sintomas e sinais.pdf

9
Manual de Fitopatologia Vol 1. Cap. 10 e 11 SINTOMAS, SINAIS E DIAGNOSE SINTOMAS, SINAIS E DIAGNOSE SINTOMAS: manifestações das reações da planta a um agente nocivo Ex: manchas necróticas, subdesenvolvimento SINAIS: Estruturas do patógeno presentes nas plantas doentes Ex: esporos, corpos de frutificação Classificação dos sintomas: A) Quanto às alterações produzidas na planta: 1. Sintomas necróticos: morte de células e tecidos 2. Sintomas plásticos: alterações na forma, super ou subdesenvolvimento, excesso ou falta de alguma substância B) Quanto à localização do patógeno: 1. Sintomas primários: patógeno presente na área com sintomas 2. Sintomas secundários: patógeno distante da área com sintomas (Sintomas reflexo) SINTOMAS NECRÓTICOS E PRIMÁRIOS: MANCHAS SINTOMAS NECRÓTICOS E PRIMÁRIOS: PODRIDÕES SINTOMAS NECRÓTICOS E SECUNDÁRIOS: MURCHAS

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Page 1: sintomas e sinais.pdf

Man

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topa

tolo

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Vol 1

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0 e

11

SIN

TOM

AS,

SIN

AIS

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IAG

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SIN

TOM

AS,

SIN

AIS

E D

IAG

NO

SE

SIN

TOM

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mos

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plas

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das

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e, lu

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EM

PER

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Page 6: sintomas e sinais.pdf

B. U

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alta

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iro

Def

iciê

ncia

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rica

segu

ida

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sso

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rica

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B. U

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lam

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Def

iciê

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EFI

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Def

iciê

ncia

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Def

iciê

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Def

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atei

ro (

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s &

Ávi

la,2

005)

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misi

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dez)

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E. E

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RIC

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AL

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toxi

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2,56

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ões

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il km

2

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omóv

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3,3

milh

ões

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ocic

leta

s: 1

0,6

milh

ões

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icas

: 94.

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imad

ura

em fo

lha

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eira

ca

usad

a po

r flu

oret

o de

hid

rogê

nio

Mor

te d

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ácia

pro

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da

por

fluo

reto

de

hidr

ogên

io

Nec

rose

de

pecí

olos

vi

deira

, USA

Ozô

nio

em fo

lha

de fu

mo,

USA

Dió

xido

de

enxo

fre

em

Fluo

reto

de

hidr

ogên

io e

m v

idei

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fábr

ica

de a

lum

ínio

G. D

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O D

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A

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n

em m

amoe

iro

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- Der

iva

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imen

to n

a ág

ua

- Acú

mul

o no

solo

Her

bici

da m

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uzin

em

tom

atei

ro (

Lope

s &

Ávi

la,2

005)

Page 8: sintomas e sinais.pdf

2,4

D e

m to

mat

eiro

, e

abób

ora

Para

quat

em

feijo

eiro

Trifl

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em to

mat

eiro

G

emin

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s em

tom

atei

ro

H. D

AN

O D

E IN

SET

ICID

A

In

setic

ida

Sum

icid

in

em to

mat

eiro

Inse

ticid

a al

dica

rb e

m

tom

atei

ro (

Lope

s &

Ávi

la,2

005)

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mia

vs P

rate

ado

da fo

lha

gené

tico

Bem

isia

taba

ci

I. TO

XE

MIA

DE

INSE

TOS

Bem

isia

taba

ci

I. TO

XE

MIA

DE

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TOS

Chu

chu

e pe

pino

bra

ncos

Á

caro

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nco

e

m m

amoe

iro

Mos

aico

vs á

caro

bra

nco

em m

amoe

iro

Mos

aico

Á

caro

Bra

nco

Def

iciê

ncia

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Verm

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írus

) Á

caro

Page 9: sintomas e sinais.pdf

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AS

CU

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lho)

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ngul

amen

to p

or g

avin

ha e

m

mar

acuj

azei

ro.

DIA

GN

OSE

A. D

esaf

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ara

a di

agno

se d

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s abi

ótic

as

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ator

es a

biót

icos

indu

zem

sint

omas

sem

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ntes

;

- Sin

tom

as a

biót

icos

pod

em se

r par

ecid

os c

om si

ntom

as

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as b

iótic

as;

- O a

gent

e ab

iótic

o ge

ralm

ente

não

est

á pr

esen

te n

o te

cido

da

pla

nta

ou m

esm

o no

am

bien

te d

uran

te a

dia

gnos

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ntes

bió

ticos

secu

ndár

ios p

odem

inva

dir t

ecid

os

debi

litad

os p

or fa

tore

s abi

ótic

os.

DIA

GN

OSE

B. I

ndic

ativ

os d

e do

ença

s abi

ótic

as

- Aus

ênci

a de

sina

is d

e ag

ente

s bió

ticos

;

- Sin

tom

as a

pare

cem

de

repe

nte;

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a co

m e

stád

io d

e de

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men

to se

mel

hant

e e

bast

ante

uni

form

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- Qua

ndo

há le

sões

, as b

orda

s são

bem

def

inid

as.

- Em

cam

po, s

into

mas

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os g

eral

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te e

stão

dist

ribuí

dos u

nifo

rmem

ente

ou

segu

em a

rota

de

ap

licaç

ão d

e de

fens

ivos

- Dife

rent

es e

spéc

ies n

a ár

ea p

odem

exi

bir o

mes

mo

sint

oma

DIA

GN

OSE

1.

Aná

lise

deta

lhad

a do

his

tóric

o da

cul

tura

:

Exce

sso

de c

obre

em

alfa

ce h

idro

pôni

ca

Dan

o de

her

bici

da 2

,4 D

em

tom

atei

ro

2. A

nális

e do

s sin

tom

as e

com

para

ções

com

os j

á de

scrit

os n

a lit

erat

ura.

3. R

epro

duçã

o ex

perim

enta

l dos

sint

omas

da

doen

ça

DIA

GN

OSE

4. C

ura

da p

lant

a

Def

iciê

ncia

de

boro

em

mam

oeiro

co

rrig

ida

com

bor

ax n

o so

lo

Def

iciê

ncia

de

ferr

o em

soja

C

orre

ção

na m

eia

folh

a co

m F

e