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SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE FORTALEZA - CE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO ETE DO COCÓ PROJETO EXECUTIVO VOLUME I – MEMORIAL DESCRITIVO REVISÃO 1 NOVEMBRO / 2011 AV SETE DE SETEMBRO, 3566 - CENTRO - CEP 80250-210 - FONE/FAX (41) 3233-9519 - CURITIBA - PR E-MAIL: [email protected]

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SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE

FORTALEZA - CE

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

ETE DO COCÓ

PROJETO EXECUTIVO

VOLUME I – MEMORIAL DESCRITIVO

REVISÃO 1

NOVEMBRO / 2011

AV SETE DE SETEMBRO, 3566 - CENTRO - CEP 80250-210 - FONE/FAX (41) 3233-9519 - CURITIBA - PR

E-MAIL: [email protected]

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I - APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta o PROJETO EXECUTIVO DA ESTAÇÃO DE

TRATAMENTO DE ESGOTOS DO COCÓ, parte integrante da área urbana da

cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará, elaborado pela empresa PROSERENCO,

em atendimento ao interesse da Companhia de Água e Esgotos do Ceará - Cagece.

O projeto consiste no detalhamento da 1ª etapa da ETE do Cocó, que terá

condições de receber a contribuição referente às sub-bacias CE-7, CE-8, CE-9. Sua

localização se dá no Bairro Dias Macedo, entre a Rua João Ferreira e o açude

Uirapuru.

Junto a área da ETE, também está prevista a implantação de uma Estação

Elevatória Final, projetada para atender a vazão de 1ª etapa, no que se refere aos

equipamentos hidráulicos e atender a vazão total (2ª etapa), no que se refere à parte

civil.

O tratamento será com sistema terciário e seu corpo receptor será no Riacho

Martinho.

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O projeto se encontra distribuído conforme discriminação indicada a seguir:

VOLUME I - MEMORIAL DESCRITIVO

VOLUME II - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Tomo 1 de 2 - Especificações técnicas de serviços e materiais

Tomo 2 de 2 - Especificações técnicas de materiais e equipamentos

especiais

VOLUME III - MANUAL DE OPERAÇÃO

VOLUME IV - PLANILHAS ORÇAMENTÁRIAS

Tomo 1 de 2 - Orçamento

Tomo 2 de 2 - Memória de cálculo e cotações

VOLUME V - DESENHOS HIDRÁULICOS E ARQUITETÔNICOS

Tomo 1 de 5 - 100-Leiautes, 107-Fluxogramas e 108-Insert’s

Tomo 2 de 5 - 101-Tratamento preliminar e 103-Tratamento de Lodo /

Desidratação

Tomo 3 de 5 - 102-Tanque de aeração / RFA e 106-Reservatório elevado

Tomo 4 de 5 - 104-Desinfecção / Cloro / Câmara de Contato e 109-Portaria

e 111-Subestação elétrica

Tomo 5 de 5 -105-Sopradores, 110-Administração e 112-Emissário

VOLUME VI - PROJETO ELÉTRICO

Tomo 1 de 2 - Memorial Descritivo e Especificações Técnicas

Tomo 2 de 2 - Desenhos

VOLUME VII - PROJETO ESTRUTURAL

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VOLUME I – Memorial

Descrit ivo

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II – ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................2

1.1.MAPA DE LOCALIZAÇÃO.........................................................................................3

1.2.PLANTA DE LOCAÇÃO DAS UNIDADES............................................................3

1.3.DESCRIÇÃO..................................................................................................................4

2. características do município...............................................................................................................5

1.4.HISTÓRICO....................................................................................................................6

1.5.LOCALIZAÇÃO E ACESSO......................................................................................7

1.6.CARACTERÍSTICAS NATURAIS............................................................................7

1.7.SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE....................................................................11

3. ESTUDO POPULACIONAL..................................................................................................................17

3.1.PROJEÇÃO POPULACIONAL DO DISTRITO DE FORTALEZA.................17

3.2.PROJEÇÃO POPULACIONAL DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE

ATENDIMENTO DA ETE DO COCÓ........................................................................................18

4. ESTUDO DE VAZÕES.........................................................................................................................21

4.1.CONSUMO PER CAPITA........................................................................................21

4.2.VAZÕES DE ESGOTO – ANO 2010.....................................................................24

4.3.VAZÕES DE ESGOTO – PROJEÇÃO.................................................................25

5. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO – ETE DO COCÓ.................................................................29

5.1.COMPARAÇÃO DE ALTERNATIVAS..................................................................29

1.2.DADOS GERAIS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS........43

1.3.PLANTAS EM OPERAÇÃO UTILIZANDO O SISTEMA RFA........................45

1.4.DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE TRATAMENTO.........................................46

1.5.UNIDADES COMPLEMENTARES DA ETE.......................................................85

6. ART 89

1

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III – FICHA TÉCNICA - SES

Informações do Projeto:

Projeto:Estação de Tratamento de Esgotos da Bacia do Cocó – ETE Cocó (1ª etapa)

Município: Responsável Técnico:Data de elaboração do

trabalho:FORTALEZA Marcos Moisés Weigert NOVEMBRO/2011

Dados do Projeto:

Estação de Tratamento de Esgotos

Capacidade da ETE:

População: Vazão Média Úmida:Vazão Total – Máxima

Horária:162.506 Hab. 270,50 l/s 451,07 l/s

1. INTRODUÇÃO

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1.1. MAPA DE LOCALIZAÇÃO

PA U S ERRA DO

L OT .

A Z UL

S E RRA

EPC

BARRA DO CEARÁ

VILA

JARDIM

JARDIM

FLORESTA

IRACEMA

GUANABARA

VELHA

PADREANDRADE

BEZERRA

AUTRANNUNES

DOMLUSTOSA

GENIBAÚ

CONJ. CEARÁ I

CONJ. CEARÁ II

JOÃO XXIII

HENRIQUE JORGE

JOQUEI CLUB

PICI

PRESIDENTE KENNEDY

DEMOCRITOROCHA

QUINTINO CUNHA

ANTÔNIO

PRAIA DO FUTURO II

CRISTO

JACARECANGA BRASIL

ITAOCA

ALAGADIÇO/SÃO GERARDO

VILAELLERY

MONTE CASTELO

ALVAROWEYNE

REDENTOR

MOURA

CENTRO

CARLITOPAMPLONA

PARQUELÂNDIA

PARQUEARAXÁ

RODOLFOTEÓFILO

AMADEUFURTADO

BELAVISTA

COUTO FERNANDES

DAMASJARDIMAMERICA

PARREÃO

BOMFUTURO

FÁTIMA

DO TAUAPE

AUTO DA BALANÇA

AEROLÂNDIA

PRAIA DEIRACEMA

FARIASBRITO

BENFICA

JOSÉBONIFÁCIO

JOAQUIM TÁVORA

DIONISIO TORRES

SALINASGUARARAPES

ENGº LUCIANOCAVALCANTE

MUCURIPE

VARJOTA

COCÓ

VILA UNIÃO

MONTESE

PIRAMBÚ

MEIRELES

ALDEOTA

VICENTEPINZON

PAPICU

AEROPORTO

PRAIA DO FUTURO I

CIDADE2000

DUNAS

CAIS DOPORTO

GRANJA LISBOA

GRANJA PORTUGAL

BOM JARDIM

BONSUCESSO

PARANGABA

VILA PERÍ

MARAPONGA

SIQUEIRA CANINDEZINHO

PARQUES. JOSÉ

MONDUBIM

PRES. VARGASPARQUE

PARQUE STA. ROSA

CONJUNTOESPERANÇA

JARDIM CEARENCE

DENDÊ

ITAPERÍ

SERRINHA

JARDIM

OLIVEIRAS

CIDADE DOS FUNCIONÁRIOSCASTELÃO

GALINHA

DIASMACEDO

PASSARE

CAJAZEIRAS

BARROSO

JANGURUSSÚ

PREFEITO JOSÉ WALTER

PARQUE DOISIRMÃOS

ANCURI

PARQUEIRACEMA

DAS

MESSEJANA

MATA

PARQUEMANIBURA

CAMBEBA

PAUPINA

COAÇÚ

GUAJERU

LAGOA REDONDA

ALAGADIÇO NOVO

EDSON QUEIROZ

SABIAGUABA

SAPIRANGA/COITÉ

CURIÓ

PEDRAS

SÃO JOÃO

MANOEL SATIRO

CE-13

SD-5A-1

G-5

SD-8

G-1

CE-3

G-3G2.2

G2.1

B-1

E-1

E-3

E-2 CE-1

G-7

G-6CD-2

CE-2

F

ME-4

ME-5

ME-3

ME-2

SD-6

CE-5

SE-2SE-3

SE-4

SE-5

SE-7

SE-8

SE-11

CE-12

SE-6

DIF-1

CE-10

K-1SD-1

SD-2

SD-3

SD-7

SE-13

SE-14

CE-4

CD-3

CE-9

CE-8

CE-7

CE-6

CE-11

CD-4

ME-6

K-2

SE-1

SD-9

CE-9

ME-4

1.2. PLANTA DE LOCAÇÃO DAS UNIDADES

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1.3. DESCRIÇÃO

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Todo o efluente da Bacia do Cocó (CE7, CE8, CE9, CE10, CE11, CE12, CD4

E CD5) convergirá para uma estação elevatória final que recalcará para uma

Estação de Tratamento de Esgoto localizado na Bacia CE-7.

Atualmente estas bacias possuem alguns sistemas isolados de tratamento de

esgoto, conforme apresentado na ilustração abaixo. Com a implantação da ETE do

Cocó e da rede coletora, estes sistemas poderão ser desativados, o que possibilitará

um melhor controle do efluente tratado que convergirá o seu tratamento para um

único pólo.

L=2081.77m

Ø 600mm

L=3.486,64mØ 900mm

L=675,80mØ 400mm

Rio C

ocó

BOM JARDIM

VILA PERÍ

MARAPONGA

CANINDEZINHO

PARQUES. JOSÉ

MONDUBIM

PRES. VARGASPARQUE

PARQUE STA. ROSA

CONJUNTOESPERANÇA

JARDIM CEARENCE

DENDÊ

ITAPERÍ

SERRINHA

CIDADE DOS FUNCIONÁRIOSCASTELÃO

GALINHA

DIASMACEDO

PASSARE

CAJAZEIRAS

BARROSO

JANGURUSSÚ

PREFEITO JOSÉ WALTER

PARQUE DOISIRMÃOS

ANCURI

PARQUEIRACEMA

MATA

MANOEL SATIRO

L=425,00mØ 300mm

L=1100.00mØ 500mm

BACIA DO RIO COCÓ

ME-5

ME-3

CE-5

SE-2SE-3

SE-5

CE-12

SE-6

DIF-1

CE-10

CD-3

CE-9

CE-8

CE-7

CE-6

CE-11

CD-4

ME-6

SD-9

CE-9

Áreas que possuem tratamento com lagoas.

Áreas que possuem tratamento com decanto digestor – filtro

anaeróbio

2. CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO

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1.4. HISTÓRICO

A região onde hoje está instalada a capital cearense foi originalmente

ocupada por índios da nação Tabajara. Em 1637, o local foi invadido por

holandeses, que ocuparam o forte praticamente abandonado de São Sebastião e

exploraram durante sete anos alguns de seus recursos naturais. Contudo, essa

primeira expedição holandesa foi banida pelos índios que dominavam o local. Em

1649, uma nova campanha holandesa retorna à região e constrói o forte

Schooeneborch na desembocadura do rio Pajeú. Os holandeses são novamente

expulsos em maio de 1654, dessa vez, porém, pelos portugueses, que rebatizam o

forte como Fortaleza da Nossa Senhora da Assunção. O período entre 1640 e 1700

foi marcado pelo lento povoamento do local.

Devido aos constantes ataques indígenas a Aquiraz, vila e sede da Capitania

até então, e com o intuito de expandir a Capitania do Ceará Grande e assistir à

população da região, bem como os interesses da coroa, foi implantada, em 13 de

abril de 1726, a Vila de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, que daria origem

à atual capital cearense.

Mesmo elevada à vila, Fortaleza não possuía expressão política, além de ser

comercialmente dependente de Aracati e continuar isolada do interior da capitania.

Fortaleza tornou-se cidade em 17 de março de 1823. Com o início da

exportação do algodão cearense para a Inglaterra a cidade consagrou-se como

capital e sede de poder. A implantação de ferrovias ligando o interior cearense à

capital, permitindo o escoamento de diversos produtos ao porto, ampliou a

importância de Fortaleza no desenvolvimento da região.

A partir de 1880, a urbanização de Fortaleza foi intensificada. Foram

instalados na cidade diversos serviços de infraestrutura, tais como bonde, serviço

telefônico, caixas postais, cabo submarino para a Europa, pavimentação do passeio

público, fábrica de tecidos, jornais e instituições educacionais e culturais. O século

XIX, também foi marcado por movimentos separatistas e abolicionistas - o Ceará foi

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a primeira província brasileira a libertar seus escravos, no ano de 1884,

anteriormente da abolição oficial ser decretada em todo o país.

1.5. LOCALIZAÇÃO E ACESSO

Fortaleza, capital do estado do Ceará e uma das maiores capitais brasileiras,

localiza-se na mesorregião Metropolitana de Fortaleza, microrregião de Fortaleza,

latitude 03º 43’02”, longitude 38º 32’35” e altitude de 16 m, a 2.285 km da capital

federal.

Os principais acessos à cidade são as rodovias estaduais CE-040 e CE-060 e

as federais BR-020, BR-116 e BR-222.

Os limites de Fortaleza são: ao Norte, o Oceano Atlântico e Caucaia; ao Sul,

Maracanaú, Pacatuba, Itaitinga e Eusébio, a Leste, o Oceano Atlântico, Eusébio e

Aquiraz; a Oeste, Caucaia e Maracanaú.

1.6. CARACTERÍSTICAS NATURAIS

Em Fortaleza, ao longo do ano ocorre pouca variação na temperatura, sendo

a média de 27ºC.

Embora esteja numa região de clima semi-árido, sua proximidade a diversas

serras propicia uma maior frequência de chuvas, se comparada às demais

localidades do estado. O período chuvoso é entre os meses de janeiro e julho, com

precipitação média de 1.600 mm por ano. Em 2007, o Ceará teve média de 629,7

mm de fevereiro a maio, índice definido como em torno da média histórica pela

Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - Funceme.

Umidade relativa e ventos

A umidade relativa do ar verificada em Fortaleza é de aproximadamente

75,6%. A insolação média anual é cerca de 2.900 horas, apresentando exposição ao

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sol de 2.650 horas/ano a 3.000 horas/ano. Os ventos com velocidade média entre

2,5 m/s e 4,5 m/s amenizam a temperatura da área urbana, proporcionando um

conforto térmico pela direção dos ventos alísios, provenientes com maior intensidade

de leste e sudeste. As médias meteorológicas verificadas na cidade evidenciam que

a intensidade dos ventos está associada às precipitações, maiores velocidades dos

ventos estão relacionados com baixas precipitações e longos períodos de insolação.

Geologia

A cidade de fortaleza está estabelecida geologicamente sobre terrenos

cristalinos e coberturas sedimentares cenozóicas, apresentando configuração

topográfica constituída, sobremaneira, por planícies, evidenciando uma altitude

média aproximada de 26 metros. São evidenciadas na cidade: dunas, paleodunas,

depósitos flúvio-aluvionares e de mangue e Formação de Barreiras.

Os principais depósitos identificados na região, levando-se em conta a área

de ocorrência e o volume de material sedimentar, foram os eólicos (dunas), seguidos

pelos depósitos praiais holocênicos, sedimentos de planície de maré, praia atual,

depósitos de mangue e sedimentos lacustres e lagunares. Rochas de praia ocorrem

nas desembocaduras dos rios Cocó e Ceará, nas praias do Serviluz (ponta do

Mucuripe), Leste-Oeste e Dois Coqueiros. Sobre a Formação Barreiras, estão os

depósitos praiais holocênicos, que afloram entre o sopé das dunas e a faixa de

praia. Sua origem está relacionada com processos de regressão marinha durante o

Holoceno, disponibilidade de sedimentos em deriva litorânea e conformação

morfológica da zona costeira.

Estão localizados em diversos pontos entre as desembocaduras dos rios

Pacoti e Ceará, mas a maior área de abrangência ocorre na praia. As dunas são

volumes de sedimentos que estão presentes nas planícies litorâneas, definidas por

depósitos geológicos de idade holocênica, armados a partir da ação dos ventos e

disponibilidade de areia para a remobilização.

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No que concerne à Planície Litorânea, evidencia-se planícies flúvio-marinhas

e lacustre interdunares. A planície flúvio-marinha, ao longo do estuário do rio Cocó,

compõe-se de sedimentos argilo-arenosos, ricos em matéria orgânica. Trata-se de

um ecossistema coste planícies lacustres interdunares conformado pelas atuais

lagoas interdunares (depósitos lacustres localizados em ambientes de transição) que

estão localizadas no Papicu; são ambientes de antigos fluxos barrados pelas dunas

que se encontram envolvidas em sedimentos areno-argilosos; isto é, areias

quartzosas distróficas.

Recursos Hídricos

Para o planejamento urbano, as bacias hidrográficas são unidades em que o

gerenciamento integrado dos mananciais hídricos pode contribuir para um uso e

aproveitamento menos impactante e mais racional dos recursos. O território de

Fortaleza é drenado por quatro bacias hidrográficas: Bacia da Vertente Marítima,

Bacia do rio Cocó, Bacia dos rios Maranguapinho/Ceará e Bacia do rio Pacoti. A

bacia Vertente Marítima é composta de várias pequenas bacias, que se ligam

diretamente ao mar. Os principais eixos drenantes são os riachos Jacarecanga,

Pajeú, Maceió e Papicu. A Bacia do Rio Cocó é a maior e principal bacia de

Fortaleza; constituída pelo açude Gavião que, junto com os açudes do rio Pacoti e

Pacajus, constituem os mananciais do sistema de abastecimento de água do

município. Nela, já se verificam inúmeras ocupações irregulares.

A bacia da Vertente Marítima compreende a planície litorânea que está

localizada entre as desembocaduras dos rios Pacoti e Ceará. Totalmente inserida na

cidade, esta bacia é composta por pequenas bacias que apresentam um sistema de

drenagem direta para o Oceano. A Planície litorânea de Fortaleza apresenta uma

extensão de, aproximadamente, 30 km. Dois tipos de Subbacias são identificados:

as que contam com um exutório principal bem definido (Riachos Pajeú, Jacarecanga

e Papicu) e aquelas, nas quais o escoamento se faz para o mar de forma difusa,

através de vários talvegues secundários.

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As bacias dos rios Ceará e Maranguapinho são consideradas conjugadas em

estudos hidrológicos. O rio Maranguapinho situa-se em uma região de alta

densidade demográfica, caracterizada como de baixa renda, com ocupações mais

intensas que as verificadas no Cocó.

Inúmeras lagoas existem na região de baixo curso do rio, tais como a da

Parangaba e do Porangabuçu. Os recursos hídricos lagunares e os interdunares da

cidade de Fortaleza estão inseridos num arcabouço geológico composto por

sedimentos eólicos, praiais e da Formação Barreiras. São materiais porosos que

facilitam a infiltração de poluentes em função da presença de equipamentos urbanos

tais como cemitérios, postos de gasolina e fossas negras.

Vegetação

A vegetação original predominante de Fortaleza é de mangue e restinga. A

Cidade apresenta ainda áreas de mata nativa, como o Parque Ecológico do Cocó.

Contudo, pode-se observar a expansão irregular sobre as áreas verdes

remanescentes. A cobertura vegetal em Fortaleza encontra-se substituída em

grande parte por espaços antropizados, apresentando-se a vegetação nativa em

estágio secundário em poucos pontos da Cidade.

O uso e ocupação por salinas foi um impacto nas planícies flúvio-marinhas

encontradas em Fortaleza. No contexto atual, salinas abandonadas transformadas

em apicuns (vegetação halofítica herbácea) ou em coqueirais, e salinas ainda em

funcionamento compõem o conjunto de paisagens das planícies flúvio-marinhas,

juntamente com os manguezais. Originalmente, a Cidade evidenciava uma cobertura

vegetacional nativa em quase toda sua superfície. Com o desordenado processo de

urbanização, a vegetação florestal nativa foi sendo reduzida progressivamente.

Apresentava, em 1968, 65,79% do município com cobertura vegetal. Junto à

expansão urbana, evidenciava-se apenas 16,64% de vegetação nativa em 1990,

detectando-se um decréscimo de 49,15%. Em 2002, apenas 7,06% de vegetação

nativa era encontrada, indicando que em 34 anos, 63% foram devastados pela

ocupação do solo urbano de Fortaleza.

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As áreas verdes urbanas em Fortaleza ocorrem em diversos pontos. Porém,

existem áreas desprovidas desses espaços ou com insuficiência de tais áreas.

Evidencia-se que tais áreas não estão estruturadas com mecanismos de

planejamento, controle, manutenção e ampliação desses espaços. As praças,

parques e pólos de lazer foram implantados por sucessivas administrações sem

compor uma rede hierarquizada da menor unidade (praça de bairro ou de unidade

de vizinhança) até o equipamento de grande porte (parque urbano ou

metropolitano).

1.7. SISTEMA VIÁRIO E TRANSPORTE

Sistema Viário

A estrutura viária de Fortaleza é marcada por uma malha ortogonal

organizada em meados do Século XIX, superposta a um traçado radial, cujas

origens remontam às relações com os antigos caminhos de ligação com o interior,

posteriormente consolidados com o estabelecimento das ligações ferroviárias entre

Fortaleza e a região interiorana.

Em 1962, o Plano Diretor de Fortaleza, elaborado por Hélio Modesto, enfatiza

o sistema rádioconcêntrico, associado a um esquema de anéis de circulação,

preservando a malha ortogonal como apoio, classificando as vias segundo sua

função e projetando avenidas parques ao longo dos riachos Pajeú, Jacarecanga e

Aguanambi. Na Zona Central, destinou trechos das Ruas Liberato Barroso e

Guilherme Rocha ao uso exclusivo de pedestre, que posteriormente foi expandido

para outras vias, como a Rua Edgar Borges e Pedro Borges.

É desse período também uma série de propostas para o sistema viário, como

a construção de trecho da Av. Beira Mar, o Anel Viário da Av. Perimetral, ligando

entre si os bairros da periferia da cidade (Barra do Ceará ao Mucuripe), Av. Luciano

Carneiro, melhorando o acesso ao aeroporto, todas efetivadas entre os anos 1960 e

1970.

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Com a criação da RMF (1972) e o Plano de Desenvolvimento Integrado da

Região Metropolitana de Fortaleza - PLANDIRF, foram implantados diversos

programas e propostas para o sistema viário como a construção das avenidas

Presidente Castelo Branco (Leste-Oeste), Borges de Melo, Aguanambi, Beira Rio

(continuação da Leste-Oeste até a Barra do Ceará), Zezé Diogo e o 4º Anel Viário

(Mondubim).

Pode-se dizer que houve, a partir dos anos 1990, um aumento na ampliação

do sistema viário de Fortaleza com a implantação e alargamento de algumas vias

que fazem a conexão entre as diversas zonas da cidade como: Av. Domingos

Olímpio (sentido Leste-Oeste, na zona central e periférica), Av. Washington Soares,

Rogaciano Leite, Raul Barbosa e parte do primeiro Anel Expresso (Zona Leste),

trecho da Av. Dr. Theberge, Av. Gov. Parsifal Barroso, prolongamento da Av. Pres.

Castelo Branco (zona Oeste), Av. Pres. Juscelino Kubitschek, trechos da Av.

Perimetral e a Av. Senador Carlos Jereissati, que dá acesso ao aeroporto Pinto

Martins (Zona Sul). Apesar disso, ainda persistem descontinuidades nos traçados de

algumas vias, dificultando o fluxo.

Atualmente, verifica-se que a maioria dos problemas identificados no sistema

viário de Fortaleza é oriunda, em certa medida, do descompasso entre o

crescimento urbano e o planejamento do sistema, onde se pode ressaltar: carência

de ligações perimetrais e transversais, deficiências na geometria das vias, que às

vezes apresentam seções transversais impróprias para as atuais demandas ou, em

outros segmentos, apresentam seções variáveis ao longo do eixo de uma mesma

via ou de vias justapostas, causando pontos de estrangulamento no sistema viário.

A área mais consolidada da cidade, situada entre o litoral e o primeiro anel

viário (perímetro formado pelo ramal ferroviário do Mucuripe / Via Expressa / Av.

Borges de Melo / Av. Eduardo Girão / Av. José Bastos), é a que concentra os

principais problemas relacionados ao conflito entre a malha viária, a mobilidade e a

acessibilidade.

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Essa região coincide, em boa parte, aos limites da Região Administrativa 02,

excetuando-se o trecho entre o ramal ferroviário do Mucuripe e o Rio Cocó. Desse

modo, a região interna ao primeiro anel viário caracteriza-se por uma malha

ortogonal praticamente regular, com vias 30 dispostas em orientação geográfica

aproximada ao dos sentidos Norte/Sul e Leste/Oeste, sobre uma topografia plana. A

grande maioria das vias dos bairros Centro, Aldeota e Meireles possui sentido único

de circulação, operando em duas mãos. Entre elas, destacam-se as vias: Santos

Dumont/Costa Barros e Pereira Filgueiras/Tenente Benévolo, além dos binários de

penetração no centro, tais como os formados pelas Avenidas Senador

Pompeu/Barão do Rio Branco, 24 de Maio/General Sampaio, entre outras.

A alta concentração de atividades dos setores de comércio e serviços desse

núcleo, demanda estacionamentos e atrai grande volume de pedestres, que

disputam espaço nas vias com pontos de parada de ônibus e de carga e descarga

de mercadorias.

Os anéis viários projetados como vias expressas estão implantados com

características de via arterial, de modo que o 1° anel foi realizado apenas do lado

Leste da cidade.

A articulação viária regional é feita pelos sistemas aeroviário, marítimo e,

principalmente, pelos sistemas rodoviário e ferroviário, que são os mais influentes na

estruturação urbana do município. Tem-se no primeiro, um sistema amplo

constituído por vários acessos de transporte de cargas e passageiros, e no segundo,

um sistema que cumpre fundamentalmente dois papéis: o transporte de cargas entre

o porto e o pátio externo de cargas da Companhia Ferroviária do Nordeste - CFN,

nos limites entre Fortaleza e Maracanaú e o transporte de passageiros entre o

centro e as cidades da RMF.

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Além dos dois sistemas principais, o aeroviário e o marítimo apresentam

volumes expressivos de movimentação de passageiros e cargas entre o município e

o restante do país e do exterior.

Por via aérea, Fortaleza se comunica com as demais regiões do Estado, do

país e do exterior através do terminal de passageiros e cargas do aeroporto

internacional Pinto Martins, localizado em torno do centro geométrico dos limites

atuais do município, no bairro Aeroporto.

A construção do novo terminal de passageiros do aeroporto Pinto Martins, nos

anos 1990, adequou-o aos padrões técnicos internacionais. Atualmente, existem

estudos da Infraero que apontam para a sua ampliação, tendo em vista o crescente

aumento do fluxo de passageiros e de carga.

Por via marítima, as comunicações são feitas através do Porto do Mucuripe,

cujas condições de atracação foram conseguidas artificialmente com a construção

de um quebra-mar, canal de acesso com 10 m de profundidade e cais comercial

com 1.054 m de comprimento. Hoje, está em pauta uma discussão sobre o Plano

Diretor do Porto do Mucuripe que pretende estudar alternativas de adequação de

suas atividades, avaliando a possibilidade de manutenção ou desativação do Parque

de Tancagem de combustíveis, a ampliação do terminal turístico de passageiros e

adequação de atividades, compatíveis com a sua localização no município, entre

outros temas.

Por terra, Fortaleza se comunica com os municípios da Região Metropolitana

e com as demais regiões do estado e do país através de seis rodovias, que estão

sob jurisdições dos Governos Federal ou Estadual.

As rodovias apresentam configuração radioconcêntrica em relação ao centro

expandido de Fortaleza, assumindo na malha urbana da cidade características de

vias arteriais, exceto pela BR-116 que se constitui em via expressa a partir do 2°

Anel Expresso.

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- Rodovias BR-222/ BR-020: Possuem trecho inicial em comum a partir da Av.

Mister Hull até sua bifurcação no município de Caucaia e permitem a conexão com a

zona norte do Ceará e com os Estados do Piauí e Maranhão. Ao longo de seu eixo,

encontra-se o Terminal Rodoviário Urbano de Antônio Bezerra, um terminal

intermunicipal rodoviário de passageiros e um processo de conurbação entre os

municípios de Caucaia e Fortaleza;

- Rodovia BR-116: Faz a conexão intramunicipal entre a área central e a zona

sul e segue interligando Fortaleza aos municípios do Vale do Jaguaribe e Cariri, em

direção à região sul do Estado, tornando-se o mais importante eixo de ligação com

os demais Estados da região Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. Ainda no trecho

metropolitano, encontram-se atividades de comércio atacadista de máquinas,

indústrias e garagens;

- Rodovia CE-060: Estabelece a ligação com os municípios de Maracanaú,

Pacatuba e Guaiúba, através da Av. Godofredo Maciel, na região sudoeste do

município;

- Rodovia CE-065: Permite o acesso aos municípios de Maranguape e os da

Região do Maciço de Baturité, através das Avenidas Augusto dos Anjos e Osório de

Paiva, a sudoeste de Fortaleza;

- Rodovia CE-040: Faz a conexão com os municípios do litoral Leste do

Estado, a partir da Av. Washington Soares, importante via urbana de alto tráfego,

que atende a diversos equipamentos geradores de viagens como universidades,

Centro de Convenções, Fórum, casas de espetáculos, entre outros, atingindo

também características de eixo comercial dos bairros da recente expansão urbana

no município.

Os acessos de Fortaleza com a RMF, por via férrea, são realizados por

intermédio da estrutura da antiga Rede Ferroviária Federal - RFFSA. O sistema,

15

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operado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU, destinado ao

transporte de passageiros, serve a vários municípios componentes da RMF,

compartilhando as duas Linhas Troncais - Norte e Sul com o sistema ferroviário de

carga.

Associado ao ferroviário, o sistema metroviário METROFOR, que irá atender

a população da RMF, especialmente dos municípios de Fortaleza, Caucaia,

Maracanaú, Maranguape, Pacatuba, Itaitinga e Guaiúba.

Sistema de Transporte

Transporte de passageiros

O transporte de passageiros pode ser individual e coletivo, realizado através

dos seguintes veículos: motocicletas, automóveis, vans, ônibus (transporte urbano

público e privado, transporte escolar e de fretamento para turismo).

Em relação aos modos de viagens diárias realizadas em Fortaleza, segundo

pesquisa realizada (1999), verificou-se que 56% das viagens realizadas são

motorizadas. Destas, 66,8% são realizadas por transportes coletivos sendo 64% por

ônibus.

A população de Fortaleza cada vez mais utiliza o automóvel como meio

preferencial de transporte, sendo utilizado por uma em cada seis famílias. Assim, o

automóvel representa atualmente a maior parcela da frota de veículos motorizados

individuais.

Transporte de Cargas

Fortaleza concentra espacialmente a maior parte das atividades econômicas

do Estado, o que potencializa o tráfego de veículos comerciais do tipo caminhões

pesados e carretas, disputando o espaço viário com os demais modais.

Entre os pólos geradores de transporte de carga/descarga para Fortaleza,

estão:

16

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Centro de Triagem de Cargas que chegam de outras localidades;

O Porto de Mucuripe e Aeroporto Internacional;

As zonas industriais;

As áreas de urbanização prioritária.

O Porto do Mucuripe e seu entorno é, particularmente, um grande atrativo

para viagens de transporte de cargas, por ferrovia e rodovia, causadas em grande

parte pela necessidade de escoamento da produção do Estado. Também, pode ser

considerado como pólo gerador de transporte de carga, de menor porte, o comércio

atacadista localizado no centro da Cidade.

3. ESTUDO POPULACIONAL

3.1. PROJEÇÃO POPULACIONAL DO DISTRITO DE FORTALEZA

O Plano Diretor de Abastecimento de Água do Sistema Integrado de Fortaleza

desenvolvido pela Hydros Engenharia e Planejamento Ltda, contempla o estudo

populacional até o ano de 2030, conforme quadro abaixo.

ANO

POPULAÇÃO DO

DISTRITO DE

FORTALEZA2010 955.5102015 1.014.6622020 1.064.728

17

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2025 1.105.6862030 1.167.616

ANOTAXA DE

CRESCIMENTO2005 A 2010 1,55% a.a.2010 A 2015 1,21% a.a.2015 A 2020 0,97% a.a.2020 A 2025 0,76% a.a.2025 A 2030 1,10% a.a.

3.2. PROJEÇÃO POPULACIONAL DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE

ATENDIMENTO DA ETE DO COCÓ

As Sub-Bacias que fazem parte da área de abrangências de atendimento da

ETE do Cocó são a CE-7, CE-8, CE-9, CE-10, CE-11, CE-12, CD-4 e CD-5.

Os bairros que fazem parte da área de abrangências de atendimento da ETE

do Cocó são os bairros Serrinha, Itaperi, Castelão, Dendê, Passarê, PQ Dois

Irmãos, Jardim Cearense, Mondubim, Prefeito José Walter, Jangurussú e Dias

Macedo conforme apresentado na ilustração abaixo.

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VILA PERÍ

MARAPONGA

PARQUES. JOSÉ

CONJUNTOESPERANÇA

JARDIM CEARENCE

DENDÊ

ITAPERÍ

OLIVEIRAS

CASTELÃO

GALINHA

DIASMACEDO

PASSARE

CAJAZEIRAS

BARROSO

PREFEITO JOSÉ WALTER

PARQUE DOIS

IRMÃOS

ANCURI

MATA

MANOEL SATIRO

CE-5

CE-12

CE-10

CE-9

CE-8

CE-7

CE-6

CE-11

CD-4

ME-6

SD-9

CE-9

100%

90%

60%

100%

50%

50%

100%

JANGURUSSÚ

SERRINHA20%

70%

MONDUBIM100%

19

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No quadro abaixo se encontra apresentada a população da área total por

bairro.

2010 2015 2020 2025 2030 2010 2015 2020 2025 2030Serrinha 20% 31.716 33.038 35.681 38.324 39.645 6.343 6.608 7.136 7.665 7.929Itaperi 60% 20.799 26.577 27.732 30.043 32.354 12.479 15.946 16.639 18.026 19.412Castelão 50% 7.045 8.454 9.863 10.568 12.681 3.523 4.227 4.932 5.284 6.341Dendê 90% 5.159 6.928 8.107 9.236 11.055 4.643 6.235 7.296 8.312 9.950Passarê 50% 60.145 72.807 75.972 82.303 85.469 30.073 36.404 37.986 41.152 42.735Pq Dois Irmãos 100% 33.915 41.055 42.840 46.410 48.195 33.915 41.055 42.840 46.410 48.195Jd Cearense 100% 10.625 11.050 11.050 11.475 11.900 10.625 11.050 11.050 11.475 11.900Mondubim 100% 108.652 131.526 137.404 148.681 154.521 108.652 131.526 137.404 148.681 154.521Pref José Walter 100% 50.717 55.530 74.040 77.742 92.550 50.717 55.530 74.040 77.742 92.550Jangurussú 70% 84.285 95.523 106.761 117.999 129.285 59.000 66.866 74.733 82.599 90.500Dias Macedo 20% 13.944 14.525 15.687 16.849 17.430 2.789 2.905 3.137 3.370 3.486

427.002 497.013 545.137 589.630 635.085 322.758 378.352 417.193 450.716 487.517TOTAL

BAIRROS ATENDIDOS - ETAPA TOTAL

BairrosPercentual de atendimento

População Total População Atendida

A seguir, se encontra apresentada a população da área que será atendida

pela 1ª etapa, correspondente às sub-bacias CE-7, CE-8 e CE-9.

2010 2015 2020 2025 2030 2010 2015 2020 2025 2030Serrinha 20% 31.716 33.038 35.681 38.324 39.645 6.343 6.608 7.136 7.665 7.929Itaperi 60% 20.799 26.577 27.732 30.043 32.354 12.479 15.946 16.639 18.026 19.412Castelão 50% 7.045 8.454 9.863 10.568 12.681 3.523 4.227 4.932 5.284 6.341Dendê 90% 5.159 6.928 8.107 9.236 11.055 4.643 6.235 7.296 8.312 9.950Passarê 50% 60.145 72.807 75.972 82.303 85.469 30.073 36.404 37.986 41.152 42.735Pq Dois Irmãos 90% 33.915 41.055 42.840 46.410 48.195 30.524 36.950 38.556 41.769 43.376Jd Cearense 100% 10.625 11.050 11.050 11.475 11.900 10.625 11.050 11.050 11.475 11.900Mondubim 20% 108.652 131.526 137.404 148.681 154.521 21.730 26.305 27.481 29.736 30.904Pref José Walter 0% 50.717 55.530 74.040 77.742 92.550 0 0 0 0 0Jangurussú 0% 84.285 95.523 106.761 117.999 129.285 0 0 0 0 0Dias Macedo 20% 13.944 14.525 15.687 16.849 17.430 2.789 2.905 3.137 3.370 3.486

427.002 497.013 545.137 589.630 635.085 122.728 146.629 154.213 166.789 176.032

BAIRROS ATENDIDOS - 1º ETAPA

Percentual de atendimento

População TotalBairros

TOTAL

População Atendida

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4. ESTUDO DE VAZÕES

4.1. CONSUMO PER CAPITA

De acordo com o PDAA-FOR, o consumo Per Capita sem perdas para os

bairros atendidos são os seguintes:

BairrosConsumo percapita

sem perdas (L/hab.dia)

Serrinha 110,96Itaperi 130,81Castelão 110,96Dendê 130,81Passarê 110,96Pq Dois Irmãos 110,96Jd Cearense 110,96Mondubim 97,74Pref José Walter 110,96Jangurussú 97,74Dias Macedo 97,74Média 110,96

As literaturas sobre perdas no sistema de abastecimento de água são

unânimes em atribuir uma boa parcela destas perdas para as perdas aparentes

(não-físicas). Um quadro ilustrado no livro “Abastecimento de Água” de Milton

Tomoyuki Tsutiya, exemplifica com um balanço hídrico o destino do volume

produzido de água.

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Volume Disponibilizado à Distribuição

(304.073) 100%

Volume Autorizado

(193.860) 63,8%

Volume Faturado (165.254) 54,4%

Volume Medido (165.254) 54,4% Águas

Faturadas (165.254) 54,4%

Volume Estimado (0)

0,0%

Volume Não-Faturado (28.606) 9,4%

Usos Operacionais (0)

0,0%

Águas não-faturadas

(138.819) 45,6%

Usos Emergenciais (0)

0,0%Usos

Sociais (28.606) 9,4%

Perdas (110.213) 36,2%

Aparentes (Não-Físicas) (44.857) 14,7%

Erro na Micromedição (26.892) 8,8%

Gestão Comercial

(16.642) 5,5%Outros

(1.323) 0,4%

Reais (Físicas)

(65.356) 21,5%

Vazamentos (65.356)

21,5%Extravas

amentos (0) 0,0%

Geralmente, a maioria das perdas aparentes são perdas que são consumidas

mas não medidas, o que acarreta um aumento na vazão sanitária.

Do exemplo acima, agregando o volume das perdas aparentes ao volume

medido, elas representam 21,3% desta soma, ou um acréscimo de 27,1% em

relação ao volume medido.

Para a vazão de 2010, foi estimado que deve ser acrescido cerca de 15% do

volume medido, para determinar o volume consumido. No quadro a seguir, se

encontra apresentado o consumo Per Capita por bairro, considerando um acréscimo

no consumo medido em função das perdas aparentes.

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Volumes [mil m³/ano]

Fonte: SABESP/ETEP (2002).

Balanço Hídrico - Exemplo

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VAZÃO MÉDIA CONSUMIDA – ÁREA TOTAL

BairrosPopulação Atendida

Consumo percapita sem perdas (L/hab.dia)

Consumo percapita com % de perdas

aparentes (L/hab.dia)

Vazão Média com perdas aparentes

(L/s)

Serrinha 6.343 110,96 127,54 9,36Itaperi 12.479 130,81 150,36 21,72Castelão 3.523 110,96 127,54 5,20Dendê 4.643 130,81 150,36 8,08Passarê 30.073 110,96 127,54 44,39Pq Dois Irmãos 33.915 110,96 127,54 50,06Jd Cearense 10.625 110,96 127,54 15,68Mondubim 108.652 97,74 112,34 141,28Pref José Walter 50.717 110,96 127,54 74,87Jangurussú 59.000 97,74 112,34 76,72Dias Macedo 2.789 97,74 112,34 3,63Média 322.758 450,99

VAZÃO MÉDIA CONSUMIDA – ETAPA 1

BairrosPopulação Atendida

Consumo percapita sem perdas (L/hab.dia)

Consumo percapita com % de perdas

aparentes (L/hab.dia)

Vazão Média com perdas aparentes

(L/s)

Serrinha 6.343 110,96 127,54 9,36

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Itaperi 12.479 130,81 150,36 21,72Castelão 3.523 110,96 127,54 5,20Dendê 4.643 130,81 150,36 8,08Passarê 30.073 110,96 127,54 44,39Pq Dois Irmãos 30.524 110,96 127,54 45,06Jd Cearense 10.625 110,96 127,54 15,68Mondubim 21.730 97,74 112,34 28,26Pref José Walter 0 110,96 127,54 0,00Jangurussú 0 97,74 112,34 0,00Dias Macedo 2.789 97,74 112,34 3,63Média 122.728 181,38

4.2. VAZÕES DE ESGOTO – ANO 2010

4.2.1. Coeficiente de Retorno

O coeficiente de retorno utilizado para determinar a vazão sanitária foi de

80% em relação à vazão consumida.

4.2.2. Coeficiente de maior consumo diário e horário

Os coeficientes de maior consumo diário e horário adotados foram os

seguintes:

K 1= 1,2

K 2 = 1,5

4.2.3. Extensão de Rede Coletora

De acordo com o projeto básico realizado pela ProSerenco das Sub-Bacias

CE-7, CE-8 e CE-9, a extensão de rede total foi de 149.731m para a situação atual e

estima-se que possa chegar a uma extensão de 162.871m.

Para as outras Sub-Bacias, foi utilizado estudos realizados pela CAGECE,

que se apresentou com valores bem coerentes, se comparado com as áreas

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próximas que já possuem projeto de rede coletora. Deste estudo, tirou-se que do

restante da área a necessidade de rede coletora atual será de 344.506m, podendo

chegar a uma extensão de 374.739m de rede.

4.2.4. Taxa de Infiltração

De acordo com as normas da CAGECE, a taxa de infiltração deverá ser de

0,00025 l/s x m.

4.2.5. Vazões de Esgoto

Com as informações acima é possível determinar as vazões iniciais que

chegarão na ETE do Coco.

VAZÃO ANO 2010 – ÁREA DE ABRANGÊNCIA

TOTAL ETAPA 1Vazão média consumida (l/s) 450,99 181,38Coeficiente de Retorno (%) 80 80Vazão média sanitária (l/s) 360,79 145,10Extensão de rede (m) 494.237 149.731Vazão de infiltração (l/s) 123,56 37,43Vazão média úmida (l/s) 484,35 182,53Vazão total – Max. horária (l/s) 772,98 298,61

4.3. VAZÕES DE ESGOTO – PROJEÇÃO

4.3.1. Consumo Per Capita

Para poder determinar o consumo Per Capita futuro, foram levadas em

consideração duas situações:

a) Volume consumido: volume este apresentado anteriormente e que,

conforme for havendo um combate às perdas, este irá aparecendo como

recuperação de vazão em função do controle das perdas. A média de consumo per

capita da região, considerando um acréscimo no consumo medido em função das

25

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perdas aparentes é de 127,54 l/hab.dia, conforme se encontra apresentado no

quadro a seguir.

BairrosConsumo percapita

sem perdas (L/hab.dia)

Consumo percapita com % de perdas

aparentes (L/hab.dia)

Serrinha 110,96 127,54Itaperi 130,81 150,36Castelão 110,96 127,54Dendê 130,81 150,36Passarê 110,96 127,54Pq Dois Irmãos 110,96 127,54Jd Cearense 110,96 127,54Mondubim 97,74 112,34Pref José Walter 110,96 127,54Jangurussú 97,74 112,34Dias Macedo 97,74 112,34Média 110,96 127,54

b) Demanda reprimida: de acordo com informações dos técnicos da

CAGECE, em função da deficiência atual do sistema de abastecimento de água, na

região estudada existe demanda reprimida para o consumo de água. Com as ações

a serem realizadas a curto e médio prazo de aumento de produção e reservação,

bem como das linhas de adução de água tratada, este demanda reprimida tende ao

longo do tempo em desaparecer.

Em função disto, se faz necessário prever um aumento de consumo per

capita. Foi adotado para a partir do ano de 2020 o consumo Per Capita de 150

l/hab.dia, valor usual adotado em regiões de baixa/média renda.

4.3.2. Vazões de esgoto – projeção

Para o ano de 2015 adotou-se um consume médio entre 127,54 e 150

l/hab.dia, conforme apresentado no quadro abaixo.

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VAZÃO ANO 2015 – ÁREA DE ABRANGÊNCIA

TOTAL ETAPA 1População atendida (hab) 378.352 146.629Consumo Per Capita (l/hab.dia) 138,77 138,77Vazão média consumida (l/s) 607,68 235,51Coeficiente de Retorno (%) 80 80Vazão média sanitária (l/s) 486,15 188,10Extensão de rede (m) 505.080 153.063Vazão de infiltração (l/s) 126,27 38,25Vazão média úmida (l/s) 612,42 226,66Vazão total – Max. horária (l/s) 1.001,33 377,38

VAZÃO ANO 2020 – ÁREA DE ABRANGÊNCIA

TOTAL ETAPA 1População atendida (hab) 417.193 154.213Consumo Per Capita (l/hab.dia) 150,0 150,0Vazão média consumida (l/s) 724,29 267,73Coeficiente de Retorno (%) 80 80Vazão média sanitária (l/s) 579,44 214,19Extensão de rede (m) 515.924 156.301Vazão de infiltração (l/s) 128,98 39,08Vazão média úmida (l/s) 708,42 253,26Vazão total – Max. horária (l/s) 1.171,96 424,61

VAZÃO ANO 2025 – ÁREA DE ABRANGÊNCIA

TOTAL ETAPA 1População atendida (hab) 450.716 166.789Consumo Per Capita (l/hab.dia) 150,0 150,0Vazão média consumida (l/s) 782,49 289,56Coeficiente de Retorno (%) 80 80Vazão média sanitária (l/s) 625,99 231,65Extensão de rede (m) 526.767 159.586

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Vazão de infiltração (l/s) 131,69 39,90Vazão média úmida (l/s) 757,69 271,55Vazão total – Max. horária (l/s) 1.258,48 456,87

VAZÃO ANO 2030 – ÁREA DE ABRANGÊNCIA

TOTAL ETAPA 1População atendida (hab) 487.517 176.032Consumo Per Capita (l/hab.dia) 150,0 150,0Vazão média consumida (l/s) 846,38 305,61Coeficiente de Retorno (%) 80 80Vazão média sanitária (l/s) 677,11 244,49Extensão de rede (m) 537.610 162.871Vazão de infiltração (l/s) 134,40 40,72Vazão média úmida (l/s) 811,51 285,21Vazão total – Max. horária (l/s) 1.353,20 480,80

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5. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO – ETE DO COCÓ

5.1. COMPARAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Por se tratar de um sistema terciário, ou seja, um tratamento capaz de

remover nitrogênio e fósforo, a gama de alternativa se torna bem restrita. Foram

comparadas três soluções, uma com lagoas, que é usual para a região, outra com

um sistema híbrido de lodos ativados por aeração prolongada e tambor rotativo

biológico (biodiscos) e a terceira com o processo de lodos ativados por aeração

prolongada em reator de fluxo alternativo (RFA). A área disponível para a 1ª etapa

que atenderia uma população de 162 mil habitantes é de 21.644m² e para a etapa

total que atenderia uma população de 487 mil habitantes é de 44.422m².

5.1.1. Sistema de lagoas de estabilização – Anaeróbia – Facultativa - Maturação

Dimensionamento preliminar do sistema de lagoas de estabilização:

A fim de comparação entre a opção por lagoas e as outras alternativas de

tratamento foi dimensionado um sistema com lagoas em série compostas por lagoa

anaeróbia, facultativa e maturação, dispostas nesta ordem respectivamente. No

dimensionamento foram utilizados os valores de vazão e carga orgânica apenas

para a primeira etapa da população a ser atendida. Estes valores podem ser

visualizados no quadro abaixo.

SISTEMAS População Atendida (Hab)

Vazões Médias Úmidas (L/s)

Vazões Totais - Máxima Horária (L/s)

Carga Orgânica (DBO - Kg O2/dia)

Concentração de Carga Orgânica p/ média (DBO - mg O2/L)

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Ano2010

Ano2030

Ano2010

Ano2030

Ano2010

Ano2030

Ano2010

Ano2030

Ano2010

Ano2030

ETE DO COCÓ (1 módulo)1ª etapa)

122.728 162.506 182,53 270,50 298,61 451,07 6.627 8.775 420 375

A seguir é apresentado o dimensionamento preliminar para cada unidade

integrante do sistema de lagoas.

Lagoa Anaeróbia:

Para o dimensionamento da lagoa Anaeróbia foi adotado o valor de

100gDBO/m³.d para a taxa de aplicação de carga orgânica, valor usualmente

indicado em bibliografias para regiões quentes. Esta carga deve ter um valor

suficiente para que a lagoa trabalhe anaerobicamente, porém não pode ser tão

elevada a ponto de ocorrer a emissão de odores desagradáveis.

Com base nesta taxa pode ser calculado o volume necessário para a

lagoa.

Volume (V):

O volume foi calculado através da seguinte fórmula:

V=LLv

Onde:

L= carga de DBO total afluente (kgDBO5/d);

Lv= taxa de aplicação volumétrica (kgDBO5/m³.d).

Portanto:

V=87750,1

=87750m³

Verificação do tempo de detenção hidráulico (TDH):

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O TDH foi calculado através da seguinte fórmula:

TDH=VQ

Onde:

V= volume (m³);

Q= vazão (m³/d).

Portanto:

TDH=8775023371,2

=3, 75 dias

O valor de aproximadamente 4 dias encontrado está dentro da faixa de 2 a 5

dias indicada em bibliografia.

Profundidade (h):

A profundidade será adotada de acordo com experiências registradas em

bibliografias, que indicam uma boa eficiência de tratamento neste tipo de lagoa

variando com profundidades de 3 a 4 metros.

O valor adotado neste estudo será de 4 metros.

Área :

A área média foi calculada através da seguinte fórmula:

Área=Vh

Onde:

V= volume (m³);

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h= profundidade (m).

Portanto:

Área=877504,0

=21937,5m²

Lagoa Facultativa:

Para o dimensionamento da lagoa Facultativa foi estimado um valor de 60%

de eficiência na remoção de DBO na lagoa anaeróbia. Portanto a carga orgânica

remanescente esperada no afluente a lagoa facultativa é de 3510 kgDBO5/d. Para

este tipo de lagoa em regiões quentes é indicado uma taxa de aplicação superficial

de 175 kgDBO5/ha.d.

Com base nesta taxa adotada pode ser calculada a área necessária para

a lagoa.

Área:

A área foi calculada através da seguinte fórmula:

Área=LLs

Onde:

L= carga de DBO total afluente (kgDBO5/d);

Ls= taxa de aplicação superficial (kgDBO5/ha.d).

Portanto:

Área=3510175

=20 ,06 ha=206500 m²

32

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Profundidade (h):

A profundidade será adotada de acordo com experiências registradas em

bibliografias, que indicam uma boa eficiência de tratamento neste tipo de lagoa

variando com profundidades de 1,2 a 2 metros.

O valor adotado neste estudo será de 1,5 metros.

Volume (V):

O volume foi calculado através da seguinte fórmula:

V=Área×h

Onde:

Área= (m²);

h= profundidade adotada (m).

Portanto:

V=206500×1,5=309750m³

Verificação do tempo de detenção hidráulico (TDH):

O TDH foi calculado através da seguinte fórmula:

TDH=VQ

Onde:

V= volume (m³);

Q= vazão (m³/d).

Portanto:

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TDH=30975023371,2

=13 ,25dias

O valor de aproximadamente de 13 dias encontrado está dentro da faixa de 7

a 20 dias indicada em bibliografia para lagoas facultativas após lagoas anaeróbias.

Lagoa de Maturação:

Para o dimensionamento da lagoa de maturação foi estimado um tempo de

detenção hidráulico (TDH) de 12 dias e uma profundidade de 1,0 m, valores dentro

dos sugeridos em bibliografias para remoção tanto de nutrientes como de

organismos patogênicos.

Com base no TDH e profundidade adotados, pode ser calculado o volume

necessário para a lagoa.

Volume (V):

O volume foi calculado através da seguinte fórmula:

V=TDH×Q

Onde:

TDH= tempo de detenção hidráulico (dias);

Q= Vazão média (m³/d).

Portanto:

V=12×23371,2=280. 454,4m³

Área:

A área foi calculada através da seguinte fórmula:

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Área=Vh

Onde:

V= volume (m³);

h= profundidade adotada (m).

Portanto:

Área=280454 ,41,0

=280454 ,4m²

Área total requerida para o tratamento com lagoas de estabilização:

A área total requerida é a soma das áreas das lagoas anaeróbia, facultativa e

maturação. Portanto a área total necessária seria de 512.391,9 m².

Considerando a população atendida de 162506 habitantes, o valor de área

requerido por habitante seria de 3,15 m²/hab.

A área total disponível para todas as etapas de tratamento é de 44.422 m²,

portanto muito menor do que a requerida por esse tipo de tratamento. Esta área

seria capaz de tratar o esgoto pelo sistema de lagoas de uma população inferior a

15.000 habitantes.

Como o espaço da estação de tratamento é limitado e não existe

possibilidade de acréscimo de área para a utilização do tratamento por lagoas, não

foram levantados valores de investimento para essa alternativa.

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ô ? �· (èÔ¿� ¼ éô ? �· ( èÔ¿ � ¼

5.1.2. Sistema com Tambor Rotativo Biológico

Em síntese, descreve-se o fluxo deste processo da seguinte forma:

O esgoto gradeado e desarenado será direcionado ao tratamento primário,

conhecido como sistema de reatores anaeróbios tipo RAFA’s, onde se processará a

remoção de cerca de 65% da matéria orgânica.

O sistema biológico, Câmara Anóxica e Tanque de Aeração receberá o

efluente dos RAFA’s. Nesta unidade, além de remoção da carga orgânica

remanescente, se processará a desnitrificação/nitrificação dos compostos

amoniacais.

A Câmara Anóxica (CA) e o Sistema de Aeração são contíguos de forma que

o efluente desnitrificado na CA é encaminhado para o Sistema com biodiscos (ou

Tambores Rotativos)/Tanques de Aeração, onde ocorrerá a nitrificação do efluente.

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O Sistema com biodiscos caracteriza-se pela utilização de equipamentos tipos

rodas ou tambores, também conhecidos como reatores RBC (reatores Biológicos de

Contatos Rotativos). A função do tambor rotativo é fornecer superfície para

crescimento de biofilme aderido. A superfície para crescimento do biofilme fornecido

pelo tambor rotativo é mantida em constante movimento dentro do tanque de

aeração. No caso dos tambores rotativos o movimento de convecção é naturalmente

alcançado pela rotação dos mesmos, conseguida com a insuflação de ar através de

bolhas grossas no tanque de aeração. Convém comentar que a aeração

propriamente dita para fins de incorporação de oxigênio no tanque será realizada

pelo sistema de bolhas finas.

Destas unidades, o lodo em excesso é recalcado do decantador secundário e

encaminhado para o reator anaeróbio, e finalmente, a fase líquida é direcionada

para o canal de desinfecção, para remoção de coliformes termotolerantes.

As principais unidades que compõem esta alternativa de tratamento são as

seguintes:

— Tratamento Preliminar;

— Tratamento Primário: Reatores RAFAs ou UASBs;

— Tratamento Secundário/Terciário: Reator Anóxico/Tanque de Aeração com biodiscos/ /Decantador Secundário;

— Sistema de reciclo de lodo;

— Sistema de reciclo de liquor biológico;

— Desinfecção

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Área requerida para o tratamento com biodiscos:

A área requerida para este tipo de tratamento extrapolou em 1.100m² da área

reservada para a 1ª etapa, mas, mesmo assim, foi realizado um orçamento

estimativo para efeito de comparativo de custos.

Orçamento estimativo:

No quadro abaixo se encontra apresentado um resumo de investimento da

ETE, onde, as unidades que se encontram destacadas em amarelo são unidades

que sofreram alteração em relação à alternativa 3.

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ITEM DISCRIMINAÇÃO % Total TOTAL01 INSTALAÇÃO DA OBRA 0,60 245.396,13

02 ETE-URBANIZAÇÃO / TERRAPLENAGEM / ÁGUA / DRENAGEM - SERVIÇO 9,89 4.031.659,01

03 ETE-URBANIZAÇÃO / TERRAPLENAGEM / ÁGUA / DRENAGEM - MATERIAIS 0,05 18.438,41

04 ETE-SISTEMA DE ENTRADA / ELEVATÓRIA FINAL - SERVIÇO 16,53 6.735.075,54

05 ETE-SISTEMA DE ENTRADA / ELEVATÓRIA FINAL - MATERIAL 2,98 1.212.236,10

06 ETE- CAIXA DIVISORA DE FLUXO - SERVIÇO 0,74 302.851,51

ETE- RAFA COM BIODISCO - SERVIÇO 39,60 21.027.883,08

ETE- REATOR DE FLUXO ALTERNADO - RFA - MATERIAL 1,41 749.476,73

ETE- DECANTADORES - SERVIÇO 8,01 4.255.107,16

ETE- DECANTADORES - MATERIAL 0,27 143.859,34

ETE- EE DE LODO - SERVIÇO 0,50 265.825,06

ETE- EE DE LODO - MATERIAL 0,67 357.519,25

ETE- EE DE RECIRCULAÇÃO - SERVIÇO 1,09 581.469,78

ETE- EE DE RECIRCULAÇÃO - MATERIAL 0,87 464.249,33

ETE- CASA DOS SOPRADORES E PAINÉIS ELÉTRICOS - SERVIÇO 7,49 3.979.181,70

12 ETE- CASA DE DESIDRATAÇÃO DE LODO - SERVIÇO 2,79 1.137.951,22

13 ETE- CASA DE DESIDRATAÇÃO DE LODO - MATERIAL 0,02 9.172,20

14 ETE- CASA DE CAL E CLORETO FÉRRICO - SERVIÇO 0,37 151.979,32

15 ETE- CASA DE CAL E CLORETO FÉRRICO - MATERIAL 0,17 68.785,42

16 ETE- TANQUE DE CLORAÇÃO E CONTATO / EE DE UTILIDADES - SERVIÇO 1,82 742.837,77

17 ETE- TANQUE DE CLORAÇÃO E CONTATO / EE DE UTILIDADES - MATERIAL 0,23 94.052,96

18 ETE- EDIFÍCIO DE CLORAÇÃO - SERVIÇO 2,26 922.322,27

19 ETE- EDIFÍCIO DE CLORAÇÃO - MATERIAL 0,07 28.412,75

20 ETE- RESERVATÓRIO ELEVADO - SERVIÇO 0,37 151.505,11

21 ETE- RESERVATÓRIO ELEVADO - MATERIAL 0,03 11.633,54

22 ETE- EDIFÍCIO DE OPERAÇÃO - SERVIÇO 0,65 265.059,19

23 ETE- PORTARIA - SERVIÇO 0,33 133.831,80

24 ETE- SUBESTAÇÃO - SERVIÇO 0,56 226.143,11

25 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS / AUTOMAÇÃO / IMPLEMENTAÇÃO DE LÓGICA 8,54 2.400.000,00

26 OPERAÇÃO ASSISTIDA E START-UP DA ETE 0,88 360.000,00

27 EMISSÁRIO FINAL - SERVIÇO 2,60 1.057.750,04

28 EMISSÁRIO FINAL - MATERIAL 2,39 973.139,54

TOTAL GERAL 53.104.804,37

5.1.3. Sistema de lodos ativados por aeração prolongada em reator de fluxo

alternativo (RFA)

O RFA utiliza os mesmos princípios que o sistema convencional de lodos

ativados:

No compartimento de aeração, os lodos ativados são misturados com o

esgoto, na presença de oxigênio. Os microrganismos contidos nos lodos ativados

quebram os compostos orgânicos, sendo que os mesmos são oxidados para a

obtenção de energia para os próprios microrganismos e formação de novas células

(lodos em excesso) o processo de oxidação biológica libera CO2 e água.

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No compartimento de sedimentação, os lodos são separados do líquido por

gravidade, e o efluente é descarregado através calhas vertedoras.

Como o processo convencional, o RFA é caracterizado por uma operação

contínua.

As principais diferenças entre o sistema convencional de lodos ativados e o

RFA são:

• operação cíclica do RFA onde a alimentação à instalação e a função dos compartimentos são continuamente alternadas. Este padrão de alimentação (acumulação-regeneração) ajuda a evitar a eventual formação de bactérias filamentosas.

• adicionalmente, não há necessidade de recirculação de lodos do tanque de sedimentação ao tanque de aeração, já que estas funções são integradas num só compartimento.

• O RFA permite a formação de zonas anóxicas, durante períodos pré-estabelecidos e ajustados em função das análises realizadas, com mistura entre esgoto e biomassa (realizada pelos misturadores submersos), que proporcionam a remoção biológica de nitrogênio.

• O RFA permite a formação de zonas anaeróbicas, durante períodos pré-estabelecidos e ajustados em função das análises realizadas, com mistura entre esgoto e biomassa (realizada pelos misturadores submersos), que proporcionam a remoção biológica de fósforo.

A configuração do RFA resulta numa instalação compacta, de fácil supervisão

e ideal quando a área disponível para a estação de tratamento é limitada.

A ampliação da instalação é fácil de executar graças à sua concepção

modular.

As principais unidades que compõem esta alternativa de tratamento são as

seguintes:

— Tratamento Preliminar;

— Reator aeróbio RFA;

— Adensador gravimétrico;

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— Elevatória de descarte de lodo adensado;

— Desidratação de lodo;

— Desinfecção

Área requerida para o tratamento com RFA:

A área requerida para este tipo de tratamento se encaixou dentro da área

reservada para a 1ª etapa.

Orçamento:

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No quadro abaixo se encontra apresentado um resumo de investimento da

ETE, onde, as unidades que se encontram destacadas em amarelo são unidades

que sofreram alteração em relação à alternativa 2.

RESUMO GERAL DO ORÇAMENTO - ETE DO COCÓ - ALTERNATIVA RFA julho / 2011

ITEM DISCRIMINAÇÃO % Total TOTAL01 INSTALAÇÃO DA OBRA 0,60 245.396,13

02 ETE-URBANIZAÇÃO / TERRAPLENAGEM / ÁGUA / DRENAGEM - SERVIÇO 9,89 4.031.659,01

03 ETE-URBANIZAÇÃO / TERRAPLENAGEM / ÁGUA / DRENAGEM - MATERIAIS 0,05 18.438,41

04 ETE-SISTEMA DE ENTRADA / ELEVATÓRIA FINAL - SERVIÇO 16,53 6.735.075,54

05 ETE-SISTEMA DE ENTRADA / ELEVATÓRIA FINAL - MATERIAL 2,98 1.212.236,10

06 ETE- CAIXA DIVISORA DE FLUXO - SERVIÇO 0,74 302.851,51

07 ETE- REATOR DE FLUXO ALTERNADO - RFA - SERVIÇO 29,10 11.858.218,42

08 ETE- REATOR DE FLUXO ALTERNADO - RFA - MATERIAL 2,35 958.111,52

09 ETE- ADENSADOR / EE DE LODO - SERVIÇO 2,56 1.044.432,23

10 ETE- ADENSADOR / EE DE LODO - MATERIAL 0,88 357.519,25

11 ETE- CASA DOS SOPRADORES E PAINÉIS ELÉTRICOS - SERVIÇO 10,23 4.166.439,46

12 ETE- CASA DE DESIDRATAÇÃO DE LODO - SERVIÇO 2,79 1.137.951,22

13 ETE- CASA DE DESIDRATAÇÃO DE LODO - MATERIAL 0,02 9.172,20

14 ETE- CASA DE CAL E CLORETO FÉRRICO - SERVIÇO 0,37 151.979,32

15 ETE- CASA DE CAL E CLORETO FÉRRICO - MATERIAL 0,17 68.785,42

16 ETE- TANQUE DE CLORAÇÃO E CONTATO / EE DE UTILIDADES - SERVIÇO 1,82 742.837,77

17 ETE- TANQUE DE CLORAÇÃO E CONTATO / EE DE UTILIDADES - MATERIAL 0,23 94.052,96

18 ETE- EDIFÍCIO DE CLORAÇÃO - SERVIÇO 2,26 922.322,27

19 ETE- EDIFÍCIO DE CLORAÇÃO - MATERIAL 0,07 28.412,75

20 ETE- RESERVATÓRIO ELEVADO - SERVIÇO 0,37 151.505,11

21 ETE- RESERVATÓRIO ELEVADO - MATERIAL 0,03 11.633,54

22 ETE- EDIFÍCIO DE OPERAÇÃO - SERVIÇO 0,65 265.059,19

23 ETE- PORTARIA - SERVIÇO 0,33 133.831,80

24 ETE- SUBESTAÇÃO - SERVIÇO 0,56 226.143,11

25 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS / AUTOMAÇÃO / IMPLEMENTAÇÃO DE LÓGICA 8,54 3.479.560,78

26 OPERAÇÃO ASSISTIDA E START-UP DA ETE 0,88 360.000,00

27 EMISSÁRIO FINAL - SERVIÇO 2,60 1.057.750,04

28 EMISSÁRIO FINAL - MATERIAL 2,39 973.139,54

TOTAL GERAL 40.744.514,60

1.1.4. Comparativo Econômico

Segue abaixo os principais itens que diferem da alternativa com biodisco

para a alternativa com RFA:

DESCRIÇÃO ALT. BIODISCO ALT. RFATambor Rotativo

(60 unidades)

60 x R$130mil =

R$7,8 milhões

-

42

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Sopradores,

tubulações para

transporte do ar e

difusores

R$ 3,0 milhões R$ 3,3 milhões

Decantadores (4

unidades)

4 x R$1,1 milhão =

R$ 4,4 milhões

-

Adensadores / ee

lodo (2 unidades)

2 x R$ 700 mil =

R$ 1,4 milhãoEE lodo R$ 623 mil

EE recirculação ( 2

unidades)

2 x R$ 500 mil =

R$ 1 milhãoElétrica /

AutomaçãoR$ 2,4 milhões R$ 3,5 milhões

TOTAL R$ 18,9 milhões R$ 8,2 milhões

A alternativa utilizando o sistema RFA foi a escolhida por ser mais compacta,

possuir menos partes móveis (sem decantador secundário e ee de recirculação) e

por possuir custos mais reduzidos.

1.2. DADOS GERAIS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS

1.2.1. Vazões e Cargas

A Estação de Tratamento de Esgotos do Cocó, terá capacidade para atender

as Bacias CD4, CD5, CE7, CE8, CE9, CE10, CE11, e CE12, resultando numa

43

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população total de 487.517 habitantes. Ela será dividida em três módulos e para

atender as bacias CE7, CE8 e CE9, será projetado o 1º módulo.

A alternativa selecionada está intrinsecamente relacionada á exigüidade de

área disponível para implantação do sistema de tratamento. Condição que

juntamente com o menor custo de investimento tornou-se indispensável e

determinante para sua seleção.

A área disponível para implantação da estação de tratamento tem

aproximadamente 44.422 m2 e está localizada ao lado do açude Uirapuru. Para o 1º

módulo será necessária uma área de 21.644 m2 .

O sistema de tratamento utilizado será o processo de lodos ativados por

aeração prolongada em reator de fluxo alternativo (RFA), que será capaz de operar

mesmo em condições adversas de carga orgânica e vazões, incluindo vazões de

chuva superiores às vazões de pico.

Os esgotos afluentes a serem tratados na ETE DO COCÓ serão constituídos

de esgotos domésticos, não estando previstas contribuições de despejos líquidos

industriais significantes.

O quadro mostrado a seguir apresenta em síntese as vazões e cargas

orgânicas de interesse utilizadas para dimensionamento da Alternativa de Processo

selecionada no presente relatório.

Vazões e Cargas

SISTEMAS

População Atendida (Hab)

Vazões Médias Úmidas (L/s)

Vazões Totais - Máxima Horária

(L/s)

Carga Orgânica (DBO - Kg O2/dia)

Concentração de Carga Orgânica p/

média (DBO - mg O2/L)

Ano2010

Ano2030

Ano2010

Ano2030

Ano2010

Ano2030

Ano2010

Ano2030

Ano2010

Ano2030

ETE DO COCÓ (total) 322.758 487.517 484,35 811,51 772,98 1.353,20 17.429 26.326 416 375

44

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ETE DO COCÓ (1 módulo)1ª etapa)

122.728 162.506 182,53 270,50 298,61 451,07 6.627 8.775 420 375

1.3. PLANTAS EM OPERAÇÃO UTILIZANDO O SISTEMA RFA

Segue abaixo a descrição de algumas plantas que se encontram em

operação utilizando o processo adotado:

• ETE Melchior ( RFA como pós tratamento de reatores anaeróbios –

UASB) – ETE para 1 milhão de habitantes, cidade satélite TABATINGA e

SAMAMBAIA (Brasília –DF)

• ETE Votorantim (03 linhas) – ETE para 75000 hab. – atualmente opera 01

linha, pois está com baixa vazão e carga. Município de Votorantim (SP)

• 05 estações no Espírito Santo:

- ETE Vitória (ETE Mulemba) – 01 linha em operação (200 mil habitantes)

– 01 linha em fase de startup (250 mil habitantes)

- ETE Vila Velha (ETE Araças) – 01 linha (250 mil hab.)

- ETE Guarapari (ETE Aeroporto) – 01 linha (100 mil hab.)

- ETE Cariaçica – 01 linha 150 mil hab.

- ETE Cachoeiro do Itapemirim (ETE Coronel Borges) – 02 linhas (100 mil

hab. Por linha)

• 03 Estação para efluentes industriais (AMBEV)

• Estações em fase de implantação:

- ETE Mogi Guaçu

- ETE Varzea Paulista – ETE com 02 linhas para tratar esgoto das

cidades de Campo Limpo e Várzea Paulista – 186000 hab. (1° Fase) + 01

linha (93000 hab. Fim de plano).

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- ETE Sta Barbara d’Oeste- ETE com 02 linhas (60000 hab. Cada linha)

1.4. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE TRATAMENTO

1.4.1. Unidades Constituintes da ETE

A Estação de Tratamento de Esgotos será composta pelas seguintes

unidades:

• Caixa de Chegada;

• Gradeamento Médio;

• Gradeamento Fino;

• Estação Elevatória Final;

• Medidor de vazão;

• Caixa de areia;

• Reator aeróbio RFA;

• Adensador gravimétrico;

• Elevatória de descarte de lodo adensado;

• Desidratação de lodo.

1.4.2. Fluxo do Esgoto

O esgoto chega por gravidade na caixa de chegada e na seqüência é

gradeado através de grade média com espaçamento de 20 mm e por uma Peneira

Rotativa com espaçamento de 6 mm. Do canal de gradeamento o esgoto passará

por medição de vazão em Calha Parshall e irá por gravidade, via canal, para as

caixas de areia. O esgoto será quantificado por meio de calha Parshall, onde a

vazão é medida através de medidor ultra-sônico e registrada no supervisório.

As caixas de areia terão a função de reter sólidos minerais de alta

decantabilidade (areia). Os sólidos separados serão removidos por um lavador de

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areia tipo parafuso classificador que encaminhará a areia para caçambas

removíveis. O esgoto seguirá até a elevatória final que recalcará os esgotos

gradeados para a caixa divisora de fluxo do Reator de Fluxo Alternado.

O esgoto desarenado será lançado por meio de recalque da estação

elevatória final para uma caixa divisora de vazão CDV, e por gravidade será

encaminhado para os tanques de aeração/decantação RFA. A estação elevatória

fnal também receberá as águas de retorno oriundas dos adensadores e da

desidratação. O efluente das caixas de areia adentrará aos Tanques de Aeração

através de tubulações de entrada e válvulas automatizadas.

Os tanques de aeração serão equipados com difusores de bolha fina e o

efluente decantado sairá do tanque através de sistema de tubulação perfurada que

será instalada sob o nível de água nos compartimentos de decantação do RFA. A

tubulação de coleta do efluente tratado será conectada à canaleta de saída e desta

o efluente seguirá por tubulação enterrada.

O efluente clarificado, oriundo do compartimento de decantação do RFA, será

encaminhado por tubulação ao tanque de contato, onde será desinfetado com

utilização de gás cloro e segue para calha parshall para medição de vazão.

O lodo a ser descartado no processo será extraído diretamente do

compartimento de decantação do RFA e será encaminhado, por gravidade, para o

adensador gravimétrico localizado à jusante dos RFA. Os adensadores serão do tipo

circular com raspador de fundo.

Do adensador gravimétrico, o lodo adensado será encaminhado para a

elevatória de descarte de lodo, de onde, serão bombeados para a casa de

desidratação, alimentando a centrífuga.

47

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A centrifuga será alimentada por bombas do tipo cavidades progressivas que

operarão com velocidade variável. Os filtrados da centrífuga serão encaminhados

para a elevatória de esgoto bruto.

Os esgotos clarificados, cuja composição estará enquadrada dentro dos

parâmetros exigidos pelo órgão de controle ambiental, deixarão por gravidade, a

unidade de medição de vazão em calha Parshall e seguirá para o corpo receptor.

Vantagens do processo de lodos ativados por aeração prolongada:

• Atende as legislações ambientais e suporta a carga de choque;

• Permite a automação total das unidades de tratamento,

minimizando o custo operacional;

• Totalmente inodora;

• Facilidade de operação;

• Suporta vazões de período de chuvas sem arraste de lodo.

1.4.3. Pré-Tratamento

Gradeamento médio

A grade de barras, adequada para a vazão máxima do presente trabalho é de

1,60 m de largura de canal para cada módulo e com espaçamento entre as barras

de 20 mm.

Gradeamento fino

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A grade de barras, tipo peneira, adequada para a vazão máxima do presente

trabalho é de 1,60 m de largura de canal e com espaçamento entre as barras de 6

mm.

É importante que se coloque uma grade com pequeno espaçamento entre as

barras para reter materiais flutuantes para não obstruir as tubulações e unidades

subseqüentes da ETE.

A jusante da peneira foi prevista a instalação de uma calha Parshall de 2’,

com objetivo de medir vazões e também para controlar a lâmina de esgotos à

jusante da grade.

Medição de Vazão

Deverá ser instalada uma Calha Parshall no canal de entrada para

monitoramento da vazão afluente à ETE. A velocidade no canal de entrada deverá

ser mantida acima de 0,40 m/s.

A calha Parshall terá as seguintes características:

• Largura Nominal Ln = 61,0 cm;

• Capacidade de medição de 13,8 a 818,0 l/s.

Caixa de Areia

O esgoto carreia areia e esse material, depositado nas unidades

subsequentes, diminui o volume útil, prejudicando o desempenho da ETE, além de

danificar equipamentos por abrasão e entupimentos dos difusores de bolha fina.

Desta forma, é importante que se remova o material depositado, para que não

reduza o volume útil das unidades subsequentes e dessa forma não caia o

rendimento da ETE.

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Nas caixas de areia “tipo Canal”, a areia vai se depositando e depende do

operador para a extração do material depositado.

De acordo com a NB-570 da ABNT, para vazões de dimensionamento

superiores a 250 l/s a caixa de areia deverá possuir dispositivo de remoção

mecanizada de areia.

A caixa de areia escolhida foi a do tipo “Tanque Quadrado”, pois a areia é

arrastada para um poço através de um raspador de fundo e um parafuso

classificador extrai areia da unidade, removendo o excesso de água.

Deverão ser utilizadas duas caixas de areia de (6,1 x 6,1) m em planta.

Quantidade de areia retida: 40 l/1000 m3 esgoto.

ANO VOLUME DIÁRI02010 0.5 m3/d2030 1,0 m3/d

A lavagem de areia será feita na própria calha de transporte de areia

removida, através de lavador, que é parte integrante do equipamento de remoção.

A disposição da areia removida no desarenador terá o mesmo destino do

material gradeado e do lodo produzido na estação de tratamento de esgotos.

As caixas de areia foram dimensionadas para as seguintes vazões:

1° Etapa 2° EtapaVazão média 270,50L/s 811,51L/sVazão máxima horária 451,07 L/s 1.353,20 L/s

A taxa hidráulica para uma unidade operando será de 1048 m3/m2*dia. Esta

taxa ocorrerá considerando a vazão máxima horária em final do plano, ano 2030.

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Formato quadrado: L = 6,10 m (37,21 m2)

1.4.4. Estação Elevatória Final

Esta estação de recalque foi prevista para a instalação de quatro conjuntos

moto-bomba, operando três de cada vez. É prevista para a 1ª etapa, a implantação

de 2 conjuntos moto-bomba, sendo um de reserva.

Na sua concepção, a bomba deverá ser acionada ao ser atingido o nível

máximo do poço de sucção e desligada somente quando for atingido o nível mínimo

no poço, por meio de sensor de nível. Deverá ser prevista a reversão cíclica entre as

bombas, de maneira que a cada acionamento seja ligada uma bomba diferente.

Esta elevatória foi dimensionada para a vazão de 1.353,20 l/s, cobrindo as

vazões de contribuição previstas até o alcance do projeto.

O poço das bombas foi previsto com 7,6m x 12,10m. Em função dos

condicionantes de projeto, as cotas adotadas para os níveis extremos do poço são:

― Nível mínimo = -1,47m

― Nível máximo = 0,74m

O volume útil correspondente resultou em 203,23 m³.

Em virtude das condicionantes do projeto, as características do recalque

serão:

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― Altura manométrica: 19,98 m.c.a.

― Vazão de recalque: 1.353,20 L/s

― Diâmetro para a tubulação de recalque igual a 1.000mm, que

corresponde a uma velocidade do fluxo de 1,72m/s.

O acionamento dos motores será através de inversores estáticos de

freqüência permitindo que a ETE seja alimentada continuamente evitando paradas

de fluxo prejudiciais ao processo de tratamento. Para o final de plano poderão estar

operando 3, 2 ou 1 bomba a depender da vazão de chegada na elevatória, sendo a

capacidade unitária de 451,07 l/s. Para a 1ª etapa a vazão unitária será de 500 l/s.

O supervisório deverá definir uma lógica que procure manter o nível no poço

de sucção. Para tanto na “tendência” de subir o nível a lógica definirá aumentar a

velocidade dos motores e entrada de outro conjunto moto-bomba. Na “tendência” de

queda do nível ocorrerá diminuição na velocidade dos motores e desligamento de

bombas, uma após a outra.

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BaciaBairroElevatória

Qmín. (L/s) 143,144 Qmín. (L/s) 250,592

Qméd (L/s) 286,289 Qméd. (L/s) 501,184

Qmáx. (L/s) 772,980 Qmáx. (L/s) 1353,196 451,0653333

7,40

0,74

1 - Circular2 - Retangular 7,60 12,10

0,74-2,17 203,230,70 23,66 minutos2,21

COCÓ

EE-FINAL

Tempo de detenção máximo (Qmín. Inicial)

Largura e comprimento (m)

203,23

2

Condições finais

Estação Elevatória de Esgotos (Poço de Sucção e Linha de Recalque)

1. IDENTIFICAÇÃO

Cota do terreno onde está a elevatória (m)Cota da GI tubo de chegada na elevatória (m)

Submergência da bomba (m)Altura útil no poço (m)

Volume útil do poço de sucção (m³)

2. DADOS GERAIS

Cota do fundo do poço (m)

Volume adotado para o poço (m³)

Condições iniciais

Cota do NA máximo no poço de sucção (m)

3. DIMENSIONAMENTO DO POÇO DE SUCÇÃO

Geometria

Volume recomendado para o poço de sucção, considerando o tempo mínimo de detenção de

10min (em m³):202,979

Diâmetro do poço de sucção (m)

7,50

14,85 Rugosidade

238,0 1201353,20 451,065 140

1 BOMBA 451,070,90 120

Barrilete 1 500 2,30

Barrilete 2 1000 1,72

Recalque 1000 1,72

14,85

17,32

19,98 DN escolhido (mm)

Limites de velocidades de recalque recomendadas por norma: Vel. Mín.: 0,60 m/s Vel. Máx.: 3,00 m/s

Nota: 1) Foram considerados possíveis pontos altos que possam existir entre a elevatória e o PV que receberá a linha de recalque;

1 - Na calçada2 - Na via de tráfego

Comprimento da linha de recalque (m)

1,720,0776

0,30

1 - Ferro Fundido2 - PVC

Perda de carga total (m)

1,72

Perdas localizadas (m)

0,00

2,66Altura Geométrica (m)

Perda de carga (m)GI da tubulação na chegada de descarga (m)

Altura Manométrica Total (m)

0,0027

0,0027

4. DIMENSIONAMENTO DA LINHA DE RECALQUE

Cota do terreno do local que recebe o recalque da elevatória

Perda de carga unitária (m/m)

PV de TransiçãoCota da GI no local que recebe o recalque da elevatória (m)

Opção

Vazão de recalque - L/s (Qmáximo final de plano)

Diâmetro (mm)

Velocidade (m/s)

4.1 Simulações com diferentes diâmetros

Recobrimento mínimo recomendado (m)

2

400

0,93

0,00

3 - Outro

Tubulação de recalqueMaterial

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1353,2010,0

202,98

QUADRO RESUMO

3 oper +1 reserva451,0719,98100400

1000

7,40

0,74

-1,47

0,00

890SubmersívelTipo

Rendimento aprox. Rotação (rpm)

Sendo assim, observa-se que os valores adotados para o poço de sucção, (sem considerar as características do conjunto de recalque),

estão com o dimensionamento proposto

Características do conjunto de recalque

Características do poço de sucção

Vazão (L/s) Bomba A.M.T. (m.c.a) Potência (Hp) 150,00

Diâmetro (m)

Cota do terreno (m)

DN saída (mm)

Vazão de bombeamento (L/s)

Volume mínimo do poço (m³)Tempo de detenção (min)

Passagem de sólidos (mm)

NA máximo (m)

NA Mínimo (m)

Diâmetro da linha de recalque (mm)

5. VOLUME MÍNIMO (RECOMENDADO) DO POÇO DE SUCÇÃO, CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS DO CONJUNTO DE RECALQUE

83,90%

OK!

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DN 500 DN 1000 DN 1000

Quantidade hp (m) Quantidade hp (m) Quantidade hp (m)

Ampliação Gradual 0,30 4 0,323 0,000 0,000

Bocais 2,75 0,000 0,000 0,000

Comporta Aberta 1,00 0,000 0,000 0,000

Controlador de Vazão 2,50 0,000 0,000 0,000

Cotovelo de 90º 0,90 0,000 0,000 0,000

Cotovelo de 45º 0,40 0,000 0,000 0,000

Crivo 0,75 0,000 0,000 0,000

Curva de 90º 0,40 1 0,108 0,000 2 0,121

Curva de 45º 0,20 1 0,054 0,000 0,000

Curva de 22,5º 0,10 0,000 0,000 0,000

Entrada Normal de Canalização 0,50 1 0,135 0,000 0,000

Entrada de Borda 1,00 0,000 0,000 0,000

Existência de pequena derivação 0,03 0,000 0,000 0,000

Junção 0,40 1 0,108 0,000 0,000

Medidor Venturi 2,50 0,000 0,000 0,000

Redução Gradual 0,15 0,000 0,000 0,000

Saída de canalização 1,00 1 0,269 0,000 0,000

Tê, passagem direta 0,60 0,000 0,000 2 0,182

Tê, saída de lado 1,30 0,000 0,000 0,000

Tê, saída bilateral 1,80 0,000 0,000 0,000

Válvula de ângulo aberta 5,00 0,000 0,000 0,000

Válvula de gaveta aberta 0,20 1 0,054 0,000 0,000

Válvula borboleta aberta 0,30 0,000 0,000 0,000

Válvula-de-pé 1,75 0,000 0,000 0,000

Válvula de retenção 2,50 1 0,673 0,000 0,000

Válvula de globo aberta 10,00 0,000 0,000 0,000

Velocidade 1,00 0,000 0,000 0,000

1,723 0,000 0,303

Perdas de carga localizadas

Ks Descrição

Total (hp1/hp2/hp3)

Barrilete 1 Barrilete 2 Recalque

55

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BaciaBairroElevatória

1353,20238,0017,32

CURVA DO SISTEMAVazão

(L/s)

1 0,00 0,000 17,3200

2 150,00 0,229 17,5598

3 300,00 0,458 17,8170

4 450,00 0,687 18,0895

5 600,00 0,916 18,3764

6 750,00 1,145 18,6771

7 900,00 1,374 18,9911

8 1050,00 1,603 19,3181

9 1200,00 1,832 19,6578

10 1400,00 2,138 20,1300

3 BOMBAS OPERANDO 2 BOMBAS OPERANDO 1 BOMBA OPERANDO

0,00 29,40 0,00 29,40 0,00 29,40150,00 29,00 150,00 28,90 150,00 28,00300,00 28,50 300,00 27,60 300,00 24,30450,00 27,80 450,00 26,40 450,00 19,50600,00 26,80 600,00 24,30 600,00 13,70750,00 25,70 750,00 22,10 750,00900,00 24,30 900,00 19,80 900,001050,00 23,00 1050,00 17,00 1050,001200,00 21,30 1200,00 13,70 1200,001400,00 19,70 1400,00

Vazão (L/s)

Altura Manométrica

(m.c.a.)

Vazão (L/s)

Altura Manométrica

(m.c.a.)

Altura Manométrica (m.c.a.)

Vazão (L/s)

Altura Geométrica (m)

EE-FINAL

0,0021

0,0009

Pontos RecalquePerda de carga unitária

(m/m)

0,0000

IDENTIFICAÇÃO

COCÓ

2,8100

1,9981

0,0006 1,0564

0,0028

1000

0,0000

0,0017

0,0002

0,0012

0,0003

Perda localizada

Perda de carga total (m)

0,2398

2,3378

1,3571

1,6711

0,4970

Curva do Sistema X Curva da Bomba

Altura manométrica

(m.c.a.)

Vazão de recalque (Qmáximo final de plano) L/sComprimento total da linha de recalque (m)

0,7695

0,0000

56

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10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

0 150 300 450 600 750 900 1050 1200 1400

Altura Manométrica (m.c.a.)

Vazões (L/s)

Curva do Sistema X Curva da Bomba

CURVA DO SISTEMA 3 BOMBAS OPERANDO 2 BOMBAS OPERANDO 1 BOMBA OPERANDO

57

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ELEVATÓRIA

451 l/s 10,33 M.C.A consultar planilha de pressão atmosférica (depende da altitude)

0 m COTA EIXO BOMBA - COTA Namín 6 NORMAL 25ºC

250 mm

4

1

120 0,32

QUANTIDADE Le DIÂMETRO COMPRIMENTO EQUIVALENTE (m)

### X - X - = -

### X - X - = -

### X - X - = -

### X - X - = -

### X - X - = -

### X - X - = -

### X - X - = -

### X - X - = -

### X - X - = -

### X - X - = -

### X - X - = -

### X - X - = -

= 0 m

L = Le TOTAL + DESNÍVEL (Hg)

L = 0 + 0 = 0 m

Patm

TEMP.(Cº)

Depende do material PRESSÃO DO VAPOR

TABELA PARA CÁLCULO DO COMPRIMENTO EQUIVALENTE DAS PEÇAS ESPECIAIS

TOTAL

VAZÃO

DESNÍVEL SUCÇÃO

DN DE SUCÇÃO

MATERIAL DO TUBO

RUGOSIDADE Depende da temperatura

CÁLCULO DO NPSH

DADOS DE ENTRADA

CÁLCULADO PARA A SUCÇÃO A FIM DE EVITAR A CAVITAÇÃO E NÃO PREJUDICAR A BOMBA

EE FINAL

PREENCHER OS DADOS DE ENTRADA CÉLULAS EM CINZA E COM SETAS

PERDAS NA SUCÇÃO:

Se a bomba estiver submersa não precisa calcular o NPSH pois valerá o do fabricante devendo apenas cuidar com a escolha da bomba (o ponto de operação)

TIPO DE INSTALAÇÃO

PEÇA

25

400

COTOVELO DE 90º

COTOVELO DE 45º

CURVA DE 90º

CURVA DE 45º

ENTRADA DE BORDA

REGISTRO GLOBO ABERTO

ENTRADA DE CANALIZAÇÃO

SAÍDA DE CANALIZAÇÃO

TÊ PASSAGEM DIRETA

VÁLVULA DE PÉ C/ CRIVO

TÊ PASSAGEM LATERAL

VÁLVULA DE RETENÇÃO

FERRO FUNDIDO

BOMBA AFOGADA

58

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Hmt para DN 7

L= 0 m

Q= 451 l/s = 0,00

C= 120 (rugosidade)

NPSHd = Patm - Desn - Perdas - PVAPOR

NPSHd = 10,33 - 0 - 0,00 - 0,32

NPSHd = 10,01

PARA:Q final= 451 l/s NPSHr = 5,5Hmfinal= 19,98 mca

Bomba: Sistema: Situação5,5 <= 10,01 OK! LEMBRAR DE CONFERIR A ALTURA DE REESCORVAMENTO

FORNECIDA PELO FABRICANTE (DEVE SER MAIOR QUE O DESNÍVEL GEOMÉTRICO)

entrar com o valor do NPSHr (requerido) fornecido pelo fabricante da bomba

DADOS DA BOMBA (RETIRADOS DA CURVA DO CATÁLAGO ELETRÔNICO)

CÁLCULADO COM A FÓRMULA DE HAZEN - WILLIAMS

TABELA DE VELOCIDADES: CÁCULADO COM BASE NA PLANILHA DE VELOCIDADES

CASO QUEIRA TESTAR COM OUTROS DIÂMETROS PODE ALTERAR AQUI OU NO COMEÇOPARÂMETROS DE CÁLCULO

Análise do NPSH:

400

ESTUDO DE GOLPE DE ARIETE

O estudo dos transientes hidráulicos foi efetuado com o auxílio do programa

de computador Surge 2006 da KY-Pipe, o mais renomado programa para esta área

de aplicação.

Os dados utilizados para o cálculo dos transientes hidráulicos são:

Vazão: 3 bombas de 460 L/s cada

Coeficiente de Rugosidade (Hazen-Williams): 120

Extensão: 238 m

Diâmetro Interno: 1048 mm

Espessura: 10,5 mm

Altura Geométrica: 17,32 m

Altura Manométrica: 19 m.c.a.

Velocidade da Onda (celeridade): 989 m/s

Material: FD K7 JGS

Tempo de Análise: 100 s

59

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O gráfico a seguir demonstra o perfil da adutora e a linha piezométrica em

condições.

60

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Durante o funcionamento em regime normal de operação do sistema, é

fornecido o seguinte relatório pelo programa:

* * * * * * * * * * K Y P I P E 4 * * * * * * * * * * * * * University of Kentucky Network Modeling Software * * * * Copyrighted by KYPIPE LLC * * Version 2 - 01/31/2005 * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Date & Time: Tue Nov 08 13:00:23 2011 INPUT DATA FILENAME -------------- C:\Projeto\LR_FINAL.DT2 TABULATED OUTPUT FILENAME -------- C:\Projeto\LR_FINAL.OT2 POSTPROCESSOR RESULTS FILENAME --- C:\Projeto\LR_FINAL.RS2

************************************************ S U M M A R Y O F O R I G I N A L D A T A ************************************************

U N I T S S P E C I F I E D

FLOWRATE ............ = liters/second HEAD (HGL) .......... = meters PRESSURE ............ = kpa

P I P E L I N E D A T A

STATUS CODE: XX -CLOSED PIPE CV -CHECK VALVE

P I P E NODE NAMES LENGTH DIAMETER ROUGHNESS MINOR N A M E #1 #2 (m) (mm) COEFF. LOSS COEFF. ------------------------------------------------------------------------------- P-1 O-B3 J-14 10.00 500.00 120.0000 6.40 P-15 J-14 J-15 92.00 1000.00 120.0000 2.00 P-17 J-16 R-1 10.00 1000.00 120.0000 0.00 P-2 J-15 J-16 146.00 1000.00 130.0000 0.00 P-3 O-B1 J-14 10.00 500.00 120.0000 6.40 P-4 O-B3_ J-14 10.00 500.00 120.0000 6.40

P U M P/L O S S E L E M E N T D A T A

THERE IS A DEVICE AT NODE B1 DESCRIBED BY THE FOLLOWING DATA: (ID= 1)

HEAD FLOWRATE EFFICIENCY (m) (l/s) (%) 27.00 200.00 63.00 21.30 400.00 83.00 13.80 600.00 80.00 THERE IS A DEVICE AT NODE B3 ...............................> (ID= 1) THERE IS A DEVICE AT NODE B3_ ...............................> (ID= 1)

E N D N O D E D A T A

NODE NODE EXTERNAL JUNCTION EXTERNAL NAME TITLE DEMAND ELEVATION GRADE (l/s) (m) (m) -------------------------------------------------------------- O-B1 0.00 -1.47 O-B3 0.00 -1.47

61

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O-B3_ 0.00 -1.47 J-14 0.00 7.50 J-15 0.00 7.50 J-16 0.00 7.50 R-1 ---- 14.85 14.85

O U T P U T O P T I O N D A T A

OUTPUT SELECTION: ALL RESULTS ARE INCLUDED IN THE TABULATED OUTPUT

S Y S T E M C O N F I G U R A T I O N

NUMBER OF PIPES ...................(p) = 6 NUMBER OF END NODES ...............(j) = 3 NUMBER OF PRIMARY LOOPS ...........(l) = 0 NUMBER OF SUPPLY NODES ............(f) = 4 NUMBER OF SUPPLY ZONES ............(z) = 1

================================================================================Case: 0

RESULTS OBTAINED AFTER 6 TRIALS: ACCURACY = 0.00000

S I M U L A T I O N D E S C R I P T I O N (L A B E L)

P I P E L I N E R E S U L T S

STATUS CODE: XX -CLOSED PIPE CV -CHECK VALVE

P I P E NODE NUMBERS FLOWRATE HEAD MINOR LINE HL+ML/ HL/ N A M E #1 #2 LOSS LOSS VELO. 1000 1000 (l/s) (m) (m) (m/s) (m/m) (m/m) ----------------------------------------------------------------------------------------- P-1 O-B3 J-14 459.83 0.10 1.79 2.34 189.41 10.46 P-15 J-14 J-15 1379.50 0.25 0.31 1.76 6.16 2.74 P-17 J-16 R-1 1379.50 0.03 0.00 1.76 2.74 2.74 P-2 J-15 J-16 1379.50 0.34 0.00 1.76 2.36 2.36 P-3 O-B1 J-14 459.83 0.10 1.79 2.34 189.41 10.46 P-4 O-B3_ J-14 459.83 0.10 1.79 2.34 189.41 10.46

P U M P/L O S S E L E M E N T R E S U L T S

INLET OUTLET PUMP EFFIC- USEFUL INCREMTL TOTAL #PUMPS #PUMPS NPSH

NAME FLOWRATE HEAD HEAD HEAD ENCY POWER COST COST PARALLEL SERIES Avail.

(l/s) (m) (m) (m) (%) (kW) ($) ($) (m)

--------------------------------------------------------------------------------------------------------

O-B1 459.83 0.00 19.15 19.2 ---- ----- --- ---- ** ** 10.1

O-B3 459.83 0.00 19.15 19.2 ---- ----- --- ---- ** ** 10.1

O-B3_ 459.83 0.00 19.15 19.2 ---- ----- --- ---- ** ** 10.1

E N D N O D E R E S U L T S

NODE NODE EXTERNAL HYDRAULIC NODE PRESSURE NODE NAME TITLE DEMAND GRADE ELEVATION HEAD PRESSURE (l/s) (m) (m) (m) (kpa) ------------------------------------------------------------------------------ O-B1 0.00 17.68 -1.47 19.15 187.82

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O-B3 0.00 17.68 -1.47 19.15 187.82 O-B3_ 0.00 17.68 -1.47 19.15 187.82 J-14 0.00 15.79 7.50 8.29 81.28 J-15 0.00 15.22 7.50 7.72 75.73 J-16 0.00 14.88 7.50 7.38 72.35 R-1 ---- 14.85 14.85 0.00 0.00

S U M M A R Y O F I N F L O W S A N D O U T F L O W S

(+) INFLOWS INTO THE SYSTEM FROM SUPPLY NODES (-) OUTFLOWS FROM THE SYSTEM INTO SUPPLY NODES

NODE FLOWRATE NODE NAME (l/s) TITLE -------------------------------------------- B1 459.83 B3 459.83 B3_ 459.83 R-1 -1379.50

NET SYSTEM INFLOW = 1379.50 NET SYSTEM OUTFLOW = -1379.50 NET SYSTEM DEMAND = 0.00 ***** HYDRAULIC ANALYSIS COMPLETED *****

Pelos dados acima vemos que a pressão interna na tubulação chegaria a

187,82 KPa (18,88 m.c.a.) no ponto da bomba.

A seguir é fornecido o relatório das pressões máximas e mínimas ao longo da

tubulação para o caso de uma parada brusca no sistema ocasionando os transientes

hidráulicos, sem a utilização de qualquer dispositivo de proteção.

SUMMARY OF MAXIMUM AND MINIMUM HEADS: Position no. MaxHead MinHead Time MaxPressure MinPressure MaxTime MinTime (m) (m) Reverse Grad. (kPa) (kPa) (sec) (sec) O-B1 19.15 12.64 0.000 187.883 123.985 1.01600 2.17600 O-B2 30.75 -3.92 0.040 301.633 -38.474 2.70399 2.68799 O-B3 19.15 12.64 0.000 187.883 123.983 1.00000 2.17600 J-14 10.04 -3.29 0.088 98.471 -32.238 4.23197 2.67999 J-15 9.37 0.44 0.000 91.892 4.343 7.94393 2.58400 J-16 13.86 1.34 0.000 135.930 13.158 2.42400 2.44000 R-1 0.00 0.00 0.000 0.000 0.000 0.00800 0.00800 #O-B1 0.00 0.00 0.000 0.000 0.000 0.00800 0.00800 #O-B2 0.00 0.00 100.003 0.000 0.000 0.00800 0.00800 #O-B3 0.00 0.00 100.003 0.000 0.000 0.00800 0.00800

Pelos dados acima vemos que a pressão interna na tubulação chegaria a

30,75 m.c.a. no ponto da bomba e ocorreria sub-pressão em alguns pontos da

adutora, porém, todos dentro do limite aceitável.

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O acima descrito fica evidente nos dois gráficos que seguem. O primeiro

contempla a envoltória da linha piezométrica com as altitudes máximas e mínimas e

o segundo a envoltória das pressões máximas e mínimas, bem como os pontos de

sub-pressão (vácuo).

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Os gráficos da simulação anterior mostram que com a análise das envoltórias

das pressões (máxima e mínima) em confronto com o perfil da adutora há a

ocorrência de sub-pressão, porém, não chegando a formar o vácuo (até -10 m.c.a.).

A seguir, se encontra apresentado o comportamento de uma das bombas,

durante o transiente.

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1.4.5. Tratamento Biológico

O processo de lodos ativados por Aeração Prolongada opera com Relação

Alimento / Microrganismos (F/M) de 0,15 kgDBO/kgSSVTA.dia e idade de lodo de 15

dias.

A. DADOS PARA PROJETO

A.1. Características do afluente

População final de plano 487.517 hab.Vazões

Vazão média 811,51 L/sVazão máxima horária 1.353,20 L/sVolume médio/dia 70.113,6 m3/d

Demanda Biológica de Oxigênio (DBO)

Concentração 375 mg/lCarga Diária DBO 26.326 kg/d

A.2. Qualidade do Efluente TRATADO

DBO5 90 – 95 % REMOÇÃOSólidos sedimentados < 1,0 ml/lTemperatura < 40 º C

C. DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES

C.1- Sistema Biológico

68

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O sistema deverá ser executado em 06 linhas (unidades) paralelas e cada

qual com três tanques, dois tanques com função de aeração e decantação e um

tanque exclusivo de aeração. Na primeira fase de implantação serão implantadas

duas linhas de tratamento com capacidade para tratar uma população servida de

162.506 habitantes.Cada linha foi projetada para uma população de 81.253

habitantes.

O sistema biológico adotado tem por base o processo de lodos ativados por

aeração prolongada e dentro desta modalidade optou-se por um sistema RFA

(Reator de Fluxo Alternado) com os seguintes ciclos operacionais:

Fase Principal A: 120 min.

Entra

Sai

Decantação

Aeração Aeração Descarte de lodo

Fase principal A – Alimentação no TQ aeração/decantação A: 2 horas

Alimentação com aeração contínua em A, decantação no TQ

aeração/decantação B.

Fase de transição de A para B: 45 min.

Entra

Sai

69

TQ aer/

Dec A

TQ Aeração C TQ

aer/Dec B

T

Q

aer/Dec A

TQ Aeração

C

T

Q

aer/Dec B

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Preparo Decant. Aeração Decantação

Fase de transição A/B – Alimentação tanque Aeração C: 45 min.

Alimentação com aeração contínua em C, TQ aeração/decantação B em

sedimentação e TQ aeração/decantação A em preparo para decantação.

Fase Principal B: 120 min.

Entra

Sai

Decantação Aeração Aeração Descarte lodo

Fase principal B - Alimentação no TQ aeração/decantação B: 2 horas

Alimentação com aeração contínua em B, decantação no TQ

aeração/decantação A.

Fase Transição de B para A: 45 min.

Entra

Sai

70

TQ aer/

Dec A

TQ Aeração C TQ

aer/Dec B

TQ aer/

Dec A

TQ Aeração C TQ

aer/Dec B

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Decantação Aeração Preparo Decantação Descarte lodo

Fase de transição – Alimentação tanque Aeração C: 45 min.

Alimentação com aeração contínua em C, TQ aeração/decantação B em

sedimentação e TQ aeração/decantação B em preparo para decantação.

Vantagens:

O sistema RFA , possuí os princípios do reator biológico por batelada

seqüencial, porém com algumas vantagens adicionais, a saber:

• Por receber alimentação seqüencial alternada, este sistema trabalha com

nível constante e dispensa o sistema de flutuador para descarte de efluente

tratado;

• A fase de alimentação e descarte ocorrem simultaneamente, porém em

tanques distintos;

• O RFA permite o emprego de aeração por difusores, evitando a formação

de aerossóis indesejáveis;

• O RFA permite o emprego de módulos de decantação acelerada, com

redução significativa de área para implantação;

• É o único sistema que permite receber vazões superiores as vazões

máximas de projeto (época de chuvas torrenciais), nestas condições os dois

decantadores de cada linha, são alinhados simultaneamente, dobrando a

capacidade de decantação do sistema.

• Como o sistema RBS o RFA é totalmente automatizado e o programa de

controle é de fácil manuseio e favorece a introdução e alteração de ciclos e

fases, o que permite a adequação do processo para várias situações inclusive

remoção de N e P (em algumas condições) sem a necessidade de alteração

do programa pré -instalado.

71

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C.2- Dimensionamento do Sistema Biológico

Memória de Cálculo: ETE COCÓ / FortalezaBases de Projeto: Lodos Ativados, por Reatores de Fluxo alternado (RFA).O projeto foi baseado nas informações de vazao e carga orgânica para final

de plano (2030)Pop. = 487.517 hab 06 Módulos de 81.253 hab Carga Orgânica=

26.325Kg/DBO/dia 06 Módulos cada um para CO=4387,5 KgDBO/dia Vazão média =135,25 l/s 486,9 m3/hVazão pico = 225,55 l/s 811,98 m3/h1° Etapa: 2 módulos para população total de 162.506 habitantes

Dimensionamento por módulo/(Final de Plano 6 módulos)População final de plano 81.253 hab.

Vazões Vazão média/hora 135,25 L/sVazão máxima/hora 225,55 L/sVolume médio/dia 11.685,6 m3/d

Demanda Biológica de Oxigênio (DBO)

Concentração 375 mg/lCarga Diária DBO 4.382 kg/d

Total de Sólidos em Suspensão Concentração 312 mg/l (valor adotado)Carga Diária TSS 3646 kg/d

Nitrogênio Total KjeldalhConcentração 46 mg/l (valor adotado)Carga Diária 538 kg/dTemperatura 28 ºC

Fósforo TotalConcentração 7 mg/l (valor adotado)Carga Diária 82 kg/dTemperatura 28 ºC

Qualidade do Efluente TRATADODBO5 <= 40 mg/l

Sólidos sedimentados <= 1,0 ml/lNTK < 12,0 mg/lNH4 < 5,0 mg/lNO3 < 7,0 mg/l

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PO4 <= 1,0 mg/lTemperatura < 40 º C

Dimensionamento Lodos Ativados (Reator de Fluxo Alternado):

Carga orgânica : 4.382 Kg DBO5/dia

Concentração de biomassa : 3 kg SSV/m3

F/M (relação carga/microorganismos) 0,15 kg DBO/K SSV . m3dia

SST= MLSS 4,0 kg SST/m3

Idade de Lodo estimada 15 dias

SSV/SST= 75% %Cálculo do Volume do reator: VR= CO / ((f/m)*SSVta 9870 m3TDH = VR/Qm TDH 20,3 hCarga Volumétrica: CV= CO / VR 0,44 Kg DBO/ m3diaHu (adotado)= 5,5 m Volume total de reação necessária : 9870 m3

Carga volumétrica: 0,44 Kg DBO/m3dia

Vazão média do efluente tratado : 487 m3/h

Carga hidráulica(CH) superficial (Qm) 2 m3/m2hora

Carga hidráulica(CH) superficial max. (Qp)

< 3,0* m3/m2hora

* Considerada decantação acelerada – módulos de decantação lamelarDesta forma, teremos para cada linha:Qm= 487 m3/h

Qmax= 812 m3/h

Cálculos para a decantação:Tx média = 1,93 m³/m² . horaÁrea Decantação: Qm / Tx 252 m² Verificando Tax. Máx. = Qmáx/área 3,22 m³/m² . horaAdotado Decantador retangular com

módulos de decantação acelerado: L=B=15,9 m

Q máx. admissível p 3,0 m/h 756,8 m3/h

Pop. Máx. estimada 75683,9 Hab.Considerando a vazão máxima per capta de 240 l/had*dia, considera-se seguroa vazão de pico correspondente a população de 75.684 hab., porém, para a popu- ção de projeto (81.250 hab.) só ocorrerá arraste de lodo caso o lodo esteja com

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saúde inadequada, ou seja,com IVL superior a 150 ml/g e, apenas, durante os momentos de vazão de pico.

Volume do decantador = (Adec.*Hu)

1387,5 m3

Q médio 486,9 m3/h

TDH na decantação (Vdec/Qméd)

2,8 horas

O decantador do sistema RFA (Reator de Fluxo alternado) é um decantador está-tico, com decantação acelerada (neste caso por módulos de decantação), sem

qualquer mecanismo de raspagem de lodo, isso o torna ainda mais diferenciado,

pois não sofre a influência dos braços e pás dos decantadores mecanizados.Carga de vertedores máx. 7,0 m3/m*hora

Comprimento dos vertedores: 116 m

Idade de lodo

Considerado a idade de lodo (qc ), ou tempo de residência celular, calculada como segue:

c Ɵ = Volume de Reação * MLSS MLSS= 4,0

Produção de Lodo Produç. Lodo= Fórmula

TSSin= 312 mg/lCO DBOin= 4382 Mg/lT= 28 ºC

c = Ɵ 15 Dias

PL= (x%)*Carga de DBO rem X= 60 %Rem. DBO= 95 %

T-15= 13 1,072(T-15) 1,072 1,072(T-15) 2,46906322

0,72*0,6*1,072 (T-15)0,106

663531 1/ + 0,08*1,072(T-15)Ɵ 0,26419172

Prod Lod= 3048 Kg/diaPL= 2498 Kg/dia

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PLm= 2773 Kg/dia

Com base na experiência deste processo em países tropicais, principalmente em regiões quentes,como o nordeste brasileiro, optou-se por manter a taxa de produção de lodo maIs provável para estascondições. Plantas similares no Espírito Santo, a produção de lodo varia de 0,3 a 0,5 Kg SS/KgDBO. Esta variação corresponde ao verão e inverno respectivamente.

c Ɵ = Volume de Reação * MLSS c = Ɵ 14,2 dias Produção de Lodo

Cálculos para Nitrificação Carga de nitrogênio: 538 kg N/diaNitrogênio assimilado : 138,6 kg N/diaNitrogênio residual : 398,9 kg N/dia

No efluente se pode alcançar níveis de nitrogênio orgânico (NTK) de 5 ppm e 6 ppm de nitratos: Norg= 5 mg/lNO3= 6 mg/lNitrogênio orgânico no efluente : 58 kg N/diaNitratos no efluente : 70 kg N/diaNitrogênio nitrificado : 340 kg N/diaNitrogênio desnitrificado : 270 kg N/diaVelocidade de nitrificação : 0,038 Kg N / Kg

MLSS.dia 8960 KgMLSSVolume de nitrificação

necessário :2240 m3

O volume necessário é inferior ao volume de aeração total, podendo alcançar a nitrificaçãocompleta.

Velocidade de desnitrificação : 0,092 Kg N / Kg MLSS.dia

2939 KgMLSSVolume desnitrificação

necessário :735 m3

O volume anóxico é uma parte do volume de reação total (8%), o volume para anaerobiose corresponde a 487 m3 (5%), o volume restante (8622 m3) correspon -de a fase aeróbia (87%), suficiente para a remoção da matéria orgânica carbonácea e a nitrificação completa.

Tempos de cada fase

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Fase anaeróbia - rem. parcial P 1,16 h/dia/linhaFase aeróbia para nitrificação 21 h/dia/linhaFase anóxica para

desnitrificação 1,81 h/dia/linha

Conforme calculado anteriormente Volume total do reator por Linha

9870 m3

Decantação / AeraçãoQuantidade

por linha2 un.

Tax. Méd. de 2,0 m/h (Dec. Lamelar)

Área 252 m2

Altura útil 5,5 mVolume Aeração / Decantação

1388 m³

Tanque Aeração Quantidade 1 Unidades

Volume 8482 m3

Volume Reaçao Real 9870 m3

Dimensões Aeração / Decantação Quantidade por linha: 2 Un Volume 1388 m3

Hu 5,5 mB 15,9 mL 15,9 m

Dimensões Aeração Quantidade por linha: 1 Un Volume 8482 m3

Hu 5,5 mÁrea 1542 m2

B 48,3 mL 31,8 m

Remoçao de Nitrogênio sim naoMisturadoresDensidade de Potênçia 5,0 W/m3Tanque de Aeraçao central 56,8 CVTanques Aeraçao/ Decantaçao 9,3 CVADOTARTanque de Aeraçao central 2 x 25 cada tanqueTanques Aeraçao/ Decantaçao 2 x 5 cada tanque

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Necessidade de Oxigênio Respiração do substratoCoeficiente respiração : 0,6 Kg O2/Kg DBO

Carga de DBO : 4382 Kg DBO/diaConsumo de oxigênio : 2629 Kg O2/dia

Respiração endógenaCoeficiente de respiração : (0,1

a 0,2)0,15 Kg O2/Kg

MLSSVConcentração de MLSSV : 3 Kg MLSSV/diaVolume da Reação : 9870 m3

Total de lod no reator: 29609 Kg MLSSV

Consumo endogeno de O2: 4441 Kg O2/dia

Respiração por NitrificaçãoCoeficiente de respiração : 4,6 Kg O2/Kg N-

NO3 formadoNitrogênio nitrificado : 340 Kg N/diaConsumo de oxigênio : 1566 Kg O2/dia

DesnitrificaçãoCoeficiente de respiração : -2,8 Kg O2/Kg N-

NO3 formado

Nitrogênio desnitrificado : 270 Kg N/diaConsumo de oxigênio : -757 Kg O2/dia

Demanda Total de OxigênioNec. T. O2 = A.O.R A.O.R.: 7880 Kg O2/diaA.O.R. (Pico -30%) 10244 Kg O2/diaA.O.R.: 488 Kg O2/hFornecimento de O2: 2,3 Kg O2/Kg DBO

A introdução de oxigênio e a homogeneização do conteúdo dos tanques de aera-ção será através de um sistema de ar difuso, utilizando-se difusores de bolha fina.Os cálculos finais de volume de ar, a ser fornecido, depende do tipo e do fornece-dor do sistema de aeração. O cálculo a seguir é estimativo:

Condiçoes locais Temperatura do ar= 28 ºCAltura coluna d´água= 5,5 mCsw= 7,56 mg/l

Altitude= 7 m

b = 0,95 α= 0,7 CL= 2,5 mg/l

o =ɳ 4,5 %/m

t =ɳ 25 %

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Cálculosλ=

T-20 8

1,024↑(T-20) 1,2089

λ= 0,432

h = h0 x l 0,107

NO2= AOR / ɳ 4561 KgO2/hNO2= 19832 Kg ar/h

NO2= 16527 Nm3/h

NO2= 275 Nm3/minP (local) 1,01109 atmNO2 272 m3/min.

Remoçao Biológica de Fósforo e Dosagem Química

Produção de lodo 2773 kg MS/dP – “luxuary uptake” (1-5%) 2 % da produção

de lodo

P – “luxuary uptake” 55,5 kg P/diaResidual de fósforo no efluente 26,3 kg P/dia

Usando Cloreto FérricoFósforo a ser removido 27 kg P/diaMol fósforo a ser remov. 871 mol/diaFator de saturação 1,7 mol Fe/mol Pmol Fe necessário 1481 mol/dia

kg Fe 83 kg/dia

kg FeCl3 241 kg/diaconcentração FeCl3 40 %densidade da solução FeCl3 1,42 Consumo diário 424 l/dia

60 min./dia

vazao da bomba 400 - 600 l/diaComo a produção de lodo biológico pode ser menor que a prevista, é importanteprever um consumo maior de cloreto férrico (300 Kg/d), pois neste caso seria re-movido menos fósforo com o lodo biológico descartado , sendo assim haveria a

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17,9

024,1*)CC(*

20TLSW

−−βα=λ

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necessidade de maior remoção química do fósforo remanescente.Produçao de lodo (Quím.)

kg FePO4 132 kg/dia

kg Fe(OH)3 65 kg/diatotal 197 kg/dia

Lodo para Desidratação (Biol.+ Quim) 2969 KgSS/dia

No processo RFA (Reator de Fluxo Alternado) a remoção biológica de nutrientesé obtida através do controle de tempo de fases anóxicas (remoção de Nitrogênio)e anaeróbia (remoção parcial de fósforo). O excedente de P no processo é remo -vido pela adição do coagulante, no caso o cloreto férrico, na fase de passagem entre a aeração e a decantação.

Dosagem de Cal (preventivo)Nitrogênio Nitrificado 340 kg /diaNitrogênio Desnitrificado 270 Kg/diaDiferença de N (Nitrif. - desnitr.) 70 Kg/diaConsumo de alcalinizante (2 a 4

mg/mg N)3 Kg/Kg

Nessecidade alcalinizante=(dif. N)

210 Kg/dia

Solução 10 %Vazao da Bomba 500 l/hTempo de dosagem estimado

(Td)5 h/dia

Consumo estimado 421 l/h (durante o Td)

Durante a nitrificação ocorre o consumo da alcalinidade natural do esgoto, pelosmicrorganismos nitrificantes. Esta alcalinidade é devolvida ao processo durante oprocesso de desnitrificação, pelos microrganismos desnitrificantes, como existeum desbalanço entre a quantidade de nitrogênio nitrificado e desnitrificado, ocorrea redução natural da alcalinidade do esgoto no reator, podendo causar a queda de pH, dependendo da alcalinidade deste esgoto e seu respectivo efeito tampão.Por este motivo, preventivamente, é importante instalar um sistema de dosagem de cal, impedindo assim, possíveis quedas de pH no reator biológico e suas con-sequências, normalmente danosas ao processo.

Adensador Gravimétrico

Lodo estabilizado 2772,7 KgSS/diaLodo Químico 196,8 KgSS/diaLodo Total (Biol.+Quim.) 2969,4 KgSS/dia

Taxa de aplicação Adensador (20 a 25)

21,7 KgSS/m2*dia

Área de adensamento (KgSS/Taxa)

136,8 m2

Diametro Adensador 13,2

m

Área de Adensamento Total 136,8 m2

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Nota:

1- O valor de vazão de ar é estimativo e necessita de confirmação pelos

fabricantes (difusores).

Q ar soprado = 276 Nm³/min por linha de RFA

Q ar soprado = 552 Nm³/min para as 2 linhas de RFA da primeira fase.

Adotado 6 + 1 sopradores com vazão 92 Nm³/min (5.520 Nm³/h)

NÚMERO DE DIFUSORES

Adotando: 3,0 Nm³/hora * difusor

Total: 5.520 difusores por linha

Densidade de difusores na aeração: 1,5 bicos/m²

Área de decantação (1 linha): 253 m²

Bicos na Aeração / decantação: 253/1,5 = 169 difusores/linha * 2 =338

difusores / linha

Bicos na Aeração: 5.520 - 338 = 5.182 difusores / linha

TOTAL DIFUSORES INSTALADOS/Linha 5.520 + 169 = 5.689 difusores

TOTAL DIFUSORES INSTALADOS NA 1ª FASE: 5.689 x 2 linhas = 11.378

difusores

Nota: Número estimativo de difusores. Deverá ser confirmado pelo fornecedor

do sistema de aeração.

C.3- Adensador de Lodo por linha

Produção de Lodo = 2.969 Kg/dia

Concentração de Descarte do Decantador – 0,7%

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Vazão Descarte

Qd = PL / @ lodo

Qd= 424 m³/dia

Lodo Adensado:

Q= 2.969 / 20

Q= 148,5 m³/d

Retorno pelo “over-flow”

Qr= Qd-Q = 424 – 148,5 = 275,5 m³/dia, por linha de RFA

Adotando 1 adensador com ponte circular, por linha de RFA.

Dimensões:

Diâmetro= 13,2 m

Área= 136,8 m²

Adotado: 2 unidades, sendo implantado na 1ª etapa. Nas etapas futuras

deverão ser implantados outros adensadores gravimétricos ou adensadores

mecânicos, tipo rotativo.

Hu= 4,5 m

Ht= 5,0 m

A taxa de aplicação no adensador será de 21,7 Kg/m².

Vazão de Lodo Adensado @ 2% = 148,5 m³/dia, por linha de RFA.

C.4 – Desidratação por Centrífuga Decanter:

Considerando o balanço de massa (anexo), estamos considerando:

- Lodo Adensado @ 2%: 148,5 m³/d x 2 = 297 m³/dia

- Operação centrífuga: 18 h/dia

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- Concentração lodo adensado: 2,0 %

- Vazão de lodo para alimentação da centrífuga: 16,5 m³/h, para duas linhas

- Volume de lodo desidratado:

- 18 % : 33 m³/dia

- 20 % : 29,7 m³/dia

- Número de Centrífugas: 2 cj.

- Capacidade das Centrífugas: 8,25 m³/h

- Vazão de filtrado:

- 133,6 m³ / dia (incluir vazão de lavagem da centrífuga) por unidade.

Será utilizado polieletrólito na torta a ser diluído com água potável na

dosagem de 1% em peso e injetado na centrífuga na proporção de 10 g/1 Kg de

sólido seco.

JUSTIFICATIVA SOBRE CRITÉRIOS ADOTADOS NO DIMENSIONAMENTO

Hoje em dia se considera aeração prolongada com AM ou F/M entre 0,05 até

0,15 KgDBO/KgSSV, como aeração prolongada e CM (carga mássica) entre 0,05 e

0,1 KgDBO/KgSST ( no nosso caso foi utilizado o F/M=0,15 KgDBO/KgSSV).

Realmente está bem no limite da aeração prolongada, porém para as condições de

clima e temperatura no Brasil, principalmente no Nordeste, é um desperdício de

material utilizarmos as mesmas taxas preconizadas nos países de clima temperado

e sub-tropical. Nós conseguimos plantas mais eficientes, com menor geração de

lodo, mesmo com fatores de carga maior, pois a atividade microbiológica aumenta

muito em climas mais quentes.

Com pequenos ajustes operacionais, aumentando a concentração de lodo

para (SSV) 3,5 g/l, por exemplo, em vez de 3,0 g/l, como considerado no cálculo

anterior, é possível obter CM=0,1 KgDBO/KgSS. Isto é totalmente possível de se

obter, como exemplo temos a ETE central de Natal, que é um processo de lodos

ativados como pós tratamento de reatores UASB, com SSV na ordem de 5,0 g/l,

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que opera sem qualquer problema, mesmo considerando que a carga a tratar é bem

menor.

Da mesma forma, nosso clima não permite a mesma geração de lodo

considerada na literatura, os cálculos anteriores foi adotada a média entre os

métodos de cálculos apresentados, porém a nota abaixo deste do cálculo, já

esclarece que, no Brasil, em regiões de temperaturas médias anuais acima de 20°

C, a produção de lodo é bem menor que a prevista em literatura. Sendo assim, se

considerarmos a produção de lodo igual a 50% da carga de DBO removida, a idade

de lodo já supera os 20 dias sugeridos.

De qualquer forma, com idades de lodo acima de 10 dias, já é possível a

obtenção de nitrificação e desnitrificação completa e acima de 15 dias a

estabilização é suficiente para evitar a proliferação de odores sépticos e moscas.

Conclusão:

Apesar das considerações serem adequadas, a alteração de parâmetros de

cálculos iria aumentar o volume dos tanques de aeração, como reatores biológicos,

sem no entanto agregar melhoras significativas nem à qualidade do esgoto tratado,

como também à estabilização do lodo a ser descartado. A ETE, conforme o

dimensionamento apresentado, oferece recursos operacionais que enquadram

facilmente, a mesma, nos parâmetros indicativos desejados. Desta forma,

consideramos que o aumento da ETE apenas causaria o aumento de custos

executivos, sem agregar vantagens que justifiquem tais investimentos.

1.4.1. Sistema de Desinfecção do Efluente Final

A desinfecção do efluente final será feita com gás cloro aplicado no tanque de

contato. Estima-se a necessidade de uma dosagem média de 5,0 mg/l.

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O sistema de dosagem de cloro deverá apresentar capacidade para fornecer

até 8,0 mgCl2/l, com base na vazão média de esgotos, em 2030 considerando as

duas fase de implantação:

A desinfecção do efluente final será por gás-cloro com a dosagem máxima de

8 mg de Cl2/l e a média de 5 mg/l.

- Qmed 1ª ETAPA = 270,50 l/s; - Qmed 2ª ETAPA = 811,51 l/s

- Qmax 1ª ETAPA = 451,07 l/s; - Qmax 2ª ETAPA = 1.353,20 l/s

Capacidade do clorador 1ª ETAPA: 451,07 l/s x 86,4 x 0,008 kg/m³= 311,78

kg/dia.

Recomenda-se a utilização de dois cloradores com capacidade unitária de

480 kg/dia (20Kg/h).

Na etapa seguinte deverão ser instalados mais dois cloradores de 480 kg/dia.

O consumo de cloro é apresentado abaixo.

Etapas Cloro (kg/d)MáximoMédio

1ª ETAPA 270,5 187 1172ª ETAPA 811,51 561 351

Qme d

(l/s)

Os cilindros de cloro devem ser de 900 kg e a quantidade total de cilindros

que ficará na sala de cloração são:

1ª ETAPA: 6 unidades, inclusive com os que estarão em operação, sendo

suficiente para um mês de suprimento.

2ª ETAPA: 15 unidades, inclusive com os que estarão em operação, sendo

suficiente para um mês de suprimento.

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O sistema de cloração deverá ter um sub-sistema para abatimento de

cloro-gás completo com capacidade para abater um cilindro de 900 Kg de cloro

gasoso.

1.4.1. Tanque de Contato de Cloro

Foi dimensionado para promover um tempo de detenção hidráulico mínimo de

20 minutos para a vazão máxima.

tempo de contatop/vazão max. 26,6 minp/vazão méd. 44,4 min.dosagem 5 mg/lVazão máxima 451,07 l/s

média 270,5 l/svolume do tanque de contacto 720 m3

lâmina líquida 3,00 mdimensões 20,00 x 12,00 m

Para as próximas fases de implantação da ETE Cocó deverão ser construídos

mais dois tanques de contato, idênticos ao da 1ª FASE.

1.5. UNIDADES COMPLEMENTARES DA ETE

1.5.1. Casa dos Sopradores/Comando e Trasformadores

A casa dos sopradores abrigará os sopradores de ar do reator aeróbio. Esta

instalação será de alvenaria e abrigará os sopradores, painel de comando e

transformadores. Será equipada com uma monovia para movimentação dos

equipamentos.

Serão instalados 6 + 1 sopradores tipo Roots de 200 CV, com capacidade

unitária de 92 Nm³/min.

1.5.2. Estação Elevatória de Alimentação da Desidratação

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Vazão de lodo..............................................................10,0 m3/h Número de bombas.....................................................2op + 1reserv. Altura manométrica......................................................10 m.c.a Potência de cada bomba.............................................5 c.v. Tipo de equipamento de recalque...............................Bomba

deslocamento positivo Partida Inversor de frequência

1.5.1. Sistema de Água de Reuso e Água Potável

A ETE contará com uma unidade de tratamento e desinfecção de água de

reuso.

Será composto por um sistema de filtragem autolavável, com capacidade para

tratar no mínimo 3,00 l/s (10,8 m3/h).

A água de reuso será encaminhada para um reservatório elevado de água de

reuso com capacidade para 20 m3.

A ETE contará com um sistema de água potável. O fornecimento de água

potável será público e após medição do volume de entrada a água será

encaminhada para um reservatório apoiado com capacidade 20 m3. Deste será feita

a distribuição de água potável para os pontos de consumo.

1.5.1. Edificações Auxiliares da ETE

Complementando as instalações da ETE, foram previstas três edificações

auxiliares: prédio de operação, guarita e cabine de entrada e medição de energia.

1.5.1. Emissário Final da ETE

O emissário final da ETE será constituído por uma canalização com diâmetro

a partir de 600 mm, chegando até o diâmetro de 1.500 mm após a interligação com

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o 3º módulo. Constituída de tubos de concreto para esgotos sanitários, receberá os

efluentes líquidos tratados e passará por uma escada de aeração, efetuando o

lançamento no Riacho Martinho.

O emissário foi dimensionado para a vazão máxima do sistema,

correspondente a máxima horária de 1.353,20 l/s, ano 2030.

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ProSerenco PAG. 1 CAGECE CIDADE DE Fortaleza - CE NOME DA BACIA :Emissário Final CODIGO ET - E1

---- SISTEMA DE ESGOTOS SANITARIOS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------IDENTIFICACAO E C O T A (M)------------- T ----------------------------------- PROF. V A Z A O VELOC. NIVEL TUBO COL. No. A COMP. DO TERRENO DO COLETOR (M) DECLIV. (L/S) (M/S) (%) DIAM. DE EFLU. COL TR PV. P ----------------- ----------------- --------- ------------- --------- ----- QUEDA------- MON. A (M) MONTANTE JUSANTE MONTANTE JUSANTE MON. JUS. (M/M) INICIO FINAL INI. FIN. I. F. (M) (M) COL TR---- -- ---- -- --- -------- -------- -------- -------- ---- ---- ------- ------ ------ ---- ---- -- -- ---- ---- ---- -- 1 1 999 0 52 7.500 7.500 6.700 6.338 0.80 1.16 0.00696 338.49 505.90 2.06 2.22 56 75 0.60 0.15 1 2 1 2 1000 0 43 7.500 7.500 6.188 5.930 1.31 1.57 0.00600 676.981011.80 2.32 2.50 56 75 0.80 1.13 1 3 1 3 1001 0 31 7.500 6.000 4.800 4.382 2.70 1.62 0.013501015.471517.70 3.47 3.75 56 75 0.80 0.30 1 4 1 4 1002 0 132 6.000 6.500 4.082 3.877 1.92 2.62 0.001551015.471517.70 1.54 1.67 56 75 1.20 0.00 1 5 1 5 1003 0 54 6.500 7.500 3.877 3.793 2.62 3.71 0.001551015.471517.70 1.54 1.67 56 75 1.20 0.15 1 6 1 6 1004 0 78 7.500 6.500 3.643 3.606 3.86 2.89 0.000471015.471517.70 1.13 1.23 56 75 1.40 0.00 1 7 1 7 1005 0 81 6.500 7.200 3.606 3.567 2.89 3.63 0.000471015.471517.70 1.13 1.23 56 75 1.40 0.00 1 8 1 8 1006 0 130 7.200 6.900 3.567 3.506 3.63 3.39 0.000471015.471517.70 1.13 1.23 56 75 1.40 0.00 1 9 1 9 1007 0 130 6.900 6.500 3.506 3.444 3.39 3.06 0.000471015.471517.70 1.13 1.23 56 75 1.40 0.00 1 10 1 10 1008 0 90 6.500 7.300 3.444 3.401 3.06 3.90 0.000471015.471517.70 1.13 1.23 56 75 1.40 0.00 1 11 1 11 1009 0 63 7.300 7.100 3.401 3.372 3.90 3.73 0.000471015.471517.70 1.13 1.23 56 75 1.40 0.00 1 12 1 12 1010 0 48 7.100 7.300 3.372 3.349 3.73 3.95 0.000471015.471517.70 1.13 1.23 56 75 1.40 0.00 1 13 1 13 1011 0 26 7.300 6.800 3.349 3.337 3.95 3.46 0.000471015.471517.70 1.13 1.23 56 75 1.40 0.00 1 14 1 14 1012 0 34 6.800 5.000 3.337 3.000 3.46 2.00 0.009901015.471517.70 3.44 3.86 25 30 1.40 0.00 0 0

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6. ART

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