sistema computacional didático para crianças

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UNIP INTERATIVA Projeto Integrado Multidisciplinar Cursos Superiores de Tecnologia

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UNIP INTERATIVA

Projeto Integrado Multidisciplinar

Cursos Superiores de Tecnologia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sistema Computacional Didático para crianças

 

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Jaguaré

2010

 

 

 

 

UNIP INTERATIVA

Projeto Integrado Multidisciplinar

Cursos Superiores de Tecnologia

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Sistema Computacional Didático para crianças

 

 

 

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                        Renato Vicente da Silva

                        RA : 0908747

                        Curso: Gestão Sistema de Informação

                        Semestre: 1°

 

 

 

 

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Jaguaré

2010

 

 

 

 

 

 

Resumo

 

    Neste projeto de Sistema computacional didático para criança de primeira à quarta série, abordei em primeiro lugar Organização de Computadores apontando as características do hardware em segundo lugar Fundamentos de Sistemas Operacionais e enfatizei o sistema Linux,depois abordei também Inglês Instrumental onde aprimorei os jargões técnicos, em quarto lugar falei sobre Lógica e em quinto lugar Princípios de Sistemas de informação.

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    Procurei uma infra estrutura de baixo custo, de fácil manuseio e que sua parte lógica "Sistema" fosse livre.

    Assim o projeto ficou bem parecido como um projeto de inclusão digital.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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SUMÁRIO

 

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1. - Introdução. 05

2.1 - Objetivos. 06

2.1.1 - ObjetivoGeral. 06

2.1.2 - ObjetivoEspecifico. 06

3. - Organização de Computadores. 06

4. - Fundamentos de Sistemas Operacionais. 10

5. - Inglês Instrumental. 14

6. - Lógica. 15

7. - Princípios de Sistemas de Informação. 16

8. - Conclusão. 17

9. - Referências. 17

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Sistema Computacional Didático para crianças

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1. Introdução

 

 

    Ao pensar em um sistema computacional didático para crianças do ensino fundamental de primeira a quarta série em comunidades carentes é sem dúvida, um grande desafio.

Pois a escola que só transmite informações aos alunos e não faz com que o estudante busque o conhecimento, está obsoleta.

A criança que não tem contato com a tecnologia em casa chega à escola com a expectativa de ser incluído no universo tecnológico no ambiente escolar.

O aluno se torna mais ativo no processo de construção do conhecimento.

    A inserção de recursos tecnológicos computadorizados na escola através de Políticas Públicas Federais, Estaduais e até Municipais, permite que professores, alunos e demais sujeitos das escolas públicas tenham acesso a esta tecnologia.

Mas este repasse não garante a utilização em sala de aula pelo professor, dos recursos disponibilizados.

"A formação e a atuação de professores para uso da informática em educação é um processo que inter relaciona o domínio dos recursos tecnológicos com a ação pedagógica e com os conhecimentos teóricos necessários para refletir, compreender e transformar esta ação" (ALMEIDA, 1997).

Concorda-se com esta posição, por acreditar que a formação do professor para uso pedagógico do computador deve ocorrer na ação, munidos de referencial teórico que suporte uma reflexão crítica desta ação para ter condição de propor transformação.

O meu foco neste projeto é utilizar um sistema operacional simples, de fácil acesso, e de baixo custo.

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2. OBJETIVOS

 

2.1.1 OBJETIVO GERAL

 

O objetivo geral desse projeto é idealizar a arquitetura e sistema operacional de computador didático destinado para o uso em escolas de primeira à quarta série do ensino fundamental em comunidades carentes.

 

 

2.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

 

    Desenvolver a capacidade de identificar as necessidades do usuário e traduzi-las com soluções;

    Argumentar e discutir as tecnologias utilizadas nos projetos de sistemas computacionais;

 

3.1 Organização de Computadores

 

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    Hoje em dia se ouve falar muito em inclusão digital.

    Porem ainda esta pratica esta querendo sair do papel, deixar de ser apenas promessa de políticos e transformar em realidade.

    Mas para isso devemos pensar como o autor do livro em que peguei por base. Ainda Almeida (1999) condiciona, de que "se o professor não adquiriu uma visão teórica coerente com a sua prática, sua compreensão sobre o processo de conhecimento e de aprendizagem é reduzida a limites estreitos e suas ações pedagógicas serão caracterizadas pela contingência.

"Nota-se que o simples fato do professor aprender a manusear tecnicamente o computador participando de cursos, não garante uma transformação na sua prática pedagógica que conduza à emancipação".

A força libertadora da reflexão não pode ser substituída pela difusão de um saber tecnicamente utilizável, (HABERMAS,1993).

A difusão das tecnologias estende-se à escola com a inserção do computador, mas são necessárias ações que conduzam além da instrumentalização, com o uso pedagógico significativo deste recurso, para haver verdadeira transformação em qualidade no processo de ensino e de aprendizagem.

A "exclusão digital não será sanada com a utilização de software livre e o computador para todos, a questão é ainda mais abrangente referindo-se a concepção de ordem educacional e política que se encontram impregnadas de conceitos carregados ideologicamente pelo sistema econômico capitalista." (TEZA, 2002)

    O professor ao atuar na escola pública, ao se deparar com a disponibilidade desta ferramenta para ser utilizada didaticamente, tende resistir a enfrentar o desconhecido, mesmo que comumente as utilize para trabalhos operacionais, insistindo no uso meramente individualizado.

O desenvolvimento da consciência do professor em utilizar o computador para propor a seu favor, mudanças e evolução dos processos educacionais, está condicionado ao desenvolvimento do conhecimento do conteúdo, do método e das possibilidades facilitadoras para a sua prática, ao operar o computador e a operar sobre o computador, superando a passividade pela atividade criativa.

Dispõe-se então a seguinte interpretação e conseqüente relação com o objeto em debate, a transformação da realidade apresentada, quanto à adoção didática do computador, pode se efetivar a partir da atividade prática do professor de forma consciente, que para atingir um grau de emancipação, necessita praticar e teorizar sobre esta ferramenta, ou seja, a partir do conhecimento instrumental ele busca entender os conceitos, refletir e depois propor ações metodológicas com o uso significativo deste recurso no processo de ensino aprendizagem, conforme as suas percepções.

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E conscientes deste contexto, os profissionais atuantes na SEED e seus Departamentos devem implementar ações que remetam à apropriação pratica do computador pelo professor.

Pois foi levando por esse aspecto que cheguei a conclusão de que o âmbito organizacional da Secretaria do Estado da Educação e Políticas Públicas do Programa Nacional de Informática na Educação deveria levar mais a sério e colocar em prática todos os projetos que eles tem em mãos.

Sabemos que a maioria dos quase 2 bilhões de crianças do mundo em desenvolvimento não são educadas adequadamente, ou sequer recebem alguma educação.

Uma em cada três não completam a quinta série.

As conseqüências individuais e sociais desta crise global crônica são profundas.

As crianças ficam relegadas à pobreza e ao isolamento - assim como seus pais - jamais sabendo o que a luz do aprendizado poderia significar em suas vidas.

Ao mesmo tempo, seus governos lutam por competir numa cada vez mais complexa economia de informação globalizada, atados por uma vasta e crescente subclasse urbana que não se suporta, muito menos contribui para o bem-estar coletivo, porque lhe faltam as ferramentas para fazê-lo.

    Dados os recursos que países pobres podem alocar razoavelmente na educação - algumas vezes menos de US$20 por ano por aluno, comparados aos aproximadamente US$7500 gastos anualmente nos EUA - mesmo com um comprometimento nacional dobrado ou redobrado na educação tradicional, acrescido de financiamento externo e privado, não é possível realizar a tarefa.

Mais ainda, a experiência sugere fortemente que fazer mais do mesmo - construir escolas, contratar professores, comprar livros e equipamento - é uma louvável mas insuficiente resposta ao problema de dar verdadeiras possibilidades de aprendizado ao vasto número de crianças no mundo em desenvolvimento.

O mais valioso e precioso recurso de qualquer nação são, suas crianças.

Nós acreditamos que o mundo emergente deve potencializar suas crianças, usando suas capacidades inatas para aprender, compartilhar e criar sozinhas.

Por tanto ao pesquisar sobre esse projeto de sistema computacional didático para criança de primeira a quarta série, logo imaginei um projeto de hardware e de software básico, isto é, de um computador barato, com um mínimo de capacidade de processamento, e de programas que permitam que crianças do ensino fundamental possa ter acesso e utilizem-no para tarefas básicas, trabalhos em conjunto e acesso à Internet.

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Consiste em um projeto educacional para a criação de um laptop barato com o objetivo de difundir o conhecimento e novas tecnologias a todas as crianças carentes de escola pública.

Pude notar que já havia iniciativa anunciada por Nicholas Negroponte, presidente de OLPC.

Essa é uma tecnologia que promete revolucionar a educação, disponibilizando computadores a um custo de U$100,00, tendo como alvo os países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, que já demostraram interesse no projeto.

E sem duvidas o projeto é bom seu hardware é excelente.

Peguei como base esse projeto e tomei a iniciativa de fazer-lo o meu projeto de hardware com base nele, pois vão ser crianças que irão manusear esse equipamento, sendo assim imaginei que a característica de um hardware tem que pesar menos de 1.5 kg, um laptop conversível com display pivotante e reversível; caixa resistente à poeira e umidade Sua parte eletrônica com Chipset: AMD CS5536 South Bridge uma memória mínima de 256MB DRAM e

Firmware: 1024KB SPI-interface flash ROM; LinuxBIOS open-source BIOS

Conectores externos:

Alimentação: entrada DC de 2 pinos, em uso 10 a 20 V, pode trabalhar em -40 a 39 V

Saída de linha: tomada stereo padrão (3 pinos) chaveada de 3,5mm

Microfone: tomada mono padrão(2 pinos) chaveada de 3,5mm; modo de entrada selecionável por sensor

Expansão: 3 conectores Type-A USB-2.0; entrada para cartão MMC/SD (até 16GB)

Consumo máximo: 1000 mA (total)

Bateria:

Tipo: 5 pilhas, 6V montadas em série Caixa rígida fechada; removível pelo usuário Capacidade: 22,8 W-hora Tipo: NiMH Proteção do invólucro: Invólucro integrado com identificação Sensor térmico integrado Limitador de corrente polifusível integrado Vida útil: pelo menos 2.000 ciclos carga-descarga

4. Fundamentos de Sistemas Operacionais

 

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    O que é Sistema Operacional?

    O Sistema Operacional é o programa responsável por interpretar a linguagem humana (nossos comandos) em linguagem de máquina (linguagem binária) e vice-versa.

                                

                                00010001001

                S.O                00010001001

    VOCÊ                        00010001001

                                00010001001

                                00010001001

 

 

 

 

    Pois foi ai que achei melhor pegar o Sistema Operacional Linux.

    A função do Sistema Operacional é o principal software, responsável pela interação entre o usuário e o computador.

    A estrutura do Sistema Operacional,GNU/Linux é composto, basicamente, por duas partes básicas:

    * Kernel: é o núcleo do sistema operacional, controla o hardware interpretando tudo que o usuário solicita, através dos aplicativos (programas), transformando em instruções de máquina. O usuário não trabalha diretamente com o kernel.

    * Aplicativos : são programas que podem ser invocados pelo usuário para realização de diversas tarefas, atuando diretamente à interface humana.

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    Por que eu escolhi o GNU/Linux ?

    O GNU/Linux é um sistema operacional de código fonte aberto.

    Isso significa que as pessoas tem liberdade para alterá-lo e distribuí-lo.

    

Os indivíduos que desenvolvem em GNU/Linux podem comercializar sobre suas criações, mas não devem cobrar por feitos realizados por outras pessoas. O documento que protege e rege as regras de utilização do GNU/Linux é a GPL.

    Em 1969 surgi o UNIX, S.O. multitarefa usado por grandes computadores de empresas. Este S.O. fora elaborado por KEN THOMPSOM, pesquisador do Bell Labs.

    O UNIX era distribuído gratuitamente para as universidades e centros de pesquisa com seu código-fonte aberto. OSS (Open Source Software) é a sigla que identifica este programa.

    Em 1971 o norte americano Richard Stallman do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que inicia o movimento Open Source.

    Em 1983 Richard Stallman criou o Projeto GNU, com o objetivo de desenvolver uma versão do UNIX com código-fonte totalmente aberto. Em 1985, ele publicou o manifesto GNU e um tratado anti-copyrigth intitulado General Public License, o qual criava a Free Software Foundation, que explica a filosofia do software livre.

    A General Public License descrevia as quatro liberdades do software não proprietário:

 

    * Utilização;

    * Customização;

    * Redistribuição;

    * Publicação.

    Em 1991, Linus Torvalds, estudante da Universidade de Helsinki na Finlândia, anunciou em uma lista de discussão na Internet, que estava criando um sistema operacional livre.

    Neste mesmo ano, Linus anunciou a primeira versão oficial do kernel Linux.

    No entanto escolhi o GNU/Linux por ser também de:

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Características do GNU/LINUX

Multiusuário – Permite criar senhas de acesso e configurações individuais para várias pessoas diferentes.

Multitarefa – Pode executar vários programas ao mesmo tempo.

Multiprocessador – Pode ser executado em computadores com mais de uma CPU.

Multiplataforma – Pode ser executado em uma grande variedade de computadores.

Pensei também em como aplicar isso em escolas públicas, no ensino fundamental para criança de primeira a quarta série.

Esses laptop, ficara em um laboratório na própria escola, sendo que o mesmo pode dividir espaço com a biblioteca.

Os alunos devem passar por um treinamento visando que esse projeto é para alunos de primeira a quarta série do ensino fundamental de escola carente, então tendo em vista que os mesmo ou melhor a maioria deles nunca viram ou tiveram oportunidade de aprender ou manusear o mesmo,

Eles devem ter ao menos 40 minutos para uma aula de treinamento ou oficina assim como já existem na inclusão digital "telecentros".

Apesar que a oficina do telecentro tem duração de 2 horas por dia sendo 2 semanas com uma carga horária de 20 horas para cada oficina.

Então a oficina na escola pública devera ter no mínimo 40 minutos e pelo menos 3 vezes por semana.

Apresentação

Instrutor: "que no caso pode ser um Estagiário que seja área sistema"

Turma: de primeira à quarta série

Treinamento: GNU/Linux

 

Abordagens Específicas

Curso: Oficinas de Digitação, Internet, editor de textos e planilha.

Objetivos: Para o aluno se familiarizar com laptop p/ fazer suas pesquisas de trabalho e digitação dos mesmos.

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Público Alvo: Ensino Fundamental de Escola Pública.

 

Expectativas e Resultado Esperado: Que eles possam serem incluso socialmente a essa nova modernidade que é a tecnologia computacional.

 

 

 

 

    Aos profissionais que iram atuar nesse projeto diretamente no Laboratório de Informática, a área Integração tem que priorizar a aplicação do Treinamento Postural, Pedagógico e de Funcionamento dos Projetos de forma estratégica e seqüencial.

    O conteúdo do treinamento deve abranger as orientações em relação ao significado da Inclusão Digital e Social, Normas e Procedimentos, Atendimento ao Público, Estruturação da Equipe e Capacitação dos Profissionais para ministração de aulas aos Usuários da primeira à quarta série.

    A área de Atividades elabora as Oficinas desenvolvidas nas escolas para uma iniciativas distintas de cursos.

Em uma Oficina terá que haver uma relação verticalizada, entre instrutor e aluno, e o envolvimento dos participantes é fundamental para seu sucesso.

Além disso, após um determinado número de encontros periódicos, existe a perspectiva de constituição e fortalecimento do grupo interessado em desenvolver um projeto comunitário. Em geral, surge da Oficina algum produto concreto (uma apresentação, um cartaz, um site, um blog, um fanzine, etc.).

A importância dessas atividades está ligada a um conceito amplo de inclusão digital.

Por entender que inclusão digital não é um processo que brota das máquinas, mas que depende das atividades humanas de instrução e orientação, é fundamental apresentar, por meio do diálogo, a máquina como meio para conquista de autonomia, afirmação de identidade, exercício da cidadania e aproximação entre as pessoas.

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Os participantes dos treinamentos técnicos irão ser profissionais que atuam nos Laboratório, sendo: Supervisores Técnicos, Orientadores, Estagiários.

 

 

 

 

 

 

 

 

5. Inglês Instrumental

 

    Bom, não da pra falar em jargão sem citar suportes da comunicação e suas linguagens.

Ao (re)constituir o sujeito — leitor e autor — na desmitificação que faz do

discurso da escola, Orlandi [1987, p.25] ajuda a sustentar, para nós, o conceito de interatividade que marca as formas como a tecnologia vem buscando superar a separação entre sujeitos que aprendem, expostos — supostamente — à ação das máquinas. Do mesmo modo, Freire [1982], pela pedagogia do diálogo, defendeu sempre a perspectiva de que a aprendizagem é experiência humana e, como tal, se dá entre sujeitos em interlocução, o que altera o lugar de quem pode produzir discurso e da linearidade entre quem o enuncia e quem o recebe. Como sujeitos em experiência, não se pode prescindir de suas singularidades e da diversidade de saberes que esses sujeitos portam, estabelecendo, nessa diferença, nexos e possibilidades de sentidos múltiplos, não únicos, enredados entre si com os objetos de conhecimento.

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Orlandi [op.cit., p. 25-26], explicitando sua concepção de linguagem, situada que entende por discurso e, dentro dele, tipicamente o que significa discurso pedagógico.

No entanto considerar o discurso não como transmissão de informação, mas como efeito de sentido entre interlocutores, em dada situação de necessidade social, estabelece as condições de produção como definidoras do tipo de discurso produzido.

Pois assim, os interlocutores, o contexto histórico-social, a situação, são condições para a enunciação de discursos, que não se fazem sozinhos, em movimento individual, mas como parte de processos discursivos sociais, que considera o lugar de cada falante, suas posições de classe, a autorização que cada um tem para dizer o que diz. Em seguimento, a autora se refere ao tipo de discurso que se acredita ser próprio da escola, o pedagógico, como um

discurso circular, de um dizer institucionalizado, que se garante e garante a instituição emque tem origem. Tomado como neutro, dissimula-se como o que transmite informação (teórica ou científica), sem conflitos de enunciação, já que qualquer sujeito poderia ser seu enunciador, apoiado na credibilidade da ciência. Distanciando emissor e receptor, garante a ausência de tensão, formulando-se como discurso cognitivo, informacional, de sentido único. Dissimulando uma vez mais os efeitos de sentido na ilusão discursiva de serem os 9 sujeitos formuladores de seus próprios discursos, sustenta o jogo ideológico e o caráter autoritário do discurso pedagógico.

Na esfera da comunicação, a interatividade, emergindo como uma nova

modalidade comunicacional, reflete um contexto em que atuam múltiplas interferências e causalidades, operando uma mudança.

Assim entendido, uma primeira desconstrução faz-se necessária, referente ao discurso autoritário que circula na maioria das instituições. Na linguagem da comunicação eletrônica, nas redes e sites que dominam as redes da Internet, não é diferente.

As páginas www precisam expor e refletir a tensão constante existente na relação homem/mundo. Como assinala Orlandi [1996] "no discurso autoritário o referente está 'ausente', oculto pelo dizer; não há realmente interlocutores, mas um agente exclusivo, o que resulta numa polissemia contida".

 

 

6. Lógica

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    Ao destacar os aspectos ligados a lógica a ser utilizada em uma escola no ensino fundamental de 1ª a 4ª série, pensei em um sistema operacional instalado no Kit que somente poderá ser substituído por sistema operacional de código livre e aberto caso este possua sistema de gestão de usuários da escola, e as informações coletadas sejam disponibilizadas para o monitoramento do Programa.

    Assim sendo um conjunto de bens recondicionados composto por 10 ou 20 terminais de computadores. Os computadores são equipados com dispositivos para rede lógica padrão Ethernet e configurados com sistemas operacionais e aplicativos (softwares) livres e de código aberto.

    O sistema operacional instalado no conjunto de bens não poderá ser substituído por sistema operacional proprietário, somente poderá ser substituído por sistema operacional de código livre e aberto caso mantida a ferramenta robô CACIC – Configurador Automático e Coletor de Informações Computacionais nas configurações estabelecidas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, bem como o fluxo de informações por ela coletadas para o monitoramento do Programa.

 

 

 

7. Princípios de Sistemas de Informação

 

 

    Escolhi o aplicativo GNU/LINUX , pois escolha abrangeu o uso do deste aplicativo pelo ambiente operacional, até os aplicativos escolhidos de forma a compor um instrumento de informática que servisse para usos diversificados.

    O Linux e seus aplicativos livres são gratuitos, por usar, na maioria dos casos, a GPL – General Public Licence ou Licença Pública Geral. Existem vários tipos de licença GPL, mas acreditamos que o melhor modelo é o proposto pelo Projeto GNU, da Free Software Foundation, que introduz o conceito de Copyleft. Copyleft é o contrário de copyright, uma brincadeira que

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pode ser interpretada como "deixar copiar" contra "direito de cópia" ou "cópia de esquerda" versus "cópia de direita".

Entre os principais aplicativos estão: Open Office – Suíte de escritório (com o editor de textos Swriter, a planilha eletrônica Scalc e o gerador de slides Simpress, entre outros programas); Epiphany, Mozilla – navegador de internet; Gpaint e Gimp – editores de imagens; File Roller – Compactador e descompactador de arquivos zip, gzip, bzip; Evolution e Mozilla Thunderbird – Clientes de e-mail; Jogos – pacote de jogos, incluindo Frozen Bubble.

 

 

 

 

 

8. Conclusão

 

Tornar as ferramentas tecnológicas auxiliadoras para a produção do conhecimento humano é o grande desafio do nosso tempo.

Para tanto, faz-se necessário a esignificação do espaço escolar nos aspectos de inovação tecnológica, organizacional e pedagógica, incluindo em especificidade, a vertente curricular.

O que se há de considerar é que "mudanças" são cogitadas nas Políticas Públicas educacionais, nos projetos políticos pedagógicos de algumas escolas e nos discursos de alguns profissionais da educação, conservou-se a atitude e o procedimento, impregnados de discursos e intenções teorizadas.

Vale ressaltar que tal afirmativa tem como base as analises efetuadas do período citado, relativas ao método utilizado pela SEED quanto a inserção de

computadores nas escolas publicas estaduais.

A difusão das tecnologias estende-se à escola com a inserção do computador no ambiente escolar, mas são necessárias ações que conduzam à superação da mera instrumentalização tecnológica e que remeta ao desenvolvimento

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consciente da apropriação tecnológica, para háver qualitativa transformação do processo de ensino e aprendizagem.

A reformulação de paradigmas educacionais que buscam caminhos para

o acompanhamento da escola ao avançar das descobertas tecnológicas deve estar subordinada a transformações de ordem política e de gestão educacional, de outro modo, esta reformulação tende a ser um implemento restrito, pontual, e muitas das vezes, utópico no que tange à intervenção humana.

 

7. Referências

ALMEIDA, M.E. (1999) Ensinar e aprender com o computador: a articulação intertrans- disciplinar. Textos produzidos especialmente para a Série Informática na Educação do Programa Salto para o Futuro.

    ALMEIDA, M. E. (1997) O computador como ferramenta de reflexão na formação e na prática pedagógica. São Paulo: Revista da APG, PUC/SP, ano VI, nº 11.

    Programa Nacional de Informática na Educação - PROINFO: http://www.

proinfo.mec.gov.br, último acesso em 13 de novembro de 2005.

    TEZA, M. L. (2002) Pão e liberdade. Artigo, Programa de Software Livre – Brasil.

    OLPC wiki Especificações de hardware acessado em 13 de maio de 2007.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1104200309.htm 11/4/2003