sintonia da saúde 24-01-18

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1 Otites são comuns no verão Cozinhar é arma contra o stress Sintonia da Saúde - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2018 Página 2 Página 5 Ginástica na praia Q uem está de férias não precisa descuidar da saúde e do condicionamento físico. O mar e a areia são bons locais para manter a forma e praticar atividades físicas. Nos municípios de Arroio do Silva e Balneário Gaivota, os veranistas contam com aula de ginástica a beira mar. As vantagens dessa atividade na praia é não ficar parado, conhecer pessoas e se divertir ao ar livre, em um cenário bonito e inspirador.

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Page 1: Sintonia da saúde 24-01-18

1Sintonia da Saúde - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2018

Otites são comunsno verão

Cozinhar é arma contra o

stress

Sintonia da Saúde - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2018

Página 2

Página 5

Ginásticana praia

Quem está de férias não precisa descuidar da saúde e do condicionamento físico. O mar e a areia são bons locais para manter a forma e praticar atividades físicas.

Nos municípios de Arroio do Silva e Balneário Gaivota, os veranistas contam com aula de ginástica a beira mar. As vantagens dessa atividade na praia é não ficar parado, conhecer pessoas e se divertir ao ar livre, em um cenário bonito e inspirador.

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2 Sintonia da Saúde - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2018

Otites são comuns no verãoA inflamação do ouvido, conhecida

também como otite, pode se tornar um pesadelo nas férias da criançada. Isso por que o período de recesso escolar coincide com o verão e a alta tempo-

rada de piscinas, rios e praias. Os resquícios de água na orelha após a diversão criam um ambiente úmido propício para o crescimento de bactérias ou fungos, podendo causar a otite externa.

Sofrer com a dor é uma das partes mais difíceis para as crianças quando são acometidas pela otite. Além da vermelhidão na área, a dor é intensa e pode ser agravada até mesmo ao encostar ou apertar a orelha, o que resulta frequentemente em choro e um grande incômodo para os pequenos.

Em crianças menores pode ser um pouco mais difícil identificar a otite, já que elas não conseguem falar que sentem dor. “Os pais devem observar o compor-tamento. Por exemplo, quando for mamar ou comer, em um quadro de otite, na hora de engolir pode doer e a criança exprimir isto chorando, principalmente nos casos de otite média – que é da timpânica para dentro”, explica o médico Jairo Barros do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (IBORL).

Nos casos de otite externa, os pais vão notar verme-lhidão e inchaço na orelha, acompanhados de muita dor quando tocada mesmo que levemente. Além disso, a criança passa a levar a mão ao ouvido várias vezes, como se algo estivesse errado. Antes de ir ao médico, para amenizar a dor, pode-se fazer uma compressa morna e colocá-la no ouvido externamente.

Quando percebido o incômodo na orelha, um dos erros comuns é usar cotonetes para limpar dentro do ouvido no intuito de melhorar. Porém, esta ação é altamente contraindicada, já que, tanto em crianças quanto em adultos, isto pode causar perfuração da membrana timpânica. “Cotonetes, grampos, pontas de caneta... nada disso deve ser introduzido no ouvido. Além de ferir, pode ser porta de entrada para diversas infecções”, alerta.

Como não há prevenção para a inflamação, a orien-tação médica é cuidar do ouvido após o contato com a

água. “Às vezes, no consultório, quando examinamos a orelha da criança é comum encontrarmos grãos de areia dentro. Esses corpos estranhos podem machucar o ouvido e trazer infecções”, explica o otorrinolarin-gologista. Por isso, depois da brincadeira na água, durante o banho, é importante lavar a parte externa da orelha com água corrente para tirar o excesso de areia ou até mesmo de cloro, geralmente encontrado em piscinas.

Identificados os sintomas, os pais devem procurar imediatamente um pronto-socorro pois, se não trata-

da, a otite pode comprometer até mesmo a audição. Uma vez com otite, as crianças não podem ter nenhum contato do ouvido com a água até serem examinadas adequadamente por um médico para que o tratamento seja iniciado corretamente.

Mas calma! Não precisa privar os pequenos da diversão. “Algumas crianças são mais propensas a terem otite, outras não. Caso ela não apresente nenhum sintoma e não haja nenhum outro motivo que impeça a brincadeira, ele não deve ser afastado das atividades comuns das férias”, finaliza o doutor Jairo.

Verão favorece a candidíaseCalor e umidade cau-

sam alteração do pH da região íntima, reduzindo a defesa da flora de proteção

Com a temporada de verão, praia, rios, lagoas e piscina passam a fazer par-te dos dias de lazer. Apesar de todas as belezas da es-tação, é nesse período que a aumenta a incidência da candidíase - infecção na região vaginal causada, principalmente, pelo fun-go Candida Albicans.

“O fungo que causa a candidíase está presente no corpo humano desde o nascimento, no entan-to, quando há queda de imunidade ou aumento da agressão externa, com o uso excessivo de roupas de banho molhadas por muito tempo ou calça que aper-te a região genital, pode ocorrer a proliferação dos

fungos, desencadeando coceira na região íntima, corrimento de cor esbran-quiçada e ardor ao urinar”, explica Renato de Oliveira, ginecologista.

Para evitar o incômodo e aproveitar os dias de ca-lor com a saúde em dia, é necessário seguir algumas recomendações. “Além de trocar a roupa de banho molhada assim que sair do mar ou piscina, se pos-sível, lave e seque a região Íntima. Evite também subs-tâncias que podem gerar um processo alérgico ou um desequilíbrio da flora vaginal como protetores diários, papéis higiênicos perfumados e uso de sabão em pó e amaciantes para a lavagem das calcinhas e, se possível, durma sem a peça íntima para ventilar a região”, aconselha.

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3Sintonia da Saúde - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2018

Saúde formacuidadores de idosoLuana da Rosa é formada em enfermagem

há três anos e sempre busca mais conhe-cimento, Marinês Coelho Goldinho esta-va desempregada e aproveitava o tempo em busca de alternativas, Nair Adriana

da Silva cuidava da sogra acamada. As três estavam entre os cerca de 30 alunos do curso de cuidador de idosos que foi realizado no ano passado em Sombrio.

A qualificação foi oferecida pela Escola de Forma-ção em Saúde do estado, sem custos, a participantes de toda a região.

A secretária de Saúde de Sombrio. Gislaine Dias da Cunha, afirma que a falta de cuidadores profissionais é sentida em todos os municípios, por isso, foi feito o pedido por um curso no setor. “Em uma reunião do Colegiado de Secretários de Saúde discutimos onde as aulas seriam e ofereci a nossa parceria para que fosse aqui”, conta. Também foi o colegiado que indicou a enfermeira Sandra da Rosa como coordenadora e as enfermeiras Aline da Cunha Almeida e Élida Silveira da Rosa como professoras. A elas, ao longo das 110 horas de curso, se juntaram nutricionista,assistente social, dentista e outros especialistas que abordaram os cuidados necessários com o idoso, em suas áreas de atuação.

Sandra lembra que a população brasileira está envelhecendo e a necessidade de cuidadores é cada vez maior. Assim como tem aumentado a quantidade de casas de repouso e asilos.

Muitos alunos do curso que aconteceu duas vezes por semana no auditório da prefeitura de Sombrio, já trabalham na saúde pública ou são cuidadores e aproveitaram para se aperfeiçoar, alguns vindos de Arroio do Silva, Meleiro e outras cidades.

É o caso das três mulheres citadas no início da reportagem. A enfermeira Luana acredita que o mer-cado de trabalho para atender o idoso tende a crescer e quer estar preparada, Marinês disse que a oferta de uma qualificação gratuita deve sempre ser aprovei-tada, ainda mais no seu caso. Ela veio do Rio Grande do Sul para morar em Sombrio em 2017 e procurava emprego. “Como gosto de cuidar de pessoas, é uma opção, e chegar para preencher uma vaga mostrando que tenho conhecimento específico ajuda bastante”, justificou. Nair tem a experiência prática, pois cui-dava na época da sogra e de uma sobrinha especial, e garante que gosta de cuidar de velhinhos. As três esperavam abrir portas para novas oportunidades profissionais aproveitando uma demanda que só faz crescer.

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4 Sintonia da Saúde - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2018

Odontofobia - Medo de ir ao dentistaSem dúvida, o mal que mais atinge

os pacientes que chegam ao consul-tório odontológico. Às vezes por um trauma vivenciado, outras por medo do desconhecido... mas quase todo o paciente que precisa de uma consulta odontológica sofre medo ou pânico de sentar na cadeira do dentista.

Alguns a origem do medo vem de um tratamento traumático, com histórico de dor ou de um problema de difícil solução. Outros apresentam medo do barulho do motor, o qual associam com vivências passadas. Muitas pessoas também rela-tam medo da anestesia, sendo da agulha ou da sensação de dormência que a medicação anestésica causa.

Os sintomas destes traumas variam entre leves como: evitar a consulta, ficar falando sem parar, criar problemas que dificultem o atendimento, suor nas mãos e nervosismo. Em casos mais graves, podemos ter também: crises de pânico, tontura, desmaios, taquicardia, falta de ar e insônia.

O que fazer?Bem, o primeiro passo é encontrar um local de atendimento odontológico que você se sinta bem, que se sinta acolhido.

Desde que montei a clínica procurei criar um ambiente descontraído com uma recepção colorida que remete ao paciente a sensação de acolhimento e bem estar.

Este acolhimento também depende dos profissionais que irão atendê-lo. É de suma importância que você confie em quem irá fazer o tratamento. Portanto, muitas vezes, antes de começar um tratamento, é necessário que você faça consultas para conversar, conhecer bem seu dentista e a equipe que ficará responsável por você.

Em alguns casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicações prévias as consultas, que possibilitem que o paciente tenha a experiência de uma consulta confortável, isto é, substituir antigas ideias ruins por uma nova, bem sucedida.

Outra situação importante, é marcar as consultas pelo período da manhã, depois de uma boa noite de sono... Assim a gente sempre se encontra mais tranquilo do que depois de um dia inteiro de trabalho.

É fato que a Odontologia evoluiu, e que hoje se têm equipamentos mais silenciosos, anestesia sem agulha, medicações potentes e tratamentos indolores e efetivos. Com certeza o tratamento odontológico atual não é como antigamente. E isto já é um estímulo para criar coragem! Experimentar o novo!

Além disto, é importante lembrar que, um problema pequeno hoje, pode se tornar um problema mais sério amanhã, portanto, não deixe de lado sua saúde bucal. Até porquê a prevenção é o tratamento mais fácil de ser realizado.

Vou te contar um segredinho! Tenho pacientes que morriam de medo de vir consultar e que agora adoram! É a mudança de paradigma com a odontologia atual fazendo você sorrir!

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5Sintonia da Saúde - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2018

Morando a quase 20 anos na Alemanha, o sombriense Enedir Fabiano da Cunha Miguel, conhecido como Fábio, mais por necessidade do que por gosto, começou a fazer bolo para ven-der e assim conseguir pagar as aulas de alemão. O bolo era a tradicional ‘nega maluca’,uma novidade para seus colegas de aula, mas muito conhecido dos brasileiros. O sucesso foi imediato e logo ele se viu aperfeiçoando a receita, inventando novidades e descobrindo-se apaixonado pela cozinha.

Hoje Fábio é dono de dois restaurantes em Hamburgo e co-meça

a espalhar frutos do seu trabalho através de franquias. Para ele, a gastronomia é mais do que uma forma de ganhar di-nheiro, é um prazer e uma boa forma de enfrentar o stress.

No Brasil, cada vez mais pessoas têm descoberto este poder terapêutico da culinária e se dedicado a fazer os próprios alimentos. Quem quiser entrar nessa boa onda também, aqui vão duas receitas do chef Fábio.

Divirta-se e bom apetite!

Cozinhar é armacontra o stress

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6 Sintonia da Saúde - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2018

Aumento dasífilis preocupa

Os c a s o s de sífilis vêm au-mentan-do ano a

ano no mundo. A esti-mativa da Organização Mundial da Saúde é que 937 mil pessoas são in-fectadas a cada ano no Brasil. Em Santa Catarina, foram registrados 1.963 novos casos em 2014, um crescimento em torno de 30% em relação aos casos notificados no ano ante-rior. Em 2015, entre janeiro e julho, 1.461 pessoas con-traíram a doença. Foram também notificados casos em 654 gestantes. Entre 2010 e 2014, 6.344 pessoas foram diagnosticadas com sífilis no Estado.

A sífilis congênita – transmissão da doença da mãe para o bebê – é ainda mais preocupante, considerando que a crian-ça nasce livre da sífilis se houver o tratamento adequado da gestante infectada e do seu parceiro sexual. O último levanta-mento do Ministério da Saúde, realizado em 2013, apontou que 21.382 ges-tantes contraíram sífilis e 13.705 bebês nasceram com a doença. Desses, 161 morreram.

Em Santa Catarina, fo-ram registrados 248 novos casos em bebês somente no primeiro semestre de 2015 – um crescimento de 43% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a dezembro de

2014, foram 268 casos e sífilis congênita, com 20 abortos e 16 natimortos. Nos últimos 10 anos, hou-ve um progressivo aumen-to na taxa de incidência de sífilis congênita no Brasil: a taxa passou de 1,7 casos a cada 1.000 nascidos vivos em 2004 para 4,7 em 2013.

Por isso, são as mu-lheres grávidas que re-querem maior atenção no diagnóstico e tratamento da sífilis, uma doença infecciosa sexualmente transmissível causada pela bactéria treponema pallidum. A infecção pode provocar má formação do feto e aborto. Quando nas-ce, o bebê com sífilis apre-senta graves sequelas que podem variar entre pneu-monia, feridas no corpo, cegueira, problemas ós-seos, surdez ou deficiência mental. Se as gestantes fizerem o diagnóstico em tempo apropriado e o tra-tamento correto, realizado com a administração de três doses de penicilina, as chances de infecção do bebê caem consideravel-mente.

“É importante solicitar o teste também ao parcei-ro dessa gestante, e incluí--lo no tratamento. Somen-te assim reduziremos a quantidade da bactéria circulando no Estado”, afirma o médico infectolo-gista Filipe de Barros Pe-rini, da Gerência de DSTs/Aids e Hepatites Virais da Diretoria de Vigilância

Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC). Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, independente de apresentarem sintomas. O teste rápido é um exame realizado a partir de uma gota de sangue, disponibi-lizado nas Unidades Bási-cas de Saúde - gratuito e sigiloso. “Em menos de 30 minutos, o paciente tem o resultado do teste rápido para sífilis e pode iniciar o tratamento de forma imediata”, explica Filipe.

A transmissão

A sífilis é transmitida principalmente nas rela-ções sexuais sem prote-ção. A doença também pode ser transmitida de forma vertical ou congê-nita, ou seja, a partir da mãe contaminada para o bebê. Pode ser, ainda, transmitida na transfusão de sangue contaminado e pelo contato com lesões ativas de pele ou mucosas.

“Numa relação sexual, a chance de infecção da Treponema pallidum é de 60%”, enfatiza o médico infectologista. É preciso se prevenir, usando pre-servativos em todas as relações sexuais. “E tam-bém para o sexo oral, que é altamente infectante”, reforça.

Sinais e sintomas

O primeiro sintoma da

doença é surgimento de uma pequena ferida nos órgãos sexuais, a úlcera ou cancro, que na maio-ria das vezes é única, e nódulos nas virilhas (ín-guas), aproximadamente três semanas, após o sexo desprotegido com alguém infectado. A feri-da e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamen-to, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua infectada e a doença se desenvolven-do, mesmo sem causar sintomas. Ao alcançar o segundo estágio, po-dem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos, simu-lando uma alergia.

Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas tam-bém desaparecem, dan-do a ideia de melhora. A doença pode ficar sem apresentar sintomas por meses ou anos, até o momento em que surgem co m p l i ca ç õ e s g ra v e s como cegueira, parali-sia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, le-var à morte. Importan-te lembrar que a sífilis cursa com períodos sin-tomáticos e assintomá-ticos intercalados, e o i n d i v í d u o p e r m a n ece contaminante caso não seja tratado.

A Fisioterapia éutilizada no tratamento de

incontinência urinária Mais de 10% das queixas nos ambulatórios

de ginecologia refere-se à perda involuntária de urina, chamada de incontinência urinária (IU). Esta patologia afeta entre 30 e 60% das mulhe-res. Tendo importância, portanto, pela sua alta incidência e pelo impacto negativo na qualidade

de vida de suas portadoras. As causas da incontinência urinária são inú-

meras, como problemas anatômicos, distúrbios neuropáticos, disfunções neuromusculares, distúrbios psicológicos. Ela também pode estar relacionada com gravidez, tipo de parto, stress, fumo e higiene. O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador fisioterapia. Atualmente, opta-se mais pelo tratamento conservador, como a Fisio-terapia Uroginecológica, por ser menos invasivo

e de baixo custo.A conduta tem como objetivos melhorar a força

de contração das fibras musculares do períneo e do assoalho pélvico, reeducar esta musculatura, coordenar a atividade abdominal e promover um rearranjo estático lombopélvico. Para isso, utiliza-se de exercícios específicos, aparelhos de eletroestimulação e biofeedback e técnicas que promovem o fortalecimento dos músculos neces-sários para manter a continência urinária. A fisio-terapia também pode e deve ser usada de forma preventiva, evitando disfunções neuromusculares.

O tratamento fisioterapêutico, neste caso, pode ser utilizado em qualquer idade. Embora este fator possa influenciar no tempo e no grau de melhora, não é determinante. A severidade da disfunção, o nível de consciência corporal e cognitiva, a assiduidade nos atendimentos, bem como a per-severança e o comprometimento da paciente com o tratamento, principalmente fora do consultório, são fatores que contribuem de forma decisiva no sucesso do tratamento. Sabe-se que em 85% dos casos a fisioterapia tem apresentado resultados expressivos de melhora da sintomatologia da incontinência urinária, promovendo qualidade de

vida para inúmeras mulheres.

A REABILITAR FISIOTERAPIA DISPÕE DE UM AMBIENTE CLIMATIZADO E

DE FISIOTERAPEUTAS FORMADOS E CAPACITADOS PARA MELHOR ATENDE-

LOS. VENHA NOS CONHECER E AGENDAR SEU TRATAMENTO.

Dra. Gizele Micheletto

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7Sintonia da Saúde - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2018

Lei incentiva doação de medulaA a n g ú s -

t i a e o sofrimen-t o d a s fa m í l i a s

que tentam encontrar um doador compatível de medula óssea são grandes, uma vez que a possibilidade é pequena, principalmente quando o doador não é aparentado.

Em Santa Catarina essa é a realidade para 63 pessoas que aguar-dam por um transplante, segundo dados do SC Transplantes. Além da dificuldade de encontrar um doador compatível (1 a cada 100 mil), há também a redução de doadores, pois caiu nos últimos anos a quanti-dade de pessoas cadas-tradas, fazendo com que o Estado não atingisse a cota anual em 2017.

Pensando na realida-

de destas famílias cata-rinenses e na necessidade de aumentar o número de doadores para ampliar a chance de se encon-trar um doador compatí-vel, foi sancionada pelo governador Raimundo Colombo, no dia 12 de janeiro, a alteração da lei 10.567/97, proposta pelo deputado estadu-al Zé Milton, que dispõe da isenção das taxas de inscrição de concursos públicas aos doadores de sangue para incluir os do-adores de medula óssea, que é a única esperança de cura para milhares de portadores de leucemia e de outras doenças do sangue.

“Nosso objetivo está em expandir de forma consistente o número de doadores, para que pos-samos diminuir a fila de pessoas que aguardam

o transplante. O projeto oferece mais uma alter-nativa para ampliar o cadastro e a captação de doadores de medula”, defendeu Zé Milton.

Para o deputado som-briense, a medida resul-tará num aumento sig-nificativo no cadastro e, assim, crescendo a pos-sibilidade de encontrar doadores compatíveis. “Há uma queda nas doa-ções. O órgão responsável quer atingir até 250 mil novos doadores de me-dula óssea este ano. Isto demonstra a necessidade de mobilizarmos e incenti-varmos as pessoas a doa-rem”, informou Zé Milton.

Em 2016, a cota foi su-perada e chegou a 10.535. No ano passado, não foi atingida. O estado teve somente 7.851 pessoas re-alizando os exames para o cadastro

A Secretaria de Saú-de e o Centro de Aten-ção Psicossocial (Caps) de Sombrio, continu-am levando informa-ção sobre a campanha J a n e i ro B ra n co a o s agentes comunitários e demais servidores da saúde.

Na semana passada,

teve encontro no Ati-vidade hoje em saúde mental na Secretaria de Saúde e ESF Central.

A mobilização tem à frente a psicóloga Leo-nete Pereira de Souza, a Netinha, coordenadora do Caps.

Trechos do Manifes-to do Janeiro Branco:

Sombrio segue com Janeiro BrancoEstamos

nos matando

Apesar de toda nova tecnologia que nos cer-ca de forma crescente e onipresente – e talvez até mesmo por causa disso -, os seres humanos continuam se perdendo em ignorâncias e desco-

nhecimentos sobre si mes-mos, a respeito das suas condições emocionais e das suas estruturas sub-jetivas. Vivemos a era da Ditadura das Tecnologias, mas, também, a Era das Violências Reais e Sim-bólicas Entre as Pessoas; vivemos a Era da Virtua-lidade, mas, também, a Era da Falta do Diálogo Entre Os Que Estão Pró-ximos; vivemos a Era dos Aplicativos Que Resolvem Tudo, mas, também, a Era da Intolerância a Frustra-ções da Vida Real. E esta-mos nos matando, como nunca antes na história da humanidade.

Chegamos a um ponto da história da humani-dade em que nenhum desafio material se opõe aos homens: dominamos os mares, dominamos os céus, dominamos as ter-ras e até mesmo robôs já possuímos instalados em planetas vizinhos – como o Curiosity, em Marte. No entanto, bilhões e bi-lhões de seres humanos ainda vivem sem saber reconhecer, compreender e processar, de forma saudável e adequada, em si mesmos, o ciúmes, a inveja, a solidão, o medo,

o tesão, a angústia, o luto, a raiva ou a saudade. Bilhões e bilhões de seres humanos ainda vivem sem saberem os sentidos e motivos subjetivos pelos quais vivem, limitando--se, como se resumissem à carne e aos ossos que possuem, a lutarem pela reprodução objetiva da vida.

Isso precisa ser muda-do. Somos analfabetos emocionais, mas experts em tecnologia bluetooth, wireless, freios abs, pisos antiderrapantes ou tintas impermeáveis. Sabemos tudo sobre prédios à pro-va de terremotos, mas quase nada sobre a im-portância, a validade, a pertinência e a utilidade do autoconhecimento, do autocontrole, da au-torealização. Em termos de educação emocional, sentimental e compor-tamental, ainda somos bastante primitivos.

Cultura daSaúde Mental

Precisamos psicoedu-car nas ruas, nas esco-las, nas empresas, nas igrejas, no trânsito, nos clubes, nos shoppings,

nos metrôs, nos terminais de ônibus, nas praças, nas prefeituras, nos de-mais órgãos públicos, nos hospitais, nas mí-dias…em todas as mí-dias. Precisamos falar sobre psicoeducação e a importância da subjetivi-dade humana aonde quer que os homens estejam. Precisamos chamar a atenção para as emoções humanas, os sentimentos das pessoas, os compor-tamentos das pessoas.

Precisamos falar so-bre o que sabemos – a partir de todas as óticas, de todas as abordagens, de todos os fundamentos. De forma multidiscipli-nar, transversal e trans-disciplinar. Precisamos falar. Todos querem ou-vir, até os que não sabem que querem. Let’s talk. Talk is healthy. And ne-cessary.

O Janeiro Branco nas-ceu para isso. Todo profis-sional da Saúde e todo(a) psicólogo(a) também. Cada um ao seu estilo, psicoeducando, em casa, na rua, no trabalho, na vida pública ou priva-da. Mas psicoeducando sempre. Sempre, sempre, sempre!

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