siscoserv 2ª ed - sage | iob · veis, diferente das operações que envolvam mercadorias e bens,...
TRANSCRIPT
SISCOSERVSistema Integrado de Comércio Exterior
de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio
Arlindo Luiz Rocha Júnior - Contabilista, Bacharel em Ciências Contábeis, Con-sultor Tributário do Grupo IOB, com habilidades nos seguintes temas: Im-posto de Renda da Pessoa Jurídica e Física, IOF, ITR, Contribuição Social sobre o Lucro, Cide, PIS/Pasep e Cofins, Contabilidade geral e internacional, Legislação Societária, Cálculos financeiros aplicados em Excel e calculadora financeira HP12C.
Rogério Bezerra Ramos - Contabilista e Advogado. Professor Universitário. Es-pecialista em Direito Tributário pela PUC/SP. Consultor Tributário da IOB há 15 anos na Área de Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Física, CSLL, PIS/Pasep e Cofins, Contabilidade e Legislação Societária. Instrutor da IOB, CRC e Sescon. Coautor dos Livros Manual IRPF, DMED, Dacon e Guia do PIS/Pasep e Cofins (até 2012), todos da Editora IOB. Instrutor credenciado pela IACAFM em IFRS no Brasil.
Sumário
1 - Considerações iniciais ......................................................... 9
2 - Objetivos das informações .................................................. 11
3 - Obrigatoriedade ao registro no Siscoserv ............................ 15
3.1 Serviços de frete, seguro e outros relacionados aos bens e mercadorias .................................................................. 17
3.2 Legislação brasileira sobre as condições dos negócios jurídicos comerciais ........................................................ 25
3.3 Legislação brasileira sobre os poderes de representação . 26
3.4 Legislação brasileira sobre contrato de agência e distri-buição .............................................................................. 27
3.5 Legislação brasileira sobre contrato de corretagem......... 28
3.6 Legislação brasileira sobre contrato de transporte .......... 29
3.7 Responsabilidade pelos registros RAS/RP ....................... 30
3.8 Responsabilidade pelos registros RVS/RF ........................ 30
4 - Dispensa .............................................................................. 33
5 - Prazos .................................................................................. 37
5.1 Prazos para o entrega do RVS e RAS ............................... 37
5.2 Prazos para o entrega do RF e RP ................................... 39
5.2.1 Prazo para entrega do RF.................................. 39
5.2.2 Prazo para o entrega do RP ............................... 41
5.3 Prazo para entrega RPC ................................................... 43
6SISCOSERV
Arlindo Luiz Rocha Junior e Rogério Bezerra Ramos
5.4 Exemplos ......................................................................... 44
5.4.1 Contagem de prazo para operações realiza-das no período de 1º/08/2012 a 31/12/2013 (semestral): ....................................................... 44
5.4.2 Contagem de prazo para operações realiza-das no período de 1º/01/2014 a 31/12/2014 (trimestral): ...................................................... 45
5.4.3 Contagem de prazo para operações realizadas a partir de 1º/01/2015 (mensal): ......................... 46
6 - Cronograma de entrega das informações no Siscoserv ....... 47
7 - Penalidades ......................................................................... 51
8 - Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (NBS) e pelas respectivas Notas Explicativas (NEBS) ........................... 57
8.1 Introdução ....................................................................... 57
8.2 Origem e objetivos da NBS e Nebs .................................. 58
8.3 Estrutura da Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intan-gíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (NBS) e pelas respectivas Notas Explicativas (NEBS) ............................................................................ 60
8.4 Regras para interpretação da NBS e Nebs ....................... 62
8.5 Processo de consulta ....................................................... 64
9 - Acesso ao Siscoserv ............................................................. 65
10 - Estrutura do Sistema Siscoserv ......................................... 69
10.1 Modos de operações para registro no módulo venda ...... 70
10.2 Modos de operações para registro no módulo aquisição 72
11 - Procedimentos relativos ao registro no módulo venda ..... 75
11.1 Registro de Venda de Serviços, Intangíveis e Outras Ope-rações que Produzam Variações no Patrimônio (RVS) .... 75
11.1.1 Inclusão de operação no RVS ........................... 87
11.1.2 Resumo do RVS ................................................ 90
7SISCOSERV
Sumário
11.1.3 Inclusão de aditivo ao RVS ............................... 92
11.1.4 Retificação do RVS ............................................ 93
11.1.4.1 Retificação para zero ........................ 96
11.1.5 Consulta ao RVS ou ao aditivo ao RVS ............. 97
11.2 Registro de Faturamento (RF) ...................................... 99
11.2.1 Inclusão de operação no RF ............................. 100
11.2.2 Resumo do RF .................................................. 104
11.2.3 Cancelamento do Registro Faturamento (RF) . 105
11.2.4 Consulta ao Registro de Faturamento (RF) ...... 107
11.3 Registro de Presença Comercial no Exterior (RPC) ...... 109
11.3.1 Prazo para o RPC .............................................. 109
11.3.2 Inclusão do RPC ............................................... 110
11.3.3 Resumo do RPC ................................................ 119
11.3.4 Retificação do RPC ........................................... 119
11.3.5 Consulta ao RPC............................................... 121
11.4 Situações especiais de registro ....................................... 122
11.4.1 Operação com data de conclusão indeterminada 122
11.4.2 Operação iniciada sem que o valor esteja de-finido ................................................................ 123
11.4.3 Serviços de transporte de passageiros a pessoas físicas residentes no exterior - Procedimento especifico .......................................................... 124
11.4.4 Operação com pessoas físicas residentes no exterior mediante consumo no Brasil ............... 125
12 - Procedimentos relativos ao registro no Módulo Aquisição ... 127
12.1 Registro de Aquisição de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (RAS) . 127
12.1.1 Inclusão do RAS ............................................... 130
12.1.2 Resumo do RAS ................................................ 140
12.1.3 Inclusão de aditivo ao RAS ............................... 142
12.1.4 Retificação do RAS ............................................ 144
12.1.4.1 Retificação para valor zero ............... 146
8SISCOSERV
Arlindo Luiz Rocha Junior e Rogério Bezerra Ramos
12.1.5 Retificação do aditivo ao RAS ........................... 147
12.1.6 Consulta ao RAS ou ao aditivo ao RAS ............. 150
12.2 Registro de Pagamento (RP) .......................................... 153
12.2.1 Prazos para o RP ............................................... 153
12.2.2 Inclusão do Registro de Pagamento (RP) ......... 154
12.2.3 Resumo do RP .................................................. 158
12.2.4 Cancelamento Registro Pagamento (RP) .......... 159
12.2.5 Consulta ao RP ................................................. 161
12.3 Procedimento para Operações Envolvendo Gastos Pes-soais no Exterior por Pessoas Físicas Residentes no Brasil 163
12.3.1 Inclusão do RAS ............................................... 163
12.3.2 Inclusão do RP .................................................. 164
13 - Transmissão em Lote ......................................................... 165
13.1 Transmissão em Lote - Módulo de aquisição ................ 165
13.1.1 Procedimentos para envio do arquivo .............. 165
13.1.2 Consultar Lote .................................................. 171
13.1.3 Tabela de erro da transmissão em lote .............. 176
13.1.4 Exclusão do Lote .............................................. 178
13.1.5 Cumprimento de Prazos na Transferência em Lote ................................................................... 178
13.2 Transmissão em Lote - Módulo Venda .......................... 178
13.2.1 Procedimentos para envio do arquivo .............. 179
13.2.2 Consultar Lote .................................................. 184
13.2.3 Tabela de erro da transmissão em lote .............. 189
13.2.4 Exclusão do Lote .............................................. 191
13.2.5 Cumprimento de Prazos na Transferência em Lote ................................................................... 191
14 - Medidas legais e administrativas ligadas ao Siscoserv ...... 193
15 - Glossário ........................................................................... 195
16 - NBS - Descrição ................................................................. 199
17 - Perguntas e Respostas ....................................................... 289
1Considerações iniciais
Dia após dia, o governo federal brasileiro vem se aprimorando em ferramentas tecnológicas com a finalidade de fiscalizar, controlar, cruzar e gerar relatórios estatísticos para gestão de políticas públicas de importação e exportação.
O Brasil é um dos poucos países no mundo a possuir ferramen-tas tão avançadas de fiscalização e controle de operações tributárias e econômicas (DIPJ, DCTF, DIRF, EFD Contribuições, Fcont, ECD, EFD-IRPJ, E-Social, etc.). Mas essa eficiência não é positiva quando se fala em comércio exterior de serviços e intangíveis, por se tratar de operações sem características físicas, há uma lacuna no controle e fiscalização destas exportações e importações de serviços e intangí-veis, diferente das operações que envolvam mercadorias e bens, que são palpáveis e possuem ferramentas eficientes para seu controle e fiscalização (Siscomex).
Como consequência dessa deficiência, o governo federal tem sofrido grandes perdas de arrecadações de tributos (Cide-royalties, PIS/Cofins Importação, Imposto de Renda e Proventos de Qualquer Natureza, etc. ...) e, historicamente, o cenário de comércio exterior de serviço tem apresentado crescente déficit na conta de serviços do balanço de pagamentos (total de dinheiro que entra e sai de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, capi-tal financeiro, bem como transferências comerciais). Por não pos-suir informações detalhadas de operações internacionais de serviços e intangíveis, não é possível aplicar estratégias e ações que possam preservar a economia e a política pública.
10SISCOSERV
Arlindo Luiz Rocha Junior e Rogério Bezerra Ramos
Diante dessa deficiência, a Secretaria de Comércio e Serviços (SCS) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior (MDIC), com a colaboração de apoio técnico da Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda (RFB/MF), tem trabalhado ativamente para ampliar as fontes de informações sobre o comércio exterior de serviços brasileiro e com isso contribuir para o processo de tomada de decisões do governo e do setor privado. O resultado dessa parceria é o surgimento da NBS e Nebs que permitem uma classificação harmonizada de serviços, intangível e outras ope-rações que promovam variações no patrimônio e, em seguida, surge uma ferramenta com a promessa de eliminar a carência de informa-ções sobre o comércio exterior de serviços: o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv).
2Objetivos das informações
Siscoserv é um sistema informatizado, desenvolvido pelo Go-verno Federal como ferramenta para o aprimoramento das ações de estímulo, formulação, acompanhamento e aferição das políticas pú-blicas relacionadas a serviços e intangíveis bem como para a orien-tação de estratégias empresariais de comércio exterior de serviços e intangíveis.
Esse Sistema guarda conformidade com as diretrizes do Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (Gats) da Organização Mundial do Comércio (OMC), aprovado pelo Decreto Legislativo nº 30, de 15 de dezembro de 1994, e promulgado pelo Decreto nº 1.355, de 30 de dezembro de 1994.
O público-alvo do Siscoserv são as entidades brasileiras que realizam operações de comercialização de serviços, intangíveis e ou-tras operações que produzem variações no patrimônio das entidades, com residentes ou domiciliados no exterior, dentre as quais as opera-ções de exportação e importação de serviços e intangíveis.
Nota
O Siscoserv tem a mesma finalidade do Siscomex, onde seu foco é gerenciar informações sobre o comércio de serviços com o exterior.
Siscoserv: Sistema integrado de comércio exterior de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio.
Siscomex: Sistema integrado de comércio exterior de bens e mercadorias.
12SISCOSERV
Arlindo Luiz Rocha Junior e Rogério Bezerra Ramos
Diferenças entre SISCOSERV e SISCOMEXSISCOSERV SISCOMEX
Serviços e Intangíveis Bens e Mercadorias
Registros posteriores ao início da operação Registro anterior à operação
Inexistência de licenciamento de operações Caráter de licenciamento
Não há previsão de órgãos anuentes Diversos órgãos anuentes
Poderá ser utilizado em políticas públicas
federais, estaduais e minicipais
Utilizado em políticas públicas federais
Desenvolvimento e Manutenção - MDIC/SCS Produção - Custo MF/RFB
Desenvolvimento e Manutenção - MDProdução - Custo MDIC
Premissas Básicas do Siscoserv:
• Estruturado em conformidade com os conceitos previstos na legislação tributária.
• Disponível na internet - processamento on-line.
• Acesso: Certificação Digital e Procuração Eletrônica.
• Referência para o Registro: NBS (baseada na CPC 2.0).
• Registra exclusivamente operações já iniciadas ou concluídas.
• Não há anuência prévia por órgãos do Governo.
• Manual informatizado para orientação aos usuários (Módulo Venda e Módulo Aquisição).
• Apoio à gestão e ao acompanhamento dos mecanismos de apoio ao comércio exterior de serviços, intangíveis e demais operações.
• Identificação dos 4 Modos de Prestação (Gats/OMC).
A Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior (SCS/MDIC) e a Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda (RFB/MF) assina-ram no dia 17 de dezembro de 2008 Acordo de Cooperação Técnica com objetivo de definir responsabilidades quanto ao desenvolvimen-to e à produção do Siscoserv.
13SISCOSERV
Objetivos das informações
Nota
A Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior (SCS/MDIC) e a Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda (RFB/MF) são gestoras do Siscoserv.
O objetivo do Sistema é possibilitar a produção de relatórios gerenciais em apoio à formulação e orientação de políticas públi-cas na área de comércio exterior de serviços, intangíveis e demais operações. Servirá, ainda, conforme previsto na Lei nº 12.546/2011 como orientador para os mecanismos de apoio ao comércio exterior de serviços.
Nota
Art. 26 da Lei nº 12.546/2011. As informações de que trata o art. 25 serão utilizadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior na sistemática de coleta, tratamento e divulgação de estatísticas, no auxílio à gestão e ao acompanhamento dos mecanismos de apoio ao comércio exte-rior de serviços, intangíveis e às demais operações, instituídos no âmbito da administração pública, bem como no exercício das demais atribuições legais de sua competência.
(...)
§ 2º Os órgãos e as entidades da administração pública que tenham atribuiçãolegal de regulação, normatização, controle ou fiscalização dos mecanismosprevistos no caput deste artigo utilizarão a vinculação de que trata o § 1ºdeste artigo para verificação do adimplemento das condições necessárias àsua fruição.
3Obrigatoriedade ao registro
no Siscoserv
Deverão obrigatoriamente informar as operações no Siscoserv o prestador ou tomador de serviços do exterior residente ou domicilia-do no Brasil, independente das características do serviço.
Essa obrigatoriedade serve tanto para pessoa jurídica como para pessoa física, inclusive para residente domiciliado no Brasil que transfere ou adquire intangível, sendo de direitos de proprieda-de intelectual, por meio de cessão, concessão, licenciamento ou por quaisquer outros meios admitidos em direito. Para ilustrar, seguem algumas operações consideradas intangíveis para fins de registro no Siscoserv:
• licenciamento (autorização para usar ou explorar comercial-mente direito patrimonial);
• cessão, temporária ou definitiva, dos direitos de propriedade intelectual;
• contratos de transferência de tecnologia envolvendo a pres-tação de serviços de assistência técnica e científica, combi-nadamente ou não;
• o fornecimento da tecnologia - (know-how);
• os contratos de franquia;
• a exploração dos recursos naturais e o licenciamento dos direitos sobre conhecimento tradicional;
16SISCOSERV
Arlindo Luiz Rocha Junior e Rogério Bezerra Ramos
• o licenciamento dos direitos relativos ao acesso a recursos genéticos;
• direitos autorais, inclusive no caso de aquisição de programas de computador (software).
O residente ou domiciliado no Brasil, que realize outras ope-rações que produzam variações no patrimônio, também deverá in-formar no Siscoserv. São consideradas operações que produzam va-riações no patrimônio as operações que não podem ser classificadas como serviços, nem como intangíveis, mas que produzem variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados.
Exemplos:
A empresa Alfa adquiriu ou vendeu um bem na forma de leasing financeiro ou operacional. Essa operação irá impactar no patrimônio, seja como receita ou despesa.
Segundo o inciso III, do § 4º do art. 1º da Instrução Normativa da RFB nº 1.277, de 2012, estão obrigados ao registro no Siscoserv a pessoa física ou jurídica ou o responsável legal do ente despersonali-zado, ou seja, para operações realizadas por entes que não possuem denominação legal específica, mas que podem, nos termos do art. 12 do Código de Processo Civil Brasileiro, ser representados em juízo, ativa e passivamente.
Art. 12, da Lei nº 5.869, de 11 de Janeiro de 1973. Serão representados em
juízo, ativa e passivamente:
I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, por seus procuradores;
II - o Município, por seu Prefeito ou procurador;
III - a massa falida, pelo síndico;
IV - a herança jacente ou vacante, por seu curador;
V - o espólio, pelo inventariante;
VI - as pessoas jurídicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, não
os designando, por seus diretores;
17SISCOSERV
Obrigatoriedade ao registro no Siscoserv
VII - as sociedades sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a
administração dos seus bens;
VIII - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administra-
dor de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil (art. 88,
parágrafo único);
IX - o condomínio, pelo administrador ou pelo síndico.
§ 1º Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do faleci-
do serão autores ou réus nas ações em que o espólio for parte.
§ 2º As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, não pode-
rão opor a irregularidade de sua constituição.
§ 3º O gerente da filial ou agência presume-se autorizado, pela pessoa jurídica
estrangeira, a receber citação inicial para o processo de conhecimento, de exe-
cução, cautelar e especial.
3.1 SERVIçOS DE FREtE, SEGuRO E OutROS RELACIONADOS AOS BENS E MERCADORIAS
É interessante frisar que os serviços de frete, seguro e de agentes externos, bem como demais serviços relacionados às operações de comércio exterior de bens e mercadorias, serão objeto de registro no Siscoserv, por não serem incorporados aos bens e mercadorias.
Este assunto é polêmico porque o art. 1º da Instrução Normati-va RFB nº 1.277, de 28 de junho de 2012, traz a dispensa da entrega para operações de exportação e importação de bens, mercadorias e os serviços e intangíveis incorporados aos mesmos.
“Art. 1º Fica instituída a obrigação de prestar informações relativas às
transações entre residentes ou domiciliados no Brasil e residentes ou domicilia-
dos no exterior que compreendam serviços, intangíveis e outras operações que
produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou
dos entes despersonalizados.
§ 1º A prestação das informações de que trata o caput:
(...)