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  2014.1 Profª Flávia Soares NOÇÕES DE FARMACOLOGIA

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noçoes de farmacia

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  • 2014.1

    Prof Flvia Soares

    NOES DE FARMACOLOGIA

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    www.ifcursos.com.br Noes de Farmacologia Flvia Soares

    FARMACOLOGIA GERAL HISTRICO E EVOLUO

    Na antiguidade, a origem das doenas, at os filsofos gregos, era quase sempre atribuda

    s causas sobrenaturais como castigo dos deuses ou infringida por outrem sob a forma de

    intenes ruins como mau-olhado ou outros meios semelhantes. A preocupao com a

    explicao da sade e da doena, sem ser em bases sobrenaturais, nasceu com a filosofia grega,

    e, sua busca de uma explicao da constituio da natureza.

    Teorias foram desenvolvidas em vrias escolas mdicas gregas como Knidos, Crotona e

    Kos. Na escola de Kos, onde Hipcrates seria aluno, desenvolveu-se, pela primeira vez, a ideia de

    uma patologia geral, oposta ideia original, que prevalecia anteriormente, de que as doenas

    eram sempre limitadas a um nico rgo.

    Segundo esta escola, os processos mrbidos eram devidos a uma reao da natureza a

    uma dada situao, em que havia um desequilbrio humoral, sendo, ento, a doena, constituda

    de trs fases: a apepsia, caracterizada pelo aparecimento do desequilbrio; a pepsis, onde a

    febre, a inflamao e o pus eram devidos reao do corpo, e a crisis ou lysis, onde se dava a

    eliminao respectivamente, brusca ou lenta, dos humores em excesso.

    A ideia de que espritos animais percorriam os nervos, originada tambm por alguns

    pensadores gregos, permaneceu corrente at o sculo XVII, quando ficou demonstrada a

    natureza eltrica na conduo nervosa.

    Desde seus primrdios, o ser humano percebeu os efeitos curativos das plantas

    medicinais, notando que de alguma forma sob a qual o vegetal medicinal era administrado (p,

    ch, banho e outros) proporcionava a recuperao da sade do indivduo.

    As plantas medicinais, utilizadas h milhares de anos, servem de base para estudos na

    produo de novos medicamentos.

    A cultura brasileira sofreu srias influncias desta mistura de etnias, tanto no aspecto

    espiritual, como material, fundindo-se aos conhecimentos existentes no pas.

    A palavra Farmacologia derivada de pharmakon, de origem grega, com vrios

    significados desde uma substncia de uso teraputico ou como veneno, de uso mstico ou

    sobrenatural, sendo utilizados na antiguidade como remdios (ou com estes objetivos) at mesmo

    insetos, vermes e hmus. definida como a cincia que estuda a natureza e as propriedades dos

    frmacos e principalmente ao dos medicamentos.

    Provavelmente, as plantas tiveram influncia importante na alimentao, para alvio, e,

    tambm para casos de envenenamento do homem primitivo. Algumas plantas e animais com

    caractersticas txicas, j eram utilizados para a guerra, execues de indivduos, e, para a caa.

    A Histria registra que Clepatra testou algumas plantas em suas escravas quando decidiu

    suicidar.

    Cerca de 4.000 anos a.C., os sumerianos conheciam os efeitos psquicos provocados pelo

    pio, inclusive tambm para a melhora da diarreia.

    A palavra droga origina do holands antigo droog que significa folha seca, pois,

    antigamente quase todos os medicamentos eram feitos base de vegetais. Embora em francs

    drogue signifique erva, relacionada por alguns autores como a origem da palavra droga, a maioria

    dos autores, fundamentando-se em antigos dicionrios, afirmam que se deve a palavra droog a

    origem do nome.

    Embora a Farmacologia tenha sido reconhecida como cincia no final do sculo XIX, na

    Alemanha, as ervas j serviam para a manipulao de remdios h bastante tempo, e, as drogas

    de origem vegetal predominaram no tratamento das doenas at a dcada de 1920 quando a

    indstria farmacutica moderna iniciou o desenvolvimento produzindo produtos qumicos

    sintticos.

    A disciplina Farmacologia envolve os conhecimentos necessrios para o profissional de

    sade, pois, consiste no estudo do mecanismo pelo qual os agentes qumicos afetam as funes

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    dos sistemas biolgicos, portanto, de forma ampla, pois, envolve o estudo da interao dos

    compostos qumicos (drogas) com os organismos vivos atuando, em maioria, atravs da influncia

    das molculas das drogas em constituintes das clulas.

    A Farmacologia utilizada com os objetivos:

    Profiltica: O medicamento tem ao preventiva contra doenas. Exemplo: As vacinas podem

    atuar na preveno de doenas.

    Teraputica: O medicamento tem ao curativa, pode curar a patologia. Exemplo: Os antibiticos

    tm ao teraputica, curando as doenas.

    Paliativo: O medicamento tem capacidade de diminuir os sinais e sintomas da doena, mas no

    promove a cura. Exemplo: Os anti-hipertensivos diminuem a presso arterial, mas no curam a

    hipertenso arterial; os antitrmicos e analgsicos diminuem a febre e a dor, porm no curam a

    patologia causadora dos sinais e sintomas.

    Diagnstica: O medicamento auxilia no diagnstico, elucidando exames radiogrficos. Exemplo:

    Os contrastes so medicamentos que, associado aos exames radiogrficos, auxiliam em

    diagnsticos de patologias

    As espcies principalmente vegetais possuem um rico arsenal de compostos qumicos,

    sendo que muitos desses podem ser ativos como medicamentos, e, um dos fatores que contribui

    para a larga utilizao de plantas para fins medicinais no Brasil o grande nmero de espcies

    vegetais encontradas no pas. Nos ltimos anos, tem aumentado a aceitao da Fitoterapia no

    Brasil, resultando em crescimento da produo industrial dos laboratrios.

    Acredita-se que a flora mundial contenha 250 mil a 500 mil espcies, e, o Brasil contribui

    aproximadamente com 120 mil dessas espcies, entretanto, apenas cerca de 10% da flora do

    nosso Pas tem sido estudada de modo cientifico, assim, a regulamentao da Biomedicina

    constitui um importante passo tambm para a pesquisa que pode levar s necessrias

    descobertas, e, produes de novos medicamentos, alm da capacitao do profissional

    Biomdico para atuar em todos os nveis de ateno sade, integrando-se em programas de

    promoo, manuteno, preveno, proteo, e, recuperao de sade.

    Devido ao nmero crescente de novos frmacos, e, as ocorrncias de desastres

    teraputicos tornam-se imprescindveis o estudo, e, a atualizao constante dos profissionais de

    sade que acompanham o uso dos frmacos.

    1. LEGISLAO NO PREPARO E ADMINISTRAO DE MEDICAMENTOS

    O Cdigo de tica dos profissionais de Enfermagem traz aspectos que direcionam a atuao

    frente execuo do preparo e da administrao dos medicamentos, segundo a resoluo

    COFEN 311/2007:

    Dos princpios fundamentais:

    Descreve que a Enfermagem uma profisso comprometida com a sade e a qualidade de vida

    da pessoa, famlia e coletividade.

    O profissional da Enfermagem atua na promoo, preveno, recuperao e reabilitao da

    sade, com autonomia e em consonncia com os preceitos ticos e legais.

    Seo I

    Das relaes com as pessoas, famlia e coletividade

    Direitos

    Artigo 10

    O profissional deve recusar-se a executar atividades que no sejam de sua competncia tcnica,

    cientfica, tica e legal ou que no ofeream segurana ao profissional, pessoa, famlia e

    coletividade.

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    Responsabilidade e Deveres

    Artigo 12

    Assegurar pessoa, famlia e coletividade assistncia de enfermagem livre de danos decorrentes

    de impercia, negligncia ou imprudncia.

    Artigo 13

    Avaliar criteriosamente sua competncia tcnica, cientfica, tica e legal e somente aceitar

    encargos ou atribuies, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem.

    Artigo 14

    Aprimorar os conhecimentos tcnicos, cientficos, ticos e culturais, em benefcio da pessoa,

    famlia e coletividade e do desenvolvimento da profisso.

    Artigo 21

    Proteger a pessoa, famlia e coletividade contra danos decorrentes de impercia, negligncia ou

    imprudncia por parte de qualquer membro da equipe de sade.

    Artigo 25

    Registrar no pronturio do paciente as informaes inerentes e indispensveis ao processo de

    cuidar.

    Proibies

    Artigo 30

    Administrar medicamentos sem conhecer a ao da droga e sem certificar-se da possibilidade de

    riscos.

    Artigo 31

    Prescrever medicamentos e praticar ato cirrgico, exceto nos casos previstos na legislao

    vigente e em situao de emergncia.

    Artigo 32

    Executar prescries de qualquer natureza, que comprometam a segurana da pessoa.

    Seo II

    Das relaes com os trabalhadores de enfermagem, sade e outros

    Direitos

    Artigo 37

    Recusar-se a executar prescrio medicamentosa e teraputica, onde no constem a assinatura e

    o nmero de registro do profissional, exceto em situao de urgncia e emergncia.

    Pargrafo nico: O profissional de enfermagem poder recusar-se a executar prescrio

    medicamentosa e teraputica em caso de identificao de erro ou ilegibilidade.

    Proibies

    Artigo 42

    Assinar as aes de enfermagem que no executou, bem como permitir que suas aes sejam

    assinadas por outro profissional.

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    Seo III

    Das relaes com as organizaes da categoria

    Responsabilidades e deveres

    Cumprir e fazer os preceitos ticos e legais da profisso.

    O profissional da equipe que prepara e administra uma medicao deve conhecer a legislao

    que regulamenta o exerccio de sua profisso, as normas da instituio que trabalha, realizando a

    medicao conforme a Prescrio Mdica garantindo a segurana e bem-estar de sua clientela.

    3 NOES SOBRE FARMACOLOGIA

    3.1 DEFINIES:

    Medicamento: toda a substncia que, introduzida no organismo humano, vai preencher uma

    das seguintes finalidades:

    * Preventiva ou Profiltica: quando evita o aparecimento de doenas ou reduz a gravidade

    da mesma.

    * Diagnstica: localiza a rea afetada.

    * Teraputica: quando usada no tratamento da doena.

    * Paliativa: quando diminui os sinais e sintomas da doena mas no promove a cura.

    Droga: toda substncia originada do reino animal e vegetal que poder ser transformada em

    medicamento.

    Dose: uma determinada quantidade de medicamento introduzida no organismo para produzir

    efeito teraputico e promover alteraes ou modificaes das funes do organismo ou do

    metabolismo celular.

    Frmula farmacutica: o conjunto de substncias que compem a forma pela qual os

    medicamentos so apresentados e possui os seguintes componentes: princpio ativo (agente

    qumico), o corretivo (sabor, corantes, acares) e o veculo (d volume, em forma de talco, ps).

    Forma farmacutica: a maneira fsica pela qual o medicamento se apresenta. Ex: Lasix

    comprimido, Binotal suspenso.

    Remdio: Todo meio usado com fim de prevenir ou de curar as doenas.

    Prescrio medicamentosa: o documento ou a principal fonte de informaes. Nela deve

    constar o nome do paciente, a data da prescrio, o registro e o nome do medicamento, a dose, a

    frequncia e horrio da administrao e a assinatura e carimbo do profissional. S poder ser

    verbal em situao de emergncia.

    Princpio Ativo: a substncia que existe na composio do medicamento, responsvel por seu

    efeito teraputico. Tambm pode ser chamado frmaco.

    Medicamentos Simples: Aqueles usados a partir de um nico frmaco. Ex. Xarope de Vitamina

    C.

    Medicamento Composto: So aqueles preparados a partir de vrios frmacos. Ex.: Comprimido

    de cido Saliclico+ Cafena.

    Medicamento de Uso Externo: So aqueles aplicveis na superfcie do corpo ou nas mucosas.

    Ex.: Cremes, Xampus...

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    Medicamentos de Uso Interno: So aqueles que se destinam administrao no interior do

    organismo por via bucal e pelas cavidades naturais (vagina, nariz, nus, ouvidos, olhos etc.)

    Medicamentos de Manipulao: So aqueles preparados na prpria farmcia, de acordo com

    normas e doses estabelecidas por farmacopeia ou formulrios e com uma designao uniforme.

    Adio: Efeito combinado de dois frmacos.

    Efeito Adverso ou Indesejado: Ao diferente do efeito planejado.

    Potencializao: Efeito que ocorre quando um frmaco aumenta ou prolonga a ao de outro

    frmaco.

    Efeito Colateral: Efeito imprevisvel que no est relacionado principal ao do frmaco.

    Medicamentos Placebos: So substncias ou preparaes inativas, administradas para

    satisfazer a necessidade psicolgica do paciente de tomar drogas.

    Medicamentos Homeopticos: so preparados a partir de substncias naturais provenientes dos

    reinos animal, vegetal e mineral, e no apenas plantas como muitos acreditam.

    Medicamento Fitoterpico: So medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. Eles so

    obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, leo, cera,

    exsudato, suco, e outros).

    Medicamento de Referncia ou de Marca: Os laboratrios farmacuticos investem anos em

    pesquisas para desenvolver medicamentos e, por isso, possuem a exclusividade sobre a

    comercializao da frmula durante um determinado perodo, que pode chegar a 20 anos. Estes

    medicamentos so denominados de referncia ou de marca. Aps a expirao da patente, h a

    liberao para produo de medicamentos genricos e similares.

    Nome Fantasia ou Comercial: O nome de fantasia aquele registrado e protegido

    internacionalmente e que identifica um medicamento como produto de uma determinada indstria.

    Um mesmo medicamento pode ser comercializado sob muitos nomes de fantasia. A expresso

    "nome de fantasia" nada tem a ver com as caractersticas qumicas ou farmacolgicas dos

    medicamentos. So criados mais em funo de uma identificao comercial dos produtos.

    Medicamento Genrico: aquele que contm o mesmo frmaco (princpio ativo), na mesma

    dose e forma farmacutica, administrado pela mesma via e com a mesma indicao teraputica

    do medicamento de referncia no pas, apresentando a mesma segurana que o medicamento de

    referncia no pas. mais barato porque os fabricantes de genricos, ao produzirem

    medicamentos aps ter terminado o perodo de proteo de patente dos originais, no precisam

    investir em pesquisas e refazer os estudos clnicos que do cobertura aos efeitos colaterais, que

    so os custos inerentes investigao e descoberta de novos medicamentos, visto que estes

    estudos j foram realizados para a aprovao do medicamento pela indstria que primeiramente

    obtinha a patente. Assim, podem vender medicamentos genricos com a mesma qualidade do

    original que detinha a patente a um preo mais baixo. Na embalagem dos genricos deve estar

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    escrito "Medicamento Genrico" dentro de uma tarja amarela. Como os genricos no tm marca,

    o que voc l na embalagem o princpio ativo do medicamento.

    Medicamento Similar: Cpia do medicamento de referncia. Alguns itens, porm, podem ser

    diferentes, como dose ou indicao de administrao, tamanho e forma do produto, prazo de

    validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veculo, devendo sempre ser identificado por

    nome comercial ou marca. Um medicamento referncia vendido somente sob a forma de

    comprimido pode possuir um similar na forma lquida. Representados por meio de uma marca

    comercial prpria, esses medicamentos so uma opo ao medicamento de marca.

    Exemplo:

    Nome genrico: Paracetamol

    Nome qumico: 4-hidroxiacetanilida, p-acetilaminofenol, N-acetil-p-aminofenol

    Nome de fantasia: Tylenol

    3.2 ORIGEM DOS MEDICAMENTOS:

    Segundo a sua origem os medicamentos podem ser:

    * Naturais: extrados de rgos, glndulas, plantas ou peonhas de animais. Ex: Insulinas

    * Sintticos: preparados com o auxlio de matria-prima natural, so resultados exclusivamente

    do trabalho de laboratrios. Ex: alguns antibiticos.

    * Semi-Sintticos: resultam de alteraes produzidas em substncias naturais, com a finalidade

    de modificarem as caractersticas das aes por elas exercidas.

    3.3 AO DOS MEDICAMENTOS:

    Os medicamentos agem no organismo vivo sob vrias maneiras, produzindo efeito ou ao.

    3.3.1 Ao Local: Aquele que exerce seu efeito no local da aplicao, sem passar pela corrente

    sangunea (pomadas e colrios).

    3.3.2 Tipos de ao local:

    a) Anti-sptico: Impede o desenvolvimento de microorganismos. Ex: lcool iodado, clorexedina.

    b) Adstringente: Medicamento que contrai o tecido. Ex: loo para fechar os poros.

    c) Irritante: Medicamentos que irritam os tecidos.

    d) Paliativo: Aplicado no local para alvio da dor.

    e) Emoliente: Lubrifica e amolece o tecido.

    f) Anestsico: Paralisa as terminaes nervosas sensoriais.

    3.3.3 Ao Geral ou Sistmica: A medicao primeiramente absorvida, depois entra na

    corrente sangunea para atuar no local de ao desejado. Para produzir um efeito geral,

    necessrio que o medicamento caia na corrente sangunea, pois atravs dela o medicamento

    atinge o rgo ou tecido sobre o qual tem ao especfica.

    3.3.4 Tipos de ao geral ou sistmica

    a) Estimulante: aumentam a atividade de um rgo ou tecido. Ex: Cafena estimula o SNC.

    b) Depressor: diminuem as funes de um tecido ou rgo. Ex.: Morfina deprime o SNC.

    c) Cumulativo: medicamento cuja a eliminao mais lenta do que sua absoro, e a

    concentrao do mesmo vai aumentando no organismo. Ex.. Digitalina.

    d) Anti-infeccioso: Capaz de destruir os microrganismos responsveis por uma infeco.

    e) Antagnicos: Quando as duas ou mais substncias administradas tm efeito contrrio.

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    3.3.5 Ao Remota: Ocorre em partes distantes do organismo. Uma droga pode estimular um

    rgo que por sua vez estimula outro. (digitalina = corao = aumenta a circulao = maior

    atividade diurtica).

    3.3.6 Ao Local Geral: Uma droga aplicada poder produzir um efeito local, ser absorvida e

    provocar um efeito geral. Ex: Epinefrina aplicada na mucosa nasal = estanca a hemorragia =

    absoro da corrente circulatria = aumento da presso arterial.

    3.4 FORMAS DE APRESENTAO DOS MEDICAMENTOS:

    Os medicamentos so apresentados no mercado nos seguintes estados: slido, lquido e gasoso.

    3.4.1 Slido:

    a) Comprimidos: possuem consistncia slida e formato varivel. So obtidos pela compreenso

    em moldes da substncia medicamentosa.

    b) P: Deve ser tomado em colheradas ou acondicionado em saches. (Fluimucil).

    c) Drgeas: O princpio ativo est no ncleo da drgea, contendo revestimento com goma-laca,

    acar e corante. So fabricados em drgeas os medicamentos que no devem ser administrados

    em forma de comprimidos, por apresentarem: sabor desagradvel, exigem absoro no intestino,

    medicamentos que atacam a mucosa e/ou que devem ser deglutidos com facilidade.

    d) Cpsulas: O medicamento est revestido por um invlucro de gelatina para eliminar sabor

    desagradvel, facilitar a deglutio e/ou facilitar a liberao do medicamento na cavidade gstrica.

    e) Pastilhas: um preparado slido, de forma circular com o princpio ativo unido com acar e

    uma mucilagem para que a dissoluo seja lenta na cavidade oral.

    f) Enema, clister, enteroclisma, lavagem ou irrigao: Sua composio varia de acordo com a

    indicao.

    g) Supositrios: vulos ou lpis - tem formato cnico ou oval, destina-se aplicao retal, pode ter

    ao local ou sistmica.

    h) Pomadas: Formas pastosas ou semi-slidas constitudas de veculos oleosos, o princpio ativo

    o p.

    i) Cremes: So exclusivamente para uso tpicos, na epiderme (com ao epidrmica,

    endodrmica), vaginais e retais.

    3.4.2 Lquidos:

    a) Solues: mistura homognea de lquidos ou de um lquido e um slido.

    b) Xarope: Soluo que contm dois tero de acar.

    c) Elixir: So preparaes lquidas, hidroalcolicas; aucaradas ou glicerinadas, destinadas ao uso

    oral, contendo substncias aromticas e medicamentosas.

    d) Emulso: Preparao feita de dois lquidos, leo e gua.

    e) Colrios: Solues aquosas para uso na mucosa ocular.

    3.4.3 Gasosos:

    a) Gs: Oxignio.

    b) Aerossol: Aerolin spray.

    3.5 AES TERAPUTICAS MAIS COMUNS

    Curativa ou especfica: remove o agente causador da doena. Ex.: Antibitico.

    Paliativa ou Sintomtica: alivia determinados sintomas de uma doena. Ex.: Analgsicos.

    Substitutiva: repe substancias que se encontram ausentes. Ex.: Insulina.

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    Farmacocintica e Farmacodinmica

    Do ponto de vista operacional, esses termos podem ser definidos:

    FARMACOCINTICA: o caminho que o medicamento faz no organismo.

    FARMACODINMICA: como a droga age no organismo.

    Farmacocintica: o caminho que o medicamento faz no organismo. No se trata do estudo do

    seu mecanismo de ao mais sim as etapas que o medicamento sofre desde a administrao at

    a excreo, que so: absoro, distribuio, bio-transformao e excreo. Note tambm que uma

    vez que o medicamento entra no organismo, essas etapas ocorrem de forma simultnea sendo

    essa diviso apenas de carter didtico.

    3.5.1 As fases da farmacocintica so:

    1- Absoro

    Absoro farmacolgica:

    A absoro, a primeira etapa que comea com a escolha da via de administrao at o

    momento que a droga entra na corrente sangunea. Vias de administrao como intra-venosa e

    intra-arterial no passam por essa etapa, entram direto na circulao sangunea. Existem fatores

    que interferem nessa etapa, dentre estes temos: o pH do meio, forma farmacutica e patologias

    (lceras por exemplo), dose da droga a ser administrada, concentrao da droga na circulao

    sistmica, concentrao da droga no local de ao, distribuio da droga. Temos ainda um fator a

    ser relevado que a caracterstica qumica da droga pois esta interfere no processo de absoro.

    Efeito de primeira passagem

    a metabolizao do medicamento pelo fgado e pela microbiota intestinal, antes que o

    frmaco chegue circulao sistmica. As vias de administrao que esto sujeitas a esse efeito

    so: via oral e via retal (em propores bem reduzidas).

    2- Distribuio farmacolgica

    Nesta etapa a droga distribuda no organismo atravs da circulao. O processamento

    da droga no organismo passa em primeiramente nos rgos de maior vascularizao (como SNC,

    pulmo, corao) e depois sofre redistribuio aos tecidos de menos irrigao (tecido adiposo por

    exemplo). nessa etapa em que a droga chega ao ponto onde vai atuar. Nessa fase poder

    ocorrer: baixa concentrao de protenas plasmticas como desnutrio, hepatite e cirrose, que

    destroem hepatcitos, que so clulas produtoras de protenas plasmticas, reduzindo assim o

    nvel destas no sangue.

    3- Bio-transformao

    Fase onde a droga transformada em um composto mais hidrossolvel para a posterior

    excreo. A Bio - transformao ocorre em duas fases:

    Fase 1: etapas de oxidao, reduo e hidrlise;

    Fase 2: conjugao com o cido glicurnico.

    A fase 1 no um processo obrigatrio, variando de droga para droga diferente da fase

    2, obrigatria a todas as drogas. O fgado o rgo que prepara a droga para a excreo. Essa

    a fase que prepara a droga para a excreo.

    4- Excreo

    Pela excreo, os compostos so removidos do organismo para o meio externo. Frmacos

    hidrossolveis, so filtrados nos glomrulos ou secretados nos tbulos renais, no sofrendo

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    reabsoro tubular, pois tm dificuldade em atravessar membranas. Excretam-se, portanto, na

    forma ativa do frmaco.

    Os stios de excreo denominam-se emunctrios e, alm do rim, incluem: pulmes, fezes,

    secreo biliar, suor, lgrimas, saliva e leite materno.

    Farmacodinmica: o estudo dos mecanismos relacionados s drogas, que produzem alteraes

    bioqumicas ou fisiolgicas no organismo. A interao, a nvel celular, entre um medicamento e

    certos componentes celulares protenas, enzimas ou receptores-alvo, representa a ao do

    frmaco. A resposta decorrente dessa ao o efeito do medicamento.

    Farmacocintica

    Absoro

    Distribuio Organismo ativo

    Metabolismo

    Excreo Droga Passiva

    Farmacodinmica

    Local de Ao Organismo Passivo

    Mecanismo de Ao

    Efeito da Droga Droga Ativa

    4. DOSAGEM DOS MEDICAMENTOS

    Dose a quantidade de medicamento que deve ser administrado e posologia a dose de

    medicamento, por dia ou perodo, para obteno de efeito teraputico desejado. As doses dos

    medicamentos podem ser classificadas em:

    Dose mnima: a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir efeito teraputico.

    Dose mxima: a dose maior capaz de produzir efeito teraputico sem apresentar efeitos

    indesejveis.

    Dose de manuteno: dose necessria para manter os nveis desejveis de medicamento na

    corrente sangunea e nos tecidos durante o tratamento.

    Dose letal: a quantidade de um medicamento capaz de produzir a morte do indivduo.

    4.1 Fatores que Modificam a Dosagem

    1- Idade

    2- Sexo

    3- Condies do paciente

    4- Fatores psicolgicos

    5- Temperatura

    6- Mtodo de administrao

    7- Fatores genticos

    8- Peso corporal

    5. VIAS DE ADMINISTRAO

    Via Oral:

    Os medicamentos so absorvidos pela mucosa do trato gastrointestinal.

    Vantagens:

    - Maior segurana, comodidade e economia;

    - Estabelecimento de esquemas teraputicos fceis de serem cumprido pelos paciente;

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    - Absoro intestinal favorecida pela grande superfcies de vilosidade intestinal.

    Desvantagens:

    - Apresentao de efeitos adversos (nuseas, vmitos e diarreias), pela irritao da mucosa;

    - Variaes do grau de absoro conforme:

    a) ao da enzima digestiva; b) plenitude ou no gstrica; c) tipo da formulao farmacutica; d)

    pH.

    - Necessidade da cooperao do paciente.

    Fatores como outros medicamentos e a alimentao, afetam a forma de absoro dos

    medicamentos depois de sua ingesto oral. Assim, h alguns medicamentos que devem ser

    tomados com o estmago vazio, e h outros que devem ser ingeridos com o alimento ou

    simplesmente no podem ser tomados por via oral, pois sero inativados por enzimas digestivas.

    A absoro comea na boca e no estmago, mas ocorre principalmente no intestino

    delgado.

    Via Sublingual

    Os medicamentos so absorvidos pela mucosa oral.

    Vantagens:

    - Absoro rpida de substncias hidrossolveis;

    - Reduo de biotransformao do princpio ativo do fgado, por atingir diretamente a circulao

    sistmica.

    Desvantagens:

    - Imprpria para substncias irritantes ou de sabores desagradveis.

    O medicamento ingressa diretamente na circulao geral, sem passar atravs da parede

    intestinal e pelo fgado.

    Retal

    Os medicamentos so absorvidos pela mucosa retal.

    Vantagens:

    - Administrao de medicamentos a pacientes inconscientes ou com nuseas e vmitos,

    particularmente em lactantes;

    -Reduo da biotransformao do princpio ativo pelo fgado, por atingir diretamente a circulao

    sistmica.

    Desvantagens:

    - Absoro irregular e incompleta;

    - Irritao da mucosa retal.

    Muitos medicamentos que so administrados por via oral podem ser administrados por via

    retal, em forma de supositrio. Em razo do revestimento delgado e da abundante irrigao

    sangunea do reto, o medicamento rapidamente absorvido.

    VIA PARENTERAL

    As vias parenterais, no utilizam o tubo digestivo, e compreendem as acessadas por

    injeo (intravenosa, intramuscular, subcutnea, entre outras).

    Absoro da via parenteral

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    A menos que um frmaco seja administrado para produzir um efeito local ou seja injetado

    diretamente na corrente circulatria, necessita fazer um primeiro movimento de aproximao do

    stio de ao, indo do local de aplicao at a corrente circulatria.

    Esse movimento denomina-se absoro. A absoro influencia o incio e a magnitude do

    efeito farmacolgico e um dos determinantes de escolha de vias de administrao e doses.

    A absoro depende tambm do fluxo sanguneo no stio absortivo, extenso e espessura

    da superfcie de absoro e vias de administrao escolhidas.

    Vias parenterais mais utilizadas: intramuscular, endovenosa, subcutnea e intradrmica.

    Vias parenterais de competncia mdica: intratecal (intraraquidiana); intraperitoneal, intra-

    ssea, epidural, intra-cardaca e endotraqueal.

    Via Intramuscular

    Os medicamentos so absorvidos pelo endotlio dos capilares vasculares e linfticos.

    Vantagens:

    - Absoro rpida;

    - Administrao em pacientes mesmo inconscientes;

    - Adequada para volumes moderados, veculos aquosos, no aquosos e suspenses.

    Desvantagens:

    - Dor;

    - Aparecimento de leses musculares pela aplicao de substncias irritantes ou substncias de

    pH distante da neutralidade;

    - Aparecimento de processos inflamatrios pela injeo de substncias irritantes ou mal

    absorvidas.

    Via Endovenosa

    Vantagens:

    - Obteno rpida dos efeitos;

    - Administrao de grandes volumes em infuses lentas;

    - Aplicao de substncias irritantes, diludas;

    - Possibilidade de controle de doses, para preveno de efeitos txicos.

    Desvantagens:

    - Superdosagem relativa em injees rpidas;

    - Riscos de embolia, irritao do endotlio vascular, infeces por contaminaes bacterianas ou

    virticas e reaes anafilticas;

    - Imprprio para solventes oleosos e substncias insolveis.

    Via Subcutnea

    Os medicamentos so absorvidos pelo endotlio dos capilares vasculares e linfticos.

    Vantagens:

    - Absoro boa e constante para solues;

    - Absoro lenta para suspenes.

    Desvantagens:

    - Facilidade de sensibilizao dos pacientes;

    - Dor e necrose por substncias irritantes.

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    6. GRUPOS FARMACOLGICOS

    Os medicamentos agrupam-se de acordo com sua funo no organismo, formando as

    classes farmacolgicas. No existem medicamentos sem efeitos colaterais, mas sim com efeitos

    colaterais de maior ou de menor intensidade. Os medicamentos tm um nome genrico, que o

    nome do princpio ativo e um nome comercial que o dado pelo fabricante.

    1- MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO APARELHO CIRCULATRIO (FRMACOS QUE AGEM

    NA INSUFICINCIA CARDACA)

    1.1 Digitlicos

    Utilizados na insuficincia cardaca, onde, por alguma razo o corao no est fazendo o

    sangue circular em um fluxo satisfatrio, levando a um acmulo de sangue nas veias, nas

    cmaras do corao e dos pulmes. A ao mais importante dos digitlicos no corao o

    fortalecimento da sua musculatura. As fibras digitalizadas se contraem com maior vigor e

    possibilitam ao corao esvaziar-se cada vez melhor. O resultado o aumento do volume de

    sangue impulsionado a cada contrao do ventrculo.

    1.1.1 Efeitos:

    Aumento do dbito cardaco;

    Reduo da presso venosa;

    Diurese;

    Reduo do edema.

    1.1.2 Reaes Adversas:

    Anorexia e diarreia;

    Nuseas, vmitos e perturbaes visuais;

    Confuso mental

    Cefalia, fadiga e tontura.

    Quando estas reaes ocorrem, a dose deve ser diminuda ou interrompida por alguns dias.

    Uma dose letal de digitlico causa morte por parada cardaca.

    1.1.3- Especialidades Disponveis:

    Lanatosdeo C (Cedilanide) - amp. 2ml com 0,2rng/ml

    Digoxina e Lanoxin - cpr. de 25mg

    1.1.4 Cuidados de enfermagem:

    Observar a dose - doses acumulativas;

    Antes de administrar verificar o pulso, se este estiver abaixo de 60, comunicar o

    responsvel do setor;

    Quando EV aplicar lentamente;

    Observar efeitos txicos (anorexia, nuseas, cefaleia e confuso mental).

    1.2 Catecolaminas e Drogas Simpaticomimticas

    1.2.1 Dobutamina (DOBUTREX)

    um agente inotrpico de ao direta que estimula os receptores beta do corao. Produz

    tambm efeito antiarrtmico e vasodilatador brando. Est indicado no tratamento a curto prazo da

    descompensao cardaca. Apresentao: 250mg/20ml.

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    1.3- Antiarrtmicos

    As fibras cardacas tem, em sua maioria, a capacidade de se contrarem ritmicamente,

    resultando no funcionamento da bomba cardaca, pois o "marcapasso" conhecido tambm como

    Nodo Sino-Atrial, no trio direito, gera diminutos impulsos eltricos no msculo adjacente,

    determinando a contrao dos trios e bombeando o sangue para dentro dos ventrculos.

    Qualquer desvio da ordenao sequencial normal considerado um desvio do ritmo e chamado

    arritmia.

    1.3.1 Apresentaes:

    Quinidina (Qunicardine) - cpr. 200mg.

    Procainamida (Ritmonorm) - cpr. 300mg

    Verapamil (Dilacoron) - amp. 2ml/5mg - cpr. 80mg - drg. lib. Contr. 120mg e 240mg

    Amiodarona (Ancoron) - amp. 150mg/3ml - cpr. 100mg e 200mg

    Lidocaina (Xylocana) - fr.amp. 20mI sol. a 1 % e 2%

    Propranolol (Inderal) - cpr. 10mg; 40mg e 80mg

    Importante - As leses adversas da lidocana afetam principalmente o SNC e incluem sonolncia,

    desorientao, confuso mental, perturbaes visuais, raramente, convulses e coma.

    1.4 Anti-hipertensivos

    Atuam regulando a presso arterial, por diferentes mecanismos.

    Amilorida 5mg

    Hidroclorotiazida (Moduretic) 5amg

    Clortalidona (Higroton) - cpr. 12,5mg; 25mg e 50mg

    Espironolactona (Aldactone)

    Clonidina (Atensina)

    Metildopa (Aldomet)

    CaptopriI (Capoten)

    Enalapril (Renitec)

    Prazozin (Minipress)

    Nitroprussiato de sdio (Nipride)

    Nifedipina (Adalat)

    Propranolol (Propranolol)

    1.4.1 Cuidados de enfermagem:

    controlar a presso arterial

    controlar o peso e diurese

    1.5 Vasodilatadores

    Proporcionam melhor circulao do sangue nos tecidos, por meio de um aumento de dbito

    sanguneo.

    Cinarizina (Stugeron)

    Flunarizina (Cibeliurn)

    Diidroergotoxina (Hydergine)

    1.6 Antianginosos

    Reduzem a crise da angina do peito.

    Nifedipina (Adalat)

    Verapamil (Dilacoron)

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    Propranolol (Propranolol)

    Isossorbida (Isordil)

    2- MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA RESPIRATRIO

    2.1 Calmantes da tosse

    Antitussgenos, acalmam a tosse improdutiva, sem secreo.

    Opiceos - Codena (Belacodid)

    No opiceos - Clobutinol (Silomat)

    Fedrilato (Gotas Binelli)

    Dropropizina (Vibral)

    2.2 Mucolticos

    Diminuem a aderncia das secrees.

    Acetilcistena (Fluimucil)

    Bromexina (Bisolvon)

    L- carbocistena (Mucofan)

    Ambroxol (Mucolin)

    2.3 Expectorantes

    Favorecem a tosse produtiva, ou seja, promovem a tosse para que as secrees sejam

    eliminadas:

    Cloreto de amnio (Santussal)

    Guaiacol

    Iodeto de potssio (Iodepol)

    2.4 Broncodilatadores

    Dilatam os brnquios, facilitando a sada do catarro e consequentemente a respirao.

    Salbutamol (Aerolin)

    Terbutalina (Brycanil)

    Fenoterol (Berotec)

    Teofilina (Teolong)

    Aminofilina (Aminofilina) - aplicar via EV lentamente, no mnimo em 10 min. cada 10 ml.

    Aps administrao controlar sinais vitais.

    3 - MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO APARELHO GASTROINTESTINAL

    3.1 Anticidos

    Tamponamento da acidez gstrica e proteo da mucosa, por barreira fsica.

    Hidrxido de alumnio (Pepsamar) - pode provocar constipao intestinal;

    Hidrxido de magnsio (Leite de magnsia) - pode produzir ao purgativa;

    Associao deste dois hidrxidos (Maalox).

    3.2 Antiemticos

    Aumentam a velocidade de esvaziamento gstrico, aumentando o tnus da crdia.

    Dimenidrinato (Dramin)

    Ondansetron (Zofran)

    Metoclopramida (Plasil)

    3.3 Reeducadores Intestinais

    Drogas de ao suave no intestino.

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    Senne em p + Tamarindus (Tamarine)

    Plantago (Metamucil)

    3.4 Purgativos

    Drogas de ao energtica sabre o intestino.

    Hidrxido de magnsio

    leo de rcino (Laxol)

    leo mineral (Nujol)

    3.5 Estimulantes do peristaltismo

    Estimulam o movimento do intestino.

    Fenolftaleina (Agarol)

    Bisacodil (Dulcolax)

    3.6 Antidiarreicos

    Diminuem ou eliminam as diarreias.

    Elixir paregrico

    Difenoxilato (Lomotil)

    Antiperistlticos

    Loperamida (Imosec)

    Absorventes e protetores: protegem a mucosa intestinal inflamada ou ulcerada, ao recobri-la

    com uma camada aderente e absorvente.

    Carvo ativado

    Carbonato de clcio

    Caulim

    Pectina

    3.7 Antifistico

    Altera a tenso superficial das bolhas de ar. um agente antiespumante.

    Dimeticona (Luftal)

    3.8 Bloqueadores da secreo gstrica

    Antagonista histamnico a nvel dos receptores H2 na mucosa gstrica, reduzindo assim a

    secreo de suco gstrico.

    Cimetidina (Tagamet)

    Ranitidina (Antak)

    Omeprazol (Losec)

    4. MEDICAMENTOS QUE A TUAM NO APARELIIO GENITURINRIO

    4.1 Diurticos

    So substncias que atuam estimulando a liberao de ons e a sada de lquidos do organismo,

    evitando o edema.

    Hidroclorotiazida (Clorana)

    Clortalidona (Higroton)

    Furosemida (Lasix)

    Espironolactona (Aldactone)

    4.2 Antisspticos urinrios

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    Medicamentos de ao somente nas vias urinrias.

    Fenazopiridina (Pyridium)

    cido nalidxico (Wintomylon)

    cido pipemdico (Pipurol)

    Nitrofurantona (Macrodantina)

    4.3 Ocitcitos

    Provocam a contrao uterina, para induzir o parto, inibir a hemorragia ps-parto e ps- aborto,

    tambm provocando a involuo do tero.

    Ocitocina (Syntocinon)

    Ergometrina (Ergotrate)

    Metilergometrina (Methergin)

    Bromocriptina (Parlodel) inibe a produo de leite.

    5 - MEDICAMENTOS QUE ATUAM NA NUTRIO

    5.1 Tnicos e reconstituintes

    O fsforo e o clcio so indispensveis para diversos tecidos, como os tecidos nervoso, sseo e

    dentrio. O flor importante para ossos e dentes. O clcio normalmente inofensivo para o

    organismo, porm em tratamentos prolongados podem causar calcificao de vrios tecidos,

    inclusive o rim, levando ao clculo renal.

    Sais de clcio, comprimido e lquido (Calcium Sandoz)

    Sais de fsforo, comprimido e lquido (Fosfotimol)

    Sais de flor, lquido (Kalyamon)

    5.2 Estimulantes do apetite

    Quando se estudou a ao dos anti-histamnicos, descobriu-se que alguns tambm estimulavam o

    apetite.

    Ciproheptadina (Periactin)

    Buclizina (Postavit)

    5.3 Vitaminas

    As vitaminas atuam em vrios processos metablicos, e a quantidade necessria ao organismo

    praticamente toda fornecida pela alimentao. Casos especiais, como gravidez e ps-cirurgia

    podem exigir um suplemento vitamnico oral ou injetvel.

    Tiamina ou vitamina B1 (Benerva) - responsvel pelo metabolismo de carboidratos, e

    encontrada no grmen de trigo, levedo de cerveja, feijo e outras leguminosas, tambm na

    carne de porco.

    Riboflavina ou vitamina B2 (s existe associada no Complexo 8) - participa na formao de

    enzimas, e encontrada na levedura, fgado, leite, legumes, gema de ovo, carne e

    espinafre.

    Piridoxina ou vitamina B6 (Adenina) - participa no sistema enzimtico, sendo encontrada

    no fgado, cereais integrais, ervilha, leite, legumes, gema de ovo, carne e peixe.

    Cianocobalamina ou vitamina B12 (Rubranova) - participa no tratamento de anemias,

    afeces neurolgicas, especialmente as dolorosas e estimula o apetite. Encontra-se nas

    verduras, fgado, gorduras, leite e levedo de cerveja.

    cido ascrbico ou vitamina C (Redoxon) - participa na formao de colgeno, matriz

    ssea e dentina. A carncia de vitamina C causa a escorbuto. encontrada em frutas

    ctricas, tomate, couve, agrio e caju.

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    Retinol ou vitamina A (Arovit) - age na viso, epitlios, reproduo e ossificao. Encontra-

    se no leite, manteiga, queijo, fgado, gema, vegetais verdes, tomate, cenoura e batata

    doce.

    Ergocalciferol ou Vitamina D (Aderogil) - importante no metabolismo do clcio, etc. est

    presente no fgado de peixe e em animais que se alimentam de peixe, na gema e na

    manteiga.

    Tocoferol ou vitamina E (Ephynal) um antioxidante, provavelmente da vitamina A

    encontrado nos leos de plantas, vegetais verdes e fgado de peixe.

    Fitomenadiona ou Vitamina K (Kanakion) - participa na coagulao do sangue. Existe nas

    folhas das plantas e em leos vegetais. produzida no intestino.

    cido flico: participa na formao de hemoglobina. Encontrado no fgado, levedo e

    verduras.

    6 - MEDICAMENTOS ANTI- ALRGICOS

    6.1 Anti- histamnicos

    Agem nas reaes alrgicas causadas par agentes extrnsecos, opondo-se a ao da histamina,

    nos vasos sanguneos e msculos lisos, sem interferir na secreo gstrica, podem causar

    sonolncia e alguns estimulam o apetite.

    Dexclofeniramina (Polaramine)

    Prometazina (Fenergan)

    Terfenadina (Teldane)

    Clemastina (Agasten)

    Ciproeptadina (Periatin)

    6.2 Corticides

    So derivados de hormnios das glndulas supra-renais (corticosterides - cortisona,

    hidrocortisona e ACTH), com propriedades anti-inflamatrias e antialrgicas potentes. So drogas

    que devem ser usadas com muita cautela (somente orientao mdica), pois podem provocar o

    acmulo de lquidos no organismo (rosto arredondado), podendo causar imunossupresso.

    Predinisona (Meticorten)

    Triancinolona (Omcilon)

    Dexametasona (Decadron)

    Metilprednisolona (Solumedrol)

    Hidrocortisona (Solucortef)

    7. MEDICAMENTOS QUE A TUAM NO SISTEMA NERVOSO

    7.1 Hipnticos

    Produzem torpor, facilitando a instalao e a manuteno do sono, que, sendo provocado

    artificialmente, tem tambm por efeito a dificuldade de acordar. So tambm chamados de

    sonferos. Dependendo da dose utilizada, podem ter efeito hipntico, sedativo ou anestsico geral,

    alguns possuem ainda efeito anticonvulsivante. Agem por depresso do Sistema Nervoso Central

    (SNC).

    Fenobarbital (Gardenal)

    Flurazepam (Dalmadorm)

    Nitrazepam (Mogadon)

    Midazolam (Dormonid)

    7.2 Psicotrpicos

    Substncias capazes de atuar seletivamente sobre as clulas nervosas que regulam os processos

    psquicos do homem. Interferem nos processos mentais, por exemplo: sedando, estimulando, ou

    alterando o humor, o pensamento e o comportamento. Dividem-se em:

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    7.2.1 Neurolpticos

    Tm ao sobre a excitao e a agressividade, bem como sobre a atividade delirante e

    alucinatria.

    Haloperidol (Haldol)

    Clorpromazina (Amplictil)

    Flufenazina (Flufenan depot)

    Levomepromazina (Neozine)

    7.2.2 Tranquilizante

    Atuam na ansiedade e tenso, quando usados em baixas doses facilitam o sono. Alguns

    apresentam atividade anticonvulsivas.

    Clordiazepxido (Psicosedin)

    Diazepam (Valium)

    Bromazepam (Lexotan)

    Lorazepam (Lorax)

    7.2.3 Antidepressivos

    Diminuem a depresso, porm, devem ser usados por trs semanas para terem efeitos positivos.

    So, por exemplo:

    Clomipramina (Anafranil)

    Imipramina (Tofranil)

    Amitriptilina (Tryptanol)

    Nortriptlina (Pamelor)

    7.3 Anestsicos

    - Gerais:

    Agem por depresso do SNC.

    Fentanil (Fentanil)

    Enflurano (Etrane)

    Halotano (Halothane)

    Isoflurano (Fluothane)

    - Locais:

    Atuam pelo bloqueio dos axnios dos nervos perifricos.

    Lidocaina (Xylocaina)

    Bupivacaina (Marcaina)

    7.4 Anticonvulsivantes

    Elevam o limiar excitatrio, prevenindo as convulses.

    Fenitona (Hidantal)

    Carbamazepina (Tegretol)

    Oxazepina (Trileptal)

    cido valprico (Depakene)

    7.5 Antiparkinsonianos

    So drogas precursoras da Dopamina, neurotransmissor envolvido na doena de Parkinson.

    Levopoda + Carbidopa (Cronomet)

    Levodopa + Benserazida (Prolopa)

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    Biperideno (Akineton)

    Triexifenidil (Artane)

    8. ANALGSICOS, ANTITRMICOS E ANTIINFLAMATRIOS NO ESTEROIDAIS - AINES

    8.1 Analgsicos No - narcticos e antitrmicos.

    Atuam no bloqueio da sntese de prostaglandinas, bloqueando assim o aparecimento da dor

    (cefaleia, mialgias e artralgias). Tambm possuem ao antitrmica, atuam no hipotlamo

    (termostato) regulando a temperatura e estimulando a perda de calor do organismo.

    cido acetilsaliclico (AAS, Aspirina)

    Paracetamol (Tylenol, Drico)

    Dipirona (Novalgina, Magnopyrol)

    8.2 Analgsicos narcticos

    Atuam sobre receptores opiides a nvel de SNC. Utilizados nas dores severas (clicas renais,

    biliares e cncer). Podem causar dependncia e euforia.

    Morfina (Dimorf)

    Meperidina (Dolantina)

    Buprenorfina (Temgesic)

    Nalbufina (Nubain)

    Codeina (Belacodid)

    8.3 Antiinflamatrios no esteroidais - AINES

    Inibem a produo de prostaglandinas, as quais esto ligadas a reao inflamatria.

    Cetoprofeno (Profenid)

    Piroxicam (Feldene)

    Diclofenaco (Cataflam e Voltaren)

    Tenoxicam (Tilatil)

    Naproxeno (Naprozyn)

    9 HORMNIOS

    So substncias produzidas por glndulas e que atuam sobre rgos e tecidos, sendo

    transportados pelo sangue.

    9.1 Corticides

    So derivados de hormnios das glndulas supra-renais (corticosterides - cortisona,

    hidrocortisona e ACTH), com propriedades anti-inflamatrias e antialrgicas potentes. So drogas

    que devem ser usadas com muita cautela (somente orientao mdica) pois podem provocar o

    acmulo de lquidos no organismo (rosto arredondado), podendo causar imunossupresso.

    -Corticides:

    Prednisona (Meticorten)

    Triancinolona (Omcilon)

    Dexametasona (Decadron)

    Metilprednisolona (Solumedrol)

    -Corticosterides:

    Hidrocortisona (Solucortef)

    9.2 Sexuais

    Compreendem os andrognios, estrognios e progestgenos.

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    9.2.1 Andrognios

    Constituem os hormnios sexuais masculinos, sendo produzidos nos testculos e ovrios. So

    utilizados no tratamento paliativo do cncer mamrio, da anemia aplstica e para aumentar o

    ganho ponderal nos pacientes cronicamente magros.

    Testosterona (Durateston)

    Oximetolona (Hemogenin)

    Nandrolona (Deca-durabolim)

    9.2.2 Estrognios

    Produzidos nos ovrios, so utilizados nos distrbios da menopausa e nas irregularidades

    menstruais.

    Estrognios conjugados (Premarin)

    Estriol (Styptanon)

    Estradiol (Estraderm)

    9.2.3 Progestgenos

    Utilizados em alguns tipos de esterilidade, no tratamento de distrbios menstruais, amenorria,

    dismenorria, endometriose, adenoma de prstata e carcinoma de endomtrio. Tambm em

    associao so utilizados como anovulatrios.

    Progesterona (Provera)

    Medroxprogesterona (Depo provera)

    Noretisterona (Primolut Nor)

    Hidroxiprogesterona (Primolut Depot)

    9.3 Hipotalmicos

    Regulam a secreo dos hormnios hipofisirios.

    Gonadorelina (HRF) - usado na infertilidade masculina e feminina

    Ocitocina (Syntocinon) - provoca contrao uterina.

    9.4 Hipofisirios

    Necessrios para o crescimento normal do organismo e seu perfeito desenvolvimento sexual.

    Gonadotrofinas (FSH - hormnio folculo estimulante e LH - hormnio luteinizante)

    Bromocriptina (Parlodel) - inibe a produo de prolactina.

    Hormnio do crescimento - somatotrfico

    9.5 Tireoidanos

    Usados no tratamento do hipotireoidismo, bcio no txico, infertilidade, obesidade e neoplasias

    da tireide.

    L - tiroxina (Puran T4)

    9.6 Insulina

    Hormnio produzido no pncreas, e liberado na corrente circulatria sempre que a concentrao

    de glicose estiver elevada. A elevao da glicose no sangue indica a presena de diabete.

    9.6.1 Tipos de insulina

    TIPO AO INCIO DA AO DURAO/EFEITO

    Regular ou Simples Rpida 30 min. 5 a 7 horas

    NPH Intermediria 1 a 3 horas 24 a 28 horas

    Protamina-Zncica Prolongada 4 a 6 horas 36 horas

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    10- HIPOGLICEMIANTES

    10.1 Insulina Ver item 9.6.1

    10.2 Antidiabticos orais

    10.2.1 Sulfonilureias

    Estimulam a produo de insulina endgena, no atuam em pacientes que no tem esta

    produo, como em casos de diabete juvenil. Em pacientes com mais de 40 anos, s tem ao

    quando a doena est no comeo.

    Clorpropamida (Diabinese)

    Glibenclamida (Daonil)

    10.2.2 Biguanidas

    Diminuem a absoro de glicose na mucosa interna e o organismo passa a precisar menos de

    insulina, indicada nos mesmos casos das sulfonilurias.

    Fenformina (Debei)

    Metformina

    11. MEDICAMENTOS QUE ATUAM SOBRE O SANGUE

    11.1 Anticoagulantes

    So substncias que tem a capacidade de prevenir ou diminuir a coagulao do sangue.

    11.1.1 Heparina

    Substncias anticoagulante fisiolgica extrada de tecidos animais (fgado e pulmo de

    mamferos). Possui ao rpida e fugaz, portanto a preferida nos tratamentos de emergncias.

    inativa por via oral, sendo por isso empregada por via parenteral.

    Heparina (Liquemine).

    11.1.2 Antagonistas da vitamina K

    Antagonizam a ao da vitamina K que participa do processo de coagulao sangunea. So teis

    em tratamentos prolongados, pois seu efeito s torna-se evidente 24 a 48 horas aps a

    administrao da primeira dose e perdura cerca de 7 dias aps a interrupo do tratamento.

    Varfarina (Marevan)

    Cumarina (Marcoumar)

    11.2 Hemostticos e coagulantes

    So substncias cujo efeito final a interrupo da hemorragia.

    11.2.1 Hemostticos

    Interrompem a hemorragia estancando o sangue.

    Esponja de gelatina (Gelfoam)

    11.2.2 Coagulantes

    Provocam a coagulao do sangue.

    Vitamina K (Kanakion)

    11.3 Fatores antianmicos

    A anemia causada pela falta de ferro, vitamina B12 ou cido flico. O ferro indispensvel para

    a formao de hemoglobina.

    Sulfato ferroso - gotas, comprimidos e injetvel.

    A carncia de vitamina B12 e cido flico acarreta a mal formao das clulas do sangue.

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    12 MEDICAMENTOS COLINRGICOS

    Atuam estimulando a ao parassimptica (estimulam o peristaltismo e provocam miose).

    Neostigmina (Prostigmine)

    Piridostigmina (Mestinon)

    Pilocarpina (Pilocarpina -colrio)

    13 MEDICAMENTOS ANTICOLINRGICOS

    Atuam bloqueando a ao parassimptica (inibem a peristaltismo e provocam midriase).

    Atropina (soluo injetvel e colrio)

    Escopolamina (Buscopan)

    14 ANTIBITICOS

    So substncias que em condies propcias, tem a propriedade de inibir ou destruir o

    crescimento de microorganismos patognicos. Os antibiticos classificam-se em:

    Bacteriostticos: atuam impedindo o crescimento bacteriano.

    Tetraciclina, Eritromicina, Lincomicina, Cloranfenicol, Sulfa.

    Bactericida: atuam provocando a morte da bactria.

    Penicilina, Vancomicina, Aminoglicosdeos (Gentamicina, Amicacina, Netilmicina, Neornicina),

    Cefalosporinas - (Cefalexina, Cefaclor, Cefalotina, Ceftriaxona, Ceftazidima, etc)

    14.1 Penicilinas

    As penicilinas so bactericidas e podem ser administradas: VO, IM e EV. Por via oral so

    facilmente destrudas pelo suco gstrico. Tem como principal efeito colateral a hipersensibilidade,

    podendo at causar choque anafiltico. As penicilinas se dividem em:

    a) Naturais:

    Benzilpenicilina benzatina inj. - Benzetacil

    Benzilpenicilina benzatina procaina inj.+ potssica - Despacilina

    Benzilpenicilina potssica inj. Megapen

    b) Semi-sintticas:

    Ampicilina cps., inj., susp. - Binotal

    Oxacilina inj. - Staficilin N

    Pen-Ve-Oral

    Amoxil

    14.2 Cefalosporinas

    Por serem beta-lactmicas, como as penicilinas, podem apresentar o mesmo tipo de efeito

    colateral (hipersensibilidade cruzada). Classificam-se de acordo com seu desenvolvimento

    tecnolgico:

    1 gerao

    Cefalotina (Queflin)

    Cefalexina (Keflex)

    Cefazolina (Kefazol)

    Cefadroxil (Cefamox)

    2 gerao

    Cefoxitina (Mefoxin)

    Cefuroxima (Zinacef)

    Cefaclor (Ceclor)

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    3 gerao

    Cefotaxima (Claforan)

    Ceftriaxona (Rocefin)

    Cefoperazona (Cefobid)

    Ceftazidima (Fortaz)

    4 gerao

    Cefamezin (Maxcef)

    14.3 Macrolideos

    Eritromicina (Ilosone)

    Espiramicina (Rovaminicina)

    Aritromicina (Klaricid)

    14.4 Tetraciclinas

    Tetraciclina (Tetrex)

    Doxiciclina (Vibramicina)

    14.5 Cloranfenicol (Quemicitina)

    14.6 Aminoglocosdeos

    No so absorvidos por via oral e podem ser nefrotxicos e ototxicos.

    Gentamicina (Garamicina)

    Tobramicina (Tobramina)

    Amicacina (Novamin)

    Netilmicina (Netromicina)

    Sulfato de neomicina (Nebacetin)

    14.7 Lincomicina (Frademicina)

    14.8 Clindamicina (Dalacin C)

    14.9 Rifampicina (Rifaldin)

    14.10 Vancomicina (Vancocina)

    14.11 Betalactmicos:

    Aztreonam (Azactan)

    Imipenen + Cilastatina (Tienen)

    15 - SULFAMIDICOS

    Antibacterianos de ampla aplicao, podem causar reaes alrgicas graves, alm de nuseas,

    vmitos e tonturas.

    Sulfametoxazol + Trimetropina (Bactrin)

    Sulfadiazina + Trimetropin (Triglobe)

    Sulfadiazina (Sulfadiazina)

    16-ANTIVIRAIS

    So drogas teis na profilaxia de vrus, utilizados nas infeces virais (herpes, meningites) e no

    controle do vrus da AIDS.

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    Aciclovir (Zovirax)

    Lamivudina (Epivir)

    Zidovudina (AZT)

    17 -ANTIFNGICOS

    Anfotericina B (Fungizon)

    Nistatina (Micostatin)

    Griseofulvina (Fulcin)

    Cetoconazol (Nizoral)

    Fluconazol (ZoItec)

    Itraconazol (Sporanox)

    Fluocitosina (Ancotil)

    19 - ANTIPARASITRIOS

    So drogas que atuam sobre as parasitoses, provocando sua expulso ou morte sem lesar de

    forma grave o hospedeiro.

    19.1 Antiprotozorios

    Cloroquina (Cloroquina) - plasmodium = malria

    Metronidazol (Flagyl) - girdia tricomonas

    Tinidazol (Pletil) - girdia e tricomonas

    19.2 Anti-helmnticos

    Piperazina (Xarope de piperazina) - scaris e oxiros

    Levamisol (Ascaridil) - ascaris

    Mebendazol (Pantelmin) scaris, oxiros, ancilotomideos, tricocefalos e teniase

    Tiabendazol (Helmiben) estrongildeos, oxiros, ascaris e ancilostomideos

    Praziquantel (Cisticid) - teniase e neurocisticercose

    Niclosamida (Atenase) - teniase

    Albendazol (Zolben) - idem Mebendazol

    7 SOLUES ENDOVENOSAS

    7.1 Soluo

    uma mistura homognea composta de duas partes distintas, que so:

    Soluto - a substncia a ser dissolvida. Ex.: cloreto de sdio

    Solvente - o liquido no qual o soluto ser dissolvido. Ex.: gua

    7.2 Expresso das drogas em soluo

    A quantidade de soluto contida em uma soluo pode ser indicada diretamente ou vir

    expressa em proporo, porcentagem, p.p.m. e mEq.

    a) Diretamente: expressa a quantidade do soluto em relao a um determinado volume de

    solvente. Ex.: Cloranfenicol susp. 150mg/5ml

    b) Porcentagem: expressa a quantidade de grama do soluto contida em 100ml do solvente. Ex.:

    10% de Cloreto de Potssio -10g de Kcl em cada 100ml.

    c) Proporo: expressa as partes do soluto (g) em relao as partes de solvente (ml). Ex.: Perm.

    K 1:10.000 ou seja, 1 de KMn04 para 10.000 ml de gua.

    d) P.P.m: quer dizer (partes de soluto por um milho) de partes de solvente. Ex.: Hipoclorito de

    sdio 10.000 ppm - 10.000g em 1.000.000 de ml de gua.

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    d) Miliequivalente mEq: expressam as quantidades de eletrlitos a serem administrados. No

    se usa unidades de peso (g, mg) porque a atividade eltrica dos ons deve ser expressa por mEq.

    Ex. Cloreto de sdio 20% = 3,4 mEq/ml.

    7.3 Solues parenterais de grande volume

    Glicose em Soluo Isotnica de Cloreto de Sdio (Glico-fisiolgico)

    Indicaes: desidrataes, especialmente quando h perda de energia.

    Apresentao: frasco de 250, 500 e 1000 ml.

    Composio: glicose 5g, cloreto de sdio 0,9 g, gua para injeo 100ml.

    Cloreto de Potssio a 10%

    Indicaes: hipocalemia ou alcalose hipoclordrica, acompanhada de hipocalemia.

    Apresentao: ampola 10 ml.

    Composio: 10 ml.

    Soluo de Glicose a 5%

    Indicao: suprimento de calorias, toxicose, hipoglicemia, choque, diarreia infantil.

    Apresentao: frasco 250, 500 e 1000 ml.

    Composio: glicose 5g, gua para injeo 100ml.

    Soluo de Glicose a 10%

    Indicao: suprimento de calorias, toxicose, hipoglicemia, choque, diarreia infantil.

    Apresentao: frasco 250, 500 e 1000 ml.

    Composio: glicose 10g, gua para injeo 100ml.

    Soluo de Glicose 25%

    Indicao: perdas hdricas, ps-operatrio, vmitos, queimaduras, edemas, intoxicaes.

    Apresentao: ampola 10 e 20 ml.

    Composio: glicose 25g, gua para injeo 100ml.

    Soluo de Glicose a 50%

    Indicao: perdas hdricas, ps-operatrio, vmitos, queimaduras, edemas, intoxicaes.

    Apresentao: ampola 10 e 20 ml.

    Composio: glicose 50g, gua para injeo 100 ml.

    Soluo de Cloreto de Sdio 0,9%

    Indicaes: acidose metablica, hiperidratao, anemia, veculo para medicamentos.

    Apresentao: frasco 250, 500 e 1000 ml.

    Composio: cloreto de sdio 0,9g, gua para injeo 1000 ml.

    Soluo de Ringer Simples

    Indicao: desidratao, vmitos, equilbrio eletroltico, cetose, toxicose.

    Apresentao: frasco 250 e 500 ml.

    Composio: cloreto de sdio 0,860g, cloreto de potssio 0,03g, cloreto de clcio 0,033g, gua

    para injeo 100ml.

    Soluo de Ringer com Lactato de Sdio

    Indicao: correo de eletrlitos, queimaduras, desidratao, nefrites, vmitos, ps--operatrio,

    cetose, toxicose.

    Apresentao: frasco 250, 500 e 1000 ml.

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    Composio: cloreto de sdio 0,6g, cloreto de potssio 0,03g, cloreto de clcio 0,02g, lactato de

    sdio 0,3g, gua para injeo 100ml.

    Soluo de Manitol

    Indicao: edema cerebral, insuficincia renal, ascite, neurocirurgia.

    Apresentao: frasco de 250 ml.

    Composio: manitol 20 g, gua para injeo 100ml.

    Soluo de Bicarbonato de Sdio 8,4%

    Indicao: acidose metablica, insuficincia renal aguda, choque, intoxicao por barbitricos,

    inseticidas.

    Apresentao: ampola de 20 ml.

    Composio: bicarbonato de sdio 8,4g, gua para injeo 100ml.

    Soluo de Cloreto de Sdio 20%

    Indicao: hiponatremia, hipercloremia.

    Apresentao: ampola 20 ml.

    Composio: cloreto de sdio 20g, gua para injeo 100ml.

    8. PRESCRIO DOS MEDICAMENTOS

    A prescrio de medicamentos uma ordem escrita dada por profissional capacitado, e

    deve conter:

    Data; nome; Hospital; UBS ou centro mdico;

    Nome do medicamento;

    Dose do medicamento;

    Horrio e/ou intervalo das doses;

    Via de administrao do medicamento;

    Assinatura e carimbo contendo o seu registro no conselho do mdico; odontlogo, ou de outro

    profissional qualificado;

    O nome do medicamento deve estar com letra legvel;

    8.1-Tipos de Prescrio Mdica (PM), ou Receita mdica:

    Prescrio Padro: Contm o quanto de medicamento o paciente deve receber e por quanto

    tempo, permanece em efeito por tempo indefinido ou por perodo especificado.

    Prescrio nica: Deve conter a prescrio de um medicamento que o paciente deve usar

    apenas uma vez.

    Prescrio Imediata: Deve conter a prescrio de um medicamento o qual o paciente deve

    receber imediatamente, em geral usada em problema urgente.

    Prescrio Permanente: Contm a PM de forma permanente, essas prescries so elaboradas

    e executadas por equipes de uma determinada instituio de sade, sendo nos dias atuais bem

    difundidas como protocolos.

    Prescrio Verbal e Telefnica: No o tipo de prescrio mdica ideal, deve ser evitada, pois

    este tipo traz riscos iminentes de erros, pode ocorrer em situaes de urgncia e deve ser

    transcrita pelo mdico o quanto antes.

    8.2 Siglas comuns utilizadas em prescries mdicas

    ACM...................................................................................a critrio mdico

    AP/AMP .......................................................................................... ampola

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    Cp. ...................... .........................................................................cpsula

    Ca ..................................................................................................... clcio

    Col. ...................... ............................................................................ colrio

    CP/comp. ....................... ......................................................... comprimido

    COM.................................. .............................conforme prescrio mdica

    CR .................................................................................................... creme

    DG ................................................................................................. drgeas

    ENV ............................................................................................. envelope

    EV ........................................................................................... endovenoso

    FL ................................................................................................ flaconete

    FR .................................................................................................... frasco

    g ....................................................................................................... grama

    Gt/gts ................................................................................................. gotas

    h ........................................................................................................ horas

    IM ......................................................................................... intramuscular

    IV ............................................................................................. intravenoso

    KCI ............................................................................... cloreto de potssio

    kg ............................................................................................. quilograma

    L ........................................................................................................... litro

    mcg ......................................................................................... micrograma

    mEq .................................................................................... miliequivalente

    mg............................................................................................... miligrama

    Mg............................................................................................... magnsio

    min. ................................................................................................. minuto

    mL................................................................................................... mililitro

    NaCI .................................................................................. cloreto de sdio

    NPT ...................................................................... nutrio parenteral total

    PM ................................................................................................. pomada

    Seg. .............................................................................................. segundo

    S/N ....................................................................................... se necessrio

    SC ........................................................................................... subcutneo

    SF ................................................................................. soluo fisiolgica

    SG ................................................................................. soluo glicosada

    SGF ............................................................................. soro glicofisiolgico

    SL .............................................................................................. sublingual

    SNE .............................................................................. sonda nasoenteral

    SNG ............................................................................ sonda nasogstrica

    Sol. ................................................................................................ soluo

    SP/Sup. .................................................................................... supositrio

    SS/Susp. ................................................................................... suspenso

    SY ..................................................................................................... spray

    TB ....................................................................................................... tubo

    UI .......................................................................... unidades internacionais

    VD ...................................................................................................... vidro

    VO .................................................................................................. via oral

    VR .................................................................................................. via retal

    XP ................................................................................................... xarope

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    8.3 Cuidados da Enfermagem na leitura da prescrio mdica e no preparo de

    medicamentos

    Obter a PM, realizar sua leitura e compreend-la, caso haja dvida, esclarec-la antes de

    iniciar o preparo da PM;

    Lavar as mos e preparar o material, conforme via de administrao: bandeja, copo se VO,

    seringa e agulha do tamanho indicado para via injetvel, algodo, lcool 70%;

    Realizar etiqueta de identificao do medicamento, contendo: nome do cliente, quarto e

    leito do cliente, nome do medicamento, quantidade do medicamento, via do medicamento

    e hora do medicamento;

    Ao ler a PM, 1 certo identificar o medicamento, separe-o, lendo o rtulo trs vezes: ao

    retirar do armrio, ao prepar-lo, ao desprezar a embalagem ou ao guard-lo novamente;

    No preparo de medicamento, evite distraes e/ou conversas paralelas e certifique-se do

    2 certo: a validade do medicamento;

    No toque no medicamento com as mos, quando em comprimido, mantenha-o em blster,

    ou coloque em copos, se lquido, coloque-o em copo, evitando que se molhe o rtulo do

    frasco, se injetvel, utilize tcnica assptica durante sua aspirao;

    Aps prepar-lo com tcnica, siga com a bandeja at o quarto para administrao,

    certificando-se de todos os certos. Inicie a administrao, chamando o cliente pelo nome e

    conferindo o cliente: 3 certo, confirme a PM conferindo o medicamento: 4 certo, a

    dose: 5 certo, a via: 6 certo e a hora: 7 certo;

    imprescindvel conhecer a tcnica adequada de cada via.

    Em todo preparo de medicamentos, siga atentamente os 7 certos no preparo e

    administrao dos medicamentos, so eles: 1 prescrio certa; 2 validade do

    medicamento certo; 3 cliente certo; 4 medicao certa; 5 dose certa; 6 via de

    administrao certa; 7 hora certa.

    9 CUIDADOS GERAIS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAO DE MEDICAMENTOS

    Todo medicamento deve ser prescrito pelo mdico a cada 24 horas;

    A prescrio deve ser prescrita e assinada somente em caso de emergncia pode a

    enfermagem atender a prescrio verbal, que dever ser transcrita pelo mdico logo que

    possvel;

    Todo medicamento administrado deve ser anotado no pronturio do paciente, bem como

    observaes sobre intolerncia a droga, intoxicao medicamentosa resultados obtidos;

    S checar a medicao aps sua administrao;

    Verificar se o medicamento esta disponvel na unidade, caso contrario, solicita-lo;

    Fazer circulo em volta do horrio no qual a medicao no foi administrada, ou colocar

    F(de falta);

    Evitar conversas que impeam a concentrao e induzam a erros durante o preparo da

    medicao;

    Ter sempre a frente, enquanto prepara o medicamento, o carto de medicao ou

    prescrio mdica contendo o nome do paciente, leito, nome do medicamento, dose

    prescrita, via de administrao, data de prescrio e horrio de administrao;

    Lavar as mos;

    Ler o rotulo do medicamento, observar seu prazo de validade, cor, aspecto; Nunca

    administrar sem rtulo;

    Nunca administrar medicamento preparado por outra pessoa;

    Nunca administrar medicamento caso haja dvidas, solicitar esclarecimento ao enfermeiro;

    Orientar o cliente sobre o procedimento;

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    Identificar o cliente antes de administrar o medicamento, solicitar que diga o seu nome

    completo e certificando-se da exatido do mesmo, pelo carto de medicamento ou

    pronturio;

    Observar a pontualidade da administrao;

    Nunca tocar a mo em comprimidos, cpsulas, etc.;

    Ter sempre o cuidado de limpar com uma gaze boca do vidro de medicamentos, antes

    de guarda-los;

    Certificar-se sobre as ordens de controle hdrico, dietas, jejuns suspenes de

    medicamentos antes de prepara-los;

    Fazer rodizio nos locais de aplicao de medicao parenteral;

    Checar no pronturio;

    Organizar o material aps utilizado, desprezando o contaminado;

    Os 6 certos da administrao segura de medicamentos: 1 prescrio certa; 2 validade do

    medicamento certo; 3 cliente certo; 4 medicao certa; 5 dose certa; 6 via de

    administrao certa; 7 hora certa.

    Dos pontos de vista legal, tico e prtico, a administrao de medicamentos muito mais

    que um simples servio de entrega e ato, trata-se de conhecimento, habilidade e tcnica.

    Para administrar a medicao com eficcia, necessita-se conhecer: a terminologia dos

    medicamentos; as vias de administrao dos medicamentos e os efeitos que os medicamentos

    produzem depois que penetram no organismo.

    Quanto a sala de preparo de medicamentos:

    Deve ser bem iluminada;

    Deve ter boa ventilao;

    As janelas devem ter telas de proteo contra insetos;

    Deve ter bancadas com gavetas, pia, lixo e coletores de materiais perfuro cortantes;

    As bancadas devem ser limpas com gua e sabo ou com lcool 70% a cada turno ou

    sempre que se fizer necessrio;

    O local deve ser tranquilo.

    Importante: Sempre identificar a medicao aps o preparo, utilizando fita adesiva e checando os

    cinco certos.

    9.1. Por via oral e tpica:

    Lave as mos antes e aps o preparo e a administrao dos medicamentos;

    Pergunte ao cliente o seu nome;

    Apresente-se ao cliente caso ele no o conhea;

    Mostre segurana, ateno com as necessidades do cliente;

    Verifique se o cliente alrgico ao medicamento;

    Explique o que ser feito e solicite a sua colaborao;

    Verifique as condies do cliente durante o procedimento e observe as reaes;

    Elimine as dvidas do cliente com explicaes simples;

    Cumpra os sete certos;

    Misture medicamentos de sabor desagradvel com alimentos, desde que no sejam

    incompatveis;

    LEITO 06 JOS DA SILVA

    Keflex 500mg VO 10h

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    Observe o cliente para evitar aspirao;

    Manuseie o medicamento com tcnica assptica, no colocando a mo no medicamento e

    no devolvendo ao frasco as sobras ou os medicamentos que forem suspensos;

    Administrar por ltimo os comprimidos sublingual;

    Checar os medicamentos no pronturio, logo aps a sua administrao.

    Nota: Caso seja necessrio amassar os comprimidos, utilize o pilo e o cadinho, principalmente

    se forem administrados crianas. Se no tiver esse dispositivo, coloque o medicamento em um

    copinho com gua e aguarde o mesmo dissolver.

    Para evitar amassar o comprimido, o ideal verificar se a medicao no disponvel na forma

    lquida. Qualquer medicao de cobertura entrica ou liberao gradual e cpsulas de gelatina

    no devem ser esmagadas.

    9.1.1 Cuidados de enfermagem na administrao de medicamentos por via sublingual:

    Siga os sete certos do preparo;

    Pea para o cliente abrir a boca e coloque o medicamento sob a lngua;

    Oriente o cliente para no engolir o medicamento;

    No coloque a mo na medicao, utilize uma gaze para realizar o procedimento;

    Oriente o cliente para no tomar gua at que o medicamento esteja totalmente dissolvido.

    9.1.2 Cuidados na aplicao de medicamentos tpico:

    Aps abrir a pomada coloque a tampa virada para cima, dentro da bandeja;

    Despreze a primeira poro da pomada, antes de us-la;

    Coloque a pomada sobre uma esptula sem contamin-la;

    Nunca recoloque a esptula dentro do pote, se for necessrio mais pomada deixe uma

    esptula dentro do pote para ir retirando e colocando sobre gaze estril;

    Use somente o necessrio, no desperdice;

    Registre o procedimento e o aspecto da leso.

    9.1.3 Cuidados de enfermagem na instilao de medicamentos no ouvido:

    No utilize solues geladas elas so desconfortveis e podem causar nuseas ou tontura;

    O aquecimento pode ser dentro da mo ou em banho maria;

    Na presena de secreo, usar luvas de procedimento;

    Colocar o cliente sentado, com a cabea ligeiramente inclinada para o lado ou posicion-lo

    deitado de lado. Distenda o meato acstico externo da orelha do cliente para facilitar que a

    medicao alcance o tmpano;

    No adulto, puxe suavemente para cima e para trs;

    Na criana, puxe para baixo e para trs;

    Instilar a quantidade de gotas prescritas sem contaminar o frasco do medicamento;

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    Solicitar ao paciente que permanea em decbito lateral por 2 a 3 minutos;

    Repetir o procedimento no lado oposto se houver prescrio;

    Recolher o material utilizado, deixando a unidade do cliente em ordem;

    Desprezar os resduos;

    O conta-gota no pode entrar em contato com o ouvido;

    Coloque um pequeno chumao de algodo no ouvido (cuidar para que no entre no canal

    auditivo), aps a aplicao do medicamento ver rotina da instituio;

    Anote no pronturio o procedimento.

    9.1.4 Cuidados de enfermagem na instilao de medicamentos nos olhos:

    Coloque o paciente sentado, com a cabea hiperestendida;

    Limpe os olhos com gua boricada, soro fisiolgico ou gua destilada;

    No encostar o frasco do colrio no olho do paciente;

    Pingar a gota sobre o frnix do olho, no deixar a gota cair sobre a crnea para no

    provocar sensao desagradvel;

    Aps a aplicao pea ao paciente para fechar os olhos e a seguir que os abra, permitindo

    que o medicamento se espalhe no olho;

    Oferea uma gaze para o paciente secar os olhos, sem esfregar;

    Fechar logo o frasco;

    No colocar colrios em geladeira, exceto se por orientao do fabricante;

    Rotular o frasco ao ser aberto com data, hora e nome do responsvel, porque em mdia a

    validade de 15 dias;

    Proteger o frasco da ao da luz;

    Registrar no pronturio logo aps a realizao do procedimento.

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    9.1.5 Cuidados na aplicao de pomadas no olho:

    Proceda a limpeza do olho;

    Afaste a plpebra e introduza pequena quantidade no saco conjuntival, usando a prpria

    bisnaga da pomada;

    No encostar o tubo da pomada no cliente;

    Pea ao cliente que feche as plpebras e mova o globo ocular, permitindo que o

    medicamento se espalhe;

    Limpe a abertura da bisnaga, com gaze limpa, feche e guarde;

    De preferncia que seja de uso individual a pomada;

    Anote logo aps o procedimento no pronturio do cliente.

    9.1.6 Cuidados na instilao de medicamentos no nariz:

    Coloque o cliente de preferncia deitado com a cabea bem inclinada para trs, permitindo

    que o medicamento penetre profundamente;

    No encoste o conta-gotas no nariz do cliente;

    Segure o conta-gotas ligeiramente acima das narinas, para introduzir as gotas, dirigindo

    sua extremidade para a parte mdia da concha superior do etmide;

    Instrua o cliente a permanecer deitado de costas por alguns minutos, para que o

    medicamento seja absorvido;

    Anote no pronturio o procedimento realizado.

    9.1.7 Cuidados na administrao de medicamentos por via retal:

    Com o cliente em decbito lateral esquerdo, com a perna superior fletida, insira o

    supositrio retal, segurando sua extremidade com gaze;

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    Com auxilio de uma luva introduza o supositrio logo alm do esfincter anal, evitando

    assim sua expulso;

    Oriente o cliente para permanecer deitado por alguns minutos;

    Anote no pronturio do cliente o procedimento realizado.

    9.1.8 Cuidados na administrao de medicamentos por instilao na garganta:

    Coloque o cliente sentado, pea para ele inclinar a cabea para trs;

    Abra a boca e abaixe a lngua com auxlio de uma esptula;

    Faa o jato do medicamento ou pincele as leses com "swab";

    Registre no pronturio o procedimento realizado.

    9.2 Cuidados de enfermagem na administrao de medicamentos via respiratria ou

    inalatria

    Estendendo-se desde a mucosa nasal at os alvolos, pode ser usada para obteno de

    efeitos locais ou sistmicos. Os medicamentos so administrados por inalao, estando sob a

    forma de gs ou contidas em pequenas partculas lquidas ou slidas, geradas por nebulizao ou

    aerossis. As maiores vantagens desta via consistem em administrao de pequenas doses para

    rpida ao e minimizao de efeitos adversos sistmicos.

    A crise asmtica, quadro que acomete pacientes com Sistema Respiratrio comprometido,

    requer a administrao do Bromidrato de Fenoterol, nome comercial do Berotec diludos em Soro

    Fisiolgico ou gua, feitos atravs de inalao com oxignio, como conduta emergencial.

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    9.3 Cuidados gerais na administrao de medicamentos por via parenteral:

    Via muito utilizada, principalmente em hospitais e unidades de sade. Precisamos saber

    manipular muito bem as seringas, saber sua capacidade e graduao - 1cc = 1ml.

    Seringa de 20 ml

    dividida em 20 risquinhos que representam a escala desta seringa;

    Portanto cada risquinho equivale 1 ml, dividida em nmeros inteiros.

    Seringa de 10 ml

    dividida em 20 risquinhos, isso significa que entre um risquinho e outro equivale 0,5 ml, ela

    no dividida em nmero inteiro.

    Seringa de 5ml

    dividida em 25 risquinhos, portanto cada espao entre os risquinhos vale 0,2 ml.

    Seringa de 3ml

    dividida em 30 risquinhos, portanto cada espao entre os risquinhos equivale a 0,1 ml.

    Seringa de 1ml

    Pode ser graduada em ml ou UI;

    Em ml cada risquinho corresponde a 0,02ml pois ela foi dividida em 50;

    Em UI cada risquinho corresponde 2 UI.

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    Padronizaes de cor do canho das agulhas mais utilizadas:

    O preparo do material realizado da seguinte forma:

    1 - Abra a seringa no local indicado;

    2- Reserve a seringa. Abra a agulha utilizando a mesma tcnica;

    3- Acople o canho da agulha ao bico da seringa. Empurre o mbolo no sentido do bico da

    seringa, para facilitar o manejo;

    4 Faa a desinfeco do gargalo da ampola, utilizando uma bola de algodo embebida em

    lcool 70%;

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    5 Para abrir a ampola, proteja o gargalo com uma gaze e force para trs para quebrar;

    6 Retire o protetor da agulha e o deixe sobre a embalagem. Faa a aspirao do medicamento;

    7 Aspire o contedo do medicamento contido na agulha, retire o ar e bolhas. Troque a agulha

    pela agulha correta de aplicao, e proceda a aplicao.

    OBSERVAES:

    Qualquer injeo di e ningum gosta de tom-las;

    Respeite a reao do paciente;

    Solicite auxilio para conteno de crianas;

    Deixe o cliente participar escolhendo o local;

    Orientaes Gerais:

    Lavar corretamente as mos antes do preparo e aps a administrao dos medicamentos;

    Oriente o cliente sobre o procedimento, usando linguagem acessvel;

    Responda os questionamentos do cliente, estimule a verbalizar seus sentimentos;

    Escolha o local respeitando as solicitaes do cliente;

    Determine a diluio e o horrio conforme rotina da instituio;

    Troque a agulha que foi aspirado o medicamento se o produto for irritante: Ex. vacina

    antitetnica ou medicamento de frasco ampola;

    Exponha o cliente, somente a rea necessria;

    Manuseio de todo o procedimento com tcnica assptica;

    Descarte o lixo em recipiente especfico;

    Execute a tcnica com rapidez para diminuir a ansiedade do cliente;

    Faa a anti-sepsia com lcool a 70% ou lcool iodado a 2%, aguarde por alguns instantes

    para que o lcool no penetre junto da agulha, isto causar sensao de ardor;

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    Avise o cliente quando for introduzir a agulha e pea que o paciente relaxe;

    Utilize agulha com o tamanho adequado;

    Aspire sempre antes de injetar a medicao intramuscular, certificando-se que no atingiu

    vaso sanguneo, caso isto ocorra, prepare nova medicao com novo material;

    Injete a medicao com calma;

    Observe o cliente aps a administrao do medicamento;

    Anote no pronturio o procedimento realizado e as observaes.

    9.3.1 Cuidados de enfermagem na administrao de medicamentos via intradrmica:

    A soluo deve ser introduzida na derme. Por ser a derme pouco extensvel, devemos

    tomar cuidado com o volume, administrando no mximo 0,5 ml, sendo normalmente administrado

    0,1ml. Usada para reaes de hipersensibilidade, como provas de ppd (tuberculose) e

    sensibilidade de algumas alergias.

    utilizada para aplicao de BCG, sendo de uso mundial a aplicao ao nvel da insero

    inferior do msculo deltide. Para as demais aplicaes, em adultos, o local mais apropriado a

    face anterior do antebrao, devido ser pobre em pelos, com pouca pigmentao, pouca

    vascularizao e de fcil acesso para leitura.

    Modo de Aplicao:

    Lavar as mos;

    Conferir a prescrio mdica;

    Reunir os materiais na bandeja: medicamento ou vacina, seringa de 1ml, agulha para

    aspirao de calibre superior, agulha para aplicao (13 x 4,5), bolas de algodo com

    lcool e secas e uma cuba rim;

    Proceda a aspirao do medicamento ou da vacina utilizando a tcnica;

    Oriente e posicione o cliente;

    Distenda a pele do local utilizando os dedos polegar e indicador da mo esquerda;

    No realize a anti-sepsia, pois pode possibilitar reaes falso positivas nos testes e

    reduo da atividade das vacinas administradas;

    Se necessrio lave bem local antes do procedimento e seque-o sem esfregar;

    Segure a seringa, e mantenha o bisel da agulha para cima,introduza suavemente at 1/3

    da agulha usando um ngulo de 10 a 15;

    Aspire para verificar se nenhum vaso foi atingido e logo aps injetar lentamente a soluo;

    Caso algum vaso seja atingido acidentalmente, prepare nova soluo e despreze a

    anterior;

    Observe a formao de uma ppula, aps a injeo total da soluo, retire a agulha e no

    faa massagem. Se apresentar sangramento no local, comprima suavemente com uma

    bola de algodo seca;

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    Observe as reaes do paciente. Se tudo ocorrer sem anormalidades, coloque ordem nos

    materiais utilizados, desprezando agulhas e seringas em recipientes apropriados;

    Lave as mos e proceda anotaes.

    ATENO:

    A derme pode ser lesada, se a introduo do medicamento for rpida;

    Podem ocorrer dor, prurido e desconforto aps a aplicao da soluo. Oriente o paciente para

    no manipular o local da aplicao;

    Podem ocorrer reaes decorrentes do uso de antisspticos antes da execuo da tcnica;

    lceras com necrose do tecido, podem ser observadas no local de aplicao quando

    medicamentos contra indicados para essa via so utilizados.

    9.3.2 Cuidados de enfermagem na administrao de medicamentos via subcutnea:

    Uma medicao injetada nos tecidos adiposos (gordura), abaixo da pele, se move mais

    rapidamente para a corrente sangunea do que por via oral. A injeo subcutnea permite uma

    administrao medicamentosa mais lenta e gradual que a injeo intramuscular, ela tambm

    provoca um mnimo traumatismo tecidual e comporta um pequeno risco de atingir vasos

    sanguneos de grande calibre e nervos. Absorvida principalmente atravs dos capi