do manancial, principalmente próximo ao local de captação;

• Providenciar cerca de proteção da área do manancial;

• Realizar inspeções sanitárias nas cercanias do manancial para averiguar potenciais fontes poluidoras, como pastos, áreas irrigadas, lavagem de roupas etc.;

• Dotar o poço de tampa de proteção;

• Construir uma laje de proteção ao redor do poço, com declividade do centro para a borda e com as seguintes dimensões mínimas: área igual ou superior a 1,00 m² e espessura maior ou igual a 0,15 m.

9.3.3 Canteiros de Obras

Os canteiros de obra deverão ser implantados em áreas menos povoadas para que seja minimizada ou, até mesmo, evitada a circulação de máquinas e equipamentos, a emissão de ruídos, a geração de poeira, dentre outros efeitos negativos, garantindo, desta forma, que as necessidades de habitação, locomoção, trabalho, lazer entre outras, sejam apenas marginalmente impactadas. Deve-se considerar também na escolha de área para implantação de canteiros de obra a topografia da localidade, dando preferência às áreas planas, que apresentam menor sensibilidade e suscetibilidade a riscos ambientais.

Além dos cuidados relacionados à seleção de áreas para implantação dos canteiros, deverão ser tomadas as seguintes medidas mitigadoras relacionadas à instalação e operação de canteiros de obra:

• Construir o canteiro de modo a oferecer condições sanitárias e ambientais adequadas, em função do contingente de trabalhadores que aportará a obra;

• Providenciar instalações sanitárias adequadas para os operários, devendo ser implantado no canteiro de obras sistemas de esgotamento sanitários de acordo com as normas preconizadas pela ABNT;

• Adotar cores pastel para as paredes externas dos canteiros de obras, visando minimizar os efeitos de intensidade da luminosidade/claridade, o que também poderá ser atenuado pela arborização dos pátios e áreas administrativas;

• Conscientizar os trabalhadores sobre a temporalidade das obras, bem como sobre o comportamento com a população da área de entorno do empreendimento;

• Equipar a área dos canteiros de obras com sistema de segurança, em função de garantir a segurança dos trabalhadores e da população circunvizinha à área do empreendimento;

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• Instalar nos canteiros de obras uma pequena unidade de saúde, aparelhada convenientemente com equipamentos médicos para primeiros socorros, e preparar equipe de funcionários para prestar atendimento de primeiros socorros;

• Implantar sistema de coleta de lixo nas instalações dos canteiros de obras. O lixo coletado deverá ser diariamente conduzido à área de disposição final utilizada pela Prefeitura Municipal.

Além de todos os cuidados já mencionados, os horários de trabalho deverão ser disciplinados para que sejam evitados incômodos à população circunvizinha. O tráfego de veículos e equipamentos pesados na área do canteiro deverá ser controlado e devidamente sinalizado para que sejam evitados acidentes de trânsito. Não deverão ser deixados testemunhos do canteiro de obras nas áreas de entorno do empreendimento, ou seja, todos os equipamentos e instalações deverão ser removidos do local ao final da obra.

9.3.4 Unidades de Adução e de Distribuição

Obras executadas em vias públicas quase sempre causam incômodo à população, pois prejudicam o tráfego de veículos e transeuntes e muitas vezes provocam ou dão causa a acidentes. Isto ocorre não apenas pela ocupação de trecho das vias, mas principalmente pela falta de sinalização adequada.

A sinalização da área de trabalho constitui ação minimizadora e preventiva de impactos ambientais, porquanto ajuda a evitar acidentes envolvendo pessoas e veículos. Por conseguinte, a sinalização dos locais de trabalho deverão obedecer ao cronograma de execução do empreendimento, sendo mantida até a finalização da implantação da obra.

A sinalização deverá advertir os usuários quanto à existência da obra, delimitar sua área, bem como ordenar o tráfego de veículos e pedestres no contorno do empreendimento. Deverão ser providenciados dois grupos de sinais: sinalização anterior à obra e sinalização no local da obra.

No local da obra, a sinalização deverá caracterizar a obra e isolá-la, mantendo a segurança do tráfego de veículos e pedestres no seu interior. Para tanto poderão ser utilizados tapumes para o fechamento total da obra, barreiras para o fechamento parcial da obra ou grades de proteção. Toda a sinalização deverá permitir visualização diurna e noturna, para tanto devem ser empregadas tintas refletoras e iluminação.

Em se tratando de obra em arruamento existente, no local da implantação das unidades de adução e de distribuição, não será necessária a retirada da vegetação ou a intervenção em recursos d'água naturais. Contudo, ações mitigadoras deverão ser realizadas durante as atividades de escavação e re-aterro de valas, como:

• Fazer o aproveitamento, em aterros e re-aterros, do material resultante da limpeza e das sobras dos materiais escavados nas escavações /

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fundações, antes da aquisição de materiais de terceiros; evitando gerar perdas e preservando o máximo possível as feições morfológicas que são de grande significância para a paisagem local;

• Somente adquirir substâncias minerais (pedras, areias e argilas) de mineradores que possuam áreas legalizadas quanto aos aspectos minerário e ambiental, e que desenvolvam planos de controle ambiental em seus empreendimentos, visando evitar a degradação do ambiente explorado;

• Recuperar as superfícies degradadas pela mobilização de equipamentos pesados na área de influência direta do projeto.

• Fazer o controle de erosão e assoreamento, nas vias internas de circulação em leito natural utilizadas durante a ação;

Considerando-se que alguns equipamentos provocam a desestabilização das superfícies das vias públicas, principalmente daquelas que se encontram em leito natural, deve-se, sempre que necessário, fazer investigações para identificar a ocorrência de processos degradativos, viabilizando a tomada de decisão em tempo hábil.

Os resíduos gerados nas obras (entulhos, restos de tubos, outros), deverão ser conduzidos ao local de disposição final utilizado pela Prefeitura Municipal para disposição dos resíduos sólidos urbanos.

9.3.5 Edificações

As atividades relacionadas à construção de edificações são as que apresentam maior duração na fase de implantação das obras, devendo ser cercadas por medidas mitigadoras de caráter preventivo, cuja duração é equivalente à execução da referida atividade. Durante essa fase, os seguintes aspectos deverão ser obedecidos:

• Observar as normas de segurança no trabalho;

• Disciplinar os horários de trabalho e o comportamento dos operários no local das obras (área do projeto), de forma a preservar o relacionamento entre o empreendimento e a população que freqüenta sua área de influência;

• Utilizar materiais de construção civil procedentes da própria região do empreendimento, assegurando o retorno econômico para a região;

• Oferecer aos operários Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), a fim de minimizar os efeitos de possíveis acidentes de trabalhos;

• Proceder com a remoção e oferecer destino final adequado dos restos de construção e outros tipos de resíduos sólidos gerados durante esta fase;

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• Providenciar o isolamento da área do projeto, devendo esta permanecer totalmente cercada com anteparos, no sentido de mitigar os impactos visuais nesta fase do empreendimento.

9.3.6 Procedimento de Segurança e Manuseio dos Produ tos Químicos

A concessionária ou órgão responsável pela operação do sistema de abastecimento de água deverá elaborar e implantar orientações básicas de segurança relacionadas ao manuseio de produtos químicos, sempre considerando as normas de segurança do trabalho e a legislação ambiental. Os procedimentos mínimos que deverão ser implantados compreendem:

• Obrigatoriedade de uso de equipamentos de segurança individuais e coletivos;

• Posições de segurança para a execução de determinadas tarefas como manobras de válvulas, levantamento de pesos etc.;

• Procedimentos para a manipulação de produtos químicos;

• Primeiros auxílios para afogamentos, intoxicação com produtos químicos e acidentes com eletricidade.

• Todos os equipamentos deverão ter linha a terra;

• Quando existam subestações transformadoras de energia elétrica e cabines primárias, todas as partes metálicas e não destinadas à condução de energia elétrica devem ter linha a terra;

• Qualquer interrupção dos circuitos de terra deverá ser comunicada para sua rápida correção;

• Não poderá faltar na ETA elementos de segurança individual como: luvas, botas, abrigos e máscaras contra gases;

• É recomendável existir na ETA um lava-olhos e uma máscara autônoma com cilindro de oxigênio;

• Deverão ser elaboradas instruções de combate a incêndios, especificando o uso correto dos extintores em cada tipo de situação, equipamento ou instalação.

No caso de acidente com cloro, deverão ser observados os seguintes pontos:

• Se os olhos forem alcançados com cloro líquido, deverão ser lavados durante quinze minutos com abundância de água da torneira mais próxima (se possível, um lava-olhos);

• Tomar cuidado em manter as pupilas abertas durante a lavagem, para assegurar que todo o cloro que entrou seja retirado. Em seguida, procurar um médico. Não aplicar colírios, óleos ou pomadas nos olhos sem que sejam prescritos por este;

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• Se a pele for alcançada por cloro líquido, lavá-la com água e sabão durante quinze minutos. Em seguida procurar um médico para que seja prescrito um creme ou pomada;

• Se o cloro líquido penetra na boca, deve ser feito enxágües com água da torneira mais próxima durante quinze minutos, trocando a água pelo menos 10 vezes por minuto.

9.3.7 Lodos da Estação de Tratamento de Água

O destino comumente adotado para os resíduos gerados em estações de tratamento de água tem sido o curso d’água mais próximo, frequentemente, a própria fonte de água bruta processada na ETA. Entretanto, a crescente preocupação e a regulamentação acerca da preservação ou recuperação da qualidade do meio ambiente, têm restringido ou mesmo proibido o uso deste método de disposição, impondo a procura por outras tecnologias que não ou pouco interfiram com o meio ambiente.

O destino da água para descarga do Reservatório será o aterro sanitário. O aterro sanitário é a colocação controlada no terreno, sujeita a regulamentação legal. Para a disposição em um aterro o lodo deve estar adequadamente desidratado (não contendo água livre) com concentração de sólidos na faixa de 20% a 25%.

A influência indireta da correta disposição dos resíduos gerados na área de tratamento é cercada de subjetividade, todavia, reflexos positivos na saúde pública e na situação econômica da população podem ser observados, como: menor incidência de doenças de veiculação hídrica, redução da mortalidade infantil, aumento da produtividade e da vida média da população, redução dos custos hospitalares etc.

9.4 SITUAÇÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL E OUTORGA

A Licença Prévia do empreendimento foi emitida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará – SEMACE, conforme documentação apresentada em anexo.

9.5 CLASSIFICAÇÃO AMBIENTAL DO PROJETO (GRUPO I, II OU III) E RESPECTIVOS ESTUDOS AMBIENTAIS

Considerando-se a natureza e a magnitude dos impactos ambientais do projeto em apreço, pode-se enquadrá-lo no Grupo I, que abrange os projetos cujos impactos são pouco significativos.

9.6 MONITORAMENTO PROPOSTO

Como o empreendimento é enquadrado como pertencente ao Grupo I, para o os impactos ambientais são poucos significativos, não são apresentados neste texto programas de monitoramento e, por conseguinte, custos referentes aos mesmos.

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10 MEMORIAL DE CÁLCULO

� Dimensionamento das vazões do sistema;

� Dimensionamento do sistema de captação;

� Dimensionamento do reservatório apoiado projetado;

� Dimensionamento do reservatório elevado projetado;

� Dimensionamento das adutoras de água bruta e do transiente;

� Dimensionamento da adutora de água tratada;

� Dimensionamento do tratamento de água;

� Dimensionamento da rede de distribuição:

* Análise das pressões estáticas;

* Análise das pressões dinâmicas.

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11 ORÇAMENTO

Os orçamentos foram elaborados com base na tabela da SEINFRA, embutindo os BDI’s de 12% para a aquisição de materiais e 24% em relação aos serviços executados, seguindo-se às recomendações da CAGECE.

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12 PEÇAS GRÁFICAS

A seguir, estão listados os desenhos referentes ao “Projeto Hidráulico” da solução proposta, que estão apresentados no Tomo I – Projeto Técnico Parte B, que também é parte integrante do Volume II: Detalhamento do Projeto – Fase II.

• TEC. 01 – Arranjo Geral do Sistema Existente

• TEC. 02 – Arranjo Geral do Sistema Proposto

• TEC. 02A – Perfil Hidráulico e Lay-Out Geral do Sistema Proposto

• TEC. 03 – Captação – Adutoras de Água Bruta – AAB 01 e AAB 02

• TEC. 04 – Adução de Água Bruta – Folha 1/2

• TEC. 05 – Adução de Água Bruta – Folha 2/2

• TEC. 06 – Lay-Out da Área Tratamento/ Tubulações Externas

• TEC. 07 – ETA – Filtro Descendente em Fibra de Vidro – Planta Baixa e Vista Superior – Folha 1/2

• TEC. 08 – ETA – Filtro Descendente em Fibra de Vidro – Planta Baixa e Vista Superior – Folha 2/2

• TEC. 09 – Casa de Bombas e Reservatório Apoiado - 20m³

• TEC. 10 – Casa de Química – Folha 1/2

• TEC. 11 – Casa de Química – Folha 2/2

• TEC. 12 – Reservatório Elevado de 50m³ (REL) - Folha 1/2

• TEC. 13 – Reservatório Elevado de 50m³ (REL) - Folha 2/2

• TEC. 14 – Leito Drenante de 23m³ – Folha 1/2

• TEC. 14A – Leito Drenante de 23m³ – Folha 2/2

• TEC. 14B – Emissário Final

• TEC. 14C – Caixa de Inspeção

• TEC. 15 – Casa do Quadro de Comando

• TEC. 16 – Rede de Distribuição – Planta de Cálculo

• TEC. 17 – Rede de Distribuição – Planta de Execução

• TEC. 18 – Caixa de Medição Individual Instalada

• TEC. 19 – Blocos de Ancoragem

• TEC. 20 – Caixa de Registro de Manobra e Descarga

• TEC. 21 – Caixa de Registro de Descarga e Ventosa

• TEC. 22 – Caixa em Alvenaria para Macromedição

• TEC. 23 – Detalhes do REL

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13 ANEXOS

Segue em Anexo os seguintes documentos:

• Relatório Técnico de Captação dos Poços;

• Licença Prévia do Programa de Saneamento Básico do Estado do Ceará II – KfW;

• Manual de Operação e Manutenção da ETA;

• Documentos para Desapropriação;

• ART dos Responsáveis Técnicos e Projetistas;

• Diretrizes para o tratamento Eng. Manoel Sales;

• Relatório de Sondagem a Trado e a Percussão;

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